Assistente de Logística 2
Assistente de Logística 2
Assistente de Logística 2
Assistente de
Logística
2
emprego
TRANSPORTE
A ssis t e n t e d e Lo gís t i c a
2
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
Cláudio Valverde
Secretário-Adjunto
Maurício Juvenal
Chefe de Gabinete
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Campinense Transporte, DiCico, Francisco Pau Fontelles, Longa Industrial Ltda, Nacco Materials Handling Group
Brasil, Pallets de Paula, SB Pallet, Sest-Senat Santo André, Somov, SSI Schaefer e Transligue Transp. e Serv. Ltda
Caro(a) Trabalhador(a)
CDD: 331.12513884
FICHA CATALOGRÁFICA
Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262
Unidade 6
Logística: um velho
conceito novo
No Caderno 1, você já iniciou suas reflexões sobre o que vem a
ser a área de logística.
Vemos, por exemplo, que o dicionário relaciona a palavra lo-
gística aos cálculos matemáticos e à filosofia.
© Daniel Beneventi
2. Armazenar
© Baloncici/123RF
© Daniel Beneventi
Logística reversa.
A logística abrange, portanto, a gestão de diversas atividades, que devem ser inte-
gradas ao processo desde seu planejamento. De modo simplificado, o processo
logístico ocorre da seguinte forma:
Decifrando o fluxograma
O fluxograma é uma importante ferramenta para cons-
truir as etapas de um processo, visualizá-las e, principal-
mente, perceber como elas se articulam e/ou desenca-
deiam outra ação.
A construção do fluxograma é uma oportunidade de
fortalecer o coletivo de trabalhadores, na medida em que
todos podem participar do processo e dar sugestões de
encaminhamento para o fluxo de trabalho. Observe as
formas no quadro a seguir.
Decisão
Documento
Vários documentos
Início
Acordar às 5h30
Preparar café
da manhã
Preparar lanche
das crianças
Não Sim
Tem fruta?
Daniel Beneventi
Fluxograma
Atividade 2
F luxos com ícones
Logística integrada
3. No fim de semana, véspera do início das férias escolares, o dono da fábrica, passe-
ando em seu carro com os filhos por uma estradinha de terra, em arredores um tanto
distantes da cidade, viu em uma fazenda que o pasto, em vez de estar repleto de vacas,
era ocupado por carros do outro fabricante cobertos com lonas.
7. Os boatos na fábrica eram de que essas chapas tinham custado pelo menos 20% a
mais.
Décadas depois, o neto do fundador da fábrica introduziu o just-in-time (fala-se “djãs
tin taime”), processo que permitiu que grande parte do lote de peças – que há muito
tempo já não eram mais fabricadas pela própria empresa – passasse a ser entregue
diretamente pelos fornecedores, exatamente no ponto da linha de montagem em que
eram utilizadas, no momento e na quantidade necessárias.
Alguns postos de trabalho desapareceram e houve demissões. Mas, para a empresa,
os lucros aumentaram, pois alguns trabalhadores passaram a ser desnecessários, tais
como instalações, equipamentos e sua manutenção, Outra consequência foi a diminui-
ção dos espaços físicos.
© Vagner Coelho
Essa é uma das questões cruciais dentro das empresas:
Quanto capital de giro deve ser “empilhado” nas
prateleiras dos estoques? Trata-se de uma pergunta
especialmente importante, porque, para muitas em-
presas, é impraticável trabalhar sem recorrer à exis-
tência de estoques. Isso, entre outros motivos, faria
que qualquer pedido extra ou acima da média não
pudesse ser atendido no prazo de costume ou em pra-
zos menores ocasionalmente exigidos pelos clientes.
1. Com base na história em quadrinhos:
a) Estabeleça valores para as quantidades produzidas dia Capital de giro: “Parcela
dos recursos de uma empre-
a dia durante 15 dias e calcule a média diária de pro- sa representada pelo dinhei-
dução nesse período. ro em caixa imediatamente
disponível, por contas a re-
b) Agora calcule quantos veículos passaram a ser produ- ceber imediatamente e a
curto prazo, e pelo estoque
zidos em 22 dias de trabalho no mês, após a suspensão de produtos existentes.”
das férias. SANDRONI, Paulo. Dicionário
de economia do século XXI.
c) Qual foi o percentual de aumento da produção? 8. ed. revista e ampliada.
Rio de Janeiro: Editora Record,
2014. p. 115.
b) Em uma empresa, a quem pode interessar uma notícia como a do segundo quadrinho?
O que ocorreu com a informação dentro da empresa? O que deveria ter ocorrido?
g) O que foi preciso fazer para se obter uma resposta clara e objetiva da resposta à
questão anterior?
Descrição Estoque
De produtos acabados
que serão incorporados
aos produzidos pela
empresa, frequentemente
fornecidos por outras
empresas, como peças,
partes, elementos,
dispositivos ou
componentes já prontos
© Vereshchagin Dmitry/123RF
De embalagens diversas
© Patrice Latron/Corbis/Latinstock
De produtos finais
acabados, prontos para
serem distribuídos
© Fotomaton/Alamy/Glow Images
De produtos de uso
administrativo, como
material de escritório, de
limpeza etc.
Costumam permanecer nos estoques, ainda, por determinado tempo, materiais di-
versos, matérias-primas, móveis, máquinas, instalações, equipamentos, produtos se-
miacabados ou acabados, componentes, peças etc. que foram danificados durante o
uso, a produção, a movimentação no interior da empresa, ou que estejam desgastados,
obsoletos, defeituosos, fora da validade – enfim, itens que deverão ser descartados.
Esses itens podem ser vendidos como sucata, ou reaproveitados por outras empresas,
reciclados, doados ou destruídos.
É o caso, também, dos produtos que retornam ao fabricante pelo sistema de logís-
tica reversa (assunto que você viu na Unidade 6) ao fim de sua vida útil, e dos
produtos devolvidos para reparos ou descarte em função de defeitos de fabricação
ou danos sofridos no transporte.
Depósitos de estocagem
Em muitas indústrias, os depósitos para estocagem são específicos, ocupando
edificações ou áreas distintas em um mesmo edifício:
• um para insumos, que serão utilizados na fabricação dos produtos; e
• outro para os produtos acabados.
Já nas empresas comerciais, os depósitos são únicos, em princípio, já que existem
apenas produtos acabados. Nesses casos, áreas bem menores são reservadas ou deli-
mitadas para utilização pelos demais tipos de estoque: de produtos a serem descarta-
dos, ou de demais produtos utilizados na empresa, como acabamos de ver – o que por
Atividade 2
S olucionando problemas
Why (fala-se
Por quê? Por que elas devem ser feitas?
“uai”)
Where (fala-se
Onde? Onde cada uma delas ocorrerá?
“uer”)
When (fala-se
Quando? Quando cada etapa deve ser realizada?
“uem”)
Who (fala-se
Quem? Quem vai realizá-las?
“ru”)
How (fala-se
Como? Como serão realizadas?
“rau”)
How much
Qual será o custo para a realização de cada uma
(fala-se “rau Quanto custa?
delas?
mâtch”)
A curva ABC
Uma das técnicas mais comuns empregada em estoques é a chamada “curva ABC”,
um método de classificação de itens do estoque.
A técnica foi desenvolvida com base nos estudos feitos por Vilfredo Pareto (1848-
1923) sobre a distribuição de renda. Ele concluiu que aproximadamente 20% da
população controlava 80% da riqueza produzida.
Com base nessa análise, foi elaborado o chamado Princípio de Pareto, cujo sentido
é: 80% das consequências são geradas por 20% das causas.
A técnica leva em consideração o fato de que estoques são formados por itens que:
• possuem diferentes valores de custo;
• são utilizados em diferentes volumes;
• têm diferentes graus de importância para a produção.
Com frequência, em média, entre 70% e 80% do valor dos materiais estocados
corresponde a cerca de 20% dos itens, que são os de maior valor, portanto,
Observe o gráfico a seguir. Nele, você poderá identificar os itens classificados como:
• “A”, os de maior relevância;
• “B”, os de importância intermediária;
• “C”, os de baixa relevância nos estoques.
© Daniel Beneventi
C
Valor do
consumo
anual (%)
B
Para se obter os valores da curva é preciso realizar um cálculo muito simples: de posse do
valor unitário de cada item estocado, multiplica-se esse valor pela quantidade consumida
ou vendida em uma medida de tempo que, em geral, é um semestre ou um ano, depen-
dendo da velocidade em que, na história da empresa, se dão as variações na demanda.
Atividade 3
A curva abc da minha cozinha
1. Imagine a seguinte situação: você dispõe de dinheiro (capital de giro) para ad-
quirir os produtos que consome regularmente na preparação de suas refeições,
além de uma despensa com enormes prateleiras e geladeiras (armazém, almoxa-
rifado, depósito) com capacidade para estocá-los em quantidade suficiente para
seis meses de consumo.
Total (512,37)
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Total
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
A1 =90/870
A B C D E
1 =90/870
2
3
4
5
Após inserir a fórmula, o resultado será dado em número decimal, igual a 0,103448. Para transformá-lo
em porcentagem, você tem algumas opções. A primeira é clicar no símbolo “%” na planilha: o programa
fará o cálculo automaticamente, apresentando o resultado de 10%. A segunda é multiplicar esse valor por
100: o resultado apresentado será 10,3448, que seria igual a 10,3448%.
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ab
A
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Colar A ,0 ,00
Pincel de Formatação
N I S Mesclar e Centralizar % 000 ,00 ,0
No exemplo do novo exercício, a participação em porcentagem da carne moída será: 175,08 512,37 =
34,17 (com a vírgula já movida).
Se usar calculadoras de mão para calcular novas porcentagens sobre um mesmo total, depois de ter
feito a primeira conta, basta digitar o novo valor a calcular e apertar a tecla igual (=), pois a operação se
repete automaticamente.
empurrada
Produção
Requisição Requisição
puxada
E n t re g a E n t re g a
[...] Pela manhã, a praça da Matriz exibe a longa fila, em busca da ração
do Fundo de Greve: dois quilos de arroz, dois de feijão, meio quilo de
sal, uma lata de óleo, um quilo de farinha. A fila – de homens também,
mas principalmente de mulheres e crianças – é o único sinal visível da
greve na praça. O Paço Municipal e o Estádio de Vila Euclides mostram
mais claramente o quadro: as tropas da Polícia Militar acamparam no
Paço, com dois caminhões de transporte de cavalos e uns cinquenta
PMs que, em grupos pequenos, cobrem toda a área. No Estádio, a pé
ou a cavalo, postada até dentro do campo, a PM impede a aproxima-
ção de qualquer pessoa. O Estádio, primeiro, e o Paço, em seguida,
seriam os locais da assembleia dos metalúrgicos.
Desviados pelo cerco policial, eles vão chegando ao largo da Matriz – até
que, por volta de nove horas, já há uma pequena multidão na praça,
arrecadando dinheiro para o lanche depois da assembleia, distribuindo
passes escolares para que os grevistas menos prevenidos possam
voltar para casa. [...]
S. BERNARDO mantém greve, sob tensão. Folha de S.Paulo, 23 abr. 1980.
Como você pôde verificar na leitura do texto, enquanto, de um lado, havia a soli-
dariedade dos trabalhadores e da sociedade civil, de outro, havia a repressão militar
às manifestações.
© Irmo Celso/Editora Abril Imagens
© Daniel Beneventi
Um software especializado pode controlar, também, a realização desse tipo de pro-
cedimento.
Nos processos tradicionais, em que a mercadoria chega e é armazenada para poste-
rior utilização, ou mesmo no crossdocking, a descarga é a etapa que precede a veri-
ficação e o controle da mercadoria em relação aos seguintes itens:
• qualidade;
• quantidade;
• inexistência de danos ou avarias;
• conferência da exatidão da nota fiscal em relação a impostos e preços, bem como
de dados referentes à quantidade e ao tipo de produtos adquiridos, conforme o
pedido de compra e a mercadoria entregue;
Etapas da verificação
1. Verificação simples
© Erik Isakson/Alamy/Latinstock
Paleteiras
As paleteiras são pequenos veículos que têm dois braços ou garfos, que se
encaixam nos vãos dos paletes para suspendê-los ligeiramente e poder loco-
movê-los. Podem ser manuais ou elétricas e movimentam os paletes exclusi-
vamente na altura do solo.
Paleteira manual.
© Marcin Balcerzak/123RF
Paleteira elétrica.
Empilhadeiras
As empilhadeiras, além de movimentarem os paletes,
Se quiser saber mais sobre
empilhadeiras, consulte os cadernos e podem elevá-los para empilhá-los. Movidas a gás ou a
vídeos referentes à ocupação de
operador de empilhadeira, pois lá energia, dividem-se em quatro modelos: patolada, con-
você encontrará mais informações
sobre esse assunto. trabalançada, retrátil e trilateral.
© Mario Henrique/Latinstock
Empilhadeira patolada. Empilhadeira contrabalançada.
© Mario Henrique/Latinstock
© Somov
Paletes
Os paletes são estrados quadrados de madeira ou plástico que podem ser acessados
por dois lados (duas entradas) ou pelos quatro lados (quatro entradas), de uso
contínuo ou descartáveis (one way – fala-se “uan uei”), de uma ou duas faces (só
a parte de cima é lisa, ou tanto a de cima quanto a de baixo) e mais ou menos re-
forçados, suportando maior ou menor peso.
© Renato Viotti/Latinstock
© Renato Viotti/Latinstock
© Renato Viotti/Latinstock
Palete descartável. Palete de uma face.
© Daniel Beneventi
6m
10 m
© pixpack/123RF
Porta-paletes.
Outro modelo apresentado é semelhante ao que você acabou de ver na figura ante-
rior, com a diferença de que a “estante” fica no meio do espaço, de modo que ele
possa ser operado tanto pela frente quanto por trás. Isso torna a estrutura muito
mais funcional, pois as operações podem ser simultâneas, carregando-se pela fren-
te e descarregando-se por trás ao mesmo tempo.
Nessa estrutura, o primeiro que entra é também o primeiro que sai, o que é conheci-
do como sistema Peps ou Fifo (First In, First Out – fala-se “fãrsti in, fãrsti aut”), o
que faz que os produtos sejam utilizados na mesma sequência que chegaram ou
foram produzidos, diferentemente do sistema anterior. © isaac74/123RF
Porta-paletes dinâmico.
Porta-paletes drive-in.
© Daniel Beneventi
Porta-paletes drive-thru.
Essas estruturas não possuem prateleiras propriamente ditas, apenas suportes para
os paletes, como se fossem longarinas (vigas que apoiam os paletes), já que as em-
pilhadeiras adentram as estruturas e, por essa razão, sua utilização inicia-se pelo
“último andar” e segue descendo até o “térreo”.
Atividade 1
E mpilhadeiras e paletes
Empilhadeira Carga
Patolada
Contrabalançada
Retrátil
Trilateral
Paletes Carga
De uma face
Descartável
De quatro lados
De dois lados
Atividade 2
O fluxo logístico e a organização do depósito
1. Em grupo, simulem uma solução para esta empresa, que vivencia a seguinte si-
tuação.
A empresa XYZ possui um grande depósito de produtos, que vão desde pequenas
caixas, como as de barbeadores, até grandes caixas, como as de geladeiras e
máquinas de lavar roupas. Diariamente o trabalho lá é intenso, pois há longas
filas de caminhão para carregamento. As oito horas diárias de trabalho dos
funcionários não são suficientes para a quantidade de trabalho; além do aumen-
to de reclamações por falta de entrega no prazo, houve redução das vendas por
problemas de distribuição.
3. Para vocês, quais seriam as medidas a serem adotadas para solucionar esses pro-
blemas? Justifiquem.
Demais estruturas
Outras estruturas comuns em almoxarifados e que também podemos encontrar em
nossa própria casa são as estantes ou prateleiras simples. As estantes são utilizadas,
de modo geral, para armazenamento de itens de menor volume e peso ou de peque-
na quantidade.
As prateleiras em cantiléver são utilizadas para materiais com comprimento lon-
go e pesado, podendo ser simples, como as que costumamos ter em casa; prateleiras
apoiadas em uma estrutura ou em mãos-francesas junto à parede; ou duplas, com
estruturas sustentando as prateleiras em ambos os lados.
Prateleiras em cantiléver.
Sistema Peps.
Identificação/rastreamento
Quando as mercadorias já passaram pelo recebimento e, portanto, estão para ser
armazenadas, elas devem então ser novamente conferidas (se o recebimento e o
armazenamento forem setores diferentes e realizados por pessoas distintas no almo-
xarifado) e, antes, identificadas, para que todos os dados de identificação fiquem
facilmente acessíveis.
Códigos lineares
Códigos lineares são aqueles cujas etiquetas representam séries de números. Podem
ser de dois tipos:
© Daniel Beneventi
Os três primeiros Esse último é chamado
dígitos apresentam o de dígito verificador,
país no qual o código de comprovando a
barras foi originado. veracidade do
O número 789 quer 7 8 9 1 8 38 95 213 5 código de barras.
dizer que o código foi
gerado no Brasil.
Essa sequência (que pode abranger 3, 4 ou
5 dígitos) traz a descrição de características
Essa sequência (que pode abranger 4, 5 do produto, tais como validade, data de
ou 6 dígitos) representa a empresa que fabricação, peso, medidas etc.
fabricou o produto.
Atividade 3
Os países e seus códigos
Códigos bidimensionais
Os códigos bidimensionais, uma tecnologia mais recente, agregam um número
maior de informações utilizando espaço menor que o código de barras tradicional.
Um exemplo é o GS1 Data Matrix.
Esse tipo de código é utilizado, entre outras possibilidades, em embalagens unitárias
de medicamentos e alimentos, que necessitam de identificação mais completa, como
validade, lote etc., de modo a permitir seu rastreamento.
Radiofrequência
Outra tecnologia utilizada não somente para localização dos itens, mas também
para seu rastreamento, é a identificação por radiofrequência ou RFID (Radio Fre-
quency Identification – fala-se “reidio fríquenci identifiquenchion”). Ela se serve de
ondas de rádio e “etiquetas inteligentes”, eletrônicas, dotadas de microchip e antena,
que recebem e gravam informações e as retransmitem aos transmissores, o que
permite localizar e identificar o produto a distância, sem contato visual, razão pela
qual as próprias etiquetas não precisam ficar à vista.
Boa parte dessas etiquetas sequer possui bateria, usando como fonte de energia as
próprias transmissões que recebem. As informações do estoque podem, desse modo,
ser processadas em tempo real de maneira mais ágil do que a leitura de etiquetas de
código de barras em cada embalagem ou palete por um operador. Além disso, o
microchip comporta uma gama muito maior de informações.
Em 2014, um roubo de grande volume (os assaltantes utilizaram sete caminhões
para levar a mercadoria) de aparelhos eletrônicos (celulares, tablets etc.) da fábrica
© Stocksearch/Alamy/Glow Images
Etiqueta inteligente.
Separação e embalagem
Os sistemas de endereçamento e identificação dos pro-
dutos por meio de etiquetagem e o tipo de instalação
utilizada para o estoque, além da disposição espacial dos
produtos no almoxarifado, são os vetores ou fatores que
permitem não só o armazenamento eficiente, correto,
preciso e rápido, como também acesso aos produtos, para
separação e posterior distribuição.
Tanto no setor industrial quanto no comercial, ocorre a
É comum as empresas adotarem a
necessidade de se separar produtos para atender aos pe- postura de considerar cada
departamento um “cliente” em seu
didos, seja dos clientes (produtos acabados) ou da área relacionamento com eles, o que
significa que o tratamento
de produção (matérias-primas, produtos em processo dispensado por um departamento ao
outro deve buscar, cada vez mais,
etc.), que também é entendida como cliente. qualidade no atendimento.
embalagem
primária
embalagem
secundária
caixa de
expedição
O Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) é um órgão que visa informar e assessorar a população
sobre os direitos do consumidor. Veja a importante informação veiculada pelo Procon do Rio de Janeiro:
Embalagens
Atenção nas embalagens dos produtos. Leia com cuidado as informações escritas sobre os
produtos em letras legíveis sobre data de fabricação, prazo de validade, composição, peso,
modo de usar, advertências sobre os riscos e outros dados essenciais ao consumidor. Não
Como todos os processos de logística, a área de embalagens também tem sido ob-
jeto de estudos e pesquisas pelas empresas, apresentando grandes inovações no
decorrer do tempo, como a invenção do isopor, das embalagens longa vida, dos
filmes plásticos e, mais recentemente, dos compostos de papel de alta resistência.
Assim, o ideal é que as embalagens secundárias ou terciárias tenham dimensões ou
formatos que facilitem a unitização e a paletização, isto é, a composição de volumes,
respeitando as dimensões dos paletes em todas as laterais, mantendo o lado superior
regular e correspondendo às alturas das estruturas de armazenagem.
As cargas devidamente unitizadas costumam ser envoltas por cintas plásticas ou
metálicas, ou mesmo filmes plásticos, cantoneiras, chapas de papelão ou madeira,
tudo para lhes conferir rigidez. Um volume que não se apresente nas dimensões e
com a rigidez corretas certamente trará problemas ao ser introduzido no porta-
-paletes ou removido dele pela empilhadeira.
Volumes devidamente unitizados e paletizados, observando medidas padronizadas,
favorecem todas as operações de carga e descarga, não apenas nas estruturas de
armazenamento, mas, igualmente, em caminhões, contêineres e outros, aumen-
tando a velocidade do trabalho, diminuindo riscos de acidentes, economizando
espaços etc.
Controle de estoque/inventário
Como vimos, com a identificação por meio de etiquetas de código de barras ou
inteligentes (radiofrequência), é possível localizar um produto ou uma classe ou
categoria, e até mesmo os paletes e as prateleiras onde estão armazenados.
Vimos também que, mediante a utilização de coletores ou leitores, facilmente se
armazenam os produtos nos locais corretos e são retirados para separação a fim de
atender aos pedidos de produtos ou matérias.
Já o controle do estoque é realizado por meio de inventários – a contagem de uni-
dades diretamente nos locais em que estão estocadas, para conferência ou checagem
com os dados constantes nos controles de estoque.
Esses controles podem ser feitos com fichas simples, manualmente ou com plani-
lhas eletrônicas. Em relação a esse último caso, como você já viu, utilizam-se
programas de computador dedicados à execução dessa tarefa.
© Daniel Beneventi
Inventário
Outro procedimento de controle é a realização de inventários, instrumentos fun-
damentais para o controle eficiente do estoque porque, no momento de sua realiza-
ção, detectam-se todas e quaisquer diferenças que possam estar acontecendo entre
os registros e o estoque real.
São contados, ao mesmo tempo, todos os itens do estoque, sem exceção, e, igual-
mente, conferidos todos os registros e controles respectivos, que, por essa razão,
precisam estar inteiramente atualizados, item por item.
Por ser um trabalho extenso, complexo e demorado, em geral não favorece a reali-
zação de análises de erros ou divergências entre os dados físicos e os dos controles.
Por demandar um esforço maior de trabalho e, comumente, mais trabalhadores, o
inventário geral exige um planejamento mais detalhado e antecipado. Pessoas devem
ser recrutadas e preparadas para a tarefa, e depois organizadas, divididas em equipes,
orientadas e supervisionadas durante a realização do inventário.
Trata-se de um procedimento bem rigoroso, pois são executadas duas contagens
físicas de todos os itens: a primeira feita por uma determinada equipe, e a segunda,
por outra.
Na primeira contagem, faz-se o levantamento da quantidade de unidades de cada
item e, na segunda, faz-se a conferência desse levantamento. Havendo divergências,
procede-se a uma terceira contagem, por uma terceira equipe, quando, então, ha-
verá duas contagens que deverão “bater” (apresentar o mesmo resultado entre si).
© Daniel Beneventi
Estoque de segurança
Há empresas que consideram o estoque de segurança como aquele capaz de evitar
atrasos ou pequenas interrupções no ressuprimento de dado item, como quando
ocorre a entrega de materiais que não atendem exatamente às especificações do
controle de qualidade ou quando há dilatação nos prazos de entrega, escassez, au-
mento de demanda etc.
Todos os trabalhadores
b) No transporte de explosivos
nessa atividade
[...]
QUADRO Nº 2
QUADRO Nº 3
QUADRO Nº 4
Por essa razão, deve-se estar atento às questões de segurança do trabalho, utilizar
sempre os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e ter sua atenção voltada
para um “hábito” que pode ocorrer com frequência em alguns locais:
• a obstrução de corredores por produtos, paletes, embalagens;
• a obstrução das rotas de fuga e dos locais onde estão instalados os equipamentos
contra incêndio;
82 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e A s s i s t e n t e de Logística 2
• acúmulo de objetos em locais que não estão em uso,
temporariamente, independente da existência ou não de
sprinklers, detectores de fumaça ou outros equipamentos.
Os equipamentos contra incêndio exigem, da empresa,
inspeções periódicas para checagem de sua condição de
uso e validade.
Naturalmente, é preciso um cuidado extremo no caso
de empresas que trabalham com produtos inflamáveis,
combustíveis, comburentes, voláteis, corrosivos, ácidos,
substâncias tóxicas, radioativas, venenos, alérgenos etc.,
além das precauções com toda a rede elétrica e empilha-
deiras movidas a gás.
É preciso lembrar que nem todas as substâncias que
provocam danos à saúde o fazem de imediato, existin-
do uma infinidade delas que o fazem lentamente, de
forma imperceptível, porém irreversível, seja por aspi-
ração, seja por contato com a pele, cabelos ou olhos.
Os equipamentos de proteção individual variam confor- Existem várias causas ou fatores que
podem provocar acidentes. Não
me o local de trabalho do assistente de logística. Veja negligencie em nenhuma hipótese o
uso dos equipamentos de segurança,
alguns dos mais utilizados. pois eles podem salvar sua vida!
Capacete de segurança
© Hudson Calasans
Óculos de segurança
Abafador de ruído
Camisa ou camiseta
(não pode ser regata)
Máscara filtradora
Luvas de raspa
Calça comprida
Calçado fechado
Atividade 1
E studo de meio
O monitor vai organizar a turma para uma visita a uma empresa de logística ou ao
porto, conforme condições possíveis.
Leve caderno e caneta para anotar as observações que fará durante a visita. Você
pode utilizar o roteiro a seguir e incluir outras questões que considerar pertinentes:
1. Quais são os equipamentos de segurança existentes nesse local?
2. Os trabalhadores utilizam equipamentos individuais de segurança (EPI)? Quais?
Em quais situações?
3. Quais cores de segurança foram observadas durante a visita?
4. Dê exemplos da compreensão das cores destinadas à segurança no trabalho.
5. Faça um relato das conclusões resultantes da visita.
No entanto, a adoção, mesmo que rigorosa, da sinalização por cores, não é o único
instrumento que deve ser utilizado para buscar incrementar a segurança no trabalho.
Como muitas outras condições ou situações, a atenção quanto à segurança tende a
diminuir gradativamente com o tempo, facilitando o surgimento de situações de
risco, em geral por imprudência ou distração. Trata-se de um fenômeno denominado
© Daniel Beneventi
Supply chain
ent
g em
ana
M
? Cro
ss d
ock
ing
? ?
?
?
Trade-off
Trade-off é uma análise que não deve examinar apenas um ou outro aspecto de uma
operação, condição, situação, negociação, mas toda a cadeia de aspectos e relações
envolvidos, em conjunto, para então se tomar a melhor decisão possível.
Em português, tem-se utilizado a expressão “perde e ganha”, ou “análise de com-
pensações”, para traduzir a ideia do termo trade-off, uma situação em que se deve
escolher uma opção entre várias conflitantes.
Para uma empresa, o aumento de custos de uma etapa pode tornar sua operação
menos rentável; porém, em contrapartida, ao desmobilizar capital investido em
Compras
Se considerarmos uma empresa industrial, por exemplo, o processo de logística se
inicia, como vimos, antes mesmo da produção em si, com a busca de fornecedores
de matérias-primas, de materiais diversos e de produtos semiacabados, como peças
ou componentes. Portanto, inicia-se com o processo de seleção, pela área técnica da
empresa, de fornecedores dos insumos para a produção da linha de produtos a serem
adquiridos pelo setor de compras.
O processo de logística inclui, ainda, a busca pelos diversos tipos de embalagem que
serão utilizados, tanto para acondicionar cada unidade do produto individualmente,
quando for o caso, quanto para compor lotes, com maiores ou menores quantidades
de unidades, conforme vimos no tópico “Separação e embalagem” da Unidade 8.
Lembre-se de que esses lotes são utilizados no transporte, no armazenamento e na
distribuição, seja para distribuidores, atacadistas ou varejistas, seja para exportadores
ou exportação própria, ou seja, diretamente para o consumidor final.
Os pedidos de compra, como já estudado, vêm sendo encaminhados entre o com-
prador e o fornecedor via software de troca de dados por meio eletrônico, o que
elimina atrasos, erros ou outros problemas na comunicação entre os dois lados. No
entanto, o processo de compras e de obtenção dos produtos são etapas importantes
e delicadas para empresas que processam matérias-primas ou outros insumos,
transformando-os em produtos acabados. Nessa área, do suprimento à produção,
as preocupações abrangem:
• a análise da capacidade técnica do fornecedor, da qualidade do material ou pro-
duto a ser adquirido, bem como da regularidade na manutenção dessa qualidade;
• a análise da capacidade de produção do fornecedor, principalmente quando se
trata de insumos cuja produção é restrita, bem como das políticas de produção e
de vendas do fornecedor e os contratos de fornecimento;
• o preço, as condições de faturamento/pagamento, a política de preços do fornecedor;
• a prevenção de escassez, não apenas, mas, sobretudo, no caso de insumos sazonais;
• a atenção quanto a fatores que possam provocar aumentos súbitos e acentuados
de preço dos insumos (por vezes, por conta do mercado internacional ou mesmo
do nacional);
Produção
Existem sistemas que apoiam a produção executando outras tarefas relativas às demais
etapas desse processo. Um sistema de gerenciamento que abrange a área de desenho
de projeto, do desenvolvimento do próprio produto e dos respectivos processos
produtivos possibilita, também, o intercâmbio de projetos entre fabricante e seus
fornecedores, ou, na outra ponta, entre o comprador e o fabricante de novos produ-
tos ou de produtos que estejam sofrendo alguma alteração.
Vendas
Um sistema que substitui o trabalho de parte do quadro de vendedores ou compra-
dores de uma empresa é o software especializado em inventário (do estoque), geren-
ciado pelo vendedor (fornecedor), que torna automática a reposição de estoque no
comprador (varejista ou atacadista) com base em valores preestabelecidos, “alimen-
tado” por informações originárias de outros sistemas e que realiza a “leitura” de
dados, como os níveis de estoques ou vendas realizadas, ou seja, quantifica e quali-
fica o fluxo do consumo.
Os softwares que elaboram o gerenciamento de relações com clientes, ou compra-
dores, e os que proporcionam, com eficiência, respostas ao consumidor são sistemas
que processam dados de perfil de consumidores/clientes de forma a tornar possível
quantificar e, ao mesmo tempo, qualificar a demanda – o que pode ser feito, no
caso de cadeias de lojas de varejo, por estabelecimento.
Dessa maneira, os estoques são sempre repostos, a gama de produtos ou o sortimen-
to, bem como as ações promocionais, são específicos para a clientela, que, por seu
turno, também é específica por localização geográfica e tipo de canal de distribuição
(lojas de departamento, hipermercados, supermercados, os vários tipos de varejistas
etc.), tornando possível a implantação de processos de automação nas áreas de
vendas e marketing.
Atividade 2
Os softwares especializados
© 3ddock/123RF
Atividade 1
M eios de transporte
Atividade 2
P esquisa e preenchimento
© Daniel Beneventi
DACTE MODAL
Documento Auxiliar do Conhecimento RODOVIÁRIO
de Transporte Eletrônico
MODELO SEDE NÚMERO F1 DATA E HORA DE EMISSÃO
Transportadora Vaievem
40 1 578 1/2 15/02/2015 09:31:24
Rua das Encomendas, 745
CONTROLE DO FISCO
CEP 71458-020
TEL (11) 8400-0001
CNPJ 75.453.858/0001-45 Chave de acesso para consulta de autenticidade no portal da nfe.fazenda.gov.br
4512 2001 4574 1420 0159 5500 1002 5842 4512 6585 9810
TIPO DO CT-e TIPO DO SERVIÇO TOMADOR DO SERVIÇO FORMA DE PAGAMENTO Nº DE PROTOCOLO INSC. SUFRAMA DO DESTINATÁRIO
MUNICÍPIO SÃO PAULO/SP CEP 03742-019 MUNICÍPIO MONTE ALTO/SP CEP 01536-002
CNPJ/CPF 22.123.456/0001-99 INSC. ESTADUAL235469874578 CNPJ/CPF 413.809.989-75 INSC. ESTADUAL ISENTO
PAÍS BRASIL FONE 0800-2323233 PAÍS BRASIL FONE (19) 91234-5678
EXPEDIDOR RECEBEDOR
ENDEREÇO ENDEREÇO
DOCUMENTOS ORIGINÁRIOS
TP. DOC CNPJ/CPF EMITENTE SÉRIE/Nº DOCUMENTO TP. DOC CNPJ/CPF EMITENTE SÉRIE/Nº DOCUMENTO
OBSERVAÇÕES
DACTE com dados e valores fantasia
DECLARO QUE RECEBI OS VOLUMES DESTE CONHECIMENTO EM PERFEITO ESTADO PELO QUE DOU POR CUMPRIDO O PRESENTE CONTRATO DE TRANSPORTE
NOME CHEGADA DATA/HORA
RG
SAÍDA DATA/HORA
ASSINATURA/CARIMBO
Distribuição
Esses mesmos sistemas de gerenciamento de transporte atuam também no momen-
to da distribuição propriamente dita, efetuando os procedimentos de controle de
operações de descarga, de transbordo (transposição de mercadorias de um para
outro veículo), o rastreamento dos veículos e das mercadorias por GPS e o controle
das entregas através da leitura das etiquetas dos produtos com transmissão dos
dados por internet sem fio (wireless).
Transporte
A expedição e a distribuição se dão a partir da escolha do modal (modalidade) de
transporte, o qual pode ser:
• rodoviário;
Transporte rodoviário
É o mais utilizado dentro do Brasil, dada a sua capilaridade e sua versatilidade,
embora não seja o de menor custo. É usado também, eventualmente, na exportação
para países limítrofes ou próximos, que possam ser alcançados por terra.
A capilaridade se traduz em sua utilização para alcançar os locais desejados, sejam
cidades onde, em muitos horários, só é permitida a circulação de veículos de peque-
no porte, os Veículos Urbanos de Carga (VUC), sejam pontos remotos que neces-
sitam de veículos adequados para a transposição de rotas com péssimas condições
de tráfego.
Todos os tipos de carga têm sido movimentadas por meio desse modal.
A versatilidade dele, por sua vez, traduz-se na existência de inúmeros caminhões e
equipamentos diferentes, adequados aos diferentes tipos de carga, a saber:
Canavieiros Cana-de-açúcar
São classificados como caminhões aqueles que possuem uma única estrutura (ca-
bine e carroceria), dois ou três eixos, payload (fala-se “peiloud” – capacidade de
carga) em torno de 23 toneladas: carrocerias abertas, fechadas, tanques, plataformas.
São classificados como carretas os que possuem duas estruturas (cabine do tipo
cavalo mecânico e carroceria do tipo semirreboque), capacidade em torno de 30
toneladas: abertas, fechadas, tanques, plataformas.
São denominadas treminhões as carretas articuladas com três estruturas (cavalo
mecânico, semirreboque e reboque): abertas, fechadas, tanques, canavieiros, flores-
tais, porta-contêineres (2 de 20 pés) – esses veículos, em função do peso total com
carga, sofrem limitações em relação aos tipos de estrada em que podem trafegar.
Fonte: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Fiscalização em
postos de pesagem veicular. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/html/objects/_
downloadblob.php?cod_blob=11353>. Acesso em: 20 mar. 2015.
Transporte ferroviário
É o segundo meio de transporte mais econômico, espe-
cialmente indicado para grandes volumes em grandes
percursos. No entanto, sofre limitações por conta da
pouca extensão da malha ferroviária, especialmente se
Bitola: 1. Medida padrão pa-
comparada com a rodoviária; além disso, sofre também ra determinado uso ou tipo
da incompatibilidade entre as malhas (trilhos com dife- de objeto: bitola de um cabo:
bitola de um vergalhão de
rentes bitolas), que obriga à realização de transbordos ferro. 2. Objeto ou dispositivo
das cargas. us. como padrão para aferi-
ção da medida de peças,
Possui versatilidade semelhante à do transporte rodoviário produtos, disposições etc.
em termos de adequação de equipamentos aos diferentes © Dicionário Aulete.
<www.aulete.com.br>
tipos de carga, mas a capilaridade é bem reduzida.
Vagões Cargas
Tanque Líquidos
Transporte aquaviário
O transporte aquaviário é o realizado pelas vias navegáveis: rios (fluvial), lagos (lacus-
tre) e mares (marítimo). No Brasil, o transporte aquaviário ou hidroviário, seja o
fluvial ou o marítimo (não há transporte lacustre expressivo no país e mesmo fora
dele), apresenta custo bem mais reduzido em relação ao rodoviário e ao ferroviário.
Contudo, não apresenta, no território nacional, a mesma capilaridade do transporte
rodoviário, já que depende de portos, nem sempre localizados próximos aos destinos
finais das mercadorias, e estes são estruturas de grandes proporções e alto custo de
implantação, sendo, também por essas razões, em número reduzido. Sua capilaridade,
por outro lado, é internacional, como no transporte aéreo – embora também no ex-
terior dependa sempre de outros modais, pela mesma questão da quantidade e loca-
lização dos portos e por suas características de porte e de profundidade dos berços de
atracação, nem sempre aceitando navios de grande calado (parte do casco que fica
submersa).
Por outro lado, sua versatilidade permite transportar, praticamente, qualquer tipo
de carga.
Transporte fluvial
Esse tipo de transporte, no Brasil, sofre as mesmas limitações do ferroviário, dada a
reduzida malha viária. E, da mesma maneira é particularmente indicado para volumes
bastante grandes de carga e grandes distâncias a ser percorridas, com a vantagem de ser
o que apresenta menor custo, embora seja, também, o que apresente a maior lentidão.
Tem sido utilizado especialmente para o transporte de grãos e minérios.
Barcaça.
Transporte marítimo
A navegação marítima é classificada em dois tipos: a costeira ou doméstica, deno-
minada de cabotagem, em que os navios utilizados são de pequeno ou médio porte
e não se afastam da costa de um país; e a internacional, em que grandes embarcações
cruzam os oceanos.
© Gary Blakeley/123RF
Transporte aéreo
Esse modal não apenas é o que apresenta os maiores custos para o transporte de
mercadorias, como seus custos são muito mais altos que os dos demais modais. Por
essa razão só é utilizado para cargas com características especiais: mercadorias de
pouco peso e volume e alto valor, ou que necessitam ser transportadas rapidamen-
te, além de animais vivos de pequeno porte – os de grande porte ou ferozes não
costumam ser permitidos.
A navegação aérea divide-se em doméstica (cabotagem) e internacional (comércio
exterior), como a marítima.
© Sam Hodgson/Bloomberg/Getty Images
Transporte dutoviário
Este é um modal de uso bastante específico, que se serve de dutos para transportar
alguns poucos tipos de produto, como combustíveis, gases e minérios.
Pelos oleodutos passam o petróleo e seus derivados (óleos minerais, combustíveis,
gás liquefeito de petróleo – GLP, gás engarrafado etc.), pelos gasodutos passa o gás
natural (gás de rua) e, pelos minerodutos, passam alguns minerais como o minério
de ferro.
Pouco utilizado, tem custos operacionais bastante reduzidos frente aos outros meios
de transporte; seus custos de implantação, entretanto, são elevados.
Funcionam servindo-se da força da gravidade ou de bombeamento mecânico para
a movimentação dos produtos em seu interior.
Custos
Cada modal apresenta suas características de custo para o usuário, que logicamen-
te variam de acordo com o tipo de carga a ser transportada. Cargas consideradas
“comuns”, secas, não frágeis, não perecíveis, que não necessitem refrigeração ou
outros cuidados especiais, não requeiram manuseio especial nas operações de carga
e descarga etc., são tarifadas de forma diferente em relação àquelas de grandes di-
mensões, grande volume e peso, que apresentem periculosidade, urgência, condições
especiais de transporte, carga e descarga etc., que sofrem uma sobretaxação.
No modal aéreo existem algumas opções de empresas de linhas aéreas, das especia-
lizadas em transporte de mercadorias às que atuam no transporte de passageiros e
de cargas, e sua seleção depende, naturalmente, das rotas que atendem e dos preços.
No modal marítimo existem os armadores, que também operam rotas específicas,
portanto sua utilização depende, igualmente, da rota e do preço.
No modal ferroviário, as rotas são operadas pela empresa detentora da concessão do
trecho de cada malha. Nem sempre os trechos ou malhas estão integrados a outra
Atividade 3
Transporte : protagonista da logística
Em grupo:
1. Pesquisem o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e destaquem
suas principais características.
Atividade 1
R evisite seus conhecimentos
Analise a última coluna do quadro: Há ainda coisas que você considera que precisa
aprender? Sim? Isso é normal, e você não deve desanimar, pois o conhecimento é
um processo contínuo e, por mais que conheçamos algo, sempre há novas concep-
ções que precisam ser incorporadas.
Procure, agora, elaborar um planejamento das próximas ações para dar sequência
à construção da sua formação e carreira, como:
• continuar a estudar;
• procurar um novo curso nessa área;
• ler revistas ou livros especializados;
Atividade 2
P laneje seus próximos aprendizados
www.viarapida.sp.gov.br