TCC Juliana de Souza Mendes
TCC Juliana de Souza Mendes
TCC Juliana de Souza Mendes
Tubarão
2015
JULIANA DE SOUZA MENDES
Tubarão
2015
JULIANA DE SOUZA MENDES
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Professor e orientador Jailson Coelho, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. José Humberto Dias de Tolêdo, Msc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Alexandre de Medeiros Motta, Msc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ao meu esposo Murilo, que sempre me
apoiou e incentivou na busca constante
por conhecimento.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 12
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................13
1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS......................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 14
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 15
2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA........................................................................................ 16
2.1 ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS........................................................ 17
3 CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO ................................................................... 21
4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL .......................................................... 24
4.1 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO.................................................... 25
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................. 28
6 BENEFÍCIOS PARA A QUALIDADE DE VIDA................................................... 33
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 36
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 37
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1 INTRODUÇÃO
Segundo Belynky apud Infomoney (2014), "[...] ter dinheiro não significa
ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante é planejar-se para ter o
suficiente, sem consumir com exagero e desperdício."
Um bom planejamento financeiro é capaz de ajudar a perceber a atual
situação financeira, determinar metas e objetivos, e desenvolver estratégias que
levem à realização desses objetivos.
Planejar e controlar integram um processo em permanente vigilância e
aprimoramento. Tão importante como elaborar um planejamento financeiro, é
acompanhá-lo periodicamente, a fim de verificar se as ações tomadas estão levando
ao alcance dos resultados esperados. Em finanças e investimentos, quanto antes
determinada situação é planejada, maiores as chances de sucesso. Por isso, a
grande importância de ter um controle das finanças pessoais, para estipular
objetivos e se antecipar aos possíveis imprevistos.
A educação financeira é o meio de prover conhecimentos e informações
sobre comportamentos básicos que contribuem para melhorar a qualidade de vida
das pessoas e de suas comunidades. É, portanto, um instrumento para promover o
desenvolvimento econômico. Afinal, a qualidade das decisões financeiras dos
indivíduos influencia, no agregado, toda a economia, por estar intimamente ligada a
problemas como os níveis de endividamento e de inadimplência das pessoas e a
capacidade de investimento dos países.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA
presente e no futuro. Para Quintino (2014), "é preciso buscar uma melhor qualidade
de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária
para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para
eventuais imprevistos."
Infelizmente, a população em geral não tem a cultura de organizar suas
finanças e tampouco de poupar recursos. É comum perceber o quanto a população
está cercada em financiamentos e prestações de empréstimos que não cabem em
seu orçamento. O desequilíbrio financeiro e a falta de disciplina são os principais
fatores negativos para a atual situação.
A ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito,
tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de
parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que
reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam
satisfação. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013)
No entanto, o problema começa na falta da educação financeira no
âmbito familiar e escolar, mesmo enquanto crianças e adolescentes.
SegundoFrankenberg (2002), " caso o povo tivesse mais acesso (à educação
financeira), conheceria realmente o perigo ocasionado por taxas de juros altos em
relação ao comprometimento excessivo do orçamento doméstico".
Muitos não conseguem ter o controle de suas finanças pessoais.
Desconhecem o quanto gastam, como gastam e principalmente o fator que os
motivaram a gastar. É de fundamental importância entender a importância de iniciar
um planejamento, independente da necessidade de cada indivíduo.
porém gerou ilusão em boa parte da população que acabou contraindo dívidas sem
ter condições de mantê-las adimplentes.
A maioria dos brasileiros só se dão conta do tamanho do prejuízo quando
o nível de endividamento chega ao extremo. De acordo com Seabra(2010a), "eles
contam com todo o salário para gastar, não poupando nada. Ou pior: além de
gastarem todo o salário, ainda acumulam dívidas através de empréstimos ou
compras parceladas com juros." E neste momento a situação fica ainda mais
complicada. É preciso estabelecer metas desde o início. Luquet e Assef (2007, p.7)
afirmam que "o remédio [...] não é aumentar a receita, mas essencialmente gerir
melhor o que se tem". É notório que não se pode esperar a melhora significativa da
renda, até porque este fator não é garantia de saúde financeira. Logo, faz-se
necessário definir os objetivos financeiros, elaborar o orçamento mensal com as
receitas e despesas, controlar as dívidas e criar uma reserva para emergências.
Estas ações exigem educação financeira, disciplina e acompanhamento sistemático.
Martins (2004, p.52) lembra que "a necessidade de ostentar e a vaidade
excessiva são emoções que conduzem a pessoa a fazer gastos exagerados, na
hora errada, de maneira impensada e abusiva, transformando-a numa máquina de
destruir dinheiro". E é neste ponto que concentram-se as maiores armadilhas, como
por exemplo, comprar coisas desnecessárias ou por impulso.
De acordo com PEREIRA (2010), "os gastos se tornam prêmios
individuais que representam a oportunidade de esquecer as frustrações na vida, no
trabalho e nos relacionamentos amorosos ou familiares. Funciona como uma terapia,
mas está muito mais para compulsão. E traz conseqüências." A maioria das pessoas
agem de forma inconsciente, sem planejar o futuro e sem medir as consequências
de suas decisões financeiras.
Empregar tempo e dinheiro para cuidar da sua educação emocional e da
instrução financeira pode ser uma gostosa aventura; a felicidade está na
própria jornada e não na chegada. Abraçar um projeto de aprendizado e
crescimento pessoal é uma boa maneira de dar novo colorido à vida, além
de propiciar resultados que o surpreenderão: mais dinheiro, mais liberdade,
melhores opções e mais tranquilidade. (MARTINS, 2004, p. 70).
Acredita-se que o endividamento da população deve-se principalmente ao
uso do cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, financiamento de
veículos e as altas faturas de cartão de crédito. De acordo com uma pesquisa do
Jornal Extra (2014), "Seis em cada dez (57%) inadimplentes estão com faturas do
cartão atrasadas. Já o principal motivo que impede a quitação das dívidas, apontado
20
produtividade.
De acordo com o atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, citado por
Marchesini et al(2015), "o equilíbrio fiscal é indispensável para que o país fique no
caminho do desenvolvimento e amplie as oportunidades para a população". Esta
preocupação com o desenvolvimento sustentável levanta uma série discussão sobre
os rumos do país. Grande parte do quadro de ministros foi alterado neste novo
mandato da presidente Dilma Roussef, e este cenário somado aos alardes durante
oúltimo semestre sobre alta de juros, inflação e recessão na economia trouxeram
receio à população brasileira, que diante das incertezas em relação ao futuro teme
perder o que já conquistou.
No início de 2014 o governo previa crescimento da economia de 3% e
chegamos ao final de 2014 com crescimento estimado de 0,2% (próximo de zero).
Isto faz o mercado continuar pessimista com o governo e com a economia do
país.De acordo com o site Valor Econômico, 2015 " O Índice de Intenção de
Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,4% em Dezembro/2014 [comparando-se com
novembro do mesmo ano] e atingiu a menor pontuação desde 2009, ano em que
iniciou as pesquisas. Em comparação com o mesmo período em 2013, houve
quedade 13,3%." A população está reduzindoe/ou trocando seus hábitos de
consumo, aproveitando mais promoções em supermercados e sendo mais
cautelosos em compras com prazos longos.
Durante muitos anos no Brasil foi uma prática comum gastar todo o dinheiro
de que se dispunha o mais rápido possível, pois já que os preços das
mercadorias (alimentos, eletrodomésticos, etc.) eram reajustados pelo
menos uma vez por semana e as famosas máquinas remarcadoras de
preços funcionavam sem parar, não havia lógica em poupar e a idéia de
planejamento futuro não parecia ser viável. Com a implantação do Plano
Real em julho de 1994, conseguiu-se a estabilização da economia e índices
de inflação menores que 1% ao mês. Muitos dos hábitos antigos, porém,
sobre a forma de lidar com o dinheiro, prevalecem ainda hoje. (HALLES et
al, 2013)
Atualmente, pode-se perceber a pouca preocupação das famílias em
poupar. Se antes do Plano Real este hábito era inviável financeiramente, hoje se
mostra uma urgente necessidade.
Um dos principais fatores que agravou este quadro foram as medidas
impostas pelo governo durante o ano de 2013 a fim de estimular o consumo e o
crescimento da economia através da facilitação do acesso ao crédito, que culminou
no descontrole financeiro de muitas famílias.
De acordo com Seabra, (2010a) "O Brasil só superou bem a crise
23
T
abela 1 - Planilha de gastos mensais.
Fonte: UOL Notícias, 2014.
De qualquer forma, o fator mais importante é procurar a ferramenta que
mais se adapta às necessidades do indivíduo/família, sendo que a elaboração da
própria planilha também poderá apresentar excelentes resultados.
28
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ÁVILA, Leandro. Sem estratégia não adianta ter objetivos. Disponível em: <
www.clubedospoupadores.com/trabalho/sem-estrategia-nao-adianta-ter-
objetivos.html>Acesso em: 06 jan. 2015.
EXTRA. Pesquisas mostram perfil dos endividados brasileiros, que não estão
conseguindo quitar seus débitos. Disponível
em:<http://extra.globo.com/noticias/economia/pesquisas-mostram-perfil-dos-
endividados-brasileiros-que-nao-estao-conseguindo-quitar-seus-debitos-
13502421.html> Acesso em 25 set. 2014.
LIMA, Luís; BERTÃO, Naiara Infante. Por que o brasileiro parou de consumir
como antes? Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/por-que-o-
brasileiro-parou-de-consumir-como-antes> Acesso em 05 jan. 2015.
LUQUET, Mara; ASSEF, Andre. 20 lições essenciais para ter as contas em dia.
São Paulo: Saraiva, 2007. 102 p.
NAVARRO, Conrado. Riqueza: ser rico sem ser milionário ou pensar em dinheiro.
Disponível em: < http://dinheirama.com/blog/2010/10/19/riqueza-ser-rico-sem-ser-
milionario-ou-pensar-em-dinheiro/> Acesso em: 15 jan. 2015.