Equipas de Primeiros Socorros PDF
Equipas de Primeiros Socorros PDF
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Primeiros Socorros
Manual de Formação
PREFÁCIO
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OBJETIVOS
OBJETIVOS GLOBAIS
Adquirir conhecimentos técnicos e práticos de noções básicas de
socorrismo e saber aplicá-los.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os fundamentos do socorrista
Enumerar o plano de ação do socorrista
Distinguir as diversas fases do SIEM
Aplicar as técnicas da Assistência Primária:
o Avaliação da situação
o Utilização de proteções
o Avaliação primária
o Reanimação Cardiopulmonar
o Desobstrução de via aérea
o Controlo de hemorragia grave
o Controlo do choque
o Atuação em Envenenamentos / Intoxicações
Aplicar as técnicas da Assistência Secundária:
o Avaliação de lesões
o Traumatismos
o Queimaduras
o Efeitos do Ambiente Quente
o Efeitos do Ambiente Frio
o Eletrocussão
o Controlo de lesão na coluna vertebral
o Evacuação de pessoas com mobilidade reduzida
o Avaliação de doenças súbitas
Situações Especiais – Crianças
Executar os procedimentos em situações de emergência
o Funções e responsabilidades de cada elemento/equipa,
e sua articulação.
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INTRODUÇÃO
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FUNDAMENTOS DO SOCORRISTA
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PLANO DE AÇÃO
Prevenir
Antes de se iniciar o socorro à vítima, o socorrista deve ter em conta a
segurança dele e da vítima. Deve certificar-se que o ambiente é seguro
primeiro para o socorrista, de modo a poder prestar um socorro eficaz
e posteriormente, deve colocar a vítima num local seguro para poder
iniciar o socorro aplicando os conhecimentos técnicos.
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Secundária
Este tipo de prevenção é já
considerando todo o tipo de ações
que se realizam após o acidente de
modo que este não se agrave.
Alertar
É toda a informação que o socorrista pode transmitir às entidades que
vai acionar (ex. PSP, INEM), para que chegue uma equipa de pessoal
especializado com a finalidade de socorrer a vítima com mais recursos.
O socorrista deve ser objetivo, claro e conciso na informação que
transmite.
Assim sendo, quando se efetua um pedido de socorro devem ser
adotadas as seguintes recomendações:
Manter a calma;
Informar corretamente o local
onde se encontra;
Indicar o número de telefone a
partir do qual se está a ligar,
para que se possa ser
contactado em caso de
dúvida;
Descrever corretamente qual a
situação, tipo de ocorrência,
nº de vítimas e idades, se existem fatores agravantes (ex.:
incêndio, explosão) e responder às perguntas que a central de
emergência faz (mesmo que isso possa parecer perda de
tempo);
Respeitar as indicações dadas;
Desligar o telefone somente quando a central de emergência o
indicar.
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Em situações que o socorrista se encontre sozinho, de imediato deve
socorrer a vítima e de seguida pedir ajuda.
Socorrer
O socorrista aplica os conhecimentos teórico-práticos, estabelece
prioridades e adota as medidas necessárias para estabilizar a vítima
até que cheguem os meios mais especializados.
O socorro pode ser:
Essencial
São todas as situações prioritárias
que põem em risco a vida da vítima
(ex.: alterações cardiorrespiratórias,
choque,
envenenamento/intoxicação,
hemorragia, etc.).
Secundário
São todas as situações que não
colocam diretamente em risco a
vida da vítima (ex.: pequenas
lesões da pele, queimaduras pouco
extensas).
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SIEM
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Fases fundamentais do SIEM
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3. PRÉ-SOCORRO É o conjunto de gestos simples de
socorrismo básico, normalmente
executados por socorristas formados no
seio da população e que são mantidos até
à chegada de meios de socorro mais
especializados.
Para a concretização dos seus objetivos o SIEM conta com todos os seus
intervenientes, em maior ou menor escala, mas todos com
responsabilidade no seu eficaz funcionamento. São eles:
Público em geral;
Operadores das centrais de emergência;
Agentes da PSP/GNR;
Bombeiros;
Cruz Vermelha Portuguesa;
Tripulantes de Ambulância;
Médicos e Enfermeiros, quer em trabalho pré-hospitalar
quer hospitalar;
Pessoal técnico e auxiliares de ação médica dos hospitais;
Pessoal técnico na área das telecomunicações e
informática.
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EXAME DA VÍTIMA
O Socorrista antes de iniciar qualquer tipo de procedimento terá de
examinar a vítima, porque só desta forma poderá identificar as lesões
e definir a prioridade na sua atuação.
Em primeiro lugar devem ser
examinadas as lesões que põem
em perigo imediato a vida do
acidentado e posteriormente
aquelas que não carecem de
tratamento imediato e que
podem aguardar.
O local de um incidente ou
acidente normalmente é muito
confuso, podendo inclusiva-
mente existir alguns riscos. Por
este motivo, é preciso garantir
a segurança do Socorrista, dos populares e do doente.
Quando o Socorrista se depara com uma vítima num local de um
acidente ou de um incidente deverá proceder da seguinte forma:
Observar:
Perigos para os socorristas e para a(s) vítima(s);
Localização dos doentes e sua posição;
Estado do(s) doente(s): se estão conscientes, se existem
hemorragias ou outro tipo de lesões graves;
No caso de um acidente, em que estado está(ão) o(s) veículo(s),
qual o grau de destruição e posição;
Se foi uma queda, de que altura ocorreu;
Etc.
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Ouvir:
Ruídos que indiquem perigo, como barulhos de motor, escape,
etc.;
Se existem ruídos respiratórios;
Que queixas a(s) vítima(s) apresenta(m);
Informações e instruções de outros elementos no local.
Pensar e decidir:
Se foi tudo verificado;
Se foram definidas prioridades;
Que mais pode ser feito.
Atuar:
Se for um acidente de viação, sinalizar o local com recurso ao
triângulo do veículo e usar o colete refletor;
Solicitar ajuda ligando 112;
Aplicar os cuidados de emergência adequados à situação clínica
dos doentes;
Caso já existam equipas de socorro no local, respeitar as
indicações que são dadas;
Atuar com calma e serenidade, pois o doente depende de si.
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ABORDAGEM À VITIMA
Algumas indicações:
Identificarmo-nos e saber o nome da vítima para tratá-la pelo
seu nome;
Tentar saber a idade;
Colocar-se junto da vítima – Se estiver afastada pode transmitir
falta de confiança do socorrista nos seus próprios atos,
dificultando a obtenção de respostas às suas questões;
Tocar no doente – Segurar na mão da vítima ou colocar a mão
no seu ombro são formas de transmitir confiança e
tranquilidade, permitindo assim que esta colabore;
Interrogar a vítima de forma direta e objetiva para não
condicionar a resposta. Ex: – Dói-lhe o peito? – Neste caso, a
vítima possivelmente dá uma resposta afirmativa, porque o que
pretende é cativar a atenção de quem se socorre.
Mas se perguntar: Tem dores? – Neste caso a vítima pode
responder afirmativamente, mas obriga-a a especificar o local
exato.
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ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA
A Assistência Primária
Perguntas de Estudo consiste na prestação de
O que é a Assistência Primária? cuidados de emergência a
vítimas que apresentam
Quais os 5 passos da Assistência risco imediato de vida. As
Primária? ações a aplicar na prestação
da Assistência Primária
Como solicitar apoio se encontram-se organizadas
encontrar uma vítima numa via em etapas que permitem de
pública? uma forma sistematizada as
manobras de socorro.
Avaliação da Situação
Antes de o Socorrista abordar um doente ou uma vítima deverá
garantir que se encontram reunidas as condições de segurança
necessárias para a prestação de socorro. A avaliação das condições de
segurança deverá ser pensada pela seguinte prioridade:
1. Segurança do Socorrista;
2. Segurança do doente ou vítima;
3. Segurança para todos os que se encontrarem na envolvente.
A garantia das condições de segurança é fundamental na prestação de
socorro. Se o doente ou vítima não se encontrar em local seguro, o
Socorrista deverá removê-lo para um espaço que garanta a segurança
de todos e seguidamente iniciar todos os procedimentos de socorro.
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Fases do Exame Primário
Agitação motora -
sugere hipoxia;
Cianose – sugestivo
de hipoxia;
Sons anormais
(roncos) - obstrução
de faringe;
Disfonia - obstrução
de laringe.
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Colocação de Barreiras
de Proteção;
Verificar ventilação;
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prestarem socorro a quem dele necessita. O uso de barreiras
adequadas permite a prestação de socorro de forma segura.
Verificar Ventilação
Após ter sido efetuada a abertura e permeabilização da via aérea,
aproximar a face da face do doente e observar o tórax deste. Verificar
se ventila durante 10 segundos:
Ver – se existem movimentos torácicos ou outros movimentos naturais;
Ouvir – o ar a passar na via aérea do doente;
Sentir – o ar que sai do doente a bater na face.
Verificar Circulação
sanguínea
Controlo de
Hemorragias Graves
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Controlo do Choque
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Controlo de Hemorragias Graves
Uma boa oxigenação é essencial para o normal funcionamento do nosso
organismo. O transporte do oxigénio é feito pelo sistema circulatório
que é composto pelo sangue, coração, artérias, veias e vasos capilares.
Por este motivo, quando existe uma saída de sangue de uma forma não
controlada, está-se perante uma hemorragia.
O corpo humano contém cerca de 6 litros de sangue e a sua perda
rapidamente de apenas 1 litro é perigosa e poderá causar lesões
graves.
As Hemorragias Graves devem ser tratadas rapidamente dado que
colocam em causa a vida.
Em geral existem 3 tipos de hemorragias. Em situação de emergência
não é fundamental diagnosticar o tipo de hemorragia presente, no
entanto, se o socorrista a conseguir identificar fica com maior exatidão
na avaliação da gravidade da lesão.
Hemorragia Arterial
Sangue vermelho vivo que jorra
de um ferimento em sincronia
com o batimento cardíaco. Este
tipo de hemorragia potencia
uma rápida perda de sangue do
organismo, o que ao ocorrer em
uma artéria de grande dimensão
poderá levar à morte em
escassos minutos.
Hemorragia Venosa
Fluxo constante de sangue
vermelho escuro com origem em
um ferimento. Consoante a sua
localização, a gravidade desta
difere. Como permite uma
grande perda de sangue deverá
ser tratada rapidamente
evitando o agravamento do
estado de saúde da vítima.
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Hemorragia Capilar
Neste tipo de hemorragia o
sangue escorre lentamente de
um ferimento. Este tipo de
hemorragia pode parar por si ou
com uma pequena aplicação de
pressão sobre o ferimento.
Hemorragias externas
As hemorragias externas são de fácil localização, estão relacionadas
com feridas e podem ser de origem arterial, venosa ou capilar,
dependendo do(s) vaso(s) atingido(s).
O controlo das hemorragias pode ser efetuado através da aplicação das
seguintes técnicas:
Compressão manual direta;
Compressão manual indireta ou à distância;
Garrote.
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Compressão manual direta
Deve fazer compressão diretamente sobre a lesão que sangra,
utilizando compressas ou um pano limpo e sem pelos para o auxiliar.
Caso o volume de compressas seja excessivo, retirar a maioria sem
remover aquelas que estão em contacto direto com a ferida, de forma
a evitar que a mesma volte a sangrar.
Esta técnica, apesar de eficaz, não deve ser aplicada quando se está
perante as seguintes situações:
Ferida com objeto perfurante;
Ferida associada a fraturas.
Garrote
O garrote, devido às lesões que provoca, é colocado somente quando
todas as outras técnicas de controlo de hemorragias falharam ou
quando se está perante a destruição de um membro. Este deve ser de
tecido não elástico e largo. Quando se recorre ao garrote, deve
registar-se a hora da sua aplicação.
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Elevação do membro – Este método consiste em utilizar a força da
gravidade para reduzir a pressão de sangue na zona da lesão. Para a
sua aplicação verificar se não existem outras lesões que possam ser
agravadas.
Hemorragias internas
As hemorragias internas são de difícil reconhecimento, sendo
caracterizadas de duas formas:
Hemorragias internas visíveis;
Hemorragias internas não visíveis.
Atuação
No caso da hemorragia interna devem ser aplicados, entre outros, os
seguintes cuidados:
Não deixar o doente efetuar qualquer movimento;
Se o sangue sai pelos ouvidos, neste caso particular, colocar
somente uma compressa para embeber;
Aplicar frio sobre a zona da lesão;
Manter o doente quente;
Avaliar os parâmetros vitais.
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Principais Sinais e sintomas:
Dor local ou irradiante;
Sede;
Zumbidos;
Dificuldade de visão gradual;
Pulso rápido e fraco, progressivamente;
Ventilação rápida e superficial, progressivamente;
Pupilas progressivamente dilatadas;
Outros sinais e sintomas de choque.
Primeiro Socorro:
Estancar a hemorragia ou, se isto não for possível, limitar ao
máximo a saída de sangue;
Desapertar roupas no pescoço, tórax e abdómen;
Animar e moralizar;
Se consciente – posição confortável;
Se inconsciente – PLS;
Manter temperatura corporal;
Não dar nada a beber;
Promover transporte para hospital.
Controlo do Choque
O corpo humano é constituído essencialmente por água (cerca de 60 %
do volume total num adulto), estando a maior parte situada dentro das
células. A água vai permitir que ocorram determinadas reações
químicas que permitem a existência de vida, no entanto, também vai
permitir o transporte do oxigénio através da circulação sanguínea, bem
como de nutrientes e de algumas hormonas. Assim, o nosso organismo
necessita continuamente de um fornecimento eficaz de oxigénio e de
uma quantidade regular de água para poder sobreviver.
No sangue, a água encontra-se numa substância conhecida por plasma,
que transporta os glóbulos vermelhos e estes, por sua vez, levam o
oxigénio para os órgãos. Em simultâneo recolhe os subprodutos
produzidos pelo organismo como o dióxido de carbono (CO 2), entre
outras substâncias.
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O sangue circula por todo o corpo através de artérias, veias e vasos
capilares, sendo bombeado pelo coração. Quando este sistema sofre
uma alteração dos seus mecanismos (o coração não funciona com
eficácia; houve uma alteração na estrutura dos vasos sanguíneos que
os levou a dilatar; ou porque ocorreu uma perda avultada de água ou
sangue) instala-se uma situação denominada por choque.
O choque pode, assim, ser definido de várias maneiras, dependendo
cada uma do mecanismo em causa. De uma forma geral, este ocorre
quando o sistema cárdio-circulatório se torna incapaz de garantir o
fornecimento de oxigénio e nutrientes aos órgãos vitais.
O choque instala-se num doente de uma forma progressiva, sendo
muitas vezes detetado tardiamente. Se não for combatido
rapidamente, pode levar à morte.
Choque Cardiogénico
Surge quando a circulação sanguínea não é eficaz, por existir
insuficiência do efeito “bomba” do coração para fornecer o oxigénio
ao organismo.
Choque Hipovolémico
Surge quando existe uma perda substancial de líquidos circulantes,
seja sangue ou plasma. A causa mais frequente de choque é a
hemorragia, pela perda de sangue, que leva ao mau funcionamento do
coração.
Choque Neurogénico
Surge quando a circulação sanguínea é alterada por existir uma
alteração ao nível das artérias e/ou veias, que vai condicionar o
fornecimento de oxigénio necessário ao bom funcionamento do
organismo.
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Principais Sinais e sintomas:
Palidez;
Diminuição da temperatura corporal;
Pele húmida e viscosa;
Agitação inicial e depois apatia;
Pulsação rápida e fraca;
Ventilação superficial, difícil, rápida, …
Dilatação pupilar;
Náuseas e/ou vómitos;
Inconsciência.
Primeiro Socorro:
Verificar o estado de consciência;
Se consciente - deitar em decúbito dorsal com cabeça baixa e
as pernas ligeiramente elevadas;
Combater a causa;
Desapertar a roupa no pescoço, peito e cintura;
Verificar o estado de consciência;
Animar e moralizar a vítima;
Manter temperatura corporal;
Não dar nada a beber;
Vigiar funções vitais;
Se inconsciente – PLS.
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Avaliação
neurológica
Avaliação Neurológica
Uma rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível
de consciência e a reatividade pupilar da vítima. A escala de coma de
Glasgow pode ser usada na avaliação secundária.
Na avaliação inicial seguimos a sigla AVDS:
A - Alerta
V - Resposta ao estímulo verbal;
D - Responde a estímulo doloroso;
S – Sem resposta.
Essencialmente o que procuramos saber é se a vítima se encontra
alerta para o que a rodeia (A), se responde verbalmente ao que lhe é
perguntado (V), se não obtivermos uma resposta verbal procuramos
perceber se esta expressa dor quando estimulada dolorosamente (D)
ou, em último caso, se não obtemos qualquer resposta (S), dando-nos a
indicação de que a vítima está inconsciente.
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Exposição da
vítima com
controlo da
temperatura
Objetivo:
Demonstrar os procedimentos na avaliação de uma situação de
emergência de forma segura.
Sequência de ações:
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Nota: Poderá em alguns casos existir pessoas que tentem ajudar
sem conhecimentos adequados. Os socorristas deverão solicitar o
apoio de profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, entre
outros, que se deverão identificar perante o socorrista que já se
encontra a prestar assistência (solicitar sempre documento
identificativo).
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Assistência Primária Técnica 2 – Utilização de Proteções
Objetivo:
Demonstrar os procedimentos para a colocação, remoção e descarte
das barreiras de proteção a utilizar pelo socorrista. As barreiras de
proteção são:
Luvas;
Mascara de proteção;
Protetores ventilatórios.
Colocação de Luvas
1. Colocação das luvas com os dedos
polegares virados para cima (permite
identificar qual a luva para a mão
esquerda e direita quando forem
utilizadas luvas assimétricas);
2. Retirar objetos que possam rasgar as
luvas como anéis, pulseiras, etc.;
3. Calçar as luvas sem as danificar (não
puxar com demasiada força);
4. Verificar se as luvas não apresentam nenhum dano antes da
sua utilização.
Remoção de Luvas
As luvas durante a sua utilização podem ser contaminadas e deverão
ser removidas cuidadosamente.
1. Para remover a 1ª luva, belisca-se a luva contrária junto ao
pulso virando o avesso para fora e pressionando para
descalçar;
2. Remover a luva enrolando-a com cuidado de modo a que a
parte externa fique voltada para o interior. Segurar a luva
removida com a mão que ainda está calçada.
3. Para a remoção da segunda luva, colocasse dois dedos da mão
contrária entre a pele e a luva na zona do pulso. Retira-se
enrolando esta na luva retirada anteriormente.
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4. Após a remoção das luvas, estas deverão ser colocadas num
saco apropriado para produtos contaminados por agentes
biológicos e entregues em local apropriado para tratamento
(este saco poderá ser entregue em instituições de saúde como
Hospitais, postos de saúde, etc.).
Mascaras de Proteção
A utilização de mascaras de proteção pelos socorristas deverá ser
ponderada em situações onde exista a possibilidade de projeção de
fluidos (ex. hemorragia).
Existem diversos tipos de mascaras de proteção com formatos
variados. A principal preocupação na colocação destas é garantir que
ficam ajustadas adequadamente à face e que não caiem quando
ocorrem movimentações da cabeça.
Após a sua utilização, as mascaras de proteção são retiradas e
tratadas como resíduo contaminado por agentes biológicos com o
mesmo processo das luvas.
Protetores ventilatórios
Quando for necessário ministrar
ventilação artificial a uma vítima deverão
ser utilizados protetores ventilatórios que
permitam criar uma barreira física entre a
vítima e o socorrista.
Existem diversos tipos de protetores
ventilatórios, alguns descartáveis e outros
reutilizáveis.
A colocação de protetores ventilatórios deverá ser feita da seguinte
forma:
1. Preparar o protetor ventilatório – verificar se não existem
fissuras nos plásticos ou borrachas e que este se encontra com
a válvula unidirecional colocada adequadamente (que permita
a passagem de ar do socorrista para a vitima e não o
contrario);
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2. Colocar o protetor ventilatório sobre a boca ou boca/nariz –
em alguns protetores ventilatórios que não abrangem a boca e
o nariz em simultâneo, será necessário apertar o nariz da
vítima não permitindo que o ar insuflado saia por este;
3. Proceder à ventilação artificial conforme técnica de RCP.
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Assistência Primária Técnica 3 – Avaliação Primária
Objetivo:
Verificar o estado de consciência da vítima;
Efetuar a abordagem à vítima;
Identificar os equipamentos de proteção individuais
adequados;
Verificação de obstrução e abertura das vias aéreas;
Avaliar a ventilação e circulação sanguínea da vítima;
Colocação de vítima em posição lateral de segurança.
Sequência de ações:
Vítima consciente:
Vítima inconsciente:
Se a vítima não responder deve, de imediato, solicitar ajuda a
quem passa no local ou por perto.
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Para avaliar a ventilação da vítima é
necessário proceder à abertura da via
aérea, recorrendo à extensão da cabeça,
colocando a palma da mão na testa da
mesma e com dois dedos auxiliar a elevação
da mandíbula (apoiando na estrutura óssea
e não nos tecidos moles).
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Assistência Primária Técnica 4 – Reanimação
Cardiopulmonar
Objetivo:
Efetuar abertura das vias aéreas;
Efetuar o VOS;
Solicitar ajuda diferenciada (Ligar 112);
Executar manobras de RCP;
Utilizar os equipamentos de proteção individuais adequados.
Sequência de ações:
2. Efetuar o VOS
Deve Ver, Ouvir e Sentir (VOS), durante 10 segundos, se a
vítima ventila. Ver os movimentos torácicos e/ou abdominais,
ao mesmo tempo que ouve e sente o ar expirado pela vítima
na sua face.
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5. Utilizar os equipamentos de proteção individuais adequados
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Assistência Primária Técnica 5 – Desobstrução de via aérea
Objetivo:
Demonstrar como ajudar uma vítima com Obstrução da Via
Aérea (parcial);
Efetuar as pancadas interescapulares;
Efetuar as compressões abdominais;
Demonstrar como ajudar uma vítima com Obstrução da Via
Aérea (total).
Sequência de ações:
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Assistência Primária Técnica 6 – Controlo de hemorragia
grave
Objetivo:
Utilização de barreiras de proteção;
Demonstrar como utilizar a pressão manual direta para
controlar uma hemorragia;
Demonstrar como utilizar uma ligadura, para manter a
pressão, no controlo de uma hemorragia;
Sequência de ações:
1. Utilização de barreiras de proteção
a. Deve sempre considerar a utilização de luvas para situações de
hemorragia.
Objetivo:
Verificar o estado de consciência da vítima;
Combater a causa do Choque;
Saber atuar em situação de Choque.
Sequência de ações:
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Assistência Primária Técnica 8 – Envenenamentos/
Intoxicações
Objetivo:
Identificar situações de intoxicação / envenenamento;
Saber vias de contacto / administração
Intoxicações / Envenenamentos
É toda a situação que ocorre quando uma pessoa fica exposta a uma
substância que introduzida no organismo pode provocar graves
alterações, podendo causar a morte.
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Prevenção
Por vezes as intoxicações podem ser evitadas, passando pela
prevenção a vários níveis, tais como:
- Correta armazenagem dos produtos tóxicos em lugar seguro,
longe do alcance das crianças e em local próprio;
- A medicação deve ser colocada em local adequado e fechada à
chave;
- Devem-se manter os produtos tóxicos, como produtos de
limpeza, lixívia e pesticidas nas suas embalagens de origem;
- Usar vestuário adequado na execução de determinados
trabalhos agrícolas como por exemplo, na sulfatação das
árvores com pesticida.
Primeiro Socorro:
O socorro da vítima no envenenamento ou intoxicação inicia-se pela
colheita de informações, pois é importante saber: qual o tóxico, qual
a via, a quantidade, há quanto tempo e no caso se ser com crianças é
importante saber a idade e o peso.
Ligar para o CIAV (Centro de Informação Antivenenos) – 808 250
143 e seguir as indicações que nos são facultadas.
É importante alertar que, por vezes, quando chegamos junto da
vítima nem sempre a quantidade de líquido ou comprimidos que
faltam nas respetivas embalagens, indica que foi tudo ingerido.
Devemos dizer a quantidade que falta para perfazer o total indicado
na embalagem.
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a. Via Inalatória
- Eliminar a fonte do tóxico, afastando a vítima do local onde
foi encontrada, para que possa facilitar a ventilação;
- Retirar-lhe as roupas, para que não exista propagação do
tóxico que possa ter ficado impregnado na roupa;
- Levar a vítima para o hospital mesmo que esta esteja
aparentemente bem, pois pode ter ficado com lesões a nível
do aparelho respiratório.
b. Via gastrointestinal
- Seguir obrigatoriamente as indicações do CIAV
c. Via Cutânea
- Seguir obrigatoriamente as indicações do CIAV;
- Retirar a roupa contaminada à vítima para não favorecer a
absorção do tóxico;
- Lavar abundantemente a pele com água corrente sem utilizar
qualquer tipo de sabão, pois pode causar reação alérgica em
contacto com o tóxico e provocar um agravamento da reação
cutânea;
- Não aplicar nenhum produto tipo creme ou pomadas pela
possibilidade de causar reação cutânea;
- Levar a vítima sempre ao hospital para ser observada por
pessoal especializado.
d. Via ocular
- Lavar abundantemente o olho atingido com soro fisiológico ou
água corrente, da parte interna do olho para a parte externa;
caso contrário podia-se contaminar o outro olho que não foi
afetado;
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- Não esfregar o olho afetado para não provocar mais irritação
ocular;
- Pedir à vítima para não fechar o olho afetado, pois existem
substâncias muito agressivas para o olho e, quando fechado,
há a possibilidade de colar as pálpebras;
- Levar sempre a vítima ao hospital para ser observada por
pessoal especializado.
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Assistência Secundária
A Assistência Secundária
Perguntas de Estudo consiste na prestação de
cuidados de emergência
O que é avaliação secundária e a vítimas que apresentam
assistência secundária? situações que, ainda que
não sejam de risco
Qual a diferença entre lesão e imediato de vida, se não
doença súbita? forem vigiadas ou
controladas, podem
tornar-se graves.
Depois de assegurado o Exame Primário, deve efetuar uma avaliação
secundária da vítima, ou seja, em situações de doença súbita e outro
tipo de lesões.
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Doenças súbitas
Dor precordial
A dor precordial é aquela se manifesta
habitualmente em situações de enfarte
agudo do miocárdio.
O enfarte agudo do miocárdio resulta de
uma obstrução brusca e ou total de uma
artéria coronária ou das suas ramificações,
privando a circulação do sangue a determinada zona do músculo
cardíaco e ocasionando morte celular – necrose. Esta situação não
está diretamente relacionada com o esforço ou emoção, podendo
mesmo surgir quando a vítima está em repouso (por exemplo, durante
o sono). Por vezes é difícil distinguir, apenas pela sintomatologia,
ambas as situações. No entanto, embora os sinais e sintomas que as
vítimas apresentam sejam por vezes muito semelhantes, na angina de
peito o quadro clínico é geralmente menos exuberante e mais auto
limitado na localização e duração.
Sinais e Sintomas:
Sensação de desconforto torácico;
Dor precordial, de localização retrosternal e de caráter
opressivo, com irradiação para o pescoço e membro superior
esquerdo (mais frequente) e/ou para o membro superior
direito, maxilar inferior e epigastro (estômago);
Dor precordial sem qualquer fator de alívio ou agravamento –
ex.: dor sem alívio ou agravamento quando executada uma
inspiração profunda, movimento do tórax ou pressão sobre o
tórax;
Angústia, ansiedade e agitação;
Náuseas e vómitos;
Sudorese (suor generalizado)
Ventilação difícil;
Pulso rápido, fraco e irregular;
Possível inconsciência.
55
Primeiro Socorro:
56
Epilepsia
A epilepsia pode ser focal ou generalizada, as
causas desta doença são variadas; podem ser
anomalias congénitas, alterações vasculares,
tumores, doenças degenerativas ou lesões.
Muitas vezes não se descobre a causa concreta
e denomina-se causas idiopáticas, outras
vezes são fruto de uma incorreta maturação
cerebral e desaparecem quando ocorre o
crescimento do cérebro (idade adulta).
Sinais e Sintomas:
Pequeno mal epilético (sem convulsões)
- Alterações do comportamento, a vítima deixa de estar
presente e fica distante;
- Ausências/alheamento.
Grande mal epilético (com convulsões)
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Primeiro Socorro:
58
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O Acidente vascular Cerebral surge
quando o cérebro fica privado de
oxigénio, em consequência de uma
obstrução das artérias que irrigam o
cérebro.
Sinais e Sintomas:
Perda brusca de conhecimento;
Descoordenação / incapacidade motora;
Cefaleias;
Agitação e ansiedade;
Dificuldade na articulação das palavras ou ausência da fala;
Anisocoria (pupilas com diâmetros diferentes);
Desvio da comissura labial;
Incontinência de esfíncteres;
Insensibilidade a estímulos;
Palidez.
Primeiro Socorro:
Reduzir tensão emocional e manter ambiente tranquilo;
Afastar familiares;
Incutir confiança á vítima;
Estimular a vítima verbalmente – não excessivamente pois
pode aumentar ansiedade;
Manter via aérea permeável;
Desapertar a roupa no pescoço, peito e cintura;
Colocar vítima de acordo com o seu grau de consciência;
Manter temperatura;
Transporte para Hospital.
59
Diabetes
A diabetes está associada á insuficiente produção de insulina pelo
organismo.
Sinais e Sintomas:
- Sensação de fraqueza / fome;
- Palidez;
- Suores frios;
- Pele pegajosa;
- Pulso rápido e cheio;
- Ventilação superficial e fraca;
- Convulsões – coma.
Primeiro Socorro:
- Se consciente, dar água com açúcar;
- Se inconsciente, colocar açúcar debaixo da língua;
- Manter temperatura corporal;
- Transporte para Hospital.
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2. Hiperglicemia – que se caracteriza-se por:
Excesso de açúcar no sangue;
Refeição muito rica em hidratos de carbono (açúcares);
Falta de insulina.
Sinais e Sintomas:
- Fadiga crescente;
- Desidratação;
- Ventilação rápida, fraca e irregular;
- Pulso rápido e cheio;
- Hálito adocicado a fruta ou a acetona (hálito cetónico);
- Fase rosada e de aspeto congestionado;
- Inconsciência – coma.
Primeiro Socorro:
- História clínica:
É insulinodependente?
Já tomou dose de insulina diária?
Faz antidiabéticos orais?
- Manter via aérea permeável;
- Transporte para Hospital.
61
Assistência Secundária Técnica 1 – Avaliação de lesões
Objetivo
Saber os pontos principais na avaliação de lesões;
Saber como efetuar a respetiva avaliação.
Sequência de ações:
1. Pontos principais, a saber, na avaliação de lesões:
a. Usar sempre luvas;
b. Verificar o estado de consciência da vítima;
c. Avaliar lesões somente em vítimas conscientes;
d. Efetuar a avaliação na posição em que a vítima foi
encontrada;
e. Caso os ferimentos já tenham curativos feitos, não os
remova;
f. Identificar ferimentos, hemorragias, descolorações da pele
ou deformações;
g. Identificar se existem alterações ou sons ventilatórios que
não sejam habituais;
h. Registar as lesões encontradas, para posteriormente
transmiti-las aos Técnicos de Emergência;
i. Não dar qualquer tipo de alimento ou bebida à vítima –
pode precisar de uma cirurgia.
62
c. Se a vítima se queixar com dores de cabeça, pescoço ou
costas, deve imediatamente suspender esta avaliação e
aguardar por ajuda diferenciada;
d. A avaliação deve ser feita no sentido cabeça pés;
e. Na cabeça procure por deformações na cara da vítima.
Com as pontas dos dedos, palpe testa, maçãs do rosto e
queixo;
f. Ainda na cabeça, verifique se existe sangue ou outro
líquido, rosado ou amarelado, a sair pelas orelhas ou nariz.
Caso exista, suspenda imediatamente a restante avaliação
– por suspeita de traumatismo craniano – e aguarde por
ajuda diferenciada;
g. Verifique o tamanho das
pupilas – procurar alterações
como assimetria, pode dar
indicação de possível lesão
craniana;
h. Com as pontas dos dedos,
procure deformações ao nível
do pescoço e crânio. Se a vítima se queixar com dores,
suspenda a avaliação;
i. Sem nunca movimentar a vítima, tente chegar às escápulas
e efetue uma ligeira pressão;
j. Nos ombros e clavículas, passe as mãos e efetue ligeira
pressão;
k. Para verificar os membros superiores, deve ter uma das
mãos sobre o ombro enquanto a outra percorre o membro
até à extremidade. Chegando à mão da vítima, deve pedir
que a mesma tente mexer os dedos e que aperte a sua
mão, de forma a perceber se existe sensibilidade e
mobilidade. Repita no outro braço;
l. Para verificar se existe alguma deformação ou lesão no
peito da vítima, deve colocar uma mão em cada um dos
lados da caixa torácica, aplicando uma ligeira pressão;
63
m. Se tiver espaço entre a vítima e a superfície onde esta se
encontra, tente chegar à coluna vertebral com as pontas
dos dedos, de forma a procurar algum tipo de deformação
ou edema. Não mova a vítima;
n. O abdómen deve estar mole e depressivo. Quando aplicar
uma ligeira pressão sobre o mesmo, procure por rigidez;
o. Na zona da cintura pélvica (ancas), não deve ser aplicada
pressão. Limite-se a passar as mãos;
p. Tal como nos membros superiores, a verificação dos
inferiores deve ser feita de igual forma. Uma das mãos fica
sobre a zona pélvica, enquanto a outra percorre a perna
até ao pé;
q. Já no pé, peça à vítima para mexer os dedos e para
empurrar o pé contra a sua mão (posicionada na planta do
pé). Repita na outra perna;
r. Registe todas as zonas em que verificou existirem
alterações, deformação ou dor mencionadas pela vítima.
64
Assistência Secundária Técnica 2 – Traumatismos: Feridas
Objetivo:
Saber distinguir ferimentos existentes;
Saber efetuar o 1º Socorro.
Traumatismos: Feridas
São consideradas feridas todas as lesões que
causem a descontinuidade do tecido corporal.
Estas podem ser:
1. Superficiais:
- Simples – não necessitam de tratamento médico ou
diferenciado;
- Complicadas – necessitam de tratamento médico ou
diferenciado.
2. Profundas ou penetrantes:
Necessitam sempre de tratamento médico ou diferenciado.
Primeiro Socorro:
- Acalmar a vítima;
- Expor a zona da ferida;
- Se necessário retirar adornos (anéis, fios, relógio,…);
- Nunca falar, tossir, espirrar ou fumar para cima de uma ferida
ou penso;
- Usar luvas;
- Lavar/desinfetar a ferida;
- Colocar um penso e fazer a sua fixação com uma cobertura.
Objetivo:
Saber identificar uma situação de fratura;
Saber efetuar o 1º Socorro.
Traumatismos: Fraturas
Considera-se fratura quando existe
descontinuidade do osso.
Estas podem ser:
Abertas – Quando existe topo ósseo
visível no exterior do corpo;
Fechadas – Quando não existe topo ósseo visível.
Sinais e sintomas:
- Dor no local;
- Edema;
- Deformação;
- Encurtamento do membro;
- Impotência funcional ou perda de função;
- Mobilidade anormal;
- Crepitação óssea.
Primeiro Socorro:
- Expor o foco da fratura;
- Retirar roupa/adornos;
- Prevenir o choque;
- Controlar hemorragias (compressão manual indireta);
- Cobrir as feridas com compressas;
- Proteger topos ósseos visíveis como se fossem corpos
estranhos encravados.
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Imobilizar tendo o cuidado de:
- Não modificar a posição;
- Imobilizar acima e abaixo do foco de fratura;
- Verificar se imobilização não impede a circulação.
67
Assistência Secundária Técnica 4 – Traumatismos: Entorse
Objetivo:
Distinguir entorse de fratura;
Saber efetuar 1º Socorro.
Traumatismos: Entorse
De uma forma aparente, o entorse pode ser facilmente confundido
com uma fratura. No entanto este primeiro apenas implica uma lesão
ao nível dos tecidos, não afetando a estrutura óssea.
Sinais e Sintomas:
- Dor no local;
- Edema.
Primeiro Socorro:
- Colocar gelo;
- Elevar membro;
- Imobilizar e tratar como uma fratura (em caso de dúvida).
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Assistência Secundária Técnica 5 – Queimaduras
Objetivo:
Identificar os agentes possíveis que causam queimaduras;
Saber classificar queimaduras;
Saber efetuar o 1º Socorro.
1. Profundidade
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a. Queimadura de 1º grau afeta apenas a camada superior
da pele;
b. Queimadura de 2º grau afeta derme e epiderme,
formando bolhas de plasma com a designação de
flitenas;
c. Queimadura de 3º grau faz destruição total dos tecidos,
em profundidade, incluindo terminais nervosos.
2. Extensão
3. Localização
4. Idade
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1º Socorro
1- Queimaduras de 1º Grau:
- Arrefecer o mais possível;
- Cobrir a zona com compressas molhadas em água fria;
- Colocar creme hidratante;
- Não colocar gorduras.
2- Queimaduras de 2º Grau:
- Arrefecer o mais possível;
- Não rebentar as bolhas;
- Levar ao hospital.
3- Queimaduras de 3º Grau:
- Arrefecer o mais possível;
- Levar ao hospital.
71
Assistência Secundária Técnica 6 – Efeitos do Ambiente
Quente
Insolação
Sinais e sintomas:
Pele vermelha (congestionamento
facial);
Aumento da temperatura corporal (40º);
Pele seca;
Pupilas contraídas;
Dores de cabeça, náuseas e/ou vómitos;
Agitação;
Inconsciência, por vezes.
Primeiro Socorro:
Colocar a vítima em local fresco e arejado, mas sem
diferenças bruscas de temperatura;
Arrefecer o corpo, em especial a cabeça. Molhar a cabeça mas
com água sem ser fria;
Envolver a vítima em lençol húmido;
Vigiar as funções vitais (respiração, pulso);
Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
Transporte para Hospital, mesmo quando a vítima recusa.
72
Golpe de calor
Sinais e sintomas:
Palidez, principalmente da face;
Arrefecimento corporal;
Suores frios e viscosos, generalizados;
Pupilas dilatadas;
Dores de cabeça, cansaço, tonturas e náuseas;
Cãibras – desidratação;
Inconsciente, por vezes;
Primeiro Socorro:
Colocar a vítima em local fresco e arejado;
Desapertar a roupa para favorecer a circulação sanguínea, mas
manter a temperatura;
Deitar a vítima com cabeça baixa e de lado para prevenir o
vómito e com pernas elevadas para favorecer a circulação
sanguínea;
Vigiar funções vitais (respiração e pulso);
Transporte para Hospital, mesmo quando a vítima recusa.
73
Assistência Secundária Técnica 7 – Efeitos do Ambiente
Frio
Geladura
Sinais e sintomas:
Dor local;
Edema;
Rigidez local, principalmente das extremidades (dedos mãos e
pés, nariz, orelhas);
Com dificuldade de movimentos;
Insensibilidade térmica.
Primeiro Socorro:
Colocar a vítima em local abrigado e aquecido tendo cuidado
com as diferenças bruscas de temperatura;
Prevenir situação de choque;
Cortar peças de roupa, pois se tentarmos tirar a roupa pode
agravar a situação;
Transporte para Hospital.
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Hipotermia
Sinais e sintomas:
Palidez, por vasoconstrição dos vasos que provoca dificuldade na
circulação sanguínea
Cianose das extremidades (lábios, dedos, orelhas);
Diminuição da lucidez ou inconsciência;
Diminuição da temperatura corporal (< 35ºC);
Redução do número de batimentos cardíacos;
Possível paragem cardiorrespiratória.
Primeiro Socorro:
Retirar roupa molhada e húmida;
Envolver com cobertor ou manta isotérmica;
Aquecer a vítima para favorecer a circulação sanguínea;
colocar botijas de água quente nas virilhas e axilas, porque
são os locais mais próximos do coração onde passa o sangue;
Ambiente aquecido;
Vigiar funções vitais (respiração e pulso);
Transporte para Hospital.
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Assistência Secundária Técnica 8 – Eletrocussão
O que fazer?
1. Desligar a corrente no quadro;
2. Apoiar-se num material isolante seco (caixa de madeira,
tapete de borracha ou plástico, lista telefónica);
3. Afastar a vítima da fonte de eletricidade ou afastar aparelho
elétrico da vítima (objeto de madeira), nunca tocar na vítima.
Para afastar a vítima do local, pode passar uma corda à volta dos pés
da vítima, sem lhe tocar, e puxe-a para longe da fonte de
eletricidade
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Assistência Secundária Técnica 9 – Controlo de lesão na
coluna vertebral
Objetivo:
Controlar uma possível lesão na coluna vertebral.
Sequência de ações:
77
Assistência Secundária Técnica 10 – Evacuação de pessoas
com mobilidade reduzida
Objetivo:
Identificar as formas possíveis de auxílio a pessoas com mobilidade
reduzida.
Evacuação
No caso de ser necessário proceder à evacuação do edifício, existem
alguns aspetos a ter em conta, nomeadamente no que diz respeito ao
auxílio prestado a vítimas feridas ou com mobilidade reduzida, que
possam ser deslocadas imediatamente do local.
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Assistência Secundária Técnica 11 – Avaliação de doenças
súbitas
Objetivo:
Saber avaliar a frequência cardíaca;
Saber avaliar a frequência respiratória;
Identificar e utilizar a nomenclatura CHAMU.
Sequência de ações:
1. Avaliação da frequência cardíaca
A avaliação da frequência cardíaca pode ser feita na artéria
carótida ou na artéria radial.
Carótida:
a. Localize a maçã de Adão da
vítima com os dedos indicador e
médio de uma mão;
b. Deslize os dedos, lateralmente,
para a cavidade mais próxima de
onde se encontra;
c. Conte o número de batimentos
cardíacos durante 1 minuto.
Radial:
a. Localize a artéria no pulso da vítima, no lado do polegar
da mesma;
b. Deslize os dedos para a depressão do
pulso, imediatamente abaixo do
polegar;
c. Não use o seu polegar para verificar
a pulsação da vítima;
d. Conte o número de batimentos
cardíacos durante 1 minuto.
3. A nomenclatura CHAMU
80
A - No ponto alergias é muito importante questionar a
vítima se esta é alérgica a alguma substância ou
medicação;
81
SITUAÇÕES ESPECIAIS - CRIANÇAS
Asfixia
Define-se por dificuldade respiratória e
pode ser causada por uma obstrução
das vias aéreas por um corpo estranho,
vómito ou alimento mal mastigado.
Sinais e sintomas:
Agitação;
Tosse;
Respiração ruidosa;
Pupilas dilatadas;
Cianose da face e extremidades;
Inconsciência com paragem ventilatória.
Primeiro Socorro:
Numa Criança Pequena:
Abra-lhe a boca e tente tirar-lhe o corpo estranho, se
estiver visível. Use o dedo indicador em forma de gancho
tendo o cuidado de não empurrar o objeto.
82
Coloque a criança de cabeça para baixo e aplique
pequenas pancadas no meio das costas entre as omoplatas,
com a mão em “concha”
Jovem / adulto
Semelhante ao adulto (ver este ponto já referido). Se for
difícil colocar-se atrás da criança por esta não ser da sua
altura, poderá adotar a posição de elevar a criança.
83
Corpos Estranhos
São todos os corpos que podem entrar acidentalmente para o corpo,
sendo o mais frequente para os olhos, ouvidos e boca.
Olho
Sinais e sintomas:
Dor ou picada no olho;
Aparecimento de lágrimas;
Dificuldade em manter as pálpebras abertas.
Primeiro Socorro:
Não esfregar olho atingido;
Abrir a pálpebra do olho atingido com cuidado;
Lavar o olho do lado de dentro (junto ao nariz) para fora, com
soro fisiológico ou água limpa;
Repetir a operação 2 ou 3 vezes;
Se não resultar, tapar o olho com uma
compressa e adesivo;
Levar para o hospital.
84
Ouvido
Sinais e sintomas:
Surdez
Dor
Zumbido
Primeiro Socorro:
Se for inseto, colocar uma gota de azeite no ouvido e depois
levar para o hospital;
Se for outro corpo estranho, levar de imediato para o hospital.
Nariz
Sinais e Sintomas:
Dificuldade em respirar pela narina onde se encontra o objeto;
Por vezes, agitação da criança.
Primeiro Socorro:
Acalmar a criança se necessário
Incentivar a criança para se assoar,
apertando a narina oposta à que se encontra
o corpo estranho, tentando que este seja
expelido. Se não resultar levar de imediato
para o hospital
85
Vias respiratórias
Desmaio
Sinais e Sintomas:
Palidez;
Suores frios;
Falta de forças;
Pulso fraco.
Primeiro Socorro:
Entorse
É uma lesão dos tecidos moles adjacentes à articulação.
Sinais e Sintomas:
Dor na articulação imediata ou gradualmente;
A articulação fica inchada;
Dificuldade gradual de movimentação da articulação.
Primeiro Socorro:
Evitar movimentar a articulação lesada;
Aplicar gelo ou água fria. O gelo não deve ser aplicado
diretamente, mas protegido por um pano ou toalha;
Ser observada pelo médico.
87
Epistaxis/Hemorragia Nasal
É uma hemorragia nasal, provocada pela rutura de vasos sanguíneos
da mucosa do nariz.
Sinais e Sintomas:
Saída de sangue pelo nariz por vezes abundante e persistente;
Se a hemorragia for grande, pode ocorrer saída de sangue pela
boca.
Primeiro Socorro:
Comprimir a narina que sangra exercer pressão a nível do osso
próprio do nariz;
Se a hemorragia persistir, colocar na narina um penso tipo
tampão
88
Estrangulamento
Esta situação pode ocorrer na sequência de brincadeiras com fios,
cordas ou gravatas, que se enrolam á volta do pescoço.
Sinais e Sintomas:
Idênticas à dificuldade respiratória.
Primeiro Socorro:
Cortar imediatamente a corda ou o que estiver a exercer
pressão á volta do pescoço;
Aplicar o socorro de ventilação artificial se houver sinas de
asfixia.
Picadas
As picadas podem ter várias origens, como: vespas, abelhas, melgas,
picos de rosas, peixes-aranha, alforrecas e outras.
Vamos abordar aquelas que, entre as mais comuns, são as mais
preocupantes.
89
Sinais e Sintomas:
Dor no local da picada;
Vermelhidão local;
Por vezes ocorre inchaço.
Primeiro Socorro:
Retirar o ferrão com uma pinça;
Desinfetar com antisséptico (Betadine);
Aplicar gelo (protegido com um pano ou toalha).
Atenção:
Ocorrem picadas múltiplas, de vespas ou abelhas, quando se
trata de um enxame,
Pessoas alérgicas ao veneno;
Picadas na boca ou garganta, pois ocorre o perigo de asfixia.
Sinais e Sintomas:
Idênticas às das abelhas e vespas.
Primeiro Socorro:
Aplicar gelo ou cloreto de etilo no local da picada.
90
Reanimação/Ressuscitação
Para fazer reanimação numa criança, é necessário ter formação
específica e deve ser feita essencialmente por pessoas com
conhecimentos.
Dada a idade da criança (lactente, bebé ou criança) assim se executa
determinada técnica que se não for bem aplicada pode ser
prejudicial.
O socorro é similar ao do adulto, mas o algoritmo é um pouco
diferente.
O ideal será possuir conhecimentos do algoritmo de SBV no adulto e
seguir as instruções e indicações do Operador da Central de
Emergência (112), caso seja necessário executar manobras de
reanimação em crianças.
Uma vez que saiba como executar as manobras de reanimação no
adulto, facilmente conseguirá executar a mesma manobra em
crianças, de acordo com as indicações que lhe forem fornecidas.
É importante salientar que, no alerta, deve ser sempre facultada a
idade e/ou peso aproximado da criança.
Crise Asmática
A criança asmática pode desencadear “crises de falta de ar”
(dificuldade respiratória) em várias situações, sendo as mais comuns
no exercício físico, situações de ansiedade, conflito e castigos.
Sinais e Sintomas:
Tosse seca e repetitiva;
Respiração ruidosa (pieira, farfalheira);
Dificuldade respiratória;
Ansioso;
Respiração rápida e difícil;
Pulso rápido;
Suores;
Prostração e/ou apatia.
91
Primeiro Socorro:
Acalmar a criança;
Colocar a criança numa posição confortável que facilite a
respiração;
Colocar a criança num local arejado sem pó ou fumos;
Se tiver conhecimento de alguma medicação que a criança
faça para a doença, pode administrar.
92
MALA DE PRIMEIROS SOCORROS
É desejável que em todas as empresas existam trabalhadores com
noções básicas de primeiros socorros, bem como armários ou caixas
de primeiros socorros, convenientemente distribuídos, sinalizados e
apetrechados com o material necessário.
De referir, ainda, que em cada estabelecimento deverá ser nomeada
uma pessoa responsável pela manutenção do conteúdo da
caixa/armário de primeiros socorros.
A listagem do material que deverá constar de uma caixa/armário de
primeiros socorros deve ser adequada ao local onde se encontra.
93
ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA
A estrutura de segurança terá uma organização definida, com
responsabilidades claras atribuídas. A dimensão e complexidade desta
estrutura dependem da dimensão, tipo e política da organização e de
vários outros fatores.
Independentemente da sua dimensão e capacidade, a estrutura de
segurança deve assegurar um conjunto de requisitos, nomeadamente:
Permanente
Os acidentes podem ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite,
em dias úteis ou fins-de-semana;
De atuação rápida
Um acidente tipo incêndio, por exemplo, pode normalmente
extinguir-se no seu início empregando poucos recursos.
Controlada
Com capacidade de gestão e de difusão de informação.
Objetivos:
São três os principais objetivos da segurança numa organização. Por
ordem, os objetivos da segurança são:
Segurança de vidas: Das pessoas;
Proteção dos bens e do ambiente: Das coisas, dos
equipamentos e do ambiente próximo;
Continuidade das operações: Apesar de um acidente.
Medidas:
Um sistema de segurança intervém numa organização através de três
tipos de medidas:
PREVENÇÃO: Suprimir ou reduzir as causas de incêndio,
evitando a sua eclosão e dificultando a sua propagação;
PROTEÇÃO: Garantir a existência e funcionamento de meios
portáteis e instalações fixas de proteção contra incêndios
(extintores, deteção automática, etc.);
94
INTERVENÇÃO: Atuar rapidamente, após a eclosão de um
incêndio, de forma organizada, em equipas de 1ª intervenção
e Brigadas de Incêndio, duma forma eficaz que possibilite a
evacuação, parcial ou total, da instalação e o controlo e
extinção do incêndio ou a limitação da sua propagação.
Funções
Funções do Responsável de Segurança:
A organização e manutenção da segurança são asseguradas pelo
Responsável de Segurança (RS) que é, para cada edifício ou recinto:
O proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua
posse (será o dono, a gerência ou administração do edifício,
recinto ou empresa);
Da entidade que detiver a exploração do edifício ou do recinto
(gerência ou administração do edifício, recinto ou empresa no
caso de espaços alugados);
Das entidades gestoras no caso de edifícios e recintos que
disponham de espaços comuns, espaços partilhados ou serviços
coletivos, sendo a sua responsabilidade limitada aos mesmos.
97
Neste caso deverá ser prestada toda a informação disponível, como
seja:
Quem falta ou quantos faltam;
Local onde se podem encontrar ou onde foram vistos pela
última vez;
O estado em que se encontram (feridos, inanimados, etc.).
Durante a evacuação, os elementos das equipas de evacuação
deverão ainda prestar assistência às pessoas em dificuldade (física
e/ou psicológica/emocional).
99
Em situação de emergência esta equipa de emergência, têm as
seguintes funções:
Executar as operações de intervenção utilizando os meios
disponíveis;
Informar o Delegado de Segurança, se alguém ficar ferido;
Manter o Delegado de Segurança informado do
desenvolvimento da situação.
Ao serem convocados colocam o colete laranja identificativo das suas
funções.
100
Se for informado de uma EMERGÊNCIA:
Assim que receber a informação:
Prepara o material disponível para prestar os Primeiros
Socorros;
Coloque o colete identificativo das suas funções;
Siga os Procedimentos de Atuação.
101
ATUAÇÃO em caso de RETOMAR A NORMALIDADE:
Verificar material danificado e proceder à sua
reparação/substituição;
Repor o material utilizado;
Seguir as indicações do Delegado de Segurança.
RECOMENDAÇÕES:
Não entre em pânico; Mantenha a calma;
Não grite, nem corra;
Cumpra com os procedimentos estabelecidos nas Instruções
Gerais e Particulares do Plano de Segurança do
estabelecimento onde desenvolve a sua atividade profissional;
Desempenhar as funções de acordo com a estrutura definida
no Plano de Segurança.
102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Conselho português de Ressuscitação (2000). Cadeia de Sobrevivência
e Suporte Básico de Vida.
Instituto Nacional de Emergência (2006). Manual Suporte Básico de
Vida. Lisboa
Emergency First Response (2006). Primary and Secondary Care.
Instituto Nacional de Emergência Médica (2003). Manual de
Tripulante de Ambulância de Socorro. Lisboa.
Velloso, Carlos e Manuel Velloso (2003). Manual de Primeiros Socorros
(4ªEd.). Lisboa: Editorial Futura.
Sites consultados para as figuras:
http://sites.google.com/site/semprepreocupadoscomasaude.pt
http://wwwabcdesporto.blogspot.com
http://portaldoprofessor.mec.gov.br2
http://www.saludmed.com
http://oprovocador.zip.net
http://2.bp.blogspot.com
http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.htm
http://www.google.pt
http://4.bp.blogspot.com
http://www.terra.es
http://adam.sertaoggi.com.br
http://www.google.pt
http://bvansiao.no.sapo.pt/imagens
http://www.betadine.pt
http://www.lookfordiagnosis.com
http://www.ofogoeamigo.blogspot.com
http://www.enfermeiropaulogarcia.blogspot.com
http://www.serlesado.com.br
http://www.marabertoinfobio.blogspot.com
http://www.boasaude.uol.com.br
http://www.uihealthcare.org/ADAM/graphics/images/es/9799.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_kskQogitaQM/SoPk1wE4vrI/AAAAAAAAD-
g/yPf6GdpZYS4/s320/arteria-carotida.jpg
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