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Resgate Escada

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CAPÍTULO 9 – SALVAMENTO COM USO DE ESCADAS

Seção 1 – Técnicas de salvamento com escadas

Introdução
O salvamento com escadas é largamente utilizado em ocorrências que
necessitam a retirada de vítimas de locais de difícil acesso e saída, em situações
para ascender ou descender, e assim trazê-las para o plano em que possam ser
transportadas.
Serão abordadas 3 técnicas utilizando a escada:
 Escada Rebatida
 Escada como ponto de apoio
 Escada com prancha deslizante

 Técnica da escada Rebatida


Esta técnica consiste em colocar a escada apoiada junto ao local onde
encontra-se a vítima. No caso de descensão a escada ficará encostada na vertical e
a maca descerá até que ambos (escada e prancha com a vítima) fiquem na
horizontal, ou no caso de ascensão o procedimento é o inverso, ou seja, a escada
estará na horizontal, a vítima apoiada nos banzos e será erguida de forma sempre
estar horizontal ao plano de saída.

Figura 1.1 – Demonstração da técnica de escada rebatida (Fonte: Comissão)

É muito importante que haja espaço para o total tombamento ou içamento da


escada, estando livre de obstáculos (fios, veículos etc).
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Aplicação da Técnica
Após a vítima estar estabilizada e fixa na prancha, inicia-se a técnica com a
amarração desta aos banzos:

Realizando o nó fiel em cada ponta da


prancha e no banzo da escada. Este nó tem
que estar no mesmo tamanho de ambos os
lados para que a prancha não incline. A
parte da prancha a ser amarrada é a
próxima da cabeça da vítima.
Figura 1.2 – Confecção do nó na prancha e
escada (Fonte: Comissão)

Este nó será utilizado para descer ou


ascender à prancha, fazendo com
que a vítima fique sempre no plano
paralelo ao solo, servindo como um
cabo guia. Foi utilizado o balso, pois
este nó institui uma linha equilibrada,
Figura 1.3 – Confecção do nó para descida da
contudo pode se utilizar duas linhas. prancha (Fonte: Comissão)

Em seguida é feita a amarração na outra extremidade da prancha. Para iniciar


a descida ou subida é de suma importância que o pé da escada esteja apoiado e
estável.
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Esse apoio pode ser bombeiros auxiliando, a


própria parede do prédio, e ainda outro objeto
fixo no local da ocorrência.

Figura 1.4 – Apoio da escada


(Fonte: Comissão)

Inicia-se então a execução da técnica:

Deve atentar-se para que a vítima


sempre esteja paralela ao solo, ou
levemente com a cabeça mais alta.

Figura 1.5 – Procedimento de descida (Fonte: Comissão)

Finalizando então a técnica, com a vítima em segurança e pronta para ser


transportada.
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Figura 1.6 – Descida da prancha finalizada (Fonte: Comissão)

 Observações: Realizar a medição do ambiente com a escada antes do início da


execução da técnica. Os nós devem ser harmoniosos e do mesmo tamanho. Não
utilizar o último degrau da escada, pois será a parte mais frágil da mesma.

 Técnica da escada como ponto de apoio (Mão Francesa)


Nesta abordagem utilizaremos a escada para criar um ponto de apoio para
que possamos descer ou içar a vítima. Poderá ser utilizada como “mão francesa” ou
como “guincho”.

Figura 1.7 – Técnica da escada como ponto de apoio (Fonte: Comissão)


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Aplicação da Técnica para descida da vítima (Mão Francesa)


Após a vítima estar estabilizada e fixa na prancha, inicia-se a técnica com a
realização dos nós para criação do ponto de apoio e nós para fixação da prancha no
sistema.

Confeccionam-se dois nós fiéis nos


banzos e degrau, e um nó formador de
alça centralizado.

Figura 1.8 – Confecção do nó na escada


(Fonte: Comissão)

Devem-se utilizar dois cabos para


conectar a prancha no sistema, realizando
com cada cabo guia dois fiéis em cada
ponta, de forma que no meio do cabo
realize um nó de alça, para que esta seja
conectada ao sistema. Utilizando três
Figura 1.9 – Ponto de equilíbrio da prancha mosquetões para achar melhor ponto de
(Fonte: Comissão)
equilíbrio.

Com a criação da alça


centralizada, conectamos o
conjunto mosquetão e freio oito,
para descida.

Figura 1.10 – Conexão do mosquetão e freio oito para


descida (Fonte: Comissão)
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Atentem-se para o tamanho para todo o conjunto


de amarração, materiais e as amarrações da
prancha, pois influenciará na altura que será feita
à amarração do ponto bomba. Este deverá estar
num ponto acima da saída da vítima.

Figura 1.11 – Tamanho do Conjunto


da amarração (Fonte: Comissão)

O militar fará a descida da


vítima, utilizando o cabo
que estará passado no “
freio oito”, dessa forma
controlando a descida até
o solo.

Figura 1.12 – Militar Figura 1.13 – Descida da


descendo a prancha prancha (Fonte: Comissão)
(Fonte: Comissão)

Aplicação da Técnica para subir a vítima (Mão Francesa)


Após a vítima estar estabilizada e fixa na prancha, inicia-se a técnica com a
realização dos nós para criação do ponto de apoio, montagem do sistema
multiplicador de força, e nós para fixação da prancha no sistema.
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Figura 1.14 – Técnica de subida da prancha com escada


apoiada (Fonte: Comissão)

As amarrações serão iguais as da descida,


contudo ao invés de utilizarmos o “freio oito” junto ao
ponto bomba, colocamos um sistema multiplicador de
força 3:1, que auxiliará os bombeiros no içamento. Figura 1.15 – Subida da
prancha (Fonte: Comissão)

Aplicação da Técnica tipo guincho


Essa técnica pode ser utilizada para auxiliar a descida de um bombeiro, ou
retirar a vítima que esteja abaixo do plano do local em que se encontra a guarnição.
Basicamente as amarrações da prancha e do ponto bomba serão iguais as da
técnica “mão francesa”, na ascensão da vítima ou descida do socorrista,
diferenciando-se apenas o posicionamento da escada.
 Observações: Não deverá utilizar o último degrau da escada, pois poderá ser a
parte mais frágil da mesma. O ponto bomba deverá ficar sempre acima do local
de saída ou chegada da vítima, levando em consideração o tamanho de todo o
sistema (conjunto de materiais + amarrações). O nó de alça utilizado como ponto
de apoio deverá ficar centralizado no degrau da escada para facilitar o equilíbrio
do sistema, ao utilizar o degrau deverá atentar-se a quantidade de peso que este
suporta, de acordo com o manual do fabricante da escada.

 Técnica da Escada Deslizante:


Empregaremos a escada como uma rampa ou trilho, para criar um plano
inclinado e assim deslizar a prancha com a vítima, tanto para ascender ou
descender.
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Figura 1.15 – Técnica da escada deslizante (Fonte: Comissão)

Aplicação da Técnica
Confecciona-se a amarração de 3 guias, sendo um nó balso (na prancha
próximo a cabeça) para tração de subida ou controle de descida, e 2 nós fiéis (na
prancha próximo aos pés) nas extremidades para manter a prancha em cima do
“trilho”.

Figura 1.16 – Confecção do nó Balso Figura 1.17 – Confecção do nó fiel nas


(Fonte: Comissão) extremidades da prancha (Fonte: Comissão)

Após a vítima estar estabilizada e fixa na prancha, colocar a escada apoiada,


de forma que crie uma rampa, inicia-se a técnica com a colocação da prancha com a
vítima na escada. Dessa forma podendo fazer a descida ou ascensão da vítima com
segurança.
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 Observação: A vítima deverá sempre estar posicionada com a cabeça mais alta
que seus membros, ou seja, sempre descer o pé ou subir a cabeça primeiro.

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