Descontinuidade No Processo de Fabricação
Descontinuidade No Processo de Fabricação
Descontinuidade No Processo de Fabricação
LIGAS METÁLICAS
É o material metálico resultante da união de dois ou mais elementos químicos
Pelo menos um deles é metal
Obtidos normalmente à temperatura elevadas.
Ex.: aço (ferro – metal) e o carbono (não metal)
DESCONTINUIDADES
É toda e qualquer imperfeição existente num material ou peça
É a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que se refere à
homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas.
DEFEITO
Considera-se a descontinuidade que por sua natureza, dimensão ou efeito
acumulado, torna a peça inaceitável, por não satisfazer aos requisitos mínimos de
qualidade exigidos pela norma técnica aplicável.
DOBRAMENTO
É um processo de flexão em estado plástico
TIPOS
Dobramento livre
Dobramento com matriz em V
Dobramento com matriz em U
Dobramento por rotação
ESTIRAMENTO
É um processo de conformação por tração em que ocorre a formação de uma região
de profundamente em uma peça plana.
TIPOS
Estiramento simples
Estiramento tangencial
SOLDABILIDADE
É a facilidade que os materiais tem de se unirem por meio de soldagem e de
formarem uma série continua de soluções sólidas coesas, mantendo as propriedades
mecânicas dos materiais originais.
Cada tipo de material exige maior ou menor cuidado para que se obtenha uma solda
de boa qualidade.
Se os materiais a ser soldado exigiram muitos cuidados, tais como controle de
temperatura de aquecimento e de interpasse, ou tratamento térmico após soldagem,
diz-se que o material tem baixa soldabilidade.
Se os materiais exigiram poucos cuidados, diz-se que o material tem boa
soldabilidade.
SIGLAS
CEQ Centro de Exame de Qualificação
SNQC Sistema Nacional de Qualificação e Certificação
B C Bureau de Certificação
C C Conselho de Certificação
ABENDE Associação Brasileira de Ensaio Não Destrutivo
D C Documento Complementar
FUNÇÃO DO PROFISSIONAL END
NÍVEL 1
Deve demonstrar competência para executar um END com instruções e sob a
supervisão de um profissional nível 2 ou 3.
PODE SER AUTORIZADO PELO EMPREGADOR PARA:
Instalar e preparar o equipamento de END
Conduzir o ensaio
Registrar e classificar os resultados do ensaio nos termos de um critério escrito
Relatar os resultados
Não deve ter a responsabilidade de escolher o método de END ou a técnica de
ensaio a ser usada, nem avaliar o resultado dos ensaios.
NÍVEL 2
Deve demonstrar competência para conduzir o ensaio de END de acordo com
procedimento estabelecido.
PODE SER AUTORIZADO PELO EMPREGADOR PARA:
Selecionar a técnica de END para o método de ensaio
Definir as limitações da aplicação do método
Interpretar os procedimentos de END, adaptando-os para instruções de END nas
condições reais de ensaio
Preparar e verificar os ajustes do equipamento
Interpretar e avaliar resultados de acordo com códigos, normas ou especificações
aplicáveis
Preparar instruções de END
Executar e supervisionar todas as tarefas de profissionais nível 1 ou 2
Prover orientação para profissional de nível 1 ou 2
Organizar e relatar os resultados de um END.
NÍVEL 3
Deve demonstrar competência para conduzir e orientar a operação dos END’s para os
quais ele é certificado.
PODE SER AUTORIZADO PELO EMPREGADOR PARA:
Assumir toda a responsabilidade por uma instalação de ensaio, por um CEQ e pelo
pessoal envolvido nos END’S.
Elaborar e validar instruções de END’S e procedimentos
Interpretar códigos, normas, especificações e procedimentos
Designar o método específico de ensaio, procedimentos e instruções de END’s a
serem utilizados.
Supervisionar todas as obrigações do nível 1 e 2
Executar as obrigações do nível 1 e 2 para as quais está qualificado.
Orientar os profissionais de todos os níveis
DEVE DEMONSTRAR:
Competência para avaliar e interpretar resultados conforme as exigências dos
códigos, normas e especificações
Conhecimentos práticos suficientes da aplicação de materiais, fabricação e tecnologia
de produtos para selecionar o método de END, estabelecer a técnica de END, e
auxiliar no estabelecimento do critério de aceitação em que nenhum outro é
aplicável
Familiaridade geral com outros métodos de END.
DESCONTINUIDADES DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO
FUNDIDOS
RECHUPES
São vazios de diversos tipos e localizações nas peças fundidas, causadas pela
contração dos metais durante a solidificação.
Também conhecido por cavidade de contração ou macro porosidades
Originam-se durante a solidificação devida contração volumétrica e alimentação
inadequada.
Contração volumétrica → encontra-se na ultima região a se solidificar
Resultando em um vazio grande e com superfície interna rugosa (formada pelas
dentritas)
De forma irregular, tridimensional, que pode aflorar à superfície após usinagem.
As peças que se solidificam gradualmente de baixo para cima (unidirecionalmente)
apresentam uma redução das dimensões da peça em apenas uma direção. Não se
forma propriamente uma porosidade (ou cavidade), mas um rebaixo (rechupes) na
superfície da peça.
MICROPOROSIDADE
É um defeito de porosidade que se caracteriza por suas pequenas dimensões e por
estar distribuído ao longo da peça.
GOTAS FRIAS
Origina-se durante o vazamento em decorrência do metal liquido que espirrou na
parede do molde, e solidificam-se antes completar o vazamento.
Tem a forma de glóbulos ou gotas.
Causadas pelo encontro de duas correntes de metal a baixa temperatura, o que não
permite sua mistura completa.
Podem ser causadas por entupimentos de canais de ataque, massalotes insuficientes,
baixas temperaturas de vazamento, etc...
Nos aços inoxidáveis isto ocorre de maior freqüência devido a forte oxidação da
superfície líquida.
INCLUSÕES
São pequenas partículas dispersas na matriz metálicas, interrompendo a matriz
metálica e acarretando alta concentração de tensões, por extinguir a distribuição
uniforme da tenção.
São resultados da presença de areia, escória ou óxidos na superfícies podem ser
removidas deixando apenas uma cavidade.
PODEM SER:
Exógenas, endógenas, metálicas, não metálicas, desejáveis e indesejáveis.
GRANULAÇÃO GROSSEIRA
O metal bruto de fusão apresenta uma estrutura cristalográfica muito grosseira,
dentritica, agravada pela presença de segregação.
Típica de aços austeníticos, que possuem grande tamanho de grãos, o qual
praticamente não é modificado por tratamento térmico.
FORJADAS
RECHUPES
Segregação e granulação grosseiras
Originarias do lingote (barra de metal fundido)
Efeito pode ser minimizado por um bom forjamento
Aparecem, geralmente, com mais intensidade na região da cabeça original do lingote
e ao longo do centro de forjados cilíndricos.
INCLUSÕES
Origem no desprendimento das partículas durante as fases sucessiva dos ciclos de
operações a que uma peça é submetida até sua conformação final.
TRINCAS
Devido ao resfriamento ou por contração de regiões
TRINCAS INTERNAS
Pelas não conformidades da temperatura no forjamento (aquecimento muito rápido)
Gerando expansões térmicas e produzindo concentração de tensões próxima ao
centro da peça
Também se origina a partir das regiões em que há transição de espessura ou de
mudança de plano.
TRICA DE FORJAMENTO
Podem ser planas no núcleo ou cilíndricas sob a superfície
Ocorre durante a deformação mecânica devida a falta de plasticidade (temperatura
muito baixa de forjamento, excesso de segregação)
TRINCAS DE FLOCOS
São trincas de pequeno comprimento causadas por acúmulo de hidrogênio em
contornos de grão, rompendo-os
Tratamento térmico de difusão de hidrogênio por longos períodos.
CAVIDADE INTERNA
Origem nas descontinuidades internas do lingote, que serve de base p/a
transformação da peça
Alguns casos idênticos aos rechupes e localizam-se próximo da linha de centro da
peça trabalhada.
POROSIDADES
Devido aos gases durante o resfriamento do lingote.
RASGOS
Típicas dos forjados
Apresentam como rachaduras em formato de rasgos
Origina-se de problemas metalúrgicos, má qualidade do lingote ou por temperatura
de forjamento abaixo da indicada.
DOBRAS
São porções de material superpostas e não caldeadas, com incrustação de carepas,
aflorando à superfície.
Provocadas durante o forjamento
Causadas por protuberâncias no lingote primário, que não se unem
metalurgicamente (não se funde) quando submetidos à deformação mecânica.
Ocorre se as matrizes estiverem desalinhadas
Mediante aplicação posterior de outras etapas de forjamento para acabamento da
peça, estas rebarbas acabam gerando dobras.
Quando ocorre fluxo incorreto do metal durante o forjamento.
Presença da dobra na superfície das peças gera concentração de tensões podendo
ocasionar trincas.
DUPLA LAMINAÇÃO
Origina-se de descontinuidade volumétricas presente no lingote, tipo rechupe
Cavidade interna é achatada
Típico de laminados
Detectável pelo ensaio por ultra-som
INCLUSÃO
Caracteriza-se como uma impureza ou material não metálico retido no metal durante
a solidificação do lingote.
MANCHA DURA
Apresenta um nível de dureza mais alto que o resto do material.
ESTRIAS
Só tem nos laminados
Marcas no sentido transversal de uma bobina, proveniente do excesso de reforço no
embobinamento.
ESFOLHAMENTO OU DOBRAS
Tiras de metal alargada e extremamente fina, laminada contra a superfície do metal
original, porém sem caldeamento (ligar metais) e que, geralmente, está unida por
uma extremidade à superfície
DOBRAS
Localizadas na superfície da peça, causada pelo achamento de saliência existentes no
lingote que dobram e não se caldeiam com restante do material.
LASCAS
Superficial alinhada causada pelo achamento de inclusões (ou porosidades) existente
no lingote e que não se caldeiam durante a laminação.
SEGREGAÇÃO
Proveniente da fundição, durante a solidificação do lingote, que através da laminação
assume uma orientação definida.
TRINCAS DE FADIGA
Peça falha por fadiga quando está sujeita a um carregamento cíclico.
Três fases na fratura por fadiga:
Inicio de trinca
Propagação de trinca
Fratura
O processo pode ser descrito como a formação de uma trinca devido a uma
deformação plástica localizada, seguida de sua propagação até alcançar um tamanho
critico e a falha acima deste tamanho.
A fadiga é responsável por 90% das falhas em serviços.
TREFILADOS
CHEVRONS
Típicas
Trincas centrais internas, cujo formato é uma ponta de flecha.
EXTRUSÃO
Defeitos
Afetam a resistência e qualidade do produto final.
TRINCAS SUPERFICIAIS
Temperatura ou velocidade é muito alta
Aumento a temperatura superficial, causando: Trincas ou Rasgos.
DESCONTINUIDADES DO PROCESSO DE SOLDAGEM
ELETRODO REVESTIDO
POROSIDADE
Causada pelo emprego de técnica incorreta
Metal de base sem limpeza adequada ou eletrodo nu
Porosidade agrupada
Ocorre na abertura e fechamento do arco
Porosidade vermiforme
Ocorre pelo uso de eletrodo úmido
INCLUSÕES
Ocorre pelo uso inadequado do eletrodo
Limpeza deficiente entre passes
FALTA DE FUSÃO
Técnica inadequada (soldagem rápida ou lenta demais)
Preparação inadequada da junta
Projeto inadequado
Corrente baixa demais
FALTA DE PENETRAÇÃO
Técnica inadequada (soldagem rápida ou lenta demais)
Preparação inadequada da junta
Projeto inadequado
Corrente baixa demais
Eletrodo com diâmetro grande demais
CONCAVIDADE E SOBREPOSIÇÃO
Erros do soldador
TRINTA INTERLAMELAR
Ocorre quando o metal de base, não suporta tensões elevadas, geradas pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se em degraus, situados em
planos paralelos à direção de laminação
MORDEDURA
Corrente elevada
Peça muito quente
Arco submerso
FALTA DE FUSÃO
Ocorre no caso de um cordão espesso executado em um único passe
Soldagem muito rápida ( baixa energia de soldagem)
FALTA DE PENETRAÇÃO
Alinhamento incorreto da máquina de solda com a junta a ser soldada
Velocidade de soldagem inadequada.
INCLUSÕES DE ESCÓRIA
Ocorre quando a remoção de escória, na soldagem em vários passes, não for perfeita
MORDEDURA
Soldagem processa-se rapidamente
Corrente elevada
POROSIDADE
Alta velocidade de avanço da maquina e o resfriamento rápido da solda
São bolhas de gás retido sob a escória
Limpeza inadequada da junta
TRINCA
Elevadas temperaturas ou em temperaturas baixas
Trinca de Cratera
Normalmente ocorre
Trinca na Garganta
Ocorre em pequenos cordões de solda entre peças robustas
Típicas de soldagem com elevado grau de restrição
Trinca na Margem e Trinca na Raiz
Ocorre algum tempo após a operação de soldagem (devido ao hidrogênio)
Freqüentemente a causa é umidade no fluxo
TIG
FALTA DE FUSÃO
Técnica inadequada
INCLUSÕES DE TUNGSTÊNIO
Podem resultar de um contato acidental do eletrodo de tungstênio com a poça de
fusão.
POROSIDADE
Limpeza inadequada do chanfro ou impurezas contidas no metal de base ou por
deficiência no suprimento do gás.
TRINCA
Devido à fissura a quente
Trincas longitudinais
Ocorrem em depósitos feitos em alta velocidade.
Trinca de Cratera
Devido a corrente de soldagem impróprias.
As trincas devidas ao hidrogênio (fissura a frio), quando aparecem, são decorrentes
de umidades no gás inerte.
MIG/MAG
FALTA DE FUSÃO
Ocorrem com transferência por curto-circuito, spray ou pulverização axial quando
utilizamos baixas correntes.
Velocidade de soldagem excessiva.
FALTA DE PENETRAÇÃO
Ocorrem com transferência por curto-circuito
INCLUSÕES DE ESCÓRIA
Os óxidos que flutuam na poça, mas não pode ficar aprisionados sob o metal de
solda, dando origem a inclusão de escória.
MORDEDURA
Inabilidade do soldador
POROS E POROSIDADE
Causadas por gás retido na solda
SOBREPOSIÇÃO
Transferência por curto-circuito.
TRINCAS
Técnica deficiente.
FALTA DE PENETRAÇÃO
Transferência por curto-circuito.
Preparação inadequada do chanfro ou erro na configuração da junta escolhida pelo
projeto.
INCLUSÕES DE ESCÓRIA
Deficiência do soldador no processo de remoção da escória.
Alta velocidade de soldagem.
Projeto inadequado da junta.
MORDEDURA
Inabilidade do soldador.
Amperagem elevada.
POROS E POROSIDADE
Velocidade de soldagem elevada
Voltagens elevadas utilizadas na soldagem
SOBREPOSIÇÃO
Transferência por curto-circuito.
Inabilidade do soldador.
TRINCAS
Técnica deficiente.
Preparação inadequada
ELETRO-ESCÓRIA
FALTA DE FUSÃO
Podem ocorrer num inicio de soldagem com temperatura abaixo da necessária.
INCLUSÕES
Pedaços de arame introduzidos na poça de maneira muita rápida pela unidade de
alimentação de arame e que não se fundem.
Encontradas na zona fundida, varetas e, até mesmo, partes do equipamento de
soldagem como, por exemplo, a extremidade do guia tubular de eletrodo.
INCLUSÕES DE ESCÓRIA
Ocorrer se a solda for quase interrompido e reiniciado.
O processo de soldagem exige uma poça de escória aquecida a aproximadamente
1.700°C.
Um reinicio de soldagem inadequada pode não fundir perfeitamente o metal,
redundando em escória na solda.
POROSIDADE
Quando ocorre, é grosseira e do tipo vermiforme, podendo ser causada por pedaço
de abesto úmido utilizado como vedação entre a sapata de retenção e a peça a ser
soldada, fluxo contaminado ou úmido, eletrodo, tubo guia ou material para inicio de
soldagem úmidos.
SOBREPOSIÇÃO
Ocorrer se as sapatas não forem bem ajustadas às chapas, permitindo o vazamento
de material fundido.
TRINCAS INTERLAMELAR
Não tem sido observada na soldagem eletroescória de juntas de topo porque não se
registram tensões no sentindo da espessura das chapas do metal de base.
TRINCAS
Causadas pela fissuração a quente
DUPLAS LAMINAÇÕES
A escória fundida atrai para fora qualquer inclusão existente na dupla laminação e
sela a dupla laminação ao longo da solda
ELETROGÁS
INCLUSÕES DE ESCÓRIA
Remoção da escória não é requerida.
A velocidade de solidificação da solda é relativamente baixa.
POROSIDADE
Interferência com a cobertura do gás de proteção.
TRINCAS
Altas temperaturas, junto com, ou imediatamente após, a solidificação