Caixa de Cambio Axor Ok PDF
Caixa de Cambio Axor Ok PDF
Caixa de Cambio Axor Ok PDF
Índice :
Caixa de Mudanças
- Introdução 04
- Generalidades 05
- Sistema de troca de marchas assistido 05
- Sistema de troca de marchas assistido com comando eletrônico 06
- Sistema de troca de marchas: semi-automatizado e automatizado 07
- Engate das luvas da caixa básica – Trambulador mecânico 07
- Engate das luvas da caixa básica – Sistema semi-automatizado Telligent 08
- Engate das luvas da caixa básica – Sistema automatizado Powershift 09
- Engate da luva do grupo desmultiplicador – Trambulador mecânico 10
- Engate da luva do grupo desmultiplicador – Sistema semi-automatizado Telligent 11
- Engate da luva do grupo desmultiplicador – Sistema automatizado Powershift 12
- Engate da luva do grupo multiplicador – Trambulador mecânico 13
- Engate da luva do grupo multiplicador – Sistema semi-automatizado Telligent 14
- Engate da luva do grupo multiplicador – Sistema automatizado Powershift 15
Sistema semi-automatizado de troca de marchas - Telligent (GS2) 16
- Opções de comando 17
- Selecionar marcha de arranque 17
- Mudança de marcha com o veículo em movimento 19
- Colocar a caixa em ponto-morto 19
- Mudança rápida no sentido de marcha 19
- Serviço em canteiro de obras 19
- Serviço de emergência 20
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Introdução
Com o inicio de comercialização dos caminhões Actros 4144 8x4 no mercado nacional, começamos a ter contato com o que há de mais moderno em termos de caixas
de mudanças para veículos deste porte, além, do importante equipamento de segurança de frenagem auxiliar: o retarder.
Posteriormente tivemos a importação dos caminhões Actros 6x4 e 6x2 (rodoviários) e o lançamento dos caminhões Axor Premium.
Esta apostila faz parte do curso que proverá aos profissionais envolvidos com a manutenção desses veículos as informações necessárias à compressão do
funcionamento, conceitos fundamentais para a correta operação da caixa de mudanças e do retarder, dados técnicos e detalhes construtivos destinados as
manutenções corretiva e preventiva destes agregado e componente respectivamente. Assim como, a utilização do conhecimento adquirido para o diagnóstico de
falhas.
O curso abordará os seguintes componentes:
- Caixas de Mudanças > G 240 (semi-automatizada) e G 330 (automatizada)
- Retarder Voith VR 115 HV
Com relação aos componentes citados, os participantes devem ao finalizar o treinamento estarem aptos a:
- Descrever o principio básico de funcionamento;
- Orientar sobre a operação correta de tais componentes;
- Executar todos os serviços relativos à manutenção preventiva;
- Efetuar todos os reparos autorizados pela Mercedes-Benz;
- Realizar o diagnóstico de falhas.
Nota :
Este material foi desenvolvido visando as atividades que envolvem o curso de aperfeiçoamento dos técnicos de manutenção, as informações aqui contidas
relacionadas a valores e dados técnicos tem o compromisso apenas com a didática empregada, não substituindo portanto, a literatura própria e adequada
para a oficina disponibilizada pela Mercedes-Benz do Brasil. Os conceitos / valores eventualmente descritos nesta apostila são os que estavam à
disposição no momento da sua edição.
Para realizar os trabalhos em veículos nos concessionários ou pra qualquer outra necessidade além da que especificamos nesta nota, o documento a ser
consultado deve ser o Selit.
Bom curso!
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 04
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Generalidades
Como sabemos, tanto as operações referentes ao deslocamento das luvas de engate do GV quanto a do GP não representam grande desgaste físico para o motorista.
No entanto, as luvas correspondentes ao engate das marchas na caixa básica requerem, por parte do condutor, um esforço físico maior. Este esforço maior por parte
do motorista ocorre devido a necessária robustez e complexidade do sistema de alavancas e articulações para a transmissão do movimento desde o pomo da
alavanca de mudanças até o correspondente movimento da luva de engate. Esta questão, sempre foi motivo de preocupação por parte dos fabricantes de veículos
comercias, infelizmente, o sistema de acionamento puramente mecânico para a seleção e o engate das marchas apresenta certas limitações, além de exigir um
cuidado maior com a manutenção. Para minimizar o desgaste físico do operador, diminuir os pontos de manutenção e principalmente aumentar a segurança
operacional, têm-se utilizado com mais frequência sistemas de mudanças de marchas assistidos, semi-automatizados e completamente automatizados como
alternativa às caixas automáticas
Alimentação pneumática
Válvula pneumática
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 05
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Módulo de comando
eletrônico Cilindro de engate
Alavanca de
mudanças
Cilindro
de
Central de
Sensor de curso do seleção
eletroválvulas
pedal da embreagem
Reservatório
pneumático
Módulo de corte
de pressão
A
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 06
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
> 3 luvas na caixa básica (ré, primeira / segunda e terceira / quarta) que são acionadas
por meio mecânico
> 1 luva para o grupo desmultiplicador (GV) acionada por sistema mecânico-elétrico-
eletrônico-pneumático
> 1 luva para o grupo multiplicador (GP) acionada por um sistema mecânico-
pneumático
Engate das luvas da caixa básica – Trambulador mecânico
Neste tipo de caixa, independente da marcha a ser acoplada será necessário a ação
direta do operador acionando a embreagem e as respectivas luvas de engate. Para
tanto, o motorista deve movimentar a alavanca de mudanças lateralmente para
selecionar e pra frente ou pra trás para engatar. O movimento feito na alavanca de
mudanças deverá corresponder aos movimentos da árvore do trambulador interna da
caixa de mudanças. Isto é conseguido com auxílio de um sistema mecânico de varões
e alavancas (vide figura abaixo)
Movimento
Movimento
transversal para
longitudinal para
selecionar
engatar
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 07
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Alavanca de
Unidade
comando (GS / EPS)
eletropneumática de
Módulo de comando
engate
do veículo (FR)
Alavanca de Unidade
comando pneumática de
seleção
Módulo de comando
da caixa de mudanças
(GS / EPS)
Módulo de comando da
caixa de mudanças (GS)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 08
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
No sistema automatizado, o deslocamento da árvore interna do trambulador para a seleção e o engate das correspondentes luvas de engate da caixa básica é
realizado por um sistema de gerenciamento eletrônico com assistência pneumática.
Neste sistema não há o pedal da embreagem. Para o motorista transmitir ao sistema a sua intenção de engatar a marcha, basta deslocar a alavanca de comando
para a frente ou para trás (marcha-à-ré), caso o veículo esteja parado e acelerar.
Quando em movimento, as trocas subsequentes são acopladas pelo próprio sistema (modo automático). Caso o motorista opte pelo modo manual, deve deslocar a
alavanca a frente para as marchas ascendentes ou para trás nas reduções.
Unidade
eletropneumática
de engate
Módulo de comando
do veículo (FR)
Unidade
eletropneumática
Alavanca de
de seleção
comando
Atuador
eletropneumático da
embreagem
Módulo de comando da
caixa de mudanças (GS)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 09
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Módulo de comando
do veículo (FR)
Tecla do split
Eletroválvula pneumática
Cilindro de acionamento
da luva do GV
Sensor de curso da
embreagem
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 10
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Cilindro de acionamento
da luva do (GV)
Módulo de comando
do veículo (FR)
Unidade
Tecla de meia
eletropneumática
marcha (split)
de engate do GV
Tecla de meia
marcha (split)
Módulo de comando da
caixa de mudanças (GS)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 11
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Cilindro de acionamento
da luva do (GV)
Módulo de comando
do veículo (FR)
Unidade
eletropneumática de
engate do GV
Tecla de meia
marcha (split)
Atuador
eletropneumático da
Módulo de comando da
embreagem
caixa de mudanças (GS)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 12
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Peça de acionamento
da válvula do GP
Válvula pneumática
do GP
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 13
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Módulo de comando
da caixa de
mudanças (GS)
Módulo de comando
do veículo (FR)
Unidade eletropneumática de
engate da luva do (GP)
Unidade
Representação dos sistemas de engate da luva do (GP) eletropneumática de
Actros 8x4 > Telligent código GS7 engate da luva do (GP)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 14
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Módulo de comando
da caixa de
mudanças (GS)
Módulo de comando
do veículo (FR)
Unidade eletropneumática de
engate da luva do (GP)
Atuador
eletropneumático da
embreagem
Nota: os procedimentos para o engate das marchas, abordados nesta apostila são básicos. Para obter informações detalhadas quanto a operação correta
das caixas de mudanças: consultar o correspondente manual de operação do veículo.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 15
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 16
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Para garantir que de fato houve o acoplamento da marcha, o motorista conta com um sinal acústico emitido por meio
eletromecânico na própria alavanca e por uma indicação visual no display do painel de instrumento.
As indicações do display do painel (vide exemplo na figura ao lado) fornecem ao motorista duas informações
relacionadas à operação do sistema Telligent:
1- Marcha acoplada (8 marcha, GV rápido)
2- Marcha pré-selecionada (7 marcha, GV lento)
Caso o comando executado pelo motorista não for compatível com as exigências. Por exemplo: se o pedal da
embreagem for solto antes do efetivo engate da marcha, o sistema coloca o câmbio em neutro. Neste momento, a
indicação “N” irá piscar no painel, ao mesmo tempo, se escuta um som metálico proveniente da alavanca e um sinal
acústico de advertência no painel. Nesta situação, o motorista terá cerca de 2 segundos para acionar totalmente o
pedal da embreagem (sem acionar a alavanca) para efetivar o engate.
Opções de comando
A alavanca de comando possibilita várias opções de comando. O que
permite por parte do condutor explorar ao máximo os recursos que o Posições de acionamento da
sistema Telligent oferece. alavanca de comando
1 Tecla de função
Selecionar marcha de arranque
2 Alavanca seletora das marchas,
Com o carro parado e a caixa de mudanças em neutro é possível engrenar marchas mais alta
engatar as marchas de 1 a 4 para a frente e a marcha-à-ré.
3 Alavanca seletora de marchas,
> Engatar a 1ª marcha engrenar marchas mais baixas e
marcha-à-ré
- Pressionar a tecla de função e deslocar a alavanca para a frente e
soltá-la. 4 Tecla de ponto-morto
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 17
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Nota:
A marcha de arranque é pré-selecionada pelo sistema Telligent, quando o motorista desloca a alavanca para a frente. Se o motorista concordar com a pré-seleção,
basta acionar o pedal da embreagem para efetivar o engate e acelerar normalmente para sair com o veículo.
Com a marcha-à-ré engrenada, pode-se acionar a tecla de meia-marcha, para alterar entre marcha-à-ré alta ou baixa.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 18
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 19
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Serviço de emergência
Em caso de falhas no sistema de troca de marchas Telligent, o display do painel de instrumentos indicará a mensagem “GS” com um código de falha.
Com falhas do nível “0” ou “1”, pode-se continuar a conduzir o veículo com algumas limitações. Com falhas do nível “2”, o motorista poderá deslocar o veículo até um
lugar mais apropriado para fazer o reparo, utilizando o serviço de emergência. Para tanto, deverá acionar o interruptor de emergência para que as respectivas
eletroválvulas sejam energizadas, garantindo uma opção de engate nesta situação.
As opções disponíveis do serviço de emergência são:
- Engate da segunda marcha
- Engate da quinta marcha
- Ponto-morto
- Marcha-à-ré
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 20
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
> Ponto-morto
Caso a marcha estivesse engrenada quando ocorreu o problema, pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “G”) e
manter pressionado por cerca de 2 segundos, soltar em seguida.
> 2ª marcha
Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “G”) e manter pressionado por cerca de 2 segundos, girar no sentido
horário até a posição 2 (2° marcha), manter pressionado por mais cerca de 2 segundos e soltar em seguida.
> 5ª marcha
Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição 2) e manter pressionado por cerca de 2 segundos, girar o interruptor no
sentido horário até a posição “NL”, manter pressionado por mais cerca de 2 segundos e soltar em seguida.
Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “NL”) e manter pressionado por cerca de 2 segundos, girar o interruptor
no sentido horário até a posição “NH”, manter pressionado por mais cerca de 2 segundos e soltar em seguida.
Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “NH”) e manter pressionado por cerca de 2 segundos, girar o
interruptor no sentido horário até a posição “5” (5° marcha), manter pressionado por mais cerca de 2 segundos e soltar em seguida 1-Interruptor de emergência
> Marcha-à-ré R Marcha-à-ré
Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “G”) e manter pressionado por cerca de 2 segundos, girar o interruptor G Posição básica
no sentido anti-horário até a posição “R” (marcha-à-ré), manter pressionado por mais cerca de 2 segundos e soltar em seguida 2 Segunda marcha
- Após selecionar qualquer uma das opções descritas, soltar o pedal da embreagem. NL Neutro (GV rápido)
NH Neutro (GV lento)
Acionamento do sistema de emergência com o veículo em movimento
5 Quinta marcha
Trocar a marcha de 2ª para a 5ª (em vias planas)
- Acionar totalmente o pedal da embreagem e manter acionado
- Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “2”), girar no sentido horário até a posição “NL”, manter pressionado por cerca de 2 segundos e soltar em
seguida.
- Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “NL”), girar o interruptor no sentido horário até a posição “NH”, manter pressionado por cerca de 2
segundos e soltar em seguida.
- Pressionar o interruptor para baixo (se encontra na posição “NH”),girar o interruptor no sentido horário até a posição “5”, manter pressionado por cerca de 2 segundos
e soltar em seguida.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 21
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 22
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 23
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Módulo de Comando
O módulo de comando eletrônico da caixa de mudanças (GS/EPS) (A16) é o componente encarregado de avaliar todos
os sinais disponíveis e determinar qual a marcha mais apropriada a ser engatada. De posse dos sinais avaliados e os
parâmetros internos, o módulo ativa as eletroválvulas das unidades correspondentes, de acordo com a intenção de
comando do motorista durante a ação de troca de marchas, visando sempre a segurança e a economia de combustível.
Sinais avaliados
X1 X2
- Alavanca de comando
- Sensor de curso da seleção das marchas
- Sensor de curso do engate das marchas
- Sensor de curso de engate do GV
- Sensor de curso de engate do GP
X3
- Sensor de curso da embreagem
- Sensor de rotações de entrada da caixa de mudanças
- Sensor de velocidade
- Interruptor de acionamento do bloqueio do diferencial
X1 X2 X3 X4
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 24
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Posição do GV
Marcha engatada
Marcha pré-selecionada
Código de avaria
Solicitação de engate
Textos relacionados
Ativar sinal acústico de advertência INS P2
Velocidade do veículo
Rotações do motor
Torque do motor
Posição do freio de estacionamento
B2
Sinal de marcha-à-ré engatada FR A3
B60 B61 B62 B63
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 25
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
1 Cilindro de seleção
B61 Sensor de curso de seleção das marchas
B62 Sensor de curso do GV 3 - Carcaça das válvulas
Y29 Válvula eletropneumática do grupo divisor 1 (MS1) eletropneumáticas do GV
B61
B62
2 1
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 26
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 27
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 28
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 29
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
B3
B17
Sensor de velocidade
O sensor de velocidade (B17) vai montado na tampa traseira do rolamento de saída e envia o sinal
correspondente ao tacógrafo. O tacógrafo envia a informação para o módulo (INS) (P2) que, por sua vez,
disponibiliza a velocidade do veículo através de uma mensagem CAN.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 30
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 31
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 32
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Principio de funcionamento
Arrancar com o veículo
Com o veículo parado, o motorista deve acionar totalmente o pedal da embreagem, apertar a tecla (1) e ao mesmo
tempo deslocar a alavanca no sentido da seta (2), para sair com o veículo para a frente, ou no sentido da seta (3), para
a marcha-à-ré. Soltar o pedal da embreagem e acelerar normalmente como faria com o sistema de troca de marchas
mecânico.
Sempre que o motorista acionar a alavanca de comando o visor do computador de bordo indicará qual a marcha que o
sistema considera a mais apropriada para a situação (pré-seleção). No campo (2) do visor, o número que informa qual
foi a marcha pré-selecionada ficará piscando. No entanto, dependendo das condições, o motorista poderá alterar a pré-
seleção, indicando qual a marcha que deve ser engatada. Bastando para isso, acionar a alavanca para a frente (para
selecionar uma marcha crescente) ou para trás (para selecionar uma marcha decrescente). Se a intenção é mudar
meia marcha, a tecla do split deverá ser deslocada (posições 5 ou 6). No campo (1) do visor é indicado qual é a marcha
de fato engatada.
Engatar as marchas crescentes / decrescentes
Com o veículo em movimento o motorista deverá deslocar a alavanca para a frente (maior velocidade) ou para trás
(redução), não há necessidade de acionar a tecla 1. O sistema pré-seleciona qual a marcha apropriada indicando-a no Alavanca de comando (A15) com
visor (campo 2). Se o motorista concordar com a pré-seleção, aciona o pedal da embreagem até o fundo e o sistema indicação das posições de acionamento
eletrônico se encarrega de acoplar a marcha. Caso o motorista prefira engatar outra marcha, deverá acionar a alavanca
para frente ou para trás, ou ainda, se quiser apenas meia marcha, deverã acionar a tecla do split. A marcha que o
mesmo pretende engatar será indicada no campo (2). Basta agora, acionar o pedal da embreagem para completar o
acoplamento.
Engatar a marcha-à-ré
Para engatar a marcha-à-ré, o veículo deve estar imóvel e o motorista deverá acionar totalmente o pedal da
embreagem e ao mesmo acionar os botões (1) da alavanca de comando e deslocá-la para trás (posição 3). Soltar o
pedal da embreagem e acelerar normalmente.
Colocar em ponto-morto
Se a intenção é colocar a caixa de mudanças em neutro, o motorista deverá acionar totalmente o pedal da embreagem
e o botão (4) da alavanca de comando. Visor do computador de bordo
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 33
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 34
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Serviço substitutivo
Com o propósito de dar uma opção de deslocamento quando há uma falha em determinada parte do sistema. Tais como, na alavanca de comando ou no próprio
módulo do veículo (FR). O motorista poderá ativar o “serviço de engate de marchas substitutivo” através das teclas do volante.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 35
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 36
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
1 Alavanca principal
2 Alavanca de meia marcha (split)
6 Conexão elétrica
Nota: A tecla A / M e seu respectivo micro-interruptor, são montados apenas para os códigos “GE2” Controle eletrônico de tração II, “GE3” Mercedes PowerShift e
“GE7” Mercedes PowerShift 2
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 37
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Mensagens CAN
O intercambio de mensagens CAN entre os módulos de comando é realizado
pela linha CAN5 da caixa de mudanças
O módulo de controle do veículo (FR) (A3) recebe de outros módulos, as
informações relevantes ao funcionamento da caixa de mudanças e as
disponibiliza para o módulo (GS).
Exemplo de informações relevantes ao processo de troca de marchas:
- Atuação do freio-motor
- Rotações do motor
- Função de proteção do motor por excesso de temperatura
- Valores reais dos torques, motriz e freio (do motor)
- Acionamento do bloqueio do diferencial Módulo GS e detalhes dos 2 conectores
- Intervenção do ABS e ASR
- Velocidade média dos eixos traseiro e dianteiro (redundância)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 38
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Unidade eletropneumática de seleção das marchas e engate do grupo divisor “GV” (A 90)
Funcionamento
A posição correspondente à corrediça (1/2) é determinada pela mola de posicionamento da árvore do trambulador.
Deste modo, as eletroválvulas de seleção não são energizadas.
Para selecionar a corrediça (3/4), a eletroválvula de seleção (Y34) é energizada, permitindo a entrada de ar no
cilindro de seleção (A) desde o pórtico de alimentação (13). Para o êmbolo de seleção deslocar-se sem que haja
contra-pressão na câmara oposta do cilindro de acionamento, a eletroválvula (Y33) deve estar desativada, com Y34
isso, a câmara oposta estará em contato com a atmosfera através da descarga (31).
A corrediça (3/4) corresponde à seleção das marchas 3ª L / H e 4ª L / H, enquanto o grupo planetário GP estiver Y29
na posição caixa baixa (GP - Lento). Com o GP na posição de caixa alta (GP - Rápido), a seleção corresponderá
às marchas 7ª L / H e 8ª L / H.
3/4
1/2 Componentes e conexões
Ré
A16 Módulo de comando eletrônico da caixa de mudanças (GS)
B61 Sensor de curso da seleção das marchas (SGE)
Y29 Eletroválvula do grupo divisor (MS1)
Y33 Y34 Y29 Y30 23
Y30 Eletroválvula do grupo divisor (MS2)
A Y33 Eletroválvula de seleção corrediça da ré (MG1)
B61 22
Y34 Eletroválvula de seleção corrediça 3ª e 4ª (MG2)
13
13 Conexão de entrada de ar (8,5 bar)
31 22 Saída de ar para o cilindro do GV (mais reduzido)
23 Saída de ar para o cilindro do GV (menos reduzido)
31 Descarga, saída para a atmosfera
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 39
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 40
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
5
4
B > 1 - Conexão elétrica: negativo das Y 38
Y 36
eletroválvulas
1/4 N 2/3 R A B 60
32 Y 37
7 > 2, 3, 6 e 7 - Conexão elétrica: Y 35
1 positivo das respectivas
6 eletroválvulas
> 4 - Conexão elétrica: negativo do
sensor de curso do êmbolo de
Y 38 Y 37 engate
Y 36 Y 35
> 5 - Conexão elétrica: positivo do sensor de curso do êmbolo de engate
3 > 11 – Conexão pneumática: alimentação de ar (8,5 bar)
11
2 > 32 – Conexão pneumática: descarga para a atmosfera
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 41
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Na descrição anterior as eletroválvulas foram energizadas para possibilitar o engate de uma das seguintes marchas: 1, 4, 5, 8.
Para engatar as demais marchas (2, 3, 6, 7 e Ré) as eletroválvulas que serão energizadas são (Y36) e (Y38). A eletroválvula (Y36) quando ativada permite a
alimentação pneumática desde o pórtico (11) até a câmara de pressão corresponde do cilindro de engate (A). Deste modo, o êmbolo (B) será deslocado para engatar a
marcha determinada. Neste momento, a câmara oposta do cilindro de engate está em comunicação com a atmosfera através da eletroválvula (Y37), que não está
ativada. Com isso, o êmbolo de engate poderá se deslocar sem ter contra-pressão. Por sua vez, a outra eletroválvula (Y38) ativada, impede que a pressão pneumática
liberada pela eletroválvula (Y 36) saía para atmosfera.
Nas duas descrições a haste do sensor de curso (B60) acompanhará o movimento do êmbolo de engate. Deste modo, o módulo eletrônico da caixa de mudanças (GS)
identifica qual é a posição do êmbolo.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 42
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Componentes e conexões
B63 Sensor de curso do êmbolo de engate do GP (SRA) 6 Conexão elétrica, positivo da eletroválvula (Y31)
Y35 Eletroválvula do GP (MR1) (reduzido - L) 7 Conexão elétrica, negativo das eletroválvulas (Y31 e Y32)
Y36 Eletroválvula do GP (MR2) (rápido - H) 12 Conexão pneumática, entrada de ar (8,5 bar)
A Cilindro de acionamento do GP 33 Conexão pneumática, descarga de ar para a atmosfera
1 Conexão elétrica, negativo do sensor de curso (B63)
2 Conexão elétrica, positivo da eletroválvula (Y32)
5 Conexão elétrica, positivo do sensor de curso (B63)
1 5 6 7 2
Y31
Y31
12
B63
Y32 H L
B63
Y32
A
Representação da unidade (A91)
33
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 43
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Sensores de curso
Uma diferença importante entre os sistemas (GS2 e GS7) é que os sensores de curso: seleção das marchas, engate das marchas e GP são montados internamente
nas respectivas unidades eletropneumáticas.
Os sensores de curso do GV e da embreagem são montados como o descrito no sistema (GS2)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 44
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 45
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 46
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Assim como no sistema Telligent, a intenção do motorista (caso opte pelo modo manual) para engatar uma determinada marcha ou colocar a caixa de mudanças em
ponto-morto é realizada através da alavanca de comando (A15), que por sua vez, envia os sinais necessários ao módulo do veículo (FR) (A3). O módulo do veículo
(FR), interpreta a intenção do motorista, verifica a posição da embreagem e, “autoriza” o módulo da caixa de mudanças GS (A16) via (CAN5) a acionar
adequadamente a embreagem e engatar a marcha que o motorista escolheu. Cabe ao módulo (GS) (A16), portanto, energizar as eletroválvulas que desloca o êmbolo
do cilindro de acionamento da embreagem e as demais eletroválvulas que irão participar de todo o processo de engate.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 47
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 48
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 49
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Sequência para engatar uma marcha crescente (por exemplo, da 3ª para a 5ª marcha)
Considerando que a primeira baixa (3ª L) está engatada e o veículo está em movimento, teremos a seguinte condição inicial:
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 50
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Sequência para engatar uma marcha decrescente (por exemplo, de 5ª para a 3ª marcha)
Considerando que a quinta marcha está engatada e o veículo está em movimento, teremos a seguinte condição inicial:
Esquema básico de funcionamento G-330 K (quinta marcha engatada com a embreagem aberta)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 51
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Funções especiais
Graças a eletrônica mais desenvolvida e demais aperfeiçoamentos técnicos, o motorista conta com 4 funções especiais de
operação. Estas, abrangem com grande flexibilidade de utilização as diversas situações de operação.
Para alternar entre estas funções, o motorista conta com um conjunto de 4 teclas no painel do veículo. Através do visor do
painel de instrumentos é possível visualizar qual das funções está atuando no momento.
> EcoRoll
Ao ligar o motor a função já está ativada. No display do painel de instrumento aparecem, ao lado do número da marcha, as
letras “E” (EcoRoll) e “A” (Automatizado).
A função EcoRoll tem como objetivo auxiliar na economia de combustível e entra em operação acima de 55 Km/h com o
modo automatizado habilitado.
Com as informações disponíveis na rede CAN, o sistema PowerShift verifica se as condições prévias são atendidas e
determina que a caixa de mudanças fique em neutro. Caso a velocidade aumente além do valor estipulado (entre 6 e 15
km/h) ou se outra condição for satisfeita, a marcha é acoplada novamente.
> Power
Em determinadas situações (aclives com o veículo pesado por exemplo) é conveniente que a troca de marchas seja
realizado com a potência mais elevada. Para tanto, o motorista deverá acionar a tecla Power.
A função será desativada automaticamente após cerca de 10 minutos, ou antes, se o motorista acionar a tecla Power
novamente.
Balanço
Em situações de solo com pouca consistência (o solo se deforma com o peso do veículo), o motorista experiente sabe que
se exigir muito torque das rodas motrizes, o veículo irá atolar. Quando há o pedal da embreagem, o motorista atua de modo
sincronizado o acelerador e a embreagem com o propósito de dar às rodas motrizes a rotação mais apropriada para este
tipo de terreno e proporcionar que o veículo se desloque para a frente e para trás até sair da depressão causada no solo.
No sistema PowerShift, não é possível tal solução, por não ter o pedal da embreagem. Neste sistema, o motorista deve
acionar a tecla balanço (atua com velocidade de até 5 km/h), este recurso, permite que o motorista desloque lentamente o
veículo para a frente e para trás (a embreagem abre ao soltar o acelerador), como anteriormente e saía da depressão, sem
que as rodas patinem e o veículo atole.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 52
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
> Manobras
Em situações que exigem deslocamento mais lento do veículo (ao fazer manobras para estacionar por exemplo) o motorista
pode acionar a tecla corresponde para tal operação.A função manobras, é habilitada apenas no modo manual ao engatar a
1° ou Ré 1. O próprio sistema se encarrega de limitar a rotação do motor a no máximo 1000 rpm, com aceleração e
acionamento da embreagem de modo mais suave.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 53
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Esquemas eletropneumático dos sistemas: Telligent (GS2), Telligent (GS7) e Powershift (GE3)
Nota:
Os esquemas a seguir, são apresentados de
modo simplificado, sem o compromisso com os
desenhos técnicos de tais componentes.
O principal objetivo é o de mostrar como as
unidades eletropneumáticas interagem com a
mecânica da caixa de maneira didática, não
servindo como referência para detalhes reais
de construção.
Junto a cada esquema há um exercício com
campos em branco que você deve preencher.
Exercício
Sistema ....................................................................
Marcha engatada: ...................................................
Eletroválvulas energizadas: ...................................
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 54
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Exercício
Sistema ....................................................................
Marcha engatada: ...................................................
Eletroválvulas energizadas: ...................................
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 55
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Exercício
Sistema ....................................................................
Marcha engatada: ...................................................
Eletroválvulas energizadas: ...................................
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 56
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Introdução
O retarder ou retardador, consiste em um importante componente de freio auxiliar. Instalado na transmissão e tem a função de transformar a energia cinética do
veículo no momento da desaceleração em energia hidráulica que será aproveitada para ajudar a frear.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 58
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Generalidades
Os conceitos e demais considerações que aqui estudaremos poderão ser aplicados em qualquer um dos modelos de retarder citados, pois as diferenças ficam
limitadas a alguns detalhes construtivos e do sistema de acionamento utilizado.
O principio básico de funcionamento é o mesmo utilizado em acoplamento hidráulico (conhecido também como embreagem hidráulica) ou conversores de torque. O
retarder do tipo hidrodinâmico se constitui de um elemento móvel e um fixo, montados próximos um ao outro.
O elemento móvel é denominado rotor e o fixo de estator, o rotor é impulsionado pela árvore de transmissão do veículo e o estator está fixado à carcaça do retarder. O
meio utilizado para transmitir o movimento (no caso do acoplamento hidráulico) ou para frear (no caso do retarder) é o hidráulico.
Quando o retarder é acionado, um determinado volume de óleo é pressionado na pequena folga existente
entre o rotor e o estator ( câmara de trabalho ), devido a rotação do rotor o óleo será direcionado pela força
centrifuga ao estator, que por sua vez, redireciona o óleo de volta ao rotor. Este movimento circular do óleo
ocorre em todas as câmaras existentes formadas pelas “palhetas” do rotor e do estator.
Quanto maior a quantidade de óleo em circulação e a velocidade do rotor, mais intenso será o fluxo
hidráulico nas câmaras. O choque e a consistência deste fluxo de óleo, provoca uma resistência ao
movimento do rotor. Como o rotor está ligado de algum modo a árvore de transmissão do veículo,
ocasionará o efeito de frenagem desejado.
Através do sistema de comando, pode-se graduar a intensidade de frenagem em vários estágios,
manualmente ou automaticamente.
O atrito provocado pelo fluxo hidráulico gera muito calor. Este por sua vez não consegue se dissipar
apenas pela carcaça do retarder, razão pela qual é empregado um trocador de calor, que utiliza o liquido
de arrefecimento do motor do veículo. Representação do fluxo hidráulico
a – rotor
b – estator
c – fluxo hidráulico
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 59
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Rotor
Engrenagem
movida
Estrias
helicoidais na Membranas
árvore do rotor
Flange de
montagem
da mola
Mola
Estator
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 60
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Sistema de arrefecimento
Após arrefecer o motor o liquido de arrefecimento segue para o retarder,
diminuindo o calor do óleo no trocador de calor e retornando para a
carcaça da válvula termostática.
Dependente das condições de operação a troca de calor pode ser muito
intensa no retarder, a temperatura do líquido de arrefecimento poderia se
elevar a valores perigosos para o motor. Para evitar que isto ocorra, o
sistema conta com um sensor de temperatura na tubulação de retorno.
Através do sensor, o módulo de comando mantém monitorado a
temperatura do líquido de arrefecimento, se houver uma elevação do valor
medido até um limite pré-ajustado, o módulo irá limitar a ação do retarder
até eliminar totalmente a frenagem proporcionada pelo equipamento.
Por segurança, além do sensor de temperatura do líquido de arrefecimento
há o sensor de temperatura do óleo que cumpre a mesma função.
1- Válvula termostática
Esquema do sistema de arrefecimento (exemplo)
2- Motor
3- Trocador de calor
Importante: Com o propósito de utilizar o equipamento com o máximo de eficiência sem 4- Radiador do motor
comprometer o sistema de arrefecimento e consequentemente o próprio motor do veículo é 5- Bomba d’água
recomendado utilizar o retarder em conjunto com a caixa de mudanças. Reduzindo as marchas 6- Caixa de mudanças
sempre que a rotação do motor ficar abaixo do final da faixa amarela do conta-giros. Deste modo, a
frenagem é otimizada, assim como, a bomba d’água terá uma rotação mais apropriada para garantir 7- Retarder
um fluxo de líquido de arrefecimento compatível com a exigência da frenagem.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 61
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
O sistema está habilitado a trabalhar assim que a chave de contato é ligada. Dependendo do modelo veículo e dos seus equipamentos, a frenagem auxiliar
proporcionado pelo retarder entrará em operação nas seguintes condições:
> Quando o freio de serviço é acionado e o módulo de comando do freio (BS - A 11) solicita a intervenção do retarder.
> Ao se ativar o Tempomat (velocidade constante) e seja necessário a ação de frenagem para adaptar a velocidade do veículo.
> Quando o motorista aciona a alavanca de comando (S 2) em qualquer dos estágios de frenagem disponíveis
> Quando se ativa a função Tempomat com a regulagem de distância (ART) e se requer a frenagem do retarder para a regulagem da distância.
Condições prévias
> Que os sistemas de freio anti-bloqueio
(ABS) e de anti-patinagem (ASR) não
estejam em ação (regulando)
A 20, módulo de
> Que a tensão de alimentação de todos os comando do retarder
módulos em questão e suas interconexões
estejam em ordem
Lógica do Funcionamento
CAN 4, do
O módulo de comando (MR - A 6) com- CAN 5, da cx.
motor
prova, com base no número de rotações do de marchas CAN 1, do
veículo
motor, qual torque de freio motor máximo S 2, alavanca de comando
está disponível ou se pode utilizar. Esta
informação será enviada via CAN do motor
(CAN 4) ao módulo de comando do veículo
(FR - A 3).
Ao mesmo tempo, o módulo de comando Y 114, válvula
do retarder (RS - A 20) determina, com ba- proporcional
se no número de rotações do retarder, qual
o torque de freio máximo do retarder que Retarder
pode ser solicitado e envia este dado ao
módulo do veículo (FR - A 3)
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 62
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
De pose das informações disponíveis relativas aos torques de frenagem permanente máximos, o módulo de comando do veículo (FR - A3) divide os torques de
frenagem nominais em diferentes níveis. Estes serão conectados progressivamente com a alavanca de acionamento (S2).
Dependendo se o requerimento procede da alavanca de comando (S2), do módulo de comando do freio (BS - A11), do Tempomat ou do Tempomat com regulador de
distância (ART), o módulo de comando do veículo (FR - A3) envia a correspondente mensagem, com o torque de freio nominal, ao módulo de comando do retarder
(RS - A20). As posições da alavanca de comando são lidas então pelo módulo de comando do retarder e enviadas via (CAN 1) ao módulo de comando (FR).
Uma vez que o módulo de comando do retarder tenha recebido a mensagem com o torque de freio nominal, calcula deste momento, em combinação com o número de
rotações do retarder, a corrente de comando necessária, com a qual será ativada a válvula proporcional do retarder (Y114). Assim que a válvula proporcional é
ativada, o módulo do retarder envia uma mensagem “Lâmpada piloto de controle” ao painel de instrumento (INS - P2)
Descrição do funcionamento
Com a solicitação do módulo de comando, a válvula
proporcional, que é constituída de duas eletroválvulas e de
um sensor de pressão, libera a pressão pneumática de (P) X
para (S1) inicialmente.
Válvula
A saída de ar (S1) aciona a válvula 2/2 vias (R) que fecha a proporcional
comunicação do reservatório de óleo (C) (espaço entre as (R)
duas membranas) com a câmara de expansão (D) (espaço S1 S2
oco na parte superior do retarder.
Na sequência, a válvula proporcional libera a pressão Q P
pneumática (calibrada de acordo com a necessidade, máximo
de 2,85 bar no quinto estágio) para as câmaras atrás das
membranas (M). 8,5 bar
T1 L M M
O óleo então, impulsionado pelas membranas, segue pelo
canal interno (H), abrindo a válvula de entrada (VE). Após J VE
H
abrir a válvula, o óleo penetra por trás do estator na câmara
de trabalho entre o rotor (A) e o estator (B).
Para que o fluxo hidráulico ocorra de modo eficiente é VS
necessário que o ar (pressão atmosférica) que estava na I
câmara de trabalho seja eliminado. Através do canal (J) e do
Trocador de
flutuador (L) o ar é enviado para a atmosfera passando antes
calor
pelo filtro separador (Q). Pelo flutuador sai apenas o ar, uma
vez, que quando o óleo chega a este ponto, a bóia flutuará no T1
óleo vedando a saída.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 63
Caixas de Mudanças Semi - Automatizadas / Automatizadas e Retarder Hidrodinâmico
Devido a pressão gerada na câmara de trabalho (aproximadamente a 22 bar no último estágio) e ao atrito do óleo contra as “aletas” do rotor e do estator a temperatura
aumenta. Pelo canal interno (N) um determinado volume de óleo (mais ou menos 10%) abre a válvula de saída (VS) e segue para o trocador de calor (água - óleo), a
fim de ter diminuída a sua temperatura, retornando pelo canal (H) à câmara de trabalho.
Como o arrefecimento do óleo é realizado pelo próprio líquido de arrefecimento motor, será necessário controlar a temperatura de trabalho do óleo do retarder para
que este não provoque danos ao motor por super-aquecimento. O módulo de comando do retarder monitora constantemente a temperatura do líquido de arrefecimento
através do sensor de temperatura ((T 1) e do óleo através do sensor (T 2). Quando a temperatura (do líquido ou do óleo) chegar a um valor máximo pré-definido, o
módulo intervirá diminuindo a frenagem, até eliminar totalmente a frenagem auxiliar, caso a temperatura continue a subir. Independente da temperatura ter atingido ou
não o valor máximo prescrito a frenagem será diminuída no caso da variação de temperatura do óleo subir rapidamente (gradiente).
Para aumentar a capacidade de frenagem auxiliar, basta ao motorista deslocar a alavanca de comando para os estágios subsequentes.
Não sendo mais necessário o uso da frenagem auxiliar o motorista deve retornar a alavanca para a posição zero (retarder desligado). Lembramos que como o retarder
faz parte de todo um sistema de controle do veículo (eletrônica embarcada) o freio auxiliar também será desligado quando o motorista acionar o acelerador. Porém,
caso a alavanca permaneça posicionada em algum estágio. Ao deixar de acelerar o retarder será atuado. Deve-se evitar tal prática de operação, pois isto provocará
picos de pressão no equipamento que provocará um acréscimo na temperatura do óleo, o que faz com que venha a se deteriorar rapidamente. Além disso, haverá
aumento no consumo de combustível.
Ao posicionar a alavanca de comando no estágio zero, o módulo de comando do retarder retira o sinal elétrico da válvula proporcional. Com as eletroválvulas sem a
energização elétrica, as mesmas retorno à posição inicial. O que significa que a entrada do ar será fechada e que consequentemente a descarga será aberta. A
pressão pneumática que estava nas câmaras atrás das membranas, retornam pelo canal interno (F) e vai para a atmosfera pela descarga (x).
Sem a pressão por trás das membranas e com a contra-pressão que óleo ainda possui, há o retorno do mesmo para o reservatório (C). Como a válvula proporcional
descarregou o ar que acionava a válvula duas 2/2 vias (R), restabeleceu-se a comunicação com o reservatório de expansão. O que permite a normalidade de trabalho
caso ocorra eventuais picos de pressão por contra-fluxo ou houve um aumento no volume do óleo devido ao aquecimento.
Curso de Especialização - Caixas: Telligent / Powershift e Retarder Hidrodinâmico Centro de Treinamento Campinas 64
! " # $
% & '
( )& *+