Cura Pela Isopatia
Cura Pela Isopatia
Cura Pela Isopatia
a já ausente Tia Céu, a pessoa que conheci mais desapegada dos bens
materiais.
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Onde está a doença está a cura
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PREFÁCIO
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40% das crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos eram
obrigadas a trabalhar.
Praticamente, de um terço a metade de todas as mulheres foram
sujeitas a violência física por parte dos companheiros.
Durante o período de 1990-97, o número de pessoas infectadas pelo
VIH/SIDA, mais do que duplicou, passando de 15 para mais de 33 milhões,
vivendo 95% dos contaminados em países em desenvolvimento e 70% na
África a sul do Sara.
Apenas como curiosidade mórbida, triste e trágica, diga-se que os
bens dos três homens mais ricos do mundo, são manifestamente superiores
ao Produto Nacional Bruto de todos os países menos desenvolvidos e dos
seus 600 milhões de habitantes... E isto, enquanto todos os anos morrem 3
milhões de pessoas como consequência da poluição e mais de 5 milhões
por doenças diarreicas originadas pela contaminação da água.
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governantes, alguns verdadeiros criminosos, quer pelos povos
desenvolvidos, bastas vezes autores morais e cúmplices da corrupção e
enriquecimento ilegítimo daqueles.
Este livro, tal como o de David Werner, Onde não há médico, foi
escrito fundamentalmente para todos aqueles que sem formação académica
adequada prestam auxílio a populações que não têm qualquer acesso aos
mais básicos cuidados de saúde. São missionários, enfermeiros, leigos,
gente de boa vontade, e até mesmo médicos que em determinadas zonas
não dispõem de quaisquer medicamentos.
Mas dirige-se também a cada um de vós. As patologias são
propriedade dos pacientes e nunca dos médicos ou terapeutas. Em sede de
imunologia, quer o corpo quer o espírito devem estar aptos a combater as
agressões exteriores propiciadoras de enfermidades; quem vence a batalha
na direcção da cura é em regra o corpo e não a medicina. Temos o direito e
o dever de restabelecer o equilíbrio da nossa energia vital de molde a
conseguir uma cura integral ou a meramente possível. Neste particular, a
auto-isopatia energética é um método revolucionário de cura, a utilizar por
qualquer um, em qualquer lugar. No entanto, não substitui a intervenção
dos profissionais credenciados, desde que tenhamos acesso aos seus
serviços. As terapêuticas alternativas complementam a medicina alopática,
e é de todo inconcebível que tendo à nossa disposição meios complexos e
extraordinariamente eficazes de diagnóstico e tratamento, os olvidemos
numa atitude incauta de irreverente intolerância.
Como diz Werner, “todos podem e devem aprender a zelar pela sua
própria saúde” e quando possível, a zelar pela saúde dos outros, já que os
conhecimentos médicos não devem constituir segredo, necessitando de ser
acessíveis a todos.
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INTRODUÇÃO
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próprio paciente, para além de ser um adepto das doses mínimas, o que o
qualifica como um dos muitos percursores da Homeopatia.
O próprio Hahnemann, pai da Homeopatia, reconheceu com
humildade, que antes dele, muitos médicos suspeitaram e intuíram, que
alguns medicamentos curavam as doenças em virtude de produzirem
sintomas mórbidos análogos. Prestou nomeadamente homenagem a Stahl,
médico do exército, que atestou ser o princípio adoptado em medicina, de
curar as doenças por modos opostos – Contraria Contrariis Curantur –
inteiramente falso e equivocado. Stahl estava persuadido – sem que o
tivesse logrado demonstrar –, que as doenças cedem e se curam pelos
agentes produtores de moléstias semelhantes – Similia Similibus Curantur
–. Para além deste, há quem refira o médico vienense Antoine Stoerck,
como verdadeiro percursor da homeopatia científica, ao estudar em 1760,
para além do princípio da similitude, a acção das doses infinitesimais.
A Isopatia é um processo terapêutico medicamentoso milenar,
distinto da Homeopatia como veremos infra, conhecido ainda que de modo
empírico por praticamente todos os povos. Se na Homeopatia, semelhante
cura semelhante, ou seja, a substância terapêutica que em dose ponderal ou
experimental – Hahnemann e outros experimentadores de substâncias
medicamentosas utilizaram potências elevadas, tal como a 30ª CH – é
apropriada a gerar num organismo são um conjunto de sintomas, cura
quando prescrita em pequenas doses os sintomas patológicos análogos que
existem no paciente, já a Isopatia, constitui-se como método de tratamento
através dos iguais, e isto, independentemente da qualidade da substância
utilizada.
No entanto, para o seu cabal entendimento, é de todo essencial, que
sejamos introduzidos no método homeopático de cura, ainda que de forma
sintética, até porque, como afirma O. A. Julian, só com o triunfo desta
passa o uso da Isopatia a ser sistematizado, com a particularidade dos seus
produtos e substâncias serem preparados segundo as regras da farmacopeia
homeopática – que a partir daí receberam a denominação de isoterápicos
–. Essa apresentação, ainda que sintética, terá lugar no próximo capítulo.
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Deus –, acredita que os seres vivos são detentores de uma força vital, pela
qual actuam e a quem estão sujeitos, princípio este, que não se identifica
com as propriedades físico-químicas do corpo. Nesta perspectiva, a doença
manifestada por sinais e sintomas é o resultado de alterações energéticas.
Agimos por intermédio do nosso nível físico, sentimos pelo
emocional e pensamos pelo mental. A força vital interage nos três níveis,
mantendo-os equilibrados e coesos, em suma, em harmonia. Quando surge
uma qualquer enfermidade, é esta energia vibratória que primeiro se
ressente e que urge reequilibrar.
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A HOMEOPATIA2
INTRODUÇÃO
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transformou no fundador da Homeopatia. Traduzindo o capítulo sobre a
utilização da quina, observou que esta, muito utilizada na época para o
tratamento de febres, nomeadamente da malária, também podia produzir
febre. Hahnemann estava convicto de que os medicamentos antes de serem
ministrados aos pacientes deviam ser experimentados pelo próprio médico
ou em qualquer organismo são, como havia preconizado Albrecht von
Haller (1708-1777), ainda antes de Claude Bernard, doutrinador da
fisiopatologia experimental. E foi a realização desta experimentação em
múltiplas substâncias, que o conduziu ao postulado de que um paciente
deve ser tratado com o produto medicamentoso idóneo a produzir em
qualquer organismo são, um quadro sintomático idêntico ao por si
apresentado. Ou seja, os semelhantes são tratados pelos semelhantes.
Similia Similibus Curantur. A doença só pode ser curada por um
medicamento que produza uma doença similar: o café que impede ou
dificulta o sono à maioria dos indivíduos, pode ser utilizado em doses
homeopáticas – doses mínimas – para combater a insónia, e o Arsénico,
que causa entre outros, medo da morte, agitação, com agravação entre a 1 e
as 3 horas da manhã, e dores queimantes como se carvões em brasa estejam
encostados nas partes afectadas, deverá ser ministrado a um paciente, se o
quadro clínico encontrar correspondência em tal sintomatologia.
No ano de 1805, fez publicar a primeira matéria médica
homeopática, com 27 substâncias ensaiadas, e em 1810, o “Organon da
Ciência Médica Racional” – que a partir de 1819, data da 2ª edição,
recebeu o título de “Organon da Arte de Curar” –, livro basilar de todo o
corpo teórico homeopático. Realce-se ainda, a “Matéria Médica Pura” e o
“Tratado de Moléstias Crónicas”. A “Matéria médica pura”, foi dada à
estampa entre 1811 e 1826, em 6 volumes, com um total de 1777 páginas e
64 medicamentos experimentados.
Hahnemann teve como objectivo produzir curas de modo suave,
rápido, seguro e duradouro, contrariamente ao que ocorria com a prática
médica da época, debilitante e agressiva.
FUNDAMENTO DA HOMEOPATIA
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ingeriram determinadas substâncias em doses ponderais, não letais,
registando os sintomas produzidos – a esta actividade acrescem os registos
toxicológicos e a observação de curas clínicas –, daí nascendo as Matérias
Médicas, que são essencialmente registos de sintomas.
PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA
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medo, depressão, ansiedade – sintomas emocionais –, a
fadiga, o trabalho e a vontade – sintomas volitivos –, a
memória, a capacidade de compreensão – sintomas
intelectivos –, o apetite, olfacto, paladar, apetite, sede, o tipo
de eliminações, os desejos e aversões, a transpiração, a febre,
as melhorias e agravações – sintomas gerais –, as dores de
cabeça, estômago, reumatismais – sintomas locais –.
É com recurso a este conjunto sintomático que o simillimum é
prescrito. Por vezes ocorre que o medicamento seleccionado
não tem presente na sua patogenesia os sintomas locais ou da
doença, mas o remédio cura o doente como um todo,
desaparecendo as queixas dos sintomas particulares.
Em Homeopatia não há doenças, só há doentes.
• O terceiro é um corolário directo do primeiro princípio.
Os medicamentos homeopáticos são utilizados em doses de
altas diluições, por duas razões fundamentais:
- As substâncias empregues em dose ponderal, podem nalguns
casos oferecer um grau de toxicidade apto a agredir o
organismo do paciente, pelo que, submetendo-as a diluições
sucessivas anulamos os efeitos indesejáveis, enquanto a acção
terapêutica se mantém;
- Quanto maior a diluição mais intenso e durável é o efeito do
medicamento, e isto, desde que correctamente prescrito.
Hahnemann, para além de sujeitar os remédios a consecutivas
diluições, dinamizou-os por intermédio de uma agitação
rítmica e enérgica.
No princípio das suas experimentações começou por diluir as
substâncias em álcool ou água, utilizando diversas
proporções. No entanto, apercebeu-se que os resultados
ficavam longe das suas expectativas. Daí, imprimiu-lhes uma
agitação violenta, que denominou sucussão. Assim, às
sucessivas diluições, intercalou agitações rítmicas e vigorosas,
que replicaram a informação original do medicamento,
potenciando a sua eficácia curativa.
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preparação técnica dos executantes, pelo que para o seu cabal
conhecimento será forçoso o estudo de uma obra de referência 3 .
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Alemanha. Os símbolos utilizados para a identificar são: X – algarismo
romano –, D, ou DH – escala decimal de Hering –.
Já na escala cinquenta milesimal a diluição é preparada na proporção
de 1 para 50.000 – este procedimento encontra-se descrito no § 270 da 6ª
edição do Organon –. Os símbolos utilizados para identificar estas
diluições são Q ou LM.
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consideração de que em isoterapia – ou isopatia – são as 200 K as que
produzem melhores resultados, dedicaremos um capítulo a esta matéria.
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propriedades de determinadas moléculas podem resistir ao seu
desaparecimento como consequência de diluições sucessivas?
Já vimos que a Homeopatia se fundamenta essencialmente na
experimentação de substâncias em doses moderadas – ou na 30ª CH como
também preconizou Hahnemann – por indivíduos sãos, que anotaram
sequencial e meticulosamente os sintomas produzidos, nascendo as
Matérias Médicas destes testes.
Esta experimentação não demonstra de modo inequívoco se a
chamada lei dos semelhantes é uma lei científica.
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de Lachesis). Observemos que o idêntico do semelhante é outro
semelhante. Assim, Serum-Lachesis é o semelhante de Lachesis.”
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violenta e caótica – maior é a potência do medicamento, porquanto inexiste
perda de informação, antes, a sua amplificação.
A dinamização – que nunca foi satisfatoriamente aclarada por
Hahnemann – é o procedimento que no nosso entender, permite a
replicação da informação e o seu incremento na renovação do
procedimento de diluição.
TRATAMENTO HOMEOPÁTICO
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prescrição ou dos receituários também implicam o recurso às matérias
médicas 7 .
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HOMEOPATIA E ISOPATIA
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sua conversão à homeopatia ocorreu após ter sido incumbido de escrever
um ensaio em que demonstrasse a sua real ineficiência.
Experimentou de modo acidental o remédio Lachesis, quando no seu
laboratório procedia à trituração do veneno da cobra Lachesis Mutus.
Intentava desvendar um sucedâneo mais eficaz à inoculação da vacina que
Edward Jenner (1749-1823), descobridor da vacinação havia investigado na
Grã-Bretanha, já que esta se lhe afigurava demasiadamente perigosa.
O seu interesse pelo mencionado veneno e as experiências que
realizou, conduziram-no à ideia de que entre outros, as crostas da varíola
pulverizadas, a saliva de um cão raivoso ou qualquer produto ou agente de
doença – verbi gratia, vírus, veneno –, quando preparados em
conformidade com o método da farmacopeia homeopática – método que
reputava praticamente infalível –, levariam à cura do enfermo.
Hering, mais do que um dos primeiros homeopatas a integrar o
movimento isopático, deve ser encarado de pleno direito, o seu pai
científico.
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trazem em seus próprios produtos de contágio o meio de cura”. Nomeou de
Isopatia a terapia que trata a moléstia pela causa que a produz.
Ernest Stapf (1788-1860), foi seguidor directo de Samuel
Hahnemann tendo utilizado segundo as regras da farmácia homeopática, as
secreções e excreções patológicas dos enfermos, que depois de
convenientemente preparadas, lhes eram ministradas. Com este homeopata,
expande-se substancialmente a auto-isopatia. O seu método estruturou-se
na administração aos enfermos das suas próprias secreções e excreções,
diluídas e dinamizadas, secreções e excreções que pressupunha conterem a
causa das patologias que os assacavam (auto-isopáticos).
Posteriormente, Dennys Collet, em missão na Mesopotâmia (1873),
empregou como recurso, face à escassez de medicamentos, a isopatia em
milhares de pacientes, tendo alcançado resultados extraordinários que
narrou na obra: “Isopatia. Método Pasteur por Via Interna”.
Leon Vannier, foi também um devotado defensor da Isopatia, que
passou a denominar pelo vocábulo Isoterapia.
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ISOPATIA
INTRODUÇÃO
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estabelecida a patogenesia por via da experimentação homeopática,
enquanto outros são ministrados em função da lei da analogia, sem
qualquer experimentação.
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Como veremos em momento posterior, a produção destes
“bioterápicos”, deve respeitar escrupulosamente algumas regras básicas.
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MEDICAMENTOS ISOPÁTICOS
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- Bioterápicos Complexos – produzidos a partir de substâncias
complexas.
O TRATAMENTO EM ISOPATIA
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excreções, tecidos, sangue, de um determinado paciente, não deve em
caso algum ser ministrado a qualquer outro indivíduo ou animal.
8- www.delvaux-danze.be
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DILUIÇÕES KORSAKOVIANAS
MODO DE OPERAR
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PREPARAÇÃO DA DILUIÇÃO INICIAL
Temos primeiramente de avaliar a quantidade de substância a utilizar
em função da sua natureza:
Se utilizamos um comprimido ou uma cápsula de determinado
produto farmacêutico, tomaremos em linha de conta a quantidade de
substância activa contida nesse comprimido ou cápsula. Exemplificando:
20 mg de substância activa para 2 ml de mistura glicerina-álcool-água
resultam num extracto de 1%, ou seja, numa 1ª CH – 1ª centesimal
hahnemanniana –.
Colocamos o comprimido ou o conteúdo da cápsula no tubo ou
recipiente plástico. Esmagamos o produto com o auxílio da espátula nova,
recorrendo a algumas gotas de excipiente – nos laboratórios homeopáticos,
para as substâncias insolúveis, o método utilizado é o das triturações
sucessivas de 1% de substância activa para 99% de lactose, até à 3ª CH.
No entanto a experiência tem demonstrado que o “amolecimento” tal
como o descrevemos nesta sede, funciona de modo perfeito –.
Com a seringa, juntamos a quantidade necessária da mistura
glicerina-álcool-água de modo a obter uma diluição de 1% de produto
activo. Agitamos frequente e energicamente o recipiente devidamente
tamponado sobre a palma da mão ou sobre uma superfície pouco rígida, tal
como a capa de um livro.
Não necessitamos de nos preocupar em demasia com a quantidade
real de substância activa que se vai dissolver – critério de solubilidade –.
Acima de tudo, o que releva é a activação do solvente – água – pela da dita
substância – memória da água –. Imaginemos uma secreção de pus de um
abcesso, sangue, saliva ou urina; avaliamos o peso aproximadamente.
Outros exemplos, para utilização do método em veterinária ou na
agricultura:
- Varroas de abelhas – retiramos algumas avaliando o seu
peso individual em cerca de 1 mg (20 varroas terão um
peso aproximado de 20 mg).
- Folhas de videira infectadas pelo míldio – colhemos
pequenos fragmentos visivelmente afectados pela
moléstia avaliando o peso de forma expedita.
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B – Vertemos água pura até ao traço medida, colocamos a tampa e
agitamo-lo algumas vezes – um mínimo de dez – energicamente, batendo
com o fundo na palma da mão ou num livro de capa pouco rígida.
Obtemos deste modo a 2ª centesimal korsakoviana (2 K).
C – Destapamos o frasco e esvaziamo-lo. Constatamos que nas suas
paredes subsistem algumas gotas, que se irão constituir como base da
diluição seguinte. Devemos evitar que o frasco se mantenha em posição de
escoamento durante tempo excessivo, devendo ser perfeitamente visíveis
resíduos da solução.
D – Repetimos o procedimento explanado em B.
Obtemos deste modo a 3ª K.
E – Repetimos o procedimento explanado em C.
F – Voltamos a repetir o procedimento B.
Obtemos deste modo a 4ª K.
G – Assim sucessivamente até à 196 K.
H – Se o medicamento for preparado sem recurso ao álcool – ver
infra “administração da dinamização” –, o procedimento continuará até à
200 K.
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Chegamos por fim à dinamização 200 K, que preparamos do mesmo
modo vertendo 4 gotas da solução 199 K num frasco novo. Juntamos 10 ml
de álcool a 20% e agitamos.
ADMINISTRAÇÃO DA DINAMIZAÇÃO
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UM NOVO PROCEDIMENTO FARMACOLÓGICO
INTRODUÇÃO
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No mesmo processo de fabricação dos medicamentos vamos deparar-
nos com uma sobreposição de métodos: iniciamos com a DS para depois
passarmos à DSe, potenciando o remédio. É na nossa perspectiva e
experiência o modo mais lógico e operante de proceder.
É-nos de todo impossível obter valores e proporções rigorosas, em
virtude do modo de actuar dos preparadores dos medicamentos não ser
idêntica: a contagem mental ou por intermédio de cronómetro, do tempo
atribuído às diversas operações, o vigor com que se procede ao vazamento
dos frascos, entre outros.
Sacrificámos a inflexibilidade à simplicidade.
A PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS
MATERIAL A UTILIZAR
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• Água bidestilada, destilada ou purificada. Em zonas
carenciadas, na inexistência destas, a água deve ser fervida
durante pelo menos vinte minutos. Hahnemann utilizava a
água da chuva ou da neve derretida para a preparação dos
medicamentos homeopáticos.
• Álcool etílico bidestilado (etanol).
• Soro fisiológico.
• Glicerina anidra.
• Bisturi.
• Papel de filtro.
ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
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PREPARAÇÃO DO MEDICAMENTO
A – SUBSTÂNCIAS LÍQUIDAS
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A partir deste momento vamos alterar o tempo que dedicámos a
despejar o líquido do frasco medicamento, aumentando-o, o que tem como
consequência a diminuição da substância originária ou residual e o
incremento da diluição.
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cerca de vinte minutos, juntando com parcimónia
algumas gotas de água;
- finda a trituração, retiramos 8 gotas de soluto passando
a proceder como em 4. e seguintes, referenciados na
preparação de substâncias líquidas.
Um procedimento mais rigoroso, é o que Jean-Marie Danze
preconiza para a preparação dos medicamentos isoterápicos em 200 K –
capítulo supra –, e que aqui damos por reproduzido.
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AUTO-ISOPATIA ENERGÉTICA
PRINCÍPIOS GERAIS
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aos da doença natural em potência –, se esta última é muito semelhante
àquela nas suas múltiplas exteriorizações.
A cura homeopática é explicada pela imposição de uma doença
artificial semelhante, mas mais forte do que a natural – veja-se o parágrafo
29 do Organon –.
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vigorosamente agitadas, condensando-se a informação. O mesmo irá
ocorrer quando procedermos à segunda diluição/sucussão, com um
acréscimo de condensação da informação. Assim, quanto maior a diluição,
maior a condensação de informação, e maior a potência e eficácia do
remédio. Quando ingerido pelo paciente, a imagem energética condensada,
influirá vigorosamente na energia em desequilíbrio, fazendo-a retomar a
estabilidade natural e por via desta serão aniquiladas as condições
mórbidas.
A auto-isopatia energética, toma em consideração tal como a Isopatia
em sentido amplo, a individualidade de cada paciente, e utilizando as suas
informações próprias, com uma determinada frequência ou ressonância,
permite o justo equilíbrio da sua energia vital e concomitantemente da sua
saúde.
O aequale vai bem mais longe do que o simillimum, mesmo o
perfeito, porquanto nem lhe faltam nem se excedem sinais ou sintomas.
PREPARAÇÃO DO MEDICAMENTO
MATERIAL A UTILIZAR:
• Frasco de vidro com 50 ml, que servirá para preparar o
remédio e que denominaremos frasco medicamento.
Podemos utilizar frascos com outras capacidades, verbi gratia,
15 ml, desde que respeitemos as proporções e não
ultrapassemos 2/3 dessa capacidade nos que vão ser sujeitos a
sucussão.
• Proveta, seringa, ou qualquer outro instrumento que permita a
medição rigorosa de 30 ml de líquido. Pode utilizar-se um
frasco (que denominamos frasco medida) com mais de 30 ml,
assinalado externamente com marcador na linha dos 30 ml;
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• Água bidestilada, destilada ou purificada. Em zonas
carenciadas, na inexistência destas, a água deve ser fervida
durante pelo menos vinte minutos.
Um exemplo:
SM 1 – Irritabilidade
SM 2 – Impaciência
SM 3 – Medo de ter uma doença incurável
SM 4 – Inveja
SM 5 – Falta de memória
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paciente e se necessário corrigida, antes de iniciarmos a preparação do
medicamento, o que poderá durar alguns dias.
A anotação da sintomatologia é essencial para que possamos avaliar
a evolução da cura: a cessação de sintomas, as melhorias, as agravações
transitórias, o surgimento de sintomas antigos ou de sintomas menos graves
que os iniciais – neste último caso recorreremos à Lei de Hering para
firmar o prognóstico –. Neste pequeno bloco procederemos a todas as
notações úteis, como se de um diário se trate, já que nada nos garante que a
posologia e dinamização utilizada é a mais ajustada – cada organismo tem
a peculiaridade de reagir de modo diverso aos medicamentos –.
Atente-se que o procedimento preconizado não se afirma como
pressuposto de cura. Ao ser ministrado a uma criança, a indivíduos com as
capacidades intelectuais diminuídas ou em estado de inconsciência, e a
animais, pressupõe quando muito uma cuidada observação de terceiros.
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6 – Voltamos a esvaziar o frasco medicamento, sacudindo-o
vigorosamente durante 5 segundos – veja-se o procedimento explanado em
4 –.
Deitamos 30 ml de água no frasco medida que vertemos no
frasco medicamento em cujo interior restou um resíduo mínimo da 1ª DS.
6.1. – Tapamos o frasco.
6.2. – Agitamos 100X.
Obtivemos a 2ª DS.
TRATAMENTO
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- Frequência com que o remédio é ministrado.
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A dose é constituída por doze gotas. O medicamento pode ser
tomado em jejum ou no intervalo das refeições. Para uma maior eficácia,
de modo sublingual, puro ou dissolvido numa colher de sobremesa de água.
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O sintoma é menos grave que o original e segue a direcção da cura
homeopática – veja-se a Lei de Hering – estamos perante um bom
prognóstico.
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A PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS
HOMEOPÁTICOS
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ou hahnemannianos em todas as regiões desfavorecidas, reputamos que
mais vale uma intervenção do tipo pluralista, mesmo que relativamente
imperfeita, a uma ausência absoluta de cuidados de saúde, desde que sejam
respeitadas as regras basilares da doutrina homeopática.
A apreciação do caso concreto implicará sempre o recurso a uma ou
mais matérias médicas, de molde a que os sintomas do paciente tenham
uma correspondência visível com a patogenesia do medicamento.
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Temos a 5ª DS.
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FARMÁCIA HOMEOPÁTICA DE CAMPANHA
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da neve derretida para a preparação dos medicamentos
homeopáticos.
• Etanol a 94 ou 96%.
Para preparar o álcool a 20%, retiramos 2,2 ml de álcool a
94%, juntando-lhe 7,8 ml de água pura.
• Glicerina pura.
• Soro fisiológico.
• Quando possível, lactose e sacarose.
• Papel de filtro.
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MEDICAMENTOS DA FARMÁCIA
HOMEOPÁTICA DE CAMPANHA
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AUR- AURUM METALLICUM ELAPS- ELAPS CORALLINUS
AVEN- AVENA SATIVA EQUIS-H- EQUISETUM HYEMALE
EUP-PER-EUPATORIUM PERFOLIATUM
BAPT- BAPTISIA TINCTORIA EUPHR- EUPHRASIA OFFICINALIS
BAR-ACT- BARYTA ACETICA
BAR-C- BARYTA CARBONICA FERR- FERRUM METALLICUM
BAR-I- BARYTA IODATA FERR-P- FERRUM PHOSPHORICUM
BAR-M-BARYTA MURIATICA FERR-S- FERRUM SULPHURICUM
BELL- BELLADONA FL-AC- FLUORICUM ACIDUM
BERB- BERBERIS VULGARIS FORM- FORMICA RUFA
BOR- BORAX VENETA FUC- FUCUS VESICULOSUS
BOTH- BOTHROPS LANCEOLATUS
BOV- BOVISTA LYCOPERDON GELS- GELSEMIUM
BROM- BROMIUM GENT-L- GENTIANA LUTEA
BRY- BRYONIA ALBA GINK-B- GINKGO BILOBA
BUFO- BUFO RANA GRAPH- GRAPHITES
GUAJ- GUAJACUM OFFICINALE
CACT- CACTUS GRANDIFLORUS GUAR- GUARANA
CALC- CALCAREA CARBONICA
CALC-ACT- CALCAREA ACETICA HAM- HAMAMELIS VIRGINIANA
CALC-F- CALCAREA FLUORICA HELL-HELLEBORUS NIGER
CALC-M-CALCAREA MURIATICA HEP- HEPAR SULPHURIS CALCAREUM
CALC-P- CALCAREA PHOSPHORICA HYDR- HYDRASTIS CANADENSIS
CALC-S- CALCAREA SULPHURICA HYOS- HYOSCYAMUS NIGER
CALEN- CALENDULA HYPER- HYPERICUM PERFORATUM
CAMPH- CAMPHORA
CANTH- CANTHARIS IGN- IGNATIA
CAPS- CAPSICUM ANNUUM IOD- IODUM
CARB-AN- CARBO ANIMALIS IP- IPECACUANHA
CARB-V- CARBO VEGETABILIS
CARD-M- CARDUUS MARIANUS KALI-BI- KALI BICHROMICUM
CAUST- CAUSTICUM KALI-BR- KALI BROMATUM
CHAM- CHAMOMILLA KALI-C- KALI CARBONICUM
CHEL- CHELIDONIUM MAJUS KALI-I- KALI IODATUM
CHIN- CHINA OFFICINALIS KALI-M- KALI MURIATICUM
CHL- CHLORUM KALI-P- KALI PHOSPHORICUM
CIC- CICUTA VIROSA
CIMIC- ACTEA RACEMOSA LAC-AC- LACTICUM ACIDUM
CINA- CINA MARITIMA LACH- LACHESIS MUTA
CINNB- CINNABARIS LAPPA- LAPPA ARCTIUM
COC-C- COCCUS CACTI LAT-M- LATRODECTUS MACTANS
COCC- COCCULUS INDICUS LED- PALUSTRE
COFF- COFFEA CRUDA LITH-C- LITHIUM CARBONICUM
COLCH- COLCHICUM AUTUMNALE LYC- LYCOPODIUM CLAVATUM
COLL- COLLINSOLIA CANADENSIS
COLOC- COLOCYNTHIS MAG-C- MAGNESIA CARBONICA
CON- CONIUM MACULATUM MAG-M- MAGNESIA MURIATICA
COR-R- CORALLIUM RUBRUM MAG-P- MAGNESIA PHOSPHORICA
CRAT- CRAETEGUS OXYACANTHA MAG-S- MAGNESIA SULPHURICA
CROT-H- CROTALUS HORRIDUS MANG-MET-MANGANUM METALLICUM
CUPR- CUPRUM METALLICUM MED- MEDORRHINUM
CUPR-ACT- CUPRUM ACETICUM MERC- MERCURIUS SOLUBILIS
CUPR-S- CUPRUM SULPHURICUM MERC-C- MERCURIUS CORROSIVUS
MERC-CY- MERCURIUS CYANATUS
DIG- DIGITALIS PURPUREA MERC-D- MERCURIUS DULCIS
DOL- DOLICHOS PRURIENS MEZ- MEZEREUM
DROS- DROSERA ROTUNDIFOLIA MILL- MILLEFOLIUM
DULC- DULCAMARA MOSCH- MOSCHUS
MUR-AC- MURIATICUM ACIDUM
ECHI- ECHINACEA ANGUSTIFOLIA MYGAL- MYGALES LASIODORA
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SABAL- SABAL SERRULATUM
NAT-C- NATRUM CARBONICUM SAL-AC- SALICYLICUM ACIDUM
NAT-M- NATRUM MURIATICUM SAMB- SAMBUCUS NIGRA
NAT-P- NATRUM PHOSPHORICUM SANG- SANGUINARIA CANADENSIS
NAT-S- NATRUM SULPHURICUM SEC- SECALE CORNUTUM
NIT-AC- NITRICUM ACIDUM SEP- SEPIA OFFICINALIS
NUX-M- NUX MOSCHATA SIL- SILICEA
NUX-V- NUX VOMICA SPONG- SPONGIA TOSTA
SQUIL- SQUILLA MARITIMA
OP- OPIUM STANN- STANNUM METALLICUM
OX-AC- OXALICUM ACIDUM STAPH- STAPHYSAGRIA
STICT- STICTA PULMONARIA
PAEON- PAEONIA OFFICINALIS STRAM- STRAMONIUM
PAREIR- PAREIRA BRAVA STROPH-H- STROPHANTUS HISPIDUS
PASSI- PASSIFLORA INCARNATA SUL-AC- SULPHURICUM ACIDUM
PETR- PETROLEUM SUL-I- SULPHUR IODATUM
PH-AC- PHOSPHORICUM ACIDUM SULPH- SULPHUR
PHOS- PHOSPHORUS SYPH- SYPHYLINUM
PHYT- PHYTOLACCA DECANDRA
PLAN- PLANTAGO MAJOR TAB- TABACUM
PLAT- PLATINUM METALLICUM TARAX- TARAXUM OFFICINALE
PLB- PLUMBUM METALLICUM TARENT- TARENTULA HISPANICA
PLB-ACT- PLUMBUM ACETICUM TER- TEREBINTHINIAE OLEUM
PLB-C- PLUMBUM CARBONICUM THER- THERIDION CURASSAVICUM
PODO- PODOPHYLLUM PELTATUM THUJ- THUYA OCCIDENTALIS
PSOR- PSORINUM THYR- THYREOIDINUM
PULM-V- PULMO VULPIS TUB-K- TUBERCULINUM KOCK
PULS- PULSATILLA
PYROG- PYROGENIUM URAN-N- URANIUM NITRICUM
URT-U- URTICA URENS
RHEUM- RHEUM PALMATUM UST- USTILAGO MAYDIS
RHOD-RHODODENDRON
CHRYSANTHUM VALER- VALERIANA OFFICINALIS
RHUS-T- RHUS TOXICODENDRON VERAT- VERATRUM ALBUM
ROB- ROBINIA PSEUDACACIA VERB- VERBASCUM THAPSUS
RUTA- RUTA GRAVEOLENS
ZINC- ZINCUM METALLICUM
SABAD- SABADILLA OFFICINALIS
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CONCLUSÃO
UMA MEDICINA DE ESPERANÇA
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No nosso entender, a medicina das diluições/dinamizações, pode ser
definida ainda que impropriamente como uma terapêutica adaptógena ou
Medicina Adaptógena – um produto é classificado como adaptógeno
quando tem a propriedade de reequilibrar o organismo doente,
normalizando as suas funções, sem ocasionar nefastos efeitos secundários
–.
No domínio da ciência existem procedimentos de observação – que
se servem dos sentidos –, e processos conceptuais derivados da razão,
interpretadores das observações realizadas, que se constituem como
hipóteses. Estas, podem ter uma forte dose de probabilidade ou de
improbabilidade de verificação. Pode existir um elevado apoio
experimental das hipóteses ou teorias científicas, mas tal, não as transforma
em verdades irrefutáveis. Se em séculos anteriores se pensava que
determinada teoria tinha forte probabilidade de ser verdadeira, e se hoje
também se pensa, poderá ocorrer que no porvir o mesmo seja pensado, ou
se destrua irremediavelmente tal doutrina, por alteração ou carência de
verificação experimental, ainda que meramente parcelar ou ocasional.
As hipóteses que se seguem, estimulam-nos a prosseguir as pesquisas
e intentam despretensiosamente instigar-vos à mesma. Ninguém vence
batalhas na solidão dos campos abandonados, assim como simples palavras
não alimentam ou curam os pobres.
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• A energia vital em desequilíbrio de um certo organismo, é
reequilibrada pela administração de um medicamento em que a
mesma foi plasmada, e posteriormente diluída e dinamizada.
AUTO-ISOPATIA ENERGÉTICA
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