Estágio Supervisionado e Residência Pedagógica
Estágio Supervisionado e Residência Pedagógica
Estágio Supervisionado e Residência Pedagógica
1
UFMA – Universidade Federal do Maranhão – Campus São Bernardo, Docente
Adjunta na Licenciatura em Ciências Humanas/ Sociologia,
gomespereira_amanda@yahoo.com.br.
2
UFMA – Universidade Federal do Maranhão – Campus São Bernardo, licenciando em
Ciências Humanas/ Sociologia, juliana-moraessb@hotmail.com.
3
UFMA – Universidade Federal do Maranhão – Campus São Bernardo, licenciando em
Ciências Humanas/ Sociologia, ramisson.cr@gmail.com.
Os marcos legais que regulamentam a educação básica no Brasil destacam a
importância de uma formação ética e cidadã. O objetivo principal do ensino
fundamental e médio é formar para a cidadania, valor que possui centralidade no acesso
igualitário à educação. Sob esse prisma, os Direitos Humanos desempenham um papel
primordial. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, Art 9º da Resolução nº
3, de 26 de junho de 1998, os princípios que norteiam a educação brasileira estão
pautados na:
Desse modo, tanto a observação das aulas, como a regência e as microaulas são
desenvolvidas em curtos períodos, com o mínimo de dedicação e apreço. Não há, por
parte da grande maioria dos estudantes do curso, uma consciência e reflexão sobre a
importância do estágio em sua formação como futuros professores.
Se, por outro lado, a vida social pode ser entendida como um conjunto de
práticas (re)produzidas, analogicamente podemos tomar a vida social como
um tipo de linguagem. Em outros termos, como um sistema de comunicação,
de cuja constituição e atribuição de sentido participamos. Sendo assim, a
linguagem é falada por atores e utilizada como meio de comunicação e
interação, formando uma estrutura dotada de sentido.
Dentro dessa concepção, a Sociologia poderia trabalhar em conjunto com a
área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, tomando por princípio a
definição de instituição social como um padrão de controle imposto pela
sociedade. Peter e Brigite Berger analisam a linguagem como sendo a
instituição fundamental da sociedade, que permite a objetivação, a
interpretação e a justificação da realidade (PCN’s Ensino Médio, BRASIL.
1998: 46).
Essa inserção não apenas nas atividades de regência, mas também de pesquisa,
tem por intuito aguçar nos discentes um interesse em perceber as escolas como espaços
de reflexão e de produção de pesquisas e conhecimento na área da educação,
promovendo conexões entre a docência e a pesquisa. A vivência do cotidiano escolar
permite o aguçar nos discentes um interesse em perceber no ambiente escolar como
espaços de reflexão e de produção de pesquisas e conhecimento na área da educação,
promovendo conexões entre a docência e a pesquisa. O processo de ensino-
aprendizagem passa ser percebido através das sociabilidades estabelecidas entre os
diferentes atores que compartilham desses espaços, contribuindo para o estabelecimento
de uma vivência democrática. As escolas, principalmente às públicas, com a
universalização do acesso ao ensino fundamental nos anos 90, passaram a abrigar uma
pluralidade e diversidade de atores sociais, representando um microcosmo da sociedade.
Na primeira visita ao Anexo, que funciona em uma escola cedida pela rede
municipal de ensino, os discentes do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/
Sociologia do Campus de São Bernardo que residem na sede ficaram impactados com a
precariedade das condições de estrutura do prédio. Esse contato possibilitou a percepção
das desigualdades sociais em territórios tão próximos, porém tão distantes com relação
ao acesso aos diferentes bens. A apatia que alguns demonstravam com relação ao
programa e o desinteresse pela docência na educação básica contrastou-se após o
contato com essa realidade tão dispare – desconhecida por eles – e, ao mesmo tempo,
tão próxima. Ao se permitirem ser afetadxs por aquele contexto, sentiram-se instigados
a pensar alternativas para intervir, positivamente, na melhoria da qualidade de ensino
ofertado pela escola.
Conclusão
Referências:
ADORNO, Theodor W. Educação e Emancipação, trad. W. Leo Maar, SP: Ed. Paz e
Terra, 1995.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
FONSECA, Claudia. Quando cada caso não é um caso. Trabalho apresentado na XXI
Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, setembro de 1998.