Estratégia de Educação para A Cidadania Na Escola

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ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA NA ESCOLA

EECE
Estratégia de Educação para a Cidadania na Escola - EECE 2

Índice

1. Enquadramento .............................................................................................................................................3
2. Fundamentação .............................................................................................................................................3
3. Domínios da Educação para a Cidadania a trabalhar....................................................................................5
4. Opções curriculares na implementação da EECE..........................................................................................6
4.1 Docente de Cidadania e Desenvolvimento..............................................................................................7
4.2 Ao nível global da escola .........................................................................................................................7
4.3 Domínios a privilegiar .............................................................................................................................8
5. Articulação com o Perfil do Aluno à saída da Escolaridade Obrigatória ......................................................8
6. Articulação com o Projeto Educativo/ Plano de Melhoria/ Autoavaliação ...............................................10
7. Equipa responsável pela EECE .....................................................................................................................10
8. Identificação e tipo de articulação com os Stakeholders ...........................................................................10
9. Aprendizagens esperadas ...........................................................................................................................12
10. Atividades/Operacionalização por ciclo de ensino ...................................................................................12
11. Monitorização e avaliação da EECE ............................................................................................................13
12. Divulgação de boas práticas.......................................................................................................................13

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1. Enquadramento

Portugal tem assumido um conjunto de compromissos que se encontram associados a documentos-


chave que proporcionam um enquadramento relevante para uma compreensão das perspetivas
contemporâneas da Educação para a Cidadania e do Desenvolvimento Sustentável.

A NÍVEL INTERNACIONAL

União Europeia:

 Declaração de Paris (Declaração sobre a Promoção da Cidadania e dos Valores Comuns da


Liberdade, Tolerância e Não-discriminação através da Educação, de 17 de março de 2015) Conselho
da Europa:
 Carta sobre Educação para a Cidadania Democrática e para os Direitos Humanos
 Competências para uma Cultura da Democracia. Viver juntos em igualdade em sociedades
democráticas culturalmente diversas ONU/UNESCO
 ONU Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 dezembro, 1948)
 ONU Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, 2016-2030
 UNESCO Educação para a Cidadania Global: preparar os aprendentes para os desafios do século
XXI (2014)

A NÍVEL NACIONAL

 Plano Estratégico para as Migrações, 2015-2020


 V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação, 2014 -2017
 V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género, 2014-2017
 III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos, 2014-2017
 Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento, 2010-2015
 Plano Estratégico da Segurança Rodoviária 2016-2020 PENSE 2020
 Plano Nacional de Formação Financeira 2016-2020
 Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas, 2013-2020

2. Fundamentação

A delineação de uma Estratégia de educação para a Cidadania de escola (EECE) deve encontrar os seus
alicerces na cultura da própria escola, de acordo com as especificidades e realidades locais, nomeadamente
o contexto geográfico e socioeconómico, as quais se encontram espelhadas nos objetivos estratégicos do
projeto educativo (PE).

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No entanto, a EECE da Escola Secundária José Régio (ESJR) procura ainda ir ao encontro dos objetivos
preconizados em outros documentos internos orientadores e estruturantes, tais como o Plano de Ação
Estratégica, no âmbito do Plano de Ação Estratégica do Programa Nacional de Promoção do Sucesso
Escolar (PAE - PNPSE); o Contrato de Autonomia (CA) e o Plano de Ação de Melhoria.

A ESJR aposta desde há vários anos na formação integral do aluno, enquanto cidadão ativo de um
mundo cujos contornos apenas existem na imaginação de cada um, e a EECE pretende, de uma forma
precisa, responsável e sustentada, estimular e, de algum modo, aprofundar essa ação que caracteriza toda
uma comunidade escolar. Com efeito, a conduta da ESJR, perfumada pelos sons difundidos pelos seus
documentos estruturantes, assenta na necessidade, contínua e continuada, da importância do
conhecimento e respeito pelo outro, do saber tolerar e da defesa pela dignidade da vida! Esta ação,
alimentando-se da construção efetiva de uma sociedade democrática, alicerça-se, também, num crítico
conhecimento do passado, pretendendo-se, assim, garantir a construção de um espaço democrático
consolidado, resistente aos atropelos e atentados ao respeito dos direitos humanos. Não esquecer o
passado permite interpretar acontecimentos bem presentes e, na ótica de uma ESJR presente (e sempre) a
pensar no futuro, interiorizar que os mais elementares princípios e direitos da humanidade não podem,
nunca, ser tidos como garantidos para todo o sempre! A pensar no futuro dos seus jovens, a ESJR
continuará a apostar no seu desenvolvimento integral, contribuindo para que, munidos de conhecimentos
e princípios, possam afirmar-se como cidadãos interventivos e tolerantes, capazes de, conscientemente,
defenderem princípios inequivocamente fundamentais para a dignidade humana! Neste sentido, a EECE é,
claramente, um instrumento fundamental que, com toda a certeza, vai, também ele, alimentar a ação
presente de uma escola que, não esquecendo o passado, nunca deixa de pensar no futuro!

O desenvolvimento da educação para a cidadania deve orientar-se pelos seguintes pressupostos:

 Valorização das especificidades e realidades locais em detrimento de abordagens de temáticas


abstratas e descontextualizadas da vida real.
 A cidadania não se aprende simplesmente por ensino transmissivo, mas por processos vivenciais.
 A Cidadania deve estar imbuída na própria cultura da escola assente numa lógica de participação
e de corresponsabilização.

Assim, sendo a Educação para a Cidadania uma missão de toda a escola, a implementação da componente
curricular de Cidadania e Desenvolvimento (CD) deverá seguir uma abordagem global, e como tal deverá:

 Decorrer de práticas sustentadas no tempo e não de meras intervenções pontuais;


 Estar integrada no currículo, nas atividades letivas e não letivas, nas práticas diárias da vida
escolar e sua articulação com a comunidade;
 Assentar em práticas educativas que promovam a inclusão;
 Envolver os alunos em metodologias ativas e oferecer oportunidades de desenvolvimento de
competências pessoais e socias;

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 Apoiar-se no desenvolvimento profissional e contínuo dos docentes;


 Estar integrada nas políticas e práticas da escola, envolvendo toda a comunidade escolar;
 Promover o bem-estar e a saúde individual e coletiva;
 Envolver o trabalho em parceria com as famílias e as comunidades;
 Estar alinhada com as especificidades dos alunos e as prioridades da comunidade educativa;
 Apoiar-se na monitorização e avaliação de forma a garantir efetividade e participação.

3. Domínios da Educação para a Cidadania a trabalhar

Os domínios a trabalhar em Educação para a Cidadania organizam-se em três grupos com implicações
diferenciadas, sendo que os domínios:

Do 1º grupo por serem áreas transversais e longitudinais, são obrigatórios para todos os níveis e ciclos de
escolaridade;

Do 2º grupo devem ser trabalhados pelo menos em dois ciclos do ensino básico e podendo ainda ser
opcionais em qualquer outro ciclo;

Do 3º grupo - têm aplicação opcional em qualquer ano de escolaridade.

1º Grupo 2º Grupo 3º Grupo


Domínios obrigatórios para todos Domínios trabalhados pelo menos em dois Domínios com aplicação opcional
os níveis e ciclos de escolaridade ciclos do ensino básico e podendo ainda ser em qualquer ano de escolaridade
opcionais em qualquer outro ciclo

Direitos Humanos Sexualidade Empreendedorismo

Igualdade de Género Media Mundo do Trabalho

Interculturalidade Instituições e participação democrática Segurança, Defesa e Paz

Desenvolvimento Literacia financeira e


Bem-estar animal
Sustentável educação para o consumo

Educação Ambiental
Segurança rodoviária Voluntariado

Saúde Risco Outro

Não obstante esta organização, os domínios a trabalhar na Cidadania e Desenvolvimento não devem
ser entendidos como partes isoladas de um todo, mas sim como intercomunicantes, tendo na base uma
visão holística da pessoa e devendo a sua abordagem privilegiar o contributo de cada um deles para o
desenvolvimento dos princípios, dos valores e das áreas de competência inscritas no Perfil dos Alunos à
Saída da Escolaridade Obrigatória.

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Para o tratamento de cada um dos diferentes domínios, podem ser consultados diversos documentos
de apoio em https://www.dge.mec.pt/areas-tematicas.

7º ano 8º ano 9º ano

Direitos Humanos Igualdade de Género Interculturalidade

Desenvolvimento Sustentável Educação Ambiental Saúde

Literacia Financeira e educação para o consumo Media Sexualidade

Risco Segurança Rodoviária Instituições e participação democrática

Segurança, Defesa e Paz Bem-estar animal

Voluntariado Mundo do trabalho

10º ano 11º ano 12º ano


Direitos Humanos Interculturalidade
Desenvolvimento Sustentável Igualdade de Género
Educação Ambiental Saúde

Segurança, Defesa e Paz Bem-estar animal


Voluntariado Mundo do trabalho

4. Opções curriculares na implementação da EECE

A abordagem da Educação para a Cidadania adota um modelo composto, pois contempla as seguintes
situações de desenvolvimento:

 Integrada transversalmente no currículo disciplinar e multidisciplinar, em toda a escolaridade;


 Especificamente na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento no 3.º ciclo do ensino básico;
 Globalmente em projetos de escola, em toda a escolaridade.

Assim, a abordagem curricular da Educação para a Cidadania faz-se a dois níveis:

 Ao nível de cada turma.


 Ao nível global da escola.

3º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário


Cidadania e Desenvolvimento Disciplina autónoma Área de natureza interdisciplinar

Responsabilidade Docente da disciplina Preferencialmente o Diretor de Turma


Domínios a trabalhar e competências
Conselho de Turma Conselho de Turma
ao longo do ano
Enquadramento EECE EECE

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A escola, no âmbito da sua autonomia, definiu a metodologia a aplicar e os indicadores de impacto


nomeadamente na cultura escolar. Esta metodologia está alicerçada no respetivo processo de
autoavaliação da escola. Decorre, pois, que as opções da Estratégia de educação para a Cidadania procuram
estabelecer uma ligação com os órgãos de gestão e supervisão da escola. O projeto educativo é o
documento estruturante que orienta todo o percurso que encontramos nesta EECE.

4.1 Docente de Cidadania e Desenvolvimento

A disciplina de Cidadania e Desenvolvimento pode ser lecionada por um docente de qualquer grupo
disciplinar, sendo a sua atribuição da responsabilidade do Diretor, tendo em consideração o perfil do
professor, que deve:
 Saber identificar e ter respeito pelas diferenças culturais de alunos e da restante comunidade
educativa;
 Criar situações de aprendizagem para os alunos desenvolverem pensamento crítico, trabalho
colaborativo e resolução de problemas;
 Potenciar situações de aprendizagem em articulação com a comunidade;
 Ter experiência de coordenação de equipas e capacidade organizativa;
 Frequentar/ter frequentado ações de formação sobre Educação para a Cidadania;
 Possuir competências de trabalho em metodologia de projeto;
 Possuir competências de utilização de meios tecnológicos;
 Conseguir estabelecer e manter relações empáticas com os alunos;
 Sentir-se motivado para desempenhar a tarefa, sem imposição superior;
 Ser reconhecido pelo conselho de turma como o docente adequado à coordenação de CD da
respetiva turma.

4.2 Ao nível global da escola

A escola deve assentar as suas práticas em valores e princípios de cidadania, de forma a criar um clima
aberto e livre para a discussão ativa das decisões que afetam a vida de todos os membros da comunidade
escolar.
A diversidade de metodologias e de práticas pedagógicas adotadas na escola deve ser indutora à
aplicação em experiências reais de participação e de vivência da cidadania, de forma adequada a cada nível
de educação e ensino.

As aprendizagens na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento alicerçam-se no desenvolvimento de


competências cognitivas, pessoais, sociais e emocionais, ancoradas no currículo e desenvolvidas num ciclo
-antecipação- ndem através dos
desafios da vida real, indo para além da sala de aula e da escola, e tomando em consideração as
implicações das suas decisões e ações, tanto para o seu futuro individual como coletivo.

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4.3 Domínios a privilegiar

Os domínios a privilegiar na escola têm em conta a sua identidade e as competências, atitudes e


valores que se propõe desenvolver tal como se define no PE. O desenvolvimento de cada um destes
domínios é assegurado ao nível de cada turma na componente de Cidadania e Desenvolvimento e/ou nas
áreas curriculares das restantes disciplinas. É ainda assegurado de forma transversal em toda a escola
através dos clubes, projetos e atividades consagrados no Plano Anual de Atividades.

Na tabela abaixo são apresentados os domínios a privilegiar no agrupamento e a sua correspondência


ao PAA.

Clubes/Projetos/Estruturas Domínio Áreas de Competências

Clube de Saúde Escolar Saúde; Risco e Sexualidade Linguagem e textos


Informação e Comunicação
Eco Clube Desenvolvimento Sustentável; Educação Ambiental
Pensamento Crítico e Criativo
Oficina de Matemática Literacia Financeira e Educação para o Consumo Raciocínio e Resolução de
Desporto Escolar Igualdade de Género; Saúde Problemas
Saber Científico, Técnico e
Renda de Bilros Mundo do trabalho; Empreendedorismo
Tecnológico
Clube de Teatro Igualdade de Género; Interculturalidade Relacionamento Interpessoal

Equipa de Segurança Risco; Segurança Rodoviária; Segurança, Defesa e Paz Desenvolvimento Pessoal e
Autonomia
Biblioteca Escolar Todos
Bem-estar, Saúde e
Xadrez Interculturalidade; Igualdade de Género Ambiente
Sensibilidade Estética e
Astronomia Desenvolvimento Sustentável; Interculturalidade
Artística
Fotografia e Vídeo Todos Consciência e Domínio do
Saúde; Risco e Sexualidade; Desenvolvimento Corpo
Clube das Ciências
Sustentável; Educação Ambiental; Igualdade de Género

5. Articulação com o Perfil do Aluno à saída da Escolaridade Obrigatória

Todos os domínios a trabalhar na Cidadania e Desenvolvimento devem ser vistos como


intercomunicantes, tendo na base uma visão holística da pessoa.

A abordagem a estes domínios deverá privilegiar o contributo de cada um deles para o


desenvolvimento dos princípios, dos valores e das áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória, tal como inscrito no esquema concetual abaixo apresentado.

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A Cidadania não se aprende através de processos teóricos/retóricos, nem através de um ensino


expositivo/transmissivo. Reveste-se, assim, de especial importância que sejam valorizadas as
especificidades e realidades locais, em detrimento de abordagens de temáticas abstratas e
descontextualizadas da vida real, por forma a que a Cidadania seja interiorizada através de experiências
reais e processos vivenciais. Neste contexto, é fundamental definir:

Qual o desafio a lançar à turma?


Desafio Que experiência real de participação e de vivência de cidadania vamos organizar?

Que áreas de competência do Perfil do Aluno vamos desenvolver?


Perfil do
Aluno

Como vamos interligar e avaliar conhecimentos, práticas, ações e valores?


Avaliação

Que fóruns de discussão vamos promover numa lógica de cultura democrática de escola?
Fóruns de
discussão

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Aconselha-se, pois, que sejam seguidas as seguintes etapas:

Recolha Tratamento Produção Apresentação Discussão


Desafio de de de de de
informação informação Relatórios Resultados Resultados

6. Articulação com o Projeto Educativo/ Plano de Melhoria/ Autoavaliação

O Projeto Educativo da Escola Secundária José Régio orienta-se pelos três eixos recomendados, em
2008, pelo Documento do Fórum Educação para a Cidadania. Neste sentido, a atitude cívica individual, o
relacionamento interpessoal e o relacionamento social e intercultural são a abordagem que a escola propõe
para o desenvolvimento das aprendizagens e para a implementação da Estratégia da Cidadania e
Desenvolvimento. A Escola estabelece no seu Projeto Educativo um conjunto de objetivos que promovem o
desenvolvimento de atitudes de respeito pelo outro, pelo ambiente e pelo património. Desenvolve
mecanismos que asseguram a disciplina, a segurança e o bem-estar de toda a comunidade educativa.
Procura assegurar a formação cidadã, estabelecendo a priorização da cultura democrática e promovendo,
para o efeito, um conjunto de fóruns onde haja uma participação efetiva de toda a comunidade educativa.
Resulta ainda desta estratégia contribuir ativamente para a resolução de situações de carência e exclusão
social.

7. Equipa responsável pela EECE

Existe a recomendação de que a coordenação da Estratégia de Educação para a Cidadania na Escola


seja assegurada por um docente membro do Conselho Pedagógico. Este coordenador constitui o ponto
focal da escola com a Equipa Nacional de Educação para a Cidadania. Nesta escola, a equipa é constituída
por dois elementos, que em articulação com as diferentes estruturas pedagógicas colocam em prática a
EECE.

8. Identificação e tipo de articulação com os Stakeholders

Os projetos realizados na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, bem como outros a nível de


escola, devem estar articulados com a EECE, devendo ser desenvolvidos, sempre que possível, em parceria
com outras entidades.

A Biblioteca escolar, enquanto importante centro de recursos e de conhecimento interno à escola,


constitui uma estrutura de apoio privilegiada para o desenvolvimento de projetos, possibilitando também
a articulação com os diversos parceiros da comunidade.

A articulação com entidades externas à escola assume, no desenvolvimento de projetos, um papel


fundamental, uma vez que os alunos aprendem através de desafios da vida real, indo para além da sala de
aula e da escola, tomando consciência de que as suas decisões e ações contribuem não só para o seu
futuro individual, mas também para o futuro coletivo.

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Estas entidades parceiras poderão ser regionais e/ou nacionais, podendo dar-se como exemplo os
diversos órgãos de comunicação social e empresas do próprio distrito e de concelhos limítrofes
pertencentes a distritos diferentes, bem como ONG nacionais e até internacionais.

Contudo, a conceção e o desenvolvimento de projetos assentes nas necessidades, recursos e


potencialidades da comunidade a que pertencem possibilitam que os/as alunos/as, de forma
contextualizada e mais direta, desenvolvam experiências reais de participação e de vivência da cidadania.
Recomenda-se, pois, o desenvolvimento de projetos através de parcerias com as seguintes entidades:

Parceiros
Junta de Freguesia de Vila do Conde
Câmara Municipal de Vila do Conde
CPCJ de Vila do Conde
CLAS Conselho Local de Ação Social
MADI
CCV Centro de Ciência Viva
Cruz Vermelha
Bombeiros Voluntários de Vila do Conde
CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor
DECO
APAV
IPO/PORTO
Liga Portuguesa Contra o Cancro
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde
ARSN Administração Regional de Saúde
GNR
PSP
Polícia Marítima
ESMAD Escola Superior de Media Artes e Design
ESHT Escola Superior de Hotelaria e Turismo
Universidade Lusíada
Universidade Portucalense
Editora Santillana
Porto Editora
Amnistia Internacional
DECOJovem
UNICEF Portugal

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9. Aprendizagens esperadas

a) Conceção de cidadania ativa e não abstrata;


b) Identificação de competências essenciais de formação cidadã (Competências para uma Cultura
da Democracia);
c) Identificação de domínios essenciais (ex. Interculturalidade, direitos humanos, igualdade de
género, sustentabilidade, media, saúde).

Assim, na abordagem da Cidadania e Desenvolvimento propõe-se que se atenda aos três eixos que
foram recomendados, em 2008, pelo Documento do Fórum educação para a Cidadania:

Relacionamento
Interpessoal
- Comunicação
- Diálogo

Relacionamento Social
e Intercultural Atitude Cívica
- desenvolvimento humano
Individual
sustentável - Identidade cidadã
- Globalização e - Autonomia individual
interdependencia - Direitos humanos
- Paz e gestão de conflitos

10. Atividades/Operacionalização por ciclo de ensino

A Estratégia de Educação para a Cidadania de Escola prevê que o desenvolvimento das atividades seja
prolongado no tempo e de caráter anual/semestral ou outra. Assim, as atividades serão desenvolvidas de
acordo com os domínios definidos no ponto 4, sendo para o efeito elaborada, anualmente, uma
planificação geral que será anexada a este documento.

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11. Monitorização e avaliação da EECE

A avaliação deverá ser efetuada de forma contínua e sistemática, adaptada às atividades e aos
contextos em que ocorre. Assim, as formas de recolha de informação deverão ser diversificadas devendo
valorizar-se o desenvolvimento de projetos transdisciplinares. A avaliação da implementação da Estratégia
de Educação para a Cidadania de Escola será feita por todos os intervenientes:

 Professor Cidadania e Desenvolvimento no 3º Ciclo entrega à Direção de relatório final dos


resultados da articulação com os docentes e com o Coordenador;
 Diretores de Turma do Ensino Secundário entregam à Direção de relatório final de
implementação, no qual devem estar refletidos os resultados da avaliação da implementação
indicados pelos alunos, Encarregados de Educação e pelos professores da turma;
 Professores da turma preenchimento de ficha de avaliação da implementação do projeto a
entregar ao Diretor de Turma;
 Alunos da turma - preenchimento de ficha de avaliação da implementação do projeto a entregar
ao Diretor de Turma/Professor da disciplina de CD;
 Encarregados de Educação - preenchimento de ficha de avaliação da implementação do projeto a
entregar ao Diretor de Turma;
 Conselho de Turma definição de estratégias e temas a implementar no ano seguinte /
identificação dos alunos com melhor desempenho na área da Cidadania;
 Coordenador da Educação para a Cidadania avaliação da articulação da Estratégia de Educação
para a Cidadania de Escola com o Plano Anual de Atividades e com o Projeto Educativo de Escola;
avaliação do impacto das ações desenvolvidas das metas no cumprimento do Projeto Educativo de
Escola, ambos na forma de relatório a entregar no final do ano à Direção;

 Reuniões com os diferentes órgãos da escola e estruturas intermédias;

 Ações de formação para todos os docentes na área da cidadania.

12. Divulgação de boas práticas

A página da Escola, meios audiovisuais (rede de áudio/vídeo Regimage, rádio da escola), Biblioteca
Escolar e boletins informativos deverão ser os veículos prioritários de divulgação das boas práticas junto da
comunidade escolar, podendo também ser feita essa divulgação através dos jornais locais.

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