Bulling Na Intenet
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EXPRESSAR O ÓDIO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 SOBRE REDES SOCIAIS
Vamos falar um pouco sobre o que alguns sociólogos falam sobre redes
sociais.
O primeiro sociólogo que vamos falar é sobre Emile Durkheim. O autor fala
solidariedade social. As relações que ligam todos em uma sociedade tendem,
absolutamente, de acordo com o conhecimento coletivo de todos. Esse conhecimento,
para o autor, é responsável por valores morais e sentimentos sociais, mais ainda:
apresenta aquilo que precisamos como certo ou errado. A expressão aumentada das
redes sociais força essa dualidade entre sim e não. O negativo, mais do que nunca,
vem como algo ruim, inferior, capaz de destruir valores. Claramente que algumas
mentiras terminam em processos na justiça, mas muita coisa continua impune.
A internet, com a variedade de veículos sociais que envolve, é o meio ideal
para a maioria de princípios, ideias e valores. O problema reside na incapacidade que
precisamos de compreender os efeitos e manter a razão. Afinal, a perfeição é uma
avaliação inatingível para o ser humano.
O segundo sociólogo que vamos falar é sobre Manuel Castells. O autor
Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol, na sua obra "Sociedade em rede", a
internet se apresenta como principal agente de impactos sociais pelo seu forte papel
influente.
Nesse contexto, busca-se entender o crescimento das chamadas "Fake-
News" - notícias falsas - viralizadas nas redes sociais devido a negligência dos
indivíduos em difundirem informações sem bases confiáveis, ferindo a integridade de
muitos, contribuindo para os crimes cibernéticos. Desse modo, nota-se a forte atuação
desses boatos na contemporaniedade.
Em primeira análise, o avanço da tecnologia e a globalização são
determinantes na rápida disseminação de informações, que, quando produzidas com
perversidade, como calúnias e mentiras, afetam a integridade da vítima. Dessa
maneira, retomando as ideias de Castells, as notícias se espalham pela rede, fazendo
com que a vítima seja difamada e desprezada pela sociedade. Com isso, destaca-se
que, pela falta de conhecimento, os usuários de rede tem sido verdadeiras
"marionetes".
Ainda nesse contexto, nota-se o rápido giro das informações, sendo
efêmeras e líquidas. Dessa forma, isso por ser embasado segundo a obra
"Modernidade Líquida" do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, no qual retrata o
mundo líquido moderno, onde tudo se esvai tão rapidamente. Nesse sentido, esse
ideal de Bauman dá consistência no aumento das "Fake News" a partir de que os
indivíduos não buscam informações mais sólidas e concretas.
Logo, enfatiza-se a negligência da própria população na proliferação das
mentiras na rede, sendo necessário medidas para resolver os entraves. Assim, urge
que o Estado, nos âmbitos legislativo e executivo, reforce as leis vigentes quanto aos
crimes cibernéticos, aumentando as punições aos propagadores das falsas
mensagens. Ademais, poderia criar, através de investimentos da Receita Federal, um
órgão exclusivo para controlar os falsos boatos. Com isso, seriam enxutos os perigos
propiciados pela Fake News.
O terceiro sociólogo Zygmunt Bauman, que analisou o mundo
contemporâneo de uma forma rígida. Um dos temas que ocupou seus pensamentos
mais recentes é a Internet e as redes sociais. Ele não vê grandes virtudes nessas
coisas. Pelo contrário, as define como armadilhas contemporâneas, nas quais as
pessoas caem e se sentem satisfeitas. “O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg,
ganhou bilhões com sua empresa focando nosso medo da solidão. Isso é o
Facebook”. Na verdade, não se refere apenas ao Facebook, mas a todas as redes
sociais.
O sociólogo enfatizou que o grande mérito de Mark Zuckerberg foi perceber
até onde chega o desejo humano de não estar sozinho. Em uma rede social, a solidão
aparentemente não existe. Nas 24 horas do dia e nos 7 dias por semana há alguém
“lá”, disposto a ler qualquer uma das nossas preocupações e a reforçar o fato de
compartilhá-la, dar um “like” solitário.
As pessoas agora parecem dispostas a fazer parte de conversas totalmente
inconsequentes, tudo para ficarem “conectadas”. Já não passam mais os dias
acompanhadas por pessoas. Em seu dia a dia, o parceiro é um computador ou um
smartphone. Para ele, são forças devastadoras às quais quase ninguém pode resistir.
Têm um impressionante poder de congregação. Nunca antes na história havia existido
algo assim.
No entanto, Zygmunt Bauman pensa que antes também não havia tanta
comunicação que não conduzia a diálogo, que não dava frutos. Zygmunt Bauman diz
que, no Facebook e redes sociais similares, o que as pessoas fazem é uma espécie
de eco. Ouve-se apenas o que se quer ouvir. Fala-se apenas para aqueles que
pensam o mesmo. As redes, então, são como uma imensa casa de espelhos.
Permitem encontro, mas não diálogo. As redes sociais convidam você a se expor, a
mostrar e demonstrar. Claro, escolhemos apenas os momentos mais apresentáveis
para mostrar. Somos pequenos ditadores no reino da nossa conta. Nós decidimos
quem está e quem não está.
As ausências e as presenças não acabam nos afetando completamente.
O “eu” ocupa um lugar decisivo nas redes sociais. Sem percebermos, nos tornamos
dependentes dessa exposição pública nas redes. Queremos ser identificados e
reconhecidos de uma certa maneira, e até podemos ficar frustrados se não
conseguirmos. Zygmunt Bauman vê nas redes sociais uma armadilha para o ser
humano. Ele acha que esse tipo de espaço tem um impacto decisivo no que ele chama
de “cultura líquida“. Nela prevalecem os vínculos humanos precários.
Amores sem rosto e sem compromisso. Ondas de sentimentos e ideias de
hoje que amanhã desaparecem. Pessoas que continuam entretidas, enquanto o
poder, político e econômico, as controla cada vez mais e melhor.