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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TRE-RJ

AJAJ e AJAA
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

AULA 04
JUIZ, AUXILIARES DA
JUSTIÇA, MINISTÉRIO
PÚBLICO, DEFENSORIA
PÚBLICA E ADVOCACIA
PÚBLICA

Sumário
1 - Considerações Iniciais....................................................... ... .... ................................ 2
2 - Juiz e Auxiliares da Justiça ........................................... ... ..... .................................... 2
2.1 - Poderes, Deveres e Responsabilidade Juiz ............... .. ... ........................................ 3
2.2 - Impedimentos e da Suspeição ............................. ... ........................................... 11
2.3 - Auxiliares da justiça .......................................... .............................................. 20
3 - Ministério Público ........................................... .. . ................................................... 43
4 - Advocacia Pública ....................................... .... ........................................................ 45
5 - Defensoria Pública ................................. ... .............................................................. 46
6 - Questões.......................................... .. . ................................................................. 48
6.1 - Questões sem Comentários ..... ... ..................................................................... 48
6.2 - Gabarito .............................. ............................................................................ 61
6.3 - Questões com Comentários .... ............................................................................ 62
6.4 - Lista de Questões de Au a .. ................................................................................ 89
7 - Destaques da legislação .. ......................................................................................... 91
8 - Súmulas e jurisprudência correlatos ........................................................................... 94
9 - Resumo ............... .... ............................................................................................. 95
10 - Considerações Finais............................................................................................. 102

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JUIZ, AUXILIARES DA JUSTIÇA, MINISTÉRIO PÚBLICO,


DEFENSORIA PÚBLICA E ADVOCACIA PÚBLICA
1 - Considerações Iniciais
Em continuidade com os estudos em Direito Processual Civil, vamos continuar a
tratar nessa aula dos “sujeitos do processo”. Contudo, o conteúdo de hoje será
bem menos extenso e complexo do que o anterior.
Na última aula nos ocupamos das partes e dos procuradores, os sujeitos parciais
do processo. Hoje, praticamente toda a aula será voltada para análise dos
sujeitos imparciais, os juízes e os auxiliares da Justiça.
Paralelamente, vamos dar atenção a algumas regras do NCPC que dispõem das
funções e prerrogativas do Ministério Público, da Advocacia Pública e da

s
Defensoria. Estes também são sujeitos parciais do processo, porém, em razão de

do
estarem atrelados à institucionalização estatal, recebem tratamento distinto na
legislação processual.
Bons estudos!

2 - Juiz e Auxiliares da Justiça


Vamos começar nosso estudo pela figura do juiz. Basicamente, as decisões são
tomadas ou por juízes monocráticos ou por colegiados, que é característico de
instâncias recursais. Acerca da autuação do magistrado, a doutrina1 leciona:
r

O juiz está no mesmo nível das partes na condução da causa, tendo ele mesmo de observar
e

o contraditório como regra de conduta, alocando-se em uma posição acima das partes
apenas quando impõe a sua decisão. O juiz do processo civil contemporâneo é paritário do
rs

diálogo assimétrico na decisão da causa. É um juiz que tem sua atuação pautada pela regra
da cooperação.

Para o exercício de suas funções, o magistrado detém uma série de deveres e de


c

responsabilidades e, paralelamente, dispõe de um conjunto de poderes, os quais


on

estão definidos na CF e na legislação infraconstitucional.


A CF estabelece as denominadas garantias da magistratura, quais sejam:

1
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, atual. e ampl., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p.
272.

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impedimento para que transacionem sobre ponto eventualmente não abordado


na petição inicial.
Sigamos!
Muita atenção à regra do inc. VI. Esse dispositivo trata de
dois assuntos:
 possibilidade de dilatar prazos; e
 flexibilizar procedimentos.
O Direito Processual Civil tem por finalidade viabilizar o gozo dos direitos
materiais. Em face disso, temos um sistema processual que visa entregar a tutela
jurisdicional aos conflitos de interesses havidos em sociedade.
De acordo com a doutrina, por mais atualizado e dinâmico que o legislador seja,
ele não tem condições de permanecer totalmente adaptado às situações novas e

os
complexas que surgem na sociedade. Em razão disso, o sistema processual não
poderá, por intermédio de suas regras, dar conta de todas as necessidades
práticas do foro.
Por conta disso, o inc. VI estabelece um sistema de flexibilização procedimental.
Fala-se que essa flexibilização procedimental é:
n
 legal – pois há um dispositivo legal que permite a flexibilização;
 genérica – pois atribui um dever geral ao magistrado de flexibilizar o procedimento; e
 mitigada – trata de flexibilização limitada conforme a necessidade do caso prático de
ampliar os prazos e de inverter a ordem de produção de provas.
r

Veja:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,
s

adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do


direito;

Importante destacar ainda que, em relação à ampliação de prazos, ela deverá


observar dois parâmetros:
on

 Não poderá ser reduzido determinado prazo processual. Note que o dispositivo fala
apenas em ampliação; e
 Somente é possível a ampliação do prazo antes de escoado.

Nesse sentido, veja o parágrafo único, do art. 139:


Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada
ANTES de encerrado o prazo regular.

De acordo com a doutrina, em vista dessa alteração, não há mais que se falar
em prazos peremptórios ou dilatórios. Não temos mais prazos peremptórios
no processo civil.
Vamos em frente!
No inc. VII, temos o exercício do poder de polícia pelo magistrado na condução
do processo. Veja:
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da
segurança interna dos fóruns e tribunais;

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Acerca dos poderes, deveres, atos e responsabilidade do juiz, julgue o item subsecutivo
Responderá por perdas e danos o juiz quando, no exercício de suas funções, agir com culpa,
prejudicando a rápida solução do litígio.

A assertiva está incorreta, pois a responsabilidade será civil e regressiva se agir


com dolo ou fraude, havendo se falar em condição por culpa, tal como prevê o
art. 143, I, do NCPC. Cuidado com questões literais.
(RJ/Analista Judiciário - Execução de Mandados/2012)
O juiz responderá por perdas e danos quando
a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício,
ou a requerimento da parte.
b) sua sentença for alterada pelos tribunais.
c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer processo.
d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias.
e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exerc cio de suas funções.

A alternativa A é a correta e gabarito da questão, pois está de acordo com o

d
art. 143, II, do NCPC. Lembre-se de que, nesse caso, quando houver

ni
requerimento, o magistrado tem prazo de 10 dias para apreciar o requerido,
antes de configurar a hipótese.

2.2 - Impedimentos e da Suspeição


s
ro

A imparcialidade é pressuposto para o exercício da atividade jurisdicional. Embora


não seja explícita na CF, trata-se de regra extraída do sistema processual. A
evidência dessa regra está nos dispositivos que estudaremos neste momento,
se

quando trataremos do impedimento e da suspeição.


O rol de situações que ensejam impedimentos consta do art. 144, do NCPC, e é
muito semelhante ao rol que tínhamos no CPC73. Temos, entretanto, dois incisos
u

específicos que foram acrescidos, o inc. VIII e IX.


Leia com atenção:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
co

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou


como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica
parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das
partes;

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VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

Vamos fazer destaques das situações mais relevantes de impedimento:


 O Juiz está impedido de atuar em quatro situações:
1) Processos que tenha intervindo como mandatário da parte;
2) Processos em que atuou como perito;
3) Processos em que atuou como membro do Ministério Público; e
4) Processos que prestou depoimento como testemunha.
 O juiz está impedido de atuar caso já tenha decidido sobre o mesmo processo em outra
jurisdição.
É o caso, por exemplo, de o magistrado ter julgado o processo em primeira instância e,

d
após a promoção, participar do julgamento na qualidade de membro do Tribunal.
 O juiz está impedido de atuar no processo quando o advogado, o defensor público ou o
un
membro do MP for seu cônjuge/companheiro ou parente até 3º grau.
Em relação a essa hipótese, o impedimento somente restará caracterizado quando o
advogado, o defensor ou o membro do MP já atuasse no processo antes de o magistrado
s
ser definido para a causa. Se não tivéssemos essas regras, haveria a possibilidade de o
procurador ingressar no processo para causar o impedimento, o que é vedado. Portanto,
iro

essa hipótese apenas será aplicável no caso de o processo já estar em trâmite com aquele
advogado, defensor ou membro do Ministério Público e ocorrer a modificação do
magistrado na causa.
Além disso, o impedimento pode á se caracterizar quando o advogado, ainda que não atue
rs

diretamente no processo, integre escritório na condição de cônjuge/companheiro ou


parente até 3º grau.
 O juiz está impedido de atuar no processo que o cônjuge/companheiro ou parente até
3º grau seja parte.
 O juiz está impedido de atuar no processo quando for sócio ou membro de direção ou
administração de pessoa jurídica parte no processo;
 O juiz está impedido de atuar no processo quando for herdeiro presuntivo, donatário ou
c

empregador da parte.
 O juiz está impedido de atuar no processo em que a parte for instituição de ensino para
o qual o magistrado atue.
 O juiz está impedido de atuar em processo em que o advogado da parte seja
cônjuge/companheiro ou parente até 3º grau (ainda que não atue no processo, mas seja
do mesmo escritório).
 O juiz está impedido de atuar em processo quando promover ação contra a parte ou
contra o advogado da parte.

Confira os §§ do dispositivo já analisados acima.


§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o
advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz.

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§ 2o É VEDADA a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do


juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido
a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que
individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente
no processo.

Confira como o assunto foi explorado em prova de concurso:

(TRE-RS/AJAA/2015 – adaptada ao NCPC)


Com relação ao papel do Ministério Público, dos órgãos e dos auxiliares da justiça, em cada
uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
Valdo ajuizou ação contra Amarildo, que é primo legítimo do juiz da causa. Nessa situação,

o
o juiz ficará impedido de atuar no processo e, caso ele viole o dever de abstenção, a sua
atuação provocará a nulidade do processo.

A assertiva está incorreta, pois o primo é parente de quarto grau e não implica

terceiro grau.
(MPE-PE/Técnico Ministerial/2012 -adaptada)
n
a regra do art. 144, I, do NCPC, que se limita ao impedimento ao parente de
s
Melissa é juíza de direito da X Vara Cível da Comarca Y do Estado de Pernambuco. Melissa
ro

faz parte de uma família de operadores do Direito Seu avô, irmão, cunhada e sobrinha são
advogados militantes. De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, é defeso à
Melissa exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário, quando nele estiver
ei

postulando como advogado da parte apenas seu


a) avô e irmão, tratando-se de hipótese de impedimento.
r

b) avô, irmão e cunhada, tratando-se de hipótese de suspeição.


c) avô, irmão, cunhada e sobrinha, tratando-se de hipótese de impedimento.
nc

d) avô e irmão, tratando-se de hipótese de suspeição.


e) avô, tratando-se de hipótese de suspeição.
co

Trata-se de hipótese de impedimento que abrange todos os parentes


consanguíneos ou afins, portanto, abrange o avô (parente consanguíneo), o
irmão e a sobrinha (parentes colaterais de 2º e 3º graus) e a cunhada, que é
parente de 2º grau colateral.
Sigamos!
Quanto às hipóteses de suspeição, temos o art. 145, do NCPC. Leia com atenção:
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou
depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto
da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

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Tanto a parte, ao suscitar o incidente, quanto o magistrado, ao contestá-lo,


devem apresentar seus argumentos, fundamentar suas alegações e apresentar
provas (documentais e orais).
O relator do processo no tribunal irá, primeiramente, analisar com que efeitos o
incidente irá tramitar. Se entender pelo efeito suspensivo, o processo originário
ficará suspenso e eventuais decisões de urgência ficarão sob o encargo do juiz
substituto.
No caso de julgamento negativo do incidente, o processo originário retomará o
curso normal. No caso de julgamento positivo do incidente, podemos ter algumas
consequências:
a) condenação do magistrado nas custas;
b) remessa do processo ao substituto legal;
c) constará do acórdão o momento a partir do qual o juiz não poderia ter

o
atuado no processo, com decreto de nulidade dos atos praticados e eivados
de vício.
Confira:
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte
alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do
processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em
que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
s
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz
ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário,
ir

determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias,


apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se
se

houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal.


§ 2o Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se
o incidente for recebido:
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr;
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
on

§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este
for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto
legal.
§ 4o Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o
tribunal rejeitá-la-á.
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o
tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal,
podendo o juiz recorrer da decisão.
§ 6o Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do
qual o juiz não poderia ter atuado.
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o
motivo de impedimento ou de suspeição.

Ainda em relação a esse dispositivo é importante que façamos uma observação.


O prazo de 15 dias, em princípio, aplica-se a toda e qualquer hipótese de violação
da imparcialidade. Assim, deve ser observado para alegações de suspeição, como
para alegações de impedimento.

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Desse modo, se a parte tiver ciência em determinado momento do impedimento,


terá 15 dias para suscitar o incidente. Contudo, dada a natureza dessa nulidade,
o entendimento amplamente majoritário é no sentido de que o impedimento pode
ser suscitado a qualquer momento no processo. Desse modo, não obstante a
previsão do prazo, não há preclusão lógica se a parte arguir o impedimento após.
Para facilitar a compreensão do procedimento, vejamos, em forma de esquema,
a sucessão de atos:

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Na sequência do nosso estudo, vamos analisar o art. 147, do NCPC, que aborda
uma situação específica. Esse dispositivo prevê que, na situação de remessa para
o substituto legal, o envio do processo não poderá ocorrer para juiz que seja
cônjuge, companheiro ou parente até 3º grau do magistrado declarado impedido
ou suspeito.
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do
processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo
os autos ao seu substituto legal.

Para finalizar, as hipóteses de impedimento e de suspeição estudadas acima são


aplicáveis aos membros do Ministério Público, aos auxiliares da justiça e aos
demais sujeitos imparciais do processo por força do que prevê o art. 148, do
NCPC:
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

Pergunta-se: u
E o procedimento, é o mesmo? Não, temos algumas regras específicas, que
estão arroladas nos §§ abaixo citados. Embora os procedimentos sejam
semelhantes, atente-se para o seguinte:
 A parte deve alegar a suspeição na pr meira oportunidade que tiver para se manifestar
nos autos.
 O incidente será processado em sepa ado e sem suspensão do processo.
e

 Ouve-se o arguido no prazo de 15 dias e o procedimento é encaminhado ao Tribunal,


rs

que observará o procedimento estabelecido no regimento interno de cada tribunal.

Veja:
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição
fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber
n

falar nos autos.


§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do
c

processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção


de prova, quando necessária.
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada pelo regimento interno.
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o NÃO se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição
de testemunha.

Para a prova...

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II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar


todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-
lo;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, NÃO permitindo que saiam
do cartório, EXCETO:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, INDEPENDENTEMENTE
de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;
VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
§ 1o O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição prevista no inciso VI.
§ 2o No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o uiz convocará substituto e, não
o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.

É muito importante que conheçamos bem essas atribuições.

n
 Redação de ofícios, de mandados, de cartas precatórias e demais atos.
Note que esse dispositivo possui redação aberta, de forma que o escrivão poderá
s
redigir documentos oficiais em geral, a exemplo de ofícios, mandados e cartas
precatórias.
Efetivar as ordens judiciais.
se

A obrigação direta de efetivar as ordens judiciais é do chefe de cartório que


contará com a colaboração dos oficiais de justiça. Assim, expedida uma ordem
citatória ou intimatória, cumpre ao chefe de cartório avaliar a forma de realização
ur

(pela inserção em diário, pelos Correios ou por oficial), expedir o respectivo


mandato para que seja cumprida. De toda forma, a responsabilidade por
nc

controlar a efetivação das ordens judiciais é do chefe de secretaria.


Atuar nas audiências.
co

Na realização das audiências é necessário que o ato processual seja


acompanhado de auxiliar para redação das atas, conferência de documentos,
pregão das partes e testemunhas (chamado), entre outros atos. Todos esses
procedimentos serão realizados pelo chefe de secretaria, contudo, com a
possibilidade de que seja delegado a outro servidor auxiliar.
 Guarda e responsabilidade dos autos dos processos.
Aqui temos uma atribuição que sofre mitigações, as quais devemos saber. Por
questões de lógica, a compreensão das exceções à guarda dos autos em cartório
sob a responsabilidade do chefe de cartório é fácil.
São exceções à guarda dos autos:
a) conclusão (com o juiz para despacho, decisão ou julgamento);

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b) vistas (advogado, defensor público, membro do Ministério Público ou


Fazenda Pública);
c) remessa ao contador ou repartidor; e
d) remessa a outro juízo por modificação da competência.
 Fornecimento de certidões.
O fornecimento de certidões independe de despacho do juiz autorizando a
confecção do documento. Além disso, de acordo com o que consta do inc. V, não
é necessário despacho nem mesmo para emissão de certidões relativas a
processos que tramitem em segredo de justiça. Contudo, é imposto ao chefe de
secretaria o dever de observar o sigilo para não emitir certidão fora dos
parâmetros legais definidos para esses casos.
Prática de atos meramente ordinatórios.
Novamente temos uma hipótese aberta. A prática de atos ordinatórios é, contudo,

o
mais ampla e remete à ideia de que todos os atos que não tiverem conteúdo

id
decisório podem ser praticados pelo chefe de secretaria.
A finalidade desse dispositivo é desconcentrar as atividades das mãos dos
magistrados, de forma que o processo tenha maior fluidez.
Entre os exemplos de atos ordinatórios cita-se a fixação da forma de citação, que
está escrita na norma legal, basta aplicá-la. Assim, basta que o juiz determine o
os

“cite-se”, para que o chefe de secretaria o faça diretamente. Outros exemplos:


vistas à parte em razão a interposição de recurso, abertura de novo volume em
processo físico.
Importante registrar que o §1º, acima citado, está em consonância com o art.
s

93, XIV, da CF. O dispositivo constitucional determina que os servidores irão


receber delegação do magistrado para que possam praticar atos de mero
ur

expediente. Podemos compreender que esses atos de mero expediente são, em


verdade, atos ordinatórios.

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Essa hipótese é ampla o suficiente para abranger as atribuições do oficial. Entre


as atribuições temos as citações, as prisões, as penhoras, os arrestos (todos do
inc. I), as avaliações (inc. V) e outras atribuições que possam ser determinadas
pelo magistrado (inc. II).
Confira como o assunto foi explorado em prova de concurso:

(TRE-RS/AJAA/2015 – adaptada ao NCPC)


Com relação ao papel do Ministério Público, dos órgãos e dos auxiliares da justiça, em cada
uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
Bruno ajuizou ação contra Germano perante o juízo cível da comarca de Porto Alegre – RS.

s
Nesse caso, após a determinação judicial de citação, cabe ao oficial de justiça executar tal
ordem e expedir o mandado citatório, para que o escrivão cumpra pessoalmente o
respectivo mandado.

A assertiva está incorreta. Há uma inversão da regra! Quem prepara o mandado


é o escrivão, o servidor da secretaria, da vara ou da unidade judiciária, para
cumprimento pelo oficial de justiça.
Sigamos!
n
s
 Auxiliar no exercício do poder de polícia pelo magistrado.
io

Compete ao juiz manter a ordem no fórum e, caso necessário, poderá requisitar


auxílio do oficial de justiça para mantê-la.
se

Certificar proposta de conciliação.


Essa hipótese é bem compreendida com uma situação: Ao efetuar, por exemplo,
ur

a citação do réu, poderá a parte afirmar que pretende um acordo com vistas à
quitação da dívida. Diante disso, o oficial de Justiça deverá proceder o registro
nc

da informação em ata com detalhamento da proposta a fim de que o magistrado


possa intimar a parte interessada para que se manifeste quanto à viabilidade do
acordo.
Assim, para a prova ..
c

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Parágrafo único. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados,


sem prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato atentatório à
dignidade da justiça.

Vamos tratar um pouco mais do parágrafo único, que aborda a figura do


depositário infiel. Tal modalidade surge sempre que o depositário perder ou
avariar totalmente o bem sob sua responsabilidade.
O dispositivo acima prevê que o depositário infiel:
 responderá civilmente pelos prejuízos causados;
 responderá penalmente se houver enquadramento legal, mas não poderá ser preso
civilmente; e
 sofrerá sanção por ato atentatório à dignidade da justiça, previsto no art. 77, do NCPC.

A Constituição Federal trata do tema explicitamente e prevê, dentre seus direitos,


que não poderá haver prisão por dívidas, exceto no caso de inadimplemento de

s
obrigação alimentar. A proibição do depositário infiel decorre da internalização da

do
Convenção Interamericana de Direitos Humanos, também conhecida como Pacto
San José da Costa Rica. Na época da internalização desse documento, o Brasil
ainda adotava a prisão civil do depositário infiel. Veja:
un
LXVII - Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.

Apesar dessa previsão Constitucional, a Convenção Americana sobre Direitos


s
Humanos trouxe a impossibilidade de prisão civil do depositário infiel. Por
iro

se tratar de um documento internalizado com quórum de norma


infraconstitucional, o STF, adotando novo entendimento a respeito do assunto,
afirmou que o Pacto de San José da Costa Rica possui natureza de norma
supralegal.
Em decorrência disso, não é possível que uma lei ordinária preveja, ou melhor,
ur

regulamente o dispositivo constante do art. 5º, LXVII, da Constituição Federal,


que permite a prisão do depositário infiel. Perceba que, nos termos do art. 5º,
nc

está previsto que a restrição à liberdade somente poderá ocorrer na forma da lei.
Como o dispositivo depende de lei infraconstitucional para regulamentá-lo, mas
o Pacto de San José da Costa Rica veda tal regulamentação, torna-se impossível,
co

juridicamente, a instituição da prisão civil do depositário infiel no âmbito do


direito interno brasileiro.
Resumindo esse entendimento, o STF editou a Súmula Vinculante 25 nos
seguintes termos:
Súmula Vinculante 25.
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

Embora não seja permitida a prisão, isso não impede que o depositário sofra
processo crime por apropriação indébita, por peculato ou por fraude à execução.
Inclusive, se configurados os crimes acima na forma prevista na legislação penal,
haverá a possibilidade de prisão. O importante é não confundir essa prisão, em
decorrência de processo criminal, com a prisão civil, que está obstaculizada.
Portanto:

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 O princípio da oralidade impõe que os trabalhos se deem preferencialmente na forma


verbal, até mesmo como forma de prestigiar a celeridade.
 O princípio da informalidade revela a real intenção desses institutos, quais sejam, a
resolução autônoma do conflito, de modo que as partes não ficam presas a regras e a
procedimentos formais. É justamente em decorrência da informalidade que as partes
podem dispor sobre o procedimento, fixando as regras que entenderem convenientes para
aquela autocomposição.
 O princípio da decisão informada pressupõe a suficiente e prévia informação das
consequências decorrentes do acordo firmado, seja em sede de conciliação ou de
mediação.
Um acordo envolve uma série de informações que devem ser manejadas até que seja
aceito. É preciso que o consentimento seja informado, ou seja, que as partes conheçam
claramente as condições e as consequências do acordo. O consentimento que encerra a
mediação e a conciliação tem que viabilizar uma quantidade de informações que permita
que a parte decida com tranquilidade.

Agora, leia o dispositivo:


Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência,

d
da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da
informalidade e da decisão informada.
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do
procedimento, cujo teor NÃO poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto
por expressa deliberação das partes.
u
§ 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador,
s
assim como os membros de suas equipes, NÃO poderão divulgar ou depor acerca de fatos
iro

ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.


§ 3o Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar ambiente
favorável à autocomposição.
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos
rs

interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais.

Não temos maiores restrições quanto à possibilidade do cadastramento e à


escolha do conciliador ou do mediador. A regra é a liberdade. Contudo, o NCPC
c

estabelece algumas hipóteses de impedimento.


on

Primeiro, devemos saber que as regras previstas nos arts. 144 e 145, do NCPC,
se aplicam aos conciliadores e aos mediadores.
Segundo, uma vez escolhido como conciliador ou mediador para atuar em
determinado processo, a pessoa não poderá ser selecionada para atuar como
assessor, representante ou advogado de alguma das partes envolvidas por, pelo
menos, um ano.
Confira:
Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo PRAZO DE 1 (UM) ANO,
contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar,
representar ou patrocinar qualquer das partes.

Ademais, é relevante analisar, desde já, o art. 173, do NCPC, que arrola as
situações que geram a exclusão – que terá caráter definitivo – de
conciliadores e de mediadores dos cadastros.
Confira as hipóteses:

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§ 2o Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas que deverão


ser suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e mediação, com o fim de atender
aos processos em que deferida gratuidade da justiça, como contrapartida de seu
credenciamento.

Vimos até o presente a distinção entre conciliador e mediador, as regras de


suspeição, de impedimento e a exclusão da função. É importante definir quem
poderá ou será escolhido para atuar como conciliador ou mediador.
Como vimos acima, vige o princípio da autonomia vontade, pelo que,
primeiramente, as partes podem decidir se irão submeter à autocomposição nas
formas extrajudiciais, segundo regramentos específicos. Isso vem expresso no
parágrafo único do art. 175, do NCPC, que será citado mais adiante.
Para fins do nosso estudo, é relevante tratar da conciliação e da mediação
desenvolvida perante o Poder Judiciário. Nesse caso, a definição das pessoas que
irão atuar ocorre de três formas:
1ª – conciliadores e mediadores cadastrados perante o Poder Judiciário;
O CPC cria o dever de os Tribunais (TJs e TRFs) criarem centros judiciários de solução

d
judicial de conflitos, órgãos do tribunal, do Poder Judiciário. Esses órgãos deverão ser

ni
criados, cabendo a cada tribunal definir a composição e a organização destes centros, a
partir de diretrizes estabelecidas na lei, e que já estavam estabelecidas na Resolução CNJ
125.
Esses centros terão duas competências: 1) realizar as audiências de mediação e
conciliação; e 2) desenvolver políticas públicas, auxiliando, orientando e pesquisando a
conciliação.
As causas serão distribuídas de maneira alternada e aleatória, para que haja uma divisão
r

interna de serviço e se evite o direcionamento da distribuição. É certo que as partes podem


ei

escolher o conciliador ou mediador de maneira consensual, mas se não forem escolhidos,


seguirão a regra de distribuição.
Sempre que for recomendável, é possível que seja designado mais de um mediador e
conciliador para a mesma causa, quando o conflito exigir mais de uma especialidade.
u

2ª – câmaras privadas de conciliação e de mediação.


Nessa hipótese, temos pessoas particulares atuando como auxiliares da justiça. Prevê o
on

art. 167, do NCPC que esses conciliadores e mediadores (ainda que vinculados a uma
câmara privada) devem possuir capacitação mínima junto a entidade credenciada antes
de requerer o cadastro.
Haverá dois cadastros, um nacional e outro fixado pelo tribunal. Nesses cadastros é preciso
que se indique qual a área de especialidade da conciliação e da mediação, (especialista
em acidente de trânsito, em família etc.). Além disso, deverá conter dados relevantes do
conciliador e do mediador. Ou seja, trata-se de um histórico do mediador e do conciliador,
em que, na medida em que forem atuando, os casos sejam registrados no prontuário, de
modo a ser possível aferir eventual impedimento.
Os dados colhidos serão classificados sistematicamente pelo Tribunal, que os tornarão, ao
menos anualmente, públicos.
O Código deixa claro que a Mediação e a Conciliação podem ser realizadas com Câmaras
Privadas de Conciliação e Mediação, desde que as partes as escolham e que tenham
convênio com o Tribunal.
As partes também podem escolher o Mediador e o Conciliador, nesse caso eles não
precisarão estar cadastrados no Tribunal. Entretanto, uma vez escolhidos, eles entrarão
no cadastro. Em suma, as partes podem eleger uma terceira pessoa que não esteja no rol

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cadastrado no Tribunal, contudo, após a escolha, este deverá compor o cadastro, até para
viabilizar o controle público.
3ª – formação de quadro de servidores (conciliadores e mediadores) por concurso
público.
A realização de concurso público específico para esse fim constitui uma opção do órgão,
que poderá decidir pela conveniência de criar quadro próprio.

De toda forma, cabe à parte decidir qual das formas se valerá para a composição.
A fim de auxiliar as partes em tal decisão, prevê o NCPC que serão divulgadas –
pelo menos uma vez por ano – informações relativas ao quadro de conciliadores
e mediadores. Entre as informações divulgadas temos o número de processos
que o conciliador ou mediador atuou, bem como o desempenho e as matérias
que tem atuado.
Confira o art. 167, do NCPC:
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação
serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de

o
tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com
indicação de sua área profissional.
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por

n
entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de
Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o
respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no
cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.
s
§ 2o Efetivado o registro, que PODERÁ ser precedido de concurso público, o tribunal
iro

remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o


conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar da
respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado o princípio
se

da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.


§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores
constarão todos os dados relevantes para a sua atuação, tais como o número de
ur

processos de que participou, o sucesso ou insucesso da atividade, a matéria sobre a qual


versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal julgar relevantes.
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados sistematicamente pelo tribunal,
on

que os publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da população e para


fins estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, das câmaras privadas
de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos mediadores.
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados,
estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas
funções.
§ 6o O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e mediadores,
a ser preenchido por concurso público de provas e títulos, observadas as disposições deste
Capítulo.

O art. 168, do NCPC, ratifica a regra que vimos acima sobre a liberdade para
definição do conciliador e do mediador.
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador
ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado
no tribunal.

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3 - Ministério Público
Em relação ao Ministério Público, você observará, na medida em que analisarmos
os dispositivos, que as alterações em face do CPC73 foram pequenas. Isso facilita
nosso estudo, pois, salvo algumas alterações formais, a disciplina é muito
semelhante. Desse modo, nossa análise será objetiva e direta.
Para fins do nosso estudo, devemos saber que o Ministério Público atua ora como
parte, ora como fiscal da ordem jurídica.
 Atuação como parte:
De acordo com o art. 176, do NCPC, o Ministério Público atuará na defesa...
 da ordem jurídica;
 do regime democrático; e
 dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.

o
Muita atenção, pois, corriqueiramente, essas hipóteses são abordadas em provas
objetivas. Em relação à terceira hipótese citada, a atuação do órgão se dá em

id
relação aos direitos sociais e em relação aos direitos individuais indisponíveis.
Veja:
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático
e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.

Para a defesa dos direitos acima listados, o Ministério Público exercerá o direito
de ação na forma do art. 177, do NCPC:
Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas
atribuições constitucionais.

 Atuação como fiscal da ordem jurídica:


rs

Vem previsto no art. 178, do NCPC.


cu

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS,
intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição
Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
c

III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.


Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de
intervenção do Ministério Público.

Nesses casos, o Ministério Público será intimado para se manifestar no prazo de


30 dias. Para fins de prova, devemos conhecer as hipóteses listadas.
Portanto...

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Como o Ministério Público possui uma grande carga de processos para atuar,
prevê o art. 180, do NCPC, que ele terá sempre prazo em dobro para se
manifestar nos autos, a contar da intimação pessoal, que poderá ocorrer por
carga ou remessa dos autos e, também, por meio eletrônico. Esse prazo em dobro
somente não será considerado quando a legislação prever prazo específico para
a manifestação do Ministério Público.
Art. 180. O Ministério Público gozará de PRAZO EM DOBRO PARA MANIFESTAR-SE nos
autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o
[carga, remessa ou meio eletrônico].
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer,
o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o NÃO se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma
expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

Para encerrar o tópico, confira o art. 181, do NCPC, que estabelece a possibilidade

os
de responsabilidade civil regressiva do Ministério Público, quando agir com dolo
ou fraude no desempenho de suas funções.
Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando

i
agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

4 - Advocacia Pública
u
Neste tópico vamos estudar a disciplina referente à advocacia pública. São
s
dispositivos simples e que adotam uma estrutura remissiva. Eles fazem referência
ro

à Constituição no que tange à advocacia e à legislação específica.


São apenas três regras:
1º - A advocacia pública atua na defesa do interesse público da União,
rs

dos estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios.


Veja:
Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os
interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
n

por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas
de direito público que integram a administração direta e indireta.

2º - A advocac a pública goza de prazo em dobro para todas as


c

manifestações processuais, a não ser quando a lei prever prazo


específico, contando-se o prazo da intimação pessoal (carga, remessa ou
meio eletrônico).
É o que temos no art. 183, do NCPC:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias
e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2o NÃO se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma
expressa, prazo próprio para o ente público.

3º - Os advogados públicos sujeitam-se à responsabilidade civil


regressiva em caso de atuação com dolo ou fraude.

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De acordo com a legislação processual civil, o juiz poderá determinar a


dilação de prazo processual antes de encerrado o prazo regular, a fim de
conferir maior efetividade à tutela do direito.

Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – 2016
Quanto aos poderes, deveres e responsabilidade do juiz, é INCORRETO
afirmar:
a) O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade
do ordenamento jurídico e só decidirá por equidade nos casos previstos em
lei.
b) O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe
vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.
c) Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do

d
processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz

ni
proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício,
as penalidades da litigância de má-fé.
d) O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando
recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar
s
de ofício ou a requerimento da parte. Tais hipóteses somente serão
iro

verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência


e o requerimento não for apreciado no prazo de vinte dias.

Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


rs

Notas e de Registros – 2016


cu

No que tange à guarda e à conservação de bens penhorados, arrestados,


sequestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a
administrador, julgue as afirmações a seguir:
I. Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração
que o juiz fixar, levando em conta a situação dos bens, o tempo do serviço
c

e às dificuldades de sua execução, não podendo extrapolar o limite de cinco


por cento sobre o valor total dos bens.
II. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por indicação do depositário
ou do administrador.
III. O depositário ou o administrador responderá pelos prejuízos que, por
dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada,
embora seja-lhe assegurado o direito de haver o que legitimamente
despendeu no exercício do encargo.
IV. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados, sem
prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato
atentatório à dignidade da justiça.
Está correto o que se afirma em:

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a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

Questão 04 – UFMT/TJ-MT – Analista Judiciário – Economia –


2016 – adaptada ao NCPC
A respeito dos poderes e deveres do juiz, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Compete ao juiz dirigir o processo velando duração razoável do processo.
b) Compete ao juiz reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.
c) O juiz deve decidir por equidade de acordo com o livre convencimento.
d) O juiz deve indeferir diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Questão 05 – UEPA/PGE-PA – Procurador do Estado – 2015

i
De acordo com o Novo Código de Processo Civil (Lei 13105/05), julgue as
afirmativas abaixo.
I. É suspeito o juiz para atuar em causa que figure como parte instituição de
ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de
s
prestação de serviços.
II. É impedido o juiz de atuar em processo no qual figure como parte, cliente
da sociedade de advogados da qual seu filho integra, ainda que em processo
i

diverso.
III. A existência de amizade íntima com advogado da parte não caracteriza
r

a existência de suspeição, eis que esta ocorre em relação à parte processual.


IV. O magistrado tem legitimidade recursal para recorrer do incidente que
nc

acolher seu impedimento ou manifesta suspeição.


A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) I e IV
c) III e IV
d) II e IV
e) I e III

Questão 06 – UFMT/TJ-MT – Técnico Judiciário – 2016 –


adaptada ao NCPC
O juiz dirigirá o processo, competindo-lhe, em conformidade com a Lei n.º
5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil:
a) Assegurar à parte autora prioridade de tratamento.

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b) Velar pela duração razoável do processo.


c) Permitir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.
d) Tentar, somente no final do processo, conciliar as partes.

Questão 07 – VUNESP/MPE-SP – Oficial de Promotoria I –


2016 – adaptada ao NCPC
Sobre a participação do Ministério Público nas ações tuteladas pelo Código
de Processo Civil, é correto afirmar que
a) ao intervir nos processos, sempre será o primeiro a ter vista dos autos,
devendo ser intimado de todos os atos do processo, sob pena de serem
anulados.
b) deverá intervir nas causas concernentes ao estado da pessoa, poder

s
familiar, tutela, curatela, interdição, casamento exceto em caso de
consenso entre as partes.
c) o órgão do Ministério Público será civilmente responsável quando, no
exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude.

i
d) poderá atuar como fiscal da ordem jurídica, mas nunca como parte.
e) deverá intervir nas ações que envolvam litígios individuais pela posse da
terra rural, mas não poderá intervir nas causas em que há interesse público
s
evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Questão 08 – UECE-CEV/DER CE – Procurador Autárquico –


i

2016 - adaptada ao NCPC


Reputa-se fundada a suspe ção de parcialidade do juiz, quando
ur

a) conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença


ou decisão.
b) nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou
n

qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha


co

colateral até o segundo grau.


c) que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes
ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca
do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do
litígio.
d) o órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica é parte na
causa.

Questão 09 – FAU/Prefeitura de Chopinzinho-PR – Procurador


Municipal – 2016 - adaptada ao NCPC
É impedido o Juiz, no processo contencioso ou voluntário:
a) Quando qualquer das partes for credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau.

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b) Quando for interessado no julgamento do processo em favor de qualquer


das partes.
c) Quando for interessado no julgamento do processo em favor de qualquer
das partes.
d) Quando interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como
testemunha.
e) Quando amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus
advogados.

Questão 10 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


Administrativa – 2015 – adaptada ao NCPC
A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o

os
próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.
Na função de fiscal da ordem jurídica, é garantido ao Ministério Público ser

id
intimado de todos atos processuais, bem como ter vista dos autos em
concomitância com o réu.

Questão 11 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


Administrativa – 2015
A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o
próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.
r
ei

É defeso ao juiz eximir-se de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou


obscuridade da lei.

Questão 12 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


u

Administrativa – 2015 – adaptada ao NCPC


A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o
n

próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.


co

Incumbe ao escrivão dar, após despacho, certidão de qualquer ato ou termo


do processo, desde que observadas as disposições referentes ao segredo de
justiça.

Questão 13 – FGV/TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária –


2014 – adaptada ao NCPC
No tocante à atuação do Ministério Público no processo civil, é INCORRETO
afirmar que:
a) lhe é assegurada a prerrogativa da intimação pessoal dos atos
processuais, mediante a abertura de vista dos autos;
b) lhe é assegurada a prerrogativa do prazo em dobro para apresentar
contestação;

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c) a sua intervenção, como custos legis, é obrigatória nas causas


concernentes ao estado da pessoa, sob pena de nulidade do processo;
d) lhe é assegurada a faculdade de interpor recursos caso funcione como
órgão agente ou como fiscal da ordem jurídica;
e) lhe é assegurada a possibilidade de produzir provas, ainda que funcione
como custos legis.

Questão 14 – FCC/TRF4ªR – AJOAF - 2014


Anne e Tulius são Oficiais de Justiça e foram encarregados do cumprimento
de mandados de citação em dois processos. Anne é amiga íntima do réu.
Tulius é sobrinho do autor. Nesse caso,
a) não se aplicam aos serventuários da justiça os motivos de impedimento
e suspeição previstos para os juízes.
b) quanto à Anne há suspeição e, em relação a Tulius, mpedimento.

d
c) quanto a Tulius há suspeição e, em relação à Anne, impedimento.
d) ambos são suspeitos para atuar nos respectivos processos.
e) ambos estão impedidos de atuar nos respectivos processos.
u
Questão 15 – CESPE/Telebras – Advogado – 2015
s
Considerando que Vera e João sejam casados há mais de quinze anos, e que,
em função de uma doença mental de João, Vera proponha ação de interdição
r

e curatela, julgue o item a seguir


O Ministério Público tem legitimidade para recorrer contra a decisão que
s

julgar o pedido formulado por Vera, seja ele acolhido ou rejeitado.


u

Questão 16 – CEPERJ/Prefeitura de Saquarema-RJ –


Procurador – 2015
De acordo com as normas do Código de Processo Civil, a intervenção do
o

Ministério Público será obrigatória nas causas relativas a:


a) dívida ativa
b) tutela monitória
c) danos de difícil reparação
d) litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
e) contratos

Questão 17 – VUNESP/TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário –


2015
Incumbe ao escrivão
a) dar certidão de qualquer ato ou termo do processo, desde que
determinado por despacho exarado por juiz competente.

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b) fazer pessoalmente as penhoras e arrestos.


c) estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
d) efetuar avaliações e executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.
e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais
atos que pertencem ao seu ofício.

Questão 18 - TRT23ªR-MT/ TRT23ªR-MT - Juiz do Trabalho


Substituto – 2014 – adaptada ao NCPC
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Compete ao juiz dirigir o processo, velando pela rápida solução do litígio,
assegurando às partes igualdade de tratamento, reprimindo quaisquer atos
contrários à dignidade da justiça e tentando, a qualquer tempo, conciliar as

s
partes.
b) O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade
do ordenamento jurídico.
c) O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe
un
vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.
d) Responderá por perdas e danos o juiz, quando, no exercício de suas
funções, proceder com culpa, dolo ou fraude; recusar, omitir ou retardar,
ro

sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento


da parte.
e) É defeso ao juiz exercer suas funções no processo quando nele estiver
rs

postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente


seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na colateral até o terceiro grau.

Questão 19 – FCC/MANAUSPREV – Procurador Autárquico –


c

2015
Cabe ao juiz
c

a) decidir a lide por equanimidade, como regra geral.


b) eximir-se de julgar se ausentes normas jurídicas aplicáveis ao caso
concreto, determinando a solução por arbitragem.
c) prevenir ou reprimir atos atentatórios à dignidade da justiça, desde que
requerido pelas partes.
d) manter-se equidistante das partes e suprir as lacunas e ambiguidades da
lei, dando cumprimento ao princípio da obrigatoriedade da jurisdição.
e) decidir a lide independente do princípio da correlação, livremente, dando
os motivos de seu convencimento.

Questão 20 – FCC/MANAUSPREV – Procurador Autárquico –


2015 - adaptada ao NCPC

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TRE-RJ
AJAJ e AJAA
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

Em relação aos auxiliares da justiça,


a) incumbe ao escrivão redigir e entregar, em cartório, o mandado, logo
depois de cumprido por quem de direito.
b) nas localidades onde não houver profissionais qualificados para exercerem
a função de peritos, a prova técnica será dispensada.
c) os peritos não são necessários se as partes ou o juiz conhecerem a matéria
sobre a qual deveriam opinar, ainda que técnica.
d) o oficial de justiça tem a obrigação legal de avaliar todo e qualquer bem
penhorado, informando-se com terceiros se não dispuser de conhecimento
técnico especializado para consecução do mister.
e) o escrivão, o chefe da secretaria e o oficial de justiça são civilmente
responsáveis em caso de injusta recusa ao cumprimento dos atos legais ou
judiciais a que estão subordinados.

Questão 21 – CESPE/MPU – Analista do MPU – 2015

d
Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.
un
Não cabe ao perito emitir opiniões acerca de questões jurídicas: sua atuação
deve limitar-se a questões de fato, tratadas sob uma perspectiva técnica.

Questão 22 – CESPE/MPU – Analista do MPU – Engenharia


os

Química – 2015
Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.

Perito e assistente se distinguem pelos interesses que defendem em juízo:


ur

o perito deve ser neutro e tem por objeto esclarecer o juízo, ao passo que o
assistente é auxiliar da parte, que age para garantir o amplo contraditório.

Questão 23 – CESPE/MPU – Analista do MPU – Engenharia


n

Química – 2015
c

Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.
As partes podem arguir o impedimento ou suspeição do perito e levantar
dúvidas sobre seus conhecimentos técnicos e especializados ou aptidões
para a realização da perícia. Os assistentes não estão sujeitos a essas
arguições.

Questão 24 – FCC/TRE-RR – Analista Judiciário – Área


Judiciária – 2015
Timóteo, juiz de direito, possui uma família de juristas. Seu bisavô, Carlos,
é advogado. Também são advogados seus primos, Nicolau, filho do seu tio
Alvaro, e Gilberto, neto do seu tio Alberto. Nestes casos, de acordo com o
Código de Processo Civil brasileiro, Timóteo não poderá exercer suas funções

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TRE-RJ
AJAJ e AJAA
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

de juiz no processo contencioso ou voluntário, quando estiver postulando


como advogado da parte
a) Carlos e Nicolau, apenas
b) Nicolau e Gilberto, apenas.
c) Nicolau, apenas.
d) Carlos, Nicolau e Gilberto.
e) Carlos, apenas.

Questão 25 – VUNESP/TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário –


2014 - adaptada ao NCPC
É causa de suspeição do juiz:
a) inimizade em relação ao auxiliar de justiça.
b) quando já foi mandatário da parte.
c) amizade com o advogado da parte autora.
d) ter interesse no julgamento da causa em favor de uma das partes.
u
e) quando seu cônjuge for advogado de uma das partes.

Questão 26 – VUNES/TJ-PA - Juiz de Direito Substituto – 2014


s
– adaptado ao NCPC
Assinale a alternativa com o processo no qual é obrigatória a intervenção do
i

Ministério Público, sob pena de nulidade.


se

a) Demanda coletiva de posse de terra rural.


b) Demanda condenatória de interesse de pessoa jurídica de direito público.
c) Ação possessória.
d) Desapropriação indireta.
e) Execução fiscal.

Questão 27 - TJ-RS/TJ-RS - Oficial de Justiça – 2014 –


adaptada ao NCPC
Considere as afirmações abaixo, a respeito do oficial de justiça.
I - Incumbe-lhe auxiliar o juiz na manutenção da ordem.
II- Incumbe-lhe efetuar avaliações.
III - É civilmente responsável quando pratica ato nulo com dolo ou culpa.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.

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AJAJ e AJAA
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d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Questão 28 – FUNDEP/TJ-MG – Juiz – 2014 – adaptada ao


NCPC
Sobre o juiz, as partes em geral, o Ministério Público e os serviços auxiliares
da Justiça, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Partes são aquele que pede em seu próprio nome (ou em cujo nome é
pedida) uma atuação de lei (autor) e aquele frente ao qual tal atuação é
pedida (réu).
b) Compete ao juiz dirigir o processo, assegurando às partes ter igualdade
de tratamento, velar pela rápida solução do litígio, prevenir ou reprimir
qualquer ato contrário à dignidade da justiça e tentar, a qualquer tempo,

s
conciliar as partes.
c) Na área cível, a atuação do Ministério Público se dá em dois aspectos:
como parte e como fiscal da ordem jurídica.
d) Não são auxiliares da justiça o depositário, o administrador e o intérprete.

Questão 29 – IADES/TRE-PA – AJAJ - 2014


os

Com base na suspeição e no impedimento do magistrado, assinale a


alternativa correta.
a) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
ei

voluntário que conheceu em prime ro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido


sentença ou decisão.
r

b) Reputa-se infundada a alegação de impedimento do juiz quando este for


cu

herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes.


c) O magistrado não pode declarar-se suspeito por motivo íntimo.
d) O magistrado que tenha oficiado como perito no feito não está impedido
co

ou suspeito face à imparcialidade que norteia a perícia.


e) Reputa-se infundada a suspeição de parcialidade do juiz quando receber
dádivas antes de iniciado o processo.

Questão 30 – FCC/TRF3ªR – AJOAF – 2014 – adaptado ao NCPC


É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando for;
a) amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes.
b) parte, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha
reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
c) credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes
destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive.

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d) interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.


e) receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou
depois de iniciado o processo.

Questão 31 – FCC - TRF3ªR – TJAA - 2014


Pedro, oficial de justiça, viajou para visitar sua mãe doente e resolveu
delegar a outra pessoa o cumprimento de mandado de citação do réu de
uma ação de cobrança. A conduta de Pedro.
a) é ilegal, pois está obrigado a realizar pessoalmente as diligências próprias
de seu cargo.
b) é legal, se a pessoa à qual delegou as atribuições tiver cumprido as
formalidades inerentes ao ato citatório e for analista judiciário oficial de
justiça.
c) só é ilegal se a pessoa que cumpriu a diligência for seu cônjuge, irmão ou
parente até o terceiro grau.
d) legal, porque a lei atribui ao oficial de justiça poderes para delegar suas
un
funções por necessidade do serviço ou outro motivo justificado.
e) só é ilegal se a certidão a respeito da ocorrência, com menção de lugar,
dia e hora, não tiver sido lavrada e assinada pelo próprio oficial de justiça.
os

Questão 32 – IBFC/MPE-SP - Analista de Promotoria I – 2013


– adaptada ao NCPC
Com relação ao Juiz, no processo civil, assinale a alternativa CORRETA:
s

a) O juiz responderá por danos que causar à parte apenas nos casos em que
ur

proceder com dolo ou fraude.


b) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo, contencioso ou
nc

voluntário, quando alguma das partes for credora ou devedora.


c) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando este for
co

órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.


d) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando este
funcionou como órgão do Ministério Público.
e) E defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando nele já
estiver postulando como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral até
o terceiro grau.

Questão 33 - TRF3ªR/TRF3ªR - Juiz Federal – 2013 – adaptada


ao NCPC
Em tema de suspeição e impedimento, assinale a alternativa correta:

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a) E defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando nele estiver


postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente
seu, consanguíneo ou afim, em linha reta até o segundo grau.
b) Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, desde que
fundamento suas razões.
c) Toma-se impedido o juiz de exercer as suas funções no processo a partir
do momento em que nele passar a pleitear, como advogado, seu cônjuge ou
qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha
colateral até o segundo grau.
d) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando for cônjuge,
parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na
colateral, até o terceiro grau.
e) É admitida a criação de fato superveniente a fim de caracterizar
impedimento do juiz.

Questão 34 – FCC/TRT9ªR-PR – AJOAF – 2013

d
Compete ao juiz:
I. Assegurar às partes igualdade de tratamento e tentar conciliá-las a
u
qualquer tempo.
II. Ter os autos sob sua guarda e responsabilidade, não permitindo que
ro

saiam de cartório, exceto nas hipóteses permitidas por lei.


III. Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.
ei

São efetivamente da competência do juiz o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
e) III, apenas.

Questão 35 – FCC/TRF5ªR – AJOAF - 2012


Compete ao juiz
a) sentenciar ou despachar nos autos, salvo em caso de lacuna ou
obscuridade da lei.
b) decidir, como regra geral, por equidade os processos de sua competência.
c) decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo- lhe defeso conhecer
de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
d) apreciar a prova de modo tarifado, hierarquizado, atendendo aos fatos e
circunstâncias dos autos, desde que alegados pelas partes.

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e) julgar a causa como lhe parecer mais conveniente ou adequado,


independentemente do pedido formulado pela parte.

Questão 36 – VUNESP/Câmara de Marília – SP – Procurador


Jurídico – 2016
Assinale a alternativa correta, no que concerne aos atos processuais.
a) Os atos e termos processuais sempre dependem de forma determinada,
reputando-se nulos os que forem realizados de outro modo.
b) Todos os atos processuais são públicos, sem exceção.
c) O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos em
processo que tramite em segredo de justiça é restrito às partes e a seus
procuradores.
d) O terceiro, ainda eu demonstre interesse jurídico, não pode requerer ao

do
juiz certidão de dispositivo de sentença, bem como de inventário.
e) Não existe a obrigatoriedade do uso do vernáculo em todos os atos e
termos do processo.

Questão 37 – VUNESP/MPE-SP – Oficial de Promotoria I –


u
2016 – adaptada do NCPC
Jaqueline foi intimada para aditar sua petição inicial em 10 dias, sob pena
o

de extinção do processo. Diante dessa hipótese, é correto afirmar que


a) se o prazo fatal para cumprir tal determinação recair em um feriado,
ei

Jaqueline deverá realizar tal ato no dia útil anterior a essa data.
rs

b) o prazo determinado deverá ser contado em dias úteis, dentro da


sistemática processual em vigor, incluindo o dia do começo e excluindo o dia
de término do prazo.
c) tal prazo será interrompido caso sobrevenha em seu curso a morte de
n

Jaqueline.
co

d) no caso em apreço, o prazo será contado em dias úteis e, caso, o último


dia termine em dia não útil, deve-se postergar o prazo processual para o dia
útil seguinte.
e) se não houvesse prazo legal ou judicial determinado para que Jaqueline
fizesse o aditamento, a lei determina que seja cumprido o ato em 15 dias.

Questão 38 – CONSULPLAN/Prefeitura de Santa Maria


Madalena – RJ – Advogado – 2010 – adaptada ao NCPC
Dentro do tema Direito Processual Civil, marque a alternativa INCORRETA:
a) Não havendo preceito legal, nem assinação pelo juiz, será de cinco dias o
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
b) Computar-se-á em dobro o prazo para contestar e para recorrer quando
parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

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6.3 - Questões com Comentários


Questão 01 – CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo –
Área Fiscalização – Direito – 2016
No que se refere à intervenção de terceiros em processos e aos poderes,
deveres e responsabilidade do juiz, julgue o item subsequente.
De acordo com a legislação processual civil, o juiz poderá determinar a
dilação de prazo processual antes de encerrado o prazo regular, a fim de
conferir maior efetividade à tutela do direito.

Comentários
A assertiva está correta. O art. 139, VI, do NCPC, autoriza o juiz a dilatar os
prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,

os
adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade
à tutela do direito. Ainda no art. 139, em seu parágrafo único, menciona que a

id
dilação de prazos prevista no inc. VI somente pode ser determinada antes de
encerrado o prazo regular.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,
adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do
s
direito;
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada
antes de encerrado o prazo regular.

Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


s

Notas e de Registros – 2016


ur

Quanto aos poderes, deveres e responsabilidade do juiz, é INCORRETO


afirmar:
a) O juiz não se ex me de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade
n

do ordenamento jurídico e só decidirá por equidade nos casos previstos em


lei.
b) O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe
vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.
c) Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do
processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz
proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício,
as penalidades da litigância de má-fé.
d) O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando
recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar
de ofício ou a requerimento da parte. Tais hipóteses somente serão
verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência
e o requerimento não for apreciado no prazo de vinte dias.

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Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 140, do NCPC:
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

A alternativa B está correta, pois está previsto no art. 141, do NCPC:


Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

A alternativa C está correta. É o que dispõe o art. 142, do NCPC:


Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo
para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que
impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.

s
A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
143, do NCPC, o prazo estabelecido é de 10 dias.
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: (...)
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício
ou a requerimento da parte.
n
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que
a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado
no prazo de 10 (dez) dias.

Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


r

Notas e de Registros – 2016


No que tange à guarda e à conservação de bens penhorados, arrestados,
rs

sequestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a


administrador, julgue as afirmações a seguir:
cu

I. Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração


que o juiz fixar, levando em conta a situação dos bens, o tempo do serviço
on

e às dificuldades de sua execução, não podendo extrapolar o limite de cinco


por cento sobre o valor total dos bens.
II. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por indicação do depositário
ou do administrador.
III. O depositário ou o administrador responderá pelos prejuízos que, por
dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada,
embora seja-lhe assegurado o direito de haver o que legitimamente
despendeu no exercício do encargo.
IV. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados, sem
prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato
atentatório à dignidade da justiça.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.

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c) II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está incorreto. A lei processual não traz a limitação de cinco por cento
sobre o valor total dos bens. Vejamos o art. 160, do NCPC.
Art. 160. Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração que o
juiz fixará levando em conta a situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de
sua execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por indicação do depositário
ou do administrador.

O item II está correto, com base no parágrafo único, do art. 160, do NCPC, acima
citado.
O item III está correto, pois está previsto no art. 161, do NCPC:
Art. 161. O depositário ou o administrador responde pelos prejuízos que, por dolo ou culpa,

ni
causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada, mas tem o direito a haver o
que legitimamente despendeu no exercício do encargo.

O item IV está correto. Confira o parágrafo único, do art. 161, do NCPC:


Parágrafo único. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados, sem
prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato atentatório à
o

dignidade da justiça.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Questão 04 – UFMT/TJ-MT – Analista Judiciário – Economia –


2016 – adaptada ao NCPC
ur

A respeito dos poderes e deveres do juiz, assinale a afirmativa INCORRETA.


a) Compete ao juiz dirigir o processo velando duração razoável do processo.
n

b) Compete ao juiz reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.


c) O juiz deve decidir por equidade de acordo com o livre convencimento.
d) O juiz deve indeferir diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Comentários
Conforme o art. 140, do NCPC, o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos
em lei.
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

Dessa forma, a alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão.


Em relação às demais alternativas, a alternativa A está correta, tendo em vista
que está em consonância com o inc. II, do art. 139, do NCPC; e as alternativas

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B e D igualmente estão corretas pelo o que está previsto no inc. III, do art. 139,
do NCPC.

Questão 05 – UEPA/PGE-PA – Procurador do Estado – 2015


De acordo com o Novo Código de Processo Civil (Lei 13105/05), julgue as
afirmativas abaixo.
I. É suspeito o juiz para atuar em causa que figure como parte instituição de
ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de
prestação de serviços.
II. É impedido o juiz de atuar em processo no qual figure como parte, cliente
da sociedade de advogados da qual seu filho integra, ainda que em processo
diverso.
III. A existência de amizade íntima com advogado da parte não caracteriza

s
a existência de suspeição, eis que esta ocorre em relação à parte processual.
IV. O magistrado tem legitimidade recursal para recorrer do incidente que
acolher seu impedimento ou manifesta suspeição.

ni
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) I e IV
c) III e IV
d) II e IV
e) I e III

Comentários
u

Vamos analisar cada um dos itens:


nc

O item I está incorreto De acordo com o art. 144, VII, do NCPC, há


impedimento do juiz sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo em
que figure como parte a instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços.
O item II está correto, conforme prevê o art. 144, VIII, do NCPC.
O item III está incorreto. Conforme o art. 145, I, do NCPC, há suspeição do juiz
que for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados.
O item IV está correto, pois está previsto no art. 146, §5º, do NCPC:
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará
o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual
indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a
alegação e com rol de testemunhas.
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal
condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz
recorrer da decisão.

Portanto, alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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Questão 06 – UFMT/TJ-MT – Técnico Judiciário – 2016 –


adaptada ao NCPC
O juiz dirigirá o processo, competindo-lhe, em conformidade com a Lei n.º
5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil:
a) Assegurar à parte autora prioridade de tratamento.
b) Velar pela duração razoável do processo.
c) Permitir qualquer ato contrário à dignidade da justiça.
d) Tentar, somente no final do processo, conciliar as partes.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Conforme o art. 139, I, do NCPC, o juiz dirigirá
o processo visando assegurar às partes igualdade de tratamento, e não prioridade

s
a nenhuma das partes.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art.
139, II, do NCPC:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
II – velar pela duração razoável do processo;
os
A alternativa C está incorreta. Com base no mesmo artigo, inciso III, o juiz
dirigirá o processo prevenindo ou reprimindo qualquer ato contrário à
dignidade da justiça, bem como indeferindo postulações meramente
protelatórias.
A alternativa D está incorreta. O juiz dirigirá o processo, tentando, a qualquer
s

tempo, conciliar as partes.

Questão 07 – VUNESP/MPE-SP – Oficial de Promotoria I –


c

2016 – adaptada ao NCPC


on

Sobre a participação do Ministério Público nas ações tuteladas pelo Código


de Processo Civil, é correto afirmar que
a) ao intervir nos processos, sempre será o primeiro a ter vista dos autos,
devendo ser intimado de todos os atos do processo, sob pena de serem
anulados.
b) deverá intervir nas causas concernentes ao estado da pessoa, poder
familiar, tutela, curatela, interdição, casamento, exceto em caso de
consenso entre as partes.
c) o órgão do Ministério Público será civilmente responsável quando, no
exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude.
d) poderá atuar como fiscal da ordem jurídica, mas nunca como parte.

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e) deverá intervir nas ações que envolvam litígios individuais pela posse da
terra rural, mas não poderá intervir nas causas em que há interesse público
evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Com base no art. 179, I, do NCPC, o MP terá
vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo.
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 178, o MP será intimado


para intervir como fiscal nos processos que envolvam interesse, público ou social,
de incapaz e litígios coletivos pela posse de terra.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (t in a) dias, intervir como

s
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos
processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 181.


s
Art. 181. O membro do Ministério Público será civ l e regressivamente responsável quando
agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
io

A alternativa D está incorreta. Poderá atuar como fiscal da ordem jurídica ou


como parte.
A alternativa E está incorreta, pois o MP atuará tanto nas ações que envolvam
rs

litígios coletivos pela posse de terra rural e quanto naquelas em que o interesse
público restar evidenciado. Vide o art. 178, do NCPC, acima citado.

Questão 08 – UECE-CEV/DER-CE – Procurador Autárquico –


nc

2016 - adaptada ao NCPC


co

Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando


a) conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença
ou decisão.
b) nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou
qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha
colateral até o segundo grau.
c) que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes
ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca
do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do
litígio.
d) o órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica é parte na
causa.

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AJAJ e AJAA
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Comentários
As hipóteses de imparcialidade e de suspeição estão previstas nos arts. 144 e
145, do NCPC.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 144, II, do NCPC, se o
magistrado conheceu da matéria em outro grau de jurisdição, tendo proferido a
sentença, restará impedido de atuar. Logo, é hipótese de impedimento e não de
suspeição.
A alternativa B está incorreta. Com base no mesmo artigo, inciso III, há
suspeição do juiz quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de
seu cônjuge, ou companheiro, ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art.
145, II, constituindo verdadeira hipótese de suspeição.
A alternativa D está incorreta, pois é hipótese de impedimento – prevista no

o
art. 144, V, do NCPC – e de não de suspeição.

Questão 09 – FAU/Prefeitura de Chopinzinho-PR – Procurador


Municipal – 2016 - adaptada ao NCPC n
É impedido o Juiz, no processo contencioso ou voluntário:
s
a) Quando qualquer das partes for credora ou devedora, de seu cônjuge ou
ro

companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau.


b) Quando for interessado no julgamento do processo em favor de qualquer
ei

das partes.
c) Quando for interessado no julgamento do processo em favor de qualquer
das partes.
d) Quando interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como
n

testemunha.
e) Quando amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus
advogados.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 144, do NCPC, há suspeição do
juiz quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro, ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau.
A alternativa B está incorreta. Ainda de acordo com o art. 144, do NCPC, há
suspeição do juiz quando for interessado no julgamento do processo em favor
de qualquer das partes.
A alternativa C está incorreta. Trata-se de hipótese de suspeição, prevista no
inc. IV, do art. 145, do NCPC, e não de impedimento.

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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 144,


I, do NCPC.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;

A alternativa E está incorreta. Conforme o art. 145, I, há suspeição do juiz,


amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados.

Questão 10 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


Administrativa – 2015 – adaptada ao NCPC
A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o
próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.
Na função de fiscal da ordem jurídica, é garantido ao Ministério Público ser

s
intimado de todos atos processuais, bem como ter vista dos autos em
concomitância com o réu.

Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 179, do NCPC, é garantido ao
u
MP ser intimado de todos os atos do processo, porém, terá vista dos autos depois
das partes.
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
ei

Questão 11 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


Administrativa – 2015
A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o
u

próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.


É defeso ao juiz eximir-se de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou
n

obscuridade da lei.

Comentários
A assertiva está correta, com base no art. 140, do NCPC.
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

Questão 12 – CESPE/TJ-DFT – Técnico Judiciário –


Administrativa – 2015 – adaptada ao NCPC
A respeito do Ministério Público, do juiz e dos auxiliares da justiça, julgue o
próximo item com base nas disposições do Código de Processo Civil.

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Incumbe ao escrivão dar, após despacho, certidão de qualquer ato ou termo


do processo, desde que observadas as disposições referentes ao segredo de
justiça.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois a confecção e o termo do processo independem
de despacho. Conforme o art. 152, V, do NCPC, incumbe ao escrivão ou ao chefe
de secretaria fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo,
independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao
segredo de justiça.

Questão 13 – FGV/TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária –


2014 – adaptada ao NCPC
No tocante à atuação do Ministério Público no processo civil, é INCORRETO
afirmar que:
a) lhe é assegurada a prerrogativa da intimação pessoal dos atos
processuais, mediante a abertura de vista dos autos;

ni
b) lhe é assegurada a prerrogativa do prazo em dobro para apresentar
contestação;
c) a sua intervenção, como custos legis, é obrigatória nas causas
s
concernentes ao estado da pessoa, sob pena de nulidade do processo;
d) lhe é assegurada a faculdade de interpor recursos caso funcione como
ir

órgão agente ou como fiscal da ordem jurídica;


e) lhe é assegurada a possibilidade de produzir provas, ainda que funcione
s

como custos legis.

Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
n

A alternativa A está correta, pois, de acordo com o art. 180, do NCPC, o


co

Ministério Público goza da prerrogativa da intimação pessoal, que poderá ocorrer


pela carga, pela remessa ou por meio eletrônico.
A alternativa B está correta, pois o art. 180, do NCPC, estabelece a prerrogativa
do prazo em dobro para o Ministério Público para se manifestar nos autos, não
havendo mais distinção entre hipóteses de defesa ou de recursos.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. O art. 178, do Novo
Código, o MP atuará como fiscal da ordem jurídica nos seguintes casos:
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos
processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

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Note que a hipótese que envolver interesse de incapaz o MP deverá ser,


necessariamente, citado. Isso não significa, contudo, que a intervenção é
obrigatória. Uma vez intimado o MP poderá ou não se manifestar no processo.
Desse modo, a intimação é obrigatória, não a intervenção. Incorreta a
alternativa.
A alternativa D, por sua vez, está correta, pois o art. 179, II, do NCPC, prevê
que, nas hipóteses em que o MP atuar como fiscal da ordem jurídica, ele poderá
produzir provas, requerer medidas processuais e, inclusive, recorrer.
A alternativa E também está correta e guarda previsão legal no art. 179, II, do
NCPC.

Questão 14 – FCC/TRF4ªR – AJOAF - 2014


Anne e Tulius são Oficiais de Justiça e foram encarregados do cumprimento

s
de mandados de citação em dois processos. Anne é amiga íntima do réu.
Tulius é sobrinho do autor. Nesse caso,
a) não se aplicam aos serventuários da justiça os motivos de impedimento
e suspeição previstos para os juízes.
b) quanto à Anne há suspeição e, em relação a Tulius, impedimento.
c) quanto a Tulius há suspeição e, em relação à Anne, impedimento.
os
d) ambos são suspeitos para atuar nos respectivos processos.
e) ambos estão impedidos de atuar nos respectivos processos.

Comentários
s

Para responder à questão, você deve lembrar que as situações de impedimento


e de suspeição aplicam-se aos auxiliares de justiça, Túlio e Anne, portanto,
cu

devem observar as regras do art. 144 e 145, ambos do NCPC, que disciplinam,
respectivamente, as hipóteses de suspeição e de impedimento.
Anne é suspeita, pois amiga íntima do réu, por força do art. 145, I, do NCPC.
Túlio é impedido, pois parente de terceiro grau, enquadrando-se na hipótese do
art. 144, III, do NCPC
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

Questão 15 – CESPE/Telebras – Advogado – 2015


Considerando que Vera e João sejam casados há mais de quinze anos, e que,
em função de uma doença mental de João, Vera proponha ação de interdição
e curatela, julgue o item a seguir.
O Ministério Público tem legitimidade para recorrer contra a decisão que
julgar o pedido formulado por Vera, seja ele acolhido ou rejeitado.

Comentários

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AJAJ e AJAA
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A assertiva está correta. Segundo o art. 178, o MP será intimado para intervir
como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição
Federal e nos processos que envolvam, neste caso, interesse de incapaz.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos
processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Questão 16 – CEPERJ/Prefeitura de Saquarema-RJ –


Procurador – 2015
De acordo com as normas do Código de Processo Civil, a intervenção do
Ministério Público será obrigatória nas causas relativas a:
a) dívida ativa
b) tutela monitória
c) danos de difícil reparação
d) litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
e) contratos

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, em face do que prevê o
e

art. 178, II, do NCPC.

Questão 17 – VUNESP/TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário –


r

2015
Incumbe ao escrivão
a) dar certidão de qualquer ato ou termo do processo, desde que
co

determinado por despacho exarado por juiz competente.


b) fazer pessoalmente as penhoras e arrestos.
c) estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
d) efetuar avaliações e executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.
e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais
atos que pertencem ao seu ofício.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 152, V, do NCPC, incumbe ao
escrivão fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo,
independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao
segredo de justiça;

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A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 154, I, do NCPC, incumbe


ao oficial de justiça fazer pessoalmente as penhoras e os arrestos.
A alternativa C está incorreta. Conforme art. 154, IV, do NCPC, incumbe ao
oficial de justiça auxiliar o juiz na manutenção da ordem.
A alternativa D está incorreta. Com base no art. 154, II e V, do NCPC, incumbe
ao oficial de justiça executar ordens do juiz e efetuar avaliações.
A alternativa E está correta, pois reproduz o art. 152, I, do NCPC.
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos
que pertençam ao seu ofício; (...)

Questão 18 - TRT23ªR-MT/ TRT23ªR-MT - Juiz do Trabalho


Substituto – 2014 – adaptada ao NCPC
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Compete ao juiz dirigir o processo, velando pela rápida solução do litígio,
assegurando às partes igualdade de tratamento, reprimindo quaisquer atos

partes. ni
contrários à dignidade da justiça e tentando, a qualquer tempo, conciliar as

b) O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade


s
do ordenamento jurídico.
c) O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe
ir

vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige


iniciativa da parte.
d) Responderá por perdas e danos o juiz, quando, no exercício de suas
funções, proceder com culpa, dolo ou fraude; recusar, omitir ou retardar,
ur

sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento


da parte.
e) É defeso ao juiz exercer suas funções no processo quando nele estiver
postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente
o

seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na colateral até o terceiro grau.

Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está correta, e retrata os deveres constantes dos incs. I, II, III
e IV, do art. 139, do NCPC.
A alternativa B está correta, pois reproduz o teor do art. 140, caput, do NCPC.
A alternativa C está correta, pois reproduz o teor do art. 141, do NCPC.
A alternativa D, por sua vez, está incorreta e é o gabarito da questão, pois entre
as hipóteses de responsabilidade do magistrado, não há atuação culposa. Veja:
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

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II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício
ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que
a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado
no prazo de 10 (dez) dias.

Está correta a alternativa E, pois o art. 144, III, do NCPC, prevê que é vedado
ao magistrado exercer suas funções no processo quando nele estiver postulando
como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge
ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive.

Questão 19 – FCC/MANAUSPREV – Procurador Autárquico –


2015
Cabe ao juiz
a) decidir a lide por equanimidade, como regra geral.

d
b) eximir-se de julgar se ausentes normas jurídicas aplicáveis ao caso
concreto, determinando a solução por arbitragem.

n
c) prevenir ou reprimir atos atentatórios à dignidade da justiça, desde que
requerido pelas partes.
d) manter-se equidistante das partes e suprir as lacunas e ambiguidades da
s
lei, dando cumprimento ao princípio da obrigatoriedade da jurisdição.
e) decidir a lide independente do princípio da correlação, livremente, dando
os motivos de seu convencimento.

Comentários
A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o parágrafo único do art.
u

140, do NCPC, o juiz somente decidirá com equidade nos casos previstos em lei.
nc

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 140, do NCPC, o juiz não
se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento
jurídico.
c

A alternativa C está incorreta. O juiz deve prevenir ou reprimir atos atentatórios


à dignidade da justiça, ainda que não requerido pelas partes, conforme prevê o
art. 139, III, do NCPC.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois decorre da
interpretação do art. 141, do NCPC.
A alternativa E está incorreta. O juiz deve observar o princípio da correlação,
de modo que o convencimento deve ser motivado na forma do art. 93, IX, da CF,
além do dever de observar os postulados da razoabilidade e da proporcionalidade.

Questão 20 – FCC/MANAUSPREV – Procurador Autárquico –


2015 - adaptada ao NCPC
Em relação aos auxiliares da justiça,

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a) incumbe ao escrivão redigir e entregar, em cartório, o mandado, logo


depois de cumprido por quem de direito.
b) nas localidades onde não houver profissionais qualificados para exercerem
a função de peritos, a prova técnica será dispensada.
c) os peritos não são necessários se as partes ou o juiz conhecerem a matéria
sobre a qual deveriam opinar, ainda que técnica.
d) o oficial de justiça tem a obrigação legal de avaliar todo e qualquer bem
penhorado, informando-se com terceiros se não dispuser de conhecimento
técnico especializado para consecução do mister.
e) o escrivão, o chefe da secretaria e o oficial de justiça são civilmente
responsáveis em caso de injusta recusa ao cumprimento dos atos legais ou
judiciais a que estão subordinados.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 152 I, do NCPC, incumbe ao
escrivão redigir os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos

atribuição do oficial de justiça.


ni
que pertençam ao seu ofício. A entrega em cartório do mandato cumprido é

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 156, §5º, do NCPC, na


localidade onde não houver inscrito no cadast o disponibilizado pelo tribunal, a
s
nomeação do perito é de livre escolha do juiz. Confira:
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão
ei

técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização


da perícia.

A alternativa C está incorreta Vejamos o art. 156, do NCPC:


u

Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico.

A alternativa D está incorreta. Caso o oficial de justiça não tenha condições de


proceder à avaliação, informará o fato ao magistrado, que procederá à nomeação
de perito técnico para avaliação.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art.
155, I, do NCPC:
Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e
regressivamente, quando:
I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo
juiz a que estão subordinados;

Questão 21 – CESPE/MPU – Analista do MPU – 2015


Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.
Não cabe ao perito emitir opiniões acerca de questões jurídicas: sua atuação
deve limitar-se a questões de fato, tratadas sob uma perspectiva técnica.

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Comentários
A assertiva está correta. Embora não haja previsão expressa nesse sentido, a
atuação do perito é adstrita à prova técnica que produz, não competindo ao
expert tratar de questões alheias a sua função auxiliar no processo.

Questão 22 – CESPE/MPU – Analista do MPU – Engenharia


Química – 2015
Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.
Perito e assistente se distinguem pelos interesses que defendem em juízo:
o perito deve ser neutro e tem por objeto esclarecer o juízo, ao passo que o
assistente é auxiliar da parte, que age para garantir o amplo contraditório.

Comentários
A assertiva está correta. Embora não seja objeto direto de estudo da presente
aula é importante ter em mente que a atribuição do perito é imparcial e a do

d
assistente técnico é parcial.
De acordo com o art. 466, do NCPC, o perito tem por objetivo esclarecer o juízo,
já o assistente técnico é de confiança da parte.
Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso.
§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento
ou suspeição.

Questão 23 – CESPE/MPU – Analista do MPU – Engenharia


Química – 2015
Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.
As partes podem arguir o impedimento ou suspeição do perito e levantar
nc

dúvidas sobre seus conhecimentos técnicos e especializados ou aptidões


para a realização da perícia. Os assistentes não estão sujeitos a essas
arguições.

Comentários
A assertiva está correta. Dado caráter parcial da atuação do assistente, não
estão sujeitos a impedimento ou suspeição. Quem poderá ser arguido como
impedido ou suspeito é o perito.

Questão 24 – FCC/TRE-RR – Analista Judiciário – Área


Judiciária – 2015
Timóteo, juiz de direito, possui uma família de juristas. Seu bisavô, Carlos,
é advogado. Também são advogados seus primos, Nicolau, filho do seu tio
Alvaro, e Gilberto, neto do seu tio Alberto. Nestes casos, de acordo com o
Código de Processo Civil brasileiro, Timóteo não poderá exercer suas funções

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de juiz no processo contencioso ou voluntário, quando estiver postulando


como advogado da parte
a) Carlos e Nicolau, apenas
b) Nicolau e Gilberto, apenas.
c) Nicolau, apenas.
d) Carlos, Nicolau e Gilberto.
e) Carlos, apenas.

Comentários
• Carlos – bisavô – parente de terceiro grau
• Nicolau – filho do tio – parente de quarto grau
• Gilberto – neto do tio – parente de quinto grau
Nesse caso, de acordo com o NCPC, em seu art. 144, III, Timóteo não poderá
exercer suas funções de juiz no processo contencioso ou voluntário, quando
Carlos estiver postulando como advogado da parte.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
s
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

Questão 25 – VUNESP/TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário –


i

2014 - adaptada ao NCPC


É causa de suspeição do juiz:
r

a) inimizade em relação ao auxiliar de justiça.


b) quando já foi mandatário da parte.
c

c) amizade com o advogado da parte autora.


o

d) ter interesse no julgamento da causa em favor de uma das partes.


e) quando seu cônjuge for advogado de uma das partes.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Com base no art. 145, I, do NCPC, há suspeição
do juiz amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados. O
auxiliar de justiça não é parte no processo, embora seja um sujeito processual.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

Logo, a amizade com o auxiliar de justiça não implica ferimento da


imparcialidade.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 144, I, do NCPC, há
impedimento do juiz quando já foi mandatário da parte.

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Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;

A alternativa C está incorreta. Conforme citado acima, há suspeição do juiz


quando este for amigo ÍNTIMO das partes ou de seus advogados.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 145, IV,
do NCPC.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 144, III, do NCPC, há


impedimento do juiz quando seu cônjuge for advogado de uma das partes.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer sua funções no processo:

os
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive.

Questão 26 – VUNES/TJ-PA - Juiz de Direito Substituto – 2014


– adaptado ao NCPC
n
Assinale a alternativa com o processo no qual é obrigatória a intervenção do
Ministério Público, sob pena de nulidade.
a) Demanda coletiva de posse de terra rural.
ir

b) Demanda condenatória de interesse de pessoa jurídica de direito público.


c) Ação possessória.
d) Desapropriação indireta
e) Execução fiscal.

Comentários
São três as hipóteses de atuação do Ministério Público previstas no NCPC:
co

• interesse público ou social;


• interesse de incapaz;
• litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

Questão 27 - TJ-RS/TJ-RS - Oficial de Justiça – 2014 –


adaptada ao NCPC
Considere as afirmações abaixo, a respeito do oficial de justiça.
I - Incumbe-lhe auxiliar o juiz na manutenção da ordem.
II- Incumbe-lhe efetuar avaliações.
III - É civilmente responsável quando pratica ato nulo com dolo ou culpa.
Quais estão corretas?

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a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Comentários
O NCPC dedica vários dispositivos para tratar dos auxiliares de justiça e, entre
eles, trata do oficial.
O item I está correto, dado que o art. 154, IV, prevê expressamente que incumbe
ao oficial de justiça auxiliar o juiz na manutenção da ordem.

s
O item II está igualmente incorreto, dado que retrata exatamente a atribuição
prevista no inc. V, do art. 154, do NCPC.
O item III também está correto, pois o oficial de justiça – em face do que prevê
o art. 155, I, do NCPC – responderá civilmente e na forma regressiva quando,

ni
sem justo motivo, se recursar a cumprir os atos nos prazos previstos na lei, ou
determinados pelo juiz, ou quando praticarem ato nulo por dolo ou culpa.
Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão.

Questão 28 – FUNDEP/TJ-MG – Juiz – 2014 – adaptada ao


NCPC
Sobre o juiz, as partes em geral o Ministério Público e os serviços auxiliares
da Justiça, assinale a alternativa INCORRETA.
s

a) Partes são aquele que pede em seu próprio nome (ou em cujo nome é
ur

pedida) uma atuação de lei (autor) e aquele frente ao qual tal atuação é
pedida (réu).
b) Compete ao juiz dirigir o processo, assegurando às partes ter igualdade
de tratamento, velar pela rápida solução do litígio, prevenir ou reprimir
co

qualquer ato contrário à dignidade da justiça e tentar, a qualquer tempo,


conciliar as partes.
c) Na área cível, a atuação do Ministério Público se dá em dois aspectos:
como parte e como fiscal da ordem jurídica.
d) Não são auxiliares da justiça o depositário, o administrador e o intérprete.

Comentários
A alternativa A é não envolve assunto tratado nesta aula, mas podemos
respondê-la com facilidade com os conteúdos vistos. O auxiliar de justiça
distingue-se da parte, pois parte será sempre aquele que demanda ou aquele
contra quem se demanda. Assim, o conceito da alternativa está correto.
A alternativa B está correta, de acordo com os incs. I, II, III e V, do art. 139,
do NCPC.

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A alternativa C está correta, pois o Ministério Público pode atuar como agente
ou como fiscal da ordem jurídica.
A alternativa D, por fim, está incorreta e é o gabarito da questão, tendo em
vista que é justamente o contrário do afirmado. Veja:
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas
pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça,
o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador
judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.

Questão 29 – IADES/TRE-PA – AJAJ - 2014


Com base na suspeição e no impedimento do magistrado, assinale a
alternativa correta.
a) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

s
voluntário que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido
sentença ou decisão.
b) Reputa-se infundada a alegação de impedimento do juiz quando este for
herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes.

i
c) O magistrado não pode declarar-se suspeito por motivo íntimo.
d) O magistrado que tenha oficiado como perito no feito não está impedido
ou suspeito face à imparcialidade que norteia a perícia.
s
e) Reputa-se infundada a suspeição de parcialidade do juiz quando receber
dádivas antes de iniciado o processo
ir

Comentários
Os arts. 144 e 145 são de fundamental importância para a prova. Você deve
r

conhecer cada uma das hipóteses e, além disso, saber distinguir as hipóteses de
impedimento de suspeição
A alternativa A está correta em face do que prevê o inc. II, do art. 145, do
NCPC.
A alternativa B está incorreta. O fato de o magistrado ser herdeiro presuntivo,
c

donatário ou empregador de alguma das partes faz com que a parcialidade seja
objetiva e implica, inclusive, impedimento em face do que dispõe o inc. VI, do
art. 144, do NCPC.
A alternativa C, por sua vez, está incorreta, pois tal faculdade é expressamente
assegurada no §1º, do art. 145, do NCPC:
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões.

A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o inc. I, do art. 144, se


atuou como perito, restará impedido de atuar posteriormente na causa como
magistrado. É o caso, por exemplo, do oficial de justiça posteriormente aprovado
para o cargo de juiz.
A alternativa E, por fim, está incorreta, porque contraria o inc. II, abaixo citado:

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Art. 145. Há suspeição do juiz: (...)


II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que
subministrar meios para atender às despesas do litígio; (...).

Questão 30 – FCC/TRF3ªR – AJOAF – 2014 – adaptado ao NCPC


É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando for;
a) amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes.
b) parte, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha
reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
c) credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes
destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive.
d) interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
e) receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou

d
depois de iniciado o processo.

Comentários
Dentre as alternativas, a única que retrata hipótese de impedimento é a que
s
consta na alternativa B, que é o gabarito da questão. Essa hipótese consta do
art. 144, IV, do NCPC.
ir

Todas as demais alternativas são hipóteses de suspeição previstas nos incisos do


art. 145, do NCPC, pelo que estão incorretas.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que
nc

subministrar meios para atender às despesas do litígio;


III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
co

companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;


IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

Lembre-se de que, quando a questão trouxer o termo “é defeso”, significa dizer


que “é impedido”.

Questão 31 – FCC - TRF3ªR – TJAA - 2014


Pedro, oficial de justiça, viajou para visitar sua mãe doente e resolveu
delegar a outra pessoa o cumprimento de mandado de citação do réu de
uma ação de cobrança. A conduta de Pedro.
a) é ilegal, pois está obrigado a realizar pessoalmente as diligências próprias
de seu cargo.

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b) é legal, se a pessoa à qual delegou as atribuições tiver cumprido as


formalidades inerentes ao ato citatório e for analista judiciário oficial de
justiça.
c) só é ilegal se a pessoa que cumpriu a diligência for seu cônjuge, irmão ou
parente até o terceiro grau.
d) legal, porque a lei atribui ao oficial de justiça poderes para delegar suas
funções por necessidade do serviço ou outro motivo justificado.
e) só é ilegal se a certidão a respeito da ocorrência, com menção de lugar,
dia e hora, não tiver sido lavrada e assinada pelo próprio oficial de justiça.

Comentários
Trata-se de atitude ilegal, que gerará a responsabilização do servidor, em face
do que prevê o art. 154, I, do NCPC:
Art. 154.Incumbe ao oficial de justiça:
I – fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias
do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no

i
mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;

Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.


u
Questão 32 – IBFC/MPE-SP - Analista de Promotoria I – 2013
s
– adaptada ao NCPC
Com relação ao Juiz, no processo civil, assinale a alternativa CORRETA:
a) O juiz responderá por danos que causar à parte apenas nos casos em que
e

proceder com dolo ou fraude.


b) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo, contencioso ou
voluntário, quando alguma das partes for credora ou devedora.
u

c) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando este for


órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
n

d) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando este


funcionou como órgão do Ministério Público.
c

e) E defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando nele já


estiver postulando como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral até
o terceiro grau.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 143, do NCPC, são três as
possibilidades de condenação do magistrado em ação regressiva:
 ação com dolo;
 ação em fraude; e

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 recursar, omitir ou retardar sem justo motivo de providência que deveria ordenar de
ofício ou a requerimento da parte, quando após determinar a diligência decorreu mais de
10 dias.

A alternativa B está incorreta, pois o magistrado figurar como credor ou devedor


de alguma das partes configura hipótese de suspeição, não de impedimento.
Art. 145. Há suspeição do juiz: (...)
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; (...)

A alternativa C está incorreta, pois, de acordo com o art. 144, a hipótese


retratada é de impedimento, não de suspeição.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
(...)
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte
no processo; (...)

o
A alternativa D também está incorreta. Novamente, a banca trocou as hipóteses
de impedimento e de suspeição.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
(...)
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; (...)

A alternativa E, por sua vez, está correta e é o gabarito da questão porque está
de acordo com o art. 144, III, do NCPC:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
i

(...)
III - quando nele estiver postulando como defensor público, advogado ou membro do
rs

Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou


afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; (...)

Questão 33 - TRF3ªR/TRF3ªR - Juiz Federal – 2013 – adaptada


c

ao NCPC
Em tema de suspeição e impedimento, assinale a alternativa correta:
a) E defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando nele estiver
postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente
seu, consanguíneo ou afim, em linha reta até o segundo grau.
b) Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, desde que
fundamento suas razões.
c) Toma-se impedido o juiz de exercer as suas funções no processo a partir
do momento em que nele passar a pleitear, como advogado, seu cônjuge ou
qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha
colateral até o segundo grau.
d) É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo quando for cônjuge,
parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na
colateral, até o terceiro grau.

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São efetivamente da competência do juiz o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
e) III, apenas.

Comentários
Vamos analisar cada item:
O item I está correto, pois de acordo com o art. 139, I, do NCPC.
O item II está incorreto, pois a guarda dos autos é responsabilidade do escrivão

s
ou chefe de secretaria, de acordo com o previsto no art. 152, IV, do NCPC. Dada
a relevância do dispositivo, vamos citá-lo, novamente:
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do
cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
s
c) quando devam ser remetidos ao contabil sta ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;

Por fim, o item III está correto, dado que o art. 139, III, do NCPC, atribui a
se

responsabilidade de prevenir qualquer ato contrário à dignidade da justiça ao


magistrado.
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.
cu

Questão 35 – FCC/TRF5ªR – AJOAF - 2012


Compete ao juiz
a) sentenciar ou despachar nos autos, salvo em caso de lacuna ou
obscuridade da lei.
b) decidir, como regra geral, por equidade os processos de sua competência.
c) decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo- lhe defeso conhecer
de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
d) apreciar a prova de modo tarifado, hierarquizado, atendendo aos fatos e
circunstâncias dos autos, desde que alegados pelas partes.
e) julgar a causa como lhe parecer mais conveniente ou adequado,
independentemente do pedido formulado pela parte.

Comentários

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As alternativas A e B estão incorretas em face do que prevê o art. 140, do


NCPC. Confira:
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

A alternativa C, por sua vez, está em sintonia com o art. 141, do NCPC, e,
portanto, é o gabarito da questão:
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Por fim, as alternativas D e E estão incorretas. O assunto será aprofundado em


outra oportunidade, mas, desde já, você pode saber que não existem provas
tarifadas em nosso ordenamento processual civil e, além disso, vigora o princípio
do livre convencimento motivado do magistrado para decidir acerca dos pedidos
formulados pelas partes.

Questão 36 – VUNESP/Câmara de Marília – SP – Procurador


Jurídico – 2016
Assinale a alternativa correta, no que concerne aos atos processuais.
a) Os atos e termos processuais sempre dependem de forma determinada,
reputando-se nulos os que forem realizados de outro modo.
s
b) Todos os atos processuais são públicos, sem exceção.
r

c) O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos em


ei

processo que tramite em segredo de justiça é restrito às partes e a seus


procuradores.
d) O terceiro, ainda eu demonstre interesse jurídico, não pode requerer ao
ur

juiz certidão de dispositivo de sentença, bem como de inventário.


e) Não existe a obrigatoriedade do uso do vernáculo em todos os atos e
termos do processo

Comentários
A alternativa A está incorreta. O art. 188, do NCPC, prevê que os atos e os
termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial.
A alternativa B está incorreta. A regra geral é de que os atos processuais são
públicos. Porém, o caput do art. 189, da referida Lei, estabelece algumas
hipóteses em que os processos tramitam em segredo de justiça.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável,
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

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III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;


IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que
a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o §1º, do


art. 189, da Lei nº 13.105/15:
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de
pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.

A alternativa D está incorreta. Com base no §2º, do art. 189, da referida Lei, o
terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do
dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de
divórcio ou separação.
A alternativa E está incorreta. O caput do art. 192, do NCPC, prevê que em
todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.

os
Questão 37 – VUNESP/MPE-SP – Oficial de Promotoria I –
2016 – adaptada do NCPC
Jaqueline foi intimada para aditar sua petição inicial em 10 dias, sob pena
un
de extinção do processo. Diante dessa hipótese, é correto afirmar que
a) se o prazo fatal para cumprir tal determinação recair em um feriado,
Jaqueline deverá realizar tal ato no dia útil anterior a essa data.
s
b) o prazo determinado deverá ser contado em dias úteis, dentro da
sistemática processual em vigor, incluindo o dia do começo e excluindo o dia
r

de término do prazo.
c) tal prazo será interrompido caso sobrevenha em seu curso a morte de
Jaqueline.
d) no caso em apreço, o prazo será contado em dias úteis e, caso, o último
u

dia termine em dia não útil, deve-se postergar o prazo processual para o dia
útil seguinte.
e) se não houvesse prazo legal ou judicial determinado para que Jaqueline
o

fizesse o aditamento, a lei determina que seja cumprido o ato em 15 dias.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Se o prazo fatal para cumprir tal determinação
recair em um feriado, Jaqueline deverá realizar tal ato no dia útil posterior a
essa data.
A alternativa B está incorreta. De acordo com os arts. 219 e 224, do NCPC, o
prazo deverá ser contado em dias úteis, excluindo o dia do começo e incluindo o
dia do vencimento.
A alternativa C está incorreta. O prazo será suspenso, e não interrompido, caso
sobrevenha em seu curso a morte de Jaqueline. Vejamos o art. 221, da referida
Lei:

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Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou
ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo
igual ao que faltava para sua complementação.

O art. 313 traz causas que suspendem o processo, tal como a morte de qualquer
uma das partes ou também por motivos de força maior.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois retrata a regra geral
para fins de contagem de prazos processuais.
A alternativa E está incorreta. Conforme art. 218, §3º, se não houvesse prazo
legal ou judicial determinado para que Jaqueline fizesse o aditamento, a lei
determina que seja cumprido o ato em 5 dias.

Questão 38 – CONSULPLAN/Prefeitura de Santa Maria


Madalena – RJ – Advogado – 2010 – adaptada ao NCPC
Dentro do tema Direito Processual Civil, marque a alternativa INCORRETA:

o
a) Não havendo preceito legal, nem assinação pelo juiz, será de cinco dias o

id
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
b) Computar-se-á em dobro o prazo para contestar e para recorrer quando
un
parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
c) Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz,
computar-se-ão somente os dias úteis
io

d) A superveniência de férias interromperá o curso do prazo.


e) O juiz proferirá os despachos de expediente, no prazo de cinco dias e as
decisões, no prazo de dez dias.

Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o §3º, do art. 218, do NCPC:
nc

§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.

A alternativa B está correta, conforme prevê o art. 183, da Lei nº 13.105/15:


Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias
e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

A alternativa C está correta, com base no art. 219, da referida Lei:


Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão
somente os dias úteis.

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.


220, do NCPC, suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos
entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
A alternativa E está correta, visto que está previsto no art. 226, I e II, da Lei
nº 13.105/15:
Art. 226. O juiz proferirá:

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I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;


II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;

6.4 - Lista de Questões de Aula


(TRT19ªR-AL/AJAJ/2014)
Acerca dos poderes, deveres, atos e responsabilidade do juiz, julgue o item subsecutivo
Compete ao juiz tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes, podendo constar de eventual
transação, ponto não suscitado pela petição inicial.

Gabarito: CORRETO

(TRT19ªR-AL/AJAJ/2014)
Acerca dos poderes, deveres, atos e responsabilidade do juiz, julgue o item subsecutivo

o
Responderá por perdas e danos o juiz quando, no exercício de suas funções, agir com culpa,
prejudicando a rápida solução do litígio.

Gabarito: INCORRETO

(TRE-RS/AJAA/2015 – adaptada ao NCPC)


Com relação ao papel do Ministério Público, dos órgãos e dos auxiliares da justiça, em cada
o

uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
Bruno ajuizou ação contra Germano perante o juízo cível da comarca de Porto Alegre – RS.
se

Nesse caso, após a determinação judicial de citação, cabe ao oficial de justiça executar tal
ordem e expedir o mandado citató io, para que o escrivão cumpra pessoalmente o
respectivo mandado.

Gabarito: INCORRETO

(TRE-RS/AJAA/2015 – adaptada ao NCPC)


co

Com relação ao papel do Ministério Público, dos órgãos e dos auxiliares da justiça, em cada
uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
João ajuizou ação de interdição e curatela contra seu pai, Francisco. Nesse caso, o Ministério
Público não poderá produzir provas, mas poderá impugnar as provas requeridas pelas
partes.

Gabarito: INCORRETO

(TRE-RS/AJAA/2015 – adaptada ao NCPC)


Com relação ao papel do Ministério Público, dos órgãos e dos auxiliares da justiça, em cada
uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada.

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Valdo ajuizou ação contra Amarildo, que é primo legítimo do juiz da causa. Nessa situação,
o juiz ficará impedido de atuar no processo e, caso ele viole o dever de abstenção, a sua
atuação provocará a nulidade do processo.

Gabarito: INCORRETO

(TJ-PE/Juiz Substituto/2015 – adaptada ao NCPC)


Quanto à atividade processual do juiz, julgue:
É defeso a ele impedir que as partes se sirvam do processo para praticar ato simulado.

Gabarito: INCORRETO

(MPE-AP/Analista Ministerial/2012 – adaptado ao NCPC)


José Reinaldo e João Vitório são engenheiros e peritos judiciais. No processo “X” José

o
Reinaldo apresentou dolosamente laudo pericial contendo informações inverídicas para
prejudicar o autor. No processo “Y” João Vitório apresentou culposamente, em razão de
conduta negligente, laudo pericial contendo informações inverídicas o que acabou

ni
prejudicando o réu. Nestes casos, de acordo com o Código de Processo Civil, José Reinaldo
a) ficará inabilitado por três anos a cinco anos a funcionar em outras perícias e João Vitório
por dois a três anos.
b) ficará inabilitado por dois anos a 10 anos a funcionar em outras perícias e João Vitório
por quatro a oito anos.
c) e João Vitório ficarão inabilitados por cinco anos a 10 anos, a funcionar em outras perícias.
ir

d) ficará inabilitado por três a cinco anos a funcionar em outras perícias e João Vitório por
três anos a 10 anos.
e) e João Vitório ficarão inabilitados por dois a cinco anos a funcionar em outras perícias.

Gabarito: E

(MPE-PE/Técnico Minister al/2012 -adaptada)


n

Melissa é juíza de d reito da X Vara Cível da Comarca Y do Estado de Pernambuco. Melissa


faz parte de uma família de operadores do Direito. Seu avô, irmão, cunhada e sobrinha são
c

advogados militantes. De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, é defeso à


Melissa exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário, quando nele estiver
postulando como advogado da parte apenas seu
a) avô e irmão, tratando-se de hipótese de impedimento.
b) avô, irmão e cunhada, tratando-se de hipótese de suspeição.
c) avô, irmão, cunhada e sobrinha, tratando-se de hipótese de impedimento.
d) avô e irmão, tratando-se de hipótese de suspeição.
e) avô, tratando-se de hipótese de suspeição.

Gabarito: C

(RJ/Analista Judiciário - Execução de Mandados/2012)

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O juiz responderá por perdas e danos quando


a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício,
ou a requerimento da parte.
b) sua sentença for alterada pelos tribunais.
c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer processo.
d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias.
e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exercício de suas funções.

Gabarito: A

7 - Destaques da legislação
 art. 139, do NCPC: deveres do magistrado
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-

s
lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir
postulações meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de
conciliadores e mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,
e

adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do


direito;
VII - exercer o poder de polícia requisitando, quando necessário, força policial, além da
u

segurança interna dos fóruns e t ibunais;


nc

VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las
sobre os fatos da causa hipótese em que NÃO incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios
processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério
Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem
o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de
setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.

 art. 140, do NCPC: proibição do non liquet


Art. 140. O juiz NÃO se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade
do ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

 art. 143, do NCPC: responsabilidade civil do magistrado


Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos QUANDO:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

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II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício
ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que
a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado
no prazo de 10 (dez) dias.

 art. 144, do NCPC: hipóteses de impedimento


Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,

o
inclusive;

id
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica
parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das
partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
s
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
ro

VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
ei

IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.


rs

§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o


advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz.
c

§ 2o É VEDADA a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do


juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido
co

a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que


individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente
no processo.

 art. 145, do NCPC: hipóteses de suspeição


Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou
depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto
da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões.

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§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:


I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

 art. 148, do NCPC: extensão das hipóteses de impedimento e de suspeição


Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

 art. 152: atribuições do escrivão/chefe de secretaria


Art. 152. Incumbe ao ESCRIVÃO ou ao CHEFE DE SECRETARIA:
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais
atos que pertençam ao seu ofício;
II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar

do
todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-
lo;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, NÃO permitindo que saiam
do cartório, EXCETO:
a) quando tenham de seguir à conclusão do ju z;
b) com vista a procurador, à Defensoria Púb ica ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
ir

d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;


V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, INDEPENDENTEMENTE
rs

de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;


VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
§ 1o O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição prevista no inciso VI.
§ 2o No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o juiz convocará substituto e, não
n

o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.


co

 art. 154, do NCPC: atribuições do oficial de justiça


Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências
próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas,
certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
V - efetuar avaliações, quando for o caso;
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer
das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber.
Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz
ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias,
sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa.

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 art. 165, §§ 2º e 3º, do NCPC: conceito de mediador e de conciliador


§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que NÃO houver vínculo
anterior entre as partes, PODERÁ sugerir soluções para o litígio, sendo VEDADA a
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver VÍNCULO
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação,
identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.

 art. 166, caput, do NCPC: princípios da conciliação


Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência,
da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da
informalidade e da decisão informada.

 art. 178, do NCPC: atuação do MP como fiscal da ordem jurídica

os
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS,
intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses prev stas em lei ou na Constituição
Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz; u
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de
s
intervenção do Ministério Público.

 art. 179: prerrogativas processuais do MP na atuação como fiscal da ordem


jurídica
i

Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
rs

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de TODOS os atos do
processo;
cu

II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

 art. 180, caput, do NCPC: prazo em dobro para o MP


on

Art. 180. O Ministério Público gozará de PRAZO EM DOBRO PARA MANIFESTAR-SE nos
autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o
[carga, remessa ou meio eletrônico].

 art. 183, caput, do NCPC: prazo em dobro para advocacia pública


Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias
e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

 art. 186, caput, do NCPC: prazo em dobro para a DP:


Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais.

8 - Súmulas e jurisprudência correlatas


 Súmula Vinculante 25: vedação à prisão do depositário infiel
Súmula Vinculante 25.

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É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

 AgRg no REsp 1.363.949/MG5: MP possui legitimidade para ajuizar


demanda individual, mesmo sem repercussão para interesses difusos ou
coletivos.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL
CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO À SAÚDE. DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA. PROTEÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS E INDISPONÍVEIS.
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO. O
RECONHECIMENTO DE REPERCUSSÃO GERAL DO TEMA PELO STF NÃO ENSEJA
O SOBRESTAMENTO DO RECURSO ESPECIAL EM TRÂMITE NO STJ.
1. Conforme entendimento predominante no Superior Tribunal de Justiça, o
Ministério Público detém legitimidade ativa ad causam para propor ação civil
pública objetivando a proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente,

s
porquanto se trata de direito fundamental e indisponível, cuja relevância
interessa a toda a sociedade.
2. A repercussão geral reconhecida pela Suprema Corte, nos termos do art. 543-

i
B do CPC, não enseja o sobrestamento dos recursos especiais que tramitam neste
un
Superior. Precedentes: AgRg no REsp 1.470.167/MG, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 2/12/2014;
AgRg no REsp 1.157.885/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma,
s
DJe 5/12/2014; AgRg no AREsp 550.808 MG, da minha relatoria, DJe 8/9/2014;
ro

AgRg no AREsp 325.781/MG, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira
Turma, DJe 10/3/2014.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.

9 - Resumo
r

Juiz e Auxiliares da Justiça


PODERES, DEVERES E RESPONSABILIDADE JUIZ
on

 assegurar a igualdade de tratamento;


 velar pela duração razoável do processo;
 prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias;
 adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias;
 promover a autocomposição;
 dilatar prazos e alterar a ordem produção dos meios de provas de acordo com as necessidades
do conflito;
 exercer o direito de política;
 determinar o comparecimento pessoa para inquirir partes (não gera confissão);

5
AgRg no REsp 1363949/MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, 1ª Turma, julgado em 18/12/2014,
DJe 03/02/2015

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 será considerada ilegítima a alegação de suspeição:


• se a própria parte que alegar a suspeição a provocar.
• se a parte que alegar a suspeição já tiver praticado ato no processo que implique a
aceitação tácita do magistrado.
Quando 2 ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o
outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto
legal.
HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO (arts. 144/5)
• aplica-se
• magistrado
• MP
• auxiliares de justiça
• sujeitos imparciais do processo
• não aplica
• testemunha

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AUXILIARES DA JUSTIÇA
• chefe de secretaria e oficial de justiça
• perito
• depositário e administrador
• intérprete e tradutor
• conciliadores e mediadores judiciais
 Escrivão ou chefe de secretaria e oficial de justiça
• É a estrutura mínima de uma unidade funcional judiciária, que se denomina de cartório ou
de secretaria.
 Atribuições do escrivão/chefe de secretaria:
• Redação de ofícios, de mandados, de cartas precatórias e demais atos.
• Efetivar as ordens judiciais.
• Atuar nas audiências.
• Guarda e responsabilidade dos autos dos processos.
São exceções à guarda dos autos:
a) conclusão (com o juiz para despacho, decisão ou julgamento);
un
b) vistas (advogado, defensor público, membro do Ministério Público ou Fazenda
Pública);
c) remessa ao contador ou repartidor; e
o

d) remessa a outro juízo por modificação da competência.


• Fornecimento de certidões.
• Prática de atos meramente ordinatórios.
e

ordem de publicação e efetivação


• cronológica
• preferência
nc

• atos declarados urgentes


• preferências legais
co

 Incumbe ao oficial de justiça:


• Executar as ordens determinadas pelo magistrado, com devolução posterior do mandado.
• Auxiliar no exercício do poder de polícia pelo magistrado.
• Certificar proposta de conciliação.
 Responsabilização civil do chefe de secretaria e do oficial de justiça
• recusa cumprir atribuições no prazo legal ou fixado pelo juiz
• prática de ato nulo com dolo ou culpa

 Perito
• Auxiliar ocasional que atuará apenas quando necessária a produção de prova técnica.
• Para a definição do perito temos dois modos:
1º - formação de cadastro de órgãos

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2º - na hipótese de não haver perito inscrito para a localidade no cadastro, o


magistrado poderá nomear livremente profissional ou órgão técnico ou científico para
realização da perícia.
• PRAZO PARA ESCUSA
• 15 dias
• a contar da intimação OU
• do fato, se derivado de causa superveniente
• RESPONSABILIZAÇÃO DO PERITO
• se agir com dolo ou culpa e prestar informações inverídicas
• responsabilidade civil pelos danos causados
• inabilitação para outras perícias pelo prazo de 2 a 5 anos
• comunicação ao órgão de classe para medidas cabíveis
 Depositário e Administrador
• responsável pela guarda e manutenção;
• receberá contraprestação e ressarcimento de despesas;
• admite-se a nomeação de prepostos para auxiliá-lo;
• se, por dolo ou culpa, causar prejuízo, deve indenizar e perde a contraprestação, mas terá
direito ao ressarcimento de despesas;
• depositário infiel sofre responsabilização civil, penal e sanção por ato atentatório à
o

dignidade da justiça (na forma do art 77, do NCPC).

O depositário ou administrador é uma figura comum no processo civil. Sempre que houver
rs

apreensão judicial de bens, o juiz poderá nomeá-los para a guarda e conservação. Embora não
seja objeto do estudo da aula de hoje, é possível que o próprio executado ou o demandado
assuma a guarda dos bens.
Pergunta-se:
 Intérprete e Tradutor
• ATUAÇÕES:
o Para traduzir documento escrito em língua estrangeira;
c

o Para traduzir depoimentos colhidos em língua estrangeira dos depoentes que não
conhecerem o idioma nacional; e
o Para realizar interpretação simultânea dos depoimentos quando a parte ou a
testemunha se comunique por intermédio de LIBRAS.
• NÃO PODEM ATUAR COMO INTÉRPRETES OU TRADUTORES
o caso se enquadrem nas hipóteses de impedimento (art. 144) ou de suspeição (art.
145)
o se não tiver a livre administração dos bens
o se for arrolado como testemunha ou se atuar como perito no processo
o se estiver inabilitado para o exercício da profissão, em face de sentença penal
condenatória, pelo período que durar os efeitos da pena
 Conciliadores e Mediadores Judiciais

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