Livro - Gestão de Projetos - UNICESUMAR PDF
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PROJETOS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
GESTÃO DE PROJETOS
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa disciplina de Gestão de Projetos. Você
alguma vez já pensou que gerenciamos projetos o tempo todo durante a nossa vida?
Sejam eles pessoais como comprar uma casa, um carro e fazer uma faculdade ou pro-
fissionais no desenvolvimento de um novo produto, serviço ou resultados? Pois é, in-
dependente da sua resposta, você pode pensar em um projeto, em todos os contextos,
que envolve planos pessoais ou profissionais.
No contexto das organizações do século XXI, os projetos são peças chaves para criar va-
lor para os negócios em um ambiente dinâmico em que há mudanças tecnológicas, res-
trições de tempo e recursos financeiros constantes. Com isso, a profissão do gerente de
projetos vem crescendo ao longo do tempo, visto que a metodologia de gerenciamento
de projetos permite que as organizações tomem decisões mais assertivas. Deste modo,
aprenderemos que gerenciamento de projetos não é uma metodologia pré-definida,
mas sim um conjunto de práticas e conhecimentos que são adaptados às necessidades
de cada organização.
Voltando alguns séculos, observe as histórias das grandes navegações em busca de no-
vas rotas de comércio, por Portugal, Espanha e, posteriormente, países Europeus entre
o século XV e o início do século XVII, exigia grande planejamento, desde a rota e as al-
ternativas delas que em muitos casos eram realizadas sem terem anteriormente feito a
viagem, o tempo previsto de navegação, a direção a seguir, os equipamentos, alimentos
e água doce disponíveis para toda a viagem.
Imagine se um dos itens citados falhasse: o insucesso da navegação poderia ser catas-
trófico para tripulação. Agora você é incumbido de gerenciar um projeto, do qual não
conhece o caminho; pense que você vai desenvolver um produto ou serviço que nunca
desenvolveu antes. Tudo terá que ser planejado, coletando o maior número de informa-
ções possíveis, com a equipe, com pessoas que conhecem sobre o produto ou serviço.
Enfim, não iniciamos a carreira de gerente de projetos conhecendo tudo sobre o que
será desenvolvido, mas sim as técnicas necessárias para chegar a um resultado final.
Para isso, iniciamos a Unidade I com os conceitos e aspectos iniciais sobre gestão de
projetos, levantando um breve histórico sobre o tema e apresentando os conceitos e
definição de projeto. Além disso, você aprenderá sobre os aspectos do gerenciamento
de projetos e os benefícios no adequado emprego da gestão de projetos, bem como os
fatores críticos de sucesso e fracasso em projetos.
Na Unidade II, aprenderemos sobre as duas abordagens em gerenciamento de projetos:
a tradicional e a ágil. Você verá que não há uma superior à outra, mas serão adotadas
de acordo com as características dos projetos e a maturidade da equipe de desenvolvi-
mento. Entenderemos que as duas metodologias podem ser trabalhadas de forma que
uma apoie a outra.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
28 Gerenciamento de Projetos
49 Considerações Finais
55 Referências
57 Gabarito
UNIDADE II
61 Introdução
93 Estruturas Organizacionais
106 Referências
108 Gabarito
UNIDADE III
111 Introdução
162 Referências
163 Gabarito
UNIDADE IV
167 Introdução
210 Referências
211 Gabarito
UNIDADE V
215 Introdução
274 Referências
275 Gabarito
276 Conclusão
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
I
CONCEITOS E ASPECTOS
UNIDADE
INICIAIS SOBRE GESTÃO
DE PROJETOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Instruir o aluno sobre o histórico e evolução do gerenciamento de
projetos.
■■ Ensinar ao aluno o conceito e definição de projeto.
■■ Preparar o acadêmico para o gerenciamento de projetos.
■■ Orientar o aluno sobre os benefícios percebidos no adequado
emprego da gestão de projetos.
■■ Instruir o aluno sobre os fatores críticos de sucesso em projetos.
■■ Ensinar ao aluno os fatores críticos de fracasso em projetos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Histórico e evolução do gerenciamento de projetos
■■ Conceito e definição de projeto
■■ Gerenciamento de projetos
■■ Benefícios com a utilização da metodologia de gestão de projetos
■■ Fatores críticos de sucesso em projeto
■■ Fatores críticos de fracasso em projetos
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
das Pirâmides do Egito (entre os anos
de 2630-2611 a.C), Templo de Salomão
(1012 a.C), Muralha da China (iniciou-
-se por volta de 220 a.C), Pantheon (27
a.C a 14 d.C), Coliseum (70 d.C), Torre
Eiffel (1887), construção do Canal do Panamá
(1914), Bomba Atômica (1945) e a ida do homem à Lua (1969). Projetos esses
que exigiram grande organização e tecnologia humana para atingir o resultado
de um esforço temporário.
Não obstante, o princípio de gerenciamento de projetos surgiu com o cresci-
mento das mudanças tecnológicas e a complexidade de novos negócios a partir
do século XIX, com a revolução industrial, em que toda estrutura de produção
fora modificada. Surge, então, a necessidade de gerenciar as organizações de
forma sistematizada, buscando a eficiência guiada pela otimização de tempos,
movimentos e recursos.
Assim, Frederick Winslow Taylor, em 1911, introduziu o conceito de tra-
balhador eficiente para aumentar a produtividade e reduzir custos de produção
nas organizações, ao invés de contratar mais trabalhadores ou aumentar a jor-
nada de trabalho. Dessa forma, demonstrou que o trabalho pode ser analisado
e aprimorado a partir do foco em pequenas partes para o todo.
Associado a Taylor, o pai do gerenciamento de projetos, o Henry Laurence
Gantt, em 1919, estudou de forma delineada a ordem das operações no traba-
lho – a partir da construção de navios para marinha durante a I Guerra Mundial
– e confeccionou o Gráfico de Gantt (também chamado de gráfico de barras
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mento de projetos. Desde então, o PMI tornou-se mais conhecido como o editor
de “Um guia do corpo de conhecimento de gerenciamento de projetos (PMBOK)”
considerado uma das ferramentas essenciais na profissão de gerenciamento de
projetos hoje. O PMI oferece dois níveis de certificação de gerenciamento de pro-
jetos, Certified Associate in Project Management (CAPM) e Project Management
Professional (PMP).
Em 1986, porém, surge o Scrum um modelo ágil de desenvolvimento de
software baseado em várias pequenas equipes que trabalham de forma inten-
siva e interdependente. Surge também uma “engenharia simultânea” mais ágil e
reativa. Indústrias automobilísticas que mudaram suas organizações para desen-
volver projetos mais rapidamente (GAREL, 2013).
Desse modo, tanto a disciplina quanto o título de gerente de projeto sur-
giram apenas no século XX, impulsionados pelo aumento da competitividade
que levou ao crescimento na complexidade das organizações e produtos, pres-
sões de prazos e mercado, necessidade de motivação de equipe e atendimento
dos padrões de qualidade.
Em 2008, o PMI realizou uma pesquisa e verificou que cerca de US$ 12
trilhões são gastos anualmente em projetos, aproximadamente 20% do pro-
duto interno bruto mundial. E esse valor tende a aumentar visto que, com
a intensificação das inovações tecnológicas, o gerenciamento de projetos é
cada vez mais aceito e difundido, pois ele proporciona maior agilidade nas
tomadas de decisão.
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CONCEITO E DEFINIÇÃO DE PROJETO
■■ Produto único que pode ser parte de outro item a ser fabricado.
■■ Serviço único que pode dar suporte para a fabricação e distribuição de
um produto.
■■ Resultado único que pode ser compreendido como uma pesquisa que
dará suporte a um novo produto ou processo que beneficiará a sociedade.
■■ Uma combinação de produtos, serviços ou resultados que pode resultar
em um aplicativo de software.
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Como vimos, os projetos são temporários, o que significa que tem início e tér-
mino definidos, não necessariamente que o projeto tenha curta duração. De
acordo com PMI (2017), o final do projeto ocorre quando:
■■ Os objetivos do projeto foram alcançados.
■■ Os objetivos não serão ou não poderão ser atingidos.
■■ Os recursos estão esgotados ou não estão mais disponíveis para aloca-
ção ao projeto.
■■ A necessidade do projeto não existe mais.
■■ O projeto é finalizado por motivo legal ou por conveniência.
Assim, cada projeto é único, tem início e fim, é focado no cliente e sujeito a res-
trições de prazos, custos e recursos. De acordo com o PMI (2017), o projeto pode
iniciar com objetivo de cumprir algum requisito legal ou regulatório; atender a
requisitos das partes interessadas; criar, melhorar ou corrigir produtos ou servi-
ços; e para implementar/ alterar estratégias de negócios ou tecnológicas. Desta
forma, há fatores tecnológicos, concorrenciais, ambientais, materiais, políticos,
econômicos e de mercado que levam à criação de projetos.
1. Único. 1. Repetitivo.
3. Permanente e sem previsão de encer-
2. Finito e com prazo determinado.
ramento.
4. Experiência em realizar as tarefas re-
4. Riscos e incertezas predominantes,
petidamente, visando a otimização de
devendo ser calculados e minimizados.
recursos.
5. Sofre grande e constante influência
de variáveis externas. O projeto, nor-
5. Sofre influência de variáveis inter-
malmente, está relacionado à inovação,
nas. As atividades rotineiras demandam
em que influências de fora podem re-
maior motivação da equipe, liderança,
fletir no processo de tomada de deci-
decisões internas de metas estratégicas,
são. São exemplos de fatores externos:
entre outros.
questões econômicas, sociais, legais,
ambientais, tecnológicas, entre outros.
Carvalho (2015) destaca que os projetos e atividades contínuas podem ter uma
relação sequencial ou combinada. A sequencial ocorre após o desenvolvimento
e término do projeto, na aplicação em forma de rotina, repetitiva e contínua. Por
exemplo, o projeto era desenvolver um novo celular e a sua aplicação contínua
seria a produção em série do aparelho.
A relação combinada, porém, é utilizada por empresas que organizam sua
rotina em forma de projetos, isto é, determinando períodos de produção (com
datas de início e término) e metas específicas a serem atingidas neste período, con-
tudo, sem abrir mão do desenvolvimento de novos produtos (CARVALHO, 2015).
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Ao pensar em projeto versus atividades rotineira, quanto aos objetivos, se for
um projeto, pode-se utilizar recursos adicionais para atender prazos ou especifi-
cações, já nas atividades rotineira a racionalização de recursos deve ser priorizada
(CARVALHO, 2015). No horizonte temporal, o projeto tem prazo determinado,
início e fim, que deve ser cumprido, e nas atividades contínuas isto não ocorre,
já que elas se repetem no tempo (CARVALHO, 2015).
As pessoas envolvidas em projetos podem trabalhar em etapas específicas e ao
concluírem podem sair do projeto, enquanto nas atividades rotineiras as pessoas
trabalham de forma contínua nas operações (CARVALHO, 2015). Quanto ao conhe-
cimento prévio do trabalho, o projeto é repleto de incertezas e riscos, entretanto nas
atividades rotineiras as questões são conhecidas e previsíveis (CARVALHO, 2015).
O projeto tem uma abrangência muito maior que uma rotina, isto é, durante o pro-
jeto, permite-se a criação de vários produtos a partir de uma fórmula. Contudo, na
atividade contínua o processo deve contemplar apenas uma (CARVALHO, 2015).
Cabe destacar que, no desenvolvimento do projeto, deve-se focar na eficá-
cia (em atingir o objetivo do projeto com qualidade) mesmo que a eficiência
seja comprometida, isto é, mesmo que não seja possível fazer as atividades de
forma otimizada, de forma mais rápida com menos recursos do que o previsto.
Por sua vez, nas atividades rotineiras, além da eficácia que deve ser considerada
um padrão estabelecido, deve-se buscar continuamente a eficiência nos proces-
sos, atividades e operações (CARVALHO, 2015).
Assim, o projeto assume um objetivo e é finalizado, enquanto a atividade
contínua, o objetivo prossegue sem interrupção, cumprem um determinado obje-
tivo, assumem outro e continua o trabalho (LEAL; CASTRO, 2017).
contêm contêm
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Além disso, o projeto pode ser desenvolvido também para corrigir um problema
já existente, que consome recursos da empresa, como o, excesso de devoluções
de produtos, muito tempo gasto no trânsito da mercadoria ou até mesmo a falta
de pontualidade nas entregas. Nesta perspectiva, desenvolve um projeto para
implementar ações de melhorias.
De acordo com o PMI (2017), um projeto pode ser gerenciado de forma
autônoma ou conjunta, isto é, fora ou dentro de um portfólio ou programa res-
pectivamente. Logo, os gerentes de projetos interagem com um programa ou
portfólio quando os projetos fazem parte destes.
Os programas são compostos por um conjunto de projetos individuais, que
visam alcançar objetivos comuns, logo são gerenciados de forma coordenada
visando a obtenção de benefícios que não seriam possíveis se fossem gerencia-
dos de forma autônoma. Dentro dos programas, cada projeto tem um gerente e
uma equipe que é responsável pela entrega (PMI, 2017).
O portfólio, por sua vez, consiste no agrupamento de programas e projetos
com a finalidade de atender os objetivos estratégicos da organização maximi-
zando a sua eficiência. Conforme apresentado na Figura 2.
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Exemplo de portfólio
Programa Programa
B1 C
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Observe na Figura 2 que vários projetos podem ser necessários para atingir
um conjunto de metas e objetivos da organização e que eles podem ser agrupa-
dos em programas. Logo, os programas não são projetos de grande porte (PMI,
2017). Em destaque, as organizações podem utilizar-se do portfólio para geren-
ciar vários programas e projetos em andamento em um determinado momento,
permitindo a visualização dos objetivos estratégicos.
De acordo com o PMI (2017), os portfólios também são gerenciados com
objetivo de: guiar as decisões de investimento da organização; escolher a combi-
nação ideal de programas e projetos para cumprir com os objetivos estratégicos
da organização; transparência na tomada de decisão; aumentar as chances de
alcançar o retorno esperado sobre o investimento; e centralizar o gerenciamento
do perfil de risco de todos os componentes.
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GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Melhores
Gerenciamento SUCESSO
práticas
de Projetos
• Conhecimentos p/ atender os
• Habilidades
Aplicado objetivos do
• Ferramentas/ projeto
técnicas
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Gerenciamento de Projetos
30 UNIDADE I
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■■ Aumenta a chance de sucesso do projeto, por meio de ferramentas que
buscam a redução de risco.
■■ Utiliza diversas ferramentas que dará suporte para o gerente de projetos
realizar medições, acompanhar as tarefas e realizar as mudanças.
Assim, os projetos são chaves para criar valor e benefícios nas organizações.
Para isso, os líderes organizacionais precisam ser capazes de gerenciar orça-
mentos cada vez mais apertados, com prazos mais curtos e recursos mais
escassos em um ambiente dinâmico em que a tecnologia muda rapidamente
(PMI, 2017).
Cabe destacar que o cliente ou o patrocinador sempre buscará obter o maior
benefício possível, com menor preço, de forma rápida e com produto ou serviço
de qualidade. Por isso, no gerenciamento do projeto, o maior desafio é balancear
as restrições básicas: qualidade, escopo, tempo e custos, em que qualquer modi-
ficação (em uma restrição) provoca impacto nas demais.
Assim, a restrição tripla é sobre equilibrar cada restrição para chegar a
uma conclusão bem-sucedida. À medida que o projeto avança, o gerente de
projeto pode realizar mudanças que pode afetar uma ou mais restrições. Pense
que se for necessário reduzir o custo, terá de reduzir o escopo. Caso a alte-
ração no projeto exija a redução do prazo, é necessário reduzir o escopo ou
aumentar o custo e para aumentar o escopo é necessário aumentar o custo ou
o prazo. Por exemplo, você foi incumbido de gerenciar um projeto de cons-
trução de uma casa:
Agora imagine que o patrocinador do projeto corte 30% dos recursos. O que você faria?
Independente da sua resposta, você terá algumas alternativas, como, por exemplo:
1. Reduzir o escopo do produto: entregar a casa com 4 quartos, mas apenas
1 com suíte, sem jardim e com apenas 2 vagas de garagem.
2. Aumentar o tempo de entrega da casa, que antes era de 6 meses para 12
meses. Reduzindo assim o custo com pessoal.
3. Manter o escopo e substituir os itens que impactarão na qualidade, como
trocar o laminado de primeira linha por um de segunda ou terceira linha,
substituir a tinta por uma inferior entre outros.
Nesta perspectiva, todos os projetos têm um orçamento finito; o cliente está dis-
posto a gastar uma certa quantia de dinheiro para a entrega de um novo produto
ou serviço. Imagine o exemplo da casa se você reduzir o custo do projeto, terá
que reduzir seu escopo ou aumentar seu tempo.
Com relação ao tempo, os projetos têm uma data limite para entrega. Quando
você reduz o tempo do projeto, você terá que aumentar seu custo ou reduzir
seu escopo. Cabe destacar também que muitos projetos falham na restrição do
escopo do projeto, porque este projeto não está totalmente definido ou compre-
endido desde o início.
Gerenciamento de Projetos
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Escopo
Qualidade
Gerenciamento de Projetos
34 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para administrar o projeto com eficácia.
■■ Habilidades para liderar a equipe do projeto com eficácia, coordenando
o trabalho e colaborando com as partes interessadas, bem como solucio-
nar problemas e tomar decisões.
■■ Capacidade para desenvolver e gerenciar o escopo, cronogramas, orça-
mentos, riscos, planos, apresentações e relatórios.
■■ Personalidade, atitude, ética e liderança.
De acordo com o PMI (2017), para obter sucesso, os gerentes de projetos pre-
cisam se concentrar nas habilidades chaves, como: gerenciamento de projetos
técnico, liderança e gerenciamento estratégico e de negócios, isto é, ao triângulo
de talentos (Figura 5).
o
Téc to
nic
n
jet me
Pro cia
os
de eren
Lid
G
era
nç
a
Gerenciamento
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estratégico e de negócio
Figura 5 – Triângulos de Talentos do PMI
Fonte: adaptada de PMI (2017, p. 57).
Gerenciamento de Projetos
36 UNIDADE I
Administrador
de interfaces
Administrador Administrador
de pessoas de tecnologias
Gerente de
Projetos
Organizador Implementador
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Formulador
Planejador
de métodos
Gerenciamento Liderança
Guiar, influenciar e colaborar usando
Direta usando poder posicional
poder relacional
Manter Desenvolver
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Administrar Inovar
Foco em sistemas e estrutura Foco em relacionamentos com pessoas
Apoiar-se em controle Inspirar confiança
Foco em metas de curto prazo Foco em visão de longo alcance
Perguntar como e quando Perguntar o que e por que
Foco nos resultados Foco no horizonte
Aceita o status quo Questiona o status quo
Age corretamente Faz o que é necessário fazer
Foco em questões operacionais e solu- Foco em visão, alinhamento, motivação
ção de problemas e inspiração
Fonte: adaptado de PMI (2017, p. 64).
Gerenciamento de Projetos
38 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
preocupações a fim de satisfazê-las (PMI, 2017). “[...] Para ter sucesso, o gerente
do projeto deve adaptar a abordagem do projeto, o ciclo de vida e os processos
de gerenciamento de projetos para cumprir os requisitos de projeto e produto”
(PMI, 2017, p. 64).
O gerenciamento de projetos deve ser visto como uma ferramenta que ajuda
as organizações a executar projetos designados de forma eficaz e eficiente
(AZZOPARDI, 2006). Ao empregar as boas práticas de gerenciamento do pro-
jeto, a organização poderá obter resultados efetivos, como redução de custos e
de prazos de desenvolvimento de novos produtos. Além disso, permitirá um:
aumento do tempo de vida dos produtos, maior controle sobre o andamento
do projeto, aumento de clientes, bem como de sua satisfação, potencializando,
assim, as chances de sucesso do projeto.
■■ Firmino (2005) destaca os benefícios para as organizações que utilizam
as melhores práticas são:
■■ Reduz o aparecimento de “surpresas”, devido ao processo de documen-
tação e compartilhamento de lições aprendidas.
■■ Permite o desenvolvimento de diferenciais competitivos e novas técnicas
com alto valor agregado.
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Pense que mesmo aplicando a metodologia de gerenciamento de projetos de
forma disciplinada, você não eliminará todos os riscos, problemas e surpresas,
mas terá processos e procedimentos padrão que te ajudarão a lidar com eles e
ajudar a evitar o seguinte:
■■ Atrasos no projeto, aumento no orçamento e não atender às expectati-
vas do cliente.
■■ O gerenciamento de projetos não agregando valor à organização, sendo
visto como um desperdício de tempo e dinheiro.
■■ Projetos bem-sucedidos, alcançados por meio de horas extraordinárias
dedicadas, estresse constante entre outros.
■■ Eventos e riscos internos e externos que afetam o projeto, mas que não
foram identificados no início.
Nesta perspectiva, as empresas que adotam as melhores práticas estão mais habi-
litadas ao sucesso no mercado. Contudo, o uso desta ferramenta não garante o
sucesso automático do projeto (AZZOPARDI, 2006), pois não podemos esquecer
que o nível de benefícios obtidos pelas instituições com a utilização do gerencia-
mento de projetos está relacionado com ao amadurecimento em relação às boas
práticas, bem como aos conceitos que ela traz.
Gerenciamento
Apoio da alta das expectativas
administração das partes
interessadas
Alcance
dos objetivos
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para qual ele foi
empreendido
Apoio da
metodologia de Compreender o
gerenciamento contexto e a
de projetos cultura
organizacio-
nal
De acordo com Borba (2015, on-line)2, o apoio da alta administração é o mais impor-
tante para o projeto, pois sem isso não há um patrocinador, não haverá recursos
físicos e humanos necessários à execução do projeto. O autor destaca que o pro-
jeto deve atingir os objetivos geradores dos benefícios previstos para a organização.
Para que os objetivos sejam alcançados, devem ser criadas formas de medição de
tempo, custo, qualidade, segurança, entre outros (BORBA, 2015, on-line)2.
As expectativas que partes interessadas possuem, com a execução do projeto,
devem ser atendidas ou superadas por meio da aplicação do conhecimento, habi-
lidades, ferramentas e técnicas às atividades componentes do projeto (BORBA,
2015, on-line)2. Na maioria das vezes, um projeto pode ser considerado um
sucesso de execução se atender os critérios de tempo, custo, eficácia e satisfa-
ção do cliente (BORBA, 2015, on-line)2. Cabe destacar que os processos não
desenvolvem projetos, mas sim pessoas incumbidas de atividades que se forem
gerenciadas de forma adequada culminará no atendimento objetivo do projeto.
Como as pessoas que realizam o projeto, é necessário que o gerente do projeto
tenha capacidade de se comunicar, liderar, motivar e, acima de tudo, se envol-
ver com pessoas é fundamental para o sucesso de um projeto.
Uma parte interessada, interna ou externa, pode afetar ou ser afetada, posi-
tiva ou negativamente, por decisões, atividade ou resultado de um projeto.
As partes interessadas internas são patrocinador, gerente de recursos; escri-
tório de projetos; comitê de portfólio, gerente do programa e de outros pro-
jetos; membros da equipe que está executando o projeto. Por outro lado,
as partes interessadas externas são: clientes e usuários finais; fornecedores;
acionistas; agentes reguladores; concorrentes.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pode afetar o sucesso do seu projeto.
■■ Reservar algum tempo do cronograma do seu projeto: as atividades do
projeto devem incluir a criação de mudanças de processo, por isso não
aloque 100% do tempo disponível de seus membros da equipe para tare-
fas de projeto.
■■ Não agendar pessoas multitarefa por mais de 80% do tempo: a mul-
titarefa excessiva introduz ineficiências no processo de comunicação e
pensamento que reduzem a produtividade individual.
■■ Investir no aprendizado e criar tempo de treinamento no cronograma:
crie treinamentos e subtraia isso do tempo disponível para que eles tra-
balhem nas tarefas do projeto.
■■ Planejar reservas de contingência: os projetos nunca vão exatamente
como planejado. O gerente de projeto prudente incorpora orçamento
e agendamento de contingências (também conhecido como reserva de
gerenciamento) no final das principais fases para acomodar o imprevisto.
■■ Acompanhar o status do projeto abertamente e honestamente: crie um
clima no qual os membros da equipe considerem que é seguro para eles
reportarem o status do projeto com precisão.
■■ Realizar retrospectivas do projeto: durante essa revisão, identifique as
coisas que foram bem. Procure também coisas que não foram tão boas e
pense em eventos que o surpreenderam, pois estes podem ser fatores de
risco para os quais você deve estar atento no próximo projeto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Pesquisa de avaliação de riscos inadequada na fase de viabilidade.
Por fim, na fase de conclusão, segundo Keelling (2006), a falha advém do:
■■ Fracasso em concluir dentro do prazo.
■■ Fracasso em alcançar os padrões de qualidade adequados e exigidos no
início do projeto.
■■ Entregas inadequadas às atividades propostas.
■■ Avaliação e acompanhamento inadequados do projeto.
■■ Falta de sustentação para os objetivos do projeto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Falta de recursos humanos capacitados e disponíveis para trabalhar no
projeto e de definição de requerimentos e escopo do projeto.
■■ Inadequação do gerenciamento e liderança do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
50
Fonte: a autora.
MATERIAL COMPLEMENTAR
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.pmtech.com.br/artigos/Iniciando%20Carreira%20em%20
GP%20-%20Mauro%20Sotille.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2018.
2
Em: <http://heitorborbasolucoes.com.br/fatores-criticos-de-sucesso-de-um-pro-
jeto/> Acesso em: 30 jul. 2018.
57
GABARITO
1. C.
2. E.
3. D.
4. Resposta:
• Os objetivos do projeto foram alcançados.
• Os objetivos não serão ou não poderão ser atingidos.
• Os recursos estão esgotados ou não estão mais disponíveis para alocação ao
projeto.
• A necessidade do projeto não existe mais.
• O projeto é finalizado por motivo legal ou por conveniência.
5. Resposta:
• Desenvolvimento de um novo remédio.
• Construção de um prédio.
• Fusão de organizações.
• Desenvolvimento ou modificação de um software.
• Melhorias de um processo de produção em uma indústria.
• Realização de pesquisas para criação de novos processos organizacionais en-
tre outros.
ANOTAÇÕES
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
II
ABORDAGENS, ESTRUTURAS
UNIDADE
E CICLO DE VIDA
DE PROJETOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ensinar aos alunos os conceitos e ferramentas ágeis de gestão de
projetos.
■■ Instruir os alunos sobre a abordagem PMBOK em relação ao ciclo de
vida e grupo de processos de gerenciamento de projetos.
■■ Orientar os alunos sobre os tipos de estruturas organizacionais.
■■ Ensinar os alunos sobre o escritório de gerenciamento de projetos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Abordagem ágil de projetos
■■ Abordagem PMBOK: ciclo de vida e grupo de processos de
gerenciamento de projetos
■■ Estruturas organizacionais
■■ Escritório de gerenciamento de projetos
61
INTRODUÇÃO
Introdução
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ABORDAGEM ÁGIL DE PROJETOS
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go do projeto.
5. Construa projetos em torno de indivíduos motivados.
6. O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para um time
de desenvolvimento é a conversa cara a cara.
7. O software funcional é a principal medida de progresso.
8. Os processos ágeis promovem o desenvolvimento sustentável.
9. A contínua atenção à excelência técnica e ao bom design aumenta a
agilidade.
10. Simplicidade é essencial, reduza o trabalho que não precisou ser feito.
12. As melhores arquiteturas, requisitos e projetos emergem de equipes au-
to-organizadas.
13. Em intervalos regulares, para o time se tornar mais efetivo, ajuste seu
comportamento de acordo.
Fonte: adaptado de Agile manifesto ([2018], on-line)1.
Há uma grande diversidade de métodos ágeis que podem ser utilizados. Entre os
mais conhecidos, podemos citar o Scrum, a família Crystal, o FDD (Feature Driven
Development), o DSDM (Dynamic System Development Method), XP (Extreme
Programming), AUP (Agile Unified Process) e o Lean Software Development.
Scrum
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zar a previsibilidade e o controle de riscos: transparência, inspeção e adaptação.
A transparência garante que os aspectos do processo que afetam o resultado
sejam visíveis e conhecidos aos que controlam o resultado, para que todos com-
partilharem um mesmo entendimento (CRUZ, 2015). Por exemplo: quando uma
etapa estiver descrita como finalizada, todos os integrantes devem saber o que
significa etapa finalizada (SCHWABER; SUTHERLAND, 2013).
A inspeção é parte da auto-organização do Time, logo os processos devem
ser totalmente inspecionados com uma frequência suficiente para que as varia-
ções possam ser detectadas, considerando que o processo pode ser modificado
pelo próprio ato de inspecionar. Contudo, a inspeção não deve ser tão frequente
a ponto de atrapalhar a própria execução (CRUZ, 2015).
A adaptação seria o ajuste a ser realizado rapidamente, caso durante
a inspeção for verificada uma variação fora dos limites aceitáveis em um
ou mais aspectos do processo, e que o produto resultante será inaceitável
(CRUZ, 2015). Para isso, o Scrum possui quatro eventos formais: a reunião
de planejamento da Sprint; reunião diária; reunião de revisão da Sprint; e a
retrospectiva da Sprint.
Na Reunião de Planejamento (Sprint Planning), realizada pelo Scrum
Master com no máximo oito horas, é que se define com toda equipe o trabalho
a ser realizado para a Sprint de um mês de duração. Nesta reunião, define-se
“o que será feito” e “como”. Normalmente, estas reuniões são diárias e duram
entre 15 a 20 minutos e sempre no mesmo local e horário, para que a equipe
de desenvolvimento possa se organizar e criar um plano até a próxima reu-
nião do dia seguinte.
Reunião
diária
a cada
24 horas
Sprint
duração entre 2 e 4 semanas
Backlog Produto
do Produto Planejamento Pronto
da Sprint Backlog Reunião de Reunião da
Execução
da Sprint Revisão Retrospectiva
da Sprint
Cabe destacar que o Backlog é uma lista de todas as características, funções, tec-
nologias, melhorias e correções que constituem o produto a ser entregue. Assim,
o Backlog do produto: é o que será trabalhado ao longo do projeto e o Backlog da
Sprint é somente a parte do backlog considerada “preparada” e selecionada para
ser trabalhada na versão da Sprint (CRUZ, 2015). Ainda, ao analisar a Figura 1,
verifica-se que o ciclo de vida Scrum permite a execução de um projeto em ite-
rações menores, em um modelo sequencial e repetitivo, gerando incrementos
do produto até o encerramento completo do projeto (CRUZ, 2015).
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Embora o Scrum possa ser aplicado em qualquer projeto, seus resultados
positivos são com facilidade alcançados em projetos de natureza tecnoló-
gica e com equipes enxutas, compostas geralmente por três a sete pessoas.
Um fator relevante é que o Scrum não possui referências para o gerencia-
mento de áreas como custos ou aquisições, tampouco para etapas como
iniciação ou encerramento de projetos, pois ele é aplicado de forma dire-
cionada e focado apenas na etapa de execução rápida dos projetos. Para
que os projetos sejam bem executados e tenham bons resultados, uma das
regras é que o time seja auto-organizável e multidisciplinar: se o Time não
for experiente o suficiente para se auto-organizar com eficiência e eficácia
ou se não receber mentoria ou coaching externos, a complexidade da sua
aplicação e do seu gerenciamento poderá ser aumentada em muitas vezes,
inviabilizando os objetivos do projeto ou comprometendo a confiabilidade
do uso do próprio Scrum.
Fonte: adaptado de Cruz (2015).
Família Crystal
A família Crystal é conhecida por ser pouco definida e por variar de acordo com
o projeto. Diante disso, utilizam-se cores (Figura 2) para indicar a complexidade
(ou “dureza”) da metodologia que deve ser aplicada (Cruz, 2015).
Incremento n
Funcionalidades e características do Projeto
Comunicação
Incremento 2 Planejamento
Modelagem
Comunicação
Construção
Incremento 1 Planejamento
Implantação
Modelagem
Comunicação
Entrega n
Construção
Planejamento
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Implantação
Modelagem
Entrega 2
Construção
Tempo do Projeto
Criticidade do Sistema
De acordo com Cruz (2015), quanto mais escura a cor, maior é a sua complexidade
e maior será o peso dos métodos. A escolha da cor, isto é, o tipo de metodologia
se dá pela análise da quantidade de pessoas dentro da equipe versus a criticidade
do projeto. Por exemplo, a cor:
■■ Crystal Clear é uma metodologia leve, para equipes de duas a oito pes-
soas, podendo ser eficiente com até doze em casos especiais.
■■ Crystal Yellow funciona bem para equipes por volta de dez a vinte membros.
■■ Crystal Orange e a variante Orange Web é mais apropriado para equipes
de vinte a cinquenta integrantes.
■■ Crystal Red para equipes de cinquenta a cem membros (CRUZ, 2015).
Fases de desenvolvimento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por funcionalidade (F)
Figura 3 – Processos principais da FDD
Fonte: Cruz (2015, p. 337).
PÓS-
PROJETO
ESTUDO DE
PRÉ-
VIABILIDADE/
PROJETO
NEGÓCIO
MODELO
IMPLEMENTAÇÃO
FUNCIONAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ITERATIVO E ITERATIVO E
INCREMENTAL INCREMENTAL
DESIGN E
CONSTRUÇÃO
ITERATIVO E
INCREMENTAL
Figura 4 – Processo DSDM
Fonte: Cruz (2015, p. 348).
XP (Extreme Programming)
O XP, criado por Kent Beck no final da década de 90 nos Estados Unidos, é uma
abordagem amplamente utilizada no mundo para o desenvolvimento de software
com qualidade, período curto de tempo, reduzindo os custos e transtornos cau-
sados aos envolvidos no projeto. O XP também pode complementar o Scrum,
fornecendo princípios e práticas que podem torná-lo ainda mais eficiente. De
acordo com Foggetti (2014, p. 85-86), os valores do XP são:
■■ Comunicação: entre os integrantes da equipe e cliente.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10. Oportunidade – equipe disposta a melhorar e aprender.
11. Redundância – testar bastante reduz erros.
12. Falha – aprendendo com erros.
13. Qualidade – pode-se negociar o tempo e escopo, nunca a qualidade.
14. Aceitação das responsabilidades – não há responsabilidades impostas.
Implementação
Teste
Disciplinas
Implantação
Gerenciamento
de configuração
Gerenciamento
de projetos
Ambiente
I1 E1 C1 ... C2 ... ...Cn T1 ... T2
Iterações
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pas de testes bem definidas, além do gerenciamento de configuração, projetos e
ambientes preparados para o Time trabalhar.
[...] os marcos de verificação das fases do AUP podem deixar a inspeção
do Scrum mais robusta, proporcionando mais artefatos e documentos
de entrada para as cerimônias de adaptação e promovendo iterações
futuras melhoradas e otimizadas (CRUZ, 2015, p. 362).
Isto porque cada uma das fases do AUP tem no final um marco que sinaliza que
a equipe finalizou a fase com êxito. Assim, a AUP possui 4 marcos (CRUZ, 2015):
O primeiro marco se refere aos objetivos do Ciclo de Vida (LCO – Life Cycle
Objectives), pois, na fase de iniciação, as partes interessadas devem concordar
a respeito dos seguintes pontos:
■■ Escopo.
■■ O conjunto de requisitos levantado corretamente.
■■ Plano adequado, incluindo as estimativas iniciais de custo e cronograma.
■■ Aceitação dos riscos identificados e estratégias de resposta aos riscos.
■■ Aceitação do processo AUP.
■■ Viabilidade do projeto em todas as perspectivas.
■■ Plano de projeto adequado para a próxima fase de elaboração.
■■ Adequação do projeto ao portfólio e à estratégia organizacional da empresa.
Cabe destacar, também, que AUP se difere do Scrum por ter fases e discipli-
nas bem definidas (modelo, implementação, teste, implantação, gerenciamento
de configuração, gerenciamento de projetos em ambiente). Cada disciplina é
composta por um conjunto de atividades sugeridas para aplicação durante as
iterações (CRUZ, 2015).
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Lean Software Development
O pensamento Lean iniciou-se na Toyota por Fiji Toyoda e Taiichi Ohno entre
1945 e 1975. Apenas na década de 90 passou a ser disseminado e reconhecido
internacionalmente por ser uma filosofia que tem por objetivo a redução do des-
perdício de forma gradual e flexibilidade de produção dentro das organizações. A
partir do ano 2003, uniu-se os princípios de fabricação enxuta com práticas ágeis.
De acordo com Jeff Sutherland, fundador do método ágil Scrum, os méto-
dos ágeis são aplicações do pensamento Lean para software (GOMES, 2017,
on-line)3. Todavia, o Lean vai além do desenvolvimento ágil, oferecendo uma
perspectiva mais abrangente que permite resultados ainda melhores (GOMES,
2017, on-line)3. Desta forma, o desenvolvimento de software Lean se concen-
trou nessas áreas:
1. Crie o que é certo: compreenda a visão de interesse do cliente e forneça
valor real a eles. Uma equipe de produtos focada na resolução de proble-
mas reais de clientes integrará continuamente o conhecimento de diversos
membros da equipe, para garantir que a perspectiva do cliente seja ver-
dadeiramente compreendida e efetivamente abordada.
2. Crie-o rapidamente: um foco na eficiência do fluxo é o ingrediente secreto
do desenvolvimento de software enxuto. Logo, reduza drasticamente o
tempo de entrega da solução do cliente para a entrega.
3. Crie a coisa certa: garanta qualidade e velocidade com testes, integração
e implantação automatizados. O código de implantação com frequência
O ciclo de vida do projeto é definido pelo PMI (2017, p. 547) como “[...] a série
de fases pelas quais um projeto passa, do seu início à sua conclusão”. A fase do
projeto é representada por um conjunto de atividades ordenadas de forma lógica,
compostas por: início do projeto; organização, preparação e execução do traba-
lho; e conclusão do projeto, conforme apresentado na Figura 6.
Fases genéricas
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Figura 6 – Representação genérica de um ciclo de vida do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 548).
De acordo com o PMI (2017), o ciclo de vida do projeto deve ser flexível para
lidar com fatores incluídos no projeto, na medida em que informações mais
detalhadas são disponibilizadas, o que permite uma evolução do projeto. Logo,
essa capacidade de evoluir e se adaptar depende do ambiente que está sendo
Também está apresentado na Figura 7 o ciclo de vida ágil, que são carac-
terizados pela elaboração progressiva dos requisitos do projeto, com base em
planejamentos curtos e iterativos. Isto permite que os riscos e custos sejam redu-
zidos pela elaboração progressiva de planos iniciais. E como as partes interessadas
interagem com o projeto e fornecem feedback constantes, isso permite reagir
de forma rápida a mudanças, o que resulta em melhor qualidade (PMI, 2017).
Ainda na Figura 7, temos os iterativos e incrementais chamados também de
métodos híbridos, são projetos que tendem a se alinhar mais com o lado predi-
tivo ou ágil. Isto vai depender de como são tratados os custos e os riscos, bem
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como a natureza do envolvimento das partes interessadas (PMI, 2017).
Linha do tempo
Avaliação de
necessidades Revisão
de fase
Business
case
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Tempo de
abertura
Plano de do projeto
gerenciamento Plano de
de benefícios gerenciamento
do projeto
Fases genéricas
Figura 8 - Inter-relação de avaliação de necessidades de documentos críticos do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 29).
de uma só vez. Para isso, utiliza-se ferramentas que auxiliarão escolher o melhor
projeto, ou seja, aquele que melhor atende os requisitos na empresa no momento.
No entanto, como descobrir?
Para isso, você poderá analisar as ideias e verificar quais se encaixam nos
objetivos organizacionais da empresa. Em seguida, você pode analisar o valor
necessário para o investimento daquela ideia, verificando se a empresa tem con-
dições de desenvolver aquele projeto nas proporções exigidas naquele momento.
Ainda, é necessário avaliar se o mercado vai absorver o produto ou serviço e o
tempo que demorará para retornar o investimento.
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Mapa mental
O mapa mental é uma espécie de diagrama, que tem função de organizar infor-
mação, desenvolvido e sistematizado na década de 70 pelo psicólogo inglês Tony
Buzan, com intuito de ajudar as pessoas a liberar o potencial do cérebro. Para
iniciar o mapa, é necessário definir um tema central ou palavra-chave que deli-
bere o assunto a ser tratado. Este tema é desenhado em uma página em branco
e entorno dele são irradiadas representações de ideias por imagens, palavras e
partes de palavras relacionados ao conceito central. A partir disto, basta tra-
balhar as ideias organizadoras, adicionando traços que levem a outra palavra
importante para o desenvolvimento do tema central, como se fosse um sumá-
rio de um livro em que os subtítulos dão a ideia dos assuntos que irão compor
o desenvolvimento do tema proposto (KEIDANN, 2013).
Assim, uma informação central que vai trazendo outras de forma a organizar
os pensamentos e serve para compreender e solucionar problemas, memorizar
informações, aprender algo, roteirizar livros, organizar e apresentar palestras,
desenvolver brainstorming e para auxiliar a gestão estratégica da empresa. De
forma que organiza e expressa pensamentos de forma lógica e visual podendo
expressar a ideia com clareza.
Cabe destacar ainda que, na gestão estratégica da empresa, pode auxiliar na
identificação de oportunidades, mapeamento de mercado, análise de tendência,
análise de evolução tecnológica, demandas do consumidor, análise de compe-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tição, análise de perfil de clientes. Nesta perspectiva, novas ideias podem surgir
e o desenho do mapa mental delas pode se transformar em um sumário de um
plano de negócios, isto é, que dará a ideia do que será desenvolvido.
Time
Plano
de
Negócios
mento e Recomenda-
manutenção ções
DVDs DVDs
a inovação do seu negócio. Em terceiro lugar vem os canais, que podem ser de
comunicação, vendas e distribuição. Assim, você terá que pensar na comunica-
ção com o cliente, como seu produto será distribuído e onde o cliente encontrará
o seu produto ou serviço.
Ainda na Figura 10, há o quadro de relacionamento. Nesta perspectiva, você
tem que desenvolver uma estratégia de fidelização com o cliente. Deve pensar
também no fluxo de receitas, ou seja, como cobrará pelo produto e/ou serviço.
Outro fator importante é listar os recursos-chave para que o seu negócio funcione,
se o seu negócio é transporte de cargas, o seu recurso-chave será os caminhões
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e a equipe que transporta.
Diante disso, a atividade-chave será as atividades necessárias que você deve
fazer para manter os seus recursos-chave. No modelo de negócios, também tem
a opção de listar as parcerias-chave para que o negócio funcione, bem como a
estrutura de custos necessários.
2. Alinhamento Estratégico
Descrever como os benefícios do projeto apoiam e se alinham
com as estratégias de negócios da organização.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Cronograma para a Realização dos Benefícios
Descrever os benefícios por fase: curto prazo, longo prazo e
contínuos.
5. Indicadores
As medições diretas e indiretas usadas para mostrar os benefícios
realizados.
6. Premissas
Descrever as premissas do projeto.
7. Riscos
Os riscos associados para alcançar os benefícios desejados.
Figura 11 – Plano de Gerenciamento de Benefícios do projeto
Fonte: adaptada de Easybok (2017, on-line)5.
ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
Estruturas Organizacionais
94 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTRUTURA FUNCIONAL
Coordenação
do projeto Executivo-
chefe
lho de motivação com as pessoas alocadas nele. Esse arranjo organizacional não
facilita uma abordagem holística do projeto (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
ESTRUTURA PROJETIZADA
Coordenação
do projeto Executivo-
chefe
Estruturas Organizacionais
96 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
projetizadas são simples e flexíveis e de fácil compreensão e implantação e tende
a apoiar uma abordagem holística do projeto (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
Em contrapartida, suas desvantagens são: quando a organização assume
diversos projetos pode ocasionar duplicidade de trabalho; os indivíduos com
conhecimentos críticos, isto é, os especialistas sobre determinados assuntos
tendem a serem alocados aos projetos de acordo com sua disponibilidade e não
quando eles são necessários para o projeto; existe uma incerteza com o que irá
acontecer com a equipe do projeto quando este terminar; no caso de projetos
de alta tecnologia, o gerente de projetos precisa do trabalho dos especialistas
constantemente e o fato deles “pertencerem” aos setores funcionais é um grande
problema; neste tipo de estrutura há uma certa inconsistência na forma pela qual
as políticas e procedimentos internos da empresa são cumpridos por causa da
alta prioridade com os projetos gera uma concorrência com os setores funcio-
nais (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
ESTRUTURA MATRICIAL
Estruturas Organizacionais
98 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gerentes funcionais.
■■ Pode haver competição entre os diferentes gerentes pelos recursos técnicos
disponíveis na empresa o que pode ocorrer uma priorização inadequada
e diminuir o pleno aproveitamento da equipe.
Existem diversos tipos de EGP e cada um varia em função do seu grau de influ-
ência nas organizações (PMI, 2017). Você precisará determinar qual tipo você
precisa estabelecer para ter um escritório de projeto efetivo. Assim, o escritório
de projeto pode ser classificado como:
■■ Estratégico: identificação e seleção de projetos de acordo com as estraté-
gias da organização.
■■ Suporte: o escritório de suporte como o próprio nome já diz, dá um
suporte consultivo de acesso de informação de outros projetos, fornece
modelos e melhores práticas para auxiliar o desenvolvimento do projeto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Controle: funciona como um suporte, entretanto exige uma conformi-
dade na adoção de metodologias, modelos, formulários, ou um conjunto
de regras específicas a serem utilizadas no desenvolvimento do projeto.
Isto é, o “como fazer” controlado, pelo escritório de projeto de controle.
■■ Diretivo: o escritório de projeto diretivo assume o controle do projeto.
Isto é, os gerentes de projetos do escritório do projeto gerenciam efetiva-
mente com alto nível de controle.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
dologias que podem ser utilizadas para gerenciar projetos e poderá decidir qual
é a mais indicada de acordo com suas perspectivas.
Aprendemos também sobre duas metodologias de como organizar e sele-
cionar ideias em projetos e que, ao desenvolver um projeto, deve-se buscar uma
ideia para, em seguida, transformá-la em um produto ou serviço. Para isso, esta
unidade apresentou ferramentas que te auxiliarão neste processo. Neste contexto,
vimos como utilizar o mapa mental e o mapa de modelo de negócios para orga-
nizar as ideias de projetos, de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa.
Entendemos que, após a seleção do projeto a ser desenvolvido, inicia-se o
ciclo de vida do projeto e os processos de gerenciamento necessários para atingir
o objetivo do projeto. Aprendemos, também, que a configuração organizacio-
nal é fundamental para o alcance dos objetivos de negócios e que, dependendo
da empresa, ela pode ter uma estrutura mais voltada para o gerente funcional e
outra mais para o gerente de projetos.
Passamos a entender que a estrutura em que o gerente funcional toma as
decisões, a figura do gerente de projetos é fraca, pois ele não tem poder de deci-
são ou quando tem é limitado. Por outro lado, nas estruturas que tendem a ser
projetizadas, o gerente do projeto tem maior poder de decisão sobre os recur-
sos do projeto. Aprendemos, também, sobre a importância de um escritório de
gerenciamento de projetos dentro das organizações.
Considerações Finais
102
Este Guia contém o definição de Scrum. Esta definição consiste nos papéis, eventos, artefatos e
regras de Scrum que ligue-os.
<http://www.scrumguides.org/docs/scrumguide/v1/Scrum-Guide-US.pdf>.
O DSDM Agile Project Framework é uma abstração do DSDM® Atern® projetado para
complementar outros Abordagens ágeis em um ambiente onde uma abordagem de projeto
definida é esperada ou irá adicionar valor.
<https://www.agilebusiness.org/sites/default/files/the_dsdm_agile_project_framework_v1_11.
pdf?token=yqzXtW1a1>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
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DO VALLE, A. B. et al. Fundamentos do gerenciamento de projetos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2010.
DO VALLE, J. A. S. Identificação e análise de fatores relevantes para a implan-
tação de escritórios de gerenciamento de projetos de construção civil pelo
conceito do Project Management Office. 2010. Tese de Doutorado em Engenharia
Civil, Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ, Brasil.
FOGGETTI, C. Gestão ágil de projetos. São Paulo: Education do Brasil, 2014. Cole-
ção Bibliografia Pearson.
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today, v. 9, n. 5, p. 1-8, 2007.
KEIDANN, G. L. Utilização de Mapas Mentais na Inclusão Digital. II Encontro de Edu-
comunicação da Região Sul. Ijuí/RS, jun. 2013. Disponível em: <http://coral.ufsm.
br/educomsul/2013/com/gt3/7.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018.
MEREDITH, J. R.; MANTEL JR, S. J. Project management: a managerial approach.
John Wiley & Sons, 2009.
PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de conhecimentos de
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 6. ed. Newtown Square, 2017.
SEBRAE. Como elaborar um plano de negócios. Brasília. 2013. Disponível em:
<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/5f6dba19baaf17a98b4763d4327bfb6c/$File/2021.pdf>. Acesso em: 01 ago.
2018.
SCHWABER, K.; SUTHERLAND, J. Guia do Scrum–Um guia definitivo para o Scrum:
As regras do jogo. 2013. Disponível em: <https://www.scrumguides.org/docs/
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TEIXEIRA, D. D. et al. DSDM–Dynamic Systems Development Methodology. Facul-
dade de Engenharia da Universidade do Porto. v. 27, p. 05-09, 2005. Disponível em:
<https://paginas.fe.up.pt/~aaguiar/es/artigos%20finais/es_final_14.pdf>. Acesso
em: 01 ago. 2018.
WEBSTER JUNIOR, F. M., KNUTSON, J. What Is Project Management? Project Mana-
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(Ed.). The AMA handbook of project management. AMACOM Div American Mgmt
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107
REFERÊNCIAS
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-beneficios-6-ed-2017/>. Acesso em: 31 jul. 2018.
6
Em: <http://romulocesar.com.br/wp-content/uploads/2015/08/Estrutura-Gest%-
C3%A3o-de-Projetos.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2018.
GABARITO
1. B.
2. A.
3. O plano de negócios é um estudo de viabilidade econômica para determinar
a validade dos benefícios de um componente sem definição suficiente, utiliza-
do como base para autorização das atividades de gerenciamento de projetos.
O plano de gerenciamento de benefícios é a explicação documentada com a
definição dos processos de criar, maximizar e sustentar os benefícios que são
proporcionados por um projeto, complementando, assim, o plano de negócios
e o termo de abertura do projeto.
4. Na estrutura funcional, cada empregado possui um superior bem definido e está
restrito em áreas especializadas (área financeira, área de vendas etc). Assim, o
gerente de projetos tem pouca ou nenhuma autoridade sobre a disponibilidade
de recursos e o projeto, pois quem controla o orçamento do projeto é o gerente
funcional. Diante disso, o gerente de projetos e a equipe que administrativa do
gerenciamento de projetos trabalham em tempo parcial nele.
A estrutura projetizada focaliza seus trabalhos nos projetos e os gerentes de pro-
jetos possuem grande independência e autoridade com alta a quase total auto-
ridade sobre a disponibilidade de recursos. Logo, quem controla o orçamento
do projeto é o gerente do projeto. Neste tipo de estrutura, a maior parte dos
recursos da organização está envolvida no projeto. Diante disso, o gerente de
projetos e a equipe administrativa do gerenciamento de projetos trabalham em
tempo integral nele.
5. D.
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
III
PMI - PROJECT
UNIDADE
MANAGEMENT INSTITUTE -
ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ensinar os alunos sobre o processo de integração do projeto.
■■ Instruir os alunos sobre o escopo do projeto.
■■ Ensinar os alunos sobre o cronograma do projeto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Integração do projeto
■■ Gerenciamento do escopo do projeto
■■ Gerenciamento do cronograma do projeto
111
INTRODUÇÃO
Por meio desta proposta, você passará a compreender também que os pro-
cessos de planejamento desenvolvem o plano de gerenciamento do projeto, que
será utilizado para executá-lo. Para isso, o plano do projeto deve incluir todos os
processos usados para gerenciar o projeto para alcançar os objetivos, bem como
suas ferramentas e técnicas, o seu ciclo de vida e as fases associadas.
Dentro desta perspectiva, iniciaremos duas das dez áreas de gerenciamento
de projetos, administração de escopo e tempo, desde o planejamento, a execu-
ção, o monitoramento e controle e as entregas. Administrar o escopo se refere
ao gerenciamento do objetivo do produto ou projeto. Gerenciar o cronograma é
definir as atividades, colocar prazos, gerenciar o cronograma durante todo ciclo
de vida do projeto.
Para iniciar os processos de planejamento, é necessário que a solicitação do
projeto esteja aprovada e o gerente de projeto definido, pois ele será o responsável
pelas atividades de desenvolver o plano de projeto e todos os complementares,
que se tornará a principal fonte de informação para execução, controle e encerra-
mento. Agora que já conhecemos o contexto desta unidade, quero convidá-lo(a)
a continuar em nossa jornada de estudos e proponho a reflexão sobre a impor-
tância do planejamento para o sucesso do projeto.
Introdução
112 UNIDADE III
INTEGRAÇÃO DO PROJETO
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GRUPOS DE PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
[2018], on-line).
Após a etapa de seleção do projeto chega o momento de iniciá-lo. Para isso, o patro-
cinador do projeto emite o termo de abertura do projeto (TAP): um documento
que autoriza formalmente a sua existência e fornece ao gerente de projetos a autori-
dade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto (PMI, 2017).
Para o desenvolvimento do termo de abertura do projeto, é necessário que
você gestor do projeto tenha em mãos o Business case (plano de negócios) e o
plano de benefícios. O plano de negócios é importante para justificar ou não o
investimento, visto que fornece informações necessárias sobre o ponto de vista
dos negócios. E o plano de gerenciamento de benefícios fornece “[...] a explicação
documentada com a definição dos processos para criar, maximizar e sustentar
os benefícios proporcionados por um projeto ou programa” (PMI, 2017, p. 719).
Além disso, é importante que você conheça o setor que a empresa atua, as
condições do mercado (ambiente externo), bem como todo o ambiente organiza-
cional (interno), isto é, as políticas e processos organizacionais, como a empresa
engaja os contratados e fornecedores, a base de conhecimento dela com relação
ao desenvolvimento de projetos.
Após você conhecer o ambiente externo e interno da organização, chega
o momento de desenvolvimento do TAP. Para isso, você precisará de: opinião
especializada; coleta de dados; habilidade interpessoal e de equipe; e reuniões.
Integração do Projeto
114 UNIDADE III
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■■ Escritório de projetos entre outros (PMI, 2017).
Por fim, as reuniões são realizadas com as partes interessadas para identificar
os objetivos do projeto, bem como os critérios de sucesso, as entregas-chave, os
requisitos, o resumo de marcos entre outros (PMI, 2017).
Assim, o termo de abertura do projeto deve mostrar a importância da exis-
tência do projeto, deve ser escrito em forma de plano de trabalho e, antes de ser
aprovado, deve incluir informações como:
■■ Objetivo e justificativa do projeto.
■■ Finalidade do projeto e as necessidades do negócio.
■■ Cronograma e marcos resumidos.
■■ Influência das partes interessadas, suas organizações funcionais e sua
participação.
■■ Riscos do projeto.
■■ Requisitos necessários para o sucesso do projeto.
■■ Premissas e restrições organizacionais ambientais e externas.
■■ Orçamento.
■■ Critério de encerramento.
■■ Nome do patrocinador e a influência das partes interessadas.
Integração do Projeto
116 UNIDADE III
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atendida, principalmente se ela está fora do controle dos envolvidos no pro-
jeto (MONTES, 2017). O autor salienta, que caso precise da aprovação de
algum órgão como Inmetro, Anvisa ou qualquer órgão público, é necessário
ter um controle sobre o tempo que demora para a aprovação. Cabe destacar
que as premissas de baixo nível, isto é, que não apresentam tanto risco para
o projeto, normalmente são geradas ao longo do projeto.
Fonte: adaptado de PMI (2017) e Montes (2017).
PROCESSOS DE PLANEJAMENTO
Integração do Projeto
118 UNIDADE III
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do projeto, determinar como o trabalho será realizado e como será monitorado
e controlado, as entregas-chave, os requisitos, o resumo de marcos entre outros
(PMI, 2017).
No final do planejamento, tem-se o plano de gerenciamento de projetos. De
acordo com o PMI (2017, p. 86), “o plano de gerenciamento de projetos é um
documento que descreve como o projeto será executado, monitorado e con-
trolado e encerrado”. Além de servir como guia para a equipe do projeto, é o
principal processo de planejamento para o gerente de projeto, visto que integra
os demais planos complementando-os.
Os componentes do plano de gerenciamento de projetos são:
Assim, para orientar e gerenciar o trabalho do projeto você deve buscar: opi-
nião especializada, sistemas de informações e gerenciamento de projetos e
realizar reuniões.
Integração do Projeto
120 UNIDADE III
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Por fim, as reuniões são utilizadas para abordar e discutir tópicos do projeto
na orientação e no gerenciamento do projeto. Elas são realizadas com o gerente
do projeto, a equipe e partes interessadas.
Integração do Projeto
122 UNIDADE III
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nho, solicitação de mudanças entre outros (PMI, 2017).
É importante salientar que o plano de gerenciamento de projeto e seus com-
ponentes são entradas para o processo de realizar controle integrado de mudanças,
pois nele existem itens como: plano de gerenciamento e de configuração; a linha
de base do escopo do projeto e do produto, custos e cronograma. Essas linhas
de base são utilizadas para avaliar os impactos das mudanças, tanto no escopo,
como custos e cronograma.
As ferramentas de controle de mudanças devem ser selecionadas baseadas
nas necessidades das partes interessadas no projeto. Não esquecendo das con-
siderações ou restrições organizacionais e ambientais (PMI, 2017). Para esse
processo, você deve buscar a opinião especializada, análise de dados, tomada
de decisão e reuniões.
Com relação à opinião especializada, o gestor do projeto deve buscar infor-
mações com pessoas ou grupos de pessoas sobre o conhecimento técnico do
setor e da área, a legislação e regulamentação, a parte jurídica e de aquisições, o
gerenciamento de configurações e o gerenciamento de riscos.
A análise de dados deve ser feita analisando alternativas e custo-benefício
da mudança. A tomada de decisão pode ser realizada por meio de votação, deci-
são autocrática e/ou análise de decisão envolvendo múltiplos critérios. Por fim,
este processo exige reuniões realizadas com o comitê de controle de mudanças,
que vão analisá-las, aprová-las ou rejeitá-las.
Desta forma, os resultados deste processo são solicitações aprovadas, atua-
lizações no plano e nos documentos do projeto.
Integração do Projeto
124 UNIDADE III
■■ Comunicações do projeto.
■■ Medições e controle de qualidade.
■■ Relatórios de qualidade.
■■ Documentação dos requisitos.
■■ Relatório e registro de riscos.
Além disso, o gerente do projeto deve ter toda documentação das entregas
aceitas, como especificações do produto aprovado, recibos de entrega e docu-
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mentos de desempenho do trabalho (PMI, 2017). Os documentos de negócios
como plano de negócios e o plano de gerenciamento de benefícios fazem parte
da entrada deste processo de encerramento, bem como os acordos, a documen-
tação de aquisição e os ativos e processos organizacionais.
Neste sentido, para encerrar o projeto ou fase é necessário a busca de opi-
nião especializada, análise de dados e reuniões.
A opinião especializada considera o controle de gerenciamento, as audito-
rias, jurídico e aquisições e legislação e regulação. Por outro lado, a análise de
dados envolve a análise de documentos para futuros projetos e aprimoração
dos ativos organizacionais, análise de regressão que verifica as contribuições
do projeto, análise de tendências utilizada para validar modelos utilizados na
organização e análise de variação utilizada para aprimorar a análise de desem-
penho da organização.
As reuniões são realizadas para confirmar se as entregas realizadas, foram
aceitas e validar se os critérios de encerramento foram atendidos, formalizar a
finalização dos contratos e analisar a satisfação das partes interessadas.
Assim, os documentos que são resultados deste processo, visto que podem ser
atualizados e marcados como versões finais, são: os registro das lições aprendidas;
a transição do produto, serviço ou resultado final que pode ter sido transferido
para outro grupo ou organização; relatório final em formato de resumo do pro-
jeto elencando os principais pontos.
Ainda, pode ocorrer atualizações de ativos e processos organizacionais como:
■■ Documentos do projeto como: plano de gerenciamento de custos, cro-
nograma, documentação de mudança entre outros.
Visão geral do
gerenciamento do
escopo do projeto
1. Planejar o
2. Coletar 3. Definir o
gerenciamento do
requisitos escopo
escopo
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Figura 1 - Visão geral dos processo de gerenciamento do escopo do projeto
Fonte: adaptada de PMI (2017).
COLETAR REQUISITOS
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facilitação e gerenciamento de conflitos (PMI, 2017).
A coleta de dados pode ser realizada por meio de entrevistas; brainstorming;
grupos de discussão; questionários de pesquisas e benchmarking (PMI, 2017).
Análise de dados consiste em revisar e analisar informações documentadas
relevantes em acordos realizados, plano de negócio, documentação de proces-
sos ou interface de negócios; fluxos de processo atuais; casos de uso; solicitações
de propostas; documentação regulatória; políticas e procedimentos; registro de
problemas e literatura de marketing (PMI, 2017).
A tomada de decisão também pode ser utilizada para coletar requisitos
comuns, por meio da votação, decisão autocrática e análise de dados envolvendo
critérios múltiplos (PMI, 2017).
A representação de dados por meio de diagramas de afinidade de ideias e
mapeamento mental de ideias criadas em seções de brainstorming, por exem-
plo, podem ser utilizadas para esse processo (PMI, 2017).
As habilidades interpessoais de equipe também podem ser utilizadas para
esse processo: técnica de grupo nominal ampliando o brainstorming; Observação/
conversação: utilizado em caso das pessoas que têm dificuldade de expressar
seus requisitos; e Facilitação, que são reuniões focadas com as partes interessa-
das para definir os requisitos do produto (PMI, 2017).
O diagrama do contexto é uma forma de representar o projeto e sua relação
ao ambiente, isto é, um desenho que descrevem visualmente o escopo do pro-
duto, mostrando o sistema de negócios da empresa e como as pessoas e sistemas
interagem com ele. Conforme a Figura 2:
Usuários Usuários
internos externos
Gerentes Agências de
de recrutamento
contratação
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Perfis de Publicações
usuários de vagas
Associados internos externas Buscadores
internos de emprego
Publicações Perfis de
de vagas usuários
internas externos
Prestadores Websites
de serviços em de empregos
tempo integral e externos
parcial internos Usuários Usuários
internos externos
Legenda:
Usuários internos
Figura 2 - Diagrama de contexto
Fluxo de dados internos
Fonte: a autora.
Usuários externos
Fluxo éde
O protótipo umdados
modeloexternos
do produto esperado antes de construí-lo efetivamente,
o que permite que as partes interessadas realizem experiências com um produto
que passará por ciclos de feedbacks até que os requisitos coletados sejam sufi-
cientes para passar para fase de design ou de construção (PMI, 2017).
Assim, a coleta de requisitos deve gerar a matriz de rastreabilidade dos
requisitos. Neste sentido, “[...] a documentação dos requisitos descreve como
os requisitos individuais atendem as necessidades de negócio” (PMI, 2017, p.
147). Este documento pode ser simples somente listando os requisitos ou mais
elaborado, com descrições detalhadas, resumo executivo, isto é, mais formal.
Descrevendo assim:
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■■ Requisitos da qualidade que descreve as condições necessárias para vali-
dar a entrega do projeto. Por exemplo: testes, certificações, validações
(PMI, 2017).
Como vimos, para definir o escopo do produto e do projeto é necessário ouvir
o patrocinador do projeto, os especialistas sobre o assunto, bem como as par-
tes interessadas para que destaquem os requisitos para o desenvolvimento do
produto e do projeto. Esta coleta de requisitos pode ser realizada por meio de
questionários e/ou entrevistas com pessoas ou grupos especializados, oficinas
especializadas, grupos de discussão, técnicas de criatividade em grupo.
Observe que coletar requisitos é documentar as necessidades dos interessa-
dos no projeto. Assim, durante a coleta dos requisitos é importante desenvolver a
matriz de rastreabilidade de requisitos: uma tabela que liga os requisitos de pro-
duto, desde as suas origens até as entregas que os satisfazem (PMI, 2017). Está
apresentada na Figura 3 a matriz de rastreabilidade dos requisitos.
1.0
1.1
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001
1.2
1.2.1
2.0
002 2.1
2.1.1
3.0
003 3.1
3.2
004 4.0
005 5.0
DEFINIR O ESCOPO
Após a coleta de requisitos, devemos definir o que será feito no projeto. Definir
escopo é descrever de forma detalhada o projeto e o produto descrito no TAP e
na documentação dos requisitos. Essa descrição auxilia no desenvolvimento da
declaração de escopo, bem como de várias etapas do projeto e também servirá
como base para futuras decisões. Por isso, uma descrição errada pode levar ao
insucesso do projeto.
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terísticas do produto e o trabalho necessário para realizá-lo, de acordo com PMI
(2017), é necessário que você busque:
■■ Opinião especializada de indivíduos com conhecimentos técnicos ou
experiência em projetos similares.
■■ Análise de dados e de alternativas.
■■ Tomada de decisão envolvendo critérios múltiplos.
■■ Habilidades interpessoais e de equipe, por meio de trabalhos de facilita-
ção com o objetivo de alcançar um entendimento comum das entregas
do projeto.
■■ Análise do produto, descrevendo o uso, as características e outros aspec-
tos relevantes que serão entregue.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
■■ Entrega da mercadoria no local especificado
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grama) composto pela subdivisão das entregas principais do projeto e o trabalho
a ser realizado, em elementos menores e mais gerenciáveis orientados às entregas
do trabalho a ser executado pela equipe em formato de pacotes (PMI, 2017). “A
EAP é a forma gráfica de visualização do projeto que contempla todo o trabalho
que deve ser executado para atender os objetivos do projeto” (ENAP, 2013, p. 9).
Assim, a EAP define e organiza o escopo total do projeto e representa o tra-
balho especificado na declaração de escopo do projeto aprovada (PMI, 2017).
Neste sentido, para você criar a EAP, são necessários documentos bases do projeto
como o plano de gerenciamento do projeto e o do escopo, bem como a especi-
ficação do escopo e documentação dos requisitos.
Com base nos documentos do projeto para a criação da EAP, é importante
buscar a opinião especializada com técnicos da área, ou pessoas que tiveram expe-
riência com projetos similares. Além disso, será necessário realizar o processo
de subdivisão das entregas e do trabalho que será desenvolvido em componen-
tes menores. Para isso, você desenvolverá um organograma e como estratégia
sugiro colocar o nome do projeto no primeiro nível.
Normalmente, a hierarquia da EAP é dividida em três níveis. O nível 1 é
o que está sendo desenvolvido, no caso da Figura 4 é a “Logística de distribui-
ção”, enquanto o nível 2 vem logo abaixo com os itens de 1 a 3. E o nível 3 seria
o detalhamento do nível 2.
1. Logística de
distribuição
1.1 Conferência de
1.2 Administração 1.3 Controle de
carga e roteiriza-
de transporte fretes
ção de entrega
1.1.1 Conferência
1.1.2 Roteirização 1.2.1 Análise de 1.3.1 Cotação e
da carga após a
de entrega custos negociação
expedição
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Como estratégia para a decomposição da EAP, você poderá pensar, por exemplo,
no ciclo de vida do seu projeto (pense na construção de uma casa). Contudo, ima-
gine que se for detalhar minuciosamente todo o projeto na EAP, ficaria extenso
demais. Diante disso, existe a possibilidade de desenvolver pacotes de trabalho
que contém atividades que podem ser agrupadas, de acordo com as necessida-
des do projeto. Assim, o pacote de trabalho é o nível mais baixo da EAP, contudo,
possui critérios de aceitação, duração, custo e atividades que devem ser docu-
mentadas no dicionário da EAP.
O dicionário tem como função orientar a equipe do projeto, pois traz de
forma detalhada cada elemento da EAP, definindo os limites do que é inclu-
ído no pacote de trabalho. O dicionário pode servir como um sistema de
controle de trabalho, pois contém informações de como ele será realizado,
questões técnicas. Assim, no Quadro 4, está apresentado um exemplo de
dicionário da EAP.
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Descrição
A conferência será realizada por meio de um leitor de código
de barras
Carga totalmente conferida mediante ao leitor de código de
Critério de Aceite
barras
PACOTES DE TRABALHO 1.1.2
Nome Roteirização de entrega EAP
Identificar a melhor rota com relação a tempo, distância e
Descrição
qualidade
Critério de Aceite A melhor rota definida
PACOTES DE TRABALHO 1.2.1
Nome Análise de custo EAP
Definir quem vai transportar, frota própria ou terceirizada
Descrição
Estrutura necessária para o melhor desempenho
Critério de Aceite Menor custo
APROVAÇÕES
Autor Revisor Aprovador
Fonte: a autora.
Por fim, o processo de criar a EAP deve gerar linha de base do escopo que é a
versão aprovada da declaração do escopo do projeto, da EAP e do seu dicionário
associado, sendo um componente do plano de gerenciamento do projeto. Além
disso, temos como resultado deste processo as atualizações de documentos do
projeto como o registro de premissas e documentação dos requisitos (PMI, 2017).
VALIDAR O ESCOPO
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Vimos até o agora como identificar e planejar o escopo do projeto. Agora che-
gou o momento de validá-lo, isto é, precisamos garantir que o escopo planejado
e acordado com o cliente seja entregue (SOTILLE, 2010). Validar o escopo é o
processo, de formalização de aceitação das entregas finalizadas do projeto
(PMI, 2017). Realizado periodicamente ao longo do projeto, tem como benefí-
cio proporcionar objetividade ao processo de aceitação com maior probabilidade
de as entregas serem aceitas (PMI, 2017).
A validação do escopo tem o foco principal na aceitação de entregas e o gerente
do projeto tem a responsabilidade direta sobre essas atividades de monitoramento
e verificação. Assim, para que o gerente do projeto possa validar o escopo, ele
precisa de documentos que servem como base para esse processo, como:
Os componentes do plano de gerenciamento do projeto:
■■ Plano de gerenciamento do escopo.
■■ Plano de gerenciamento dos requisitos.
■■ Linha de base do escopo.
Documentos do projeto:
■■ Registro de lições aprendidas.
■■ Relatórios da qualidade.
■■ Documentos dos requisitos.
■■ Matriz de rastreabilidade dos requisitos.
■■ Entregas verificadas.
■■ Dados de desempenho do trabalho (PMI, 2017).
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escopo foi validado, significa que as entregas foram aceitas.
CONTROLAR O ESCOPO
Este tópico destaca os mecanismos de controle de um projeto que podem ser uti-
lizados para controlar as mudanças do seu escopo (SOTILLE, 2010). Controlar
o escopo é o processo de monitoramento do progresso do projeto, realizado
durante todo o processo de execução do escopo (PMI, 2017).
O controle do escopo está em administrar os fatores de mudanças dentro do
projeto e deve influenciá-las para que trabalhem em prol do projeto (SOTILLE,
2010). Isto é, garantindo que as eventuais mudanças venham somar positiva-
mente para o projeto. Para isso, o gerente de projeto precisa ter como base o
plano de gerenciamento de projetos e seus componentes, bem como os docu-
mentos do projeto, dados do desempenho do trabalho e os ativos e processos
organizacionais.
Para controle do escopo, você como gerente de projetos deverá ter como
base para este processo:
■■ O plano de gerenciamento do projeto e seus componentes como:
■■ Plano de gerenciamento de escopo.
■■ Plano de gerenciamento de requisitos.
■■ Plano de gerenciamento de mudanças.
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■ Atualizações de documentos do projeto:
■ Registro das lições aprendidas.
■ Documentação dos requisitos.
■ Matriz de rastreabilidade dos requisitos (PMI, 2017).
Visão geral do
gerenciamento do
cronograma do
projeto
1. Planejar o
2. Definir as 3. Sequenciar as
gerenciamento do
atividades atividades
cronograma
4. Estimar as
durações das 5. Desenvolver o 6. Controlar o
atividades cronograma cronograma
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■■ Abordagem de desenvolvimento do produto tais como iterativa, predi-
tiva, ágil ou híbrida, que ajudará a definir a abordagem de elaboração do
cronograma (PMI, 2017).
É importante também identificar os fatores ambientais da empresa, como: cul-
tura, disponibilidade de recursos de equipe e físicos, softwares para elaboração
do cronograma, banco de dados da empresa e diretrizes para adaptação do cro-
nograma às necessidades do projeto, bem como das partes interessadas.
Além disso, os ativos e processos organizacionais servirão como base para
o processo de gerenciamento de cronograma, são eles: repositórios de informa-
ções, lições aprendidas, desenvolvimento de cronogramas formais, informais,
modelos de formulários e ferramentas de monitoramento e emissão de relatórios.
Nesta perspectiva, para planejar o gerenciamento do cronograma, é impor-
tante buscar: a opinião especializada, realizar a análise de dados e também buscar
desenvolver reuniões.
A opinião especializada deve advir de pessoas com conhecimento ou
treinamento em projetos anteriores semelhantes, nesta etapa, considera-se o
desenvolvimento, gerenciamento e controle de cronograma; o software para ela-
boração do cronograma e o setor específico para que o projeto é desenvolvido.
A análise de dados inclui também a análise de alternativas que verifica qual
metodologia de cronograma deve ser utilizada, como combinar vários méto-
dos do projeto.
As reuniões são realizadas para desenvolver o plano de gerenciamento do
cronograma incluindo os participantes do projeto, partes interessadas ou qual-
quer pessoa com responsabilidade no acompanhamento do projeto.
Por fim, você terá como resultado deste processo o plano de gerenciamento
do cronograma elaborado, que pode ser formal ou informal, detalhado ou não,
sendo um componente do plano de gerenciamento do projeto.
DEFINIR AS ATIVIDADES
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planejar as onda sucessivas, isto é, planejando somente o curto prazo deixando os
pacotes de trabalhos com incertezas para definir as atividades depois, no decorrer
do projeto.
E por fim, é importante o desenvolvimento de reuniões que podem ser for-
mais, informais, virtuais ou presenciais a ser realizadas com a equipe do projeto
para definir as atividades necessárias para a concluir o projeto.
SEQUENCIAR AS ATIVIDADES
Para sequenciar as atividades, você precisará definir uma sequência lógica para as
atividades, realizando-as por meio da identificação e documentação das ligações
entre as atividades do projeto (PMI, 2017). Para isso, você precisa ter em mãos
o plano de gerenciamento do projeto que contenha a linha de base do escopo e
o plano de gerenciamento do cronograma. Se possível ainda, é importante que
esteja com alguns documentos do projeto como, por exemplo: atributos das ati-
vidades; lista de atividades, registro de premissas e lista de marcos.
Neste sentido, para sequenciar as atividades você poderá utilizar diversas
ferramentas como: Método do diagrama de precedência; Integração e determi-
nação de dependência; antecipações de esperas; e sistemas de informações de
gerenciamento de projetos (PMI, 2017).
Atividade A Atividade A
Atividade B Atividade B
Início para término (IT)
Atividade A Atividade B
Figura 6 - Método do diagrama de precedências (MDP)
Fonte: PMI (2017, p. 190).
O PMI (2017) cita três tipos de dependência utilizada para definir a sequência entre
atividades, as dependências obrigatórias, arbitradas e externas. As obrigatórias são
aquelas inerentes à natureza do trabalho. As arbitradas estão relacionadas à lógica
de preferências, em que as pessoas que estão desenvolvendo o trabalho indicam por
ordem de preferências. E, por fim, as externas estão relacionadas a dependência de
entrega de um serviço externo para dar continuidade em uma atividade interna.
No desenvolvimento do cronograma, existem atividades que podem ser
antecipadas, por meio da aplicação de antecipação a espera, não substituindo a
lógica do cronograma, mas antecipando atividades sucessoras. Destaca-se que o
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modelo de diagrama de rede de cronograma pode ser utilizado para um pro-
jeto inteiro ou somente para parte dele (Figura 7).
A B
II
C D E
TI + 15
Início H F G Fim
II + 10
I J
TT
K L
Figura 7 - Diagrama de rede
Fonte: PMI (2017, p. 191)
Cronograma de marcos
Identificador Unidades Prazos do cronograma do projeto
Descrição da atividade de
de atividades calendário Período 1 Período 2 Período 3 Período 4 Período 5
1.1.MB Iniciar novo produto Z 0
1.1.1.M1 Complementar componente 1 0
1.1.2.M1 Compelementar componente 2 0
1.1.3.M1 Integração completa dos componentes 1 e 2 0
1.1.3.MF Terminar o novo produto Z 0
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estimativa, como riscos que podem surgir ao longo do projeto. A tentativa de
responder à pergunta “quanto tempo demora?” deve ser o mais próxima possí-
vel da “verdade”, contudo a certeza absoluta não existe (BARCAUI, 2010).
Para estimar a duração das atividades com maior precisão possível, o PMI
(2017) destaca algumas ferramentas e técnicas, como: opinião especializada;
estimativa análoga; estimativa paramétrica; estimativa de três pontos estimativa
bottom-up; análise de dados de alternativas ou de reservas; tomada de decisões;
e reuniões.
Antes de utilizar qualquer uma dessas ferramentas, você precisa fazer per-
guntas para equipe do projeto do tipo: quando você irá terminar a atividade? ou
quantas horas são necessárias para terminar a atividade? Desta forma, vamos
destacar, aqui, a ferramenta de análise de três pontos, que, de acordo com o
PMI (2017), essa estimativa ajuda a definir uma faixa aproximada para a dura-
ção de uma atividade.
Assim, a estimativa de três ponto (PERT) trabalha com três cenários de dura-
ção das atividades: o mais provável (MP), otimista (O) e o pessimista (P). Assim,
a duração esperada pode ser calculada:
DE = (O + MP + P)/3
Cabe destacar que você utilizará essa fórmula de cálculo quando não tem dados
históricos suficientes ou quando usa dados baseados em opinião. A estimativa
do tempo das atividades deve ser calculada e informada às pessoas do projeto
quais são as restrições de tempo que o projeto ou as fases terão, para que esses
mentação final e lista de riscos individuais do projeto que inclui essa estimativa.
Por fim, as atualizações de documentos do projeto são: atributos das atividades;
registro de premissas e registro das lições aprendidas (PMI, 2017).
DESENVOLVER O CRONOGRAMA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
organizacionais que são a metodologia de elaboração do cronograma e o calen-
dário do projeto (PMI, 2017).
Cabe destacar que os documentos do projeto podem incluir: atributos das
atividades; listas de atividades; registro de premissas; bases das estimativas; esti-
mativas de duração; registro de lições aprendidas; lista de marcos; diagrama de
rede do cronograma do projeto; designação da equipe do projeto; calendário dos
recursos; registro dos riscos (PMI, 2017).
Neste contexto, o cronograma deve ser elaborado de forma progressiva e
alterado quantas vezes necessário até que os resultados sejam confiáveis e pos-
sam atender os objetivos do projeto (BARCAUI et al., 2010).
Para isso, PMI (2017) elenca algumas ferramentas e técnicas que podem
ser utilizadas como: análise de rede do cronograma; método do caminho
crítico; otimização de recursos; análise de dados com cenário ou simulação;
antecipações e esperas; compressão do cronograma; sistemas de informações
de gerenciamento de projetos; e planejamento ágil de grandes entregas.
De acordo com o Barcaui et al. (2010), entre os vários métodos de elaborar
o cronograma, o mais utilizado é o do caminho crítico para o cálculo dos cro-
nogramas de gerenciamento do projeto. É um método para estimar o grau de
flexibilidade nos caminhos lógicos, por meio de eventos (A, C e D ou A, B e D,
Figura 10) para estimar a duração do trabalho e a folgas das tarefas, dentro do
cronograma (PMI, 2017).
6 5 10
B
11 5 15 Caminho A-B-D = 25
1 5 5 16 15 30
Início A D Fim
1 0 5 16 0 30
6 10 15 Caminho A-C-D = 30
C (caminho crítico)
6 0 15
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Registro de premissas.
■■ Estimativas de duração.
■■ Registro de lições aprendidas.
■■ Requisitos de recursos.
■■ Registro dos riscos.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
CONTROLAR O CRONOGRAMA
Trabalho
restante
200 real
Trabalho
150 restante
ideal
100 Previsão
de trabalho
restante
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dias de iteração
Figura 11 - Gráfico de evolução regressiva de interação
Fonte: PMI (2017, p. 226).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
impacto sobre o término do projeto. Assim, as avaliações das atividades no cami-
nho quase críticos podem identificar os riscos no cronograma.
Os sistemas de informação e gerenciamento de projeto incluem softwares
para elaboração do cronograma que fornecem a capacidade de controle dele.
Outra ferramenta é tentar otimizar os recursos dentro do projeto que buscar
realizar antecipações de esperas, por exemplo, na construção de uma pintura
interna pode ser iniciada antes do término da calçada externa. Realizar a com-
pressão do cronograma tentando alinhar as atividades que estão atrasadas com
o cronograma do projeto.
Assim, o processo de controlar cronograma vai gerar:
■■ informações sobre o desempenho do trabalho, previsões do cronograma.
■■ solicitações de mudanças, atualizações dos componentes do plano de
gerenciamento do projeto (mais especificamente no plano de gerencia-
mento do cronograma, linha de base do cronograma, dos custos e da
medição do desempenho).
■■ atualizações dos documentos do projeto como: registro de premissas, bases
das estimativas, registro das lições aprendidas, cronograma do projeto, calen-
dário dos recursos, registros dos riscos, dados do cronograma (PMI, 2017).
Assim, aprendemos, nesta unidade, sobre a integração dos processos em geren-
ciamento de projetos, bem como gerenciar o escopo e o tempo. Perceba que,
para gerenciar o projeto em cada área do conhecimento, você terá processos de
entrada, saída, ferramentas e técnicas que vão te auxiliar neste processo. Cabe
destacar, você utilizará as ferramentas e técnicas que serão mais convenientes de
acordo com as características do projeto que está sendo desenvolvido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
156
Para a leitura complementar, foi escolhido um exemplo de TAP, para que você tenha uma
base para a elaboração do seu. Destaca-se que existem elementos que devem constar
tanto no termo de abertura do projeto, como na declaração do escopo do projeto. Na
especificação detalhada do escopo do projeto, deve-se registrar a descrição do escopo
do produto, os critérios de aceitação, as entregas, bem como as exclusões do projeto, as
expectativas das partes interessadas e, por fim, as restrições e as premissas do projeto.
TAP – TERMO DE ABERTURA DE PROJETO
Nome do Projeto: Projeto resíduo zero Versão 01
1. Objetivo do Projeto
Desenvolver uma técnica de tingir tecidos de forma sustentável com resíduo zero para
ser vendido em todas as áreas de negócio da Unidade do Paraná da Empresa Brasil-Amé-
rica Latina, buscando atender às diretrizes estabelecidas pela diretoria da organização.
2. Justificativa
Este projeto se justifica pois trará ganhos sociais e ambientais importantes, tanto para a em-
presa como sociedade em geral. A empresa será vista como uma organização que investe
em projetos com responsabilidade ambiental, aumentando assim o seu valor de mercado.
3. Gerente do Projeto, Responsabilidades e Autoridade
O Gerente designado para a condução do projeto será o Sr. Marcos Marcondes e terá
como atribuições garantir as entregas estabelecidas para o projeto, dentro do padrão
de qualidade acordado e das premissas e restrições mapeadas. Sua autoridade é total na
esfera do projeto, estando subordinado diretamente ao patrocinador e ao Comitê Execu-
tivo estruturado para o projeto.
4. Metas
Aumentar em 25% o Market Share da Empresa Brasil-América Latina.
Reduzir em 10% seus Custos Operacionais.
Reduzir em 30% o tempo de lançamento de novos produtos no mercado.
5. Premissas
Implantação de uma Ferramenta de Inteligência Competitiva.
Espaço físico disponível para implantação de uma nova linha de produção.
Orçamento aprovado para aquisição dos recursos dentro do prazo estabelecido no cro-
nograma.
Para o projeto, deverão ser designadas Pessoas-Chave de cada uma das Áreas da Organização.
Apoio da alta gestão.
Pessoas devidamente qualificadas e treinamentos de todos envolvidos no projeto.
Aquisição do selo verde internacional
159
6. Restrições
O Prazo de Implantação deverá ser em duas etapas. A primeira será de 8 meses. A segun-
da etapa, de 1 ano.
A verba será limitada, de modo que o orçamento disponível para investimento no pro-
jeto, já negociado junto à Diretoria Financeira, é de R$ 212.000,00.
O projeto deverá ser limitado à Planta do Paraná.
Eventuais alterações no escopo deverão ser solicitadas formalmente ao comitê de contro-
le de mudanças do projeto, que estudará e emitirá um parecer a respeito da viabilidade.
7. Riscos
Baixa Qualidade das Informações Levantadas.
Falta de Assertividade nos Diagnósticos realizados junto às Áreas da Organização.
Resistência à Mudança por Parte das Pessoas da Organização.
Complexidade na Ferramenta a ser Desenvolvida.
Falta de Efetividade nos Procedimentos Estabelecidos.
Treinamento Inadequado.
Falta de Apoio do Patrocinador e da Alta Direção.
8. Prazo e Investimento
Prazo 20 Meses Investimento R$ 700.000,00
9. Principais Etapas
Datas 10.03.2018 Planejamento R$ 50.000,00
Datas 10.06.2018 Execução R$ 550.000,00
Datas 10.03.2019 Encerramento R$ 100.000,00
10. Stakeholders
1. Marcos Marcondes: Diretor de operações.
2. Eduardo Gutierrez: Auxiliar de Operações.
3. Sidnei Silva: Gerente de Marketing.
4. Augusto Afonso: Coordenador de RH.
5. Bruno Bastos: Presidente da empresa.
6. Silvio Andreas: Gerente de Informática
11. Comentários
Este é um projeto estratégico para a empresa. Os gestores das áreas envolvidas deverão
orientar suas equipes para que seja dada a devida importância ao projeto, de modo a
garantir o cumprimento dos prazos previstos e a qualidade das entregas estabelecidas.
160
Registro de alterações
Data
Modificado por
Descrição da mudança
Fonte: a autora.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber um pouco mais sobre a gestão do conhecimento no PMBOK® 6. ed., entre no site a
seguir e assista o vídeo disponibilizado sobre o tema.
Web: <https://projetoseti.com.br/
web-aula-guia-pmbok-6a-edicao-e-o-conhecimento-no-projeto/>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
1. E.
2. A.
3. A opinião especializada é oferecida por qualquer pessoa ou grupo com conhe-
cimento especializado e é usada para avaliar as entradas necessárias para de-
senvolver o TAP. Assim, ela pode advir de várias fontes como: consultores; partes
interessadas como clientes e/ou patrocinadores; outros setores dentro da orga-
nização; especialistas no assunto; escritório de projetos entre outros.
4. Assim, a estimativa de três ponto trabalha com três cenários de duração das
atividades: o mais provável(MP), otimista(O) e o pessimista(P). Assim a duração
esperada pode ser calculada:
DE = (O + MP + P)/3
5.
1. Do término para o início em que a atividade sucessora não pode começar
antes do término da predecessora. Exemplo: a pintura da casa (sucessora) não
pode ser realizada antes da construção das paredes (predecessora).
2. Do término para o término em que a atividade sucessora não pode terminar
até que a predecessora tenha terminado:
Exemplo: a redação de um documento (predecessora) deve ser terminada an-
tes que o documento seja editado (sucessora).
3. Do início para o início em que a atividade sucessora depende do início da ati-
vidade predecessora. Exemplo: a nivelação do concreto (sucessora) não pode
ser iniciada até que a colocação da fundação (predecessora) seja iniciada.
4. Do início para o término em que a atividade sucessora depende do início da
atividade predecessora.
ANOTAÇÕES
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
IV
UNIDADE
INSTITUTE – ÁREAS DE
CONHECIMENTO II
Objetivos de Aprendizagem
■■ Aprender sobre os aspectos de gerenciamento de custos.
■■ Entender o gerenciamento da qualidade.
■■ Aprender sobre os aspectos do gerenciamento dos recursos
humanos e físicos do projeto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Gerenciamento dos custos
■■ Gerenciamento da qualidade
■■ Gerenciamento dos recursos humanos e físicos do projeto
167
INTRODUÇÃO
çar os objetivos do projeto. Esta fase permite que os objetivos já definidos sejam
lapidados de forma mais precisa, mas para o sucesso do projeto é necessário cer-
tificar que as entregas estejam bem definidas.
Nesta perspectiva, trabalharemos, nesta unidade, o gerenciamento de cus-
tos do projeto. Pense que toda a aprovação do projeto para desenvolvimento foi
realizada com base no plano de viabilidade econômica e que este já continha
um orçamento, logo, os custos já foram calculados. No entanto, aprenderemos
que é necessário fazer uma revisão deste orçamento, com maiores informações
de quem fará parte de todo o desenvolvimento do projeto.
Nesta unidade, veremos também que o gerenciamento da qualidade do pro-
jeto tem como objetivo identificar os padrões de qualidades que são importantes
para o projeto e definir como atendê-los. Ainda, precisa garantir que toda ativi-
dade desenvolvida no projeto esteja ligada a políticas e padrões de qualidade da
organização e que as entregas encontrem-se em conformidade com os requisi-
tos de aceitação.
Por fim, trabalharemos o gerenciamento dos recursos humanos e físicos do
projeto. Pare e pense que o projeto é executado por pessoas, assim é necessário
definir a equipe correta, de acordo com as necessidades do projeto, garantindo
que os recursos humanos e materiais estejam disponíveis, conforme definido
no plano de projeto.
Introdução
168 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GERENCIAMENTO DE CUSTOS
1. Processo de
planejamento do
• Políticas de gerir custos
gerenciamento de
custos
3. Processo de
determinar o • Linha de base de custos
orçamento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gerenciamento de Custos
170 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
res, informações sobre o setor de atuação, a estimativa de custos e orçamento e o
gerenciamento de valor agregado, que
é medir e gerenciar comportamento
custo real versus o planejado e o valor
agregado (PMI, 2017).
A análise de dados é verificar as
alternativas como a revisão das opções
de financiamentos estratégicos, isto é, o
autofinanciamento ou o financiamento
com capital ou dívida. Além disso, a
análise de dados pode ser com relação
às formas de adquirir certos produtos
ou serviços, por exemplo: decidir se
vai comprar ou alugar determinado equipamento; se vai terceirizar ou realizar
dentro da empresa determinado serviço (PMI, 2017).
Por fim, a realização de reuniões deve abranger qualquer pessoa que
tenha responsabilidade sobre os custos do projeto, como: gerente do projeto,
os patrocinadores, alguns membros da equipe e outras partes interessadas
(PMI, 2017).
Desta forma, o resultado do processo de planejar o gerenciamento de cus-
tos do projeto é outro componente do plano de gerenciamento do projeto, que
denominamos de plano de gerenciamento dos custos, que descreve como os cus-
tos serão planejados, estruturados e controlados (PMI, 2017).
reservas de contingências.
■■ limite de variação do custo dos itens, antes que alguma ação seja ne-
cessária, denominado de limites de controle.
■■ vínculos e procedimentos organizacionais com relação aos códigos
dos componentes da EAP.
■■ regras de medição de desempenho dos custos, isto é, definir as princi-
pais atividades que serão mensuradas, as fórmulas a serem utilizadas,
os marcos em que serão aplicadas.
■■ o formato do relatórios, além de fontes de financiamento, procedi-
mentos a serem adotados para considerar eventuais flutuações de
taxas de câmbio.
Fonte: PMI (2017, p. 264).
ESTIMAR OS CUSTOS
Estimar custo é o “[...] processo pelo qual se desenvolve uma estimativa dos cus-
tos dos recursos necessários para executar o trabalho do projeto” (PMI, 2017, p.
240). Logo, esse processo define os recursos monetários necessário para o pro-
jeto. Todavia, esse processo é realizado periodicamente ao longo do projeto,
quando necessário.
As estimativas de custos são influenciadas pelo preço da mão de obra, de
materiais, serviços e instalações, gerenciamento do projeto, inflação, câmbio
entre outros. Pense que a estimativa de custo permite o controle do projeto e é
calculada com base nos pacotes de trabalho da EAP, visto que possibilita iden-
tificar a eficiência com que o projeto foi realizado.
Gerenciamento de Custos
172 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ciamento do projeto em conjunto com o plano de gerenciamento da qualidade e
custo e a linha de base do escopo, visto que tudo que for inserir no projeto deve
estar dentro do padrão de qualidade determinado, bem como do escopo defi-
nido. Como vimos o plano de gerenciamento de custos fornece como base as
unidades de medidas e o nível de precisão e exatidão para estimativas de custos.
De acordo com o PMI (2017), para o processo de estimar custos você pode
utilizar: opinião especializada, estimativa análoga, estimativa paramétrica, estima-
tiva bottom-up, estimativa de três pontos, análise de dados, sistema de informações
de gerenciamento de projetos e tomada de decisões.
A opinião especializada está relacionado com a expertise de indivíduos ou
grupos a partir da coleta de informações por meio de projetos semelhantes ante-
riores, informações do setor e métodos de estimativa de custos.
A estimativa análoga utiliza dados ou atributos de projetos semelhantes realiza-
dos anteriormente. Por exemplo, os valores e atributos do escopo, custo, orçamento
e da duração, a fim de utilizar como base para o projeto atual (PMI, 2017).
A estimativa paramétrica é uma técnica que utiliza dados históricos e parâ-
metro do projeto para calcular a estimativa de custos para o trabalho do projeto,
por meio de uma relação estatística entre dados históricos e outras variáveis como
metros quadrados de construção (PMI, 2017). Por exemplo: em um projeto de
construção, se o recurso designado para a instalação de cabos é capaz de insta-
lar 25 metros por hora, a duração necessária para a instalação de 1.000 metros é
de 40 horas, logo, 1.000 metros divididos por 25 metros por hora (PMI, 2017).
A estimativa bottom-up é um método que estima a duração ou custo do
projeto, por meio da agregação das estimativas dos componentes de nível mais
baixo da EAP, isto é, o pacote de trabalho é estimado com maior nível de deta-
lhes especificados, em seguida os custos são sumarizados e agregados para o
nível mais alto da EAP (PMI, 2017).
A estimativa de três pontos é comumente usada quando não há dados histó-
ricos suficientes ou quando os dados existentes são baseados em opiniões. Para
mitigar o risco, considera-se o risco e a incerteza da estimativa por meio de três
pontos: mais provável (IM), otimista (IO) e pessimista (IP), para definir a dura-
ção de uma atividade em uma faixa aproximada. Assim, utiliza-se uma fórmula
denominada de distribuição triangular para essas três possibilidades:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IE = (IO + IM + IP)/3
Gerenciamento de Custos
174 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
registro de premissas, lições aprendidas e de risco (PMI, 2017).
DETERMINAR O ORÇAMENTO
projeto. Diante disso, ela não está incluída na linha de base dos custos, mas faz
parte do orçamento geral do projeto. Essa reserva só vai ser incluída na base de
custos se for utilizada (PMI, 2017).
A revisão de informações históricas pode auxiliar a desenvolver estimati-
vas paramétricas ou análogas, isto é, para desenvolver modelos de previsão do
custo total do projeto. Por exemplo, a estimativa de custo da construção de um
edifício é realizada com base no custo do metro quadrado de um projeto ante-
rior (PMI, 2017).
A reconciliação dos limites dos recursos financeiros: pode haver uma vari-
ância entre os limites de financiamento e os gastos planejados, o que provoca
a necessidade de reagendamento do trabalho, para nivelar o índice de gastos
(PMI, 2017).
Finalmente, o financiamento está relacionado à obtenção de recursos finan-
ceiros para o projeto. Caso o financiamento seja externo, existem obrigações que
devem ser cumpridas (PMI, 2017).
Nesta perspectiva, o resultado do processo de determinar o orçamento inclui
a Linha de base dos custos, requisitos de recursos financeiros do projeto e as atu-
alizações de documentos do projeto (PMI, 2017). A linha de base dos custos é
a versão aprovada do orçamento do projeto, excluindo as reservas gerenciais,
que só pode ser alterada por meio de processos formais de controle de mudan-
ças. Esta linha de base dos custos é utilizada para comparar com resultados reais
(PMI, 2017). Conforme a Figura a seguir:
Gerenciamento de Custos
176 UNIDADE IV
Orçamento do projeto
Reserva gerencial
ONT
Valores cumulativos
Requisitos de
recursos financeiros
Gastos
Linha de base
dos custos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tempo
Figura 2 - Linha de base dos custos, gastos e requisitos financeiros
Fonte: PMI (2017, p. 255).
Assim, as estimativas que constituem a linha de base dos custos estão direta-
mente ligadas às atividades do cronograma e é representada pela curva S ilustrada
na Figura 2.
Os requisitos de recursos financeiros totais ou periódicos (como, por exemplo,
bimestrais, semestrais e anuais) do projeto são derivados da linha de base dos cus-
tos e incluirá gastos projetados com mais recursos comprometidos (PMI, 2017).
As atualizações de documentos do projeto como da estimativa de custos, do
cronograma do projeto e dos riscos, podem ocorrer como resultados do pro-
cesso de determinar o orçamento (PMI, 2017).
CONTROLAR OS CUSTOS
Gerenciamento de Custos
178 UNIDADE IV
Assim, para controlar custos você deve utilizar como base o plano de gerencia-
mento do projeto; documentos do projeto; requisitos de recursos financeiros do
projeto; dados de desempenho do trabalho e ativos e processos organizacionais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
custo; e linha de bases da medição do desempenho. Já os documentos do
projeto se referem ao registro de lições aprendidas.
Os requisitos de recursos financeiros do projeto incluem gastos projetados
mais responsabilidades assumidas. Os dados do desempenho do trabalho,
contém dados sobre o status do projeto, como quais custos foram autoriza-
dos, incorridos, pagos.
Por fim, os ativos e processos organizacionais que podem influenciar no
controle dos custos são: políticas e procedimentos organizacionais relacio-
nados a controle de custos; as ferramentas utilizadas para controlar custos; e
os métodos de monitoramento e produção de relatórios a serem utilizados.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Para controlar custos você deve buscar a opinião especializada, realizar a aná-
lise de dados, índice de desempenho para o término e sistema de informação de
gerenciamento de projetos.
A opinião especializada inclui, mas não está limitada à análise de variação,
análise de valor agregado, previsões e análise financeira. A análise de dados,
porém, envolve:
■■ Análise do valor agregado monitora o valor planejado, o valor agregado e
o custo real. O valor planejado (VP) é aquele orçamento autorizado para
realização do trabalho. O valor agregado (VA) é o orçamento associado
ao trabalho autorizado que foi concluído. O custo real (CR) é custo total
incorrido no valor agregado em relação ao que foi planejado.
Orçamento do projeto
ENT
Reserva gerencial
ONT
EPT
Custos cumulativos
Valor
planejado
(VP)
Custo
real (CR)
Valor
agregado
(VA)
Data dos dados
Tempo
Figura 4 - Valor agregado, valor planejado e custos reais
Fonte: PMI (2017, p. 264).
Gerenciamento de Custos
180 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
será mais difícil de concluir com eficiência. Se for igual a 1, igual para concluir
e menor que 1 irá concluir com eficiência.
Por fim, o sistema de informações de gerenciamento de projetos é utili-
zado para monitorar o valor planejado, valor agregado e o custo real, visando
exibir tendências gráficas e realizar previsões de faixa de possíveis resultados
do projeto.
Segundo Barbosa et al. (2008), para calcular o índice de desempenho dos
custos (IDC), você poderá utilizar a seguinte fórmula: IDC = VA (valor agre-
gado)/CR (custo real). Se o resultado for menor que 1, VA (valor agregado) <
CR (custo real), significa que o projeto está acima do orçamento, isto é, gastou
mais do que devia gastar. Se o valor for zero, VA (valor agregado) = CR (custo
real), o escopo do projeto finalizado até o momento é igual ao planejado, logo,
o projeto está dentro do orçamento.
Por fim, se o resultado for maior que 1, VA (valor agregado) > CR (custo
real), o que indica um custo menor do que o previamente planejado para o pro-
jeto ou atividades.
Assim, as saídas do processo de controle de custos envolvem: informações
sobre o desempenho do trabalho; previsões de custos; solicitações de mudan-
ças; atualizações do plano de gerenciamento do projeto; e eventuais atualizações
de documentos do projeto.
GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
Gerenciamento da Qualidade
182 UNIDADE IV
Plano de gerenciamento
da qualidade
Métricas da qualidade Relatórios de qualidade Para outros
Gerenciar
processos do
a Qualidade
projeto
Documentos de teste e Medicações de controle
avaliação da qualidade
Relatórios de qualidade Informações sobre o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gerenciamento desempenho do trabalho
Controlar
da integração
Entregas a Qualidade
do projeto
Dados de desempenho
do trabalho Validar
Entregas verificadas o Escopo
Gerenciamento da Qualidade
184 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para planejar o gerenciamento da qualidade, você precisará inicialmente do
termo de abertura do projeto (pois descreve as características e os requisitos do
projeto); plano de gerenciamento do projeto (plano de gerenciamento de: ris-
cos, partes interessadas, requisitos e linha de base do escopo); documentos do
projeto (documentação de requisitos, premissas, registro de riscos e partes inte-
ressadas e matriz de rastreabilidade dos requisitos)(PMI, 2017).
Para planejar o gerenciamento da qualidade, você poderá se utilizar da opinião
especializada, coleta de dados, análise de dados, tomada de decisões, represen-
tação de dados, planejamento de testes e inspeções, reuniões.
A opinião especializada envolve a expertise dos indivíduos com conheci-
mento especializado em que deve ser considerado neste processo a: garantia da
qualidade, controle da qualidade, medições da qualidade, melhorias da quali-
dade e sistemas de qualidade (PMI, 2017).
A coleta de dados pode ser realizada a partir de benchmarking, brainstor-
ming e entrevistas. O benchmarking inclui a comparação de práticas e padrões
de qualidade de projetos reais ou planejados, com projetos comparáveis, para
identificar as melhores práticas (PMI, 2017). Esses projetos podem estar dentro
da organização executora ou fora dela. O brainstorming, ou chuva de ideias e
entrevistas podem ser utilizados para coletar dados por meio da equipe do pro-
jeto ou especialistas no assunto (PMI, 2017).
A análise de dados envolve a análise do custo benefício e do custo da quali-
dade. A análise do custo benefício considera o benefício de adotar algo. O custo
está na nova ferramenta a ser adotada e mudanças de processos e os benefícios
estão relacionados com menor retrabalho, maior produtividade, menor custo e
aumento da satisfação do cliente (PMI, 2017). Por sua vez, o custo da qualidade
está representado na Figura 6.
Gerenciamento da Qualidade
186 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fluxogramas que são chamados mapas de processos, por meio do mapeamento
dos detalhes operacionais do processo desde os fornecedores até os clientes,
conhecido como modelo SIPOC (Figura 7).
ENTRADA SAÍDA
Requisitos e Requisitos e
ciclo de feedback ciclo de feedback
GERENCIAR A QUALIDADE
Gerenciamento da Qualidade
188 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A análise de dados inclui ferramentas para realizar a garantia da qualidade como:
■■ Análise de alternativas: a fim de selecionar diferentes opções ou abordagens.
■■ Análise de documentos: realizadas em relatórios de qualidade, relatórios
de testes, relatórios de desempenho e relatórios de variação.
■■ Análise de processos: é utilizada para identificar oportunidades de melho-
rias no processo.
■■ Análise de causa raiz: analisa a causa de um defeito ou risco.
Gerenciamento da Qualidade
190 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os métodos para melhoria da qualidade como PDCA (PLAN - DO - CHECK
- ACT) e Seis Sigmas podem ser utilizados como ferramentas para melhoria da
qualidade, que são utilizadas para analisar e avaliar as oportunidades de melho-
rias do produto (PMI, 2017).
Os resultados do processo de realizar a garantia da qualidade incluem o rela-
tório de qualidade, documentos de teste e avaliação, solicitação de mudança,
atualizações do plano de gerenciamento do projeto e de documentos do pro-
jeto (PMI, 2017).
CONTROLAR A QUALIDADE
Assim, para controlar a qualidade você pode realizar a coleta de dados, realizar
a análise de dados, realizar inspeção, testes/avaliações de produtos, representa-
ção de dados e a realização de reuniões (PMI, 2017).
A coleta de dados pode ser usada para o processo de controlar a qualidade
e inclui listas de verificação que auxiliam a gerenciar as atividades de controlar
a qualidade e as folhas de verificação (Figura 9).
Arranhão pequeno 1 2 2 2 7
Arranhão grade 0 1 0 0 1
Torto 3 3 1 2 9
Componente ausente 5 0 2 1 8
Cor errada 2 0 1 3 6
Erro de etiquetamento 1 2 1 2 6
Por outro lado, a coleta de dados pode ser por amostragem estatística e tam-
bém questionário de pesquisa. A amostragem estatística envolve a escolha de
parte dos produtos ou atividades para inspeção, por exemplo, selecionar 10 pro-
dutos de uma lista de 75. Essa amostra é obtida para medir controles e verificar
a qualidade, enquanto os questionários de pesquisa podem ser utilizados para
coletar dados sobre a satisfação do cliente após a implementação do produto ou
serviço (PMI, 2017).
A análise de dados pode ser utilizada neste processo e envolve análises de
desempenho das métricas da qualidade definidas e análise de causa raiz utili-
zada para verificar as causas dos defeitos (PMI, 2017).
A inspeção é um exame do produto ou atividade para verificar se está em
conformidade com os padrões documentados. Também chamadas de revisões,
auditorias e/ou homologações (PMI, 2017).
Gerenciamento da Qualidade
192 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Finalmente, tem-se as reuniões que podem ser utilizadas como parte do pro-
cesso de controlar a qualidade por meio da análise das solicitações de mudanças
aprovadas (se foram implementadas e se estão concluídas, testadas e certificadas
adequadamente) e retrospectivas/lições aprendidas a fim de discutir os elemen-
tos bem-sucedidos no projeto ou fase, o que pode ser melhorado em projetos
em andamento ou futuros (PMI, 2017).
O resultado do processo de controlar a qualidade inclui: medição de con-
trole da qualidade, entregas verificadas, informações sobre o desempenho do
trabalho, solicitações de mudança, atualizações do plano de gerenciamento do
projeto, atualizações de documento do projeto.
1. Planejar o 2. Estimar os
gerenciamento recursos das 3. Adquirir recursos
dos recursos atividades
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Assim, gerenciar recursos humanos dentro do projeto contém os proces-
sos que organizam e gerenciam a equipe por meio de pessoas com papéis e
responsabilidades as habilidades e competências. Esse processo se inicia com o
organograma do projeto indicando quantas pessoas são necessárias e o plano de
gerenciamento de pessoal, delimitando o tempo de cada pessoa nas atividades que
as competem (PMI, 2017). Desta forma, o processo de gerenciamento de recur-
sos humanos inclui a mobilização da equipe. Neste sentido, é importante que o
gerente de projetos ao mobilizar a equipe desenvolva uma documentação con-
tendo o diretório da equipe, por meio da inclusão de nomes em organogramas
e cronogramas contendo um calendário de recursos, que documenta os perío-
dos de tempo que cada um trabalhará no projeto. Isso documenta com precisão
a disponibilidade dos indivíduos da equipe.
Defeitos/Data Pessoa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pela execução pela aprovação é consultado é informado
Temos, ainda, como ferramentas para planejamento dos recursos humanos e físi-
cos, a teoria organizacional e as reuniões. As teorias organizacionais fornecem
informações como os indivíduos se comportam, o uso eficaz de técnicas pre-
sentes nessas teorias pode auxiliar você como gestor de projeto reduzir o tempo,
custo e esforço necessário para finalizar o projeto. Não obstante, é importante
conhecer a estrutura organizacional, pois esta pode afetar o projeto. As reuni-
ões, porém, são realizadas para planejar a utilização dos recursos do projeto.
Diante disso, o resultado deste processo inclui o Plano de gerenciamento
dos recursos humanos e físicos, o termo de nomeação da equipe e as atualiza-
ções de documentos do projeto.
Projeto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pessoal Material Equipamento
De acordo com o PMI (2017), o alto desempenho da equipe pode ser alcan-
çado por meio de uma comunicação aberta e eficaz, criar oportunidades de
desenvolver a equipe, desenvolver a confiança entre membros da equipe, gerenciar
conflitos de forma construtiva, estimular a resolução colaborativa de problemas
e incentivar o processo decisório colaborativo.
Para desenvolver a equipe do projeto, são necessários o plano de geren-
ciamento do projeto, documentos do projeto, fatores ambientais da empresa,
ativos e processos organizacionais (informações históricas e o registro de
lições aprendidas).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nho da equipe, solicitações de mudança, atualizações do plano de gerenciamento
do projeto, atualizações de documentos do projeto, atualizações nos fatores
ambientais da empresa e atualizações de ativos e processos organizacionais
(PMI, 2017).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no desenvolvimento do projeto (PMI, 2017).
A influência envolve a capacidade do gerente de projeto de influenciar as
partes interessadas oportunamente, visando o êxito do projeto. Para isso, é neces-
sário capacidade de persuasão, articulação, alta capacidade para ouvir ativa e
eficazmente, estar ciente e considerar diversas perspectivas em qualquer situa-
ção e coletar informações relevantes para abordar questões e alcançar acordos,
mantendo a confiança mútua (PMI, 2017).
A liderança em projetos de sucesso requer líderes com habilidades, capacida-
des e ações de liderar uma equipe e inspirá-la para trabalhar bem. Cabe destacar
que a liderança é importante durante todo ciclo de vida do projeto (PMI, 2017).
As saídas do processo de gerenciar a equipe inclui: solicitação de mudanças,
atualizações do plano de gerenciamento do projeto, atualizações de documentos
do projeto e atualizações nos fatores ambientais da empresa.
Controlar recursos é o processo de garantir que os recursos estejam dispo-
níveis para equipe do projeto no momento de iniciar a atividade planejada, bem
como monitorar a utilização planejada versus a real. Para isso, as ferramentas e
técnicas para este processo incluem a análise de dados, solução de problemas,
habilidades interpessoais e de equipe e sistema de informações de gerenciamento
de projetos. Dentre as ferramentas a que mais se destaca é a análise de dados
que incluem a análise das alternativas, análise de custo-benefício, análise de
desempenho e análise de tendências. Não obstante, a ferramenta de solução de
problema ajuda o gerente do projeto a identificar o problema, definir o problema,
investigar, analisar, solucionar e verificar a solução. As habilidades interpesso-
ais e de equipe são uma ferramenta que incluem a utilização da negociação e a
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
204 UNIDADE IV
Vimos que é função do(a) gerente de projetos certificar que as entregas este-
jam alinhadas com o escopo definido inicialmente, bem como a qualidade do
trabalho que foi ou está sendo executado. Você aprendeu que, para um bom
andamento do projeto, a equipe deve informar o(a) gerente do projeto sobre o
desenvolvimento e o progresso de suas atividades. E que o(a) gerente do pro-
jeto é o(a) responsável por comunicar todo o processo de desenvolvimento para
as partes interessadas.
Ensinamos que as ferramentas do processo de gerenciamento de recursos
humanos e físicos tem como objetivo que os recursos estejam disponíveis para
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o projeto, no tempo certo e com qualidade prevista no escopo do projeto. Vimos
que um dos fatores fundamentais para o sucesso do projeto é a pró-atividade do(a)
gerente do projeto, bem como o engajamento da equipe. Aprendemos, assim,
que o(a) gerente do projeto terá que ter uma grande capacidade de negociação,
influência e motivação, entre os(as) integrantes da equipe de desenvolvimento.
Ainda, percebemos como o plano de gerenciamento de projetos é interativo,
visto que, conforme o projeto vai avançando, as informações mais detalhadas
vão aparecendo, o que normalmente exige a realização de mudanças.
Estimativa de custo
Caro(a) aluno(a), antes de iniciar o processo de estimativa de custo e orçamentação do
projeto, é importante conversar com a contabilidade da empresa para alinhar algumas
peculiaridades, por exemplo, com relação a tributos: se houver a compra de mercadoria,
para calcular o custo, temos que levar em consideração o regime tributário da empresa,
isto é, se você comprou a matéria-prima com isenção ou recuperação de impostos, pre-
cisa calcular o custo da matéria-prima considerando isso. Caso você pague o imposto e
não tenha direito à recuperação, devido ao regime tributário adotado, deve considerar
o imposto no cálculo do custo.
Custo é todo recurso empregado na produção de um bem ou serviço, sejam eles dire-
tos ou indiretos. Assim, o orçamento de custos envolve identificar os custos diretos e
indiretos. A diferença é que os diretos são de “fácil” apropriação (mão de obra direta e
materiais) e os indiretos precisam utilizar alguns critérios de rateio. Sabemos que, para
calcular o custo, precisamos conhecer a composição dos produtos. Os materiais diretos
são facilmente apropriados ao produto, por exemplo, ao produzir uma camiseta temos
condições de calcular a quantidade de tecido a ser empregada. Considerando outro
componente do custo, a mão de obra, deve-se considerar as condições de contratação.
Caso seja regime CLT, não se pode esquecer de levar em consideração as horas extras,
caso tenha ocorrido, a previsão de férias e o décimo terceiro salário, bem como os en-
cargos sociais.
Os custos indiretos de fabricação são aqueles custos que foram aplicados em mais de
um produto, logo há uma certa dificuldade em identificá-lo, por isso é necessário fazê-la
por estimativa. Por exemplo: gasto com energia, depreciação de máquinas e da infraes-
trutura, seguros e gastos com gerenciamento. Nesta perspectiva, o gerente do projeto
deve identificar os critérios de rateio que a empresa utiliza para apropriação dos custos
indiretos ao custo do produto, que mais se adeque ao que está sendo custeado, que
pode ser com base nas unidades a serem fabricadas, horas-máquinas, matéria-prima
utilizada entre outros.
Fonte: a autora.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
REFERÊNCIAS
1. A.
2. E.
3. B.
4. B.
5. B.
ANOTAÇÕES
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
PMI - PROJECT
V
UNIDADE
MANAGEMENT INSTITUTE –
ÁREAS DE CONHECIMENTO III
Objetivos de Aprendizagem
■■ Instruir o aluno sobre os processos de gerenciamento das
comunicações.
■■ Ensinar o aluno/ o discente sobre os processos de gerenciamento de
riscos.
■■ Preparar o acadêmico para o gerenciamento de aquisições em
projetos.
■■ Orientar o aluno sobre o gerenciamento das partes interessadas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Gerenciamento das comunicações
■■ Gerenciamento de riscos
■■ Gerenciamento das aquisições
■■ Gerenciamento das partes interessadas
215
INTRODUÇÃO
Introdução
216 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
com sucesso o gerente gasta cerca de 90% do seu tempo envolvido com algum tipo
de comunicação, seja ela formal, informal, verbal, escrita (BARROS, 2009).
Nesta perspectiva, gerenciar as comunicações inclui atividades requeridas
para a criação, distribuição, recebimento, confirmação e compreensão das infor-
mações (PMI, 2017). As comunicações do projeto podem incluir, mas não se
limitam a: situação das entregas, relatórios de desempenho, progresso do cro-
nograma e custos incorridos.
Desta forma, os processos de gerenciamento das comunicações do projeto
(Figura 1) são necessários para garantir que as informações do projeto sejam
geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas recuperadas e organizadas de
forma apropriada (PMI, 2017).
Planejar o
Gerenciar as
gerenciamento
comunicações
das comunicações
Monitorar as
comunicações
O PMI (2017) destaca que, além dos processos de gerenciamento das comunicações,
é necessário que o gerente de projetos tenha habilidades de comunicação como: ouvir
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção dentro do projeto também pode ser necessária, bem como o desenvolvimento
constante de reuniões. Nesta perspectiva, o PMI (2017) destaca que no processo
de planejar o gerenciamento das comunicações:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
8. Reuniões que podem ser virtuais ou presenciais, apoiadas ou não com tecno-
logias de colaboração de documentos, envolvendo mensagens de e-mails e sites
de projeto, visto que esse processo requer discussão com a equipe do projeto
a fim de determinar a forma de atualizar e comunicar as informações do pro-
jeto, além de responder às solicitações das partes interessadas por informações.
GERENCIAR AS COMUNICAÇÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O processo de gerenciar as comunicações tem como finalidade assegurar a
coleta, criação, distribuição, armazenamento, recuperação, gerenciamento,
monitoramento e disposição final e adequada das informações do projeto
(PMI, 2017). Identificando todos os aspectos da comunicação eficaz, inclu-
sive de tecnologias e métodos apropriados, logo esse processo possibilita um
fluxo de informações eficiente e eficaz entre a equipe do projeto e as partes
interessadas (PMI, 2017).
Assim, para gerenciar as comunicações, você precisará ter como base o
plano de gerenciamento do projeto (plano de gerenciamento de recursos,
comunicações e das partes interessadas), além dos documentos do projeto
(o registro das mudanças, questões e das lições aprendidas, relatório de qua-
lidade e riscos e registro das partes interessadas), relatório de desempenho
do trabalho.
Para gerenciar as comunicações, você pode se utilizar de tecnologias de
comunicações, método e habilidades de comunicação, sistemas de informações
de gerenciamento do projeto, relatório do projeto, habilidades interpessoais e
de equipe e reuniões.
As tecnologias de comunicações a serem utilizadas neste processo são
influenciadas de acordo com o agrupamento da equipe, a confidencialidade
de informações que precisam ser compartilhadas, os recursos disponíveis para
equipe e também como a empresa realiza reuniões (PMI, 2017).
A escolha de métodos de comunicação deve permitir flexibilidade caso as
necessidades e expectativas das partes interessadas mudem (PMI, 2017).
MONITORAR AS COMUNICAÇÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
plano de gerenciamento dos recursos humanos e materiais, plano de gerenciamento
das comunicações e do plano de engajamento das partes interessadas (PMI, 2017).
GERENCIAMENTO DE RISCOS
Monitorar os
riscos
Gerenciamento de Riscos
226 UNIDADE V
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concepção do projeto e estar finalizado no início do projeto. Não obstante, é
importante revisar este termo mais tarde durante o ciclo de vida do projeto, caso
ocorra mudanças significativas nele (PMI, 2017).
Se deve começar no início do projeto, o processo de planejar riscos terá como
base os termos de abertura do projeto e plano de gerenciamento do projeto.
Nesta perspectiva, para planejar o gerenciamento de risco, você pode se uti-
lizar de opinião especializada, análise de dados e reuniões.
A opinião especializada inclui pessoas com expertise em abordagem da
organização para gerenciar os riscos, adaptação do gerenciamento dos riscos de
acordo com as necessidades específicas do projeto e os tipos de riscos que podem
ser encontrados em projetos da mesma área (PMI, 2017). Por sua vez, análise
de dados incluem a análise das partes interessadas para determinar o apetite de
risco delas no projeto (PMI, 2017).
Por fim, temos as reuniões para o desenvolvimento do plano de gerencia-
mento dos riscos. Entre os participantes podem estar o(a) gerente do projeto,
alguns integrantes da equipe do projeto, partes interessadas chave ou mem-
bros da equipe responsáveis por gerenciar os riscos do projeto. Cabe destacar
que outras pessoas que não participam do projeto também podem ser convida-
das para a reunião, como clientes, fornecedores, vendedores e representantes de
órgãos reguladores (PMI, 2017).
O resultado de planejar o gerenciamento dos riscos é o plano de gerencia-
mento dos riscos, um componente do plano de gerenciamento do projeto que
descreve como as atividades de gerenciamento de riscos serão estruturadas e
executadas, que de acordo com o PMI (2017) inclui:
RISCO TOTAL
Rejeição do Contrato
RISCOS RISCOS
ACEITOS CONSIDERADOS
Gerenciamento de Riscos
228 UNIDADE V
Observe que, na Figura 3, o risco pode estar relacionado com a parte técnica ou
com fatores externos, bem como a questão organizacional e ainda com o geren-
ciamento do projeto. Percebe-se, assim, que o risco de um projeto é sempre um
possível evento futuro, logo o gerenciamento de riscos está relacionado ao futuro
de decisões que são tomadas no presente.
Ainda, de acordo com o PMI (2017), o plano de gerenciamento de riscos inclui:
■■ O apetite a riscos das partes interessadas que deve ser expresso como limi-
tes dos riscos para cada objetivo do projeto, para, assim, determinar o
nível aceitável de exposição do risco do projeto e definir as probabilidades
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e impactos a serem utilizados para avaliação e priorização de cada risco.
■■ A definição de probabilidade e impacto dos riscos refletem o apetite aos
riscos e os limites da organização e das principais partes interessadas,
conforme apresentado a seguir.
Ameaças Oportunidades
Muito Muito
Alta Alta
0.90 0.05 0.09 0.18 0.36 0.72 0.72 0.36 0.18 0.09 0.05 0.90
Probabilidade
Probabilidade
Alta Alta
0.70 0.04 0.07 0.14 0.28 0.56 0.56 0.28 0.14 0.07 0.04 0.70
Média Média
0.50 0.03 0.05 0.10 0.20 0.40 0.40 0.20 0.10 0.05 0.03 0.50
Baixa Baixa
0.30 0.02 0.03 0.06 0.12 0.24 0.24 0.12 0.06 0.03 0.02 0.30
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Muito Muito
Baixa 0.01 0.01 0.02 0.04 0.08 0.08 0.04 0.02 0.01 0.01 Baixa
1.10 1.10
Muito Baixo Moderado Alto Muito Muito Alto Moderado Baixo Muito
Baixo 0.10 0.40 0.40 Alto Alto 0.40 0.40 0.10 Baixo
0.05 0.80 0.80 0.05
IDENTIFICAR OS RISCOS
Gerenciamento de Riscos
230 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
camente o efeito dos riscos nos objetivos gerais do projeto. Para o processo de
identificar riscos, você poderá utilizar como base: plano de gerenciamento do
projeto, documentos do projeto, acordos (contém informações como datas de
marcos, tipos de contratos, prêmios, critérios de aceitação, penalidades), docu-
mentação de aquisições (revisão da documentação de aquisição) (PMI, 2017).
Você poderá utilizar-se, no processo de identificar riscos, de opinião especia-
lizada, coleta de dados, análise de dados, habilidades interpessoais e de equipe,
listas de alerta e reuniões.
A opinião especializada deve ser considerada neste processo. Assim, os
especialistas devem ser identificados pelo gerente do projeto e convidados a
considerar todos os aspectos de cada risco, com base na expertise e na sua expe-
riência anterior (PMI, 2017).
A coleta de dados, conforme o PMI (2017), pode ser realizada por meio de
Brainstorming, lista de verificação ou entrevistas:
■■ O Brainstorming é realizado com um conjunto de especialistas multidis-
ciplinares que fazem ou não parte da equipe. As ideias são geradas sob a
orientação de um facilitador, que deve ter uma atenção especial para asse-
gurar que os riscos estejam claramente descrito no final da seção.
■■ A lista de verificação é uma lista de itens, ações ou pontos a serem conside-
rados, baseadas em informações históricas e no conhecimento acumulado
em projetos anteriores. Frequentemente é utilizada como lembrete.
■■ As entrevistas devem ser realizadas em um ambiente de confiança e con-
fidencialidade para estimular contribuições sem tendência.
As análises de dados, que podem ser utilizadas como técnica de identificar riscos,
de acordo com o PMI (2017), incluem análise de causa-raiz, análise de premis-
sas e restrições, análise SWOT e análise de documentos:
■■ Análise de causa-raiz: é utilizada para descobrir as causas que levam ao
problema para desenvolver, assim, uma ação preventiva. Logo, a causa
raiz pode originar o risco. Por exemplo: o risco é estragar a mercadoria
antes da entrega na empresa ABC, a causa raiz é a ocorrência de greve
dos caminhoneiros que interditou a estrada, e o efeito pode ser o atraso
na entrega. Pense que a greve pode ocasionar mais efeitos como atraso no
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gerenciamento de Riscos
232 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
riscos individuais e pode ser utilizada como estrutura de estratégias para ajudar
a equipe do projeto na geração de ideias quando as técnicas de identificação de
risco forem utilizadas (PMI, 2017). Exemplo de estrutura estratégica:
■■ PESTLE: política, econômica, social, tecnológica, ambiental e jurídica.
■■ TECOP: técnica, ambiental, comercial, operacional, política.
■■ VUCA: volatilidade, incerteza, complexidade, ambiguidade.
atitudes dos riscos dos participantes chaves do processo de realizar uma análise
qualitativa dos riscos (PMI, 2017).
Para o processo de realizar a análise qualitativa dos riscos, inicialmente
você precisará ter como base o plano de gerenciamento do projeto e documen-
tos do projeto.
O plano de gerenciamento do projeto deve ser acompanhado do plano de
gerenciamento dos riscos, em que há os papéis e responsabilidades no geren-
ciamento dos orçamentos, cronograma nas categorias de riscos, além da matriz
de probabilidade e impacto e nos limites de riscos das partes interessadas (PMI,
2017). Os documentos do projeto, que podem ser entradas para esse processo,
abrangem o registro de premissas e também restrições que possam afetar o
projeto, o registro de riscos que contém detalhes sobre os riscos e o de partes
interessadas que podem ser designados responsáveis pelos riscos (PMI, 2017).
Assim, para o processo de realizar a análise qualitativa dos riscos, você tem
a opção de utilizar: opinião especializada, coleta de dados, análise de dados,
habilidades interpessoais e de equipe, categorização de riscos, representação de
dados e reuniões.
A opinião especializada, muitas vezes obtida por meio de workshops facilita-
dos de riscos ou em entrevistas, deve considerar o uso da expertise de pessoas com
conhecimento em projetos semelhantes e na análise qualitativa dos riscos (PMI, 2017).
A coleta de dados neste processo inclui entrevistas estruturadas ou semies-
truturadas, em um ambiente de confiança e confidencialidade, que podem ser
utilizadas para avaliar a probabilidade e os impactos individuais do projeto, entre
outros fatores (PMI, 2017).
Gerenciamento de Riscos
234 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
grama, custo, qualidade ou desempenho.
■■ Avaliação de outros parâmetros de riscos além da probabilidade e
impacto como:
1. Urgência: em resposta ao risco.
2. Proximidade: prazo do risco ter impacto sobre o projeto.
3. Dormência: período após a ocorrência do risco antes que o impacto seja
descoberto.
4. Gerenciabilidade: facilidade em que o risco é gerenciável.
5. Capacidade de controle e de detecção: capacidade de controle do resul-
tado do risco e de detecção quando o risco está prestes a ocorrer.
6. Conectividade: até que ponto o risco está relacionado com os outros ris-
cos individuais do projeto.
7. Impacto estratégico: caso o risco ocorra, qual seriam os impactos nega-
tivos ou positivos sobre as estratégias da organização.
8. Proximidade: grau em que o risco é percebido pela parte interessada.
As habilidades interpessoais e de equipe que podem ser utilizada para esse pro-
cesso incluem a facilitação, visto que esta técnica aprimora a eficácia da análise
qualitativa dos riscos individuais do projeto (PMI, 2017).
A categorização de riscos pode ser realizada por fontes de risco utilizando,
por exemplo, a Estrutura Análitica de Riscos ou outras categorias úteis como
por exemplo: fase, orçamento, papéis e responsabilidades no projeto, para assim
determinar as áreas do projeto mais expostas aos riscos e incertezas (PMI, 2017).
Baixa
Baixa Alta
Bolhas pequenas Capacidade
nesta área são de detecção
aceitáveis
Figura 5 - Exemplo de gráfico de bolhas que mostra a capacidade de detecção, a proximidade e o valor do impacto
Fonte: PMI (2017, p. 426).
Por fim, temos as reuniões para realizar uma análise qualitativa de riscos,
comumente chamadas de workshop de riscos, dedicada à discussão dos riscos
individuais identificados do projeto. Assim, esta reunião deve ser direcionada
para revisão dos riscos previamente identificados, avaliação da probabilidade e
impacto, categorização e priorização. A reunião também pode revisar e confirmar
as escalas de probabilidade e impactos a serem utilizadas na análise (PMI, 2017).
Gerenciamento de Riscos
236 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A análise quantitativa dos riscos quantifica a exposição ao risco geral do pro-
jeto combinando riscos individuais identificados e outras fontes de incerteza nos
objetivos gerais do projeto, podendo fornecer informações quantitativas adicio-
nais dos riscos para apoio do planejamento de respostas a estes (PMI, 2017).
Cabe destacar, a análise quantitativa de riscos não é necessária para todos
os projetos, já que para realizá-la é necessário software especializado e exper-
tise no desenvolvimento e interpretação dos modelos de riscos (PMI, 2017).
Ainda, é necessário a disponibilidade de dados de alta qualidade sobre os ris-
cos individuais do projeto e outras fontes de incerteza, além de uma sólida
linha de base do projeto para escopo, cronograma e custo (PMI, 2017). Desta
forma, a análise quantitativa de riscos é mais indicada para projetos comple-
xos ou de grande porte e/ou de importância estratégica para os quais se exige
um requisito contratual ou ainda aqueles em que uma das partes interessadas
exija (PMI, 2017).
Para o processo de realizar a análise quantitativa dos riscos, é importante
inicialmente ter como base o plano de gerenciamento do projeto e os documen-
tos do projeto.
Para realizar a análise quantitativa dos riscos você tem a opção de: buscar
opinião especializada, realizar a coleta de dados, desenvolver habilidades inter-
pessoais e de equipe, representação da incerteza e análise de dados.
Gerenciamento de Riscos
238 UNIDADE V
Faixa de incerteza
100 100
90 90
Probabilidade cumulativa (%)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cumprir a meta
20 20
10 10
0 0
US$ 2,0 US$ 2,1 US$ 2,2 US$ 2,3 US$ 2,4 US$ 2,5 US$ 2,6 US$ 2,7 US$ 2,8
milhões milhões milhões milhões milhões milhões milhões milhões milhões
Gerenciamento de Riscos
240 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PLANEJAR AS RESPOSTAS AOS RISCOS
Gerenciamento de Riscos
242 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gerenciar a ameaça e suportar o seu impacto, caso a ameaça se efetive. Isso
pode ser feito por meio de uso de seguro, garantias, cauções etc.
■■ Mitigar é uma ação realizada para reduzir a probabilidade ou impacto de
um risco. A Realização de forma antecipada é mais efetiva do que depois
que a ameaça já ocorreu. São exemplos de mitigação: adotar processos
menos complexos, fazer mais testes, desenvolvimento de protótipos ou
escolher um vendedor mais estável.
■■ Aceitar é o reconhecimento de uma ameaça, mas nenhuma ação proativa
é tomada. Essa posição pode ser correta para ameaças de baixa prioridade.
Contudo, o correto é estabelecer uma reserva para contingência tanto de
valores como de tempo, caso a ameaça ocorra.
Como o risco pode ser composto tanto por ameaças como por oportunidades, exis-
tem cinco estratégias para oportunidades que podem ser consideradas, conforme
o PMI (2017), escalar, explorar, compartilhar, melhorar e aceitar, como segue:
■■ A escalar é a estratégia de resposta ao risco correta, é apropriada apenas
quando a oportunidade está fora do escopo do projeto ou que a resposta
exceda a autoridade do gerente de projeto. As oportunidades são escala-
das e gerenciadas no nível do programa, nível de portfólio ou outra parte
relevante da organização, e não no nível de projeto. O gerente do projeto
determina quem deve ser notificado sobre a oportunidade e comunica
os detalhes a essa pessoa ou parte da organização.
■■ Explorar é a estratégia que pode ser selecionada para oportunidades de alta
prioridade, quando a organização deseja garantir que essa oportunidade
seja explorada. São exemplos de respostas de exploração a designação de
suas causas.
■■ Aceitar uma oportunidade reconhece a sua existência, entretanto nenhuma
ação proativa é realizada.
Gerenciamento de Riscos
244 UNIDADE V
As análises de dados que podem ser utilizadas para selecionar uma estratégia
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preferencial de resposta ao risco incluem a análise de alternativas e análise de
custo-benefício. A análise de alternativas pode levar à decisão sobre qual res-
posta é a mais adequada e a análise de custo-benefício leva em consideração a
razão entre a mudança no nível de impacto e o custo de implementação.
A tomada de decisão, que pode ser utilizada para selecionar uma estratégia de
resposta ao risco, inclui a análise de decisão envolvendo múltiplos critérios. Logo,
uma ou mais estratégias de respostas aos riscos podem ser considerada. Assim,
as técnicas de tomada de decisão podem auxiliar a priorizar as estratégias de res-
posta ao risco (PMI, 2017). Desta forma, os critérios de decisão para selecionar a
resposta ao risco podem incluir o custo da resposta, possibilidade de eficácia na
mudança da probabilidade, disponibilidade de recursos, restrições de tempo, nível
de impacto, introdução de riscos secundários entre outros (PMI, 2017).
Os resultados do processo de planejar respostas aos riscos incluem solicita-
ção de mudança, atualizações em praticamente todos os componentes do plano
de gerenciamento do projeto e de documentos do projeto (PMI, 2017).
MONITORAR OS RISCOS
Gerenciamento de Riscos
246 UNIDADE V
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avaliado foi modificado ou pode ser desativado, e as reservas de contingências
de custos e cronograma devem ou não ser modificadas de acordo com a avalia-
ção atual dos riscos.
Para o processo de monitorar riscos você precisará ter como entrada o plano
de gerenciamento do projeto (plano de gerenciamento de riscos), documentos
do projeto (registro de questões, lições aprendidas, riscos e relatório dos riscos),
dados e relatório de desempenho do trabalho (análise de variação, dados de valor
agregado e de previsões) (PMI, 2017).
Para o processo de monitorar riscos, você poderá utilizar a análise de dados,
auditorias e reuniões (PMI, 2017).
A análise de dados incluem análise de desempenho técnico e análise de
reservas. A análise de desempenho técnico compara as realizações técnicas com
seu cronograma durante a execução do projeto e podem incluir ponderações,
prazos das transações, número de defeitos entregues, capacidade de armazena-
mento entre outros. Por outro lado, a análise de reservas compara quantidade de
reservas de contingências com os riscos restantes a qualquer momento do pro-
jeto para determinar se as reservas são adequadas (PMI, 2017).
As auditorias de riscos podem ser utilizadas para analisar a eficácia do pro-
cesso de gerenciamento dos riscos. Cabe destacar que o gerente do projeto é
responsável por garantir que as auditorias ocorram com frequência adequada.
As reuniões são realizadas no processo de monitorar riscos com o objetivo de
revisões dos riscos. Assim, as revisões devem examinar e documentar a eficácia
das respostas aos riscos ao lidar com o risco individual e geral do projeto. Além
disso, as revisões dos riscos resultam também na identificação de novos riscos
Planejar o Conduzir as
gerenciamento aquisições
das aquisições
Controlar as
aquisições
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Inicialmente, é necessário planejar as aquisições, por meio das decisões de com-
pras, salientando a necessidade para o projeto e identificando fornecedores em
potencial. O segundo passo é conduzir as aquisições em que obtém-se as res-
postas de fornecedores, bem como a seleção do fornecedor e desenvolvimento
do contrato (PMI, 2017).
Após a condução das aquisições, tem-se o controle que é o processo de
monitoramento e desempenho do contrato e realização de alterações e corre-
ções conforme o necessário. Por fim, tem-se o encerramento das aquisições.
PLANO DE
ESTRATÉGIA DA ESPECIFICAÇÃO DO DOCUMENTOS DE
GERENCIAMENTO DAS
AQUISIÇÃO TRABALHO LICITAÇÃO
AQUISIÇÕES
Como as aquisições serão
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Solicitação de infor-
coordenadas e integradas
Métodos de mações (SDI), Soli-
com outros trabalhos do Descrição do item
entrega de aqui- citação de cotação
projeto, especialmente de aquisição
sições (SDC), Solicitação
com recursos, cronogra-
de proposta (SDP)
ma e orçamento
Especificações,
Cronograma das prin-
requisitos da quali-
cipais atividades de Tipos de acordos
dade e metricas de
aquisições
desempenho
Descrição de
Métricas de aquisições Fases da aqui-
serviços colaterais
para gerenciar o contrato sição
necessários
Responsabilidades de to- Métodos e critérios
das as partes interessadas de aceitação
Dados de desem-
Restrições premissas das penho e outros
aquisições relatórios neces-
sários
Jurisdição legal e moeda
Qualidade
de pagamento
informações sobre estima- Período de lugar de
tivas independentes desempenho
Questões de gerencia- Moeda: cronogra-
mento dos riscos ma de pagamentos
Vendedores pré-qualifica-
Garantia
dos, se aplicável
Fonte: PMI (2017, p. 481).
CONDUZIR AS AQUISIÇÕES
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expertise em: avaliação de propostas; área técnica ou assunto; áreas funcionais
relevantes, como finanças, engenharia, design, desenvolvimento; ambiente regu-
latório do setor, leis, regulamentos e requisitos de conformidade e negociação
(PMI, 2017).
A publicidade é uma comunicação com os usuários atuais ou potenciais de
um produto, serviço ou resultado. Assim, as listas existentes de vendedores podem
ser ampliadas com anúncios em publicações de grande circulação (PMI, 2017).
As reuniões com licitantes, ou com contratados, vendedores são reuniões
entre o comprador e os vendedores em potencial antes do envio das propostas,
que são utilizadas para assegurar que todos os fornecedores potenciais tenham
um entendimento claro da aquisição (PMI, 2017).
A análise de dados inclui a avaliação de proposta, isto é, as propostas são ava-
liadas para garantir que atendam todos os documentos de licitação, especificação
do trabalho das aquisições e critérios para seleção de fornecedores (PMI, 2017).
As habilidades interpessoais e de equipe incluem a negociação, logo, a nego-
ciação é uma discussão com o objetivo de obter um acordo. Assim, a negociação
deve ser realizada por um membro da equipe responsável por conduzir as aqui-
sições que tenha autoridade para assinar os contratos (PMI, 2017).
Os resultados do processo de conduzir as aquisições incluem vendedo-
res selecionados, acordos, solicitações de mudanças, atualizações no plano de
gerenciamento do projeto, atualizações de documentos do projeto e atualiza-
ções de ativos de processos organizacionais (a lista de vendedores potenciais e
pré-qualificados e informações sobre experiências, positivas ou negativas, com
vendedores) (PMI, 2017).
CONTROLAR AS AQUISIÇÕES
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■■ Registro das partes interessadas: envolvidas em aquisições (PMI, 2017).
Uma inspeção é uma revisão do trabalho que está sendo realizado pelo contrato.
Por exemplo: em um projeto de construção as inspeções envolvem a homolo-
gação no local pelo comprador e o contratado, para garantir um entendimento
mútuo do trabalho em andamento (PMI, 2017).
As auditorias são uma revisão do processo de aquisição; não obstante os
direitos e as obrigações com relação à auditoria devem ser descritos no contrato
de aquisições (PMI, 2017).
Os resultados do processo de controlar as aquisições incluem:
■■ Encerrar as aquisições ou encerramento dos contratos.
■■ Informações sobre o desempenho do trabalho do fornecedor.
■■ Atualizações na documentação de aquisições (contratos e outros docu-
mentos de apoio).
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GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS
Todos os projetos tem partes interessadas que podem afetar ou serem afetadas posi-
tiva ou negativamente pelo projeto (PMI, 2017). Neste contexto, o gerenciamento
de partes interessadas do projeto deve começar na sequência da elaboração do TAP.
Assim, o gerenciamento das partes interessadas inclui os processos neces-
sários para identificar os indivíduos, grupos ou organizações que podem ser
impactados ou impactar o projeto, analisar as expectativas dos interessados, seu
impacto no projeto e o desenvolvimento de estratégias de gerenciamento para o
engajamento das partes interessadas de forma eficaz nas decisões e na execução
do projeto (PMI, 2017). Nesta perspectiva, os processos de gerenciamento das
partes interessadas do projeto estão descritos na figura a seguir.
Planejar o
Identificar as
engajamento
partes
das partes
interessadas
interessadas
Gerenciar o Monitorar o
engajamento engajamento
das partes das partes
interessadas interessadas
Figura 10 - Processos de gerenciamento das partes interessadas
Fonte: adaptada de PMI (2017).
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Fornecedores
Conforme Do Valle et al. (2010), as partes interessadas que ignoram a sua res-
ponsabilidade podem impactar negativamente o projeto, do mesmo modo o
gerente do projeto que ignora as partes interessadas pode ter um impacto pre-
judicial nos resultados do projeto.
Para o processo de identificar as partes interessadas, inicialmente você pre-
cisa ter como base o termo de abertura do projeto, documentos de negócios,
plano de gerenciamento do projeto (plano das comunicações e o plano de enga-
jamento das partes interessadas), documentos do projeto (incluem o registro de
mudanças, registro das questões – lista questões que podem introduzir novas
partes interessadas ou mudar o tipo de participação das atuais – e documenta-
ção de requisitos) e os acordos (PMI, 2017).
4
2 Expectativas Influência
Meio-ambiente
Documentação
Influênciador
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Resultado
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Expectativas Ação Estratégica
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Técnico
Decisor
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Peso
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70% 100%
Controlador
Controladoria 1 3 2 3 3 3 3 136 3 3 3 3 3 3 3 186 171 mple no prazo e custo Controle efetivo
Completar vo
Intervenientes
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Parceiros 2 3 2 3 3 1 2 127 1 1 3 2 2 2 3 128 127,7 Qualidade
Escala
1 Baixo
2 Médio 5 6 7 8
3 Alto
Figura 12 - Matriz de interesse
Fonte: Do Valle et al. (2010, p. 121).
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A opinião especializada inclui indivíduos ou grupo de pessoas que tenha
expertise em estruturas políticas e de poder na organização e externas a ela;
ambiente e cultura da organização e externos a ela; meios e estratégias de comu-
nicação; técnicas de análise e avaliação a serem utilizadas para processos de
engajamento das partes interessadas; e conhecimento de projetos anteriores sobre
as características das partes interessadas envolvidos no projeto atual ou em pro-
jetos similares anteriores (PMI, 2017).
A coleta de dados como técnica para planejar o engajamento das partes
interessadas inclui benchmarking. Logo, os resultados da análise das partes inte-
ressadas são comparadas com informações de outros projetos ou organizações
de classe mundial (PMI, 2017).
As técnicas de análise de dados neste processos incluem análise de premis-
sas e restrições e análise da causa raiz, a fim de selecionar a estratégia apropriada
para aprimorar níveis de engajamento (PMI, 2017).
As técnicas de tomadas de decisão também podem ser utilizadas neste pro-
cesso e incluem priorizar e classificar os requisitos das partes interessadas.
A representação de dados inclui o mapeamento mental e a matriz de avalia-
ção do níveis de engajamento das partes interessadas, como: desinformados (sem
conhecimento do projeto), resistentes (não apoiam o trabalho do projeto), neu-
tros (não apoiam e nem resistem), apoiadoras (apoiadoras do trabalho) e líderes
(engajadas ativamente) (Figura 13). Observe na figura que C representa o nível
de engajamento atual de cada parte interessada e D indica o nível que a equipe
do projeto avaliou como essencial para garantir o êxito do projeto (PMI, 2017).
Parte Desinfor-
interessada mada Resistente Neutra Apoiadora Lidera
Parte
interessada 1 C D
Parte C
interessada 2 D
Parte
interessada 3 DC
Figura 13 - Matriz de avaliação do nível de engajamento das partes interessadas
Fonte: PMI (2017, p. 522)
Por fim, as reuniões são utilizadas para discutir e analisar os dados de entrada
do processo de planejamento do engajamento das partes interessadas, visando
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■■ Estruturas políticas e de poder na organização e externas a ela.
■■ Ambiente e cultura da organização e externos a ela.
■■ Estratégia e métodos de comunicação.
■■ Técnicas de análise e avaliação utilizadas para processos de engajamento.
■■ Gerenciamento de requisitos, fornecedores e de mudanças.
■■ Características dos interessados e organizações envolvidas no projeto
atual ou anteriores (PMI, 2017).
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das partes interessadas (PMI, 2017).
Entre as habilidades de comunicação, existem as técnicas de feedback e
apresentações, garantindo, assim, que as informações para as partes interessa-
das sejam recebidas e atendidas (PMI, 2017).
Com relação às habilidades interpessoais e de equipe, o(a) gestor(a) do projeto
pode utilizar a escuta ativa, consciência cultural, liderança, rede de relaciona-
mentos e consciência política. Esse último busca saber quem detém o poder de
influência para assim desenvolver uma capacidade para comunicação com as
partes interessadas. Ressalta-se que a consciência cultural ajuda o(a) gerente de
projetos a planejar as comunicações com base nas diferenças culturais (PMI, 2017).
Por fim, as reuniões podem ser de status, reuniões em pé, ou qualquer outra
forma, para monitorar e avaliar os níveis de engajamento das partes interessa-
das (PMI, 2017).
Os resultados do processo de monitorar o engajamento das partes inte-
ressadas inclui: informações sobre o desempenho do trabalho, solicitações de
mudanças; atualizações do plano de gerenciamento do projeto; e atualizações
de documentos do projeto (PMI, 2017).
Portanto, aprendemos nesta unidade que, no gerenciamento da comunicação, é
importante que o(a) gerente de projetos considere a cultura e estrutura organizacio-
nal, bem como os interesses das partes interessadas e seus conflitos e, ainda, validar o
plano de comunicação com os interessados. Não se pode esquecer também da questão
do feedback, bem como garantir a distribuição de informações e controle a mudanças.
Assim, a comunicação precisa ter um propósito, um responsável e um destinatário,
devendo ser realizada com frequência, por meio de reuniões, e-mails entre outros.
com o escopo definido, bem como a qualidade do trabalho que está sendo exe-
cutado. Assim, para um bom andamento do projeto, a equipe deve informar o(a)
gerente do projeto, sobre o desenvolvimento e o progresso de suas atividades. E
o(a) gerente do projeto irá relatar todo o processo de desenvolvimento dele para
as partes interessadas. Desta forma, a pró-atividade do(a) gerente do projeto, bem
como a análise de desempenho periódico do projeto e o comprometimento dos
membros da equipe são fatores que influenciarão o bom andamento do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Aprendemos que para assegurar o fluxo coerente de informações sobre e no
projeto é necessário gerenciar comunicação, disponibilizando as informações
necessárias no tempo oportuno à equipe e às partes interessadas no projeto.
Você viu que os riscos são inerente aos projetos e representam tanto amea-
ças como oportunidades. Logo, precisamos nos precaver para as ameaças, visto
que isso pode influenciar no êxito do projeto. Para isso, você conheceu as técni-
cas de identificação de risco e as principais ferramentas de controle dele.
Não obstante, entendemos que aquisições mal conduzidas pode levar ao insu-
cesso do projeto. Dessa forma, vimos como são os processos de gerenciamento
das aquisições de forma que os recursos estejam disponíveis para os envolvidos
no projeto, no tempo certo e com qualidade e custo adequados para que não
tenham impactos negativos no desempenho do projeto.
Aprendemos que as partes interessadas podem ser internas ou externas e pos-
suem níveis de responsabilidades e de alguma forma pode afetar ou ser afetada
pelo desenvolvimento do projeto. Assim, o gerenciamento das partes interessa-
das tem como finalidade identificá-las e priorizá-las, visando minimizar possíveis
resistências e garantir o seu engajamento a fim de atender os objetivos do projeto.
Não podemos esquecer que pode ocorrer do projeto não ter seu escopo validado, por
causa de não ter passado na inspeção pelas partes interessadas. Diante disso, será ne-
cessário realizar um controle de mudanças para que o projeto incorra em aceitação.
Pense que o processo de encerrar um projeto envolve a finalização de todas as ativida-
des dos grupos de processo de gerenciamento de projetos. Esta fase é muito impor-
tante, pois pode fornecer subsídios para os próximos projetos, visto que o gerente de
projetos deve finalizar todos os relatórios e documentar toda experiência do projeto,
como atendeu os requisitos, bem como as lições aprendidas com ele.
Assim, quando a documentação for concluída, o gerente de projetos deve submeter
toda documentação às pessoas envolvidas no projeto a fim de informar sobre o desem-
penho da equipe, dar feedbacks. Nesta perspectiva, é importante o gerente de projetos
realizar uma avaliação do projeto assegurando que todo trabalho foi realizado e, jun-
tamente com a equipe, determinar se os objetivos do projeto foram alcançados, docu-
mentando os sucessos e fracassos enfrentados durante a execução, garantindo, assim,
a sua conclusão.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
5. C.
CONCLUSÃO
Caro(a) aluno(a),
Neste livro, descobrimos que o gerenciamento de projetos é um conjunto de práti-
cas e conhecimentos que são adaptados às necessidades de cada organização, per-
mitindo que elas tomem decisões mais assertivas. Aprendemos que, na prática, para
gerenciar projetos de forma efetiva, tudo terá que ser planejado, coletando o maior
número de informações possíveis com a equipe e pessoas que conhecem sobre o
produto ou serviço.
Assim, iniciamos nossos estudos conhecendo sobre os conceitos e aspectos iniciais
sobre a gestão de projetos, apresentando os conceitos e a definição de projeto. Es-
tudamos sobre os aspectos do gerenciamento de projetos e os benefícios no ade-
quado emprego da gestão de projetos. Aprendemos, também, os fatores críticos de
sucesso e fracasso em projetos.
Neste livro, você passou a ter o entendimento sobre as abordagens tradicional e a
ágil de gerenciamento de projetos. Não só, mas que, de acordo com as características
do projeto e a maturidade da equipe, há um tipo de abordagem a ser adotada. Além
disso, aprendemos que as duas metodologias podem ser trabalhadas em conjunto.
Por fim, conhecemos o núcleo da gestão do projeto. Além do mais, foram apresenta-
das as áreas do conhecimento em gestão de projetos, que inclui: gerenciamento do
escopo do projeto; gerenciamento do tempo do projeto; gerenciamento dos cus-
tos; gerenciamento da qualidade; gerenciamento dos recursos humanos e físicos do
projeto; gerenciamento das comunicações; gerenciamento de riscos; gerenciamen-
to das aquisições; gerenciamento das partes interessadas no projeto.
Agora que você já aprendeu sobre a metodologia de gerenciamento de projetos
você está apto para iniciar um mergulho neste horizonte profissional. Espero, que, a
partir do seu avanço no conhecimento sobre a área, já tenha começado a gerenciar
projetos, mesmo que pessoais, seja uma viagem, uma festa de aniversário ou até a
sua carreira acadêmica ou profissional. Desejo-te muito sucesso neste universo de
gestão de projetos.
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