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DE CUSTOS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Designer Educacional
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Distância; SILVA, Juliana Moraes da.
Agnaldo Ventura
Contabilidade de Custos. Juliana Moraes da Silva Iconografia
Reimpressão em 2019 Isabela Soares Silva
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
224 p. Projeto Gráfico
“Graduação - EaD”. Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
1. Contabilidade. 2. Custos. EaD. I. Título.
Arte Capa
ISBN 978-85-459-0823-4 Arthur Cantareli Silva
CDD - 22 ed. 655
Editoração
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Robson Yuiti Saito
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Felipe Veiga da Fonseca
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Ilustração
Impresso por:
Daphine Ramella Marcon
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca
por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a
educação de qualidade nas diferentes áreas do
conhecimento, formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais
e sociais; a realização de uma prática acadêmica
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela
qualidade e compromisso do corpo docente;
aquisição de competências institucionais para
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade
da oferta dos ensinos presencial e a distância;
bem-estar e satisfação da comunidade interna;
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de
cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores
e tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e
segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORA
CONTABILIDADE DE CUSTOS
SEJA BEM-VINDO(A)!
Há uma frase bastante popular do autor Lewis Carroll que diz o seguinte: “Se você não
sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. É mais o menos assim que muitas pessoas
vivem, não sabem o que querem, seguem por qualquer caminho e por isso, nunca con-
seguem nada, nem chegam a lugar nenhum.
Mas você é diferente, você escolheu o caminho da academia! Caro(a) acadêmico(a), para
seguir este caminho é preciso traçar uma meta, e para buscá-la, é necessário planeja-
mento, organização, perseverança, conhecer as possibilidades, aproveitar as oportuni-
dades e executar. Tenha calma, você vai chegar lá, mas deve ser um passo de cada vez.
No ensino a distância, é a sua disciplina de cada dia, mês e ano, que lhe mostrará que
você está chegando lá.
É com grande satisfação que escrevemos este material de Contabilidade de Custos, es-
pecialmente elaborado para auxiliar nos passos da sua caminhada. O material possui
conceitos, explicações, exemplos, imagens, quadros, cujo objetivo é velar a você o co-
nhecimento dos custos empresariais.
O presente material de Contabilidade de Custos está estruturado em cinco unidades,
nas quais apresentamos uma explanação teórica acerca dos temas abordados, exem-
plos, dicas e sugestões de leituras complementares, exercícios resolvidos, finalizando
com uma lista de atividades.
O surgimento da contabilidade de custos, as terminologias contábeis, os conceitos ini-
ciais, fundamentais para um aprendizado eficaz da Contabilidade de Custos estão apre-
sentados na Unidade I. Na Unidade II abordaremos materiais e mão de obra diretos, dois
dos elementos que compõem os custos dos produtos, mercadorias e serviços, indispen-
sáveis para o controle da empresa e para a formação do preço de venda.
Os custos indiretos de produção e o processo de departamentalização, divisão do setor
fabril em departamentos, estão explanados na Unidade III. Já na Unidade IV, destacamos
o processo de contabilização dos custos. Aqui, vamos aprender a contabilizar os custos
direto de um produto, mercadoria e serviço de acordo com as Normas Contábeis e acei-
tos pela Legislação Fiscais.
Por fim, na Unidade V, finalizamos o conteúdo com o processo de contabilização mais
complexa dos custos indiretos e do custo total do produto, bem como sua movimenta-
ção desde o estoque de matéria-prima até a venda do produto acabado.
Não perca mais tempo, o seu futuro só depende de você mesmo. Vamos dar o próximo
passo?
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
39 Considerações Finais
46 Referências
47 Gabarito
UNIDADE II
51 Introdução
52 Material Direto
82 Considerações Finais
89 Referências
90 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
CUSTOS INDIRETOS
99 Introdução
117 Departamentalização
132 Referências
133 Gabarito
UNIDADE IV
141 Introdução
174 Referências
176 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
183 Introdução
219 Referências
220 Gabarito
222 CONCLUSÃO
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
I
INTRODUÇÃO À
UNIDADE
CONTABILIDADE DE
CUSTOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer a origem da contabilidade de custos.
■■ Compreender os termos aplicados a contabilidade de custos.
■■ Diferenciar os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Origem da Contabilidade de Custos
■■ Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos
■■ Classificação dos Custos
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
mercadorias que eram registradas nos estoques avaliados pelo custo da aquisição.
Assim, o custo das mercadorias era o valor constante do documento de compra
do bem, acrescidos dos gastos necessários para colocá-las em condição de uso.
Relacionada aos processos comerciais, focada nos relatórios e demonstrati-
vos dirigido ao público externo da empresa, a contabilidade financeira abrange
a apuração do resultado de cada período e o levantamento do balanço final,
tomando por base os valores constantes dos seus estoques físicos, apurados por
diferença, conforme apresentado:
Quadro 1 - Apuração do custo das mercadorias vendidas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estoques Iniciais ..........................................$
( + ) Compras ...............................................$
( - ) Estoques Finais .....................................$
( = ) Custo das Mercadorias Vendidas ........$
Fonte: a autora.
Figura 1 - Comparação do comércio com a indústria. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GASTOS
De acordo com o reconhecimento desses gastos para a empresa, eles poderão ser
classificados contabilmente como investimentos, custos ou despesas.
DESEMBOLSOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INVESTIMENTOS
PERDAS
gas em desastres.
Existem também as perdas que estão
relacionadas com a atividade produtiva
da empresa, que são consideradas como
perdas normais, pois normalmente são
previsíveis e estimadas durante o processo
produtivo. Alguns dos exemplos dessas
perdas são provenientes de dimensões
de matéria-prima e corte de máquinas
diferenciadas, reações químicas, evapo-
ração e outros semelhantes. O valor das
perdas normais é absorvido pelos custos
das operações.
DESPESAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fabril, indispensáveis para a colocação dos produtos ou serviços no mercado.
Pelo fato das despesas estarem relacionadas a um determinado período e não
aos produtos, elas são evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício.
CUSTOS
RECEITAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos deten-
tores dos instrumentos patrimoniais.
RECEBIMENTOS
a) Custos diretos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, percebe-se que para serem considerados custos diretos de produção,
devem ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva, não oferecendo
dúvida quanto ao fato de realmente pertencerem a determinada unidade de
produto.
No entanto, a classificação de custos diretos pode variar de uma empresa
para outra, por exemplo: em uma atividade empresarial do ramo de lâminas de
alumínio, a energia elétrica é classificada como custo direto pelo fato do seu con-
sumo ser intensivo, por outro lado, em uma indústria de parafusos, a energia
elétrica é considerada custos indiretos pela difícil mensuração de energia des-
pendida em cada unidade produzida.
b) Custos indiretos
Consideram-se custos indiretos de produção aqueles gastos que não são passí-
veis de serem identificados diretamente com cada uma das unidades produzidas,
precisam ser apropriados aos produtos acabados por algum critério de rateio
ou estimativa, artifícios utilizados para distribuir os custos aos itens a que se
referem.
A apropriação dos custos indiretos aos produtos é muito subjetiva, a mão
de obra indireta, por exemplo, pode ser rateada em razão do número de empre-
gados, do número de horas, do consumo de materiais diretos etc.
a) Custos fixos
Consideram-se custos fixos aqueles gastos que não mudam em função da quan-
tidade produzida, independentemente do volume de produção dentro do limite
de uma capacidade instalada, (VICECONTI; NEVES, 2013). Mesmo que não
haja produção em determinado período de tempo, por falta de materiais, falta
de energia elétrica, greves ou outras ocorrências de praxe, os custos fixos sem-
pre ocorrerão. Alguns exemplos de custos fixos podem ser:
■■ Salários dos supervisores dos setores produtivos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Seguro da fábrica.
■■ Aluguel da instalação.
■■ Aluguel das máquinas industriais.
Como conseqüência do acima exposto, tem-se que os custos fixos não estão rela-
cionados ao volume produzido no período. Na hipótese da produção de milhares
de itens, a cada unidade produzida alocará parte dos custos fixos, por outro lado,
na ocorrência da produção de uma única unidade, os custos fixos se manterão
os mesmos e deverão ser totalmente alocados a essa unidade solitária.
Assim, pode-se constatar que uma mudança de volume de unidades produ-
zidas em um determinado período de tempo, dentro de um limite de capacidade
instalada, não altera o valor dos custos fixos para mais ou para menos. Segue um
exemplo de custos fixos totais recebidos por unidades produzidas:
Tabela 1 - Custos fixos totais do período e unitários.
volume de produção. Os custos fixos são alocados aos produtos por estimativa
ou pela escolha de um critério de rateio.
Ainda, quanto maior a produção, menor serão os custos fixos suportados
por unidade produzida, uma vez que o custo fixo permanente é diluído para um
número maior de unidades produzidas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Custos variáveis
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para o exemplo da matéria-prima, o custo se altera em valor monetário na mesma
proporção em que ocorrem as alterações na quantidade física de produto indus-
trializado. O custo variável de cada unidade não é influenciado pelo número de
unidades produzidas.
Assim, percebemos que os custos variáveis alteram para mais ou para menos
na proporção em que as quantidades produzidas se elevam ou se retraem, salvo
exceções como o de obtenção de descontos comerciais de valores consideráveis
na aquisição dos custos considerados como variáveis.
Tabela 2 - Consumo de materiais diretos por unidade
c) Custos semifixos
Os custos semifixos correspondem aos custos que são fixos até um determinado limite
de produção, mas que se alteram em razão da mudança da capacidade instalada.
Como exemplo, suponhamos que uma empresa aumente muito o volume de
produção, necessitando alugar outro imóvel. O custo do aluguel é fixo, no entanto,
com o aumento da produção há também um aumento no custo fixo do aluguel.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 5 - Comportamentos dos custos semifixos em relação ao volume de produção.
Fonte: a autora.
d) Custos semivariáveis
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Prezado(a) acadêmico(a), essa unidade foi o início de caminhada para compreen-
der a contabilidade de custos. Como você percebeu, a terminologia, os conceitos
e as classificações, constituem a base para construção do conhecimento contá-
bil. Na próxima unidade, você aprenderá a apurar o custo direto dos produtos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
40
5. Um único gasto pode ter diferentes classificações, variado de acordo com o fluxo
que esse gasto faz na empresa. Objetivando compreender os conceitos, indique
a terminologia apropriada em cada uma das situações:
a) A compra de matéria-prima representa uma despesa?
b) Quando a matéria-prima é consumida na produção há um desembolso?
Muito embora o objetivo desta obra não seja a origem da contabilidade do Brasil, o
conhecimento acerca das origens e evolução da contabilidade, pode auxiliar você,
aluno(a), a compreender a contabilidade como é atualmente. Acesse: <http://www.
portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm>.
Material Complementar
46
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Anthony A.; et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC), CPC 26 (R1) – Apresentação das
Demonstrações Contábeis, 2011. Disponível em: www.cpc.org.br.
FRANCO, Hilário. Contabilidade industrial. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da contabilidade. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2015.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2011.
SILVA, César Augusto Tibúrcio; NIYAMA, Jorge Katsumi. Teoria da contabilidade. 3
ed. São Paulo: Atlas, 2013.
VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de custos: um enfoque dire-
to e objetivo. 11. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
REFERÊNCIAS ON-LINE
Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
1
26 abr. 2017.
Em: <http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao1/article/view-
3
1) V, V, F, V, V, V, F.
2) 3, 4, 2, 1, 5.
3) I, O, P, D, C, R, P, D, O, C, I, C, D.
7) 5, 4, 3, 1, 2.
8) F, V, F, V, V, V.
9) A.
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
CUSTOS DIRETOS:
II
UNIDADE
MATERIAL E MÃO DE OBRA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a composição do custo direto do produto.
■■ Apurar o custo dos materiais diretos por produto.
■■ Calcular o custo mão de obra direta por hora e por produto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Material direto
■■ Custo do material direto
■■ Custo da mão de obra direta
51
INTRODUÇÃO
Introdução
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MATERIAL DIRETO
secundários diretos. Por fim, tem-se a caixa de papelão utilizada para emba-
lar o produto, considerada como material direto, classificada como material de
embalagem. Outros materiais são consumidos na produção, como a lixa, estopa,
pincel, etc. No entanto, são classificados como materiais indiretos, por isso, não
abordaremos neste momento.
SISTEMAS DE INVENTÁRIOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Material Direto
54 UNIDADE II
Dessa forma, o custo com materiais diretos dos produtos vendidos no período
corresponde a $ 250.000.
INVENTÁRIO PERMANENTE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesse tipo de inventário, os materiais são controlados na ficha de controle de
estoque de forma contínua. Todas as compras, vendas ou requisições são contro-
ladas individualmente. O objetivo do inventário permanente é identificar os custo
dos produtos vendidos e o custo dos produtos estocados (ainda não vendidos).
Pela ficha de controle de estoque, o valor do estoque pode ser levantado a qual-
quer momento, independente da época do fechamento do Balanço Patrimonial.
Dessa forma, no inventário permanente não é preciso realizar a contagem física
dos materiais, exceto no caso de necessidade de conferência.
Vejamos os exemplos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
( + ) frete pago pelo comprador (FOB);
( - ) ICMS do frete;
( = ) custo do material (valor que estará registrado no estoque).
Nesse exemplo vemos que o IPI e o ICMS não compõe o custo do material. No
enunciado do exemplo consta a informação de que a empresa é contribuinte do
ICMS, assim, a empresa compra material com ICMS e vende produto com ICMS,
portanto, o ICMS da compra pode ser compensado com o ICMS da venda.
Por fim, alguns gastos como juros incorridos pelo atraso de pagamentos não
podem ser incorporados ao custo do produto, deverão ser registrados como
despesas do período.
■■ UEPS – último a entrar, primeiro a sair, do termo inglês LIFO (last in,
first out).
■■ Custo médio ponderado.
a) Preço específico
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O controle individualizado de cada um dos elementos é a principal carac-
terística desse método de avaliação dos estoques. Ainda, é realizado de acordo
com as normas contábeis e aceito pelo fisco.
O referido método é aplicado principalmente pelas empresas que indus-
trializam ou comercializam poucas unidades nos estoques ou quando os bens
movimentados são de elevado valor unitário, por exemplo, as empresas do ramo
automobilístico, aeronáutica, marinha, construção civil e outras. Visando obter
um melhor entendimento acerca desse método, segue um exemplo ilustrativo.
EXEMPLO 3) A empresa Gutamoc - Comércio de Móveis Ltda., teve no
mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações:
■■ 05/01/XX – Compra de dois guarda-roupas de luxo, sendo um do modelo
A, número de série 2587, no valor de $ 5.000, mais frete de $ 100 e o outro
do modelo B, número de série 2589, no valor de $ 6.000, mais frete de $ 150.
■■ 07/01/XX – Compra de um guarda-roupa do modelo B, número de série
2658, no valor de $ 7.000, mais frete de $ 200.
■■ 10/01/XX - Venda de um guarda-roupa, modelo B, número de série 2658,
pelo valor de $ 10.000.
■■ 13/01/XX – Compra de um guarda-roupa modelo A, número de série
2678, no valor de $ 5.600, mais frete de $ 100 e impostos recuperáveis de
$ 500, incluso na nota fiscal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No entanto, devido ao volume elevado de produção, a variância de materiais,
datas e preços de aquisições diferenciados, é praticamente impossível contro-
lar individualmente os bens adquiridos na maioria das empresas. Assim, outros
métodos de avaliação de estoques são utilizados.
Utilizando o PEPS, os custos tendem a ficar avaliados por um valor menor, uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vez que o valor de saída leva em consideração o estoque mais antigo. Esse cri-
tério é realizado de acordo com os princípios contábeis e é aceito pela Receita
Federal na apuração do Imposto de Renda, uma vez que considerando um custo
menor, o lucro contábil (base de cálculo de tributos sobre lucro) torna-se maior.
Nesse método, os materiais utilizados são baixados dos estoques pelo valor das
últimas entradas nos estoques, ou seja, pelo valor mais recente dos materiais
adquiridos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
restantes no estoque ao final da movimentação do período acima são idênticas,
no entanto, os valores monetários dos estoques são diferentes. Tal fato se justi-
fica em razão da forma de atribuição dos custos utilizados.
A legislação fiscal brasileira não permite a utilização do UEPS para avaliação
dos estoques para fins fiscais, pois esse critério considera como custo dos produtos
vendido os valores das últimas entradas, assim, o custo contábil tende a ser maior,
logo proporcionando um lucro menor utilizado como base dos valores tributários.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tomando por base o critério do Custo Médio, vamos apurar o resultado do
período:
Tabela 12 - Resultado pelo critério custo médio
a) Perda de materiais
Observa-se que, tais perdas não são provenientes do processo produtivo, dessa
forma, elas não podem ser consideradas como custos, contabilmente devem ser
tratados como despesa do período.
EXEMPLO 7) Uma empresa inventariou estoques em 31 de dezembro e
encontrou $ 1.000 em almoxarifado, correspondente a itens obsoletos e que não
terão mais uso dentro das atividades normais.
D – Perdas com Estoques Obsoletos (Conta de Resultado).
Valor de $ 1.000.
b) Subprodutos e sucatas
Alguns materiais que não são totalmente consumidos pela empresa podem ser
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
aproveitados como subprodutos ou sucatas. Os subprodutos são sobras, resultante
de desperdícios de materiais, mas que têm preço instável e mercado consumi-
dor certo. Destarte, estas sobras não são consideradas como produtos, recebem
o nome de subproduto pelo fato das receitas por eles geradas serem pequenas
em proporção com as dos produtos principais.
No que se refere ao tratamento contábil, considera-se o valor de venda do
subproduto como dedução dos custos de produção dos produtos principais. No
entanto, caso ocorra gastos na venda desses subprodutos, como comissões de
vendas, o coerente é deduzir do valor das suas vendas as comissões, e apenas o
valor líquido abater dos custos de produção.
As sucatas também são sobras resultantes dos desperdícios de materiais,
mas por não terem um mercado estável de preço e pelo fato da venda ocorrer
de maneira esporádica, não são consideradas como subprodutos.
Pelo fato da sua receita de venda ser praticamente irrelevante quando com-
parado com o produto principal, no seu registro contábil ela não é considerada
como redução dos custos dos produtos e tão pouco é considerada como receita
operacional. A receita resultante da venda de sucatas é considerada como Outras
Receitas Operacionais. A contabilização seria da seguinte forma:
D – Caixa/ Banco.
C – Venda de sucata (Outras Receitas Operacionais).
conforme registros:
■■ Dia 02 – compra de 50 dúzias pelo valor total de $ 150,00;
■■ Dia 15 – consumo de 40 dúzias;
■■ Dia 18 – compra de 20 dúzias a $ 3,20 a dúzia;
■■ Dia 18 – compra de 30 dúzias por $ 96,60;
■■ Dia 24 – consumo de 55 dúzias.
A empresa mantém inventário permanente nos estoques. Além dos ovos, outros
ingredientes foram consumidos, perfazendo $ 1.478. Caso o estoque fosse contro-
lado pelo critério UEPS, a empresa lucraria $ 1.418,88 na venda de seus produtos.
Pede-se para elaborar a ficha de controle de estoque e calcular o lucro bruto
para cada um dos critérios de avaliação de estoque:
a) UEPS.
b) PEPS.
c) Médio Ponderado.
Resolução:
Tabela 13 - a) Ficha de estoque pelo critério UEPS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
20 3,20 64,00
10 3,00 30,00
18/01/XX Compra 30 3,22 96,60 20 3,20 64,00
30 3,22 96,60
30 3,22 96,60
24/01/XX Requisição 2 20 3,20 64,00 5 3,00 15,00
5 3,00 15,00
Fonte: a autora
Como o lucro bruto é a diferença entre receita e custo, então, uma vez que é infor-
mado o lucro e o custo, podemos calcular a receita facilmente.
Pelo UEPS o Custo dos Produtos Vendidos – CPV, corresponde a $ 1.773,60
($ 295,60 de ovos e $ 1.478 dos demais ingredientes)
Receita ....................................................... $ 3.192,48
( - ) Custo dos produtos vendidos................... $ 1.773,60
( = ) Lucro bruto............................................. $ 1.418,88
Portanto, o lucro bruto pelo critério PEPS foi de $ 1.419,98, conforme segue:
Receita ............................................................ $ 3.192,48
( - ) Custo dos produtos vendidos................... $ 1.772,50
( = ) Lucro bruto............................................. $ 1.419,98
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA
No entanto, para ser considerada mão de obra direta não basta apenas referir-se a
um serviço prestado na transformação de matéria-prima em produtos acabados,
faz-se necessário que a pessoa física atue diretamente na produção, sendo possível
ainda quantificar o tempo trabalhado por cada empregado nos produtos fabrica-
dos. Como exemplo de mão de obra direta podemos citar o marceneiro, encanador,
eletricista, pintor, soldador, torneiro, cortador, montador, costureiro, etc.
Do conceito acima, podemos constatar que em uma atividade industrial,
somente poderá ser considerada como mão de obra direta quando os serviços
prestados estiverem intimamente relacionados com o processo produtivo, ainda,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA
Uma vez compreendido que a mão de obra direta corresponde ao trabalho efetu-
ado diretamente sobre as unidades produzidas, ainda, identificados os elementos
que compõem o seu custo, vamos apurar o valor do custo com mão de obra.
Os benefícios ofertados aos empregados normalmente variam dentre os
vastos ramos de atividades existentes, como adicional de insalubridade, peri-
culosidade, noturno. Alguns adicionais e encargos, no entanto, são obrigatórios
para toda e qualquer empresa, por exemplo, férias, terço constitucional de férias,
décimo terceiro salário e FGTS.
Face ao grande percentual dos encargos sociais incidentes sobre a folha
de pagamento dos empregados, como os encargos previdenciários das indús-
trias que gira em torno de 26,8% a 28,8% da remuneração paga, a sua inclusão
nos custos da mão de obra direta é de fundamental importância para compor a
base de cálculo do valor da hora unitária de produção. Ressaltamos que o ele-
vado percentual de encargos obrigatórios onera o custo da folha de pagamento,
assim, quanto maior for o valor da remuneração do empregado, proporcional-
mente maiores serão também os encargos.
Um empregado pode ser remunerado por hora, dia, semana, quinzenal ou
mensal, mas pelo regime de competência, os custos devem ser considerados no
período do efetivo trabalho. Independente da forma da remuneração adotada pela
empresa, a lei fixa uma jornada máxima mensal de trabalho de 44 horas sema-
nais, correspondente a 220 horas mensais, as excedentes a esse tempo, devem ser
consideradas como horas extras. Para mensurar o custo da mão de obra direta
de determinado produto, primeiramente faz-se necessário medir o tempo des-
tinado à atividade daquele produto.
EXEMPLO 8) Suponha que uma indústria tenha contratado um empre-
gado para desempenhar sua função no setor produtivo com remuneração de $
100 por hora e jornada de 7,3333 horas por dia (220 horas mensais : 30 dias =
7,33333 horas), pagamento mensal.
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CONTRIBUIÇÕES ALÍQUOTA
Previdência social 20,0%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Risco ambiental de trabalho 3,0%
Salário educação 2,5%
INCRA 0,2%
SENAI 1,0%
SESI 1,5%
SEBRAE 0,6%
Total dos encargos sociais 28,8%
Fundo de garantia por tempo de serviço 8,0%
Total dos encargos 36,8%
Fonte: a autora.
Portanto, esse único empregado de uma indústria contratado custa para a empresa
$ 296.998,32 de remuneração paga mais $ 109.295,38 de encargos sociais obri-
gatórios, logo, esse empregado custou para a empresa $ 406.293,70. Como o
empregado trabalhou 2.016,6575 horas, o valor correto do custo por hora é de
aproximadamente $ 201,47 ($ 406.293,70 : 2.016,6575 horas) e não o valor de $
100,00 por hora como contratado inicialmente.
Se, por exemplo, há apenas um empregado trabalhando em uma única
máquina para produzir um único produto, todo o salário e encargos provenien-
tes do trabalho desse empregado são considerados custo de mão de obra direta.
Por outro lado, se houver um único empregado e uma única máquina produ-
zindo diversos produtos, para mensurar a mão de obra e considerá-la direta é
preciso medir quanto tempo de serviço foi gasto em cada um dos produtos. Por
fim, na hipótese da não mensuração desse tempo por unidade, a mão de obra
deve ser considerada como indireta.
ociosas podem ser consideradas como mão de obra direta ou mão de obra indi-
reta a ser alocada ao produto por meio de alguma forma de rateio ou estimativa.
Suponha que em um determinado mês uma indústria de móveis tenha
contratado um empregado para desenvolver atividade na linha de produção,
com remuneração de $ 1.000 mensais mais encargos sociais de $ 373 para uma
jornada de 168 horas mensais (8 horas x 21 dias), portanto, o custo da hora tra-
balhada é de aproximadamente $ 8,17 ($ 1.373 : 168 horas). Decorrido o mês, o
departamento de contabilidade recebeu um formulário no qual constata que este
funcionário trabalhou 100 horas fabricando guarda-roupa e 50 horas fabricando
cama. Assim o custo da mão de obra desse empregado associado à produção dos
bens é a seguinte:
Tabela 16 - O custo da mão de obra dos produtos
Do exposto na tabela acima, verifica-se que dos $ 1.373,00 que representa o custo
total com mão de obra pago a um empregado do setor produtivo, apenas $ 1.225,89
pode ser considerado como mão de obra direta, alocado diretamente ao custo
do produto, e o restante, no valor de $ 147,11 deve ser considerado como mão
de obra indireta e a sua apropriação ao produto é feita por rateio ou estimativa.
Para alguns autores, quando há necessidade de um tempo considerado
indispensável para a produção de determinado produto, por exemplo, o setup
da máquina, o custo desse tempo pode ser alocado como custo de mão de obra
direta, mesmo que ainda não esteja ocorrendo a efetiva produção do bem.
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Assim, os custos com salários, encargos e benefícios da produção são consi-
derados custos com mão de obra direta quando corresponder aos funcionários
que trabalham diretamente com a fabricação de produtos. Ainda, os custos dos
funcionários que trabalham na produção, mas não diretamente com a fabricação,
são considerados custos de mão de obra indireta, como o pessoal do almoxari-
fado, do controle, chefe de produção, supervisor de produção.
A mão de obra dos setores administrativos, vendas, financeiros, será considerada
como despesa do período, demonstrada diretamente no resultado do exercício.
Pede-se calcular:
a) o número médio de horas que o empregado fica à disposição da empresa,
por ano;
b) o custo total do empregado para a empresa, por ano;
c) o custo médio de cada hora que o empregado fica à disposição da empresa.
Resolução:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, o empregado fica disponível 1.876 horas por ano.
b) Custo anual do empregado.
Tabela 18 - Custo anual com mão de obra
Caro aluno(a), nesta unidade você percebeu a relevância dos custos diretos
na composição do custo dos produtos e serviços. Os custos diretos de mate-
riais são transformados em produtos com a aplicação de mão de obra. Muito
embora você tenha apurado os custos diretos, é preciso alocar os custos indi-
retos. A partir da próxima unidade você poderá agregar aos produtos os custos
indiretos de produção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conhecimento dos elementos de custos possibilita apurar com mais precisão
os custos de seus serviços; determinar a eficiência e a eficácia das atividades
executadas.
Muito embora a terminologia seja a mesma, a composição dos custos comer-
ciais diverge dos custos industriais e das prestadoras de serviços. O custo de
uma empresa que comercializa medicamentos, corresponde ao valor de aquisi-
ção da mercadoria acrescido dos gastos necessários para colocá-lo em condição
de venda, deduzindo os tributos recuperáveis.
Por outro lado, o custo desse mesmo medicamento é bem diferente para a
empresa que fabrica o produto. A indústria compra materiais, contrata empre-
gados e ainda tem gastos de produção (energia elétrica, seguro, depreciação de
máquinas, etc). Assim, o custo do produto medicamento para um empresa que
industrializa móveis, medicamento, louças, correspondem ao custo líquido dos
materiais mais os gastos de transformação.
Os custos diretos abordados nesta unidade, materiais e mão de obra são
gastos quantificáveis, passíveis de serem alocados diretamente aos produtos de
acordo com a sua medida de consumo.
Resumidamente, a contabilidade de custo é uma importante área de análise
para as empresas, tendo em vista que o conhecimento e controle dos elementos
diretos que compõem o custo do produto, material e mão de obra direta, auxi-
liam os gestores no processo decisório quanto a compras, consumo e resultado.
3. A empresa Jobim & Gal Ltda. mantém um controle de estoque pelo inventário
permanente. Independente do critério de estoque que está empresa esteja utili-
zando, qual o valor que não se altera?
( ) Preço de venda.
( ) Custo do produto vendido.
( ) Custo do estoque final.
( ) Preço de compra.
( ) Preço de sucata.
Materiais Diretos
Produto A $ 80.000
Produto B $ 50.000
Produto C $ 10.000
Mão de obra Direta
Salários e Ordenados $ 80.000
Encargos Sociais $ 12.000
Pede-se:
a) O mapa de apontamento de mão de obra, sabendo que do tempo de pro-
dução 20% foram com o Produto C, 30% com o Produto B e o restante com o
Produto A. Qual o custo de mão de obra direta de cada produto;
b) Qual o custo direto de cada produto.
86
A diferença entre esse custo total calculado e a folha efetivamente paga para essas pes-
soas é o quanto se gasta com a falta de produção, ou seja, com a ociosidade. Por que é
importante saber isso? Se a ociosidade é fruto de uma folga prevista para crescimento
ou para atender picos de demanda, não há com que se preocupar.
Se a ociosidade for fruto de desperdício de tempo entre uma atividade e outra, de para-
das para manutenção não previstas, ausência de trabalhadores, falta de matéria-prima
ou até falta de venda, então isso pode te ajudar a monitorar esses problemas e resolvê-
-los. Essa ociosidade não prevista leva seu lucro embora.
2. Cálculo do preço de venda
O preço unitário deve pagar, no mínimo, o custo unitário de matéria-prima, embalagens
e da mão de obra direta, sob condições de eficiência. Se o preço de mercado estiver
abaixo deste custo, pode haver, por exemplo, desperdícios de insumos por falta de trei-
namento da mão de obra ou por má qualidade das matérias-primas, havendo ou não
ociosidade.
Cuidado! O preço não deve embutir nem sua ineficiência, nem sua ociosidade não pla-
nejada, sob o risco de perder a venda para o concorrente.
Finalmente, horas extras decorrem de um planejamento de produção. Uma determina-
da ordem de serviço ou produção não deve ser onerada porque foi realizada justamente
na hora extra.
O mercado pode não aceitar pagar mais por isso. Se não há espaços para preços maio-
res, horas extras e todos os demais custos indiretos de produção, de vendas e do admi-
nistrativo, podem ser pagos por um volume maior vendido.
Fonte: Lam, 2015.
http://exame.abril.com.br/pme/como-calcular-o-custo-da-mao-de-obra-direta/
MATERIAL COMPLEMENTAR
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Dis-
ponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso
em: 26 abr. 2017.
MARTINS, et. al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2013.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2011.
REFERÊNCIAS ON-LINE
Em: <http://www.revista.ufpe.br/ricontabeis/index.php/contabeis/article/viewFi-
1
Material direto
1)
a) Inventário periódico é um inventário realizado de período em período, con-
siste em levantar o consumo dos materiais (venda ou uso) somente no final de
um período. No inventário periódico, os materiais são controlados na ficha de
controle de estoque de forma contínua. Todas as compras, vendas ou requisi-
ções são controladas individualmente.
b)
(+) $ 18.000 = Estoque inicial
(+) $ 52.000 = compra de mercadorias
(+ ) 5.000 = Frete sobre compras
(-) $ 10.000 = Devolução de compras
(-) $ 43.000= Estoque final
(=) $ 22.000 = Custo das mercadorias vendidas
2)
a)
Entrada Saída Saldo
Data Histórico
Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total
2 Compra 80 50 4000 80 50 4000
18 Compra 20 55 1100 80 50 4000
20 55 1100
18 Consumo 60 50 3000 20 50 1000
20 55 1100
24 Compra 30 60 1800 20 50 1000
20 55 1100
30 60 1800
26 Consumo 20 50 1000 30 60 1800
20 55 1100
91
GABARITO
b)
Entrada Saída Saldo
Data Histórico
Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total
2 Compra 80 50 4000 80 50 4000
18 Compra 20 55 1100 80 50 4000
20 55 1100
18 Consumo 20 55 1100 40 50 2000
40 50 2000
24 Compra 30 60 1800 40 50 2000
30 60 1800
26 Consumo 30 60 1800 30 50 1500
10 50 500
c)
Entrada Saída Saldo
Data Histórico
Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total Quant $ Unit. $ Total
2 Compra 80 50 4000 80 50 4000
18 Compra 20 55 1100 100 51 5100
18 Consumo 60 51 3060 40 51 2040
24 Compra 30 60 1800 70 54,857 3840
26 Consumo 40 54,857 2194,3 30 54,857 1645,7
d)
3) Preço de venda
4)
Madeira 16,500,00
(+) ICMS - 2.970,00
Tinta 12,00
Serragem - 100,00 Como subproduto
Tinta - Perda de produção, considerada custo
Custo Material 13,442,00
Obs: Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão, não
foram considerados feriados.
Remuneração diária: $ 2500 : 220 = $ 11,3636 por hora
Obs: Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão, não
foram considerados feriados.
III
UNIDADE
CUSTOS INDIRETOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Alocar custos indiretos aos produtos.
■■ Compor o custo dos produtos acabados.
■■ Distribuir os custos indiretos aos departamentos do setor fabril.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Custos indiretos de produção
■■ Apuração do custo do produto
■■ Departamentalização
99
INTRODUÇÃO
elemento de custo em cada uma das unidades produzidas. Ocorre, que nem todos
os custos podem ser facilmente quantificados ou mensurados em cada uma das
unidades produzidas. Na unidade I, conhecemos os custos que não podem ser
quantificados diretamente em cada produto, os custos indiretos.
Nesta unidade III, vamos avançar no conhecimento e compreender como
os custos indiretos de produção são apurados e como podem ser alocados aos
produtos. Com a evolução da tecnologia e das práticas de inovação dos produ-
tos e processos, os custos indiretos têm se tornado cada vez mais predominantes
e os custos diretos menos significativos.
São custos indiretos todos aqueles que não estão diretamente relacionados com
o produto ou serviço. São alocados aos procedimentos, por meio de estimativas,
rateios ou rastreamentos. A alocação dos custos indiretos aos produtos se dá por
métodos de custeio. Os exemplos mais comuns são água, energia elétrica, seguros,
aluguéis, depreciações, impostos, mão de obra indireta, etc. Com a evolução da tec-
nologia e das práticas de inovação dos produtos e processos, os custos indiretos tem
se tornado cada vez mais predominantes e os custos diretos menos significativos.
Conhecer a composição dos custos indiretos e as formas com que esses cus-
tos podem ser alocados aos produtos, possibilita a apuração do custo total do
produto. Ainda, a compreensão do custo total viabiliza a apuração do resultado
do produto (lucro ou prejuízo).
Com o objetivo de controlar os custos indiretos, a contabilidade de custos
utiliza o processo de departamentalização como método para acompanhar e con-
trolar essa alocação de custos indiretos aos produtos. Nesta unidade vamos apurar
os custos indiretos e como eles podem ser alocados indiretamente ao produto.
Introdução
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS INDIRETOS
101
Assim, os custos indiretos de produção são aqueles gastos que estão vincula-
dos a um processo produtivo, mas que não podem ser identificados diretamente
em cada uma das unidades produzidas, sendo necessário alocá-los aos produ-
tos por meio de algum critério de rateio ou estimativa, (VICECONTI; NEVES,
2013).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para tais alocações. Os custos devem ser apropriados para satisfazer diferentes
objetivos, como fornecer informações para as decisões econômicas, justificar os
custos dos produtos ou serviços, mensurar lucros; e, para atender a esses obje-
tivos, pode-se estabelecer critérios diversificados, no entanto, a empresa deve
primar pela utilização de dados reais ocorridos durante o processo produtivo.
Suponha que uma indústria de móveis produza guarda-roupas, camas e
cômodas. Segue uma forma de alocação dos custos indiretos.
Tabela 1 - Dados fornecidos pela empresa
CUSTOS INDIRETOS
103
DESCRIÇÃO VALOR
Materiais indiretos $ 2.000
Mão-de-obra indireta $ 14.000
Energia elétrica indireta $ 100
Aluguel industrial $ 3.000
Depreciação das máquinas $ 5.000
Total $ 24.100
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os custos indiretos podem ser alocados aos produtos por meio de rateio. Assim,
para proceder a apropriação, primeiramente se apura as proporções de cada um
dos dados fornecidos pela empresa. Essas proporções podem ser apuradas facil-
mente pela regra de três simples.
Tabela 3 - Proporções dos dados fornecidos pela empresa
Desta forma, os custos indiretos podem ser apropriados aos produtos utili-
zando diversos parâmetros, considere-se nesse caso a utilização nas proporções
da mão de obra direta, ou seja, os guarda-roupas, as camas e as cômodas recebe-
rão 26,7%, 30% e 43,3% dos custos indiretos respectivamente. Para alocação com
base na mão de obra direta os custos unitários dos produtos seriam os seguintes:
Tabela 4 - Alocação dos custos indiretos com base na mão-de-obra direta.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Energia elétrica direta $ 100 $ 110 $ 200 $ 410
Custos diretos $ 10.400 $ 11.510 $ 13.500 $ 35.410
% MOD - Rateio 26,7% 30% 43,3% 100%
Custos indiretos $ 6.434,70 $ 7.230 $ 10.435,30 $ 24.100
Custo total $ 16.834,70 $ 18.740 $ 23.935,30 $ 59.510
Unidades produzidas 250 750 4.000 5.000
Custo unitário $ 67,3388 $ 24,98667 $ 5,983825
Fonte: a autora.
Por outro lado, se o critério de alocação tomar por base no número de unidades pro-
duzidas, os valores unitários dos produtos vão ser divergentes dos acima encontrados.
Tabela 5 - Alocação dos custos indiretos com base no número de unidades produzidas
CUSTOS INDIRETOS
105
Pede-se:
a) Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto,
utilizando o custo de mão de obra direta como base de rateio.
b) Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto,
utilizando o custo de material direto como base de rateio.
Resolução:
a) Custos indiretos de produção, utilizando a mão de obra direta como base
de rateio.
O custo indireto total do período foi de $ 200.000, portanto, o rateio deve ser
realizado com base no custo total de mão de obra direta e não com base na mão
de obra de uma unidade de cada produto.
Tabela 7 - Rateio do custo indireto pela MOD
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
CUSTOS INDIRETOS
107
Resolução:
O custo indireto total dos bolos de chocolate foi $178,7299927, como foram pro-
duzidos 70 unidades, então temos que o custo indireto unitário é de $ 2,553284
(178,72992 : 70).
O custo indireto total dos bolos de morango foi $139,270073, como foram pro-
duzidos 60 unidades, então temos que o custo indireto unitário é de $ 2,321167883
(139,270073 : 60).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APURAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO
CUSTOS INDIRETOS
109
Despesas de Vendas
Comissão de Vendedores......................................... $ 2.000
Depreciação de Veículos .......................................... $ 250
Frete de Entrega ...................................................... $ 1.000
Despesas Financeiras
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Despesas Bancárias ................................................ $ 100
Despesas Administrativas
Energia Elétrica da Administração ............................ $ 500
Fatura de Telefone.................................................... $ 600
Honorários da Diretoria ............................................ $ 2.200
Material de Limpeza da Administração ..................... $ 150
Salários e Encargos da Administração .................... $ 6.000
Tarifa de Água .......................................................... $ 300
Custos Diretos
Materiais Diretos
Madeira Consumida ................................................. $ 50.000
Puxadores Consumidos ............................................ $ 612
CUSTOS INDIRETOS
111
Custos Indiretos
Depreciação de Máquinas Industriais ....................... $ 350
Energia Elétrica da Fábrica (iluminação da fábrica)... $ 1.500
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os gastos com materiais diretos, mão de obra direta e outros custos diretos con-
sumidos nos produtos devem ser alocados às unidades produzidas. Os custos
diretos são os custos passíveis de serem quantificadas, mensurados em cada uma
das unidades produzidas. Tomando por base o exemplo da empresa Gutamoc,
vamos fazer as alocações.
A empresa produziu no período guarda-roupas de 2, 4 e 6 portas.
Produto Madeira
Guarda-roupa de 2 portas ... $ 8.000
Guarda-roupa de 4 portas .... $ 17.000
Guarda-roupa de 6 portas .... $ 25.000
Total .................................... $ 50.000
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10 unidades de guarda-roupas de cada modelo, podemos mensurar exatamente
o custo com puxadores alocados diretamente ao produto.
Tabela 12 - Custo dos puxadores
Produto Puxadores
Guarda-roupa de 2 portas .... $ 102
Guarda-roupa de 4 portas .... $ 204
Guarda-roupa de 6 portas ..... $ 306
Total ..................................... $ 612
Fonte: a autora.
CUSTOS INDIRETOS
113
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Produtos Volume de produção Custos Indiretos
Guarda-roupa 2 ptas 10 unid 33,333% $ 2.690
Guarda-roupa 4 ptas 10 unid 33,333% $ 2.690
Guarda-roupa 6 ptas 10 unid 33,333% $ 2.690
Total 30 unid 100% $ 8.070
Fonte: a autora.
CUSTOS INDIRETOS
115
Fonte: a autora.
Com a alocação direta dos custos diretos aos produtos e o rateio dos custos indiretos,
podemos apurar o custo total dos produtos. Utilizando o rateio dos custos indiretos
pelo volume de produção, o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma:
Tabela 18 - Composição do custo total
Custos CUSTO
Produtos Custos diretos
Indiretos TOTAL
Mão de Energia
Materiais Total
obra Elétrica
Guarda-roupa 2 ptas $ 8.102 $ 2.500 $ 1.000 $ 11.602 $ 2.690 $ 14.292
Guarda-roupa 4 ptas $ 17.204 $ 5.000 $ 1.300 $ 23.504 $ 2.690 $ 26.194
Guarda-roupa 6 ptas $ 25.306 $ 7.500 $ 1.700 $ 34.506 $ 2.690 $ 37.196
Total $ 50.612 $ 15.000 $ 4.000 $ 69.612 $ 8.070 $ 77.682
Fonte: a autora.
Por outro, caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo consumo
de madeira, o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma:
Tabela 19 - Custo total
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
Por fim, caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo custo da mão
de obra direta, o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma:
Tabela 20 - Custo total
CUSTOS INDIRETOS
117
Os custos diretos são apropriados aos produtos por uma unidade de medida.
Não há como quantificar os custos indiretos consumidos em cada unidade pro-
duzida, portanto, os custos indiretos são apropriados aos produtos por meio de
rateio ou estimativa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Departamentalização
118 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mente pela administração da empresa, e para tanto, deve-se levar em conta as
várias atividades desenvolvidas no âmbito das organizações, cada qual com suas
funções, operações e especialidades. Caso a empresa tenha interesse, também é
possível dividi-la em Centros de Custos, sendo as menores divisões da empresa.
A figura 3 demonstra a divisão de uma indústria em departamentos, de
acordo com as respectivas funções, de acordo com a natureza, representadas
nos retângulos e setas.
CUSTOS INDIRETOS
119
VANTAGENS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Para a primeira vantagem, destaca-se que, uma vez que os departamentos são
considerados como uma unidade operacional, em cada uma dessas unidades
deve existir um responsável pelas atividades desenvolvidas, (MARTINS 2010).
Dessa forma, o responsável pelo setor terá maiores condições de analisar os cus-
tos do departamento, a qualidade das atividades desenvolvidas, favorecendo
assim a tomada de decisão frente a sua cooperação na melhoria dos resultados
que podem ser obtidos pela empresa.
A segunda vantagem consiste em alocar os custos indiretos primeiramente aos
departamentos e posteriormente aos produtos. Tal fato se justifica considerando
que muitas vezes um determinado produto não passa por todos os departamentos
da empresa, mas se os custos indiretos forem rateados aos produtos, suportarão
gastos consumidos nos departamentos fora da sua linha de produção. Assim, os
valores atribuídos aos produtos podem não representar os gastos por eles auferidos.
Departamentalização
120 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Bruni e Famá (2011).
CUSTOS INDIRETOS
121
Considerando o valor dos custos unitários das peças produzidas como sendo de
$ 16 para as calças e $ 18 para as camisas, observa-se que, alocando os custos as
unidades pelo critério de rateio em relação às peças produzidas, a empresa esta-
ria comercializando as calças com lucro de $ 1 e as camisas com lucro de $ 1.
Por outro lado, procedendo a uma análise mais detalhada dos custos incor-
ridos na empresa constata-se que apenas as calças passam pelo departamento
de tintura. Dessa forma, as camisas não devem absorver os custos do departa-
mento de tintura. Procedendo a departamentalização nessa empresa os custos
indiretos dos departamentos seriam os seguintes:
Tabela 23 - Custos indiretos dos departamentos
Do quadro acima tem-se que os custos unitários das peças produzidas nos depar-
tamentos de tintura, corte e costura são respectivamente de $ 4,67, $ 2,00 e $ 3,20.
Departamentalização
122 UNIDADE III
Para apuração do custo unitário das peças produzidas, faz-se necessário ainda
identificar os materiais diretos e a mão de obra direta de cada uma das unidades pro-
duzidas. Assim, os custos totais unitários de cada uma das peças produzidas segue:
Tabela 24 - Custo unitário após departamentalização
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Corte $ 2,00 $ 2,00
Costura $ 3,20 $ 3,20
Soma $ 17,87 $ 15,20
Fonte: adaptada de Bruni e Famá (2011).
CUSTOS INDIRETOS
123
■■ Departamento de serviços.
■■ Departamento de produção.
qualidade.
■■ Na prestadora de serviços (escritório de contabilidade) – cobranças e
refeitório.
Departamentalização
124 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CUSTOS INDIRETOS
125
CUSTOS INDIRETOS
1. A fábrica Vasos de Jardim Ltda. produz quinze modelos diferentes de vasos. Leia
as afirmações e assinale a alternativa correta. Para fins fiscais, o gasto com o
aluguel do barracão da fábrica deve ser:
a) ( ) Contabilizado como despesa do período.
b) ( ) Alocado diretamente aos produtos.
c) ( ) Contabilizado como despesa ou custo, dependendo do procedimento que
a empresa queira adotar.
d) ( ) Alocado aos produtos por meio de um critério de rateio ou estimativa.
e) ( ) Rateio por direcionador.
Guarda-roupa 4 Guarda-roupa
Descrição Total
portas de 6 portas
Matéria-prima $ 5.600 $ 8.400 $ 14.000
Mão de obra direta $ 15.300 $ 6.500 $ 21.800
Tempo total de produção
7.500 5.500 13.000
(horas)
Pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto,
utilizando os custos diretos como base de rateio.
Materiais Diretos
Produto A $ 180.000
Produto B $ 150.000
Produto C $ 60.000
Mão de obra Direta
Salários e Ordenados $ 100.000
Encargos Sociais $ 30.000
Mão de obra Indireta
Salários e Ordenados $ 30.000
Encargos Sociais $ 8.000
Custos Indiretos de Produção
Aluguel $ 2.000
Depreciação $ 1.000
Energia Elétrica $ 800
Fatura de Água $ 500
127
Pede-se:
a) Considerando que os tempos de produção mão de obra direta nos produtos
são iguais, qual o custo direto de cada produto?
b) Qual o custo indireto de cada produto utilizando o rateio com base no custo
da mão de obra direta?
c) Qual o custo total de cada produto?
b) Os custos com mão de obra direta alcançam $ 8 por hora, mais encargos so-
ciais e obrigações legais. Considere 40 horas/semana, de segunda-feira à sex-
ta-feira, INSS patronal de 26,8% sobre o salário, FGTS de 8%, férias integrais,
e 14 dias não trabalhados por ano em decorrência de feriados e faltas abo-
nadas, considerando que o ano tem 52 sábados e 52 domingos. A empresa é
isenta dos demais impostos e encargos.
Em determinado mês, a mão de obra direta empregada na fabricação de ca-
mas e guarda-roupas foi igual a 120 horas e 180 horas, respectivamente.
c) Outros dados relativos
Material Complementar
132
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Anthony A.; et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com
aplicações na calculadora HP 12 C e excel. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LUNKES, Rogério João. ABCustos Associação Brasileira de Custos. Vol. X n°2, 01-
19 – mai/ago 2015.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2011.
VANDERBECK, Edward J.; NAGY, Charles F. Contabilidade de custos. 11. ed. São Pau-
lo: Pioneira Thomson Learding, 2001.
VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade
de custos: um enfoque direto e objetivo. 11. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
133
REFERÊNCIAS
GABARITO
1) D
2)
a)
Guarda-roupa Guarda-roupa
Descrição Total
4 portas de 6 portas
Matéria-prima $ 5.600 $ 8.400 $ 14.000
Mão de obra direta $ 15.300 $ 6.500 $ 21.800
Custos Indiretos $ 20.000 $ 30.000 $ 50.000
Custo Total $ 40.900 $ 44.900 $ 85.800
b)
Guarda-roupa Guarda-roupa
Descrição Total
4 portas de 6 portas
Matéria-prima $ 5.600 $ 8.400 $ 14.000
Mão de obra direta $ 15.300 $ 6.500 $ 21.800
Custos Indiretos $ 35.092 $ 14.908 $ 50.000
Custo Total $ 55.992 $ 29.808 $ 85.800
c)
Guarda-roupa Guarda-roupa
Descrição Total
4 portas de 6 portas
Matéria-prima $ 5.600 $ 8.400 $ 14.000
Mão de obra direta $ 15.300 $ 6.500 $ 21.800
Custos Indiretos $ 28.846 $ 21.154 $ 50.000
Custo Total $ 49.746 $ 36.054 $ 85.800
GABARITO
3)
Suco A Suco B
Material direto $1 $ 1,10
Mão de obra direta $ 0,8 $ 0,9
Custo Direto $ 1,80 $ 2,00
Volume 12.000 4.000
Custo Direto Total $ 21.600 $ 8.000
Custos indiretos $ 10.946 $ 4.054
4)
Produto A Produto B Produto C
Material 180.000 150.000 60.000
Mão de obra 43.333,33 43.333,33 43.333,33
Custo Direto 223.333,33 193.333,33 103.333,33
Custos Indiretos 14100 14100 14100
Custo Total 237.433,33 207.433,33 117.433,33
5)
a) 40 horas x 5 semanas / 30 dias = 6,66666 horas/dia
Madeira = 35,00/m²
(-) ICMS = 6,30
28,70/m²
Puxadores = 9.000,00
(-)ICMS = 1.600,00
7.400,00 : 1000 = 7,40/unidade
■■ CAMA:
Madeira 4m² x 28,70 114,80
Verniz 0,4 litros x 20,00 8,00
Custo un. MD 122,80
QTDE produzida 300
TOTAL 36.840,00
■■ GUARDA-ROUPA:
Madeira 11 m² x 28,70 315,70
Puxador 6 x 7,40 4,40
Verniz 1,15 x 20,00 23,00
Custo un. MD 383,10
QTDE produzida 200
TOTAL 76.620,00
c) CUSTOS INDIRETOS:
d)
CUSTO UNITÁRIO:
41.100/ 300un = 137,00 >>> cama
84.162 / 200un = 420,81 >>>> guarda-roupa
e)
CAMA:
ENTRADA SAÍDA SALDO
QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL
Produção 300 137,00 41.100,00 300 137,00 41.100,00
Venda 280 137,00 38.360 20 137,00 2.740,00
GUARDA-ROUPA:
ENTRADA SAÍDA SALDO
QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL
Produção 200 420,81 84.162,00 200 420,81 84.162,00
Venda 200 420,81 84.162,00 0 - 0
GABARITO
f)
■■ Cama = 38.360,00
■■ Guarda-roupa = 84.162,00
CPV 122.522,00
g)
■■ Cama = 2.740,00
■■ Guarda-roupa = 0,00
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
CONTABILIZAÇÃO DOS
IV
UNIDADE
CUSTOS DIRETOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as contas de custos e as identificar no plano de contas.
■■ Identificar a evidenciação dos custos nas demonstrações financeiras.
■■ Contabilizar os custos diretos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Plano de Contas
■■ Demonstrações Financeiras
■■ Contabilização de Custos
141
INTRODUÇÃO
Introdução
142 UNIDADE IV
PLANO DE CONTAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
devem ser cadastradas de acordo com a rea-
lidade de cada empresa, visando atender as
necessidades de informações dos usuários
internos e adaptando-se às exigências dos
usuários externos.
Tendo em vista que o presente material tem por objetivo principal apurar
os custos, vamos complementar o plano de contas abordado na disciplina de
Contabilidade Introdutória, incluindo as contas de custos.
Tabela 1 - I - Contas patrimoniais
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 DISPONIBILIDADES
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.1.01.01 Caixa
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento
1.1.1.02.01 Banco A
1.1.2 CLIENTES
1.1.2.01 Duplicatas a Receber de Terceiros
1.1.2.01.01 Cliente A
1.1.2.03 (-) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvido-
sa
1.1.2.03.01 (-) Perdas Estimadas em Créditos de Liq. Duvidosa
1.1.5.01.01 Produto A
1.1.5.02 Mercadorias para Revenda
1.1.5.02.01 Mercadorias A
1.1.5.03 Produtos em Processo
1.1.5.03.01 Produto A
1.1.5.04 Matérias-primas
1.1.5.04.01 Matéria-prima A
1.1.5.05 Material Secundário
1.1.5.05.01 Material Secundário Direto
1.1.5.06 (-) Perdas Estimadas em Estoques
1.1.6 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE
1.1.6.01 Despesas Pagas Antecipadamente
1.1.6.01.01 Juros a Apropriar
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.01 Operacional Corpóreo (Material)
1.2.3.01.01 Computadores e Periféricos
1.2.3.02 (-) Depreciações Acumuladas
1.2.3.02.01 (-) Depreciação Acum Computadores e Periféri-
cos
Plano de Contas
144 UNIDADE IV
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Operacional Incorpóreo (Imaterial)
1.2.4.01.01 Marcas e Patentes
1.2.4.02 (-) Amortizações Acumuladas
1.2.4.02.01 (-) Amortização Acumulada de Marcas e Patentes
2 PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2.1.1.01 Obrigações com Fornecedores
2.1.1.01.01 Fornecedor A
2.1.1.02 Empréstimos e Financiamentos
2.1.1.02.01 Empréstimos
2.1.1.03 Obrigações Tributárias
2.1.1.03.01 ICMS a Recolher
2.2 PASSIVO NAO CIRCULANTE
2.2.1 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.01 Obrigações Operacionais
2.2.1.01.01 Fornecedor A
2.2.1.01.02 Empréstimo Banco A
2.3 PATRIMONIO LIQUIDO
2.3.1 CAPITAL SOCIAL
2.3.1.01 Capital Social
2.3.1.01.01 Capital Social Subscrito
2.3.1.01.02 (-) Capital Social a Integralizar
2.3.2 RESERVAS DE CAPITAL
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.2.01.01 Reservas de Capital
2.3.3 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
2.3.3.01 Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.3.3.01.01 Ajuste de Avaliação Patrimonial
3 CONTAS DE RESULTADO
3.1 DESPESAS OPERACIONAIS
3.1.1 DESPESAS COM VENDAS
3.1.1.01 Despesas com Pessoal
3.1.1.01.01 Comissões
3.1.2 DESPESAS FINANCEIRAS
3.1.2.01 Despesas Tributárias
3.1.2.01.01 Impostos sobre Operações Financeiras
3.1.3 DESPESAS ADMINISTRATIVA
3.1.3.01 Despesa com Pessoal
3.1.3.01.01 Salários e Ordenado
3.1.3.02 Despesas Gerais
3.1.3.02.01 Material de Consumo
3.1.4 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
Plano de Contas
146 UNIDADE IV
4 CONTAS DE RESULTADO
4.1 CUSTOS
4.1.1 CUSTOS DE VENDAS
4.1.1.01 Custos dos Produtos Vendidos
4.1.1.01.01 CPV - Produto A
4.1.1.02 Custos dos Subprodutos Vendidos
4.1.1.02.01 CSV - Subproduto A
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4.1.1.03 Custo das Mercadorias Vendidas
4.1.1.03.01 CMV - Mercadoria A
4.1.1.04 Custo dos Serviços Prestados
4.1.1.04.01 CSP - Serviço A
4.1.2 CUSTOS DE PRODUÇÃO
4.1.2.01 Produtos em Processo
4.1.2.01.01 Produto A
4.1.2.02 Custos por Departamento
4.1.2.02.01 Departamento A
4.1.2.02.02 Departamento B
4.1.2.03 Material Direto Consumo
4.1.2.03.01 Matérias-primas Realizadas
4.1.2.03.02 Material Secundário Direto Realizado
4.1.2.03.03 ( - ) Materiais Diretos Aplicados
4.1.2.04 Mão de Obra Direta
4.1.2.04.01 Salários
4.1.2.04.02 13º Salário
4.1.2.04.03 ( - ) MOD Aplicada
4.1.2.05 Custos Indiretos de Produção – CIP’s
4.1.2.05.01 Materiais Indiretos
4.1.1.05.02 Materiais de Manutenção
4.1.1.05.03 Mão de obra Indireta
4.1.1.05.04 Salários e Ordenados
5 CONTAS DE RESULTADO
5.1 RECEITAS OPERACIONAIS
5.1.1 FATURAMENTO BRUTO
5.1.1.01 Vendas de Produtos
5.1.1.01.01 Vendas à Vista
5.1.1.01.02 Vendas a Prazo
5.1.1.01.03 ( - ) IPI sobre Vendas
5.1.1.02 Vendas de Mercadorias
5.1.1.02.01 Mercadoria A
5.1.1.03 Prestacao de Servicos
5.1.1.03.01 Serviço A
5.1.2 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL
5.1.2.01 Vendas Devolvidas
5.1.2.01.01 ( - ) Devolução de Venda
Plano de Contas
148 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5.1.3 OUTRAS RECEITAS
5.1.3.01 Outras Receitas
5.1.3.01.01 Receitas Diversas
5.1.3.01.02 Recuperação de Despesas
5.1.3.01.03 Recuperação Impostos/Estaduais/Municipais
5.1.3.01.04 Indenizações de Seguros Recebidas
5.1.3.01.05 Alienações do Imobilizado
5.1.3.01.06 Vendas de Bens do Imobilizado
5.1.3.01.07 Indenizações de Seguros e Sinistros
5.1.3.01.08 Vendas de Sucatas
5.1.4 APURAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCíCIO
5.1.4.01 Apuração do Resultado do ExercÍcio
5.1.4.01.01 ( - ) Transf. de Resultado para Patrimônio
Líquido
5.1.4.01.02 Encerramento do Exercício
Fonte: a autora.
minado período.
De uma forma simplista, o CPV é apurado pela soma dos Materiais Diretos,
Mão de Obra Direta e os Custos Indiretos de produção, conforme segue:
( + ) Estoque inicial de matéria-prima
( + ) Compras de matéria-prima
( - ) Devolução de compras
( = ) Matéria-prima disponível
( - ) Estoque final de matéria-prima
( = ) Matéria-prima consumida
( + ) Mão de obra direta
( + ) Custos indiretos de produção
( = ) Custo de Produção do Período
( + ) Estoque inicial de produtos em elaboração
( - ) Estoque final de produtos em elaboração
( = ) Custo dos produtos acabados
(+ ) Estoque inicial de produtos acabados
( = ) Estoque disponível para venda
( - ) Estoque final de produtos acabados
( = ) Custo dos Produtos Vendidos
Plano de Contas
150 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Com a Lei 11.638/07 deixa de ser exigida a DOAR e passa a ser obrigatório as
seguintes demonstrações:
■■ DFC - Demonstração de Fluxos de Caixa.
■■ DVA - Demonstração de Valor Adicionado - para companhia de capi-
tal aberto.
Demonstrações Financeiras
152 UNIDADE IV
■■ Indicar:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas ava-
liações;
Salienta-se, ainda, que a Lei 11.638/07 prevê que as companhias fechadas com
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a 2.000.000,00 (dois milhões
de reais) não serão obrigadas a elaboração e publicação da demonstração de
fluxo de caixa.
Uma vez abordados aspectos gerais, quanto às demonstrações financeiras
obrigatórias, passa-se a atingir elementos vinculados ao processo de elaboração
das seguintes demonstrações obrigatórias: BP - Balanço Patrimonial e DRE -
Demonstração do Resultado do Exercício.
BALANÇO PATRIMONIAL
Demonstrações Financeiras
154 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Demonstrações Financeiras
156 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
III- as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros
incorporada ao capital e o saldo do período (BRASIL, 1976).
Demonstrações Financeiras
158 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o quanto dessa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas,
financiadores de capital) ou retida e de que forma. A sua utilidade é notória do
ponto de vista macroeconômica, pois, conceitualmente, o somatório dos valores
adicionados de um país representa seu Produto Interno Bruto (PIB).
Em suma, a DVA demonstra ao usuário o quanto cada companhia criou
de riqueza e como distribuiu aos agentes econômicos que ajudaram a criar essa
riqueza. O objetivo maior da DVA é o de demonstrar o quanto a empresa gerou
de riqueza (recursos) e como distribuíu esses recursos aos agentes que contri-
buíram para tal formação.
NOTAS EXPLICATIVAS
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Demonstrações Financeiras
160 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
h) reformulações administrativas;
i) investimentos em controladas e coligadas;
j) direitos dos acionistas e dados de mercado;
k) perspectivas e planos de exercício em curso e para futuro.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o quadro do custo total, segue a contabilização:
Tabela 3 - Custo total dos produtos
Custos CUSTO
Produtos Custos diretos
Indiretos TOTAL
Mão de Energia
Materiais Total
obra Elétrica
Guarda-roupa 2 ptas $ 8.102 $ 2.500 $ 1.000 $ 11.602 $ 1.291,20 $ 12.893,20
Guarda-roupa 4 ptas $ 17.204 $ 5.000 $ 1.300 $ 23.504 $ 2.743,80 $ 26.247,80
Guarda-roupa 6 ptas $ 25.306 $ 7.500 $ 1.700 $ 34.506 $ 4.035,00 $ 38.541,00
Total $ 50.612 $ 15.000 $ 4.000 $ 69.612 $ 8.070,00 $ 77.682,00
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
portanto, alocados aos produtos, rateados de acordo com a madeira
consumida.
Depreciação de Máq.
Mão de obra Industriais Energia Elétrica Indireta
SXXXX 15.000 SXXXX 350 SXXXX 1.500
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Verniz Consumido
SXXXX 200
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Calcular o valor do custo de mão de obra direta para os bolos fabricados.
c) Calcular o valor dos custos indiretos de produção (CIP) para os bolos
fabricados, rateando com base no tempo de forno.
d) Calcular o custo total de cada bolo fabricado.
Resolução:
a)
Bolo de chocolate Bolo de morango
X 4X: 6
X + (4X : 6) = $ 5.000 4 x 3000 : 6 =
6 X + 4 X = $ 30.000 $ 2.000
10 X = $ 30.000
X = $ 3.000
c)
$ 2.160 : 10 anos = $ 216 de depreciação por ano
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. As contas de custos da produção devem ser claras, tendo em vista que
são utilizadas pelos administradores para análise de eficiência.
4. O nível de detalhamento de cadastros das contas são os limitadores dos
níveis de dados evidenciados nos demonstrativos.
Fonte: a autora.
Para realmente saber se uma informação contábil ajuda ou não uma entidade
a alcançar seus objetivos e metas é necessário que sejam respondidas três ti-
pos de questões: Estou agindo bem ou insatisfatoriamente? Quais problemas
devo examinar? Das diversas maneiras de fazer um trabalho, qual é a melhor?
Fonte: Constante e Souza (2015, on-line)3.
Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma unidade. Agora você tem conhe-
cimento suficiente para apurar os custos dos produtos e o processo simples de
contabilização. Contabilidade de custo é isso, informações fundamentais com
relevância, e representação fidedignas das transações financeiras ocorridas desde
a aquisição de materiais até a venda do produto acabado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
170
Material Complementar
174
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Dis-
ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso
em: 27 abr. 2017.
______. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divul-
gação de demonstrações financeiras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 3 out. 2016.
_____. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao
parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que
especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto no 70.235, de
6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho
de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.430,
de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532, de 10 de dezem-
bro de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522,
de 19 de julho de 2002, 10.887, de 18 de junho de 2004, e 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, o Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis nos 8.981, de
20 de janeiro de 1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de dezembro
de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732,
de 30 de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de novembro
de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de setembro de 2006;
prorroga a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995; revoga dispositivos
das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e 8.620, de 5 de janeiro de 1993, do
Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, das Leis nos 10.190, de 14 de feve-
reiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e 6.938, de 31 de agosto de 1981,
9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir da instalação do Conselho Administrativo
de Recursos Fiscais, os Decretos nos 83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2
de julho de 1984, e o art. 112 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá ou-
tras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 27 abr. 2017.
175
REFERÊNCIAS
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo, Atlas, 2010.
FARIAS, A. K. A.; ARAÚJO, D.J. C.; FERNANDES, M. S. A. Práticas de gestão de custos:
um estudo em indústrias alimentícias da Paraíba. XXIII Congresso Brasileiro de Cus-
tos. 2016.
REFERÊNCIA ON-LINE
Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
1
1.
D – Matéria-prima ----------------------- $ 737,50
D - IPI a Recuperar ----------------------$ 500,00
D – PIS a Recuperar -------------------- $ 6,50
D – Cofins a Recuperar ---------------- $ 76,00
D – ICMS a Recuperar ----------------- $ 180,00
C – Caixa ---------------------------------- $ 1.500
2.
D - Tapete Básico
C - Tecido Modelo Básico ---------------------------- $ 1.200
5.
D - Cortina Branca (estoque de produto acabado) -------------- $ 3.000
C - Viscose Branca (estoque) ---------------------- $ 2.000
C - Mão de obra direta ------------------------------- $ 500
C - Mão de obra indireta ----------------------------- $ 100
C - Energia Elétrica (custo) ------------------------ $ 400
Apuração do custo unitário: $ 3.000 : 10 unidades = $ 300 por unidade
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
CONTABILIZAÇÃO DOS
V
UNIDADE
CUSTOS INDIRETOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender o processo de contabilização das contas de custos
indiretos.
■■ Apurar a contabilização dos custos indiretos rateados aos
departamentos .
■■ Custear os produtos com elementos diretos e indiretos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Apuração do custo total - com Departamentalização
■■ Contabilização completa- com Departamentalização
■■ Custeio por Absorção
183
INTRODUÇÃO
Introdução
184 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL – COM
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
a) Despesas Comerciais
Comissão de Vendedores.......................................... $ 2.000
Depreciação de Veículos .......................................... $ 250
Frete de Entrega ....................................................... $ 1.000
b) Despesas Financeiras
Despesas Bancárias ................................................ $ 100
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Despesas Administrativas
Energia Elétrica da Administração ........................... $ 500
Fatura de Telefone.................................................... $ 600
Honorários da Diretoria ............................................ $ 2.200
Material de Limpeza da Administração .................... $ 150
Salários e Encargos da Administração .................... $ 6.000
Tarifa de Água .......................................................... $ 300
d) Custos Indiretos
Depreciação de Máquinas Industriais ....................... $ 350
Energia Elétrica da Fábrica (iluminação da fábrica)... $ 1.500
Manutenção das Máquinas Industriais ..................... $ 320
Outros Materiais Consumidos .................................. $ 700
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Produtos Madeira
Guarda-roupa de 2 portas .. $ 8.000
Guarda-roupa de 4 portas ... $ 17.000
Guarda-roupa de 6 portas ..... $ 25.000
Total ................................ $ 50.000
Fonte: a autora.
Produtos Puxadores
Guarda-roupa de 2 portas .... $ 102
Guarda-roupa de 4 portas ..... $ 204
Guarda-roupa de 6 portas .... $ 306
Total ................................. $ 612
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A empresa possui o custo com mão de obra direta (salários + encargos + bene-
fícios) e o tempo despendido em cada unidade, podemos alocar diretamente o
custo dos operários aos produtos, conforme segue:
Tabela 3 - Custo da mão de obra
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conforme segue:
Análise de
Descrição Almoxarifado Corte Montagem Acabamento Total
Qualidade
Deprec Máq Industriais 200 100 50 350
Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1.500
Manut Máq Industriais 200 70 50 320
Outros Mat Consumi-
50 50 300 100 200 700
dos
Sal e Enc de Supervi-
2.000 1.500 1.500 5.000
sores
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Montagem receberá ..........................................$ 40
Acabamento receberá .......................................$ 20
Análise de Almoxari-
Descrição Corte Montagem Acabamento Total
Qualidade fado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Custos CUSTO
Produtos Custos diretos
Indiretos TOTAL
Mão de Energia
Materiais Total
obra Elétrica
Guarda-roupa
$ 8.102 $ 2.500 $ 1.000 $ 11.602 $ 1.936 $ 13.538
2 portas
Guarda-roupa
$ 17.204 $ 5.000 $ 1.300 $ 23.504 $ 2.361 $ 25.865
4 portas
Guarda-roupa
$ 25.306 $ 7.500 $ 1.700 $ 34.506 $ 3.573 $ 38.079
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6 portas
Total $ 50.612 $ 15.000 $ 4.000 $ 69.612 $ 7.870 $ 77.482
Fonte: a autora.
Custos
Produtos
diretos
Mão de Energia
Materiais Total
obra Elétrica
Guarda-roupa 2 portas $ 8.102 $ 2.500 $ 1.000 $ 11.602
Guarda-roupa 4 portas $ 17.204 $ 5.000 $ 1.300 $ 23.504
Guarda-roupa 6 portas $ 25.306 $ 7.500 $ 1.700 $ 34.506
Total $ 50.612 $ 15.000 $ 4.000 $ 69.612
Fonte: a autora
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Débito – Guarda-roupa 2 pontas ..................$ 1.000
Débito – Guarda-roupa 4 portas ...................$ 1.300
Débito – Guarda-roupa 6 portas ...................$ 1.700
Crédito – Energia Elétrica Direta...................................$ 4.000
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Débito – Departamento Acabamento .................$ 50
Depreciação de Máq.
Mão de obra Direta Industriais Energia Elétrica Indireta
SXXX 15.000 SXXX 350 (a) SXXX 1.500 (b)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1) A Indústria Panos Bons Ltda., produziu em um
determinado período 600 toalhas de banho, 600 toalhas de rosto e 300 tapetes.
Tabela 11 - Custos dos produtos
Outros dados:
■■ Os materiais indiretos são alocados aos departamentos proporcional-
mente ao número de empregados.
Resolução:
Tabela 13 - a) Mapa de rateio
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Depart Almoxarifado Depart Corte Departamento Costura
(a) 62,50 (a) 125,00 (a) 312,50
62,50 62,50 (b) 150,00 (b) 250,00
12,50 50,00
287,50 278,5 612,50 612,50
Fonte: a autora.
O custeio por absorção tem por princípio básico que todos os custos decor-
rentes do processo produtivo do período devem ser apropriados aos produtos,
independentemente de sua classificação em custos diretos, indiretos, fixos e variá-
veis. A atribuição pode ser de forma direta, quando há possibilidade de identificar
o custo diretamente ou quando os custos não forem passíveis de identificação
direta no produto no decorrer do processo produtivo, estes são atribuídos de
forma indireta, tomando por base algum critério de rateio que mais aproxima a
relação entre os custos e a produção.
O custeio por absorção, como o próprio nome sugere, todos os custos de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
produção são absorvidos pelos produtos.
Para o custeio por absorção, as despesas não compõem o custo dos produtos
e devem ser analisadas separadamente. As despesas são apropriadas diretamente
ao resultado do exercício sem transitar pelo ativo.
Segue uma representação do custeio por absorção para a alocação dos cus-
tos e despesas aos produtos ou serviços.
DRE
Receitas
Custo da venda
(-) CPV
Despesas Gerais (=) Lucro bruto
Despesas de Vendas (-) Despesas
Despesas do período
Despesas Administrativas (=) Resultado Líquido
No custeio por absorção os custos com materiais diretos, mão de obra direta e custos
indiretos de produção são absorvidos para compor o custo do produto fabricado.
Assim, o CPV - Custo dos Produtos Vendidos correspondem aos custos
incorridos na produção dos produtos que foram vendidos no período.
O CPV é considerado o custo realizado, sendo evidenciado na Demonstração
do Resultado de Exercício, é constituído de MD – Materiais diretos, MOD – Mão
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gastos Valor em $
Comissão dos vendedores 60.000
Depreciação das máquinas industriais 50.000
Depreciação dos equipamentos da administração 12.000
Energia elétrica da administração 1.000
Energia elétrica da fábrica 7.400
Honorários da diretoria administrativa 40.000
Materiais indiretos utilizados na indústria 2.600
Matéria-prima consumida na produção 350.000
Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70.000
Salários e encargos sociais da produção 520.000
Tributos sobre vendas de produtos 77.000
Total 1.190.000
Fonte: adaptada de Oliveira e Perez Jr, 2000.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 18 - Separação dos custos em fixo e variável
O custos fixos, bem como os variáveis que não são transitam pelo Estoque do
Balanço Patrimonial, são considerados gastos de produção, alocados aos pro-
dutos ou aos departamentos.
Por tratar-se de consumos do período, as despesas são evidenciadas na
Demonstração de Resultado do Período, independentemente do volume de pro-
dução ou venda.
Despesas Valor em $
Despesas administrativas
Honorários da diretoria administrativa 40.000
Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70.000
Depreciação dos equipamentos da administração 12.000
Energia elétrica da administração 1.000
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Uma vez valorado o custo unitário de produção, a apuração do custo dos pro-
dutos vendidos corresponde ao custo unitário de produção e a quantidade de
unidades vendidas no período, $ 465/unid x 1.500 unidades = $ 697.500.
No momento da venda, o custo é realizado. Neste momento ele é baixado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dos estoques e registrado como Custo do Produto Vendido na Demonstração
de Resultado do Exercício.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pessoal, finalizamos a unidade V e também o livro. É um conteúdo precioso
escrito em poucas folhas. Agora você é capaz de custear um produto e contabi-
lizar os elementos que compõem o custo dos produtos. Muitas análises podem
ser realizadas quanto ao tema estudado, no entanto, o presente livro foi elabo-
rado para lhe inserir na contabilidade de custos e os conceitos que a norteiam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
214
Gastos Valor em $
Comissão dos vendedores 40.000
Depreciação das máquinas e equipamentos industriais 10.000
Depreciação dos equipamentos da administração 5.000
Energia elétrica da administração 1.000
Energia elétrica da fábrica 7.000
Fatura telefônica da administração 2.000
Honorários da diretoria 20.0000
Materiais indiretos utilizados na produção 3.000
Matéria-prima consumida na produção 400.000
Salários e encargos sociais do pessoal da administração 50.000
Salários e encargos sociais do pessoal da produção 100.0000
Tributos sobre vendas de produtos 30.000
Para Leone (2000), a principal vantagem está no fato de o resultado pelo custeio por ab-
sorção ser aceito para a preparação de demonstrações contábeis de uso externo e para
obtenção de soluções de longo prazo, em que, normalmente, as informações do custeio
por absorção são indicadas.
Maher (2001) destaca também que o custeio variável apresenta separação dos custos
e despesas em fixas e variáveis, facilitando as atividades de planejamento e controle, o
cálculo da margem de contribuição auxilia o acompanhamento da análise do desempe-
nho dos produtos, cria as condições necessárias para a implementação de instrumentos
como o custo-padrão e dá suporte às decisões gerenciais.
Das desvantagens do custeio por absorção, tem-se a descrição segundo Wernke (2004):
a principal desvantagem do custeio por absorção é no momento da utilização dos ra-
teios para distribuir os custos entre os departamentos e/ou produtos. Em alguns mo-
mentos, tais critérios não são objetivos, podendo distorcer os resultados, beneficiando
alguns produtos.
Ainda sobre as desvantagens, Souza e Clemente (2007) teorizam que o grande proble-
ma desse sistema de custeio está no momento de determinar os critérios de rateio apli-
cados, bem como na dedução das despesas diretamente do resultado. Essa dualidade
do método pode criar situações dúbias ou mesmo encobrir resultados de acordo com a
forma de apropriação dos custos e despesas.
Esse método de custeio deve ser utilizado obrigatoriamente pela legislação brasileira
(MARTINS, 2003). A obrigatoriedade faz com que as organizações, se desejarem implan-
tar outro sistema de custeio, devem adotá-lo de forma paralela. Além das dificuldades
iniciais incorridas em qualquer implantação de uma nova metodologia de trabalho, esse
fato transforma-se em uma barreira, considerando-se a necessidade de aumento dos
recursos disponíveis para a manutenção de dois sistemas de custeio.
Fonte: Lima, 2016.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Há vários métodos para custear os produtos. O custeio por absorção é aceito pela
Legislação Fiscal. O vídeo disponibilizado no link abaixo evidencia este método de uma
forma simples e clara. Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=8mCwmoxPSqE>
219
REFERÊNCIAS
LIMA, Fúlvia Fernanda de; MORAES FILHO, Rodolfo Araújo de. Interações, Campo
Grande, MS, v. 17, n. 3, p. 528-541, jul./set. 2016
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. São Paulo: Pearson, 2012.
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR., José Hernandez. Contabilidade de custos
para não contadores. São Paulo: Atlas, 2000.
GABARITO
Obs.: Para apuração do custo unitário não foi necessário realizar rateio, porque a
empresa produz um único modelo de produto. Todos os custos correspondem
a este único produto.
6.
a) Custo de produção
b) Despesas
c) Custo Unitário
Custo total : volume produção = $ 520.000 : 10.000 unid = 52
d) Custo do produto vendido = $ 52 x 3.000 = $ 156.000
e) DRE
$ 900.000 = Vendas Bruta
($ 30.000) = Impostos sobre vendas
$ 870.000 = Vendas Líquidas
($ 156.000) = Custo dos produtos vendidos
$ 714.000 = Lucro Bruto
($ 118.000) = Despesas
$ 596.000 = Resultado do Período
CONCLUSÃO