Relatório
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SÃO PAULO
2010
RELATÓRIO FINAL
A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua materna e natural dos surdos e mudos
no Brasil, diferente da Língua Portuguesa que é oral-auditiva, a Libras é composta de
sinais visuo-espaciais.
Utiliza-se do alfabeto digital ou manual, que representa o alfabeto escrito da Língua
Portuguesa, e este é utilizado para digitalizar nomes de pessoas e lugares e palavras
que não possuem sinal específico.
O que na Língua Portuguesa é denominado palavra, em Libras denomina-se Sinal que
é o movimento das mãos.
Com a necessidade de maior comunicação entre os seres humanos, finalmente
quebra-se a barreira e o governo reconhece a Libras como meio Legal de Comunicação
e expressão.
Sob a Lei nº 10.436 de 24/04/2002, o presidente da república Fernando Henrique
Cardoso, reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Libras.
As instituições públicas e privadas devem inserir em seus cursos de fonoaudiologia,
pedagogia e educação especial a Libras, como parte integrante dos PCNs, porém
enfatiza que esta Língua não substitui a Língua Portuguesa.
Em 22/12/05 o presidente Luis Inácio Lula da Silva, sob o decreto de nº 5.626,
regulamenta a lei nº 10.098 e acrescentam-se algumas observações:
- Considera-se surdo aquele que, por ter perda auditiva bilateral parcial ou total,
compreende e interage por meio de experiências visuais, manifesta sua cultura pelo uso
de Libras.
- Reafirma que Libras devem ser inseridas no currículo escolar dos cursos de
fonoaudiologia, educação especial e pedagogia, nas escolas públicas ou privadas, e
deve ser optativa para os demais cursos.
Em 2008 sob o decreto 657108 o presidente acrescenta alguns tópicos aos decretos
anteriores:
- Subsidiar salas de aulas com recursos multifuncionais, oferecer formação continuada
aos professores para o atendimento educacional especializado.
- Elaborar, produzir e distribuir recursos educacionais para a acessibilidade e
estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação
superior.
- Subsidiar a formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a
educação inclusiva, bem como a arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade.
Com base nessas informações, escolhemos uma escola para surdos em Taboão da
Serra, CIADEVA(Centro de Integração e Apoio ao Deficiente Visual e Auditivo), da qual
fomos muito bem atendidos por Sra. Jurema, gestora do centro, que nos recepcionou e
forneceu todas as informações para que pudéssemos responder ao questionário e das
quais nos causaram bastante curiosidade, pois durante a visita tivemos contato com
alguns portadores de deficiência auditiva e visuais e confesso que enquanto se
comunicavam entre eles eu não compreendia nada, e se não tivesse alguém para
interpretar jamais saberia o que estavam dizendo.
CONCLUSÕES
Até pouco tempo eu não me interessava por Libras, não tinha contato com deficientes
auditivos, e jamais imaginei que um dia poderia me interessar por este assunto, hoje,
porém tenho uma visão diferente sobre Libras, confesso que o tempo foi pouco, as aulas
difíceis provavelmente por serem virtuais, mas o pouco que pude ver me causou
interesse e agora pretendo fazer um curso de complementação em Libras, para poder
atuar como profissional e explorar este mundo tão maravilhoso de linguagem que parece
estar sendo descoberto, embora isto já devesse ter acontecido há muito tempo.
Fico triste em saber que foi preciso esperar tanto para que fosse reconhecida a Libras
como meio legal de comunicação, e fico feliz por saber que embora demorasse tanto,
hoje já é um sonho que se torna realidade para muitos e facilitará a comunicação entre
os deficientes auditivos e os demais cidadãos. E integrará os deficientes no mundo
coletivo não mais havendo necessidade de isolamento por falta de compreensão.
TRANSCRIÇÃO