Indígenas Do Paraná
Indígenas Do Paraná
Indígenas Do Paraná
Hoje será construída uma Peteca. Observe o vídeo que será mostrado e faça sua
própria Peteca.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14967
VALE SABER
Peteca – do Tupi Guarani peteca-bater. Nome dado a um artefato esportivo,
utilizado no jogo também chamado “Peteca”, de origem indígena-brasileira. A
Peteca é constituída de uma base que concentra a maior parte de seu peso,
geralmente feito de borracha, e uma extensão mais leve, geralmente feita de
penas naturais ou sintéticas, com o objetivo de dar equilíbrio ou orientar sua
trajetória no ar quando arremessada.
Fonte: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/estaticas/alunos/indios_terras.php>
Fonte:http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/8/144paranacentros.jpg
Atividade 4:Agora, com o auxílio da Internet, faça uma pesquisa sobre 4 reservas
enumeradas na atividade anterior. Para essa atividade, formem 4 grupos de alunos.
3- Você acha que poderia ser real as aventuras de Inami? Explique sua
resposta.
4- Um dos índios comentou que o sonho da menina era uma lenda. Você sabe
o que é uma Lenda? Por que o sonho da índia é uma Lenda?
Diante do que foi visto até agora, a respeito da África, produza um texto ou
uma ilustração mostrando uma “Aventura na Mata”.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS DAS ATIVIDADES: 3, 4, 5 e 6
f) Se você fosse o Deus Tupã, daria esse desfecho para o final de Naipi e
Tarobá?
O Iguaçu pertencia a M’boi. Por isso até hoje, as águas desse rio serpenteiam
imitando os seus movimentos. Porque o M’boi é M’Boitatá, o deus-serpente e o Iguaçu
é, também, uma enorme serpente que vai se arrastando pelo chão do Paraná.
Aonde M’boi ia, o Iguaçu o acompanhava.
É por isso que quase todos os rios deságuam no mar, mas o rio-serpente, não.
Ele nasce pertinho do Atlântico, no Planalto de Curitiba.
Bastaria se lançar Serra do Mar abaixo e sem dificuldades levaria as suas águas
para o Oceano.
Mas o Iguaçu é um rio avesso e tem destino contrário aos demais.
O traçado do Iguaçu foi escolha de M’boi e ele quis correr para o interior.
O deus-serpente desejava chegar em outro mar: o de Xaraés. Era assim que as
tribos antigas chamavam o Pantanal do Mato Grosso.
E foi abrindo o seu caminho, rasgando chão, arrancando mata, alagando baixada.
O Iguaçu tinha muito peixe e o índio Caingangue muita fome. O índio queria peixe,
mas peixe pertencia a M’boi que era dono do rio.
Índio ia pescar, canoa virava. Perdia Peixe, perdia vida.
Caingangue resolveu fazer trato com o deus-serpente. M’boi deixava índio
pescar. Índio dava cunhã para M’boi. Todo ano uma cunhã. Cunhã era moça bonita.
Bonita como Naipi, a mais linda de toda tribo Caingangue.
Muitos queriam se casar com Naipi. Eram tantos, que os Caingangues
prepararam uma enorme festa.
Nela, os bravos guerreiros, com o corpo pintado com as cores da alegria,
disputariam o amor de Naipi.
E começaram as lutas e os risos e os cantos. Tarobá, um jovem forte e belo,
foi o vencedor.
M’boi ouviu o barulho da festa e quis saber o que estava acontecendo.
M’boi viu Naipi e pediu a moça para ele. Mas Tarobá havia vencido as lutas.
Naipi era de Tarobá. Tarobá não quis dar Naipi para o deus-serpente.
M’boi desfez trato com índio.
Voltou a espantar peixe. Voltou a virar canoa. Voltou a matar índio.
Índio não tinha mais peixe. Índio voltou a sentir fome.
Os Caingangues se reuniram. Ofereceram outras moças a M’boi. M’boi não
aceitou.
Ofereceram outras moças a Tarobá. Tarobá também não aceitou.
Lutara por Naipi. Vencera por Naipi. Naipi era de tarobá.
A fome aumentou.
Os Caingangues decidiram roubar Naipi de Tarobá para entregar a M’boi.
A moça foi levada para beira do Iguaçu.
Índio gritou chamando M’boi. M’boi veio depressa.
Tarobá ouviu algazarra. Veio depressa também.
Tarobá chegou primeiro. Pegou Naipi. Fugiu mata adentro.
M’boi correu atrás, rasgando chão, derrubando mata, alagando baixada.
Tarobá era guerreiro forte. Tarobá era muito ligeiro. Tarobá era muito esperto.
M’boi é deus-serpente. É ligeiro e manhoso também.
Por onde Tarobá corria com Naipi, M’boi fechava caminho com as águas do
Iguaçu, serpenteando pra lá e pra cá.
Tarobá sem saída, encontrou canoa, remou ligeiro. M’boi foi atrás.
Queria virar canoa. Queria Naipi.
Tarobá era bom no remo. Canoa não virava não.
Nem mesmo o deus-serpente podia vencer Tarobá.
Mas o Iguaçu era de M’boi e fazia o que ele queria.
M’boi viu um grande abismo. Se Naipi não era dele, de Tarobá não seria.
M’boi mandou o Iguaçu se jogar no precipício. O Iguaçu obediente, lançou-se
na imensidão abaixo, arrastando canoa com Tarobá e Naipi.
Tupã viu tudo, mas nada pôde fazer. Tupã é deus do trovão.
M’boi é deus-serpente. Dois deuses não lutam entre si.
Tupã fez do corpo de Tarobá uma grande pedra, e o deixou lá embaixo, no
grande abismo onde ele caiu, e transformou Naipi na espuma das águas.
Desde então, todos os dias, Naipi, a espuma, procura acariciar o corpo de seu
amado Tarobá. E toda vez que eles se encontram, nas águas das Cataratas do
Iguaçu, aparece um belo arco-íris.
O castigo do Iguaçu foi acabar ali, juntando-se ao Rio Paraná, tendo de correr
de volta um grande caminho, em direção ao Atlântico.
M’boi, o deus-serpente, foi-se embora para o Mar de Xaraés e povoou a região
de serpentes gigantes, que são as assustadoras sucuris.
Hardy Guedes.
Coleção Lendas Paranaenses
Agora transcreva:
Atividade 5- Existem muitas lendas, elas são histórias que tentam dar explicações para
fenômenos da natureza. Responda: Qual fenômeno esta lenda tenta explicar?
Naipi
Tarobá
M’boi
Atividade 7-Tarobá, sabendo do destino de Naipí, tentou salvá-la. Mas o que aconteceu?
Nesta segunda unidade, será explicado oralmente e com slides como é a estrutura
composicional de gênero Lenda. Na sequência, os alunos assistirão ao vídeo “A
Lenda das Cataratas do Iguaçu” disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=cdE6I80YKB0 que narra uma das versões da
lenda.
Na sequência, os alunos reunidos em cinco grupos receberão o livro “Naipi e Tarobá
Ä Lenda das Cataratas do Iguaçu. O livro faz parte da Coleção Lendas
Paranaenses de Hardy Guedes, distribuídos pelo Governo do Estado do Paraná em
2006 a todas as escolas estaduais.
Farão uma leitura silenciosa e responderão questões referentes à introdução,
desenvolvimento e conclusão da Lenda. Como as duas Lendas apresentadas
embora possuam o mesmo nome e os mesmos personagens, apresentam nuances
diferentes da cultura indígena, os alunos serão incentivados a identificar as
diferenças.
As atividades selecionadas para essa parte aborda além da estrutura da lenda, o
vocabulário indígena. Assim, buscarão no dicionário indígena, o significado de
palavras utilizadas na narração e na leitura das lendas. Essas atividades serão
realizadas no laboratório de informática e as palavras pesquisadas serão transcritas
em papel Kraft para ser utilizadas no final da implementação.
As demais atividades são destinadas à interpretação da lenda, identificação de
personagens, características dos personagens principais. Portanto, utilizaremos a
orientação de Solé (1998), onde após a leitura será realizado: A Construção da
síntese semântica do texto; Utilização do registro escrito para melhor compreensão;
Troca de impressões a respeito do texto lido; Relação de informações para tirar
conclusões; Avaliação das informações ou opiniões emitidas no texto; Avaliação
crítica do texto. Todas essas atividades serão realizadas em grupos de alunos.
3ª PARTE
ANÁLISE GRAMATICAL DO GÊNERO
LENDA
Há muitos e muitos
anos, existia um lugar
chamado Abaretana,
a Terra dos Homens.
Lá viviam os Apiabas,
cercados por matas,
onde cresciam Ipês,
manacás e muitas e
muitas Araucárias.
Os Camés queriam desvendar os mistérios e segredos de Abaretama, para que o deus do trovão
perdesse a confiança nos Apiabas. Por isso, sempre os atacavam, mas sem obter sucesso...
Cauá o chefe dos Camés, era muito astuto e traiçoeiro. Como não conseguia vencer os Apiabas pela
força, pediu a Aracê, a moça mais bonita de sua tribo, que se aproximasse de Abaretama para
conquistar o amor de Dhui, o chefe dos Apiabas.
Cauá esperava que o guerreiro apaixonado revelasse a Aracê os segredos de Tupã. Ela passou a
viver nas proximidades da Terra dos Homens, esperando o momento certo de se aproximar de Dhui.
Um dia quando o guerreiro apiaba saiu para pescar, ela mergulhou na lagoa pertinho de onde ele
estava. Dhui, ao ouvir o som de um corpo na água, olhou para aquela direção e viu Aracê, com flores
de Ipê amarelo nos cabelos. Ele jamais tinha conhecido moça tão bela e, logo, se apaixonou.
Algum tempo depois, Caritubu viu o que jamais poderia imaginar: Aracê
sorrindo feliz para Dhui, trocando carícias e juras de amor. De vez em
quando, ela pegava uma cuia cheia de Ouricuri, uma espécie de licor
feito de butiá, e a levava aos lábios de Dhui que bebia com prazer.
Caritubu encheu-se de ódio. Ele sonhava em se casar com Aracê quando se tornasse chefe de sua
tribo. Achou, ainda, que a traição de Aracê ao seu povo merecia vingança. Aproveitando-se de um
momento, em que jovens entraram numa parte densa da mata, à procura de penas coloridas de
tucanos e araras para os seus cocares, mergulhou as pontas envenenadas de suas flechas no licor
de butiá.
Dhui e Aracê voltaram contentes e abraçados para a clareira onde estavam, e ela ofereceu-lhe um
pouco mais de Ouricuri. Dhui bebeu sorrindo, sem saber que aquilo provocaria a sua morte.
O veneno agiu
instantaneamente e
Aracê, desesperada, sem
saber o que estava
ocorrendo, começou a
chorar e gritar.
Caritubu logo apareceu e
começou a cantar a sua
glória pela morte do rival
nas batalhas e no amor.
Percebendo o que havia
acontecido, Aracê bebeu
rapidamente o que
restava de licor na cuia e
tombou ao lado do seu
amado.
Tupã, profundamente entristecido com as mortes de Dhui, o guardião-chefe dos mistérios sagrados,
e de sua amada Aracê, e irado com a inveja dos homens, resolveu destruir Abaretama.
O céu encheu-se de trovões e raios caíram sobre a região com fúria. A grutas ficaram cobertas de
água para sempre e nunca mais alguém conseguiu desvendar os segredos de Tupã.
Para eternizar a história de amor de Aracê e Dhui, o deus do trovão transformou Abaretama em
Itacueretaba – aldeia petrificada.
Atividade 3: PESQUISA
No laboratório de informática, faça uma pesquisa sobre Vila Velha. Busque imagens,
vídeos e mapas que mostrem o local. Faça uma cartaz com os resultados da pesquisa.
Atividade 4: CONHECENDO O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
De acordo com o texto, relacione as palavras de origem indígena aos seus significados:
( H ) Uirucuri ( ) chefe
( j ) Tuxaua ( ) mulherengo
( M ) Guaracy ( ) montes
2ª) Por meio de quais palavras podemos perceber em que tempo está o texto?
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O céu encheu-se de trovões e raios caíram sobre a região com fúria. A grutas
ficaram cobertas de água para sempre e nunca mais alguém conseguiu desvendar
os segredos de Tupã.
naturez
Algum tempo depois surgiu uma árvore enorme, de tronco marrom escuro
como o dorso de um índio. Os galhos pareciam flechas cravadas no tronco.
GUARANI
Permaneciam no mesmo local, entre cinco a seis anos, até esgotarem os recursos
naturais, sendo que depois do solo descansar e a fauna se recompor, retornavam aquela
área. Normalmente a aldeia compunha-se de cinco a seis casas comunitárias, sem
divisões internas, em cada qual viviam de vinte a trinta pessoas.
Nos séculos XVIII e XIX, os Guarani que habitavam o interior do Paraná, foram
utilizados como mão-de-obra servil na atividade pecuária, ou reunidos pelo Governo em
reservas indígenas denominadas aldeamentos. Muitos entretanto fugiam em direção ao
litoral, considerado local sagrado segundo a mitologia do grupo.
KAINGANG
O principal ritual dos Kaingang é o culto aos mortos, denominado kikikoi, onde
todos participavam exibindo pintura corporal, rezando, cantando e dançando uma
coreografia inspirada no movimentos do tamanduá. Neste ritual as crianças são pintadas
pela primeira vez com desenhos circulares ou alongados, identificando-se desta forma
com a metade clânica a qual pertencem.
XETÁ
AVALIAÇÃO
BAYARD, Jean-Pierre. História das Lendas. Trad. De Jeanne Marullier. São Paulo:
Difusão Européia do Livro, 1957.
GUEDES, Hardy. Curiaçu e a Gralha Azul – A lenda das Araucárias. Curitiba: HGF,
1997. (Coleção Lendas Paranaenses).
_______. Itacueretaba – A lenda de Vila Velha. Curitiba: HGF, 1997. (Coleção Lendas
Paranaenses).
_______. Naipi e Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçu. Curitiba: HGF, 1997.
(Coleção Lendas Paranaenses).
_______. Nhanderu – A Lenda do Sol e da Lua. Curitiba: HGF, 1997. (Coleção Lendas
Paranaenses).
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14967
https://www.youtube.com/watch?v=zuvOrpHwWqA.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/estaticas/alunos/indios_terras.php
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/8/144paranacentros.jpg
http://videos.sapo.pt/IM5v30FTrVZ5EMTNoDvW
https://www.youtube.com/watch?v=cdE6I80YKB0