Este documento discute a origem e evolução dos vertebrados, começando pelos primeiros fósseis do período Ordoviciano. Os animais com notocórdio, como os protocordados, são considerados os ancestrais dos vertebrados. Dois subfilos de protocordados são descritos: os urocordados e os cefalocordados. Uma teoria sugere que algumas larvas de urocordados se transformaram em peixes primitivos através do fenômeno da pedomorfose, dando origem aos primeiros verte
Este documento discute a origem e evolução dos vertebrados, começando pelos primeiros fósseis do período Ordoviciano. Os animais com notocórdio, como os protocordados, são considerados os ancestrais dos vertebrados. Dois subfilos de protocordados são descritos: os urocordados e os cefalocordados. Uma teoria sugere que algumas larvas de urocordados se transformaram em peixes primitivos através do fenômeno da pedomorfose, dando origem aos primeiros verte
Este documento discute a origem e evolução dos vertebrados, começando pelos primeiros fósseis do período Ordoviciano. Os animais com notocórdio, como os protocordados, são considerados os ancestrais dos vertebrados. Dois subfilos de protocordados são descritos: os urocordados e os cefalocordados. Uma teoria sugere que algumas larvas de urocordados se transformaram em peixes primitivos através do fenômeno da pedomorfose, dando origem aos primeiros verte
Este documento discute a origem e evolução dos vertebrados, começando pelos primeiros fósseis do período Ordoviciano. Os animais com notocórdio, como os protocordados, são considerados os ancestrais dos vertebrados. Dois subfilos de protocordados são descritos: os urocordados e os cefalocordados. Uma teoria sugere que algumas larvas de urocordados se transformaram em peixes primitivos através do fenômeno da pedomorfose, dando origem aos primeiros verte
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS VERTEBRADOS
Os fósseis mais antigos de vertebrados datam do Meso-Ordoviciano, estando
representados por restos de peixes primitivos. O conhecimento acerca da origem dos vertebrados é bastante fragmentado, e se baseia em evidências indiretas. Uma das mais interessantes dessas evidências é a presença de alguns animais marinhos atuais de corpo mole, que parecem relacionar-se aos ancestrais dos vertebrados. Estes animais possuem quatro características distintivas que juntas, separam os cordados de todos os demais filos: tubo nervoso dorsal, bolsas faríngeas, cauda pós-anal e uma estrutura semelhante à coluna vertebral, denominada notocorda ou notocórdio, encontrada no embrião de alguns vertebrados. Mais tarde, esta é substituído pelas vértebras ósseas verdadeiras, nos cordados. A notocorda é um bastão cartilaginoso inteiriço, não segmentado, semi-rígido de células envolvidas por uma bainha fibrosa, que se estende, em muitos casos, por todo o comprimento do corpo entre o sistema nervoso central e o tubo digestivo. É um eixo onde os músculos se prendem e, devido poder dobrar-se sem encurtar-se, permite movimentos ondulatórios do corpo. Sua principal função é dar rigidez ao corpo, ou seja, atuar como um esqueleto axial. Os animais com notocórdio são praticamente ausentes no registro fossilífero, apesar de haver três tipos diferentes nos mares modernos. Esses animais são denominados de Protocordados ou Cordados Invertebrados, considerados grupo- irmão do agrupamento hemicordado-equinoderma, compartilham características de muitos invertebrados, principalmente no tocante ao plano estrutural tais como simetria bilateral, eixo ântero-posterior, celoma, organização de um tubo dentro de outro tubo, metamerismo e cefalização. Os dois grupos de protocordados são:
Sub Phyllum UROCHORDATA (= TUNICATA) (notocorda na cauda)
As ascídias são os principais representantes deste subfilo. São importantes membros da comunidade bentônica marinha. Podem ser encontradas desde as regiões polares até as regiões tropicais, desde as regiões litorâneas até as grandes profundidades, com maior densidade populacional nas áreas costeiras. Na fase jovem possuem o aspecto de um girino microscópico e nadam livremente. Ao final desta fase, a larva fixa-se em um substrato, tornando-se séssil e sofrendo grande metamorfose. O tubo neural degenera, a cauda e o notocórdio desaparecem e a ascídia adulta fica com uma forma totalmente diferente da larva. Na fase adulta apresentam um tegumento espesso, semelhante a uma túnica, que dá sustentação ao organismo, resultando daí a denominação de tunicados também dada a este subfilo. São animais solitários ou coloniais, fixos a um substrato, que alimentam-se por filtragem da água do mar. Não possuem notocórdio, a não ser no estado larval, onde localiza-se na sua porção posterior.
No Brasil foram registradas espículas de ascídeas em amostras de testemunhos
provenientes da base da Formação Pirabas, Bacia Pará- Maranhão. Ocorrem em rochas datadas do Burdigaliano, e foram atribuídas aos gêneros Micrascidites e Bonnetia (Shimabukuro & Ferreira, 1996). Sub Phyllum CEPHALOCHORDATA São animais de corpo alongado, comprimido lateralmente e quase transparente, com tamanho variando entre 7 e 10cm. Vivem parcialmente enterrados sugando a matéria orgânica do substrato, em fundos arenosos não consolidados de águas costeiras dos mares tropicais e temperados de todo o mundo. Além do notocórdio, que persiste até a fase adulta e ocupa toda a região dorsal do organismo, apresentam fendas branquiais bem desenvolvidas, posteriores à boca. Três fósseis são atribuídos aos cefalocordados: Pikaia gracilens (corpo lateralmente comprimido, em forma de fita, medindo cerca de 5cm de comprimento com um par de antenas na parte anterior do corpo) ,encontrado no Folhelho Burgess, Mesocambriano do Canadá; Yunnanozoon, um pouco mais antigo, descrito do Eocambriano da China e um terceiro, Paleobhanchiostoma, do Eopermiano da África do Sul.
ANCESTRAL DOS VERTEBRADOS
Há muito tempo os cientistas procuram entender como se deu a transição entre os diversos subfilos de cordados. Algumas hipóteses tem sido levantadas para explicar esta transição, já que faltam no registro geológico fósseis que possam indicar como ela ocorreu. O ancestral hipotético dos vertebrados tem sido idealizado como sendo u animal de pequeno porte, com corpo fusiforme, flácido e as extremidades definidas em cabeça e cauda. Não teria mandíbula e nem nadadeiras pares. Na parte anterior do cordão dorsal apresentaria um cérebro rudimentar, associado a estruturas eletrossensoras, com órgãos sensoriais pares, para olfato, visão e equilíbrio. Os sistemas circulatório, digestivo e excretor também refletiriam a condição primitiva do grupo. Uma das teorias, tenta explicar a origem dos vertebrado através do fenômeno da pedomorfose- quando um organismo torna-se reprodutivamente maduro, mas ainda retém caracteres larvais. Acredita-se que por este fenômeno algumas larvas de urocordados transformaram-se em um “peixe” primitivo, sem ossos (Long, 1995). Para o estabelecimento das relações filogenéticas dos cordados tem sido levados em conta aspectos da embriologia, fisiologia e anatomia dos vários subfilos. O formato do corpo, a circulação do sangue e o mecanismo de filtração da água para obtenção de alimento são alguns destes aspectos. A anatomia e o circuito geral do sangue (embora sem coração, possuem vasos sangüíneos definitivos, chegando inclusive a formar uma aorta dorsal, que envia sangue para o corpo e intestino) dos cefalocordados são muito semelhantes aos dos craniados. Um outro aspecto importante que aproxima os hemicordados e equinodermas dos cordados é o desenvolvimento embrionário do tipo deuterostômio. Quando o blastóporo (cavidade da fase blástula do embrião) origina primeiro o ânus e depois a boca. Em todos os outros filos ocorre o contrário. O esqueleto interno dos vertebrados funciona no sentido de fortalecer o sistema de suporte. Por não ser exposto e não precisar cobrir o corpo do animal por completo, pode ser relativamente leve e flexível. O esqueleto interno, junto ao sistema nervoso e musculatura, permitiu o desenvolvimento dos enormes vertebrados de grande mobilidade, sem paralelo no mundo dos invertebrados.