Apostila - Ética Na Administração Pública
Apostila - Ética Na Administração Pública
Apostila - Ética Na Administração Pública
SUMÁRIO
Glossário..............................................................................................................78
Bibliografias.........................................................................................................82
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚLICO
Nesta unidade, você conhecerá a ética nas organizações e a prática que pode
levar a procedimentos antiéticos. E chegará à conclusão de que uma atitude ética
é o melhor caminho. Vamos lá?
EXEMPLO
Embora esta atitude não seja generalizada no serviço público, esta situação
evidencia uma falta de senso ético por parte dos gestores e servidores do órgão.
Você concorda?
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DICAS
TEORIA
ÉTICA NO TRABALHO
Atualmente, a sociedade passa por uma grave crise de valores, caracterizada pela
falta de decoro, de respeito pelo outro e de limites. As pessoas têm dificuldades em
assimilar normas morais e respeitar as leis e as regras sociais.
Isso tem uma influência direta nas organizações, porque elas estão ligadas à cultura
e, com base nesta, definem suas relações interpessoais e empresariais, seus
objetivos, compromissos e formato administrativo. Podemos dizer, então, que a
cultura de uma organização é o reflexo da cultura da sociedade.
Mas, será que na maioria das organizações tudo corre bem, com tranqüilidade e
harmonia? Pense um pouco nisso.
Na base desses conflitos, encontra-se a luta pelo poder. E o poder exercido dentro
de uma organização visa a atingir suas metas, levando os seus membros a
produzirem de forma competente e eficaz.
A sobrevivência de uma organização depende da forma como esse poder é
exercido, da postura moral das pessoas que o exercem.
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Para que haja desenvolvimento e a qualidade de vida seja preservada, faz-se
necessário que as relações nas organizações se baseiem em valores como:
Honestidade
Confiança
Credibilidade
Altruísmo
Uma organização precisa ser vista como um organismo vivo, onde cada integrante
tem um papel importante e útil a cumprir, a fim de garantir o seu perfeito
funcionamento.
HISTÓRIA
Circunstâncias como essa acontecem a todo momento. Reflita sobre o que pode ser
feito para que a sociedade cultive o conceito de presteza e responsabilidade
profissional.
TEORIA
confiabilidade
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credulidade
integridade
respeito.
A ética no trabalho, ou qualquer que seja ela, deve seguir uma orientação
humanista, colocando a vida humana como o valor principal. Não podemos
esquecer que as pessoas integrantes das organizações são, antes de tudo, seres
humanos com emoções e sentimentos e não apenas peças da engrenagem
produtiva.
COMENTÁRIOS
Faça tudo para não perder de vista a sua dimensão humana no trabalho. Tenha
em mente que você precisa de tempo para a vida, para o lazer e para a família. Um
bom profissional precisa ter consciência dos limites que deve impor entre os
mundos profissional e pessoal. Precisa saber claramente quem ele é e o que é o
trabalho na sua vida. Se não tem essa compreensão, fica alienado.
TEORIA
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A pessoa alienada não tem uma verdadeira compreensão do que se passa atrás
das aparências, dificultando o entendimento entre o pensamento e a ação.
REFLEXÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Elizete Passos, Ética nas Organizações – Uma Introdução, Editora Passos &
Passos, Salvador - BA
Oscar d’Alva e Souza Filho, Ética Individual & Ética Profissional, Editora ABC
Fortaleza, Fortaleza - CE
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Tema - Moral e Ética
Assunto - Moral e Ética
Unidade - A Moral e a Ética
ESTUDO DE CASO
Numa empresa de economia mista da área de turismo, numa grande cidade do país,
durante um período de festas folclóricas, o poder público contratou profissionais para a
produção dos eventos. Os serviços de iluminação, sonorização, decoração e segurança
foram terceirizados. Era praxe das empresas prestadoras desses serviços pagarem
propinas, a fim de garantir a sua escolha. Mas o coordenador de eventos, de um
determinado ano, cuja trajetória profissional e pessoal era norteada pelo senso ético e
de honestidade, não concordou com tal procedimento. Contratou, então, empresas,
usando critérios baseados na qualidade dos serviços oferecidos, em requisitos técnicos
e nas referências apresentadas. O resultado dessa conduta ética foi a demissão desse
coordenador, após a realização do primeiro ciclo de festas populares da cidade.
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REFLEXÃO
Reflita um pouco sobre o exemplo acima. Como você agiria? O que você acha da
atitude desse coordenador?
TEORIA
Agora, vamos iniciar o estudo teórico deste tema. Pronto para começar?
Porém, a natureza da preocupação ética vai além dos aspectos de coerência entre
o dizer e o fazer. Não podemos esquecer que o fim do refletir ético é encontrar para
o ser humano o caminho seguro de uma moral feliz.
A busca da felicidade pelo homem é tarefa exclusiva sua. O maior objetivo do ser
humano é a felicidade. Mas, ele tem que fazer a sua parte. Veja o que o compositor
baiano Gilberto Gil falou a esse respeito:
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“A Bahia já me deu régua e compasso. Meu
caminho pelo mundo, eu mesmo traço”.
Este caminho particular de cada um tem a ver com a sua cabeça e com o seu corpo,
com o conhecimento de si próprio, de sua integridade espiritual e sensitiva, de seus
limites e de suas possibilidades.
Por isso não basta somente a lógica interna e a correção formal da proposta ética
de cada um, mas principalmente, o fato de que, praticando essa ou aquela ação, a
pessoa se realizou, se sentiu bem, atingiu a felicidade.
Como você pode concluir, a ética deve ser realizada por uma moral. Seja como
reflexão indicativa de uma prática moral feliz, ou como atividade intelectual
especulativa do comportamento moral que felicitou o indivíduo. Daí decorre, após a
ação, a descoberta de uma nova ética que orientará com maior segurança os novos
passos da pessoa feliz.
Os valores morais estão presentes nas diversas esferas das nossas vidas.
Vejamos.
O pai exige que o filho, respeitando seus valores, chegue em casa no horário
estabelecido.
Não existe vida social sem a presença de regras ou normas de conduta – esta é a
importância do mundo moral.
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Os valores morais dominantes não são decididos individualmente. Eles surgem da
experiência do grupo humano e vão se internalizando e se tornando aceitos pelos
membros da sociedade. À medida que teorizamos sobre essa moral, vamos
tomando consciência dela, os seus preceitos tornam-se explícitos e começam a se
propagar pelos meios educativos e comunicacionais.
DICA
A ação realizada será moral ou imoral, conforme esteja de acordo ou não com a
norma estabelecida. Assim, respeitar a propriedade alheia será considerada uma
ação moral, uma vez que - não roubar - está de acordo com a norma. Trapacear no
jogo será considerada uma ação imoral, pois a trapaça representa a violação de
uma norma moral, no caso, a honestidade.
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suas manifestações biológicas específicas, com seus apelos radicais em busca do
outro, com as naturais descargas hormonais e sensitivas.
Esta vivência tão marcante, com sensações contraditórias e conflitantes, faz com
que cada descoberta signifique uma ruptura, um trauma ou corte com relação à
ética que dirigia a nossa vida no período anterior.
REFLEXÕES
A palavra moral vem sendo substituída pela palavra ética. Para alguns autores, os
seus significados se confundem. Outros acham que tais palavras possuem origens
distintas e significados iguais.
O Prof. Oscar d’Alva e Souza Filho, em seu livro Ética Individual & Ética
Profissional, afirma que “a moral é sempre a consumação prática de uma
determinada ética, pois no comportamento do indivíduo está embutido um valor
ético que ele preza e cultiva”.
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Já ocorreu com você uma situação em que, antes de
agir, ficou se perguntando: Devo fazer isso? Devo
agir ou não dessa forma? Isso é a consumação de
um momento ético.
Adolfo Vasquez afirma que: “a ética é a ciência que estuda o comportamento moral
dos homens na sociedade”.
Pierre Weil fala da “Ética Moralista – fundamentada no dever e/ou na razão, nos
dogmas impostos pela sociedade, e da Ética Espontânea – fundamentada na
sabedoria e no amor complementados pela razão“.
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Oscar d’Alva e Souza Filho costuma conceituar ética como “uma reflexão sobre o
fazer, antes de fazer, procurando fazer bem”.
“A ética não diz o que não deve ser feito em cada caso concreto”.
REFLEXÃO
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Tema - Moral e Ética
Assunto - Moral e Ética
Unidade - O homem, um ser consciente
EXEMPLO
Antes de começar o estudo teórico deste tema, que tal ver um exemplo?
REFLEXÃO
Reflita um pouco sobre o exemplo acima. Como você agiria? O que você acha da
atitude do proprietário da casa lotérica?
TEORIA
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O QUE É CONSCIÊNCIA
Gostamos muito da palavra consciência. Preste atenção como todos nós a usamos
no dia-a-dia, na linguagem coloquial. Vejamos os seus significados nas diferentes
situações abaixo:
Essa frase refere-se à consciência moral, àquela voz interior que nos orienta, de
maneira pessoal, sobre o que devemos fazer em determinada situação. A
consciência moral emite seu juízo, antes da ação, como uma voz que aconselha
ou proíbe. Após a realização da ação, a consciência moral manifesta-se como um
sentimento de satisfação - força recompensadora - ou arrependimento, remorso -
força condenatória.
COMENTÁRIOS
Praticamos uma ação e, em seguida, refletimos achando que não devíamos tê-la
praticado, por ser, por exemplo, prejudicial a alguém. Essa reflexão acompanhada
de arrependimento ocorre porque temos uma consciência psicológica.
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Ora, se nós não tivéssemos este tipo de consciência, não existiria o problema da
moral, pois esta é a função da consciência que consiste na distinção entre o bem e o
mal.
Se todos os atos humanos fossem desencadeados pela pressão dos instintos e dos
hábitos, se o homem não tivesse consciência do que faz, não existiria o problema da
moral. Mas, o homem é um ser racional, pensante.
Isso se aplica, igualmente, aos clientes externos, bem como a toda a sociedade, que
devem ser tratados e respeitados como seres humanos, independente da sua
condição social e econômica. Em muitas situações, principalmente na área de saúde,
vemos que as pessoas pertencentes às camadas mais altas recebem tratamento
diferenciado daquelas de camadas populares.
REFLEXÃO
O que você acha de uma atitude discriminante, que separa as pessoas? Pense um
pouco a respeito.
TEORIA
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ÉTICA HUMANISTA
Tudo deve ser feito para que a ciência e a técnica não sejam privilegiadas em
detrimento do aspecto humano.
REFLEXÃO
"O que fazer para que os recursos existentes na sociedade, intelectuais ou materiais,
possam ser colocados a serviço da vida, de uma vida que mereça ser vivida?"
"O que fazer para que esses recursos possam ser usados para o máximo de
desenvolvimento e satisfação das necessidades e faculdades individuais com o
mínimo de labuta e miséria?"
Na sua opinião, como o servidor público poderá contribuir para aprimorar o senso
ético, visando ao bem comum. Reflita a respeito.
É muito importante a presteza das decisões, a eficácia na ação. Isso é inegável. Não
podemos, também, negar a importância do desenvolvimento cientifico e tecnológico,
que são fundamentais ao crescimento econômico. Agora, esse desenvolvimento
econômico deve ser colocado a serviço da vida, através:
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• da criação de novos métodos e aparelhos a serem colocados a serviço da
vida;
• do desenvolvimento de pesquisas;
• do desempenho de práticas que garantam mais saúde e longevidade.
A ciência e a tecnologia devem ser usadas com ética, ou seja, devem ser colocadas
a serviço da vida, da harmonia, do respeito e da integridade.
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Tema - Moral e Ética
Assunto - Moral e Ética
Unidade - O individual no social na moral
ESTUDO DE CASO
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TEORIA
REFLEXÕES
Reflita sobre o nosso cotidiano, como nos afastamos dos valores morais que
alicerçam a nossa vida.
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Teoria
EXEMPLO
TEORIA
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À primeira forma foi chamada pelo filósofo de ética individual, porque o indivíduo
consulta somente a sua consciência e, em seguida, executa o ato.
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DIFERENÇAS ENTRE NORMAS MORAIS E NORMAS JURÍDICAS
EXEMPLO
REVISÃO PANORÂMICA
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1 Se respeito a norma por convicção íntima, consciente de que os
doentes precisam de silêncio.
Significa que a norma não foi interiorizada, e o meu ato escapa do campo moral,
reduzindo-se ao cumprimento de uma lei.
Exercício Solo
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Agora que você identificou o tipo de norma, observe, nessa segunda ilustração, se
houve interiorização da moral.
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Tema - Trabalho e Ética
Assunto - Trabalho e Ética
Unidade - O significado do trabalho
Vamos estudar nesta unidade o que significa o trabalho para o homem, enfocando
os sentidos do trabalho e seus propósitos e a diferença entre o trabalho humano e
a atividade instintiva animal. Você conhecerá como de dá a atuação humana,
entendendo que a felicidade para o homem é ter moral. Observe, ao final da
unidade, um exercício solo para facilitar o seu aprendizado.
ESTUDO DE CASO
Antes de entrar na teoria deste tema, que tal ver um estudo de caso?
Quando Sr. José Gomes - o patriarca da família - faleceu, seu filho mais velho,
Alberto, assumiu os negócios. Querendo imprimir a sua marca, Alberto mudou
radicalmente o tratamento dado aos funcionários. Passou a ter uma atitude
impessoal e a tratá-los como meros trabalhadores e não mais como parte de uma
família. Aos poucos, os mesmos funcionários que vestiam a camisa da empresa e
trabalharam anos a fio sem cobrar hora extra, passaram a exigir os seus direitos.
O novo chefe, cheio de si, não entendia o que estava acontecendo e porque a
situação estava se encaminhando para um confronto. Ele havia quebrado algo que
não tinha conserto: a motivação e identidade dos funcionários com o trabalho.
TEORIA
Vamos, agora, começar o estudo teórico?
O QUE É TRABALHO?
O trabalho é a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um
determinado fim. O trabalho exerce uma função psicológica no indivíduo e na
sociedade, porque favorece o crescimento de ambos.
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É um meio através do qual o homem e a sociedade
alcançam níveis de civilização mais avançados e
progressivos.
Aprecie o que Albert Camus falou sobre o trabalho:
"o trabalho é entre outras coisas (...) o domínio da
natureza pelo homem e, ao mesmo tempo, um tipo
primordial de relacionamento dos homens entre si".
REFLEXÕES
TEORIA
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HISTÓRIA
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a necessidade que uns têm dos outros. Proporciona o dinamismo, evitando
que as pessoas não sejam simples parasitas da sociedade.
3. Cósmico - é um instrumento de aperfeiçoamento do mundo. Graças ao
trabalho o homem domina, usufrui e melhora o planeta, legitimando a sua
capacidade produtiva, como ser transformador da sociedade.
4. Religioso - é o campo mais propício para o exercício das virtudes, como a
paciência, o altruísmo, a dedicação, a humildade, a bondade, entre outras.
No trabalho, as pessoas atuam com as forças dadas por Deus, tendo a
oportunidade de usar bem as coisas criadas e, desta forma, prestando um
culto a Deus.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O TRABALHO HUMANO E A ATIVIDADE
INSTINTIVA ANIMAL?
Observe a extraordinária clareza e beleza com que Karl Marx fez a distinção entre
o trabalho humano e a atividade instintiva do animal. Ele afirmou:
"Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera
mais de um arquiteto ao construir sua colméia. Mas o que distingue o pior
arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de
transformá-la em realidade.
No fim do processo de trabalho aparece um resultado que já existia antes, em
forma de idéia, na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o
material sobre o qual opera. Ele imprime ao material o projeto que tinha
conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de
operar e ao qual tem de subordinar sua vontade."
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política. Estas dimensões estão entrelaçadas e carregam um forte componente
ético.
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Tema - Trabalho e Ética
Assunto - Trabalho e Ética
Unidade - Os deveres fundamentais do homem
ESTUDO DE CASO
Que tal ver um estudo de caso, antes de iniciar o estudo teórico?
Todos conhecem o famoso desenho animado Tarzan. É a história de uma criança
que foi criada por animais, no caso, macacos. Houve também, casos verídicos de
crianças que foram encontradas, após anos, vivendo com e como animais. O que
se constatou no estudo do comportamento destas crianças é que, apesar da
genética determinar várias características do homem, especificamente em nível
físico, o meio social tem um papel preponderante na definição do caráter de uma
pessoa.
Sem estes valores, descritos em todos os códigos
sociais, a noção de deveres e direitos é totalmente
rudimentar. A sociedade humana estabeleceu, ao
longo dos milênios, uma delicada rede de relações
humanas, pautada em direitos e deveres. Esses
valores nos distanciaram dos animais irracionais.
REFLEXÕES
Você já pensou na sua origem? Quem você é? De onde veio? Pense um
pouquinho sobre isso com seus colegas.
TEORIA
Vamos começar a teoria deste tema?
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Sabemos que o ser humano provém de espécies
inferiores e que é um animal. Este animal racional, o
homem, tem muitas semelhanças com o animal
irracional. Se observarmos os órgãos sensitivos,
veremos as semelhanças e desvantagens que o
homem leva em relação ao animal quanto à
perfeição e à agudeza de certos sentidos, como o
olfato, a visão, a audição.
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O MAU USO DAS DESCULPAS
É necessário que as pessoas cumpram os seus deveres, revelando
compromisso e responsabilidade. As organizações necessitam de seriedade no
trato das suas questões. A ausência desse comportamento gera a banalização e o
descaso com o coletivo.
Cuidado para não usar desculpas, tentando justificar deslizes!
HISTÓRIA
LIÇÃO DE ÉTICA
Você conhece a história das TRÊS PENEIRAS ? É uma antiga lição de ética,
mas muito atual e apropriada para ser usada nas nossas vidas.
"Um dia um rapaz falou para o grande filósofo Sócrates (470 - 399 a.C.) que
precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates imediatamente perguntou-lhe:
"O que você quer me contar já passou pelas três peneiras?" - "Três peneiras!"
Veja:
A PRIMEIRA PENEIRA É A VERDADE
O que você vai contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve
morrer por aí mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve passar, então, pela
segunda peneira.
A SEGUNDA PENEIRA É A BONDADE
O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir o caminho e a fama da
pessoa ou ajuda a destruí-la? Se o que você deseja me contar é verdade e uma
boa coisa, deverá passar, ainda pela terceira peneira.
A TERCEIRA PENEIRA É A NECESSIDADE
Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o
planeta?
E Sócrates concluiu: Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você
e seu irmão, iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será
uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre
irmãos, parceiros do planeta. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer
comentário infeliz!"
Para Sócrates ninguém pratica voluntariamente o mal. Somente o ignorante não é
virtuoso. Ou seja, só age mal, quem desconhece o bem, pois todo homem quando
fica sabendo o que é o bem, reconhece-o racionalmente como tal e passa a
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praticá-lo. Ao praticar o bem, o homem sente-se dono de si e, conseqüentemente,
é feliz.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
ESTUDO DE CASO
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O ser humano está em contínuo crescimento
pessoal. Então, muitas das qualidades de que
necessita para viver bem e produtivamente podem
ser adquiridas mediante reflexão, boa vontade e
esforço. O trabalho é, também, um excelente
campo para o aprimoramento da nossa
personalidade.
Responsabilidade
Você sabe o que é uma pessoa responsável ? Esta palavra é bastante usada e,
na maioria das vezes, não apropriadamente. Na realidade, responsável é o
indivíduo que responde pelos seus próprios atos ou pelos atos de outrem. Então, a
virtude da responsabilidade é um elemento fundamental, no exercício de
qualquer profissão.
REFLEXÕES
TEORIA
Lealdade
Lealdade significa ser fiel aos seus compromissos, com sinceridade, franqueza e
honestidade. Lealdade não significa fazer só o que o seu chefe ou a organização
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quer. Lealdade não é obediência cega. Será que eu sou um funcionário leal?
Vamos ver?
Iniciativa
Iniciativa é a capacidade daquele que sabe agir, que está disposto a empreender,
ousar. É a ação daquele que é o primeiro a propor algo.
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas pela iniciativa,
sendo que esta última é que coloca as duas primeiras em movimento.
Quando tomamos a iniciativa de fazer algo pela organização é porque somos
leais para com ela. Repare que tomar iniciativa em relação a um trabalho é,
também, assumir responsabilidade por sua implementação.
Então, as virtudes responsabilidade, lealdade e iniciativa caminham juntas
numa organização.
Honestidade
A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. Ela é total, não
admitindo relatividade. Ou seja, a pessoa é honesta ou não é. Não existe meio
termo!
A honestidade relaciona-se com:
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• a confiança que nos é depositada;
• a responsabilidade perante o bem de terceiros;
• a manutenção dos direitos de terceiros.
A fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis não permeia a
honestidade.
Veja o que foi afirmado pelo filósofo Aristóteles (384 a 322 a. C), analisando a
questão da honestidade. Reflita um pouco sobre o que ele afirmou.
Sigilo
O sigilo é uma virtude de suma importância nas empresas. Como funcionários,
temos obrigação de preservar uma informação sigilosa a que temos acesso. O
respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas é uma qualidade
fundamental que deve ser incentivada e desenvolvida pelos profissionais.
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oportunidade de terceiros copiarem planos e projetos ainda não colocados em
prática. Além disso, a revelação de questões sigilosas da organização pode
acarretar situações embaraçosas e punições para quem falou.
Não esqueça que é uma postura inadequada e antiética falar sobre questões
delicadas e segredos de sua organização. Fique atento a isso!
Competência
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de
forma adequada e persistente. A competência é uma virtude qualificadora do ser
humano. Em qualquer área de atuação, é de extrema importância a busca da
competência.
O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é
um pré-requisito para a prestação de um serviço de boa qualidade.
Nem sempre é possível acumular todo
conhecimento exigido por determinada tarefa, mas é
necessário que tenhamos a postura ética de
recusar serviços, quando não possuímos a devida
capacitação para executá-los.
Prudência
prudência é
indispensável porque
Prudência é a qualidade de quem age com evita os julgamentos
moderação, comedimento, buscando evitar o erro apressados que
e o dano. É cautela, precaução e segurança. redundam, muitas
vezes, em erros com
A execução de qualquer trabalho exige muita
sérias conseqüências
segurança. O profissional prudente analisa
para uma organização.
situações complexas e difíceis com mais facilidade e
de forma mais profunda e minuciosa, contribuindo
para o maior acerto das decisões a serem tomadas.
No caso, então, de decisões sérias e graves, a
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Coragem
Ter coragem é possuir ousadia, firmeza, desembaraço, capacidade de resolução
em face das situações difíceis. Ter coragem é agir sem medo diante do perigo.
Você é uma pessoa corajosa?
Todo profissional precisa ter coragem. Vejamos como essa virtude é fundamental
no trabalho:
Precisamos ter coragem para tomar decisões indispensáveis e importantes para a
eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes de desagrado dos
chefes ou colegas.
Perseverança
A perseverança é a qualidade daquele que é constante, pertinaz, determinado,
firme. Quem persevera é um vencedor!
É uma qualidade muito necessária no trabalho, porque, numa empresa, estamos
sujeitos a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados,
sem prejuízo da produtividade e da qualidade do trabalho.
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A pessoa que não tem constância, não conclui
quase nada na vida e se torna insatisfeita e, quase
sempre, culpa o outro pelo seu insucesso. A
perseverança anda de mãos dadas com a coragem
e a firmeza.
Reflita sobre a sua atuação profissional e veja se
você tem sido perseverante nos seus propósitos,
contribuindo para o seu sucesso pessoal e do seu
trabalho.
Compreensão
Compreensão é o ato ou efeito de compreender. A faculdade de perceber. Um
profissional que possui a virtude da compreensão é muito bem aceito pela equipe
de trabalho, porque ele se torna acessível, de fácil diálogo, de fácil convivência.
Além disso, colabora muito para um bom resultado do seu grupo.
Humildade
Humildade é a virtude de ser modesto, respeitando o outro, acatando opiniões e
valores diversos. É reconhecer os limites, estando aberto a mudanças.
A humildade tem a ver com a responsabilidade, com a competência, com a
perseverança, com a compreensão e com a honestidade.
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É importante fazermos uma auto-análise para reconhecer as nossas limitações e,
quando necessário, buscar a colaboração de outros profissionais mais capazes. A
pessoa humilde está sempre disposta a aprender coisas novas, numa constante
busca de crescimento e aperfeiçoamento.
Mas, é importante não confundir a virtude da humildade com fraqueza,
subserviência, dependência. Quem acredita nisto, tem um conceito errôneo que
precisa ser modificado.
Imparcialidade
Imparcialidade é julgar desapaixonadamente, sem erro. É agir com retidão e
justiça, não sacrificando a sua opinião à própria conveniência, nem às de outrem.
A imparcialidade vive de mãos dadas com a justiça e a coragem. Para exprimir
um julgamento justo, precisamos ser imparciais. Logo, a justiça depende muito da
imparcialidade.
É a virtude da imparcialidade que dá ao profissional condições de:
• Combater os preconceitos.
• Questionar os mitos.
• Defender os verdadeiros valores sociais e éticos.
• Exercer o senso de justiça.
Otimismo
Uma das metas principais do ser humano é a felicidade. Uma condição para
sermos felizes é o otimismo. O que é ser otimista?
REFLEXÕES
Reflita sobre suas atitudes no trabalho e veja se você é otimista ou pessimista.
Pense positivo. Acredite nas pessoas. Tenha fé no potencial dos seus
companheiros. Tenha em mente que não existe problema sem solução. E vá em
frente.
O profissional precisa ser otimista para acreditar na capacidade de realização da
pessoa humana, para acreditar no poder do desenvolvimento, para enfrentar o
futuro com energia e bom humor.
DICAS
Para um maior aprofundamento, sugerimos que você veja a série sobre ética,
dividida em quatro temas - A Arte de Viver, A Culpa dos Reis, O Drama Burguês e
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A Ética das Aparências - produzida pela TV Cultura e O2 Filme"s, constante de
duas fitas de vídeo cassete: ÉTICA 1 e 2.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
EXEMPLO
TEORIA
Agora, vamos entrar na teoria?
O CONCEITO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Numa conceituação geral, ética profissional é um conjunto de princípios a serem
observados pelos indivíduos no exercício de sua profissão.
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O professor Oscar d'Alva, no seu livro "Ética Individual & Ética Profissional -
Princípios da Razão Feliz" (1998) afirma:
"A ética profissional pode ser compreendida como uma reflexão pessoal do
agente profissional, buscando definir diretrizes lógicas e valorativas orientadoras
de seu procedimento no trabalho." ..."O refletir ético-profissional traduz densa
complexidade e dificuldade normativa da indicação de uma moral exemplar, pois
apresenta invariavelmente como questão prática a problematização de duas
realizações felizes, a do profissional e a de seu cliente".
Laura Nasch (1993) afirma que a ética nas organizações não se caracteriza
como valores abstratos nem alheios aos que são praticados na sociedade. Ao
contrário, as pessoas que fazem parte da instituição levam para ela as mesmas
crenças e princípios que absorveram como membros da sociedade.
Elizete Passos, professora de Filosofia da Universidade Federal da Bahia, no seu
livro "Ética nas Organizações - Uma Introdução", diz que a "ética profissional
caracteriza-se por um conjunto de normas e princípios que tem por fim orientar as
relações dos profissionais com os seus pares, destes com os seus clientes, com
sua equipe de trabalho, com as instituições a que servem, dentre outros."
A ética profissional é definida por muitos autores como um conjunto de normas
de conduta que deverão ser colocadas em prática no exercício de qualquer
profissão. Seria a ação "reguladora" da ética, agindo no desempenho das
profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante, no exercício
da sua profissão.
A ética é indispensável ao profissional porque na ação humana "o fazer" e o "agir"
estão interligados.
VEJA O QUE A ÉTICA PROFISSIONAL CONTEMPLA
Ela estuda e regula o relacionamento do profissional, visando à dignidade
humana e à construção do bem-estar sócio-cultural.
Atinge todas as profissões. Quando falamos em ética profissional, estamos nos
referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada
profissão, a partir de estatutos e códigos específicos.
O FAZER E O AGIR
O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir
para exercer bem a sua profissão.
O agir refere-se à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve
assumir no desempenho da sua profissão.
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A ÉTICA PROFISSIONAL DEVE SER EM RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA
A ética profissional tem um caráter muito prático, tornando-se meramente
normativa. É por isso que nos defrontamos com códigos de ética, regras, etc,
como se a ética tivesse um fim em si mesma. Mas os códigos de ética não podem
deixar de ter um compromisso direto com a sociedade e, assim, precisam ser
meios para atingir o indivíduo, já que o princípio básico de toda ética é o respeito
à dignidade humana.
Os códigos ou normas de ética profissional seguem sempre a orientação teórica
da sociedade.
Uma forte tendência dos códigos atuais, que deve
ser perseguida, consiste em uma tentativa real de
avaliação dos profissionais, tendo em vista verificar
seus méritos e defeitos, a fim de sugerir as
alterações necessárias. A preocupação é fazer da
norma não um escudo para o profissional, mas um
instrumento para o exercício correto da profissão e
da descoberta da verdade.
Achamos que essa deve ser a orientação a ser seguida por todos os códigos de
ética profissional, para que possuam sempre um caráter verdadeiramente ético e
não um amontoado de fórmulas prontas, sem objetividade, que servem apenas
para "sacramentar" a prática exercida.
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Sobre tais temas, o profissional reflete como um pensador, como um "filósofo" da
profissão que exerce. Como podemos ver, a reflexão ética entra na moralidade
de qualquer atividade profissional humana.
A ética é inerente à vida humana. A sua importância é bastante evidenciada na
vida profissional, porque cada um tem responsabilidades individuais e
responsabilidades sociais, envolvendo pessoas que dela se beneficiam.
MUDANÇAS NOS VALORES ÉTICOS
Os valores que regulam as relações e os comportamentos, dentro de uma
organização, alteram-se, conforme as mudanças histórico-sociais. Vejamos alguns
exemplos que ilustram essa afirmação:
Podemos dizer que a sociedade atual legitimou a idéia de que, para obter êxito,
qualquer atividade profissional tem que se caracterizar pela qualidade,
transparência, honestidade e respeito ao ser humano.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE A ÉTICA INDIVIDUAL E ÉTICA PROFISSIONAL?
A ética orientadora da vida pessoal, inegavelmente, tem enorme influência na
diretriz que o indivíduo imprimirá à sua profissão. Isso porque a pessoa já chega
à universidade na fase adulta e, ao conclui-la, já é, sem dúvida, uma pessoa
amadurecida para a vida. Assim, levará consigo, valores fundamentais que se
incorporarão à sua prática profissional.
Honestidade, solidariedade, fraternidade, fidelidade, são qualidades
provenientes da experiência ética e moral já vivenciadas pelo indivíduo. Sem
nenhuma dúvida, a formação ética do ser influi, decisivamente, no seu
comportamento profissional.
50
A prática moral da profissão é responsável pelo conceito efetivo que cada
profissional inscreve na sua vida. Como a vida pessoal, a vida profissional contém
realizações felizes e profundas gratificações, assim como, contradições, conflitos,
desgastes e decepções.
Da mesma forma que os bons exemplos profissionais são exaltados, as
sociedades registram, também, sua aversão às práticas desonestas e antiéticas.
A propósito dessa afirmação, veja de onde veio a palavra larápio que significa, na
língua portuguesa, a pessoa que não cultiva a honestidade. Pois bem, existiu um
juiz romano chamado Lucius Antonius Rufus Apius tristemente conhecido por
suas falcatruas. Esse discutido magistrado assinava suas sentenças com as
iniciais L.A.R.Apius. Veja que ironia! O seu mau proceder emprestou seu nome
ao tal adjetivo.
51
Tema - Código de Ética Profissional
Assunto - Código de Ética Profissional do Servidor Público
Unidade - Regras Deontológicas
TEORIA
Com base em tudo que você estudou, até agora, podemos concluir que a ética
não pode ser reduzida a proibições, censuras, obediência à lei. A ética deve ser
considerada como um caminho capaz de proporcionar aos indivíduos condições
52
de escolha de forma livre, consciente e responsável e, para atingir esse objetivo, a
informação é fundamental. Por isso, foi elaborado o Código de Ética Profissional
do Servidor Público.
Como foi criado o código de ética profissional do servidor público
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal foi aprovado em
1994, numa época de grandes conturbações políticas no Brasil, quando a conduta
ética do serviço público estava sendo fortemente questionada pela população.
Foi criado com muitas finalidades, destacando-se a
de demonstrar para a população externa (usuários)
e interna (servidores) as atitudes morais
consideradas adequadas e inadequadas. Isso
facilitaria a tomada imediata de decisões e impediria
ou diminuiria a perda de funcionários competentes,
entre outras coisas.
COMO É O CÓDIGO?
Estrutura do Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal:
CAPÍTULO I
Seção I - Das Regras Deontológicas - Artigos de I a XIII
Seção II - Dos Principais Deveres do Servidor Público - Artigo XIV, itens a a v.
Seção III - Das Vedações ao Servidor Público - Artigo XV, itens a a p.
CAPÍTULO II - Das Comissões de Ética - Artigos XVI a XXV.
AS REGRAS DEONTOLÓGICAS
Vamos, então, às Regras Deontológicas.
Deontológica vem de deontologia. Você sabe o que é isso? Para entender o
significado de uma palavra, é importante conhecer a sua origem. O prefixo desta
palavra - deontos - vem do grego e significa obrigação, necessidade. Assim, as
Regras Deontológicas do Código de Ética Profissional do Servidor Público
Federal dizem respeito às suas obrigações.
O artigo I (transcrito abaixo) das Regras Deontológicas inicia afirmando que os
funcionários em geral devem agir com dignidade, decoro, zelo e eficácia,
mostrando, assim, a intenção de preservar a honra e a tradição do serviço público,
revelando o compromisso que precisa ter com quem o paga e precisa dele.
53
artigo I
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais
são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do
cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio
poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
ESTUDO DE CASO
54
TEORIA
O QUE O SERVIDOR PRECISA SABER?
No artigo II (abaixo), é demonstrado que o servidor
público não basta saber o que é legal ou ilegal, mas
o que é justo ou injusto, honesto ou desonesto.
Isto é necessário porque a moral e o direito não
são a mesma coisa, embora ambos procurem
regulamentar a conduta e as relações das pessoas.
O direito se impõe pela exigência do cumprimento
das leis. A moral requer a identificação da pessoa
com as normas. Estas somente serão cumpridas se
internalizadas pelo indivíduo.
artigo II
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no
art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
artigo III
CAPÍTULO I
55
Seção I
Das Regras Deontológicas
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e
o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
artigo IV
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como
contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
conseqüência em fator de legalidade.
Você concorda que o trabalho é fundamental na sua vida? Você já refletiu sobre o
tempo que você passa no trabalho? Pense nessa questão.
O Código, no artigo V, refere-se ao trabalho do servidor, considerando-o como
seu maior patrimônio e chamando atenção de que deve ser um acréscimo ao seu
bem-estar.
artigo V
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
56
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu
maior patrimônio.
artigo VI
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
Não esconda o que precisa e deve ser divulgado. Mas, saiba distinguir o que é
segredo. É antiético esconder informações importantes do interesse de todos.
O artigo VII (abaixo) chama atenção para a necessidade de divulgação de
qualquer ato administrativo, excetuando-se os de caráter sigiloso, afirmando que
a publicidade constitui um requisito de eficácia e moralidade.
artigo VII
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
57
O DIREITO À VERDADE
O crescimento pessoal e de uma nação só serão possíveis com a prática da
transparência. A corrupção, o hábito do erro, da opressão ou da mentira
aniquilam a dignidade humana e impedem o crescimento do país.
É por isso que, no artigo VIII (abaixo), o código fala do direito à verdade que
toda pessoa tem. A omissão da verdade não deve ser praticada nem que contrarie
os interesses da pessoa envolvida e os da Administração Pública.
artigo VIII
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o
poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
58
desrespeitar os seus usuários e, também, os que despenderam seus esforços na
sua construção.
artigo IX
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público
caracterizam o esforço pela disciplina.
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem
pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade,
não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,
mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
artigo X
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete
ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas
atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano
moral aos usuários dos serviços públicos.
O artigo XI (abaixo) fala da conduta negligente que deve ser evitada, não
acumulando erros e orienta, também, que o servidor deve acatar as ordens
superiores.
artigo XI
CAPÍTULO I
59
Seção I
Das Regras Deontológicas
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a
conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-
se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no
desempenho da função pública.
artigo XII
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.
artigo XIII
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
60
XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,
respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber
colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o
crescimento e o engrandecimento da Nação.
Não esqueça que a sua identificação com a instituição onde você trabalha e o
respeito às suas normas são fatores imprescindíveis ao seu crescimento e
desenvolvimento.
Observe que não queremos dizer obediência cega aos superiores, mas respeito,
atitude profissional de quem tem a autonomia de expor suas idéias e dar
sugestões para o bem da organização.
Lembre-se, também, de que o silêncio oficial causa mais prejuízos que o
enfrentamento ético, pois dá lugar à fofoca, à falta de cooperação e ao
desinteresse.
Por fim, tenhamos em mente que a postura ética é uma necessidade e a sua
ausência tem gerado proibições e penalidades.
DICAS
Para um maior aprofundamento, consulte as Regras Deontológicas do Código
de Ética Profissional do Servidor Público - CEPSP, Capítulo I, Artigos I a XIII,
disponíveis na midiateca.
61
Tema - Código de Ética Profissional
Assunto - Código de Ética Profissional do Servidor Público
Unidade - Principais Deveres do Servidor Público
Como você já viu antes, o que diferencia o homem - ser consciente, racional - do
animal irracional são as obrigações, os deveres que precisa ter como indivíduo
integrante de uma família, de uma comunidade e da sociedade em geral.
Precisamos ter deveres e obrigações a começar da nossa casa. Você já pensou
como seria a vida numa cidade sem regras, em que todo mundo fizesse o que
bem quisesse? Com certeza, seria impraticável, não é? Reflita um pouco sobre
isso.
TEORIA
Baseando-se na premissa de que o ser humano precisa obedecer a determinadas
regras de conduta, de bem viver, para poder ser aceito na sociedade, no seu
ambiente de trabalho e, assim, ser feliz, é que o código de ética prevê os
principais deveres do servidor público.
Esses DEVERES são enfocados no artigo XIV, itens de a (transcrito abaixo) até
v, Seção II, Capítulo I, do Código de Ética Profissional do Servidor Público.
O primeiro dever enfocado é a obrigação do servidor de desempenhar a tempo as
suas atribuições. É claro que toda tarefa requer conhecimento, experiência e um
tempo para ser realizada. O nosso bom senso deve ditar o tempo ótimo para sua
execução. Nem excesso de velocidade, nem demasiada lentidão.
itens de a
TEORIA
Logo em seguida, nos itens b e c (abaixo), afirma
que as atividades devem ser exercidas com rapidez,
perfeição e rendimento, preocupando-se com os
atrasos que possam prejudicar os clientes.
Continua orientando o servidor a demonstrar toda a
integridade do seu caráter, sendo honesto,
honrado, reto, leal e justo, priorizando sempre o
bem comum.
itens b e c
62
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou
procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente
diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços
pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao
usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;
O código demonstra que o bom é o que é útil e vantajoso para o maior número de
pessoas, afirmando que o serviço público não deve atender a interesses
particulares em detrimento do bem comum, principalmente, quando se tratar de
situações ilícitas. Recomenda, assim, que até a hierarquia estabelecida deve ser
enfrentada na defesa da ética e da moral.
Resumindo, nos seus três primeiros itens, o Código orienta:
• Execute suas atribuições a tempo;
• Aja com rapidez, perfeição e rendimento;
• Considere o bem comum, sendo honesto, reto, leal e justo.
TEORIA
A ADMINISTRAÇÃO DO DINHEIRO PÚBLICO
Precisamos de nos conscientizar de que as conseqüências da má administração
do dinheiro público recaem sobre nós usuários, principalmente, recebendo
serviços de má qualidade. Faltando dinheiro, falta pessoal, remunera-se mal,
faltam recursos materiais. Os servidores ficam insatisfeitos e os clientes também.
É neste sentido que o Código sugere que as
prestações de contas, quando do uso do dinheiro,
sejam feitas sem atrasos, ressaltando que isso é
uma condição imperiosa à boa gestão da
organização.
Todas as vezes em que você usar dinheiro da sua organização, mantenha as suas
prestações de conta atualizadas.
A comunicação, também, é fundamental. Como dizia o Velho Guerreiro Chacrinha,
"quem não se comunica se trumbica". Por isso é que o item e preocupou-se
com o aperfeiçoamento das relações com o público, com a habilidade no trato,
com a clareza. Seja claro e objetivo, falando sem rodeios.
63
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
Por isso, o código afirma que é um dever do servidor tratar as pessoas com
urbanidade, respeitando suas idéias, seus credos, sua condição social, sua cor,
sua raça, preocupando-se sempre em não lhes causar danos morais.
O servidor deve, também, respeitar os seus superiores hierárquicos, tendo, porém,
o discernimento de que não deve temê-los a ponto de acatar orientações
inadequadas.
Neste sentido, recomenda, também, que o servidor deve resistir e denunciar
toda e qualquer pressão que vise à prática de atos imorais, ilegais ou antiéticos.
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i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou aéticas e denunciálas;
TEORIA
GREVE
O maior bem que possuímos é a vida. Então, devemos fazer tudo em defesa em
nossa segurança e da preservação da nossa integridade física. No exercício do
direito de greve, é um dever zelar pelas exigências específicas em prol da vida e
da segurança coletiva.
Procure conscientizar-se da importância da sua
presença no trabalho e das conseqüências que
sua ausência pode provocar. Não falte por qualquer
motivo. A sua presença é muito importante.
Não omita dos seus superiores qualquer ocorrência
que vá de encontro ao interesse da coletividade.
Se necessário, sugira soluções e reivindique
providências.
65
VESTUÁRIO
A roupa que você veste diz muito do seu jeito de ser, da sua personalidade. Há
um velho ditado que diz que "o hábito faz o monge". No trabalho, você deve usar
roupas adequadas ao exercício da sua função. Use o seu bom senso e tente
conhecer algumas regras simples de etiqueta social.
CONHEÇA SUAS ATRIBUIÇÕES
Para você desempenhar as suas funções satisfatoriamente, é necessário que
conheça bem as instruções, normas e procedimentos norteadores das suas
atribuições. Não espere que cheguem espontaneamente às suas mãos; procure
informar-se de onde e como encontrá-los. Caso sinta alguma dificuldade, quanto
ao entendimento ou interpretação das suas funções, tire a dúvida com o seu
superior hierárquico.
Ao mesmo tempo, procure cumprir as instruções e mantenha os manuais e
diretrizes da instituição em local acessível, consultando-os sempre que for
necessário.
TEORIA
FISCALIZAÇÃO
Os procedimentos das diversas instituições estão sujeitos à fiscalização de
órgãos do poder concedente, como uma forma de assegurar à coletividade a
prestação de bons serviços e o atendimento às suas necessidades. Portanto, é
um dever do servidor facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços que estão
sob sua responsabilidade. Não dificulte o trabalho dos fiscais. Coopere, consciente
de que a correção das eventuais falhas que eles apontarem beneficia a todos.
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CONSCIÊNCIA DOS DEVERES
Não utilize indevidamente as vantagens que o seu
cargo lhe oferece. Quem age assim, atua contra os
interesses do bem comum, da coletividade.
DICAS
Lembre-se que utilizar a sua função, ou sua autoridade, para violar a lei, ou para
obter benefícios pessoais, é crime.
CÓDIGO DE ÉTICA
A divulgação e o cumprimento deste código resulta na efetiva melhoria da
qualidade do serviço público.
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Tema - Código de Ética Profissional
Assunto - Código de Ética Profissional do Servidor Público
Unidade - Vedações ao Serviço Público
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TEORIA
Agora, vamos começar o estudo teórico da unidade?
A seção III, artigo XV, item a (abaixo), do código inicia com a proibição do uso do
cargo ou função com a intenção de obter favores para si ou para outros.
TEORIA
DIFAMAÇÃO E CALÚNIA
O item seguinte, letra b, trata da proibição de denegrir a imagem do outro, seja
subordinado, colega ou um terceiro. É por isso que, antes de falar qualquer coisa,
devemos analisar se é conveniente ou adequado. É o caso de se fazer a reflexão
orientada pelo filósofo Sócrates: Convém falar isso? Resolve alguma coisa? Ajuda
a comunidade? Pode melhorar o planeta?
69
Consulte os itens b e c (abaixo), do artigo XV, do Código de Ética Profissional
do Servidor Público.
Uma outra proibição, no item d (abaixo), é usar recursos engenhosos para atrasar
ou impedir a solução de questões de interesse e direito de uma pessoa,
prejudicando-a. Este ato, além de desumano, é desonesto e antiético. Antes de
agir, uma boa dica é colocar-se no lugar do outro e refletir.
TEORIA
EVOLUIR COM A TECNOLOGIA
No item e (abaixo), o código diz ser vedado ao
servidor deixar de utilizar os avanços técnicos e
científicos, que estão ao seu alcance para
desempenhar suas atribuições da melhor forma.
Como já foi dito, o conhecimento está se
desenvolvendo numa velocidade surpreendente.
Então, você precisa estar atento ao novo,
procurando pesquisar e se informar sobre o que está
acontecendo no mundo com relação ao seu
trabalho. Se você não se abrir para aprender, ficará
para trás, tornando-se um profissional obsoleto.
Sabemos que não é fácil proceder sempre com imparcialidade. Nossas atitudes
são muito influenciadas por simpatias, antipatias, paixões e interesses. Na maioria
das vezes, não percebemos que estamos agindo assim. Entretanto, a proibição de
agir assim está no item f (abaixo).
70
TEORIA
SUBORNO É CRIME
Não devemos receber qualquer tipo de "presente"
para apressar a conclusão de um trabalho, como a
emissão de uma certidão, por exemplo. Receber
vantagens financeiras ou materiais para a execução
da sua obrigação é profundamente antiético e
proibido, conforme afirma o item g.
A alteração do conteúdo de documentos para beneficiar ou prejudicar alguém é
outra proibição tratada, em seguida, no item h, é. Nunca faça isso, por mais
tentado que seja, pois, além de antiético, poderá trazer sérias conseqüências
para a organização e para você.
Consulte os itens f, g e h (abaixo), do artigo XV, do Código de Ética Profissional do
Servidor Público.
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Lembre-se de que os bens públicos não são pessoais. Então, não retire livros,
documentos, levando-os para sua casa, sem a devida autorização. Também é
proibido se beneficiar com o uso de informações que você tem o privilégio de
conhecer.
Consulte os itens i, j e l (abaixo), do artigo XV, do Código de Ética Profissional
do Servidor Público.
TEORIA
PROIBIDO O USO DE BEBIDA ALCOÓLICA NO TRABALHO
Nunca compareça ao trabalho, após ingerir bebida
alcoólica a ponto de ficar embriagado. Se um
servidor comete esse deslize, pode ser penalizado
com base na lei. Se alguém faz o uso habitual de
bebidas, deve procurar tratamento médico, pois, do
contrário, poderá enfrentar graves conseqüências,
com reflexos danosos para si e para sua família. A
proibição de embriaguez durante o exercício
profissional está no item n.
Não participe de movimentos ou organizações que atentem contra a moral, a
honestidade ou a dignidade da pessoa humana. O seu comportamento fora do
trabalho afeta a sua reputação na instituição onde você presta serviço.
Consulte os itens m, n, o e p (abaixo), do artigo XV, do Código de Ética
Profissional do Servidor Público.
72
Tema - Código de Ética Profissional
Assunto - Código de Ética Profissional do Servidor Público
Unidade - Comissões de Ética
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TEORIA
A finalidade das comissões de ética é orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor no tratamento com as pessoas e com o patrimônio
público.
Deverá ser composta por três
servidores públicos e respectivos
suplentes, podendo instaurar, de
ofício, processo sobre ato, fato ou
conduta que necessitem de
investigação.
Consulte os artigos XVI e XVII
(transcritos abaixo) do Capitulo II, do
Código de Ética Profissional do
Servidor Público.
74
TEORIA
Se for necessário examinar uma conduta grave, a
Comissão de Ética poderá encaminhar a decisão e
o respectivo expediente para a Comissão
Permanente de Processo Disciplinar do órgão
onde o servidor é lotado.
Consulte os artigos XVIII, XIX e XX (abaixo) do
Capitulo II, do Código de Ética Profissional do
Servidor Público.
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TEORIA
O que é servidor público para a Comissão de Ética? É todo aquele que, por força
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, presta serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, a qualquer órgão do poder estatal, ainda que sem
retribuição financeira.
Qualquer pessoa que tomar posse ou for investida de função pública deverá
prestar um compromisso solene de acatamento e observância das orientações
estabelecidas no Código de Ética e de todos os princípios éticos e morais
legitimados pela tradição e bom costume.
Procure conhecer, comentar e divulgar o Código de Ética. É importante para a sua
vida e para a sua carreira profissional.
Consulte os artigos XXI, XXII, XXIII, XXIV e XXV (abaixo) do Capitulo II, do Código
de Ética Profissional do Servidor Público.
XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato
submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e,
com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas no próprio órgão, bem
como remetidas às demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da
consciência ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o
expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração Federal da
Presidência da República.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e
sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.
XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da
falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a
falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e
aos princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões;
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor
público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem
retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver
de tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a
respectiva Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e
observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os
princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes.
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