Cristianismo e Capitalismo
Cristianismo e Capitalismo
Cristianismo e Capitalismo
capitalismo
R. J. Rushdoony
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora
Monergismo
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Brasília, DF, Brasil ─ CEP 70.842-970
Sítio: www.editoramonergismo.com.br 1ª edição, 2016
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS, SALVO EM BREVES
CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.
Todas as citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida
Revista e Atualizada (ARA) salvo indicação em contrário.
Sumário
Cristianismo e capitalismo
Recompensas e castigos
Liberdade sob Deus
A riqueza é algo moral?
Capitalização é o produto de trabalho e parcimônia
Socialismo e inflação descapitalizam uma economia
Ame teu próximo – o que isso significa?
Apêndice 1: Como ser um socialista sem o saber
Apêndice 2: Deus e impostos
Apêndice 3: A Bíblia e propriedade
Apêndice 4: Propriedade e família
Apêndice 5: O imposto de Deus
Apêndice 6: Os dez fundamentos do estatismo moderno
Apêndice 7: Um manifesto cristão
Cristianismo e capitalismo[1]
Recompensas e castigos
Uma opinião comum em anos recentes sustenta que
recompensas e castigos representam um meio
prejudicial de lidar com crianças ou adultos. Somos
informados que recompensas produzem motivos
errados naqueles que ganham e que são traumáticas
para aqueles que perdem. É dito também que o
castigo é meramente uma vingança. Sob essas
premissas, alguns educadores têm eliminado a
atribuição de notas, bem como outras formas de
recompensa e castigo. Esse ódio por recompensa e
castigo é uma forma de ataque sobre os conceitos
inter-relacionados de competição e disciplina. Quer
na esfera espiritual, com respeito ao céu, ou no
mundo acadêmico por notas, ou no mundo dos
negócios por lucros, castigos e recompensas (ou
penalidades) motivam as pessoas (Sl 19.11; 58.11;
91.8; Mt 5.11; etc.). Essa motivação leva à
competição, e a competição requer disciplina,
autodisciplina, disciplina sob a lei civil e criminal, e
disciplina sob Deus (Hb 12.1-11). E um resultado da
competição honesta é o caráter.
Mas, algumas pessoas objetam, por que não
por cooperação? Não é a cooperação um método
superior à competição? Mas, como declarado por
Campbell, Potter e Adam em Economics and
Freedom [Economia e liberdade], “num mercado
livre, a cooperação voluntária e a competição são
nomes para o mesmo conceito econômico”.
Historicamente, a competição do mercado livre tem
sido apenas possível onde uma cultura comum e
uma fé comum levam indivíduos a cooperarem uns
com os outros. Os homens competem por
cooperação na confiança que outros respeitem a
qualidade, e eles constantemente melhoram seus
produtos e serviços para conseguir essa cooperação.
A cooperação morre se a competição morrer, pois
então a “tração”, compulsão e a força substituem as
atividades livres e cooperativas do mercado.
Fundamentalmente, recompensas e castigos
pressupõem duas coisas. Primeiro, pressupõem
Deus, que estabeleceu certos retornos na forma de
recompensas e penalidades na própria natureza do
universo, bem como em sua lei moral (Ex 20.5, 6;
Jd 5.20). Assim, qualquer ataque sobre a ideia de
recompensas e castigos é um ataque sobre a ordem
de Deus. Segundo, recompensas e castigos
pressupõem liberdade como básica para a condição
do homem. O homem é livre para se esforçar,
competir, trabalhar por recompensas e sofrer
penalidades. Dessa forma, qualquer ataque sobre
esses conceitos é também um ataque sobre a
liberdade; é uma insistência que nivelar a igualdade
com total controle é uma condição melhor para o
homem do que a liberdade é ou possa ser. S. Paulo
declarou, “onde está o Espírito do Senhor, aí há
liberdade” (2Co 3.17). Deus e liberdade são
inseparáveis. E a liberdade pressupõe e requer a
atividade livre; ela tem seu esforço, suas
recompensas e castigos, seu céu e inferno, seu êxito
e fracasso. Essas são as condições necessárias da
liberdade. A alternativa é a escravidão. A escravidão
oferece uma forma muito real de segurança, mas
isso o faz também a morte e um cemitério (Dt
30.15-20). Respeitar recompensas e castigos,
competição e disciplina, é respeitar a própria vida, e
valorizar o caráter e a autodisciplina. Isso significa,
simplesmente, escolher a vida: “escolhe pois a vida,
para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30.19).
Liberdade sob Deus
Um dos grandes fundadores do sistema americano
foi o rev. John Cotton (1584-1658), que tornou
básica para o governo colonial a premissa que a lei e
ordem piedosa significam poder limitado e
liberdade limitada. Nem o homem, nem o seu
governo civil têm o direito moral ao poder ilimitado
ou à liberdade ilimitada. Em todos os tempos deve
haver poder e liberdade sob a lei, e, ultimamente,
sob Deus (Dt 17.14-20; Pv 8.15, 16; 1Rs 2.1-4,
etc.).
Mas hoje temos exigências para tanto poder
como liberdade ilimitada, que são ideias mutuamente
contraditórias. Temos também a crescente afirmação
que a liberdade não é sob a lei e sob Deus, mas fora
da lei. Há aqueles que creem que podem ser livres
somente negando as afirmações de todas as leis e
afirmando que os verdadeiros direitos e a verdadeira
liberdade significam uma liberdade da lei.
A fé bíblica e essa lei verdadeira é um dom de
Deus e o fundamento da liberdade do homem (Dt
16.20). A lei é a condição da vida do homem: assim
como o homem fisicamente respira o ar para viver,
assim social e pessoalmente seu meio-ambiente de
vida é a lei, a qual a graça de Deus o capacita a ter e
guardar (Sl 119; Pv 6.23). O homem não pode viver
sem lei, assim como não pode viver sem comer. O
propósito da lei de Deus é a vida; como Moisés
declarou, “o SENHOR nos ordenou que cumpríssemos
todos estes estatutos… para nos guardar em vida”
(Dt 6.24). O homem foi criado e é salvo por Deus
para viver pela lei, pois sua disciplina é “o caminho
da vida” (Pv 6.23).
Aqui temos a grande divisão. Os americanos,
educados durante algumas gerações na perspectiva
bíblica, têm visto a liberdade como vida sob a lei de
Deus, mas muitos hoje estão afirmando que a
liberdade é escapar da lei.
As alternativas à liberdade sob Deus,
liberdade sob a lei, foram declaradas claramente por
Karl Marx. Elas são duplas. Primeiro, alguém pode
ter anarquia, todo homem uma lei para si mesmo,
com nenhuma lei, e uma “liberdade” total de
qualquer responsabilidade para com alguém.
Segundo, alguém pode trocar Deus pelo Estado, e a
lei total do Estado substitui a lei de Deus. A
liberdade então desaparece e o Estatismo ou
comunismo total para o “bem-estar” do homem
toma lugar. Isso é uma negação da liberdade como
um ideal “burguês”, e uma substituição da liberdade
pelo bem-estar planejado pelo Estado como a
verdadeira felicidade do homem.
Toda tentativa, portanto, de remover essa
república do “sob Deus” significa que o anarquismo
ou comunismo será certamente o resultado, quer
planejado ou não por aqueles que atacam o lugar de
Deus na vida americana. Essa é uma alternativa
inescapável.
Para restaurar a verdadeira liberdade,
devemos restaurar a verdadeira lei (Is 8.20). A Bíblia
fala da “lei perfeita da liberdade” (Tg 1.25; 2.12),
pois ela vê a lei de Deus como a própria fonte e
fundamento da liberdade do homem. Devemos
abandonar a ideia perigosa que liberdade significa
um escape da lei: isso pode ser verdade somente se
o escape for do comunismo, que não é lei
verdadeira, mas sim tirania. A palavra tirania vem
de uma antiga palavra grega com um significado
simples: significa governo secular ou humano no
lugar da lei, no lugar da verdadeira liberdade sob
Deus. O sistema americano não é anarquia nem
tirania, mas liberdade sob Deus.
A riqueza é algo moral?
Muitos escritores atuais inferem que Jesus e a Bíblia
falam contra a riqueza como algo imoral. É verdade
que a Parábola do Homem Rico (Lc 16.19-31) nos
mostra o homem rico no inferno e o pobre Lázaro
no céu, mas a condenação do homem injusto vem
do rico Abraão no céu. Novamente, embora Jesus
tenha dito, “é mais fácil passar um camelo pelo
fundo de uma agulha, do que entrar um rico no
reino de Deus” (Mc 10.25; Mt 19.24), o mesmo
capítulo deixa claro que Jesus quis dizer que
nenhum homem, rico ou pobre, pode salvar a si
mesmo: “Aos homens é isso impossível, mas a Deus
tudo é possível” (Mt 19.26). Em outras palavras, a
salvação não é um trabalho “faça você mesmo” para
ninguém, rico ou pobre; é obra e dom de Deus.
Muitos homens e mulheres ricas estavam entre os
salvos que tinham um relacionamento próximo de
Jesus (Lc 8.2-3; 19.1-19; 23.50-53).
A Bíblia condena a riqueza ganha de maneira
fraudulenta, mas declara que a riqueza honesta é
uma bênção. Primeiro, portanto, a riqueza honesta
deve ser desejada como uma bênção de Deus. “A
bênção do SENHOR é que enriquece [i.e., rico
materialmente]; e não traz consigo dores” (Pv
10.22). A posse de riqueza é legal e protegida nos
Dez Mandamentos por dois mandamentos: “Não
furtarás” e “Não cobiçarás” (Ex 20.15, 17; Dt 5.19,
21). Jesus confirmou isso e assumiu a legalidade da
riqueza como um princípio piedoso (Mt 25.14-30;
Lc 19.12-27; 16.1-8). Jesus deixou claro que a
riqueza moralmente adquirida é uma bênção de e
sob Deus: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”
(Mt 6.32s.; Lc 12.30s.), e não há nada errado em
desejá-la, se andamos em termos da prioridade da fé
em, e obediência a, Deus.
Segundo, a riqueza é moralmente boa, mas é
um bem subordinado, um meio para uma vida
melhor, e não um fim em si mesmo. E ela é muito
incerta para ser o objetivo da vida (Mt 6.19s.), e a
riqueza pode co-existir com a pobreza de alma (Lc
12.16-21;14:18s.; Mt 22.6s). Assim, a riqueza tem
perigos morais quando ela se torna primária, e não
secundária na vida de um homem. Não é o dinheiro
que é a raiz de todos os males, mas “o amor ao
dinheiro”, e a cobiça por dinheiro com esse amor
pervertido é citado como pecado por Paulo (1Tm
6.10). Os socialistas podem ser tão culpados de
“amor ao dinheiro” como qualquer outra pessoa.
Dessa forma, riqueza e prosperidade podem ser
perigosas, se os homens fazem dela o objetivo da
vida, se eles as idolatram.
O mal, então, não está na riqueza como tal,
mas no coração dos homens, e falar de riqueza
como imoral é uma lógica falsa, uma insistência que
as coisas são imorais, e não o homem. Mas, como
Paulo escreveu a Tito: “Todas as coisas são puras
para os puros, mas nada é puro para os
contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e
consciência estão contaminados” (Tt 1.15). Dessa
forma, embora homens imorais possam adquirir e
usar erroneamente riquezas, é o seu coração e ações
que são imorais, e não a riqueza em si. Em seu lugar
devido, portanto, a riqueza não é somente moral,
mas também bendita, e pode ser honestamente
desejada, adquirida e mantida, e é um benefício para
toda a sociedade.
Capitalização é o produto de trabalho e
parcimônia
Capitalização é o produto do trabalho e parcimônia,
a acumulação de riqueza e o uso sábio da riqueza
acumulada.
Essa riqueza acumulada é investida em efeito
no progresso, pois é tornada disponível para o
desenvolvimento dos recursos naturais e a
comercialização de mercadorias e produtos.
A parcimônia que leva à economia ou
acúmulo de riqueza, à capitalização, é um produto
do caráter (Pv 6.6-15).
A capitalização foi um produto em cada
período da disposição Puritana, da atitude de abrir
mão de prazeres presentes para acumular certa
riqueza para propósitos futuros (Pv 14.23). Sem
caráter, não há capitalização, mas sim
descapitalização, a exaustão contínua da riqueza.
Como resultado, o capitalismo é
supremamente um produto do cristianismo e, em
particular, do puritanismo que, mais que qualquer
outra fé, tem promovido a capitalização.
Isso significa que antes que a descapitalização,
quer na forma de socialismo ou inflação, possa
ocorrer, deve haver um colapso da fé e do caráter.
Antes dos Estados Unidos começar seu percurso no
socialismo e na inflação, ele teve que abandonar sua
posição cristã. O povo passou a ver mais vantagem
em gastar capital do que em acumulá-lo, em
desfrutar prazeres superficiais do que viver em
termos dos prazeres duradouros da família, fé e
caráter.
Quando o socialismo e a inflação saem a
caminho, tendo começado no declínio da fé e do
caráter, eles veem como seu inimigo comum
precisamente aquelas pessoas que ainda têm fé e
caráter.
Como haveremos de nos defender? E como
podemos ter um retorno ao capitalismo? O
capitalismo revive somente se a capitalização reviver,
e a capitalização depende, em sua forma melhor e
mais clara, daquele caráter produzido pelo
Cristianismo bíblico.
Isso é escrito por alguém que crê
intensamente no cristianismo ortodoxo e em nossa
liberdade e herança cristã histórica. É meu propósito
promover aquela capitalização básica da sociedade,
da qual tudo o mais flui, o capital espiritual. Com o
capital espiritual de uma fé bíblica e centrada em
Deus, nunca podemos nos tornar espiritual e
materialmente falidos (Pv 10.16).
Socialismo e inflação descapitalizam uma
economia
Descapitalização significa a destruição progressiva
de capital, de forma que uma sociedade tem
progressivamente menos habilidade produtiva.
Descapitalização é a dissipação da riqueza
acumulada (Pv 14.23).
Capitalização é o acúmulo de riqueza por
meio do trabalho e parcimônia. Uma economia livre,
o capitalismo, é uma impossibilidade sem
capitalização (Pv 10.16).
Alguns dos países agrícolas potencialmente
mais ricos são importadores de produtos agrícolas,
tais como a Venezuela e o Chile. As áreas de pesca
da Costa Pacífica da América do Sul são algumas
das mais ricas conhecidas no mundo, ricas o
suficiente para alimentar os países daquela área:
Pescadores chilenos não conseguem
comercializar peixe apropriadamente, e
atiram quantidades incríveis de peixes
capturados no mar, pois não tem
armazenamento nem transporte suficiente
para levar os peixes aos mercados. Assim,
não existe uma falta de trabalho nem uma
falta de mercado para os peixes, mas a
capitalização necessária para fornecer as
facilidades de reunir trabalho, produto e
mercado onde isso está faltando.
Muito do mundo está na mesma situação
difícil: tem o trabalho, os recursos naturais, e o
comércio faminto por seus produtos, mas carece do
capital necessário para fazer o fluxo das mercadorias
possível. O socialismo tenta resolver este problema,
mas somente o agrava, pois aumenta a pobreza de
todos interessados. O socialismo e a inflação
realizam o mesmo propósito: eles descapitalizam
uma economia.
A inflação acontece quando as pessoas têm
latrocínio em seu coração, e o mesmo é verdade do
socialismo. O socialismo é latrocínio organizado;
como a inflação, ele toma de quem tem e dá a quem
não tem. Ao destruir o capital, ele destrói o
progresso e empurra a sociedade ao desastre.
À medida que os produtos da capitalização
começam a se esgotar, não existe novo capital para
substituí-los, e o Estado não tem capital próprio: ele
somente empobrece o povo mais e, portanto, a si
mesmo, tentando criar capital por cobrança de
impostos.
Todo Estado socialista se descapitaliza
progressivamente.
Ame teu próximo – o que isso significa?
Um versículo bíblico familiar é frequentemente
usado por muitos para justificar o socialismo e
atacar a defesa da propriedade como “egoísmo”.
Mas o mandamento, “amarás o teu próximo como a
ti mesmo”, exige compartilhar a riqueza, para
programas de bem-estar, e para uma unidade
mundial?
As principais passagens bíblicas explicando
esse versículo são Levítico 19.15-18, 33-37; Mateus
19.18, 19; 22.34-40; e Romanos 13.8-10. O que
elas nos dizem?
Primeiro, quem é o meu próximo? Em
Levítico 19.33-37, Moisés deixa claro que nosso
próximo significa qualquer um e todos com quem
nos associamos, incluindo nosso inimigo; e Jesus
enfatizou isso na parábola do Bom Samaritano (Lc
10.29-37), citando a misericórdia do samaritano
para com um inimigo, um judeu.
Segundo, o que a Bíblia quer dizer por amor?
A palavra amor hoje é um termo que diz respeito a
sentimento, um sentimento que é mais forte que os
“laços” da lei. A palavra bíblica amor “é o
cumprimento da lei” (Rm 13.10). Além do mais,
amor tem referência primariamente ao cumprimento
da lei de Deus; ele se relaciona à justiça na Bíblia, e
se refere à lei de Deus e ao tribunal da lei de Deus.
O homem moderno que quebra as leis sexuais ou de
propriedade em nome do amor está, dessa forma,
carente de amor da perspectiva bíblica, pois amor “é
o cumprimento da lei”.
Terceiro, quais leis estão envolvidas no amor
para com o nosso próximo? De acordo com Jesus
(Mt 19.18-19), e novamente enfatizado por Paulo
(Rm 13.8-10), amar o nosso próximo significa
guardar a segunda tábua dos Dez Mandamentos na
relação para com ele. Isso significa “não matarás”,
ou não tomar a lei em nossas próprias mãos, que
você deve respeitar o direito à vida dado por Deus
ao seu próximo. “Não adulterarás”, significa que
você deve respeitar a santidade do lar e da família
do nosso próximo. “Não furtarás”, significa que
devemos respeitar o direito à propriedade dado por
Deus ao nosso próximo (ou inimigo). “Não
levantarás falso testemunho” significa que devemos
respeitar sua reputação. E “não cobiçarás requer
uma obediência a essas leis em pensamento bem
como em palavras e atos.
Dessa forma, “amarás o teu próximo como a
ti mesmo” é a base da verdadeira liberdade civil no
mundo ocidental. Ele requer que nós respeitemos
em todos os homens e em nós mesmos os direitos à
vida, ao lar, à prosperidade e à reputação, em
palavra, pensamento e ação. A palavra bíblica amor
não tem nada a ver com amor erótico, que é anti-lei.
O amor bíblico “é o cumprimento da lei” em relação
a todos os homens. Ele não pede para que gostemos
de todos os homens, ou que os introduzamos em
nossas famílias e círculos, nem que compartilhemos
nossas riquezas com eles. A Bíblia simplesmente diz:
ame o amigo, o inimigo e a si mesmo, ao respeitar e
defender esses direitos dados por Deus à vida, lar,
propriedade e reputação para todos. Os
“humanitaristas” modernos são, dessa forma,
frequentemente culpados de violar a lei de Deus em
nome de um amor anarquista. O amor bíblico
guarda a lei.
Apêndice 1: Como ser um socialista sem o
saber[2]