Apostila de Producao Perfeita PDF
Apostila de Producao Perfeita PDF
Apostila de Producao Perfeita PDF
Caderno de Administração de
Operações e Produção I
Capítulo 1 - AS ORGANIZAÇÕES
As organizações são instituições que compõem a sociedade moderna. Elas podem ser:
organizações lucrativas (as empresas) ou organizações não lucrativas (exército, igreja, os
serviços públicos, as entidades filantrópicas, etc).
Qualquer organização é composta de: duas ou mais pessoas, que interagem entre si,
através de relações recíprocas, para atingir objetivos comuns.
As Empresas
Uma das invenções mais complexa e maravilhosa.
Cada empresa constitui uma criação particular, pois tem as suas próprias
características, seus recursos, seus objetivos, etc.
As empresas não são autônomas nem auto-suficientes. Elas precisam ser
administradas por pessoas qualificadas.
São orientadas para o lucro: Lucro (retorno financeiro que excede o custo).
As empresas assumem riscos: Os riscos envolvem tempo, dinheiro, recursos e
esforços. As empresas não trabalham em condição de certeza.
―É uma organização que utiliza recursos a fim de atingir determinados objetivos. É uma
organização social por ser uma associação de pessoas que trabalham em conjunto para a
exploração de algum negócio.‖
(CHIAVENATO, 2000).
Quanto ao tamanho:
- Empresas Grandes: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários
níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa
Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que
possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. São organizadas na
forma de sociedades anônimas de capital aberto, com ações livremente
negociáveis nas bolsas de valores.
Segundo IRION (1997), o setor terciário está crescendo cada vez mais: a agropecuária e a
indústria, tradicionais geradores de emprego reduziram e tendem a reduzir ainda mais
as oportunidades de trabalho. A monocultura e a mecanização das lavouras causam
desemprego no campo. A informatização, a automação e a robotização das indústrias
geram fábricas com reduzido número de trabalhadores. A instalação de novas indústrias
não produz novos empregos como anteriormente fazia. Fábricas já instaladas anunciam
aumento da produção e redução do quadro de empregos. As oportunidades de trabalho
se deslocam para as atividades terciárias. A atividade econômica, insuficiente para
absolver a mão-de-obra, estimula a informalidade como meio de se reduzir o problema
do desemprego.
MECANÍSTICA ORGÂNICA
As tarefas são subdivididas em partes Os empregados contribuem para a tarefa
especializadas e separadas. comum do departamento.
As tarefas são rigidamente definidas As tarefas são ajustadas e redefinidas
mediante o trabalho em equipe dos
empregados.
Existe uma estrita hierarquia de Existe menos hierarquia de autoridade e
autoridade e controle e também muitas controle e também poucas regras.
regras.
O conhecimento e o controle das tarefas O conhecimento e o controle das tarefas
são centralizados no topo da organização são localizados em qualquer ponto da
organização
A comunicação é vertical. A comunicação é horizontal.
Fonte: Richard Daft. Teoria e Projeto das Organizações, 1999.
2. ADMINISTRAÇÃO
De acordo com CHIAVENATO (2000) a palavra administração tem origem no latim e
significa:
Ad = (direção para, tendência, junto de)
Minister = Comparativo de inferioridade, o sufixo ter (subordinação e obediência) aquele
que realiza uma função abaixo do comando de outrem. Função que se desenvolve sob o
comando de outro, um serviço que se presta a outro.
Insumos Resultados
Processo de transformação
Clientes e/ou materiais (componentes) Bens e serviços
A chamada produção em massa, que foi e continua sendo a marca registrada dos Estados
Unidos, o símbolo do seu poderio industrial, pode ser encontrada já em 1913, quando
começou a linha de montagem dos automóveis Ford. Já em fins do século passado e
início do presente, havia sido introduzida a noção de ―administração científica‖ da
produção, quando Frederick Taylor, um esforçado engenheiro a serviço da máquina
produtiva americana, advogava a aplicação de racionalidade e métodos científicos à
administração do trabalho nas fábricas.
Com os avanços, após a Segunda grande guerra mundial, onde a nação americana
firmou-se definitivamente como potência, fizeram com que muitos observadores e
estudiosos acreditassem que as técnicas produtivas e a posição norte-americana eram
virtualmente definitivas. A administração da produção assumiu um caráter de gerência
industrial dentro de uma situação absolutamente sob controle.
Devido às mudanças de mercado, surgiu um ambiente concorrencial interno e externo.
As áreas de Marketing e de Finanças assumiram posições de destaque, levando a um
relativo esquecimento da importância da área industrial.
Cada vez mais as empresas estão reconhecendo a vantagem competitiva obtida quando o
processo de transformação não fica isolado, como quando os clientes são os primeiros
convidados a visitar as novas instalações da empresa. Da mesma maneira, as empresas
também estão trabalhando mais perto dos fornecedores. Companhias como a Toyota,
por exemplo, pedem que os fornecedores entreguem o produto diretamente no chão de
fábrica, eliminando qualquer necessidade de ter um estoque.
Estrutura Organizacional da AP
Órgãos
Desenvolvimento do Produto
Engenharia Industrial
Planejamento e Controle da Produção
Produção
Administração de Materiais
Controle de Qualidade
Prof. Tadeu Melo
10
Manutenção
Cargos
Mercado Consumidor
Estratégia Corporativa
O que é estratégia?
É um compromisso com a ação. É o padrão global de decisões e ações que posicionam a
organização em seu ambiente e têm o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos de longo
prazo.
Estratégia de Produção
Segundo SLACK (1999) é o padrão global de decisões e ações, que define o papel, os
objetivos e as atividades da produção de forma que estes apóiem e contribuam para a
estratégia de negócios da organização.
d) Flexibilidade: ser capaz de mudar a operação de alguma forma. Poder ser alterar
o que a operação faz, como faz ou quando faz. Ex.: Introdução de novos bens ou
promoções; habilidade de se ajustar ao número de consumidores atendidos;
tempos de entrega diferentes.
e) Serviços: variedade de serviços para obtenção de vantagem competitiva.
10. OS PRODUTOS/SERVIÇOS
A empresa trabalha para produzir um produto ou prestar um determinado serviço.
Verificamos dois tipos de classificação: a classificação em bens (produtos) ou serviços e
a classificação em produtos/serviços concretos ou abstratos:
a) Em bens ou serviços: são os produtos físicos tangíveis e visíveis, como um pão,
lâmpada, uma mesa, etc. Quando os bens são destinados diretamente ou
indiretamente ao consumidor são chamados de bens de consumo (roupas, produtos
de higiene, alimentos. Podem ser desdobrados em duráveis (eletrodomésticos,
automóveis, etc.), em perecíveis cuja duração é restrita ao tempo e armazenagem e
os semi-duráveis (vestuário/calçados). Quando os bens são destinados à produção de
outros bens de produção/capital são chamados de bens de produção (máquinas,
computadores, etc.).Os serviços são atividades especializadas que as empresas
oferecem ao mercado.
b) Classificação de produtos/serviços concretos ou abstratos: Concreto pode ser
descrito com grande precisão, medido e avaliado. É palpável e tangível. O produto
abstrato não permite a descrição precisa, nem a identificação e especificação
adequada. Ex.: ensino, educação.
Componentes do Produto
Apresentam apenas dimensões tangíveis do produto.
a) As partes e subpartes que compõem o produto/serviço: Matéria-prima: trigo em
relação a farinha; Fio em relação ao tecido.
b) Embalagem: Envolve o produto para guardá-lo ou protegê-lo da melhor maneira
possível. Apresenta 3 funções cruciais: Técnica para proteção e guarda do produto;
Logística para manuseio e transporte do produto; Comunicação que é a imagem
visual do produto. Exemplos de tipos de embalagem: madeira, papelão, tambores
metálicos, plásticos vidros, etc.
c) Qualidade: É a adequação a determinadas especificações ou padrões tomados como
referência. Quanto maior a qualidade de um produto/serviço tanto maior será a sua
aproximação dos padrões e especificações adotados.
d) Custo: é a soma dos encargos assumidos pela empresa para obter os recursos (fatores
de produção) utilizados na produção e na distribuição do produto/serviço. Custo de
produção/serviço: custo de produção (diretos e indiretos) + distribuição
(administração de vendas, financeira e administração geral).
De acordo com CHIAVENATO (1991) todo produto/serviço tem uma vida: nasce, cresce,
amadurece, envelhece e morre. O ciclo de vida está relacionado ao tempo em que um
produto/serviço consegue permanecer no mercado.
a) Introdução: é o nascimento do produto/serviço, quando ele é criado, desenvolvido e
lançado no mercado. Nesta fase a produção e as vendas são pequenas e crescem
lentamente, pois o produto é desconhecido. É a fase em que a AP verifica as falhas
de projeto e do processo, os problemas de qualidade e de matéria-prima.
b) Crescimento: É a fase em que o mercado se familiariza com o produto/serviço e a AP
aprende como melhor produzi-lo. Ocorre uma aceleração positiva nas vendas e na
produção. O investimento na criação começa a ser recuperado. É a fase da aceitação
do produto/serviço pelo mercado.
c) Maturidade: Quando o produto/serviço já penetrou suficientemente no mercado e
atinge um patamar elevado de vendas e de produção que se mantém inalterado. O
mercado começa a ficar saturado e os concorrentes já estão lançando outras opções
similares. Cada empresa concorrente procura aumentar a sua participação no
mercado através da redução do preço, diminuindo os seus custo de produção ou
abrindo mão de parte de seu lucro.
d) Declínio: É a fase em que as vendas e a produção começam a decair
progressivamente. À medida que as inovações são lançadas e o consumidor começa a
mudar, tende a ocorrer um declínio nas vendas e na produção de todos os
concorrentes. Os lucros diminuem com a queda das vendas e da produção. Fase da
obsolescência.
As empresas de sucesso devem ser capazes de: gerar contínuas idéias de novos
produtos; converter essas idéias em projetos confiáveis e fáceis para o usuário;
assegurar que esses projetos sejam prontamente produzíveis e selecionar os
processos adequados que sejam os mais compatíveis com as necessidades do
consumidor.
Sistema de Produção
Conforme MOREIRA (1999) trabalha com a dimensão para os sistemas industriais e com a
dimensão de serviços (por tipo de atendimento ao consumidor). Na dimensão por tipo de
atendimento ao consumidor existem os seguintes tipos de sistema: Sistema orientados
para estoque e sistemas orientados para encomenda. O sistema orientado para estoque
oferece o serviço rápido e a baixo custo, no entanto, a flexibilidade do cliente na
escolha do produto é menor que no sistema por encomenda. Já o sistema orientado
para encomenda, as operações são ligadas a um cliente em particular, com o qual
discute preço e prazo de entrega.
Prof. Tadeu Melo
18
O Papel da Tecnologia
Tecnologia são ferramentas, técnicas e ações utilizadas para transformação das entradas
em saídas. A tecnologia é então o processo de produção aplicado por uma organização
que inclui a maquinaria e os procedimentos de trabalho. (DAFT, 1999, p.79)
Tecnologias em Serviços
Nos EUA, os serviços representam cerca de 74% do PIB e respondem por 79% de todos
os empregos.
De acordo com DAFT (1999), as tecnologias de serviços são definidas com base em
cinco elementos:
- Produção e consumo simultâneos: o cliente e o empregado interagem para que o
serviço seja prestado.
- Saída personalizada: os clientes tendem a receber produtos personalizados,
participando do processo de produção.
- Participação do cliente:
- Produto Intangível: um serviço é abstrato e muitas vezes consiste em informação
ou conhecimento.
- Intensivo de mão-de-obra: necessidades de muitos empregados para atender as
necessidades dos clientes.
Estratégias principais que as empresas podem adotar em termos de por que elas devem
investir em tecnologia:
a) Reforçar as relações com o cliente;
Prof. Tadeu Melo
20
Ao tomar a decisão de adotar novas tecnologias para suas operações, os gerentes devem
reconhecer o fato de que essas tecnologias requerem uma significativa quantidade de
treinamento de suporte, para que tanto trabalhadores quanto clientes recebam o
máximo de benefícios.
É importante que os gerentes revisem em metas de longo prazo para garantir que exista
compatibilidade de alinhamento estratégico entre a tecnologia sendo adotada e essas
metas.
2. Custos Variáveis: são gastos que flutuam diretamente com as mudanças nos níveis de
saída. Ex.: para limpar um quarto de hotel necessita-se de uma quantidade específica
de material (sabão, xampu, toalhas limpas, etc) e mão-de-obra. Esses custos são
diretamente proporcionais às saídas, ou seja, limpar dois quartos de hotéis custa
exatamente duas vezes o valor necessário para limpar um quarto.
Objetivo: Determinar qual o volume de negócios que a organização deve realizar para se
equilibrar.
O volume pode ser definido tanto em unidades monetárias como em unidade de
produtos.
Os pressupostos básicos nesse modelo linear são:
Ex1.:
A SAPATEX é uma empresa de manufatura de sapatos de couro localizada em
Aracaju/SE. Toda a sua produção é vendida para EUA. A organização vende esses sapatos
para grandes sapatarias por R$10,00 cada par. Os trabalhadores na fábrica recebem, em
média, o equivalente a R$ 15,00 por dia, e é estimado que a média diária produzida por
trabalhador seja de 50 pares de sapatos. O custo de material é estimado em R$ 5,00 por
par de sapato. Os custos variáveis foram estimados em R$ 160.000,00 por ano.
a) Qual é o ponto de equilíbrio para esta empresa com relação ao número de pares
de sapatos por ano.
b) Caso a organização tenha vendido 200.000 pares de sapatos no ano passado, de
quanto é o lucro ou prejuízo que se espera para este ano?
Resposta:
PV = R$ 10,00 o par
CV = 5,00 + (15:50) = 5,3 por par de sapatos
CF = R$ 160.000 por ano
X = número de pares de sapatos por ano
CT = VT
CF + (CV x X) = PV x X
160.000 + 5,3X = 10X
4,7X = 160.000
b) Lucro =VT - CT
L =PV.X – (CF + CV.X)
L = 10. (200.000) – [(160.000 + 5,3x 200.000)]
L = 2.000.000 – [ 160.000 + 1.060.000]
L =2.000.000 – 1.220.000
L = 780.000,00
600000
500000
400000
PV.X
300000
CF + CV.X
200000
100000
0
0 10.000 20.000 34.042 50.000
VT CT
X PV.X CF + CV.X
0 0 160.000
10.000 100.000 213.000
20.000 200.000 266.000
34.042 340.420 340.420
50.000 500.000 425.000
Exercícios Fixação
O Atacado Macro sul S.A. comercializa diversas linhas de produtos, dentre as quais se
destacam as de eletrodomésticos e móveis. Com relação a essas duas linhas, o Macrosul
possui um cadastro de 8.000 clientes, espalhados por todo o território nacional, os quais
são visitados duas vezes por mês por uma equipe de 100 vendedores. Com a
estabilização econômica, os clientes do Macrosul reduziram sensivelmente os seus níveis
de estoques, passando, com isso, a exigir mais serviços dos fornecedores, especialmente
no que se refere à disponibilidade de estoques e agilidade nas entregas dos pedidos.
Para resolver o problema, o Macrosul está promovendo uma verdadeira revolução no seu
sistema de vendas, cuja arma principal é a tecnologia da informação. A equipe de
vendas será extinta e os vinte melhores vendedores, transformados em consultores de
Prof. Tadeu Melo
23
mercado. Estes não terão mais a obrigação de vender, mas sim de assessorar os clientes
em todo o processo de compra e estocagem de eletrodomésticos e móveis. Estarão
aptos, inclusive, a orientar os clientes quanto às quantidades ideais de compra para
cada tipo de produto, nos diferentes períodos do ano. Os consultores de mercado, além
de uma visita periódica aos clientes, que agora não necessitará mais ser quinzenal,
estarão conectados com eles durante as 24 horas do dia, via Internet. Os clientes
estarão, também, conectados eletronicamente com o Macrosul.
O novo sistema permitirá aos consultores de mercado e aos próprios clientes acessar
diretamente os estoques de cada um dos quatro depósitos do Macrosul existentes no
Brasil, a qualquer hora do dia. Podem, ainda, se assim o desejarem, emitir pedidos de
compra via eletrônica, decidindo, inclusive, de qual depósito desejam receber a
mercadoria. ―Graças à tecnologia, nossos depósitos serão transformados em uma
extensão dos depósitos de nossos clientes‖ – afirma o Diretor Geral do Macrosul. O
Macrosul já está ligado ―on line‖ com os seus principais fornecedores e, agora, com a
ligação direta com os clientes, toda a cadeia de distribuição estará eletronicamente
integrada, com implicações óbvias sobre a redução de custos, tanto para o Atacado
quanto para seus clientes. Este avanço da Tecnologia da Informação, com sua
capacidade de gerar, manipular e avaliar dados, permitirá o processamento das
informações em tempo real, encurtando as distâncias e o tempo necessário às
transações. Com base no caso apresentado:
a) indique e analise dois aspectos que farão com que os custos do Macro sul sejam
reduzidos após a implantação do novo sistema.
Novos Setores
No centro financeiro de São Paulo, existe uma empresa de grande porte chamada Cia.
DataSoft Informática, que fabrica e vende equipamentos para informática. Ela detém
cerca de 50% do mercado, ou seja, é uma das mais importantes empresas deste ramo no
estado. Esta empresa é administrada por uma Gerência com certa experiência na área e
é dividida em 5 setores, onde um setor depende do outro para funcionar corretamente.
Caso ocorram problemas em um setor, o outro também se prejudica e todos saem
perdendo, portanto a união e o trabalho em equipe sempre foram quesitos obrigatórios
aos funcionários. Os setores e suas funções são:
O setor de Compras adquire a matéria prima e a entrega para a Montagem. Este setor
faz o projeto e monta o aparelho, que é passado para a Manutenção antes de ser
vendido. A Manutenção verifica o funcionamento do aparelho e o conserta se houver
defeito. Só então ele é vendido.
Problema:
A gerência resolveu ampliar sua produção e ordenou que o setor de compras passasse a
adquirir maior quantidade de matéria prima. Porém, houve sobrecarga de serviço para a
Montagem, que precisou trabalhar mais rapidamente para dar conta de toda matéria
prima adquirida. Mas, passando a produzir mais, aumentaram também o número de
peças defeituosas e por isso, a Manutenção também se sobrecarregou de serviços. Com
isso, as vendas caíram, o número de reclamações por parte dos clientes aumentaram e
começaram a surgir discussões entre os próprios funcionários, contrariando aquela regra
do trabalho em equipe e da união.
Para resolver tais problemas, a Gerência contratou o Sr. Cláudio Siqueira dos Santos que
era psicólogo e que atuava no setor de Recursos Humanos de outras empresas. O Sr.
Cláudio teria por função amenizar tais discussões e auxiliar todo o Sistema de Produção
da empresa, para que pudesse ser normalizada a situação.
Porém, com uma pessoa nova auxiliando a Gerência, os funcionários antigos se sentiram
"rebaixados", pois se já não bastasse a Gerência, agora existe outra pessoa passando
instruções à eles. Com isso, permaneceram as insatisfações por parte dos funcionários.
Responda:
1) A Gerência agiu certo em contratar o Sr. Cláudio Siqueira dos Santos ? Porquê ?
(lembre-se: Antes do Sr. Cláudio ser contratado, não tinha como saber se ele conseguiria
resolver ou não os problemas. A Gerência depositou todas suas fichas nele, pois se
tratava de uma pessoa experiente.) Se você achou que a diretoria agiu errado em
contratar o Sr. Cláudio, o que você faria para resolver a situação ?
2) Depois de contratado, o Sr. Cláudio não conseguiu resolver e ainda se viu causador de
novos problemas. Se você fosse ele, o que faria ? (lembre-se: você deve tentar tudo para
resolver os problemas, por isso, não peça demissão.)
3) E se você fosse o Gerente da empresa, o que faria ?
LEITURA COMPLEMENTAR
A GE 1
A General Electric (GE) fez um formidável esforço de transformação a partir da década
de 1980, sob a batuta de Jack Welch. A fase inicial dessa transformação foi concentrada
na reestruturação das unidades, incluindo tanto a compra como a venda de empresas, o
que reduziu fortemente a força de trabalho. Uma década mais tarde e a GE estava
estrategicamente forte, com 13 unidades principais, todas enxutas, mundialmente
posicionadas e ocupando o primeiro ou segundo lugar em participação do mercado.
Usando os motores das impressoras a laser Canon, a HP vendeu mais de dez milhões de
impressoras a laser. Depois deu o único passo lógico para uma empresa voltada para a
inovação. Enfrentou a concorrência e começou a montar seu próprio negócio de
impressoras a laser. Usando a tecnologia de jato de tinta da Canon, que era mais barata,
a HP superou a Canon no mercado em um ano, conquistando uma fatia de 60% do novo
mercado de 1,6 bilhões de dólares por ano de impressoras de baixo custo. Com isso
obteve a base de conhecimento, reputação no mercado de impressoras e uma parcela de
88% no mercado das jato de tinta coloridas. A divisão de impressoras para PC fatura
sozinha 7 bilhões de dólares ao ano e constitui a principal fonte de crescimento e
faturamento da HP.
como a IBM e a DEC. Diz ele: "precisamos estar dispostos a canibalizar o que estamos
fazendo hoje para assegurar nossa liderança no futuro. É contra a natureza humana, mas
é preciso matar sua criação enquanto ela ainda funciona." É preciso movimentar-se
rapidamente para responder com agilidade às exigências do mercado e à concorrência
de rivais pequenos que vêem surgindo. E o que a HP fez? Ela não se comporta como um
gigante. Pelo contrário, ela se organiza em um grupo de divisões altamente autônomas
que, livres do gerenciamento top-down, são capazes de agir e reagir com a força das
pequenas empresas. Basta dizer que 70% das vendas da HP são de produtos introduzidos
ou desenvolvidos nos últimos dois anos. Essa velocidade de mudança constitui o preço da
sobrevivência na indústria da informática.
O que o futuro reserva para a HP? Se o passado oferecer alguma indicação segura, a
única previsão que se pode fazer é que, provavelmente, a única coisa que
reconheceremos na futura HP será o seu nome.
1
1 Baseado em: Matthew J. Kierman, The Eleven Commandments of 21st Century
Management, Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1996, p. 47-50
Made in Toyota 1
A Toyota não inventou a concorrência baseada no tempo e na velocidade, mas conseguiu
transformá-la em uma espécie de arte. Mostrou que, por incrível que pareça, tornar-se a
empresa mais rápida do mundo pode levar algum tempo. Desde a década de 1970, a
Toyota vem aperfeiçoando suas operações baseadas no tempo, o copiadíssimo Sistema
Toyota de Produção (TPS).
O TPS é muito simples: quanto menor uma operação, tanto mais rápido ela pode mover-
se. Em geral, as pequenas empresas são mais competitivas porque podem responder
mais rapidamente aos desafios do mercado. As grandes empresas que devem muito do
seu sucesso à agilidade do pequeno porte precisam manter distâncias enormes para
manter aquela mesma agilidade inicial na medida em que crescem e se tornam mais
complexas. Grandes empresas, como a Hewlett-Packard (HP) dividem suas operações em
unidades menores para poderem correr na pista da esquerda.
Os fornecedores eram envolvidos na etapa mais inicial possível, de modo que todos os
participantes da cadeia de desenvolvimento do produto sabiam o que seria necessário
com antecedência, para evitar atrasos desnecessários. Os tamanhos de lote da
manufatura foram reduzidos em até 95%, para que os estoques fossem mantidos em
níveis mais baixos, conforme o necessário. Quando o estoque chegava, era usado
imediatamente e não ficava parado ocupando espaço e tempo. As fábricas foram
totalmente reorganizadas e reequipadas para criar células de produção flexíveis que
pudessem responder rapidamente aos padrões de vendas emergentes. O resultado geral
dessa estratégia foi uma drástica redução no tempo de manufatura: o intervalo de
tempo entre a chegada da matéria-prima na fábrica e o veículo como produto acabado
foi reduzido de 15 para apenas 1 dia. No final da década de 1970, a Toyota havia
alcançado uma vantagem em produtividade cinco vezes superior à dos principais
concorrentes, os Big Three. Isso permitiu que a Toyota resistisse melhor aos efeitos da
recessão global do que suas rivais.
Qual é o principal produto da Disney? A magia, que transborda nos parques temáticos, na
tela de cinema e nos seus demonstrativos financeiros. O que poderia explicar a
habilidade quase alquímica da empresa de transformar US$ 50 milhões em quase US$ 2
bilhões? A Disney gastou US$ 50 milhões para produzir um desenho animado. Esse
investimento gerou mais de US$ 700 milhões em receita de bilheterias no mundo inteiro
e mais de US$ 1 bilhão em receitas adicionais geradas com a venda de produtos de
varejo baseados nos personagens desse filme. Quando o número de expectadores estava
chegando ao máximo, o filme saiu de cartaz nos cinemas e, após um curto período de
tempo de expectativa, a empresa lançou o filme em vídeo. No primeiro dia em que
chegou às lojas, vinte milhões de cópias do vídeo foram vendidas. O filme? O Rei Leão.
Tudo na Disney é feito com extremo carinho e cuidado. Tudo é quase perfeito. Poucas
ruas de pequenas cidades norte-americanas na virada do século eram tão bem traçadas e
tão limpas quanto a Main Street. Nenhum rato parece tão caloroso, amigável e amistoso
quanto Mickey. O objetivo da Disney é entreter e não iludir. Mas, a habilidade essencial
da Disney é o controle. Ela faz com seus funcionários o que fez com a imagem do
Prof. Tadeu Melo
29
Surge assim o sistema Just in Time (JIT), o sistema de puxar a produção a partir da demanda,
produzindo em cada estágio somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no
momento necessário. Os japoneses inicialmente pensaram em chamar o sistema de ―Sistema
Supermercado de Produção‖, mas por acharem que com esse nome o ocidente rapidamente
entenderia seu princípio e copiaria a idéia, resolveram chamá-lo de Kanban.
Segundo Taiichi Ohno, o Kanban nasceu em 1953 na Toyota. Kanban significa marcador ou
sinalizador, normalmente são utilizados cartões que servem para autorizar a produção e
movimentação dos itens ao longo do processo produtivo.
Contudo, o JIT é muito mais do que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração
da produção, sendo considerado como uma completa ―filosofia‖, a qual inclui aspectos de
administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização do
trabalho e gestão de recursos humanos. Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de
administração JIT esteja calcado nas características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes
e acadêmicos têm-se convencido de que esta filosofia é composta de práticas gerenciais que podem
ser aplicadas em qualquer parte do mundo.
Com o JIT surge a preocupação em ― fazer certo desde a primeira vez ‖.
Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just inTime:
3.2 - OBJETIVOS
3.3.1 - HOUSEKEEPING
Pode-se dizer que os estoques são mantidos por duas causas principais. A primeira
refere-se à eventual dificuldade de coordenação entre a demanda de um item e seu
processo de obtenção, ou seja, ainda que se possa determinar o momento em que certa
quantidade deste item será necessária, pode ser difícil determinar com precisão o
momento e a quantidade de sua produção. Esta dificuldade pode ser causada pelo grande
número de produtos diferentes a serem produzidos ou mesmo da quantidade de
componentes e submontagens destes produtos. A segunda razão para a manutenção de
estoques é a presença de incertezas. Estas incertezas podem ser associadas à demanda dos
itens a serem fabricados (em termos de quantidade e datas), e ao processo de obtenção
(compra ou produção) destes itens. As incertezas em relação à obtenção podem :ao
referir-se à qualidade dos itens produzidos ou comprados (resultando numa quantidade
incerta de itens aproveitáveis) e, também, ao momento em que os itens estarão
disponíveis (em função das incertezas com a disponibilidade dos equipamentos, com os
tempos de espera em filas e com as datas de entrega dos suprimentos).
Comparativo entre Sistema JIC e JIT sobre as atividades que agregam valor
O JIT faz com que os problemas fiquem visíveis e possam ser eliminados através de
esforços concentrados e priorizados.
CUSTO:
Dados os preços já pagos pelos equipamentos, materiais e mão-de-obra, o JIT busca que
os custos de cada um desses fatores seja reduzido. As características do sistema JIT, o
planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção pelo refinamento do
processo produtivo favorecem a redução de desperdícios.
Podemos notar quando percebemos o esforço para eliminar as operações desnecessárias
ao produto, ainda na fase de projeto. Além de adicionarmos a intenção de agregar valor
ao produto com esta redução, também gastamos no sentido de eliminar o tempo gasto
com atividades que não agregam valor.
Exemplo: a redução nos tempos de setup (troca de ferramentas ou máquinas ou
processos) e o tempo de movimentação.
Essa flexibilidade torna possível permitir o ajuste contínuo e necessário à maximização
da eficiência da produção.
Algumas maneiras de conseguir isso:
QUALIDADE:
Tem por objetivo buscar soluções que eliminem problemas na produção: parada na
linha, itens defeituosos, através de ferramentas e técnicas que aprimorem a qualidade
das pessoas e do ambiente envolvido.
FLEXIBILIDADE:
O sistema JIT aumenta a flexibilidade de resposta do sistema pela redução dos tempos
envolvidos no processo. Embora não haja muita flexibilidade com relação ao portfólio de
produtos ofertados no mercado; a flexibilidade dos trabalhadores contribui
positivamente para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações
do mix de produtos.
VELOCIDADE:
A flexibilidade , o baixo nível de estoques e a redução dos tempos permitem que o ciclo
de produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de diferenciar os produtos na
montagem final, a partir de componentes padronizados, de acordo com as técnicas de
projeto adequado na manufatura e na montagem, permitem entregar os produtos em
prazos mais curtos.
Sua maior limitação está no fato de não flexibilizar à variedade de produtos oferecidos
ao mercado e as variações de demanda no curto prazo. O JIT precisa que a demanda
seja estável para que consiga balancear a adequação dos recursos, possibilitando um
fluxo de materiais leve e contínuo. O Kanban prevê a manutenção de certo estoque de
componentes entre os centros de produção e se houver uma variedade muito grande de
produtos e componentes, o fluxo de cada um não será contínuo e sim intermitente,
provocando altos estoques em processo de cada item e isso contraria a premissa maior
do JIT. Outro aspecto negativo ainda em decorrência da variação seria a complexidade
de roteiros de produção.
Implementando o JIT
Dentro da estrutura celular iremos abordar ainda alguns aspectos: controle da produção(
relacionamento cliente-fornecedor entre as células e alocação de responsabilidades);
Kanban ( célula a célula, com estoques de segurança temporários); medida de avaliação
de qualidade; controles financeiros e fiscais adequados à nova realidade; estabelecer
desempenhos das células através de : taxas diárias de rotação de estoques, lead time da
célula, atingimento das metas diárias de qualidade.
SISTEMA KANBAN
Abaixo um exemplo de controle geral (no Brasil costuma-se chamar esse dispositivo de ―dedo-
duro‖.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tipos de Kanban
Kanban de produção – autoriza uma produção de peças ou produtos;
Kanban de movimentação – autoriza uma movimentação de materiais;
Kanban de compra – autoriza a compra de matérias primas e peças de fornecedores.
Questões:
Planejamento de produção
Documentos
c) Planejamento de Ordens de Esquemas e cargas básicos, layouts,
produção fabricação prazos, métodos
estoque em vez de terem que esperar a fabricação dos itens) ou pela provisão
deliberada de capacidade excedente, evitando-se filas.
A confiabilidade do fornecimento também será afetada pelo nível de proximidade
entre os níveis de demanda e da capacidade máxima da operação: a confiabilidade
do fornecimento de serviços e produtos será menor, quanto mais próximo da
capacidade total estiver a demanda, pois menos a operação conseguirá lidar com
possíveis interrupções.
A flexibilidade, especialmente a de volume, será melhorada por capacidade
excedente. Se a demanda e a capacidade estiverem em equilíbrio, a operação não
será capaz de responder a quaisquer aumentos inesperados de demanda.
Sazonalidade da demanda
CAUSAS DA SAZONALIDADE
Medir a capacidade
Loja de venda no varejo Área de venda Número de itens vendidos por dia
Exercício:
Problemas de
natureza
INEVITÁVEL
Disponibilidade Padrão
Valor a ser considerado
Disponibilidade Real
pelo planejamento
Disponibilidade
efetivamente
utilizável para
produção
Exercício
4 Amostragem de qualidade 8h
5 Tempos de troca de turnos 7h
6 Paradas para manutenção 18 h
7 Investigação de falhas de qualidade 20 h
Prof. Tadeu Melo
48
Durante essa semana, o volume de produção real foi somente 582.000 metros
quadrados.
Capacidade de projeto:
Capacidade efetiva:
Estudo de caso
SALADAS DA ESTAÇÃO
A alface é um ingrediente para saladas o ano todo, porém, tanto sua colheita
como sua demanda são sazonais. Alfaces são bens perecíveis e precisam ser mantidos em
geladeiras e transportados em veículos refrigerados. Mesmo assim, o produto só se
mantém fresco por uma semana. Na maioria dos países do norte da Europa, a demanda
contínua durante todo o inverno, ao nível de metade da demanda do verão; todavia, a
alface não pode ser semeada em campos abertos durante os meses de inverno. O cultivo
em estufas é possível, mas caro.
Questões
Estudo de caso
Os planos de horas anuais podem também ser úteis quando o fornecimento varia ao longo
do ano. Por exemplo, a fábrica de queijos da Express Foods, como todas as fábricas de
queijo, necessita lidar com o processamento de quantidades de leite muito diferentes
durante diferentes períodos do ano. Na primavera e no início do verão, as vacas produzem
maiores quantidades de leite, mas, no final do verão e no outono, o fornecimento de leite
diminui muito. Antes da introdução de horas anuais, a fábrica apoiava-se em horas extras
e contratação de funcionários temporários durante a estação mais ocupada. Atualmente,
os funcionários são contratados para trabalhar em número estabelecido de horas por ano,
com regras acordadas um ano antes e depois de consultados os sindicatos. Isso significa
que, ao final do mês de julho, os funcionários já sabem quais dias e horas irão trabalhar
até o mês de setembro do ano seguinte. Se uma emergência ocorrer, a empresa pode
convocar funcionários de um grupo de ―superequipe‖, que trabalham horas mais flexíveis
em troca de pagamentos mais altos, mas podem fazer qualquer serviço na fábrica.
Questão
Políticas mistas
Cada uma das três políticas “puras” somente é aplicada quando suas
vantagens compensam fortemente suas desvantagens. Para muitas organizações,
entretanto, essas abordagens “puras” não atendem a sua combinação necessária
de objetivos competitivos operacionais. Da maioria dos gerentes de produção é
exigido que reduzam simultaneamente os custos e os estoques, minimizem o
investimento em capital e ainda proporcionem uma abordagem ágil e orientada
para o cliente em todos os momentos. Por essa razão, a maioria das organizações
escolhe uma abordagem mista das três abordagens.
Estudo de caso
Entendendo a Mensagem
Questões
O que é estoque
1. Matéria-prima
2. Componentes e peças
3. Produtos em processamento
4. Fornecimento para manutenção e conserto
5. Outros fornecimentos para operações
Não importa o que está sendo armazenado como estoque, ou onde ele está
posicionado na operação; ele existirá porque existe uma diferença de ritmo (ou de
taxa) entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse
exatamente quando fosse demandado, o item nunca necessitaria ser estocado. Uma
analogia comum é a do tanque de água.
Taxa de demanda do
processo de saída
estoque
Processo Processo
de de
entrada saída
Estoque
Tipos de estoque
Ponto de ressuprimento
estoque
Estoque de
segurança
tempo
Estoque de ciclo
Devido a natureza dos processos de misturar e assar, somente um tipo de pão pode ser
produzido por vez (produção em fornadas). As fornadas devem ser grandes o bastante
para satisfazer à demanda de cada tipo de pão entre os momentos em que cada fornada
fica pronta para a venda.
Tempo
Estoque de antecipação
Custos de estoque
tipicamente em torno de 80% do valor do estoque de uma operação são responsáveis por
somente 20% de todos os tipos de itens estocados.
Itens classe A são os 20% de itens de alto valor que representam cerca de 80% do
valor total do estoque.
Itens classe B são aqueles de valor médio, usualmente os seguintes 30% dos itens que
represntam cerca de 10% do valor total.
Itens classe C são os itens de baixo valor que, apesar de compreender cerca de 50%
do total de tipos de itens estocados, provavelmente representam somente cerca de
10% do valor total de itens estocados.
1- PEÇAS OU PRODUTOS
2 – MATÉRIAS PRIMAS
TR = TP processo.
%RP
O PCP exerce apenas uma das fases do CONTROLE no sentido amplo, pois é a
atividade da administração da produção que prepara os dados que servirão para
quem de direito decidir e agir no sentido de alcançar um certo objetivo proposto.
Conceito
Objetivos
Demanda Independente
Itens cuja demanda não depende da demanda de nenhum outro item. Exemplo:
produto final que tem sua demanda dependente do mercado consumidor e não da
demanda de qualquer outro item. Característica: demanda tem que ser prevista em
função das características do mercado consumidor.
Demanda dependente
Lead-Time
PRODUTO
FAROLETE
a) Período: indica o período que o MRP vai considerar para o planejamento; o mais
usual é por semana;
b) Necessidades Brutas - as quantidades que representam a utilização futura ou
demanda do item em questão durante cada período;
Módulo Controle da Fábrica (SFC) - é o responsável pela sequenciação das ordens, por
centro de produção. Este módulo busca garantir que o que foi planejado será executado
da forma mais fiel possível aos planos. O elevado volume de informações de
opontamento necessário, informando ao sistema freqüente e precisamente, não é
compatível com a moderna visão gerencial de se eliminarem ao máximo, as atividades
que não agregam valor aos produtos. Neste sentido, há uma tendência dos controles de
fábrica serem feitos de forma menos formalizada e centralizada, para isso utilizando
uma técnica mais simples denominada KANBAN.
Uma das principais vantagens do MRP II é sua natureza dinâmica. É um sistema que
reage bastante bem às mudanças. Esta é uma condição que se torna mais importante a
cada dia, num ambiente competitivo que é cada vez mais turbulento. A mudança de um
item de programa-mestre pode parecer muito simples, mas, na verdade, pode afetar
centenas de componentes. Reconhecer este tipo de influência sem um sistema do tipo
MRP II seria bastante difícil. Esta característica faz com que o MRP II seja mais útil para
situações em que as estruturas de produtos sejam complexas, com vários níveis e vários
componentes por nível e em que as demandas sejam instáveis. A lógica do MRP II
permite que se trate de forma mais apropriada os itens de demanda dependente do que
a lógica de ponto de reposição, cujos modelos mais conhecidos para o cálculo de seus
parâmetros (o próprio ponto de reposição e o tamanho do lote de reposição) assumem
demanda constante ao longo do tempo. Enquanto esta hipótese pode ser mantida para
itens de demanda independente, é muito difícil mantê-la para seus componentes, que
apenas terão quantidades eventuais demandadas quando do atingimento do ponto de
reposição dos itens pais, tornando os modelos inadequados e os lotes ―econômicos‖ em
―não econômicos‖. MRP II é um sistema de informações integrado, que põe em
disponibilidade para um grande número de usuários grande quantidade de informações.
Esta troca de informações, se bem aproveitada, pode trazer inúmeros benefícios para a
empresa que o adote. Entretanto, há o outro lado da moeda. O sistema MRP II tem
também importantes limitações que devem ser bem compreendidas por todos aqueles
Prof. Tadeu Melo
65
Acuidade dos dados de entrada — o MRP II depende de uma base de dados acurada e
atualizada. Começar a utilizar o MRP II antes de se terem obtido níveis de acuidade de
dados da ordem de 98% no mínimo, com relação a estruturas de produtos (comparação
entre as estruturas registradas no sistema e as estruturas efetivamente usadas),
registros de estoque (comparação dos registros de estoque do sistema com os estoques
físicos) e lead-times, por exemplo, é assumir um risco grande de desacreditar o sistema
junto a seus usuários, o que é a maneira mais fácil de se chegar ao fracasso de
implantação. O esforço de conseguir os níveis desejados de acuidade de dados pode de-
mandar um longo e trabalhoso processo de mudanças de rotinas e procedimentos, o que
nem sempre é fácil ou barato. Mas é condição essencial para obter as potenciais
vantagens que o sistema pode oferecer.
ESTRUTURA DO PRODUTO
A
(1)
B C
(1) (2)
D E
(1) (1)
LEAD-TIME
A B C D E
1 SEMANA 2 SEMANAS 1 SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANAS
EXERCICIOS:
1) Faça uma programação de necessidades no tempo ―para trás‖ para 200 unidades de
um produto A cuja árvore está esquematizada abaixo, determinando a quantidade e a
data das liberações de pedido planejado para todos os componentes. Não existe
estoque de qualquer componente ou sob pedido, e todos os tamanhos de pedidos são
lote por lote.
A
LT=1
B= 2 C= 2
LT=2 LT=1
C= 4 D= 1 E= 1 F= 1
LT= 1 LT= 4 LT= 2 LT= 1
E= 1 F= 1
LT= 2 LT= 1
Exercícios de fixação:
1- Conceito de MRPII:
2- Qual o principal objetivo do MRP II?
3- Comente sobre a Lógica do MRPII:
4- O que é demanda dependente e independente? Exemplifique:
5- O que é necessário considerar na aplicação do MRP II?
Capítulo 4 – LAYOUT
LAYOUT
TIPOS DE LAYOUT
Vantagens Desvantagens
1. Sistemas flexíveis para atender a 1. Custos elevados de manuseio dos
demanda do mercado; materiais;
2. Equipamento de uso universal; 2. Mão-de-obra qualificada e
3. Menos vulnerável às paradas; especializada;
4. Atende a produtos diversificados 3. Possibilita maior ociosidade dos
e em quantidades variáveis; equipamentos;
5. Enseja satisfação no trabalho 4. Controle da produção mais
(maior diversidade e desafio) complexo
Vantagens Desvantagens
1. Grande utilização de pessoal e 1. Sistema inflexível – via de regra
equipamento; só produz um produto;
2. Baixo custo de transporte dos 2. Equipamento especializado de
materiais; alto custo;
3. Mão-de-obra de baixo custo – 3. Operações interdependentes;
operações repetitivas; 4. Tarefas repetitivas e
4. Menor estoque em processamento. monótonas
LAYOUT CELULAR
Vantagens Desvantagens
1. Flexibilidade quanto ao tamanho 1. Pouca flexibilidade quanto a
dos lotes; variedade de peças;
2. Diminui o transporte de materiais; 2. Especifico para uma família de
3. Reduz os estoques; produtos;
4. Centraliza responsabilidade sobre a 3. Operadores qualificados;
produção na célula; 4. Parada de um processo da
5. Enseja satisfação no trabalho; célula afeta o todo;
6. Melhora a Qualidade e
produtividade
Restrição: qualquer elemento ou fator que impede que um sistema conquiste um nível
melhor de desempenho em relação a sua meta. As restrições podem ser físicas
(materiais, equipamentos) como também de gestão(procedimentos, normas).
Tipos de Restrições:
Indicadores de desempenho da TR
GANHO (G) - É o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas
INVENTÁRIO (I) – é todo o dinheiro que o sistema investe na compra de materiais, peças e ou
produtos que pretende vender
DESPESA OPERACIONAL (DO) – é todo o dinheiro que o sistema gasta transformando o INVENTÁRIO em GANHO
Indicadores Globais:
Prof. Tadeu Melo
75
Lucro
Retorno sobre o Investimento
Caixa
Indicadores Locais:
Ganho
Inventário
Despesas Operacionais
Sobre gargalo é descrito que não são necessariamente ruins e nem bons, mas são
simplesmente realidade de uma empresa e que devemos identificá-los para poder saber
a maneira correta de administrar a produção.
O método abaixo é foi elaborado pelo autor para de explicar como administrar o Gargalo
nas empresas:
o MERCADO:
Protege o mercado contra as variabilidades, garantindo entregas dentro do
prazo
o RECURSO:
Protege o gargalo, garantindo que o mesmo não pare por falta de
componentes
o MONTAGEM:
Protege que as peças produzidas no gargalo não tranquem na montagem final
analogia da corrente, restrição seria o elo mais fraco. Pode-se afirmar, devido às
flutuações estatísticas presentes, que todo sistema possui pelo menos uma restrição ou
que toda corrente possui sempre um elo mais fraco. Tal afirmativa pode ser comprovada
ao se analisar a realidade dos sistemas produtivos. Se tais sistemas não possuem
restrições, ou seja, se nada limita seus desempenhos, qual seria então seu lucro líquido?
Uma vez que não existe nenhuma empresa capaz de gerar um lucro operacional infinito,
fica claro que sempre existirá ao menos uma restrição que limitará o ganho de qualquer
tipo de organização.
Existem diversos tipos de restrições. Estas podem ser físicas, como uma máquina com
baixa capacidade produtiva, despreparo ou baixo número de empregados, ou então
restrições não físicas, como as restrições de política da empresa, comportamentais,
culturais ou de mercado. Entretanto, como bem salienta Goldratt, as restrições físicas
podem ser consideradas, na maioria das vezes, como reflexos das restrições
comportamentais ou de procedimentos da organização.
Ainda segundo Goldratt, toda organização é formada ou constituída com um propósito
principal e que este é, na verdade, determinado por seus proprietários ou por seus
acionistas, que investem recursos com um determinado objetivo. Se a empresa possui
ações negociadas no mercado de capitais, certamente a meta é “ganhar mais dinheiro
tanto agora como no futuro”.
Definido o objetivo, a empresa deve agora encontrar as medidas necessárias para guiar
e controlar seus esforços na direção de sua meta. Para Goldratt, medidas financeiras são
necessárias por dois motivos principais. A primeira é controle, ou seja, saber até que
ponto a empresa está conseguindo alcançar o objetivo de gerar dinheiro. A outra razão, e
talvez a mais importante delas, é induzir que as partes façam o que é bom para a
organização como um todo. Tradicionalmente, são usadas três medidas para se avaliar a
“saúde” das empresas: o lucro líquido (medida absoluta), o retorno sobre o investimento
(medida relativa) e o fluxo de caixa (condição necessária muito importante à
sobrevivência da companhia). Estas, quando julgadas em conjunto, são suficientes para
fornecer as informações financeiras necessárias à administração de uma empresa.
O uso destas medidas, porém, são muito úteis nos relatórios da alta cúpula administrativa,
mas diz muito pouco quando se pretende medir o impacto das ações locais no resultado
global do sistema. Assim, a Teoria das Restrições definiu três novos elementos que não
apenas auxiliam nas tomadas de decisões da diretoria da empresa, como também nas
decisões operacionais locais. São eles :
Ganho (Throughput) : índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas.
É importante observar na definição que o ganho só é obtido quando o produto (ou serviço)
ofertado é efetivamente vendido. Desta forma evita-se qualquer confusão entre produção
e ganho. Se o que foi produzido não for realmente vendido não se obtém ganho.
Inventário (Inventory) : todo o dinheiro que o sistema investe na compra de coisas que
pretende vender.
Aqui, inventário deve ser entendido no seu sentido mais amplo, incluindo máquinas,
equipamentos, instalações, construções, materiais, etc.. Esta definição é a mesma do
convencional significado de ativo, com exceção ao que se refere ao inventário de material.
Goldratt considera que não se deve atribuir valor ao produto conforme este vai sendo
manipulado pelo sistema produtivo, uma vez que todo conceito de valor acrescido ao
Prof. Tadeu Melo
77
Sugestões de Leituras:
GOLDRATT, E. M. (1990). A síndrome do palheiro: garimpando informação num oceano
de dados. Trad. Claudiney Fullmann. São Paulo, Nobel..
GOLDRATT, E. M. (1994). Mais que sorte... Um processo de raciocínio. Trad. por
Claudiney Fullmann. São Paulo, Educator. (t:)
GOLDRATT, E. M. (1998). Corrente Crítica. Trad. por Thomas Corbett Neto. São Paulo,
Nobel.
GOLDRATT, E. M.; COX, J. (1992). Meta: um processo aprimorado contínuo. Trad. por
Claudiney Fullmann. 2. ed. São Paulo, Educator.
GOLDRATT, E. M.; Fox, R. E. (1992). A corrida pela vantagem competitiva. Trad. por
Claudiney Fullmann. São Paulo, Educator.
Exercícios de fixação:
Bibliografia
BÁSICA
COMPLEMENTAR