Gnose
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“A Gnose é um ensinamento cósmico que aspira restituir dentro de cada um de
nós a capacidade de viver consciente e inteligentemente.” Samael Aun Weor
Encontrar por si mesmo a solução exata para todos os arcanos da Natureza não
pode ser nunca, portanto, uma heresia ou um desatino, sendo sim este o mais
digno e exaltado direito que possui toda criatura humana.
Assim, é evidente que nenhuma pessoa culta cairia hoje, como antigamente, no
erro simplista de fazer surgir as correntes gnósticas de alguma latitude espiritual
exclusiva.
Portanto, resulta caduco pensar na Gnose como uma simples corrente metafísica
introduzida no seio do Cristianismo. A Gnose constitui uma ATITUDE
EXISTENCIAL com características próprias, enraizada na mais antiga, elevada e
refinada aspiração esotérica de todos os povos, cuja história, lamentavelmente,
não é bem conhecida pelos antropólogos modernos.
O Movimento Gnóstico
“A Ciência Secreta dos sufis e dervixes dançantes está na Gnose; a Doutrina
Secreta do budismo e do taoísmo está na Gnose; a Magia Sagrada dos nórdicos
está na Gnose; a Sabedoria de Hermes, Buda, Confúcio, Maomé, Quetzalcoatl etc.
está na Gnose; a Doutrina do Cristo é a mesma Gnose. Na Gnose está toda a
sabedoria antiga, já totalmente “mastigada” e “digerida”. (Samael Aun Weor:
Grande Manifesto Gnóstico)
A Instituição Gnóstica, portanto, não tem fins lucrativos, a fim de que todas as
pessoas, sem distinção de nível social ou econômico, possam beneficiar-se do
resultado de suas investigações.
Ainda que a Associação Gnóstica estude, entre muitos outros aspectos da cultura
humana, as diferentes religiões que existiram no mundo, a Gnose não é
evidentemente uma religião nem uma seita. A Associação Gnóstica respeita as
crenças individuais de seus filiados e a seus cursos comparecem pessoas dos
mais diversos credos e filosofias.
Concluiremos afirmando, solenemente e em honra à verdade, que a Associação
Gnóstica tem um único e exclusivo propósito: entregar e compartir com nosso
irmão, o homem, com seriedade e rigor científico, a Gnose de todos os tempos,
esse conhecimento que permite ao homem moderno formar uma visão de sua
existência mais humana, mais consciente e, em consequência, mais
transcendente.
No terreno da vida prática cada pessoa tem seu critério, sua forma mais ou menos
rançosa de pensar.
O mais grave de toda esta questão é que milhões de critérios equivalem a milhões
de normas putrefatas e absurdas.
Em esoterismo gnóstico se diz que “bom” é o que está em seu lugar e “mau” é o
que está fora de lugar. Poderíamos afirmar que o intelecto, dentro de sua órbita, é
bom; mas, fora dela, nos prejudica terrivelmente.
Está escrito que “Aquele que ri do que não conhece está a caminho de ser idiota”.
Não podemos negar que hoje, precisamente, existem duas tendências no mundo
que lutam mortalmente pela supremacia. Em primeiro lugar, temos a corrente
espiritualista, formada por todas as religiões, escolas e crenças. De outra parte,
temos a corrente materialista, com sua dialética etc.
“O homem que não põe em prática sua metafísica é como um asno carregado de
livros”, dizia Maomé.
As teorias não servem para nada. Necessitamos ser práticos e conhecer por
vivência própria o objetivo de nossa existência.
Com justa razão disse Goethe: “Toda teoria é cinza, e só é verde a árvore de
frutos dourados que é a vida”.
A Filosofia
Realmente a Gnose, como filosofia, implica sempre em uma mensagem, uma
orientação, um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano,
que convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca sempre,
mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real Ser (o divino
que existe em cada criatura humana).
Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em
tudo o que foi, é e será.
Nestes momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria
do passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no momento
presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da natureza, buscar as
vertentes originais da sapiência cósmica.
É evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia Gnóstica,
será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das
culturas asteca, tolteca, maia, egípcia etc.
A Arte
Existem dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz; segundo,
a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real, transcendental.
Com as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas
pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias, egípcios,
fenícios etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também encontramos belas
representações de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros
medievais, nas catedrais góticas etc.
Recordemos a “Gioconda”, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina
Mãe, “Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar, que
guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas ela é
Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é Ísis, a Mãe Divina,
a quem nenhum mortal levantou o véu… Não é demais aclarar de forma enfática
que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular, individual.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os
movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol,
descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os
dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos planetas ao
redor do sol.
As danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão ainda mais
longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas,
psicobiológicas, matemáticas etc.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos antigos
tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por meio do
drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de experiência do Ser e
manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam muito
bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama, se é que de
verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.
Em música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro
pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por último, outras
podem produzir religiosidade no centro motor.
Cabe aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos.
Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos Mestres não
Recordemos a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da
natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama etc., não são senão o produto da
degeneração.
Os rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três cérebros
degenerados, dados suficientes para converterem-se em estelionatários, ladrões,
assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas etc.
Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma
catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética…
A Ciência
Quando falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de
teorias que hoje abunda por toda parte; ciência pura como a da Grande Obra, a
ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um Paracelso ou a de
um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram Jesus ou Moisés para
realizar prodígios.
A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior,
análise posta a serviço do SER.
A ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de interesses
personalistas; uma ciência que não respeita os interesses espirituais do ser
humano; uma ciência onde o fim justifica os meios, ainda que estes incluam o
sofrimento físico e psicológico de qualquer criatura vivente; uma ciência para a
qual a palavra “progresso” serve para justificar as mais terríveis atrocidades.
Além disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente
uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma totalmente o
contrário. Uma ciência cheia de contradições, que paradoxalmente diz acreditar só
no que vê e, não obstante, sustenta com firmeza hipóteses absurdas que nunca
foram comprovadas. Esta é a ciência moderna…
Alguns antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até
querem incluí-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram semelhanças,
querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do tubarão dá origem a outros
mamíferos, entre eles o irmão rato.
Isso de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a
hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico como supor
que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem perceber que a frase tem
um sentido simbólico.
Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da
noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto? Milhões de
anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se viu nascerem
novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no Pacífico.
Contudo, não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem
que não acreditam senão no que veem, que não aceitam nada que não hajam
visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as viram.
São esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das
dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso?
Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não conseguem
ver além de seus narizes, isso é óbvio.
Que existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso
incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta dimensão.
Não está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas
através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar, seguramente
nós, os antropólogos gnósticos, teremos de suportar a mesma zombaria que
Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.
Mas um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a
zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as ondas
sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos os processos
evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da falsa ciência será
desnudado diante do veredicto solene da consciência pública.
Assim, existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na ciência
pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o Conde Saint-
Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18, 19 e que ainda vive, vocês me
achariam louco. Conheço o Conde Saint Germain, e dou testemunho disso. Vive
sim, sustentado por uma ciência que vocês não conhecem, a ciência pura, a
ciência do Super-Homem, a ciência que conhecem os extraterrestres que viajam
através do espaço infinito, a ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência
daqueles que abriram a Mente Interior…
Aqueles que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias,
em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as
utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da evolução, o
dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro do mundo das
hipóteses?
A Religião
Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que
todas elas descansam sobre os mesmos pilares.
Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente
modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.
Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança
simbólica e teológica de todas as religiões.
É evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro sentem pelo
Divino: Alá, Brahma, Tao, Zen, I.A.O., Inri, Mônada, Ser, Deus etc.
Maria, a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin,
etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fu-Hi, Quetzalcoatl,
Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas concepções, que são
realmente abundantes em todos os cultos antigos.
Frases como: “Eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve”
denotam soberba e uma supina ignorância.
Contudo, seguindo esta ordem de ideias, temos que levar em conta uma coisa
extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações dos
cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós mesmos…
Contudo, a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento
fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência materialista,
ateísta, carente totalmente de valores e princípios.
O bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e
antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo científico e
uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o dualismo conceitual, é
urgente e inadiável filiar-nos a um monismo transcendental, é necessária uma
ciência religiosa e uma religião científica.
Assim, meus caros leitores, a palavra Avatara não deve conduzir-nos jamais ao
orgulho, pois significa apenas isso, nada mais que isso: recadeiro, criado ou
mensageiro, simplesmente um servidor que entrega uma mensagem, isso é tudo.
Sou então um criado, servidor ou mensageiro, e estou entregando uma
mensagem. Uma vez, disse que sou o cargueiro de uma carga cósmica, pois estou
entregando o conteúdo de uma carga cósmica.” (Samael Aun Weor: Perguntas e
Respostas)
É necessário saber que não foram muitos os personagens que, ao longo de toda a
história, tiveram a ousadia de viver cada dia, com o esforço e a vontade que isso
implica, estes três grandes fatores da liberação do homem.
Em pleno século 20, Samael Aun Weor, insigne escritor, filósofo, sociólogo e
esoterista, com a ousadia que leva a eliminar da psique todos os fatores da
discórdia, juntou-se a esta lista de “Iluminados”, escapando da relatividade ilusória
na qual todos vivemos para estabelecer-se definitivamente no reino do Absoluto e
Verdadeiro.
Samael Aun Weor é, nesta época conhecida como “Era de Aquário”, e por vontade
de todas aquelas esclarecidas inteligências divinas, origem de todo o criado, o
Mensageiro ou Avatara encarregado de entregar o mapa preciso para que
ninguém possa extraviar-se na confusão de tantas teorias.
Com este único fim, Samael Aun Weor cria, com grande acerto, o veículo que têm
hoje em dia os Princípios Gnósticos para manifestar-se a esta humanidade;
referimo-nos, evidentemente, às Instituições Gnóstica.
Assim, sem cair em fanatismo de nenhuma espécie, diremos ao ávido leitor que, a
partir destes momentos, terá a excepcional oportunidade de aproximar-se do
legítimo esoterismo que nutriu todas essas notáveis inteligências do Saber Oculto
e que foi resgatado do pó dos séculos, sintetizado em forma prática, sem
complicações intelectuais de nenhuma espécie e entregue pública e
desinteressadamente à humanidade por esse humilde homem: Samael Aun Weor.
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