Suméria
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Suméria
Autor: Shemhazai
PARTE 1 - A TAÇA
Volte-se para o Leste no centro da sala, ereto, braços longitudinais ao corpo e vibre: VÓS
SOIS
Erga os braços na horizontal p/formar uma cruz perfeita, e vibre: O REINO
Toque o ombro direito com a mão esquerda, e vibre: O PODER
Toque o ombro esquerdo com a mão direita, e vibre: E A GLÓRIA
Baixe a cabeça e vibre: PARA SEMPRE!
PARTE 2 - O CÍRCULO
Mova para o Leste, volte-se para o Oeste, e vibre: PELAS ÁGUAS DE MÃE NAMU PELA
UNIÃO DO DUR-AN-KI! QUE O CÍRCULO SAGRADO SEJA EM TODOS OS MUNDOS
TRAÇADO!
Caminhe na direção do relógio, e trace o círculo, retornando ao ponto Leste.
PARTE 3 - OS PENTAGRAMAS
Olhe para o Leste, levante suas mãos para formar um triângulo na testa, e visualize um
pentagrama lá, vibrando: ENLIL
Projete o pentagrama p/ frente com as mãos na direção da barreira do círculo e faça uma
prece: PODEROSO DEUS DO AR, VENTOS E TEMPESTADES, RESPIRAÇÃO PRIMORDIAL
DO UNIVERSO, A VÓS EU CANTO!
Mova-se para o ponto Norte, levante as suas mãos para que formem um triângulo na sua
testa, visualize um pentagrama naquele ponto e vibre: UTU
Projete o pentagrama para frente com suas mãos, na direção da barreira do círculo e vibre:
DEUS DO SOL, LUZ DO DIA, QUE TRAZ ILUMINAÇÃO E ALEGRIA, A VÓS EU CANTO!
Mova-se para o ponto Oeste, levante as mãos para que formem um triângulo na sua testa e
vibre: ENKI
Projete o pentagrama para frente com suas mãos, na direção da barreira do círculo e vibre:
DEUS DAS ARTES, DAS DOCES ÁGUAS, MESTRE DA MAGIA, DAS FORMAS, O CRIADOR, A
VÓS EU CANTO!
Mova-se para o Sul, levante as mãos para que formem um triângulo na sua testa e vibre:
NINHURSAG
Projete o pentagrama para frente com suas mãos, na direção da barreira do círculo e vibre:
TERRA MÃE, SÓLIDA ROCHA PRIMORDIAL DO UNIVERSO A VÓS EU CANTO!
PARTE 5 - A CONSAGRAÇÃO
Baixe os braços, deixando-os cair ao longo do corpo, e faça alguns momentos de pausa.
Levante então a mão direita numa bênção e proclame: DO PORTAL DO AR AO PORTAL DAS
ÁGUAS / DO PORTAL DO FOGO AO PORTAL DA TERRA / DO ESPAÇO MAIS SAGRADO ÀS
MURALHAS EXERIORES / QUE SEJA O SANTUÁRIO DE FORÇA, UNIÃO E SABEDORIA
ERGUIDO /PELA VONTADE DO DURANKI! MEU CORPO LIGA O CÉU E A TERRA E AO
REDOR DELE BRILHA UM FACHO DE LUZ PROJETANDO UMA ESTRELA DE OITO
PONTAS AO REDOR!
PARTE 6 - A TAÇA
Volte-se para o Leste no centro da sala, ereto, braços longitudinais ao corpo e vibre: VÓS
SOIS
Erga os braços na horizontal p/formar uma cruz perfeita, e vibre: O REINO
Toque o ombro direito com a mão esquerda, e vibre: O PODER
Toque o ombro esquerdo com a mão direita, e vibre: E A GLÓRIA
Baixe a cabeça e vibre: PARA SEMPRE!
Absu (Apsu, Abzu, Apzu): Literalmente, água doce. Na cosmologia suméria, o imenso espaço e
fonte das águas primordiais, onde mora Ab, o pai das águas e senhor da sabedoria. Na
cosmologia babilônica, o marido de Tiamat, pai dos primeiros deuses, e após a morte deste, o
reino das águas doces subterrâneas, lar de Ea e dos Sete Sábios. Também é nome do templo de
Ea em Eridu.
Abubu: Personificação do dilúvio como arma, torrentes e enchentes. Usado como um epíteto e
como arma por vários deuses, como Ninurta, Nergal e Adad. Também descrita como a voz de
Humbaba.
Adad (Sumério Ishkur, Semítico Oriental Hadad, Adar, e Addu, também Rimmon, Ramman,
"o que faz a terra tremer"): Deus das tempestades, controlador de canais de irrigação e filho de
Anu. Deus dos relâmpados, chuva e da fertilidade. Identificado pelos romanos com Jupiter. No
Épico de Gilgamesh, o deus dos ventos, trovões e tempestades. Símbolo: touro e relâmpado.
Deus oracular. Centro de culto: Aleppo. Na Mesopotâmia, sua presença surge após os tempos
pré-Sargônidos. Reverenciado principalmente pelos povos ao Norte da Babilônia, conforme
evidências encontradas nas cidades de Mari e Ebla. No segundo milênio antes de nossa era, Adad
era o deus da cidade de Aleppo, mas em outras áreas da Síra, seu culto se funde com o de outros
deuses do tempo, como Baal e Dagan. Adad foi um deus importante na Assíria. Tiglath-Pilesar I
construiu um santuário para ele e Anu na capital Ashur. Adad é freqüentemente invocado em
maldições, bem como em documentos especiais e privados, como figura de proteção e
advertência para todos.
Adapa (Uan, Oannes): De acordo com o mito, Adapa é filho do deus Ea/Enki, o deus da
sabedoria, bem como também o Sacerdote-Rei de Eridu, a cidade mais antiga da Babilônia. Ele
foi o primeiro dos Apkallu, os Sete Sábios enviados por Ea, que trouxeram as artes e civilização
para a humanidade. Enki deu a Adapa conhecimento, mas não a vida eterna. Adapa também era
um pescador, e um dia, quando estava pescando para prover o templo de Ea, o Vento Sul, Sutu,
entornou seu bote, atirando-o contra as rochas, e Adapa, furioso, quebrou a asa do Vento Sul.
Por este ato, ele teve de responder frente a Anu nos céus. Ea aconselha Adapa a não beber ou
comer da mesa de Anu, e com isto, Adapa acaba não recebendo a vida eterna. Adapa é o
precursor do Adão bíblico, o primeiro homem.
Acádia (Ácade): Primeira cidade babilônica, escolhida e fundada por Sargão I em 2475 ANE.
Ácade/Acádio: Idioma semítico do leste, semelhante ao hebreu e ao árabe; inclui dialetos dos
babilônicos assírios, escrito em sistema cuneiforme, que são sinais que possuem valores
logográficos, silábicos e freqüentement terminativos. Idioma usado a cerca de 2400 a 100 Antes
da Nossa Era (Antes de Cristo, AC).
Alala: Canção da colheita, ou talvez o deus a quem tal canção é dedicada.
Allat/Allatu: Deusa babilônica da cópula, esposa de Nergal. Veja Ereshkigal.
Allulu: Ser metade pássaro, metade humano, que amou Ishtar, e que teve suas asas quebradas.
Amurru: Deus principal dos Amoritas, chamado de Deus do Oeste da Natureza, mas de templos
e atribuições ainda incertas. Nome do Vento do Oeste em acádio.
Anu: Deus sumério do firmamento, filho de Nammu, pai de Enlil, esposo de Ki. deus de Uruk,
templo Eanna; filho de Anshar e Kishar, consorte de Ki/Antu, pai de Ellil, Adad, Gerra, Sharra, e
(em algumas tradições) Ishtar. Seu vizir é o deus Ilabrat. Deus principal da geração mais antiga.
Símbolo: coroa de chifres sob o sinal de templo/altar..
Angal (Ishtaran): Deus patrono de Der, a cidade ao leste do rio Tigre.
Anshan: Moderna Tell Malyan. Capital da civilização Iraniana antiga, próxima de Persepolis.
Incluída na Lista dos Reis Sumérios.
Anshar: "Céu pleno," deus sumério e acádio da antiga geração, pai de Anu, geralmente tido
como consorte de Kishar, e assimilado com Assur por semelhança fonética. Seu vizir é o deus
Kakka
Antu (Antum, Anunitu): esposa de Anu in Uruk, mãe de Ishtar. Também chamado Anunitu,
especialmente em Sippar.
Anunaki (Anunna, Anukki, Enunaki): Termo coletivo sumério e acádio para os deuses da
fertilidade e do Mundo Subterrâneo, sob a liderança de Anu. Posteriormente, tornam-se juizes no
Mundo Subterrâneo, algumas vezes identificados com os Apkalu. Algumas vezes também
chamados de Igigi.
Anzu (Sumério Imdugug, Zu em acádio, também Azzu): Águia de cabeça de leão, porteiro de
Enlil, nascido na montanha Hehe. Apresentado como o ladrão mal-intencionado no mito de
Anzu, mas benevolente no épico sumério de Lugalbanda. Freqüentemente mostrado na
iconografia na pose de "Mestre dos Animais". No mito babilônico Anzu, ele era o vizir do deus
supremo Enlil. Um dia, quando Enlil estava-se banhando, Anzu roubou as tábuas do destino e
escapou para o deserto. Aquele que possuísse as tábuas do Destino, tornava-se no regente do
universo. Ea então pede à deusa-mãe Belet-Ili para dar à luz a um herói divino capaz de derrotar
Anzu. Belet-Ili dá à luz a Ninurta, mandando-o então para a batalha. Depois de uma luta
eletrizante, Ninurta espeta o pulmão de Anzu com uma flecha, recapturando as tábuas do
destino. O épico termina com elogios a Ninurta.
Apkalu: De acordo com as tradições mesopotâmicas, e conhecidos apenas por referências
indiretas e por Berossus, Ea mandou sete sábios divinos, Apkalu, sob a forma de peixes "puradu"
(carpas?), vindos do Absu para ensinar as artes da civilização (sumério "me") para a humanidade
antes do dilúvio. Seus nomes são:
1. Adapa (U-an, chamado Oannes por Berossus),
2. U-an duga,
3. E-me-duga,
4. En-me-galama,
5. En-me-bulaga,
6. An-Enlida,
7. Utu-abzu.
Cada um é conhecido por outros nomes ou epítetos, sendo equivalentes a um rei da época
antediluviana, daí seus nomes coletivos de ‘conselheiros’ ou "muntalku". Nesta capacidade, a eles
é dado o crédito de terem construído as muralhas da cidade. Responsáveis por habilidades
técnicas, ficaram também conhecidos como artífices, "ummianu" termo que mostra um possível
trocadilho com um dos nomes de Adapa ou U-an. Alguns deles foram poetas, sendo a eles
atribuídos os épicos de Gilgamesh e Erra. Eles foram banidos de volta para o Abzu por terem
desagradado a Enki. Após o dilúvio, certos grandes homens das letras e exorcistas receberam o
status de sábios, mas apenas como mortais. Alguns deuses como Ishtar, Nabu e Marduk -
também reivindicam o poder de controlar os sábios. Na iconografia, os sábios são mostrados
como homens-peixe ou com atributos de pássaros apropriados a seres do Mundo Subterrâneo.
Arali (Arallu): Nome do deserto entre Bad-tibra e Uruk, onde Dumuzi foi aprisionado, e talvez
também uma terra mítica onde se achava oura, conhecida como Harallum. Mais tarde também
um nome para o Mundo Subterrâneo.
Aruru: Um dos nome da Gree Deusa Mãe na mitologia babilônica. Veja Ninhursag.
Asakku: Veja Demônios.
Asarluhi (também escrito Asalluhi, Asarluxi): Deus de Ku'ara, filho de Ea, assimilado por
Marduk. Possui poderes mágicos e de cura, sendo muito evocado na literatura de encantos e
mágica..
Ashnan: Deusa dos grãos e cereais, tal qual Ceres. Filha de Enlil. A ela, foram dados por Enki
os campos férteis da Suméria. Deusa de grande poder, com um culto forte e tendo Shakkan por
consorte.
Asqulalu: Objeto ainda sem identificação definida, arma de atirar. A palavra também pode
significar um planta e um fenômeno atmosférico.
Assur (Ashur): Deus nacional da Assíria, epíteto do Enlil Assírio. Substitui Marduk como herói
do Enuma Elish, na versão assíria. Patrono da cidade de Assur.
Atrahasis: Em sumério, o mais sábio, o herói do mito do dilúvio. Ensinado pelo deus Enki/Ea
para construir a arca e escapar das águas torrenciais. O venerável rei de Shuruppak (próximo a
atual povoação de Tell Fara), pai de Uta-Napishtim, o Babilônico Noé. Epiteto de Utnapishtim, e
de Adapa.
Aya (Ai): "Aurora," a esposa do deus-sol babilônico Shamash.
Aiabba: O mar, o oceano, em semítico. Veja Tiamat.
Babilônia (Babil): "Portal dos Deuses", capital dos Babilônicos, situada no rio Eufrates.
Patrono: Marduk. Residência de grandes reis a partir do segundo milênio. Também chamada de
Shuanna.
Babiloniaca: Veja Berossus.
Bel: Título, Senhor, adotado por vários deuses como cabeças de seus panteões locais. O termo
se refere a Marduk na Babilônia, Assur na Assiria, e Ninurta no épico Anzu.
Belet Ili (Ninhursag): "Senhora de todos os deuses", nome da Grande Deusa Mãe. A grande
Deusa-Mãe dos sumérios, consorte adorada de Enki. Deusa suméria do útero e das formas. Os
deuses lhe pediram para criar os homens, para que estes pudessem trabalhar o solo e construir
canais, e mulheres, para que estas gerassem as futuras gerações de servos dos deuses. Ela criou
inicialmente sete homens e sete mulheres, e como resultado, após 600 anos, homens e mulheres
já tinham-se tornado numerosos na terra. Os mitos mais importantes a ela atribuídos estarão aqui
nestas páginas.
Belet-seri: "Senhora dos espaços abertos (onde residem os espíritos)" deusa que faz os registros
do Mundo Subterrâneo. Epíteto: Escriba da Terra.
Belili: Um dos nomes da deusa Geshtin-anna, irmã de Dumuzi, esposa de Nin-gishzida. Epíteto:
‘ Aquela que sempre chora .
Berossus: Sacerdote de Marduk na Babilônia. Escreveu Babiloníaca em grego, a cerca de 281
ANE para Antióquio I, a fim de narrar as antigas tradições culturais da Mesopotâmia para os
gregos. O trabalho apenas é conhecido em partes, de citações feitas por outros escritores gregos.
Birdu: Deus do Mundo Subterrâneo, consorte da deusa Manungal. Assimilado com
Meslamta'ea, um nome de Nergal.
Homem-touro: Palavra kusarikku, anteriormente traduzida como bisão. Criatura composta,
morta em combate no mar por Ninurta, e um dos seres mortos por Marduk no Enuma. Elish.
Presente na iconografia a partir dos primeiros períodos dinásticos.
Caldeus: Habitantes da Caldéia ou Baixa Mesopotâmia, onde se encontra Ur (Genesis 11:28),
uma cidade antiga dos sumérios. Foram os sumérios que inventaram a escrita, a astrologia e as
artes mágicas no quarto milênio antes da nossa era. Os sumérios foram admirados até os tempos
romanos por seus conhecimentos nas artes da adivinhação e interpretação de sonhos. Veja
Magos.
Calendário: Os Sumérios provavelmente foram os primeiros povos a terem o calendário, um
instrumento importantíssimo sem o qual a agricultura não poderia ser planejada de forma
adequada. Havia doze meses lunares no ano, mas como os meses eram menores do que os
nossos, em geral era adicionado um décimo-terceiro mês, chamado de Elul. A semana tinha sete
dias; o dia, dividido em seis partes de duas horas de duração, contendo trinta partes. Os
babilônicos mediam o tempo através de relógios do sol ou da água. Podemos ver que nosso
sistema do ano de doze meses e da semana de sete dias deve muito aos mesopotâmicos. O ano
começava no Equinócio da Primavera (final de março/abril) e tinha os seguintes meses: Nisan;
Iyyar; Sivvan; Tammuz; Ab ; Elul; Tisri; Marchesvan; Kislev; Sebut; Adar.
Damkina: "Esposa fiel", deusa suméria, consorte de Enki, deus do Absu em Eridu.
Dannina: "Fortaleza", termo para o Mundo Subterrâneo.
Demônios: Na antiga Babilônia, são mencionados muitos demônios nas tábuas de argila, ex. Alu,
que esmagava pessoas adormecidas. A demonesa Lamastu, de face clara e relhas de burro, de
seios expostos e presas venenosas, matava bebês ainda no seio de suas mães. Doenças e tristezas
eram tidas como personificações de demônios, de ambos os sexos. Grupos de demônios são os
seguintes:
Asakku: (Sumério Asag), sete criados por Anu e derrotados por Ninurta, uma vitória também
atribuída a Nergal Gallu, termo que originalmente se referia também a polícia local.
Sebitti, "Os Sete".
Nomes acádios:
Bennu "Ataques"
Idiptu "Vento"
Libu "Cascudo"
Lamashtu, demonesa, também uma doença
Mimma lemnu "Algo terrível"
Miqut "parada cardíaca"
Muttabriqu "relâmpagos"
Pasittu "Aquela que tudo elimina" (um epíteto de Lamashtu)
Ugallu (leão demônio)
Rabishu "Aquele que anda de joelhos"
Sidana "Vaciladores"
Suruppu, uma doença causada pelas águas das enchentes
Tirid "Expulsão"
Umma "Febre"
Umu, um demônio das tempestades.
Nomes sumérios::
Saghulhaza, "Aquele que traz o mal"
Guardiões dos portais do Mundo Subterrâneo:
Engidudu (também um epíteto de Erra), Endushuba, Endukuga, Endashurimma, Ennugigi,
Enuralla/Nerulla, Nerubea.
Der: Cidade a Leste do Tigre, no Norte da Babilônia. Deus patrono: Ishtaran.
Dilmun: Cidade ou localidade, provavelmente o nome sumério para o paraíso. Ver Enki e
Ninhursag.
Dimkurkurra: "Criador de leis" epíteto sumério de Marduk no épico da criação.
Guardiões do Mundo Subterrâneo: Engidudu (também um epíteto de Erra), Endushuba,
Endukuga, Endashurimma, Ennugigi, Enuralla/Nerulla, Nerubea.
Duku: Montanha sagrada, nome sumério para o local cósmico em Ubshuukkinakku, onde os
deuses se reuniam para decidir os destinos, e presente em todos os templos das maiores
divindades da Mesopotâmia.
Dumuzi: " Filho fiel", deus sumério deus, consorte de Ishtar, irmão de Geshtin-anna, rei-pastor
de Uruk, guardião do portal dos céus de Anu, junto com Gishzida, e pescador de Ku'ara. Passa
metade do ano no Mundo Subterrâneo. Nome pronunciado Du'uzi na Assiria; chamado Tammuz
na Babilônia e Adonis na Grécia. Ver O CICLO DE INANA, a seguir.
Dunnu: Cidade nas proximidades de Isin e Larsa na Mesopotâmia Central e importante no
Período Babilônico Antigo.
Duranki: Elo entre o céu e a terra, nome do templo de Enlil e também usado para o próprio
deus do Ar.
E-akkil: Templo do deus Pappsukkal em Kish.
Eanna: " Morada dos Céus", nome do templo de Anu e Ishtar em Uruk, também chamado de
"Puro Tesouro".
Earth: Grande deusa na Teogonia de Dunnu; e um nome para Mundo Subterrâneo.
Ea-sharru: "Ea o rei" , ou nome de Enki.
Ea-engurra: Templo do deus Ea em Eridu.
Educação: Em geral, a educação de um jovem babilônico, de ambos os sexos e das camadas
mais elevadas, envolvia o treinamento como escriba. Sabe-se que mulheres ricas tinham
considerável liberdade e influência na Mesopotâmia. A educação de um ou uma estudante
começava aos oito ou nove anos de idade. Após levantar-se ao nascer do sol, o estudante levava
seu lanche para a escola, que era em geral conhecida como a "casa das tábuas". Na casa das
tábuas [de escrita cuneiforme] ele encontrava seu(sua) professor(a). O diretor da escola, ou seja,
a pessoa de cargo mais importante, tinha um título que pode ser traduzido como Especialista.
Diferentes professores especializavam-se nos vários aspectos da cultura e da escrita da região.
Em geral, um estudante mais velho tinha sob seus cuidados um estudante mais jovem. Os
trabalhos estudantis em geral constituíam em fazer cópias de material contido em tábuas
existentes, sendo que estas cópias eram feitas em tábuas de argila molhada. O objetivo da
educação era obter o grau de escriba, e entender a linguagem dos homens e dos deuses.
E-galgina: "O palácio do Todo Sempre" nome de um local no Mundo Subterrâneo.
E-galmah: Templo da deusa Gula em Isin.
E-igi-kalama: Templo de Lugal-Marada em Marad.
E-halanki: Altar da deusa Zarpanitum na Babilônia.
Ekur: "Morada da Montanha" O templo do deus Enlil em Nippur, onde nasceu Ninurta.
E-kurmah: "Grande Morada da Montanha" o templo de Ninazu.
Elam: Pais ao Leste da Babilônia no Iraque moderno. Cidades importantes: Susa e Anshan.
Idioma não é identificado com qualquer grupo conhecido, escrito em cuneiforme.
Ellil (Illil, Sumério Enlil): Deus sumério deus, cujos atributos e natureza ainda são incertos. O
mais importante da geração mais nova dos deuses sumérios e acádios. Centro de culto Nippur.
Templo chamado Ekur. Esposa: Ninlil/Mulittu; filho Ninurta. A interpretação antiga de seu nome
como Senhor Vento/Ar é incerta. Epítetos: Rei das terras populosas. Símbolo: coroa em forma
de chifre sobre o sinal de altar. Filho de Anu e Ki. Veja também Anzu, Ninurta.
E-meslam: Templo de Nergal em Kutha.
Enbilulu: Deus sumério deus da irrigação, canais e agricultura. Assimilado com Adad na
Babilônia.
Engidudu: Veja Demônios e Erra.
E-nimma-anku: Nome de um templo desconhecido.
E-ninnu: "Casa de Quinze" Templo de Ningirsu in Girsu.
Enki: Sumério deus das águas doces, da sabedoria e das artes, que podia trazer os mortos à
vida, pois dele era toda a fonte do conhecimento mágico da vida e da imortalidade. Adorado
principalmente em Eridu, uma das primeiras cidades do mundo, e chamado de Ea na Babilônico,
Rei do Absu. Enki possuía o segredo dos "ME", termo que significa 'cultura, civilização", cuja
base é o progresso pelo conhecimento que deve liderar a humanidade. Ele trouxe a civilização
para as pessoas e assinalou a cada um o seu destino. Enki criou a ordem do universo, encheu os
rios de peixes, inventou o arado para que os fazendeiros pudessem trabalhar a terra e criar gado.
Enki saiu das águas do Golfo Pérsico como deus dos peixes. Sua esposa é Ninhursag. Veja Ea;
ver também Enki e Ereshkigal; Enki e Inana.
Enkidu (Previamente Ea-bani): Irmão de alma de Gilgamesh, o homem selvagem primitivo que
se torna civilizado pela intercessão de uma iniciada do templo de Inana/Ishtar. Assimilado em
parte por Shakkan como mestre dos animais e parte com Lahmu, como o herói primitivo.
Enkimdu: Deus sumério dos fazendeiros, proprietários de terra e agricultores.
Enkurkur: Senhor da Terra, título sumério.
Enlil: Na mitologia suméria, o mais importante e poderoso da nova geração dos deuses, o deus
dos ares que também rege sobre a terra.
Enmesharra: Deus do Mundo Subterrâneo.
Enugi: Deus sumério da irrigação, dos canais, diques e atendente de Enlil.
Enushirgal: Templo do deus da Lua em Ur.
Ereshkigal (Ninmenna): "Rainha da grande terra", "Rainha da Terra", irmã de Ishtar, esposa de
Nergal, mãe de Ninazu. A babilônica Perséfone, esposa de Nergal, a deusa dos mortos do Mundo
Subterrâneo. Muitos hinos são dedicados a ela. Ver o mito de Nergal e Ereshkigal, e Eridan: Rio
do Mundo Subterrâneo.
Eridu: Cidade muito antiga, ás margens do Golfo da Arábia. Também o nome de um bairro da
Babilônia. Centro de culto do deus Ea/Enki.
Erkalla: "Grande cidade" Veja Mundo Subterrâneo.
Erra: Deus da guerra, da caça e das pragas. Etimologia "terra ardente" provavelmente incorreta.
Assimilado com Nergal e Gerra. Templo Emeslam na cidade de Kutha. Epíteto Engidudu
"Senhor que caça na noite". Veja Nergal. Deus babilônico da guerra, da morte e outros desastres.
Seu maior aliado é a fome causada pelas secas. Pode ser identificado com Nergal, o deus da
morte. Ele expressa a morte simbolicamente como letargia e estupor. A guerra tem sido sempre
uma grande causa de morte ao longo de toda história da Mesopotâmia. Um dos primeiros
poemas épicos a serem descobertos e gravados em tábuas de argila é o Épico de Erra. No início
deste épico, Erra senta-se em seu trono no palácio, enquanto que suas armas, que são na
realidade o espelho do deus, ou os demônios, Sibiti, se queixam da inatividade de seu senhor.
Erra convence então o deus da Babilônia a visitar o Abzu. Erra está a ponto de destruir a
Babilônia, quando o velho Ishum, ministro de Marduk, lhe diz: "Aqueles que fazem a guerra são
ignorantes / A guerra mata os sacerdotes e os que não tem pecado." E apesar de Erra ter
começado a destruição da terra, ele é pacificado pelo sábio ministro, chamando seus cães de
guerra de volta para si. Marduk retorna e tudo acaba em paz.
Erragal, Erakal: Provavelmente outro nome para Nergal, significando Erra, o grande.
Provavelmente pronunciado como Herakles em grego.
E-sagila: Templo de Marduk na Babilônia, a "morada do céu e da terra".
E-sharra: Nome de vários templos, incluindo o de Anu em Uruk e de Assur na cidade do mesmo
nome.
Eshgalla: "Grande Altar"
Eshnuna: Reino ao leste do rio Tigre, incluiu Ishchali, onde material com o mito de Gilgamesh
foi escavado, e Tell Hadad, onde foi encontrado o mito de Erra e Ishum..
E-sizkur: "Morada da prece".
E-sikil: "Pura morada", nome do templo de Tishpak (anteriormente de Ninazu) em Eshnuna.
Etana: 12º Rei de Kish após o Dilúvio, pai de Balih; 13º rei-deus da dinastia suméria que reinou
na cidade de Kish. Apesar de ter sido escolhido por Anu e rezar diariamente para Shamash,
pedindo por um herdeiro, Etana não tinha filhos. Shamash disse-lhe então para libertar uma
águia, que havia sido aprisionada por uma serpente. Etana libertou a águia, e esta, em gratidão,
carregou o rei nas costas até os céus. Lá, Etana, em frente ao trono de Ishtar, suplicou por um
filho. Ishtar dá a ele a planta do nascimento, que Etana provavelmente teve de comer juntamente
com sua esposa. Sabemos que finalmente Etana teve um filho. Foi encontrado um épico
incompleto sobre Etana.
E-temen-anki: Nome da grande torre Ziggurat de Marduk na Babilônia.
E-ugal: Nome do templo de Ellil em Dur-Kurigalzu (Veja também Parsay).
Eufrates: Rio da Mesopotamia. Nome acádio: Purattu, e hitita Mala.
Gerra: Sumério Gibil, deus do fogo, assimilado com Erra e Nergal, filho de Anu e Anunitu.
Gilgamesh (Bilgamesh, Galgamishul, anteriormente também escrito/lido como Izdubar): Rei
de Uruk, filho de Lugalbea e Ninsun no épico do mesmo nome. Nome pode significar "o antigo
ancestral tornado jovem" em sumério. Chamado de deus em alguns textos antigos. Epíteto mais
recente: Rei da Terra.
Girsu: Importante cidade Suméria do terceiro milênio antes da nossa era. Deus patrono:
Ningirsu.
Gishzida (Gizzida, Nin-gishzida): "Madeira de confiança", deus sumério em geral colocado no
mesmo patamar de Dumuzi, filho de o de Ninazu, consorte de Belili, guardião dos portais de
Anu. Centro de culto: Gishbea, entre Lagash e Ur. Símbolo: serpente coroada.
Gudéia: Regente da cidade de Lagash c. 2199-2180 BC. Autor de longas inscrições em sumério.
Gushkin-bea: Nome do deus patrono da metalurgia.
Gucianos: Inimigos bárbaros das cidades mesopotâmicas, que causaram muita destruição no
terceiro milênio antes da nossa era.
Haharanu: Um deus, funções e significado do nome desconhecidos.
Hamurabi: Rei da Babilônia 1848-1806 ANE. Autor do famoso código de leis.
Hanigalbat: Nome dado ao reino huriano de Mitani, a Noroeste da Assíria.
Hayyashum: Um deus, de função e significado do nome ainda incerto.
Hehe: Nome de uma montanha mitológica, local de nascimento de Anu.
Hendursanga: Epíteto de Ishum.
Homem-Mulher Escorpião: Criaturas compostas, algumas vezes benéficas ao homem.
Guardiôes da montanha Mashu. Na mitologia suméria, os guardiões da terra dos imortais. Um
dos desafios enfrentados por Gilgamesh em sua busca pela imortalidade
Escravos: Uma grande parte dos trabalhos era feita por escravos. Um homem pobre em geral
não os tinha, mas reis e templos tinham muitos deles. Escravos eram marcados, e tinham cabelos
curtos, para serem logo identificados, se fugissem. Escravos eram em geral estrangeiros
capturados em batalhas e seus descendentes. Havia, entretanto, várias formas de ganhar a
liberdade (ver Código de Hamurabi). Por exemplo, se um escravo se casasse com uma mulher
livre, ele adquiria liberdade. A vida de escravo podia ter vantagens, pois em geral escravos eram
propriedade de pessoas de posses, e portanto, melhor do que a vida de uma pessoa livre, mas
muito pobre.
Horticultura: A maior cultura, principalmente na Babilônia, era a cevada, que começava a ser
cultivada em Julho ou Agosto. Os campos eram primeiramente arados e trabalhados para tornar a
terra seca e lamacenta própria para agricultura. Antes de dezembro começava a plantação. O
implemento mais usado era chamado de arado plantadeira. O arado criava uma abertura na qual a
semente era jogada usando um funil. Uma pessoa caminhava ao lado do arado plantadeira,
colocando a semente em intervalos regulares. Isto significa que todas as sementes eram
enterradas a igualmente a uma certa profundidade. Este implemento só passou a ser conhecido e
usado na Grã-Bretanha, por exemplo, na época medieval (cerca de 1600 da nossa era.). Entre a
plantação e a colheita, havia o uso intensivo da irrigação. Em Maio, começava a colheita, para a
qual era em geral necessário alocar mais mão de obra, ex. escravos e crianças, ou seja, os filhos
do fazendeiro. Os trabalhos eram feitos em grupo, onde a primeira pessoa cortava a cevada, a
Segunda juntava o material e a terceira o empilhava. Os últimos estágios, que exigiam habilidade
considerável, eram a separação e seleção dos grãos
Hubur: Em sumério, o rio Ilurugu, situado no Mundo Subterrâneo, um rio de provações usado
para resolver disputas. A mesma palavra dá o nome a um afluente do rio Eufrates na Síria.
Humbaba (Humwawa): Guardião da floresta dos pinheiros, derrotado por Gilgamesh e Enkidu,
ancestral das Górgonas gregas. Sua voz é chamada de arma de Abubu.
Hurabtil: Deus elamita, também chamado Lahurabtil.
Igigi: Termo sumério para os grandes deuses e deusas da geração mais nova, liderados por Enlil,
freqüentemente identificados com os Anunaki.
Ilabrat: Vizir de Anu.
Illil: Veja Ellil/Enlil.
Imdugug: Veja Anzu.
Imgur-Ellil: Nome das muralhas defensoras da Babilônia.
Irnini (Irnina): Deusa da guerra assimilada por Ishtar.
Ishara: Deusa do casamento e do parto, protetora de juramentos. Centro de culto: Kisurra na
Babilônia. Símbolo: escorpião.
Ishkur: Veja Adad.
Inana/Ishtar: 1. Grande deusa suméria do amor e da guerra, cujo consorte é Dumuzi. 2. Deusa
babilônica, "Senhora do Céu e da Terra". Na tradição de Uruk, filha de Ningal e Nana, irmã do
deus Sol Utu. Símbolos: roseta, estrela matutina e vespertina. A divindade feminina mais
fascinante da Mesopotâmia, Amante e Amada por excelência, consorte sagrada de monarcas.
Identificada com a egípcia Isis, com a grega Vênus/Afrodite, com a fenícia Astarte e com a
cananéia Astoret. Na Babilônia, a deusa de maior culto, sendo que pelo monumental Portal de
Ishtar era um dos portais da cidade. Esposa de Dumuzi/Tamuz, sendo personagem de muitos
mitos importantes e hinos. O leão, o touro e dragões também são animais consagrados a ela. Ver
O CICLO DE INANA, a seguir.
Irkalla: Nome babilônico para a deusa do Mundo Subterrâneo. Veja Ereshkigal.
Ishkhara: Deusa babilônica do amor, sacerdotisa de Ishtar.
Ishtaran: Veja Angal.
Ishullanu: Jardineiro do deus sumério Anu, que oferecia cestas de tâmaras para Ishtar, por quem
era apaixonado. Por ter sido extremamente possessivo com relação a ela, Ishtar transforma-o
num sapo.
Ishum: Deus do fogo e conselheiro de Erra. Assimilado com Hendursanga. Sábio ministro de
Marduk no épico de Erra.
Kabti-ilani-marduk: Descendente de Dabibi, autor de Erra e Ishum.
Kakka: Vizir e ministro de Anu. Personagem de grande importância no mito de Nergal e
Ereshkigal.
Kaksisa: Deus babilônico das estrelas; Sirius.
Kalah: Moderna Nimrud, capital dos reis assírio no início do primeiro milênio antes da nossa
era. Centro de culto de Ninurta.
Kalkal: Guardião de Enlil em n Nippur.
Kar-usakar: Cais da lua crescente em Eridu.
(K)huluppu: A Árvore da Vida na cosmologia babilônica, encontrada às margens do rio
Eufrates. Sua madeira tem poderes medicinais. Ver A Árvore de Hulupu em O Ciclo de Inana.
Ki: Deusa suméria da terra, mãe de Enlil, o deus dos ventos e do ar.
Kish: Antiga cidade, a primeira a se obter emancipação após o dilúvio, de acordo com a Lista de
Reis Sumérios. A parte leste da Babilônia ligava-se a Kish por um canal. Centro de culto de
Inanna/Ishtar (templo E-hursag-kalama) e Zababa (templo E-mete-ursag). Veja Etana.
Kishar: Deus da geração antiga, consorte de Anshar.
Kullab: Nome de bairro de Uruk e também da Babilônia.
Kush: Deus dos rebanhos.
Kutha: Centro de culto de Nergal, cidade próxima da Babilônia. Templo Emeslam.
Lamashtu: Veja demônios.
Lugalbanda: Pai de Gilgamesh, rei de Uruk, filho de Emerkar, herói endeusado de muitas
histórias sumérias. Consorte da deusa Ninsun, nativo de Kullab, bairro da cidade da Babilônia..
Lugal-dimmer-ankia: Título sumério "Rei dos deuses do céu e da terra"
Marduk (Assírio: Assur; Sumério: Enlil; Grego: Zeus): Deus patrono da Babilônia, consorte de
Zarpanitum. Templo Esagila, zigurate E-temen-anki. Epíteto: Bel (Senhor). Protetor da
agricultura, da justiça e do direito. Filho de Enki/Ea, pai de Nabu, criou ventos e tempestades
como Zeus. Também lutou e venceu Tiamat para criar a ordem e o universo. Personagem
principal do mito da criação Babilônica, outro grande épico mesopotâmico, chamado de Enuma
Elish.
Mashu: Montanha nos confins do mundo, onde o sol nasce. Guardada por seres metade
humanos, metade escorpiões. Nome significa gêmeo. Ver A Cura de Gilgamesh.
Melqart: Deus fenício, equivalente a Nergal. Nome significa "Senhor da Cidade" Patrono de
Tira. .
Muhra: face que olha nas duas direções, nome dos guardiões do Mundo Subterrâneo. Veja
também Ushmu.
Mulliltu, Mullita: Deusa babilônica deusa, chamada Mullissu em assírio, Ninlil em sumério, e
Mylitta em Grego. Consorte de Ellil e Assur. Venerada em Nippur. Ver Enlil e Ninlil.
Mummu: Vizir do Absu.
Mundo Subterrâneo: Conhecido por diversos nomes: A fortaleza de Danina; Arali; Kutha
(cidade da qual Nergal era patrono); Meslam (templo de Nergal em Kutha); As Regiões
Inferiores: saplatu; O Grande Local: kigallu, gingal; Terra da Qual não se Retorna: Kurnugi;
Grande cidade: Erkalla; Grande Portal, chamado Ganzir, palácio Egalgina. Regido por
Ereshkigal e Nergal; tendo Belet-Seri. Como escriba. Juizes: os Anunnaki e Gilgamesh.
Mushussu: "Serpente rubra/furiosa" , dragão ou monstro composto. Símbolo de Marduk.
Música: era principalmente usada para acompanhar o relato de uma história ou para entoar um
verso. Era usada tanto para cerimônias religiosas como entretenimento. A maior parte delas era
acompanhada por instrumentos, como a flauta de junco, a lira, o tambor e tamborins, a trombeta
e a harpa
Nabu (Nebo): Deus da escrita e da sabedoria. Templos chamado Ezida, possuindo altares
importantes nas cidades de Borsipa, Suza e Tashmetum. Culto começa a Ter proeminência a
partir do século VIII antes da nossa era. Como o deus mesopotâmico da linguagem, eloqüência e
sabedoria, era o padroeiro dos escribas (homens e mulheres). Filho de Marduk, tinha como
esposa Nidaba, também deusa da escrita e dos escribas, como mensageiro dos deuses ele podia
ser comparado a Hermes. Adorado pelos babilônicos, e um exemplo disso é o nome do famoso
imperador Nabucodonossor, que quer dizer literalmente "Nabu triunfa".
Nabunassar (Nabu-nasir): Rei da Babilônia 747-734 BC, período no qual se acredita ter
iniciado uma grande prosperidade.
Namu: Deusa-mãe suméria, mãe de Enki e Ereshkigal. Deusa dos Mares, que criou o céu e a
terra.
Nana: Deus sumério da Lua, da cidade de Ur, amado de Ningal. Sumério deus-lua da cidade de
Ur. Também chamado Sin, filho de Enlil e Ninlil.
Nedu/Neti: nome do chefe dos demônios do Mundo Subterrâneo.
Nergal: Também pronunciado Erakal, "Deus de Erkalla (a grande cidade)", escolhido de
Ereshkigal no mito "Nergal e Ereshkigal" . Assimilado com Erra, com muitos aspectos depois
assimilados pelo grego Hércules. Templo Emeslam. Parcialmente assimilado com Gilgamesh
como juiz do Mundo Subterrâneo, e com Ninurta.
Ninazu: Deus de Eshnunna. Templo chamado E-sikil e E-kurmah. Filho de Enlil e Ninlil,
concebido durante a descida de Enlil e Ninlil ao Mundo Subterrâneo, pai de Ningishzida.
Substituído por Tishpak como patrono de Eshnunna: Deus babilônico da cura, mágica e
encantamentos.
Nínive: Capital dos reis assírios, nos séculos sétimo e oitavo antes da nossa era. Centro de culto
de Ishtar.
Ningal: Amada consorte de Nana/Suen, o deus da Lua, mãe de Utu, o deus do Sol e Inana, a
grande deusa do amor e da guerra.
Nin-shubur: Divindade feminina na Suméria, masculina em acádio. Vizir de Anu e de Ishtar.
Assimilada com Ilabrat e Papsukkal. Ver Enki e Inana A Descida de Inana.
Nummu (Ninsar): Deusa suméria das plantas, filha de Enki. Ela torna-se esposa de seu pai para
dar à luz à deusa Ninkurra, que também se casa com seu avô Enki para conceber Uttu, a deusa
dos teares e das aranhas. Ver mito de Enki e Ninhursag.
Nin-Sun: Deusa suméria e babilônica, da cidade de Uruk, mãe de Gilgamesh.
Nintu: Nome de Ninhursag.
Ninurta: Provavelmente pronunciado Nimrud e Enurta algumas vezes. Deus guerreiro sumério,
vencedor heróico de muitas vitórias, deus da agricultura e da fertilidade. Filho de Ellil.
Assimilado com Ningirsu. Templo: E-padun-tila , tendo talvez o seu templo principal situado em
Nippur. Líder dos Anunaki no mito de Anzu. Como Marte, Ninurta é patrono daqueles que
trabalham com cobre, os primeiros mineiros do planeta.
Nipur: cidade da Mesopotamia central, Centro de culto de Ellil, templo principal: Ekur.
Nisaba (Nissaba): Deusa suméria das artes do escriba, protetora das escolas, professores e
estudantes. Seu símbolo é o cálamo, um tipo de junco duro, usado para escrever, colocado sobre
o símbolo de altar. Ela também era considerada a deusa protetora da agricultura, da vegetação
ordenada e da mágica.
Nisir: O monte bíblico Ararat, onde finalmente aportou a arca de Ut-Napishtim .
Nudimmud: Nome sumério de Ea como deus criador. Ver MITOS DE ENKI, neste site.
Nusku: Deus da luz, com importantes altares junto ao deus da lua em Harran e Neirab. Vizir de
Anu e de Ellil. Símbolo: Lâmpada.
Oannes: Grego para Uan, um dos nomes de Adapa.
Oferendas: Oferendas de farinha, "mashatu" eram cozidas e espalhadas.; Oferendas de fumaça
"qutrinnu", as quais os deuses podiam sentir o cheio nos céus; Incenso ou "mussakku";
Oferendas de apresentação "taqribtu"; Oferendas de comida, "nindabu" freqüentemente de pão;
Oferendas regulares "ginu"; Sacrifícios, freqüentemente de ovelhas.
Pabilsag: Deus de Larak, cidade importante antes do Dilúvio.
Pagalguena: "Grande canal de Guenna (governador de Nippur)", outro titulo de Marduk no
Enuma Elish.
Panigara (Pap-nigin-gara): Deus guerreiro, assimilado por Ninurta. Epiteto: "Senhor dos
marcos de pedra."
Papsukkal: Vizir dos grandes deuses, templo E-akkil em Kish. Assimilado com Ilabrat e
Ninshubur. Servia principalmente Enki.
Parsay: Nome de Dur-Kurigalzu, capital cassita, próxima a Bagdad.
Puzur-Amurri: "Segredo do Deus do Oeste" nome do barqueiro de Ut-napishtim durante o
dilúvio no Épico de Gilgamesh.
Pazuzu: Demônio mesopotâmio do Vento Sul, com quatro asas e cabeça de leão
Pukku: Na mitologia babilônica, o tambor que Ishtar deu a Gilgamesh. Ver A Árvore de
Huluppu.
Puzur-Amurri: O navegador da arca babilônica.
Qingu (Reiu): Nome do líder da batalha do Enuma Elish que lutou do lado de Tiamat. Segura as
Tábuas do Destino. Significado do nome desconhecido.
Ramman, Rimmon: "Aquele que faz a terra tremer," nome de Adad. Veja Adad.
Resheph: Deus sírio da guerra, com cabeça de gazela.
Rim-Sin: Rei de Larsa do período dinástico sumério. Rim-Sin escavou o rio Eufrates com suas
mãos, pois ele foi um grande gigante.
Salbatanu: Deus babilônico e planeta Marte.
Sargão II: Rei da Assíria, 721-705 Antes da Nossa Era. Escreveu uma longa descrição de sua
oitava campanha sob a forma de uma carta ao seu deus pessoal.
Sebitti: O grupo dos sete demônios que marcham com Erra para a guerra. As Plêiades.
Demoníacos em algumas tradições, bons em outras. Filhos de Anu e Ki.
Senaqueribe: Rei da Assíria a cerca de 704-681 Antes da Nossa Era. Saqueou a Babilônia em
689 BC. Estabeleceu Nínive como sua capital, com palácio real e biblioteca.
Serpente: O predecessor mitológico da Serpente é o deus sumério deus Enki, o babilônico Ea,
deus que rege a terra onde vivem todas as criaturas. Os antigos semitas associavam a serpente
com o deus da lua, Nana, talvez pela capacidade de renovação atribuída às serpentes.
Sete Sábios: Veja Apkalu.
Shakkan (também chamado Sumuqan e Amakeu): Deus dos rebanhos e pastores, em geral
colocado juntamente com Anshan, o deus dos cereais. Também pronunciado Shahan.
Shamash (Sumério Utu, Hebreu Shemesh, Arábico Shams): Deus-sol, patrono de Sipar e
Larsa, templos chamado E-babbar. Esposa Aya/Anunitum: deus da justiça e das profecias. Título
"meu sol" significa "majestade", conferido a reis mortais e deuses chefes de um panteão
específico. Na Babilônia, o deus-sol era o protetor da justiça e da verdade, juiz do céu e da terra,
patrono de Gilgamesh. Filho do deus da lua Sin, irmão de Ishtar e marido de Aya. Primeiramente
venerado em Sipar e Larsa, seu culto espalhou-se por Canaã e Palestina, Arábia e Pérsia.
Shamash é mostrado com raios flamejantes saindo de seus ombros, saltando entre montanhas,
com tiara de chamas na cabeça e espada de serra. Foi sob sua autoridade que o rei Hamurabi
compôs o primeiro código de leis da humanidade. No Egito, era identificado com Ra.
Shapash: Deusa do sol ugarítica, a forma feminina de Shamash, muitas vezes chamada de ‘a
tocha dos deuses’.
Shamhat: Também pronunciado Shakat, "voluptuosa" nome da iniciada mandada até Enkidu.
Provavelmente pertencia ao culto pessoal do templo de Ishtar em Uruk. Ver Enkidu e a
Sacerdotisa A Cura de Gilgamesh.
Shara: Deus sumério da cidade de Umma, moderna Djoha, Nordeste de Uruk. Filho de Ishtar.
Epíteto: Herói de Anu.
Sharur: Arma pessoal de Ninurta/Ningirsu.
Shuanna: nome para a Babilônia, originalmente o bairro onde se encontravam os templos
principais.
Shullat Deus pouco conhecido, consorte de Hanish. Servo do deus sol. Deus babilônico
equivalente a Hermes, o mensageiro divino.
Shulpae: Deus sumério com uma série de atribuições, incluindo fertilidade e poderes
demoníacos. Consorte de Ninhursag. Identificado pelo planeta Júpiter.
Shurrupak: cidade de Ut-Napishtim no parte central do Sul da Mesopotâmia. Identificada como
a moderna Tell Fara.
Shushinak: Deus patrono de Susa, a oeste de Elam.
Shutu: Deus sumério do Vento Sul.
Sibitti: Na mitologia babilônica, os deuses do inferno e servos de Erra, o deus da morte. Eram
os deuses das batalhas e das armas, adoradores do combate e detestando a vida calma das
cidades. Erra persuadiu Marduk, o deus da ordem e da justiça, para tirar férias nas Esferas
Superiores. Assim que Marduk se foi, confusão e desordem foram instalados. Ver o mito Erra e
Ishum.
Sibzianna: Deus sumério do firmamento; Orion.
Siduri (Siduru, Sabatu): Nome da Divina Dona das Tavernas, deusa dos licores e da sabedoria.
O equivalente a Hebe, a deusa das bebidas sagradas, mostrada em geral sentada no alto dos céus,
tendo uma videira às suas costas. Ver A CURA DE GILGAMESH.
Sin (Suen, Sumério Nana): Semítico Erah, deus da Lua de Ur, Harran, e Neirab. Consorte de
Nikkal (Sumério: Ningal). Símbolo: disco em forma de crescente. Protetor dos Juramentos. O
deus da Lua na Suméria e da Babilônia, regente do calendário. Freqüentemente pintado com
chifres e uma longa barba de lápis azul. Seu templo era chamado Enushirgal, onde Gilgamesh
orou para ele. Seus oráculos continham comentários que mesmo os deuses deviam escutar. O
eclipse da lua era tido como sinal de desastre iminente para a terra.
Sipar: cidade de Shamash e Aya/Anunitum, no Eufrates, ao Norte da Babilônia. Epíteto: a cidade
eterna.
Sirsasa (também Saria): Nome do monte Hermon no Líbano.
Sirsir: Deus barqueiro, patrono dos marinheiros.
Subartu: Provavelmente um termo geral para os países ao Norte da Assíria.
Sultanpepe (antiga Huzirina): local próximo a Harran onde arqueólogos acharam textos
escolares, incluindo tábuas de exercícios de composições literárias. Estes textos provavelmente
foram originados das bibliotecas da Assíria nos séculos oitavo e sétimo antes da nossa era.
Susa: Capital ocidental do reino elamita, nas montanhas de Zagros. Deus patrono: Shushinak.
Suteanos: Nômades semíticos do oeste, que apareceram ao final do segundo e no inicio do
primeiro milênio. Inimigos tradicionais dos acádios.
Tábua dos Destinos: Tábua em cuneiforme na qual eram escritos os destinos. Dava poder
supremo a quem a possuísse. Antecedente do Livro do Destino no Livro dos Jubileus e da Lei
Pré-Islmâmica al-mahfuz, "tábua da preservação" sobre a qual eram escritos os desígnios de
Alah. Acompanhada pelo selo dos destinos.
Taklimtu: Ritual assírio durante o mês de Dumuzi (final de Junho), quando a estátua de culto de
Dumuzi Tammuz), ainda jovem e bonito, era colocado em um ponto de Nínive. Este ritual
marcava o final da primavera. umuzi é o consorte de Inanna/Ishatar.
Tamuz (Dumuzi): Deus babilônico da primavera, das flores, das plantas verdes e dos filhotes
dos rebanhos. Ver O CICLO DE INANA.
Tarbisu: Povoação antiga, ao Norte de Nínive. Centro de adoração de Nergal.
Tell-Haddad: Local perto do rio Diyala, a leste do Tigre, antiga Me-Turan.
Tell Harmal: Local perto de Baghdad, antiga Shaduppum.
Tiamat (também pronunciado Tiwawat e Tamtu, provavelmente pronunciado Tethys em grego
Iônico, conhecida como Ayabba em semítico ocidental): Mar, águas salgadas personificadas
como a grande Deusa-Mãe da primeira geração dos deuses no Enuma Elish. Esposa de Absu.
Epitomiza o caos.
Tigre: Rio do Leste da Mesopotâmia, antigo "Idiglat"
Tirana: Nome de Uruk, significa ‘arco-íris’, usada no período Selêucido.
Tishpak: Deus patrono deus de Eshnunna. Natureza incerta. Provavelmente assimilado com
Ninazu.
Tutu: Nome de um deus criador sumério.
Ubara-Tutu: Pai de Ut-napishtim, Rei de Shuruppak, que reinou por 18.600 anos, de acordo
com a Lista dos Reis Sumérios.
Ubshu-ukkinna, Ubshu-ukkinakku: Nome sumério nome para a sala da assembléia dos deuses
presente em muitos templos. Contida na montanha sagrada Duku.
Ugarita: Cidade datada da época da Idade do Bronze na Síria, onde foram descobertos muitas
tábuas escritas em cuneiforme. Algumas tábuas escritas em cuneiforme, mas em cananeu,
também são conhecidos como material de Ugarit.
Ukur: Deus do Subterrâneo deus, vizir de Nergal, talvez também assimilado por Nergal.
Ulaya: Rio de Karkheh a Oeste do Irã.
Ummanu: Os Sete Sábio, que escreveram os grandes poemas épicos, como Erra e Gilgamesh.
Ur: Cidade poro ás margens do rio Eufrates, próxima ao Golfo. Deus patrono: Nana/Sin. Templo
E-kishnugal, local sagrado das sacerdotisas Entu, as princesas reais.
Urshanabi (Sumério Sur-sunabu): O barqueiro babilônico. No Épico de Gilgamesh, o
barqueiro de Utnapishtim, o Noé babilônico.
Uruk: Cidade na Baixa Mesopotâmia. Reis incluem Enmerkar, Lugalbanda e Gilgamesh. Deuses
patronos: Anu e Ishtar. Templo principal: Eanna. Também conhecida como Tiranna, "a cidade do
arco-íris" no período Selêucido. Agora chamada Guerraka, no Sul do Iraque.
Ushmu, Usmu, Ismud: Deus sumério, dotado de duas faces, vizir de Enki/Ea. Talvez também
conhecido em acádio como Muhra.
Ut-Napishtim: O Noé babilônico Noah, cujo nome significa " aquele que achou a vida", ou seja,
tornou-se imortal. Herói do Grande Dilúvio no Épico de Gilgamesh.
Uttu: Deusa suméria da terra e das plantas, filha de Enki, e Ninkurra. Ver Enki e Ninhursag.
Utu: Deus Sol sumério, filho de Ningal e Nanna.
Ventos: Quatro ventos para os pontos do compasso:
O Vento Sul, é caprichoso e feminino, chamado de ´Respiração de Enki`,
O Vento Norte, chamado Istanu, tido como moderado e aprazível;
O Vento Sul, chamado Sadu, literalmente Vento da Montanha;
Vento Leste, ou Amurru.
Também existem sete ventos maldosos, referidos como 'ventos do mal' ou 'Imhullu"
Tempestade: Mehu
Redemoinho: Asamsatu
Tornado Imsuhhu
Wer: Também Mer, Ber, e Iwer, deus das tempestades, patrono de Humbaba, identificado com
Amurru e Adad.
Zababa (também Zamama): Deus guerreiro, patrono de Kish, templo E-meteursag. A
etimologia do nome é incerta. Ele aparece no Período Sumério Antigo e seu nome consta dos
tempos pré-sargônidos. Foi um deus da cidade de Kish, um guerreiro posteriormente identificado
com Ningirsu e Ninurta. Diz-se também que Inana em seu aspecto de deusa-guerreira é esposa
de Zababa/Baba. Em inscrições hititas o ideograma sumério ZABABA pode significar deuses
guerreiros de um certo lugar.
Zakar (Dzakar): Deus babilônico dos sonhos, sendo que os sonhos na Antiga Mesopotâmia
traziam mensagens dos deuses para os homens.
Zappu: Divindade babilônica das Plêiades.
Zarpanitum (Sarpanitum): Deusa da gravidez, esposa de Marduk na Babilônia. Também
chamada de Erua.
Zigurate: torre de templo, com degraus ou subida em espiral levando ao topo, símbolo da união
do céu e da terra. No ponto mais alto do zigurate, encontra-se um templo ou altar sagrado.
Ziusutra: Sacerdote-rei sumério e sobrevivente do Grande Dilúvio. Ver A Cura de Gilgamesh.
Zu: Na mitologia babilônica, deus-pássaro e inimigo dos grandes deuses, por ter roubado as
Tábuas do Destino. Os deuses ficam impotentes frente ao acontecido. Finalmente, o rei
Lugalbea, pai de Gilgamesh, foi capaz de recuperar as Tábuas do Destino, após matar Zu. Na
mitologia assíria, Marduk é quem esfola o crânio de Zu. Num outro mito, foi Ninurta o herói e
matador de Zu (versão escolhida nesta obra).
O CICLO DE INANA/ISHTAR
1 - A ÁRVORE DE HULUPU
Nos primeiros dias, quando tudo o que era necessário foi trazido à existência
Nos primeiros dias, quando tudo o que era necessário foi alimentado como devia
Quando o pão foi cozido nos templos desta terra
Quando o pão foi provado [por todos] nos lares desta terra
Quando o Firmamento se separou da Terra
E a Terra foi separada do Firmamento
E o nome do homem foi fixado
Quando o deus do Firmamento, Anu, carregou consigo os céus
E o deus do Ar, Enlil, carregou consigo a Terra,
Quando à Rainha das Grandes Profundezas,
Ereshkigal, foi dado o Mundo Subterrâneo para seu reino
Então uma serpente, que não podia ser enganada por encantamentos ou artes,
Fez seu ninho nas raízes da árvore de Hulupu.
O pássaro Anzu fez para si e seus filhotes um ninho nos galhos da árvore sagrada,
E Lilith, a donzela rebelde e morena, fez do tronco da árvore de Hulupu o seu lar.
Vendo todos eles tomarem conta da minha árvore,
Eu chorei, ah, como eu chorei!
Mas mesmo assim nenhum deles deixou a minha árvore.
Então uma serpente, que não podia ser enganada por encantamentos ou artes,
Fez seu ninho nas raízes da árvore de Hulupu.
O pássaro Anzu fez para si e seus filhotes um ninho nos galhos da árvore sagrada,
E Lilith, a donzela morena e rebelde, fez do tronco da árvore de Hulupu o seu lar.
[Vendo todos eles tomarem conta da minha árvore,]
Eu chorei, ah, como eu chorei!
Mas mesmo assim nenhum deles deixou a minha árvore.
Quando Ela estava a uma curta distância do Abzu, o local sagrado de Eridu,
Ele, cujos ouvidos estão [sempre] abertos,
Ele, que conhece os ME, as leis sagradas do céu e da terra,
Ele, que conhece o coração dos deuses,
Enki, o deus da Sabedoria, que tudo sabe,
Chamou seu servo Isimud.
(14 vezes Enki questionou seu servo Isimud. 14 vezes Isimud respondeu dizendo:
- Meu rei deu-os todos para vossa filha, meu rei deu-os todos para Inana).
Então Enki. Chamou seu servo Isimud uma segunda, uma terceira, uma quarta, uma quinta e uma
sexta vez, dizendo:
- Meu ministro {sukkal] Isimud....
- Meu rei Enki, estou aqui para servi-vos...
- Onde está a Nau dos Céus neste momento?
De cada vez, Isimud dá seis diferentes localizações para a
Nau dos Céus ao responder ao seu rei e senhor.
De cada vez, Enki dá a mesma resposta a Isimud:
- Então vá e mande monstros para capturar a Nau dos Céus!
Então Enki chamou seu servo Isimud pela última vez, dizendo:
- Meu ministro {sukkal] Isimud....
- Meu rei Enki, estou aqui para servi-vos...
- Onde se encontra agora a Nau dos Céus?
- A Nau dos Céus está no Branco Cais.
- Vamos! A senhora está fazendo maravilhas lá!
A Rainha está fazendo maravilhas no Branco Cais
Inana está fazendo maravilhas no Branco Cais
Pois a Nau dos Céus está em Uruk!
Dumuzi cantou:
- Ah, senhora, teu seio é o teu campo
Inana, teu seio é teu campo
Teu campo amplo derrama plantas
Teu campo amplo derrama cereais
As águas circulam altas para teu servo
Derrama-a para mim, Inana,
Eu beberei tudo o que me ofereceres!
Inana cantou:
- Faz teu leite doce e espesso, meu noivo.
Meu pastor, eu beberei teu leite fresco.
Touro selvagem, Dumuzi, faz teu leite doce e espesso
E eu beberei teu leite fresco.
Dumuzi falou:
- Minha irmã, eu gostaria de ir contigo ao meu jardim
Inana, eu gostaria de ir contigo ao meu jardim
Eu gostaria de ir contigo ao meu pomar
Ei gostaria de ir contigo até a minha macieira
E lá eu gostaria de plantar a doce semente coberta de mel.
Inana falou:
- Ele me levou ao seu jardim
Meu irmão, Dumuzi, me levou para seu jardim
Eu passeei com ele entre as árvores viçosas
Eu fiquei ao seu lado entre as árvores caídas
Junto à macieira, eu me ajoelhei, como de costume
Inana cantou:
- Ontem à noite, quando eu, a rainha estava radiante
Ontem à noite, quando eu, a Rainha dos Céus, estava radiante,
Quando eu estava radiante e dançando
Cantando à chegada da noite...
Ela chamou pelo leito, ela chamou pelo leito, ela chamou pelo leito!
Ela chamou pelo leito que alegra o coração
Ela chamou pelo leito que adoça os quadris
Ela chamou pelo leito que faz reis
Ela chamou pelo leito que faz rainhas
Ela chamou pelo leito:
- Que o leito que alegra o coração seja preparado!
Que o leito que adoça os quadris seja preparado
Que o leito que faz reis seja preparado
Que o leito que faz rainhas seja preparado!
Que o leito real seja preparado!
Inana estendeu o lençol de noivado por sobre o leito
Ela chamou pelo rei:
- O leito está pronto!
Ela chamou por seu noivo:
- Meu noivo, o leito está esperando!
Ele pôs a sua mão na mão dela
Ele pôs a sua mão no coração de Inana
Doce é o adormecer de mãos dadas
Mais doce ainda é o adormecer de corações se tocando.