Estradas - Aula 01
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1) Estaqueamento.
Exemplo 1 – Qual o comprimento de estrada entre o OPP até o ponto de estaca 32+15,20m?
R: 655,20m
Exemplo 2: Em uma extensão de estrada de 5.385,165m, qual seria a estaca referente ao PF?
R: 269+5,165m.
R: 1.727,5m
2) Lançamento do eixo.
Para o ponto C:
Fórmulas caderno Henrique. (5)
Para a cálculo das coordenadas, é necessário o conhecimento dos azimutes de cada
alinhamento poligonal, as quais podem ser deduzidas a partir do primeiro alinhamento e dos
ângulos de deflexão.
Da expressão acima, deduz-se que o ângulo de deflexão entre dois alinhamentos de azimutes
conhecidos é igual a diferença entre eles, sendo a deflexão direita ou esquerda, se o
resultado for positivo ou negativo.
Às vezes, dispomos dos rumos ao invés dos azimutes. De acordo com o quadrante onde o
rumo se encontra, o azimute será:
Exemplo 01:
AULA 02
1.4 Curvas Horizontais Circulares
A geometria da estrada é definida pelo traçado do seu eixo em planta e pelos perfis
longitudinal e transversal.
Em princípio, uma estrada deve ter o traçado mais curto possível. Porém, “ligeiras” deflexões
podem harmonizar o traçado com a topografia local.
Geralmente, a topografia da região atravessada, as características geológicas e geotécnicas
dos solos, a hidrografia e os problemas de desapropriação determinam o uso de curvas
horizontais. Escolhido seu raio, elas devem garantir:
Para concordância de dois alinhamentos retos, foi escolhida a curva circular, devido sua
facilidade de projeto e locação.
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PC = ponto de curva
PT = ponto de tangente
D = desenvolvimento da curva
Δ = ângulo de deflexão
T = tangente externa
O = centro da curva
E = afastamento
G = grau da curva
c = corda
O ponto de início da curva é denominado PC. Pode ser à direita (PCD) ou à esquerda (PCE). A
outra extremidade é o ponto de tangente PT.
As indicações usuais nas folhas de projeto são as seguintes, podendo variar de acordo com o
projetista.
Desenho caderno Henrique. (11)
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Desenho caderno Henrique. (13)
180 xc
Uma curva pode ser definida pelo raio ou pelo grau. Expressa pela relação G= πxR
A curva será medida por meio de segmentos retos ou cordas. Para que a corda exprima o
comprimento do arco sem erro significativo, são definidos seus comprimentos máximos
conforme:
Para:
cx ∆ 1145,92
G=
D
G=2 x sin−1 ( 2 cxR ) G20=
R
Obs: Quando necessário transformar o grau para deflexão multiplicando por 60’ (60 min)
G
Valores de deflexão sobre a tangente: d=
2
G20
Valores de deflexão por metro: dm=
40
Exemplo: Numa curva circular horizontal, temos Δ = 45,5º, R = 171,98m, E(PI) = 180+4,12m.
Determinar os elementos T, C, E, G20 (multiplicar por 60’), d, dm, E(PC) e E(PT), além disto,
construa a tabela de locação.
Fórmulas caderno Henrique. (16)
Tabela complementar caderno Henrique. (16)
Tabela de locação
Duas curvas circulares consecutivas de raios diferentes com um ponto em comum constituem
uma curva composta quando está do mesmo lado da reta tangente neste ponto, chamado
PCC – Ponto de Curvatura Composta.
As curvas circulares compostas são usadas em terrenos montanhosos, onde duas, três ou
mais curvas simples de reios diferentes são necessárias para adequar o traçado.
Exemplo:
Calcular Ta e Tb:
Exercícios propostos:
AULA 03
1.6. Superelevação
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È a inclinação transversal necessária nas curvas a fim de combater a força centrífuga
desenvolvida nos veículos e dificultar a derrapagem. Varia em função da classe da rodovia,
raio de curvatura e velocidade do veículo.
Nas rodovias, parte do efeito destas forças centrífugas nas curvas é absorvida pelo atrito
entre a pista e os pneus. Outra parte contrabalanceada pela superelevação, que é a
declividade da pista, proporcionada por uma cota superior no bordo externo em relação ao
bordo interno da curva.
Exemplo:
Se uma curva nesta rodovia tem um raio de 900m, qual a superelevação a se adotar?
1.7. Superlargura
É o aumento de largura necessário nas curvas para a perfeita inscrição dos veículos.
Nos trechos em curva, os veículos ocupam fisicamente espações laterais maiores do que na
tangente, e devido a um efeito visual causado pela perspectiva, há uma aparência de
estreitamento da pista à frente, causando sensação de confinamento. Para compensar isto,
os trechos em curva podem ser alargados, denominando-se superlargura (S) a diferença
entre a largura na curva (Lt) e a largura na tangente (Ln) obtida das expressões a seguir.
Onde:
S = Superlargura total da pista (S = Lt-Lb)
Lt = Largura total da pista de 2 faixas de tráfego
B = Largura básica da pista em tangente
Gc = Gabarito estático do veículo em curva
Gl = Folga lateral do veículo em movimento
Gf = Acréscimo devido ao balanço dianteiro do veículo em curva
Fd = Folga dinâmica, determinada experimental e empiricamente.
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Gl (m) 0,60 0,75 0,90
Exemplo 1)
Dados:
Raio = 200 m
Lb = 7,20 m
V = 90 Km/h
Exemplo 2)
Exercícios propostos:
E = 6,50 m
Largura do veículo; L = 2,5m
Distância entre o entre eixos e o eixo dianteiro; F = 1,10 m
Raio da curva; R = 280 m
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Velocidade; V = 90 Km/h
Faixas de tráfego de 3,3m (Lb = 6,6m) -> tabela -> Gl = 0,75
Nº de faixas = 2
AULA 04
Curvas horizontais de transição
Ao passar um veículo de um alinhamento reto para uma curva circular, há uma variação
instantânea do raio infinito da reta para o raio infinito da curva, surgindo bruscamente uma
força centrífuga que tende a desviar o veículo de sua trajetória.
Para assegurar o conforto e a segurança nas curva e reduzir os incômodos desta variação
brusca, intercala-se entre a tangente e a curva circular uma curva de transição, na qual o raio
de curvatura passe gradativamente do valor infinito ao valor do raio da curva circular.
Por definição, a clotóide é uma curva tal que o raio de curvatura em qualquer um de seus pontos é
inversamente proporcional aos desenvolvimentos dos seus respectivos arcos. Chamando L o
comprimento do arco e L o raio de curvatura no extremo desse arco.
A locação da curva de transição é iniciada pela localização do ponto TS sobre a primeira tangente a
uma distância TT do ponto PI. Com o instrumento centrado no TS, dá-se início à locação do primeiro
ramo da espiral, que poderá ser locado pelo método das ordenadas sobre a tangente, com o uso de
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valores calculados para X ou Y, ou pelo método das deflexões, usando-se os ângulos de deflexão e
comprimentos de arco C.
Feita a locação da espiral, muda-se o instrumento para SC e vira-se o TS com a deflexão J s=∅ s−is ,
lida no sentido de curvatura. Quando se voltar o instrumento a zero, tem-se a direção da tangente no
SC.
Exemplo 2
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