Geometria Analítica
Geometria Analítica
Geometria Analítica
GEOMETRIA ANALÍTICA
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
Fonte: www.infoescola.com
4
fundamentados na ideia primitiva de ponto, afinal todas essas figuras nada mais são
que conjuntos de pontos.
Plano Cartesiano
5
1.2 Onde usá-la ou encontrá-la?
Fonte: www.infoescola.com
EXEMPLOS:
Igreja (D, 9)
Cinema (L, 5)
Não importa quem foi o criador da geometria analítica, embora todos os seus
contribuintes tenham muito mérito e mereçam a nossa admiração, gratidão e respeito,
o importante é que essa descoberta revolucionou as nossas vidas, tornando-as mais
práticas, convenientes e esclarecidas. Saber se deslocar num determinar espaço,
mesmo que ele ainda lhe seja desconhecido, nos permite conhecer novos mundos,
novos campos de conhecimentos, de conquistas, de descobertas.
A geometria analítica guia os nossos passos a cada instante das nossas vidas.
Em momentos ela é útil aos profissionais da matemática, da física, da engenharia, etc.
6
Em outros ela favorece aqueles que utilizam a matemática ou outras ciências
inconscientemente, os leigos dos aspectos técnicos, porém essenciais ao
funcionamento do mundo.
“A cada ponto, uma localização; a cada localização, um mundo que se revela”.1
Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
8
Se um ponto pertence a uma reta e é representado por um número real,
dizemos que o espaço onde esse ponto está localizado (a reta) possui apenas uma
dimensão e o número real é chamado de coordenada do ponto.
Caso o ponto pertença a um plano, é representado por um par de números
reais. O espaço onde está localizado (o plano) possui duas dimensões e esse ponto
possui duas coordenadas.
Desse modo, o número de coordenadas que um ponto possui é igual ao número
de dimensões que possui o espaço onde esse ponto está localizado. O ponto
pertencente ao espaço tridimensional, por exemplo, possuirá três dimensões e será
representado por três coordenadas. A figura acima retrata o ponto A, que pertence ao
espaço tridimensional e é representado pelo terno ordenado (x,y,z).
9
Estudo Analítico do Ponto
1 – O que é ponto e localização?
2 – Plano Cartesiano
3 – Distância entre dois pontos
4 – Conjuntos de pontos
Vetores
1 – O que são e representação de vetores
2 – Operações básicas envolvendo vetores
3 – Ângulo entre vetores
Cônicas
1 – Elipse
2 – Hipérbole
3 – Parábola2
P= (x, y)
11
Temos, respectivamente, a primeira (x) e a segunda (y) coordenadas de P.
Reciprocamente, dado um par de números reais, localiza-se no plano um único
ponto P. Observe que a correspondência biunívoca entre pontos e pares de
coordenadas no plano é uma função bijetora. No espaço de três ou mais dimensões
a mesma correspondência se repete. Cuidado com a confusão entre gráfico de função
e equações que representam figuras geométricas! As coordenadas de cada ponto de
uma função de uma ou mais variáveis sempre são únicas, independentemente da
função ser bijetora ou não. Mas o valor da função em um ponto não necessariamente
é calculado por apenas um valor ou valor (es) real (is). Ex: uma função par.
Observação: o sistema cartesiano pode não ser ortogonal, com eixos não
perpendiculares entre si. O fato dos eixos serem perpendiculares entre si nos oferece
algumas propriedades algébricas e geométricas que não seriam possíveis num
sistema não ortogonal. Neste site não são abordados sistemas de coordenadas não
ortogonais.
P= (x, y, z)
12
Dimensões maiores: para quatro ou mais dimensões o eixo adicional não tem
mais nomes, mas a propriedade deles serem ou não ortogonais para definirmos
sistemas de coordenadas ortogonais ou não continua válida. A função bijetora que
associa pontos no espaço e as suas respectivas coordenadas continua sendo válida.
Na grande maioria dos casos utiliza-se uma base ortonormal para encontrar
pontos no espaço. Adota-se um ponto O chamado de origem e uma
base E={e→x,e→y,e→z}. As coordenadas de qualquer ponto no espaço ficam
determinadas pela soma do ponto O com uma combinação linear dos vetores da base,
assim: P=O+ae→x+be→y+ce→z, de maneira que o vetor que desloca o ponto origem
até P é OP−→−=ae→x+be→y+ce→z. Note que se O=(0,0,0) teremos que a
terna (a,b,c) coincidirá, numericamente, tanto com as coordenadas do
vetor OP−→− quanto do ponto P.
Os vetores da base não precisariam ser dois a dois ortogonais, mas o fato de
termos uma base ortogonal permite utilizar as propriedades geométricas do produto
escalar, vetorial e misto. As normas dos vetores também poderiam ser diferentes entre
si, mas tendo todos os vetores norma 1 facilita muito na expressão das coordenadas
de um ponto.3
Definições
I) Eixo cartesiano
Toda reta orientada, com uma base estável e com um segmento adotado como
unitário é denominado Eixo cartesiano
(o) = origem
(U) = unidade
(e) = eixo
III) Abscissa
14
Na representação:
Ilustração do segmento orientado (A, B), com origem no ponto A e extremidade no ponto B. A
utilização da flecha, indica que o foi fixada uma orientação.
16
retas suportes dos segmentos geométricos AB e CD distintas. Dizemos que os
segmentos orientados (A, B) e (C, D) tem o mesmo sentido se os segmentos
geométricos AC e BD tenham intersecção vazia. Caso contrário, dizemos que os
segmentos orientados (A, B) e (C, D) tem sentido contrário.
17
Podemos observar que os eixos OX e OY dividem o plano em quatro regiões,
chamadas quadrantes, caracterizadas pelos sinais das coordenadas de seus pontos.
Desse modo, no primeiro quadrante, tem–se x ≥ 0 e y ≥ 0. No segundo quadrante,
tem–se x ≤ 0 e y ≥ 0. No terceiro quadrante, tem–se x ≤ 0 e y ≤ 0. No quarto quadrante,
tem–se x ≥ 0 e y ≤ 0.
A aplicação f: Π −→ IR2 que associa a cada ponto P do plano Π seu único par
de coordenadas f (P) = (x, y), relativamente ao sistema de eixos ortogonais, é uma
bijeção, isto é, uma correspondência biunívoca entre os elementos de IR2 e de Π.
Dessa maneira, temos que a aplicação f −1: IR2 −→ Π associa a cada par de
coordenadas (x, y) de IR2 um único ponto f −1 (x, y) = P do plano Π.
19
eixos ortogonais, é uma bijeção, isto é, uma correspondência biunívoca entre os
elementos de IR3 e de IE3. Desse modo, temos que a aplicação f −1: IR3 −→ IE3
associa a cada terna ordenada (x, y, z) de IR3 um único ponto f −1 (x, y, z) = P do
espaço tridimensional IE3
Assim, podemos dizer que o espaço numérico tridimensional IR3 é o modelo
aritmético do espaço tridimensional IE3, enquanto que o espaço tridimensional IE3 é
o modelo geométrico do espaço numérico IR3 . Desse modo, com a identificação entre
o espaço numérico IR3 e o espaço tridimensional IE3, da Geometria Euclidiana,
realizada pela bijeção f, podemos olhar para o IR3 como sendo o espaço numérico
tridimensional, e chamaremos seus elementos P = (x, y, z) de pontos.
Neste texto consideramos que os escalares são números reais. Além disso, No
caso em que λ = 0IR ou ~v = ~0, definimos λ~v = ~0.
Note que para λ 6= 0IR e ~v 6= ~0, o vetor ~w = λ~v tem a mesma direção do
vetor ~v. Além disso, para λ > 0 o vetor ~w = λ~v tem o mesmo sentido do vetor ~v e
para λ < 0 o vetor ~w = λ~v tem sentido contrário do vetor ~v.
21
O espaço de vetores V3 munido com a operação de adição de vetores e com
operação de multiplicação de vetor por escalar, e essas operações com as respectivas
propriedades, recebe o nome de Espaço Vetorial Real. O termo real vem do fato que
os escalares são números reais. Os espaços vetoriais são estudados de maneira
detalhada na disciplina de Álgebra Linear.
De maneira análoga, o conjunto IR3 = { (x1, x2, x3) / xi ∈ IR }, conjunto de todas
as ternas reais ordenadas, com a operação de adição de elementos definida por:
λ(x1, x2, x3) = (λx1 , λx2 , λx3) , ∀ λ ∈ IR , é também um espaço vetorial real.
22
vetores e utilizar a notação de flecha, isto ´e, indicando ~u = (x, y, z) ∈ IR3.
Temos a representação geométrica da soma dos vetores ~u e ~v. Para isso,
consideramos o segmento orientado (A, B) um representante do vetor ~u, e o
segmento orientado (B, C) um representante do vetor ~v. Assim, definimos o
segmento orientado (A, C) com sendo um representante do vetor ~u + ~v, que
indicamos −→AC = ~u + ~v.
Note que o elemento simétrico −~v tem a mesma direção, mas sentido
contrário, do vetor ~v.
23
Temos a representação geométrica da operação de subtração de vetores. Para
isso, consideramos os vetores ~u e ~v com o segmento orientado (0, A) um
representante do vetor ~u, e o segmento orientado (0, B) um representante do vetor
~v. Assim, definimos o segmento orientado (B, A) um representante do vetor ~u − ~v,
que indicamos −→BA = ~u − ~v., portanto, os segmentos orientados (0, C) e (B, A)
são equipolentes.5
6 PRODUTO ESCALAR
Exemplos:
O produto escalar entre u=(3,4) e v=(-2,5) é:
u.v = 3.(-2) + 4.(5) = -6+20 = 14
25
Desde que nenhum deles seja nulo.
Vetores ortogonais
Dois vetores u e v são ortogonais se:
u.v = 06
27
7.3 Produto de um número escalar por um vetor
28
Observação:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv, onde c é um
escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão paralelos:
por , e sua projeção no eixo y do plano será: . Este vetor pode ser escrito
como:
29
=( , ), respeitando que sempre o primeiro componente entre
parênteses é a projeção em x e o segundo é a projeção no eixo y. Caso apareça um
terceiro componente, será o componente do eixo z.
30
7.5 Ângulo entre dois vetores
31
Desde que nenhum deles seja nulo.
Vetor Posição
32
Sabendo que a velocidade média é igual ao quociente do vetor deslocamento
pelo intervalo de tempo:
Observação:
O vetor velocidade média tem a mesma direção e sentido do vetor
vetor .
então:
33
8.2 Aceleração Vetorial
Observação:
Assim como para o vetor velocidade, o vetor aceleração terá o mesmo sentido
34
Sabendo esses conceitos, podemos definir as funções de velocidade em
função do tempo, deslocamento em função do tempo e a equação de Torricelli para
notação vetorial:
Por exemplo:
Em y:
(b) Sabendo o vetor velocidade, podemos calcular o vetor posição pela equação
de Torricelli, ou pela função horária do deslocamento, ambas na forma de
vetores:
Por Torricelli:
36
Na mesma direção e sentido dos vetores aceleração e velocidade.
Pela Função horária da Posição:
9 EQUAÇÕES DA RETA
Podemos representar uma reta r do plano cartesiano por meio de uma equação.
Essa equação pode ser obtida a partir de um ponto A(xA, yA) e do coeficiente angular
m dessa reta.
Considere uma reta r não-vertical, de coeficiente angular m, que passa pelo
ponto A(xA, yA). Vamos obter a equação dessa reta, tomando um ponto P(x, y) tal que
P ≠ A.
Toda reta r do plano cartesiano pode ser expressa por uma equação do tipo:
ax+by+c=0
Em que:
• a, b, e c são números reais;
• a e b não são simultaneamente nulos.
Podemos obter a equação geral de uma reta r conhecendo dois pontos não
coincidentes de r:
A(xa,ya) e B(xb,yb)
38
9.3 Equação reduzida da reta
Vamos determinar a equação da reta r que passa por Q (0,q), e tem coeficiente
angular m = tg(α):
ax+by+c=0→by=−ax−c
Onde:
Considere uma reta r que cruza os eixos cartesianos nos pontos (0, q) e (p, 0).
39
Vamos escrever a equação da reta r:
10 CÍRCULOS NO PLANO
10.1 Circunferência
Equação reduzida
Equação geral
41
Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de
centro C(2, -3) e raio r = 4.
A equação reduzida da circunferência é:
43
Note que quando t varia de menos infinito (- ∞) a mais infinito (+ ∞), o ponto P
descreve toda a reta.
44
observar que o vetor v na direção da reta não é único, pois qualquer múltiplo escalar
desse vetor tem também a mesma direção de v.
Exemplo
Solução
45
As quais são diferentes das anteriores. Ocorre que esses dois sistemas de
equações paramétricas descrevem a mesma reta; só que com o mesmo valor de t,
obtemos pontos diferentes sobre a mesma reta. Por exemplo, para t = 0 no primeiro
sistema de equações, obtemos o ponto P0 e no segundo, o ponto P1; enquanto para t
= 1, obtemos no primeiro sistema o ponto (4,5,3) e no segundo, o ponto (7,7,4).
Exemplo:
1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos
dessa trajetória. A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus
respectivos planetas também apresentam esse comportamento.
2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos
48
focos.
3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito
em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base.
12.2 Elementos
Focos: os pontos F1 e F2
eixo maior:
eixo menor:
distância focal:
49
12.3 Relação fundamental
a2 =b2 + c2
12.4 Excentricidade
𝑐
e=𝑎
Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, consequentemente, 0 < e < 1.
50
Aplicando a definição de elipse , obtemos a equação da elipse:
12.6 Hipérbole
52
12.7 Elementos
Focos: os pontos F1 e F2
Vértices: os pontos A1 e A2
distância focal:
eixo real:
eixo imaginário:
Excentricidade
𝑐
e=𝑎
53
Como c > a, temos e > 1.13
Hipérbole equilátera
Equação
Observações:
2ª) os telescópios refletores mais simples têm espelhos com secções planas
parabólicas.
57
3ª) As trajetórias de alguns cometas são parábolas, sendo que o Sol ocupa o
foco.
Elementos
Foco: o ponto F
Diretriz: a reta d
Vértice: o ponto V
Parâmetro: p
58
DF =p
V é o ponto médio de 16
Equações de parábola
;
P(x, y);
dPF = dPd ( definição);
y2 = 2px
y2 = -2px
60
x2=2py
x2= - 2py17
Geometria Analítica
13 SUPERFÍCIES QUADRÁTICAS
Entende-se que uma equação geral do segundo grau costuma possuir três
variáveis (x,y,z), sendo que um dos coeficientes da equação (a,b,c,d,e ou f) deve ser
diferente de zero, sendo assim obtém-se uma superfície quádrica. No momento em
que a quádrica for cortada em planos coordenados ou em planos paralelos a eles, a
curva que se formará é reconhecida como a cônica.
Superficie esférica
É uma superfície esférica S que possui um centro C e o raio r > 0, sendo
considerado o local geométrico dos pontos de espaço que mantém uma distância r de
C. Sendo assim descrita:
63
Superfície cilíndrica
Quando há uma curva C e uma reta r e a superfície é a união das retas paralelas
a r e que passam por C. E quando a curva C for uma quadrática plana, então pode-se
dizer que a superfície será uma quádrica no espaço.
Superfície cônica
Superfície de rotação
Havendo uma reta r e uma curva C sendo a superfície S uma união das
circunferências com centro em r e que acabam tangenciado em C, sendo r o eixo de
rotação de S. Na maioria dos casos, quando a curva C é uma quádrica disposta de
maneira plana, tendo uma superfície de grau maior que 2. E somete será quádrica
quando C, além de ser quádrica, possui r como eixo de simetria.
64
conforme o número de coeficientes positivos dos termos do 1º membro da equação.
Se os coeficientes estiverem todos negativos, não existirá lugar geométrico.
Elipsóide
65
66
Hiperboloide de uma folha
67
De acordo com as imagens define-se assim a equação da hiperboloide de uma
folha em:
68
Hiperboloide de duas folhas
69
Paraboloide
É uma superfície quádrica, que pode ser dividida em duas partes: Paraboloide
Elíptica tem molde como copo de forma oval e pode possuir ponto máximo ou mínimo,
em um sistema de coordenadas: x,y,x.
Na qual a e b são constantes que determinam o grau da curva nos planos x-z
e y-z, e é uma paraboloide com abertura para cima. Parabolóide Hiperbólico: é uma
superfície em forma de sela, e representado pela equação:
Onde que c > 0, na qual possui abertura para baixo ao longo do eixo x e ao
longo do eixo y.
70
71
Superfícies cilíndrica
72
presentes em nosso meio visual. Além disso, pode-se destacar a importância do
estudo voltado a Matemática em sala de aula, com possibilidades de exploração
prática das mais diversas formas. Assim, pode-se afirmar que a Matemática surgira
da necessidade humana, evoluindo para estudos abstratos apenas a nossos olhos,
pois cada conteúdo e situação há uma razão matemática por existir. Garantindo dessa
maneira, a aproximação de conteúdos abstratos a nossos olhos com inúmeras
situações cotidianas, afinal, tudo isso surgira para explicar fenômenos práticos.19
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
STEWART, James. Cálculo Vol. I. Editora Pioneira. 4a. Edição. São Paulo, 2001.
Books, 2000.
74