Resenha Igreja Centrada Timothy Keller
Resenha Igreja Centrada Timothy Keller
Resenha Igreja Centrada Timothy Keller
Relatório de Leitura II
Gustavo Emanoel Pacheco Portes1
Sumario expositivo
Perguntas
1. Descreva a visão teológica da igreja centrada segundo T. Keller. Em sua opinião, o que é
1
Acadêmico da Pós-Graduação Latu Senso em Missiologia pelo UNASP-EC. E-mail:
gustavoepportes@gmail.com . Janeiro de 2015.
“Igreja Centrada” e que contribuição este conceito traz para a missiologia?
4. Em sua opinião, que modelo de relacionamento entre Cristo e a cultura é mais adotado
pelos líderes adventistas? Por que?
Até recentemente, ao que parece, o modelo transformacionista tem sido o principal aplicável.
Isto torna-se evidente na ênfase cognitiva e no afastamento de padrões comportamentais
gerais presentes na sociedade. De forma ampla, este modelo é eficaz na medida em que
promove o senso de santificação e afastamento do pecado. Entretanto, um dos grandes
cuidados a se observar e que, ocasionalmente torna-se visível, é a construção tácita de uma
espécie de “muro de separação” entre religiosos e o não-religiosos, o que bloqueia muitas
vezes o alcance a estas pessoas e a própria propagação da verdade presente. Tal procedimento
assemelha-se ao descrito acera do povo israelita (AT), na medida em que afastaram-se de tal
forma do mundo que os rodeava para não contaminar-se que perderam de vista a missão para
a qual Deus os havia chamado. De qualquer forma, o modelo de Cristo na cultura, com suas
ênfases na “relevância” da igreja e da mensagem – apontado por Keller como espécie de
modelo mercadológico e fadado a ultrapassagem cultural (na medida em que a cultura se
transforma e a suposta “relevância” cultural torna-se obsoleta,) – tem sido de forma crescente
implementada no meio adventista, sobretudo nos últimos anos. Talvez a influencia da
literatura de Rick Warren seja uma das principais molas propulsoras deste modelo dentro do
meio adventista.
Obviamente, a expectativa é estar na estação de verão, ajustado para a missão sem ignorar a
cultura circundante. Creio que, após as amplas discussões missiológicas que o programa de
pós-graduação tem permitido, em seus variados ângulos, espero estar passando da estação de
outono para verão. De acordo com Niebuhr, creio estar no primeiro ou talvez, como almejado,
no terceiro momento. Durante as discussões acerca de Crescimento e, sobretudo acerca da
relação igreja e cultural, é inegável os momentos de trânsito pelas três fases, ainda que a nível
de reflexão acadêmica. As discussões sobre cultura, como apresentadas por Keller, propõe
não apenas 3 fases mas 4, como descritas no inicio da resposta a esta pergunta. Keller indica
quatro estações na relação igreja-cultura: desde o inverno em que há hostilidade entre a igreja
e cultura; o outono em que o cristianismo é marginalizado em relação à cultura; a primavera
em que a cultura ataca abertamente o cristianismo (perseguição) e, ainda assim, a igreja cresce
e, finalmente, o verão em que há engajamento cultural e ativo dos cristão na sociedade e
cultura.
Conclusão
Fiel a sua cosmovisão presbiteriana, Keller conclui indicando que a igreja deve ser
centrada em sua visão teológica do Evangelho e em uma relação saudável com a cultura;
mantendo o movimento e a multiplicação urbana através do plantio de Igrejas. Ao fim,
princípios úteis à missão urbana podem ser extraídos da obra Igreja Centrada, considerando
as variáveis teológicas e a sempre presente necessidade do crivo e da reflexão missiológica
critica para a missão de Deus no tempo do fim.