Estratégias e Concepções Sobre o Ensino de Ecologia
Estratégias e Concepções Sobre o Ensino de Ecologia
Estratégias e Concepções Sobre o Ensino de Ecologia
VIDYA, v. 38, n. 2, p. 21-36, jul./dez., 2018 - Santa Maria, 2018. ISSN 2176-4603
RESUMO
A ciência Ecologia está em franca expansão e o seu ensino deve estar constantemente atualizado, promovendo mu-
danças pedagógicas significativas que envolvam todos os níveis de ensino. Este trabalho trata de uma pesquisa de
caráter documental e bibliográfico, que investiga concepções e metodologias no ensino de Ecologia. Os objetos de
estudo foram os resumos publicados no Congresso de Ecologia do Brasil entre os anos de 2003 a 2015. Ao todo,
foram coletados 10.065 resumos e, destes, analisados 31 que tratavam do tema. Quanto as concepções, foi obtida
predominância da concepção técnica, seguida de crítica e prática; também foram encontrados múltiplos tipos de enfo-
ques na abordagem dos conteúdos. Destacamos também a preocupação na diversificação de metodologias de ensino
para abordagens sobre o ensino de Ecologia.
ABSTRACT
Ecology is a field of knowledge that presents high rates of development, and its teaching must be constantly
updated, allowing to promote significant pedagogical changes that involve all levels of education. This work is
a documentary and bibliographic research that investigates conceptions and teaching methodologies used in
teaching Ecology. The study objects were the abstracts published at the - Ecology Congress of Brazil - between
the years 2003 to 2015. 10,065 abstracts were collected and among them, 31 that were related to teaching
activities were analyzed. Technical design was the most frequent conception found, followed by criticism and
practice, multiple approaches have been found in the approach to. It was also highlighted the concern in the
diversification of teaching methodologies for approaches on the teaching of Ecology.
* Graduada em Ciências Biológicas. Programa de Educação Tutorial - PETCiências. Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS. E-mail: elloisa-
macciell@hotmail.com.
** Doutor em Educação nas Ciências. PETCiências - UFFS. E-mail: bioroque.girua@gmail.com.
*** Doutra em Ecologia. PETCiências - UFFS. E-mail: daniela.ol.lima@gmail.com.
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INTRODUÇÃO
Em relação ao ensino de Ecologia, Cavalcante et al. (2014, p. 3) enunciam que: “[...] os concei-
tos de Ecologia tornam-se fundamentais para a compreensão das relações de interdependência entre
os organismos vivos e destes com os demais componentes do espaço onde habitam”. Não são raras
as vezes que encontramos termos ecológicos - Ecologia e ecologismo - confundidos com palavras
como natural, ambiente e amantes da natureza. Isto se deve principalmente à recorrência com que
os meios de comunicação se apropriam deste tema para enfatizar e dar credibilidade e veracidade a
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produtos, programas e notícias por eles veiculados (BRANDO, 2010), ponto que precisa ser pauta de
pesquisadores, professores e do ensino de Ecologia.
Lacreu (1998, p. 128) enfatiza que:
Em pesquisa referente a análise sobre livros didáticos de Ciências, quanto ao tema Ecologia,
Selles, Gomes e Lopes (2013) concluíram que, tendo a Ecologia como enfoque curricular expresso
em conteúdo de ensino, a partir da década de 1970 podemos visualizar um cenário de mudanças que
apresentam finalidades educacionais, utilitárias e pedagógicas. Quando partimos desses tantos prin-
cípios criados através dessa Ciência, criamos uma relação ligada ao bem-estar da atual sociedade e
do futuro do planeta, pois são as interações humanas com seus avanços tecnológicos, econômicos,
sociais, culturais e políticos que podem ou não interferir no restante das relações com o meio am-
biente. Baseados nestes princípios e em muitos outros que envolvem os meios sociais, econômicos
e ambientais, poderemos partir de análises mais criteriosas e pensarmos uma solução que possa
contemplar e inserir muitos conceitos ecológicos.
O professor deve assumir um papel de preparação e transformação no ensino, pois, segundo
Imbernón (2011, p. 64): “[...]”os futuros profissionais devem ser capazes de formular adequações e
de atuar de acordo com as necessidades dos alunos e alunas em cada época e contexto. De acordo
com Carvalho e Pérez (2012): “[...]”pensar o ensino de ciências, desde a práxis do professor, requer
necessariamente sua participação bem como na definição das estratégias de ensino, mas também
na definição de problemas, conteúdos e objetivos associados à profissão”.
Muitos dos textos que se referem a novas metodologias de ensino, priorizam avaliar a vivência
dos alunos, como podemos notar em Vestena et al (2014, p. 3), que enunciam que “o ensino de
ciências necessita priorizar e selecionar alternativas metodológicas adequadas à realidade de ensino
e aprendizagem que possibilitem o desenvolvimento da educação científica”.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (BRASIL, 1998, p. 42):
E, segundo Motokane e Trivelato (1999, p. 3), há várias dificuldades ao ensinar Ecologia, entre
elas:
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“[...]”não existem muitos trabalhos científicos interligados à educação; trata-se,
como já abordamos, de uma área em constante evolução e muitos professores não
contaram com uma formação inicial sólida na área, bem como apresentam diversos
obstáculos à concretização de uma formação continuada e, finalmente, os temas so-
cioeconômicos ligados às questões ambientais mudam de acordo com a atualidade,
porém a elaboração de material didático é lenta, por consequência, ao ser lançado
já está defasado.
Outro destaque marcante que nos serviu como ponto de partida deste trabalho foi sobre os
diferentes tipos de concepções utilizadas no ensino. Segundo Rosa e Schnetzler (2003), estas con-
cepções são reflexo das influências nas ideias e nas construções dos grupos sobre os muitos níveis
de investigação educativa e de possibilidades de desenvolvimento a partir de interação entre sujeitos
da educação. Desta forma é possível entendermos a interação entre alunos e professores, e como
esse processo se constitui na aprendizagem como um todo, abrangendo, por exemplo, conceitos
ecológicos que possibilitem mais contextualização entre teoria e prática.
Em revisão da literatura foram encontradas algumas teses de doutorado e dissertações de mes-
trado que em seus enredos demonstravam algumas ideias de como o ensino de Ecologia deve ser ou
é tratado, fazendo um contraponto com os textos encontrados nos congressos de Ecologia que foram
analisados nesta pesquisa. Estes trabalhos abordam, em sua maioria, temas ligados ao ensino de
Ecologia, em contrapartida, novamente se encontram temas relacionados à educação ambiental, os
quais não se enquadram nesta discussão. Outras estão relacionadas a pesquisas já publicadas, nas
quais há grande relevância sobre como conteúdos específicos da Ecologia podem ser trabalhados
em diversos níveis de ensino. Podemos citar aqui um exemplo, no qual a autora Costa (2013, p. 37)
dá ênfase a um gargalo que muitas vezes perpassa a carreira docente, e que pode ser usado como
exemplo no ensino de Ecologia:
[...] percebe-se o quanto é difícil romper com a visão centrada no professor, pois se
tem a tendência a reproduzir no exercício da profissão docente as atitudes e ações
vivenciadas durante a trajetória de vida como alunos. Tem-se, portanto, a propensão
de “imitar” modelos comportamentais; por essa razão é tão difícil modificar a práti-
ca em busca de um ensino mais centrado no aluno.
É de suma importância que haja mais estudos sobre ensino de Ecologia, já que o mesmo faz
parte de nossa realidade, e cada vez mais pode nos auxiliar no entendimento de nossas relações com
o meio onde vivemos; buscando mais informações sobre o tema, é que abordamos como o ensino
de Ecologia é tratado no Brasil. A necessidade da discussão sobre Ecologia em nosso país foi pro-
mulgada de maneira mais ampla com a criação da Sociedade de Ecologia do Brasil (SEB), em 1988.
Segundo a SBE (2008, p. 1), os principais objetivos da mesma são: “congregar pessoas, sociedades
e instituições que atuam em Ecologia e áreas afins e incentivar, estimular e educar a comunidade,
como um todo, em questões ambientais, também estimular a pesquisa e suas aplicações”.
Além de publicar uma revista brasileira chamada “Brazilian Journal of Ecology”, a SEB realiza
bianualmente, desde o ano de 1992, o Congresso de Ecologia do Brasil (CEB), em que são apresen-
tados trabalhos científicos da área. Este congresso reúne um número expressivo de pessoas, insti-
tuições de ensino, empresas de consultoria ambiental e demais interessados no incentivo e estímulo
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METODOLOGIA
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De acordo com o quadro 1, foram analisados resumos sobre o Ensino de Ecologia dos anos
2003 até 2015:
Ano de Publicação 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 Total
Nº de trabalhos publicados 68 894 2.075 2.013 2.184 2.030 801 10.065
Nº de trabalhos analisados 5 2 9 3 6 1 5 31
Fonte: construção dos autores
São Paulo foi o estado de desenvolvimento do maior número de trabalhos, com cinco resumos
dos 31 analisados. Na sequência, temos os estados do Rio de Janeiro com quatro, Pará, Paraná e
Minas Gerais com três trabalhos cada estado, e Rio Grande do Sul, Bahia, Amazonas, Roraima, Espí-
rito Santo, Paraíba, todos estes com dois resumos e apenas com um resumo foi realizado no Distrito
Federal.
A análise dos resumos foi realizada seguindo alguns itens elencados ao longo da leitura e con-
fecção do Quadro 2 que apresenta a relação do ano em que ocorreu o congresso, enfoque didático e
tipo de concepção de ensino dos trabalhos analisados.
Quadro 2 - Análise dos conteúdos, objetivos, metodologias e concepções de ensino dos trabalhos sobre
Ensino de Ecologia, publicados no Congresso de Ecologia do Brasil entre os anos de 2003 a 2015.
Metodologia/ Concepção
Congresso Titulo Conteúdo Objetivo de ensino
Estratégia didática de Ensino
E Manusear corretamente
Oficina Ecológica: Formigas Diversidade
E os materiais e desenvolver Oficina Técnica
Do Bosque Da Ciência ecológica
1 da aprendizagem
Promovendo a educação ambiental
E
através da ecologia para sensibilização e Impacto Conscientizar a Questionamentos e
E Crítica
conscientização sobre a questão energética ambiental nível Ambiental problematizações.
2
em estudantes no estado do Pará
Que animais da mata atlântica paraiba
E
2003 na são conhecidos pelos estudantes de Mostrar aos alunos o
E Fauna Jogo didático Prática
ensino fundamental de João Pessoa: ambiente que os rodeia
3
subsídio para a educação ambiental
E
Integrar e
E Mata: conhecer brincando Ecossistemas Trilha Prática
sensibilizar o grupo.
4
E Percepção ambiental de estudantes e Fazer ações que visem
Questionamentos e
E o tratamento dado ao cerrado pelas Biomas uma mudança de conduta Crítica
problematizações.
5 escolas no Distrito Federal ética dos homens
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27
E
Reciclando papel unindo arte e ecologia Divulgar e colocar em prática
E Trabalho
na Escola família agrícola Ecologia a experiência em suas Prática
1 prático
Itapirema de ji Paraná propriedades, comunidades.
Podemos destacar, ainda, que, ao longo dos anos, os temas foram se aperfeiçoando, permane-
cendo em destaque conteúdos como: mudanças climáticas, reflexões sobre impactos causados na
fauna e flora, e como o ensino de Ecologia pode ajudar na compreensão destes. Quanto à formação
acadêmica dos autores, o Bacharelado e a Licenciatura em Ciências Biológicas, seguida por Bacharel
em Ecologia, especialização em Educação Ambiental, são os mais vistos nos resumos analisados.
Para termos melhor compreensão dos conceitos trabalhados com alunos seja acerca do ensino
de Ecologia como em qualquer outro conceito, devemos ter em mente que há uma grande etapa até
um entendimento completo do que se deseja realmente conceituar como importante. Assim, apre-
sentando prós e contras e respeitando ideias já usadas e que surtiram efeito na melhor compreensão
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do conceito, temos mais chances de significação. Outra perspectiva importante é não deixarmos
de inovar nas muitas formas do processo ensino e aprendizado. Neste sentido, Zabala (1998, p. 68)
afirma que:
Surgem diversas indagações de qual método é o mais eficiente quanto a isso. Antunes (2011)
constrói o conceito de que a docência deve envolver diversas questões, desde o domínio de conteú-
dos específicos do componente curricular em questão, seus conhecimentos pedagógicos, passando
pelas diversas formas de relações interpessoais que o professor estabelece dentro do contexto no
qual atua, permeadas pelas condições sociais que envolvem esse contexto.
Muitas definições conceituais também fazem parte do enredo dos resumos, indagações particu-
lares, sobre e como ocorrem os processos ecológicos, e quais suas causas, foram vistas e definidas
como sendo as principais questões encontradas. Essas questões nos remetem ao pensar mais plane-
jado, que consiga satisfazer ambas as partes. Os diversos conceitos foram trabalhados utilizando me-
todologias diferenciadas que auxiliaram na compreensão, pois muitas destas conciliam a socialização
entre aluno e professor, ao contrário do que é visto nas muitas “realidades” relatadas por profissionais
da educação, sendo que, em alguns casos, são narrados situações em que o professor somente “joga”
o conteúdo como algo que se necessita repassar, mas que não evolui, ou apresenta interesse e curio-
sidade aos alunos. Daher (2017) enfatiza que há muitas agruras que podemos encontrar no cenário da
educação e que muitas vezes seguem um padrão de reprodução de informações.
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Em uma proporção de 5:31, os jogos didáticos foram as metodologias mais adotadas nos
resumos analisados; já em 4:31 prevaleceu a análise de livros didáticos e a metodologia de questio-
namentos e problematizações, 3:31 para confecção de materiais, 2:31 foi o número de trabalhos en-
contrados que usaram mapas conceituais, pesquisa no ensino e oficinas; já quando se aborda sobre
entrevistas, figuras, multimídias, visitas, trilhas o número se resume a somente 1:31.
No resumo EE1, do ano de 2005: “Produção de máscaras: uma técnica para difundir o ensino de
Ecologia, educação ambiental e para divulgar os animais do Paraná”1. Notamos a ideia de produção
de material, para o maior entendimento do conteúdo abordado. Há, na verdade, uma incorporação de
conhecimento: quando o aluno tem a possibilidade de modelar, construir e tocar o material, ele acaba
por introduzir a realidade, mesmo que de forma lúdica e usando suas próprias habilidades, criando
um ambiente rico em troca de conhecimento e expansão de ideias (SILVA; GIORDANI, 2009).
Jogos didáticos também compõem essa rede de propostas de metodologias diferenciadas vista
nos resumos. “O Jogo Didático como Ferramenta no Ensino de Ecologia”, resumo EE6 de 2011, traz
uma temática sobre o ensino de Ecologia, de forma divertida e motivadora ao aluno, exercitando o
conteúdo. Os jogos, quando bem elaborados, quando possuem uma finalidade, um objetivo espe-
cífico, além da seleção prévia do conteúdo e estabelecimento de regras, tornam-se ferramentas de
ensino que, segundo Longo (2012, p. 130):
[...] mediante o uso dos jogos como recursos didáticos, vários objetivos podem ser
atingidos, relacionados à cognição (desenvolvimento da inteligência e da personali-
dade, fundamentais para a construção de conhecimentos); afeição (desenvolvimen-
to da sensibilidade e da estima e atuação no sentido de estreitar laços de amizade e
afetividade); socialização (simulação de vida em grupo); motivação (envolvimento da
ação, do desafio e mobilização da curiosidade) e criatividade.
Já muito utilizado ao longo dos anos, mas exercendo um papel de extrema importância no
aprendizado do aluno, o livro didático destacou-se em muitos resumos, auxiliando na compreensão
de conteúdos, como no EE5 de 2011: “Estudos acerca da abordagem do tema Ecologia em livros
didáticos de biologia do ensino médio”. Existem vários métodos que podem ser introduzidos no en-
sino, mas um método que sempre está presente no dia a dia dos educadores e educandos é o livro
didático, que é usado como um veículo de informação, este deve obedecer a inúmeros critérios que
possam contribuir e facilitar o ensino. É importante afirmarmos sua relevância no ensino, Brando,
Cavassam e Calderia (2009, p. 14), enunciam que:
Partimos da ideia de que livros didáticos nos auxiliam nos processos conceituais e práticos,
assim, não podemos deixar de citar um tipo de metodologia que é bastante utilizada para visualização
dos conceitos e que também faz parte de muitos livros didáticos mais recentes, os chamados ma-
pas conceituais, “estes foram criados na década de 1970 por Joseph Novak para funcionarem como
1 Os trabalhos são citados no corpo do artigo como forma de contextualizar a análise, optamos por citar sempre títulos e fragmentos
entre aspas, sempre dentro do texto.
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uma técnica cognitiva para aprender de modo significativo e se constituíram como uma estratégia
pedagógica de grande relevância no ensino para a construção de conceitos científicos pelos alunos,
ajudando-os a integrar e relacionar informações, atribuindo, assim, significado ao que estão estudan-
do”(JUNIOR, 2012, p. 3). Este tipo de metodologia foi encontrado em dois resumos desta pesquisa;
podemos citar como exemplo, o EE9 do ano de 2007, “Mapas Conceituais Na Interdisciplinaridade
uma aula de Ecologia”, salientando que, neste caso, foram usados mapas com conceituações in-
terdisciplinares. Segundo concepções próprias dos autores, muitos dos alunos que vivenciam esta
experiência revelam ser mais interessante e de forma abrangente trabalhar a interdisciplinaridade,
pois há uma conexão entre as outras disciplinas que podem contribuir com a forma de aprendizagem,
quando bem trabalhadas e respondendo as expectativas que o docente deseja conseguir.
Questionar e problematizar são exercícios importantes para a formação crítica do ser humano.
Quando tratamos este tema no ensino, a relevância se torna ainda maior. Conforme enuncia Schein
e Coelho (2006, p. 70), em um texto sobre a intervenção do professor e do aluno na construção
do conhecimento, ambos afirmam: “o professor que se identifica com uma postura epistemológica
construtivista cria espaço para o desenvolvimento de pesquisa e elaboração de questionamentos em
sala de aula, manifestando flexibilidade e tolerância em suas ações pedagógicas”. Podemos salientar,
nesse contexto, que há uma grande importância em perfis como este apresentado, já que a educação
é algo que se constrói através das vivências, questionamentos e equidade entre as partes envolvidas
que promovem o diálogo formativo.
No trabalho EE2, de 2003, intitulado: “Promovendo a educação ambiental através da Ecologia
para sensibilização e conscientização sobre a questão energética em estudantes no estado do Pará”
notamos que a construção e promoção de valores, das ideias e do conhecimento se fundamentam
em uma reflexão que facilita a ação na sociedade, de uma forma organizada, buscando a resolução
dos problemas enfrentados, os alunos foram apresentados a questionamentos sobre modos de eco-
nomizar a energia elétrica com pequenas atitudes rotineiras, e como construções de hidrelétricas
poderiam interferir na qualidade da flora e fauna do local. A maioria destacou a beleza natural de am-
bientes que ainda não sofreram ação antrópica, prevalecendo uma preocupação por parte da maioria
dos estudantes, mas, em contraponto, os mesmos relataram nem mesmo efetuar a separação dos
resíduos em suas residências, que neste caso possuem condições precárias de saneamento básico
e coleta seletiva de lixo.
Podemos enfatizar, a partir desses trabalhos, o quanto há controvérsias entre os conceitos de
cuidado ambiental e a Ecologia propriamente dita, pois a Ecologia, é vista por Branco(1995) como
Ciência Biológica por excelência, não se preocupando com os aspectos éticos, uma vez que estes
não fazem parte do patrimônio genético que qualifica as ações de sobrevivência biológica das es-
pécies vegetais ou animais, por outro lado o cuidado com questões ambientais e educacionais mais
amplas também é necessário, porém da pauta de outras Ciências.
A tecnologia surge como uma nova metodologia, que alia informação e agilidade, auxiliando
em pesquisas e estudos que anteriormente necessitariam de um tempo maior para consulta e leitura.
De acordo com Sousa (2016, p. 24):
[...] torna-se cada vez mais necessário que a escola se aproprie dos recursos tecno-
lógicos, dinamizando o processo de aprendizagem. Como a educação e a comuni-
cação são indissociáveis, o professor pode utilizar-se de um aparato tecnológico na
escola visando à transformação da informação em conhecimento.
31
A “Inserção de Práticas Eco Pedagógicas no Ensino Formal para a Construção de Espaços de
Diálogo e Reflexão em Torno de Problemáticas Socioambientais”, nominado como EE3 de 2009, relata
sobre o uso de recursos audiovisuais como projetor, televisor, computador e caixa de som. A utilização
de recursos sonoros para estímulos sensoriais foi adotada: com os olhos vendados, os alunos tiveram
uma aproximação de uma atmosfera com um ambiente preservado, com fauna e flora abundantes,
neste ouviam-se sons de pássaros, cachoeiras, vento nas árvores, logo após uma nova concepção foi
exposta, sons de carro, máquinas e construções indicando um local que sofreu com ações antrópicas
devastadoras. Podemos destacar, neste trabalho, que a tecnologia assumiu um papel de realidade,
quando os alunos não possuem condições viáveis de aproximação de um dos ambientes.
As oficinas possibilitam “uma estimulação do saber ao criar e recriar situações, materiais, ferramen-
tas e conhecimentos baseando-se na relação do sujeito com o objeto de estudo em questão” (SOUZA,
2016, p. 7). No EE2 de 2005, que traz por título “Mergulhando na Lama: uma experiência de aprendizagem,
vivência e lazer no manguezal de Candeua-Curuçá/PA”, oficinas multissensoriais e de produção de ima-
gens foram propostas para uma maior sensibilização e aproximação da realidade distante dos alunos da
cidade para com os alunos do interior, valorizando a cooperação do trabalho em equipe e a construção de
diálogos que possibilitaram uma maior integração dos indivíduos na participação ativa no meio ambiente,
conhecendo suas interações e conciliando ações ambientais, sociais e culturais.
Estas e tantas outras metodologias, que podemos utilizar no ambiente de ensino como propos-
ta para o enriquecimento do conhecimento, se constituem como um auxílio renovador na educação,
tanto em Ecologia, como é o caso que exploramos nesta pesquisa, como em todos os outros ramos
da formação e ensino básico e superior.
Segundo Rosa e Shenetzler (2003, p. 29), as diversas concepções de ensino podem auxiliar na
compreensão do trabalho docente. No texto, podemos visualizar a seguinte reflexão:
Quanto às Concepções de Ensino vistas nos resumos analisados durante este trabalho, o re-
sultado, após leitura e pesquisa, se estabeleceu em uma razão de técnica 13:31, prática 9:31 e crí-
tica 9:31. Quando mencionamos a concepção de ensino técnica, podemos citar um exemplo de um
resumo publicado no ano de 2005 que tem como título: “Produção de máscaras: uma técnica para
difundir o ensino de Ecologia, educação ambiental e para divulgar os animais do Paraná” (EE1, 2005),
em que predominam as bases da concepção técnica: “A produção foi feita usando-se três técnicas
diferentes, tais como: Técnica 1- Desenho em Grafite, Técnica; 2 - Colagem em papel cartão: e Técni-
ca; 3: Pintura com lápis de cor em papel cartão”, pois o texto infere sobre como deve acontecer cada
momento, baseando-se em um cronograma. Assim, notamos que há necessidade de elaborarmos
uma instrumentalização para o ensino, em alguns trechos do resumo podemos visualizar de forma
clara que há um procedimento previamente preparado em que todas as etapas são explicitadas, su-
gerindo que este deve ser seguido sem alteração.
A respeito desta concepção de ensino, que foi a mais observada nos trabalhos analisados, po-
demos perceber nos excertos abaixo relacionados qual é a ideia central no tipo de concepção técnica:
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“para todos os materiais desenvolveram-se técnicas de utilização as quais permitem que os partici-
pantes possam se envolver com as práticas e ao final, pronunciar com facilidade o nome científico
das formigas e reconhecê-las pelas suas estruturas morfológicas, utilizando a cartilha” (EE1, 2003).
Em um dos trabalhos do ano de 2007 (EE6), que tem como título: “Jogo Didático - Ecológico
Aplicado a Alunos Do Quarto Ciclo: Onde o Bicho Mora?”, o fragmento caracteriza-se como um mé-
todo que deve seguir um cronograma, como outros já mencionados como exemplo desta concepção
ao longo do texto:
[...] foi aplicado um primeiro questionário antes da utilização do jogo educativo con-
tendo cinco questões, de múltipla escolha, que tinham como objetivo de avaliar o
conhecimento prévio dos alunos sobre os animais da fauna brasileira que seriam
utilizados no jogo (EE6,2007).
Este processo se desenvolve através de aulas expositivas teóricas que antecedem propostas
de questões e exercícios, encadeando uma sequência alicerçada na base epistemológica que pre-
vê o provimento do saber teórico, para posterior contextualização em situações práticas (ROSA;
SHENETZLER, 2003).
Podemos notar um tipo de concepção de ensino prático, no trabalho: “Reciclando papel unindo
arte e Ecologia na Escola família agrícola Itapirema de Ji-Paraná’’ (EE1, 2011), pois este descreve o
envolvimento de toda a comunidade da região, formando uma espécie de rede de conhecimentos por
meio de relações dialogadas. Podemos afirmar que neste tipo de concepção, aluno, professor e co-
munidade aprendem um pouco com outro, ou seja, compartilham e vivenciam novas ideias, sempre
em contextos práticos, sociais, ou seja a prática é o centro do processo. Segundo Rosa e Shenetzler
(2003, p. 6): “o conteúdo de ensino é concebido como conhecimento próprio para informar e orientar
o juízo prático e é o interesse prático que permite a comunicação entre os sujeitos, levando em conta
também condições objetivas do conhecimento”.
Outro exemplo de trabalho em que podemos perceber a concepção prática de ensino é o se-
guinte: “Essa pratica é empregada em aulas previamente agendadas, inicia-se a apresentação com a
importância ecológica das pegadas para o conhecimento da fauna, depois é realizada com os alunos
uma pequena oficina demonstrando como os moldes são feitos”. (EE2,2015). Conforme Rosa e
Shenetzler (2003), podemos observar que, do ponto de vista prático, que o professor é um facili-
tador do diálogo, da comunicação e da participação entre pares.
Quando se trabalha a concepção de ensino crítico citamos como exemplo o texto: “Percepção
ambiental de estudantes e o tratamento dado ao cerrado pelas escolas no Distrito Federal” (EE5,
2003), destacamos como o âmbito escolar exerce importância na formação de atitudes positivas
frente aos problemas enfrentados pelo tipo de bioma, pois, quando estes recebem uma base teórica,
podem exercer também uma concepção crítica que sensibilize para o diálogo, visando formações
futuras que possam amenizar ou até mesmo modificar velhos conceitos. Assim, percursos de vida,
itinerários formativos e ações são modificados, numa perspectiva de transformação social, numa
outra perspectiva, de racionalidade crítica (CARR; KEMMIS, 1988).
Em um fragmento do trabalho que tem como título “Ensino de Ecologia através da Conscien-
tização Socioambiental no Meio Urbano”, é possível perceber ideias centrais da concepção crítica de
ensino: “o objetivo desse tipo de avaliação é proporcionar um panorama de formas de expressão e
percepção do entorno pelas crianças” (EE1, 2015).
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Nesta ideia, complementamos o argumento da concepção crítica através de uma pequena refle-
xão de Junior (2008) que afirma que o aluno não mais atuará simplesmente na reprodução de dados
e denominando classificações, mas, sim, deverá ter autonomia para argumentar, compreender e agir,
buscando sempre novos conhecimentos para aplicá-los na prática, junto à sociedade.
CONCLUSÕES
O Ensino de Ecologia é pouco estudado e não apresenta uma seção de ensino particular nos
CEB, não recebendo um lugar de destaque que possa exercer interesse específico pela área. Algumas
teses e dissertações abrangem o tema, sendo que a maioria especifica questões ambientais como
centro temático, e uma minoria encontrada sobre ensino traz sugestões e estuda tipos diferentes de
metodologias que podem ser usadas nos diferentes níveis de ensino. Precisamos ainda destacar-
mos que alguns dos trabalhos analisados trazem consigo a preocupação de que ainda se realizam
conteúdos utilizando métodos tradicionais enquanto outros buscavam novos métodos, com base em
fundamentos críticos e pós críticos.
É importante relatarmos que a Ecologia é um tema interdisciplinar, mas que muitas vezes erro-
neamente é tido como um suporte para questões ambientais citadas pela mídia, esse gargalo é citado
em algumas das teses analisadas. Devemos buscar a interdisciplinaridade de forma abrangente sobre
todos os aspectos que envolvem os organismos e suas interações com o ambiente, porém é impor-
tante frisarmos que a Ecologia como Ciência tem um longo caminho pela frente, tanto para seu de-
senvolvimento como para que seus conhecimentos sejam amplamente compreendidos na sociedade.
Os resultados demonstraram que são muitas as metodologias de ensino propostas pela SEB, nos
CEBs, porém pouco tem sido inferido sobre os processos de ensino e aprendizagem. As concepções
técnicas se caracterizam como indicadoras dos tipos mais usuais de ensino, destacando o planejamen-
to racional e eficiente, o que se alia de vez com o ensino tradicional. Em contrapartida, o empate des-
tacado entre concepções práticas e críticas nos revela que há um interesse em promover concepções
diferenciadas que auxiliam didaticamente no ensino, porém estes movimentos ainda são incipientes.
Novos estudos são necessários, tomando como espaço-tempo de pesquisa eventos e publi-
cações de ensino de Ciências e Biologia, porém já é possível afirmarmos que pesquisadores de
área específica e de ensino devem apresentar instigações mais aprofundadas do tema, dada sua
importância na formação de novos professores e na prática educativa das escolas, bem como em
relação à importância do tema no Brasil e no mundo. Assim, tanto futuros profissionais como os que
já apresentam longa carreira docente devem estar atualizados e serem capazes de abordar crítica e
reflexivamente os conceitos de Ecologia, possibilitando interação entre a área de ensino escolar e de
pesquisa e uma melhor compreensão sobre como abordar o tema.
REFERÊNCIAS
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BRANCO, S. B. Conflitos conceituais nos estudos sobre meio ambiente. Estudos avançados, Universidade de São
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