SEB Smart Energy

O setor elétrico brasileiro e as
redes inteligentes
(smart grid)
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SUMÁRIO
03 INTRODUÇÃO
07 COMO FUNCIONA O SEB (Sistema Elétrico Brasileiro)?
12 A DIVERSIDADE DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
17 REGULAMENTAÇÃO DO SISTEMA
19 REFORMA DO SETOR ELÉTRICO
22 SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES (Smart grid)
27 CONCLUSÃO
29 FONTES
O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E AS REDES INTELIGENTES (SMART GRID) 2

INTRODUÇÃO
N
este eBook vamos dialogar sobre
o sistema elétrico, regulamenta-
ção e fontes renováveis. As pro-
jeções de consumo do Brasil com relação a
outros países do mundo, além do mercado
livre de energia e as novas tecnologia apli-
cadas para maior eficiência e melhor utili-
zação dos recursos com o menor impacto
possível ao meio ambiente.
Para os possíveis cenários propostos
nos estudos para a ALC (América Latina
e Caribe) apresentado pelo World Energy
Retornar para o sumario Compartilhe este e-book!
Council, com projeções para 2030 até 2060, esta desaceleração”. (WORLD ENERGY
notamos que “o crescimento da demanda COUNCIL, 2017).
de energia da ALC ainda permanecerá em A ALC é caracterizada pela extraordi-
um nível relativamente alto até 2060, com- nária diversidade que existe entre os países
parado com a maioria das outras regiões da região, no entanto, é possível observar
do mundo. A demanda de energia primá- alguns padrões ou temas que emergem de
ria na ALC cresceu a uma taxa de 3.2% ao cenários, os quais identificam áreas-chave
ano, de 2000 a 2014. Espera-se que cresça de ação.
a uma taxa mais lenta de 1.6–1.9% de 2014 Ao longo das próximas décadas, os
a 2030 e ainda mais lenta em uma taxa de governos da ALC terão que fazer grandes
0.8–1.1% de 2030 a 2060. A redução da investimentos a fim de promoverem o cres-
intensidade energética e o menor cresci- cimento econômico, principalmente nas
mento populacional são responsáveis por áreas urbanas, e em todas as regiões do país.



COMO FUNCIONA O SEB
(SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO)?
D
e acordo com a ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica), as
principais fontes de geração de
energia no Brasil são as hidrelétricas, que
responde por 62% da capacidade instalada
em operação no país, seguida das termelé-
tricas (gás natural, carvão mineral, combus-
tíveis fósseis, biomassa e nuclear), com 28%.
O restante é proveniente de usinas eólicas e
importação da energia de outros países.
O processo, desde a captação e o con-

sumo é dividido da seguinte forma:
• Geração
• Transmissão
• Distribuição
• Comercialização
O sistema brasileiro também permite o

intercâmbio da energia produzida em quase
todas as regiões, graças ao SIN (Sistema In-
terligado Nacional) e apenas 2% do territó-
rio nacional está fora dessa composição.
De acordo com Souza (2018), a atual
estrutura de governança do setor elétrico
brasileiro está hierarquicamente divindade
da seguinte forma:
CNPE: Define a política energética do ONS: Controla a operação do Sistema

país, com o objetivo de assegurar a estabili- Interligado Nacional (SIN).
dade do suprimento energético. CCEE: Administra as transações do mer-
MME: Responsável pelo planejamen- cado de energia e realiza os leilões oficiais.
to, gestão e desenvolvimento da legislação De forma simplificada conseguimos
do setor. ilustrar o funcionamento atual do sistema
EPE: Realiza o planejamento da ex- elétrico brasileiro, mas não é só isso, para
pansão da geração e transmissão, a serviço se aprofundar no tema e entender melhor,
do MME. existem diversas formas, tais como cursos
CMSE: Supervisiona a continuidade e com especialistas do setor, feiras profis-
a confiabilidade do suprimento elétrico. sionais, onde acontecem workshops e há
ANEEL: Regula e fiscaliza a geração, expositores dispostos a compartilhar suas
transmissão, distribuição e comercializa- experiências na área, e livros — como este
ção de eletricidade. Define as tarifas de — que são ofertados gratuitamente por
transporte e consumo. parceiros do mercado.

Modelo Institucional do setor
Fonte: http://www.anacebrasil.org.br

Características dos Agentes
Fonte: http://www.anacebrasil.org.br

A DIVERSIDADE
DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
C
omposta por energias renováveis e
não renováveis e bastante diversi-
ficada. A matriz energética brasi-
leira é considerada uma das mais renová-
veis do mundo.
As hidroelétricas são as maiores gera-
doras de energia elétrica no Brasil, mas com
destaque para o crescente aumento da gera-
ção de energia eólica, que vem ano após ano
se tornando mais presente e elevando o país
aos primeiros lugares no ranking mundial.
O ranking mundial:
1.China – 21,200 MW
2.Estados Unidos – 7,588 MW
3.Alemanha – 2,402 MW
4.India – 2,191 MW
5.Brasil – 1,939 MW
6.França – 1,563 MW
7.México – 929 MW
8.Suécia – 717 MW
Dados da GWEC (Global Wind Ener- 9.Reino Unido – 589 MW
gy Council), o Conselho Global de Energia 10.Canadá – 566 MW
Eólica, publicados no início de 2019 sobre
a produção onshore (tipo de parques eóli- De acordo com a ABEEólica (2017),
co) de 2018, colocaram o Brasil no inédi- esse total de energia produzida pelos ventos
to quinto lugar do ranking mundial de ca- no Brasil, representa um total de 18 milhões
pacidade eólica. O ranking é liderado pela de residências atendidas, equivalentes a
China, seguido pelos Estados Unidos. aproximadamente 54 milhões de habitantes.

Matriz Elétrica Brasileira
PRODUÇÃO EM GW
5,0 10,0 2,0

94,4 14,2
Nuclear
13,0 3,7
PHC
12,3
Óleo
Hidrelétrica Biomassa Eólica Gás Natural Carvão
61,1% 9,2% 8,0% 3,2% 8,4% 6,5% 2,4% 1,3%
Representação do total nacional
Fonte: ANEEL / ABEEólica (2018)

Nesse universo diversificado de fontes atendendo às metas ambientais, têm sido

energéticas que encontramos no Brasil, po- pesquisadas e desenvolvidas tecnologias de
demos citar 11 tipos (BRASIL, 2018): remoção de impurezas e de combustão efi-
1. Hidráulica. Onde o fluxo das águas é ciente do carvão.
o combustível da geração de eletricidade. 5. Nuclear. Apesar da complexidade de
2. Gás Natural. Na geração termelétrica, uma usina nuclear, seu princípio de funciona-
a eletricidade é produzida a partir da queima mento é similar ao de uma termelétrica con-
de combustíveis, sendo o gás natural um dos vencional, na qual o calor gerado pela queima
mais utilizados no Brasil. de um combustível produz vapor, que aciona
3. Petróleo. A geração de energia uma turbina, acoplada a um gerador de cor-
elétrica a partir de derivados de petróleo rente elétrica.
ocorre por meio da queima desses com- 6. Biomassa. É a massa total de orga-
bustíveis em caldeiras, turbinas e motores nismos vivos numa área. Esta massa cons-
de combustão interna. titui uma importante reserva de energia,
4. Carvão. Para assegurar a preserva- pois é formada essencialmente por hidra-
ção do carvão na matriz energética mundial, tos de carbono.

7. Eólica. Falamos bastante dela nesse existe no interior da Terra. Os principais re-
capítulo do livro. Energia eólica é a energia cursos são os gêiseres — fontes de vapor no
cinética contida nas massas de ar em movi- interior da Terra.
mento (vento). 10. Marítima. O potencial de geração
8. Solar. A energia solar é aquela ener- de energia elétrica a partir do mar inclui o
gia obtida pela luz do Sol que pode ser capta- aproveitamento das marés, correntes marí-
da com painéis solares. É uma fonte de vida timas, ondas, energia térmica e gradientes
e de origem da maioria das outras formas de de salinidade.
energia na Terra. 11. Biogás. O biogás é obtido a partir da
9. Geotérmica. A energia geotérmica biomassa contida em dejetos (urbanos, in-
(ou geotermal) é aquela obtida pelo calor que dustriais e agropecuários) e em esgotos.

REGULAMENTAÇÃO
DO SISTEMA
A
normatização, regulamentação e
fiscalização dos meios de geração,
transmissão e consumo de ener-
gia começou ainda no final do século XIX.
Nesse início, as pequenas empresas priva-
das e governos municipais que se encar-
regavam desse trabalho. Somente nos pri-
meiros anos do século XX, com a chegada
de empresas estrangeiras e o aumento do
consumo de eletricidade é que o Governo
Federal começou a criar Leis para melhor
regulamentar o mercado de eletricidade.
Apesar de ser um tema árido de se regionais, com foco na viabilidade técnica,

abordar, é importante se ter informações econômica e ambiental das ações — e, por
quanto as Leis que, dados e futuras tomadas meio desses esforços, promover o uso eficaz
de decisões que irão afetar o mercado e eficiente de energia elétrica e proporcionar
energético, mas em linhas gerais, a própria condições para a livre competição no mer-
agência informa que: cado de energia elétrica. (BRASIL, 2017).
Compete à ANEEL regulamentar as Ainda existe três modalidades de re-
políticas e diretrizes do Governo Federal gulação praticadas na Agência:
para a utilização e exploração dos serviços • A regulação técnica de padrões de
de energia elétrica pelos agentes do setor, serviço (geração, transmissão, distribuição
pelos consumidores cativos e livres, pelos e comercialização);
produtores independentes e pelos autopro- • A regulação econômica (tarifas e
dutores. Cabe à Agência, ainda, definir pa- mercado);
drões de qualidade do atendimento e de se- • A dos projetos de pesquisa e desen-
gurança compatíveis com as necessidades volvimento (P&D) e eficiência energética.

REFORMA DO SETOR
ELÉTRICO
A
pesar do Governo querer uma re-
forma da regulamentação do setor
elétrico, a proposta de privatiza-
ção da Eletrobras, considerada a maior elé-
trica da América Latina, tirou o foco des-
se debate e, por enquanto, segue suspenso.
Talvez volte a pauta do Congresso somente
depois de resolvida as questões de votação
da reforma da previdência, estimada para o
segundo semestre de 2019.
A proposta atual envolve, a ampliação • Todos os consumidores serão livres

do chamado mercado livre de eletricidade, para escolher seu fornecedor, incluindo o
limitado a grandes consumidores, como in- consumidor residencial.
dústrias, que podem negociar energia dire- • Fica igual à telefonia: o consumidor
tamente com geradores e comercializadoras. escolhe de quem compra, qual o melhor
Com a Reforma o SEB poderá se adap- plano para ele e por quanto tempo.
tar e traspor suas especificidades para se ali- • Consumidor permanece conectado na
nhar aos sistemas mais modernos do mundo. distribuidora local e pagando pelo transpor-
O fato de sermos um sistema elétrico único te da sua energia, que inclui a infraestrutura
no mundo tem consequências técnicas, eco- (postes, fios, transformadores), e serviços de
nômicas e institucionais. (BICALHO, 2018). ligações e manutenções, mas fica livre para
Nessa reforma, o Brasil terá a oportu- escolher o seu provedor de energia.
nidade de reconstruir o setor elétrico nacio- • A abertura do mercado será gradual,
nal. Alguns pontos que merecem destaque, ao longo dos próximos anos, de forma a
pois seriam implantados com a reforma respeitar os contratos existentes entre as
(ABRACEEL, 2018): distribuidoras e os geradores de energia.


SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS
INTELIGENTES (SMART GRID)
S
istema de energia elétrica que uti-
liza tecnologia da informação para
maior eficiência do início ao fim do
processo, além de maior confiança e sus-
tentabilidade. Apontada como uma das
mais importante iniciativas para o futuro
da indústria 4.0.
Com o maior uso de tecnologias, volu- sibilitam a transmissão e distribuição de

mes imensos de dados, equipamentos cada energia, com base na comunicação intera-
vez mais reduzidos e leves e o avanço das tiva das partes da cadeia de conversão. A
pesquisas de inteligência artificial, não seria incorporação de tecnologias visa o melhor
de se estranhar que muitas dessas inovações desempenho da rede, a partir da identifica-
iriam encontrar aplicação no setor elétrico. ção de falhas e a capacitação para autorre-
Esse constante aumento do consumo, composição diante de ocorrências.
veio junto a busca por maior eficiência Essa e novas modalidade tecnoló-
energética, para usar de forma mais respon- gicas logo estarão ao alcance das indús-
sável os recursos naturais e poluir menos o trias e dos consumidores finais. Que
planeta. De acordo com o Sebrae (2015): poderão, num futuro ainda um pouco
O smart grid, pode ser compreendido distante da realidade brasileira, produ-
como redes elétricas integradas, que pos- zir, gerenciar e até mesmo devolver parte

da produção energética pessoal para as

grandes redes, diminuindo os custos da
produção nacional e contribuindo para
tarifas menores e mais renováveis.
Adaptar todo o sistema vai demandar
tempo e empenho de diversos setores da
social, além de investimentos governamen-
tais para auxiliar na aceleração da moder-
nização da rede.
Para a implantação de smart grids, é
necessário vencer desafios regulatórios,
econômicos e financeiros. É necessário
produzir regulamentos específicos rela-
tivos às tarifas, que devem ser redefini-
das considerando alterações de valores
ao longo do dia, de acordo com as varia-

ções da demanda; regulamentos relativos rias de fluxo; volantes de inércia; ar compri-

a novos eletrodomésticos, prédios inteli- mido; térmico; e bombeamento hidráulico.
gentes e geração distribuída (eólica, so- (...) também outras tecnologias ainda não
lar, biomassa etc). (BRASIL, 2012). convencionais, que se encontram em fase de
O armazenamento de energia tam- pesquisa e desenvolvimento, como por exem-
bém é outro desafio que carece de uma plo: a Advanced Rail Energy Storage (ARES),
melhor regulamentação, com regras de que garante o armazenamento de energia
mercado claras e desenvolvimento de renovável por via de locomotivas elétricas;
modelos de negócio para concessionárias o armazenamento híbrido, que consiste em
e empreendedores. utilizar dispositivos de armazenamento dife-
Pode-se dividir as tecnologias de ar- rentes, por exemplo para carros elétricos; va-
mazenamento em seis principais categorias riações das tecnologias já convencionais (...).
(ESA, 2015): baterias de estado sólido; bate- (SILVA; BORTONI, 2018).

Controle e armazenamento em baterias

CONCLUSÃO
O
s desafios para os desejados
avanços rumo a um futuro
onde a energia seja livre re-
quer muito esforço de todos os setores
da sociedade, mas apesar das complica-
ções de regulamentações que demandam
muito tempo, principalmente por parte
de medidas governamentais, muito se
tem avançado na busca de eficiência e
energia limpa e renovável.
Essas decisões tomadas pelos go- temas de energia existentes. (WORLD

vernos, em questões como as reformas ENERGY COUNCIL, 2017).
estruturais e a participação do setor pri- Nesse cenário, se faz necessário que
vado, desempenharão um papel crucial exista uma feira profissional, que exponha,
na determinação das fontes de financia- reúna e discuta sobre o futuro das matrizes
mento e nas quantidades totais dispo- energéticas e as novas tecnologias de arma-
níveis para a realização desses mesmos zenamento com profissionais do mercado.
investimentos. A falha na obtenção dos Por isso que a FIEE Smart Energy tem como
fundos necessários levará à continua- desafio oferecer ao mercado de energia de
ção das desigualdades sociais, à falta toda a América Latina, soluções completas
de acesso fácil à energia e a um nível para os elos de geração, transmissão, distri-
geralmente baixo de resiliência dos sis- buição e comercialização de energia.

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FONTES
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17 mar. 2019.
Vetores, icones, ilustrações e fotos
SUSTENTABILIDADE: Boletim de tendência. Santa www.freepik.com
Catarina: Sebrae, maio 2015. Disponível em: <http:// www.flaticon.com
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07 COMO FUNCIONA O SEB (Sistema Elétrico Brasileiro)?

12 A DIVERSIDADE DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

19 REFORMA DO SETOR ELÉTRICO

22 SISTEMAS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES (Smart grid)

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O processo, desde a captação e o con-

O sistema brasileiro também permite o

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Características dos Agentes

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Matriz Elétrica Brasileira

5,0 10,0 2,0

Hidrelétrica Biomassa Eólica Gás Natural Carvão

61,1% 9,2% 8,0% 3,2% 8,4% 6,5% 2,4% 1,3%

Representação do total nacional

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Apesar de ser um tema árido de se regionais, com foco na viabilidade técnica,

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Com o maior uso de tecnologias, volu- sibilitam a transmissão e distribuição de

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da produção energética pessoal para as

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ções da demanda; regulamentos relativos rias de fluxo; volantes de inércia; ar compri-

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Essas decisões tomadas pelos go- temas de energia existentes. (WORLD

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ABEEÓLICA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

AGÊNCIA ABEEÓLICA (Brasil) (Ed.). Brasil fica em

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O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E AS REDES INTELIGENTES (SMART GRID) 30

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O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E AS REDES INTELIGENTES (SMART GRID) 31

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