Apostila de Fundamentos de Química
Apostila de Fundamentos de Química
Apostila de Fundamentos de Química
Fundamentos
de Química
Estética e Cosmética
1 PLANO DE ENSINO.......................................................................................................... 4
2 FUNDAMENTOS DE QUÍMICA GERAL ....................................................................... 5
2.1 CONCEITOS ESSENCIAIS ............................................................................................... 5
2.2 MEDIDAS E UNIDADES .................................................................................................. 6
2.3 ESTRUTURA ELETRÔNICA DO ÁTOMO ..................................................................... 8
2.3.1 DEFINIÇÕES.................................................................................................................... 8
2.3.2 CAMADAS ELETRÔNICAS OU NÍVEIS ENERGÉTICOS ....................................... 11
2.4 TABELA PERIÓDICA ..................................................................................................... 14
2.5 LIGAÇÕES QUÍMICAS .................................................................................................. 16
2.5.1 LIGAÇÃO IÔNICA ........................................................................................................ 17
2.5.2 LIGAÇÃO COVALENTE .............................................................................................. 21
3 FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ORGÂNICA .............................................................. 26
3.1 CONCEITOS ESSENCIAIS ............................................................................................. 26
3.2 CLASSES DE COMPOSTOS ORGÂNICOS .................................................................. 26
3.3 HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS ........................................................................... 27
3.3.1 ALCANOS ................................................................................................................... 28
3.3.2 CICLOALCANOS .......................................................................................................... 31
3.3.3 ALCENOS ................................................................................................................... 32
3.3.4 ALCINOS ................................................................................................................... 32
3.4 HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS ........................................................................ 33
3.5 ISOMERIA ....................................................................................................................... 34
3.5.1 ISOMERIA PLANA ....................................................................................................... 34
3.5.2 ISOMERIA GEOMÉTRICA .......................................................................................... 35
3.5.3 ISOMERIA ÓPTICA ...................................................................................................... 39
3.6 QUIRALIDADE ............................................................................................................... 40
3.7 QUÍMICA DOS GRUPOS FUNCIONAIS ...................................................................... 40
4 CRONOGRAMA .............................................................................................................. 52
4
1 Plano de Ensino
Caracterização do componente curricular
Componente curricular: Fundamentos de Química Curso: Estética e Cosmética
Carga horária específica: 40h/a Créditos: 02
Docente responsável: Profa. Dra. Valquíria Miwa Hanai Yoshida Semestre/ano: 1°/2016
Objetivos: Introduzir aos alunos os principais conceitos de química geral e química orgânica,
fundamentos necessários ao conhecimento dos produtos, bases e ativos cosméticos.
Conteúdo Programático (contemplando pesquisa e extensão)
1. Fundamentos de química geral
Conceitos essenciais; Estrutura eletrônica do átomo; Números quânticos; Orbitais atômicos; Configuração
eletrônica; Tabela periódica; Desenvolvimento da tabela periódica; Classificação periódica dos
elementos; Energia de ionização; Afinidade eletrônica; Ligações químicas; Ligação iônica: Formação
iônica e Símbolo de Lewis; Regra do octeto; e Ligação covalente: Regra do octeto para ligações
covalentes; Eletronegatividade; Polaridade das ligações.
2. Fundamentos de química orgânica
Conceitos essenciais; Classes de compostos orgânicos; Hidrocarbonetos alifáticos: Alcanos, Cicloalcanos,
Alcenos e Alcinos; Hidrocarbonetos aromáticos; Isomeria; Quiralidade; Química dos grupos funcionais.
Estratégias, Recursos humanos e materiais: Estratégia: Aulas expositivas, palestras, avaliações
dissertativas e de múltipla escolha, e seminários. Recursos humanos: professora e palestrantes. Material:
Data show; Lousa; Vídeo/DVD e/ou TV; Livros, Apostila e textos/artigos/publicações.
Instrumentos de Avaliação (embasado no Sistema de Avaliação da Uniso – Regimento Geral: do
artigo 56 ao 69)
Participação (A1): Será avaliada a participação discente individualmente através da presença nas aulas
expositivas e práticas.
Relatórios (A2, A3): Será avaliada a participação discente (em dupla) através das atividades didáticas
(exercícios e atividades propostas em sala de aula). Pesquisa e estudos no desenvolvimento do relatório
das atividades.
Evento (A4): Será avaliada a participação discente nas palestras e/ou seminário e/ou visita técnica.
Provas: Realização das avaliações teóricas (P1, P2 e Precuperação).
Será aprovado, com direito ao aproveitamento dos créditos correspondentes, o discente que obtiver nota
final igual ou superior a seis e tenha, no mínimo, 75% de frequência, do total da carga horária do
componente curricular.
As provas terão atribuição numa escala de zero (0) a dez (10,0). A média simples entre as notas das
provas (MP) terá seu valor multiplicado por 0,7. , sendo que a Precuperação será
aplicada quando o aluno não atingir a média 6,0, considerando-se todas as avaliações, contemplando toda
a matéria vista no semestre.
Outras atividades propostas terão seus valores computados nos moldes da equação abaixo. A média
simples entre as notas das Atividades (MA) será multiplicada por 0,3. , onde A1, A2 e An
são, respectivamente, notas das atividades 1, 2, n.
Para a aprovação a Média Final (MF), a somatória entre a MP e MA deverá atingir a média seis (6,0):
( ) ( )
Bibliografia Básica
RUSSELL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. 2 v.
BROWN, T. L. Química: a ciência central. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. 972 p. ISBN
9788587918420
MORRISON, R.T.; BOYD, R.N. Química orgânica. 13. ed. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1996. 1510 p.
Bibliografia Complementar
BRADY, J.E.; HUMISTON, Gerard E. Química geral. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 2 v.
HEIN, M.; ARENA, S. Fundamentos de química geral. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. 598 p.
CARVALHO, G.C. Estudo dirigido de química geral. São Paulo: Nobel, 1975.
OHLWEILER, O.A. Introdução à química geral. Porto Alegre, RS: Globo, 1971.
TEIXEIRA, J.M. Noções de química geral. 10 ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1916.
CAMPOS, M.M.; AMARAL, L.F.P. Fundamentos de química orgânica. São Paulo: Edgard Blücher,
1980. 606 p.
BARBOSA, L.C.A. Introdução à química orgânica. São Paulo: Prentice Hall, 2004. xvi, 311 p.
5
Equação 1
Equação 2
( ) Equação 3
Por exemplo, 20ºC correspondem a quantos ºF?
( )
As escalas Celsius e kelvin têm escalas de igual magnitude: isto é, um grau Celsius é
equivalente a um kelvin. Estudos experimentais mostraram que o zero absoluto na escala kelvin
é equivalente a -273,15 ºC na escala Celsius.3,4 Assim podemos usar a equação seguinte para
converter graus Celsius em kelvin:
Equação 4
Por exemplo, 25 ºC correspondem a quantos K?
8
Figura 1: Comparação entre as três escalas: Celsius, Fahrenheit e a escala absoluta (kelvin).
1
Nota: Estas partículas subatômicas são compostas de partículas ainda menores, mas isso é para a física e não
explica à química.
9
(i) O pequeno núcleo, compreendendo toda a carga positiva e praticamente toda a
massa do átomo e
(ii) A região extranuclear (o restante), composta de elétrons (Figura 2).3
Os elétrons são partículas com carga negativa. Os prótons são partículas com carga
positiva no núcleo. Os nêutrons são partículas eletricamente neutras com uma massa
ligeiramente superior à massa dos prótons (James Chadwick, 1932, forneceu a prova deste
terceiro tipo de partícula subatômica).4
Eletrosfera
Prótons + Neutrôns
Camadas eletrônicas
ou níveis energéticos
No início do século XX, duas características dos átomos se tornaram claras: continham
elétrons e eram eletricamente neutros.3 Todos os átomos podem ser identificados pelo número de
prótons e de nêutrons que contêm.2,3
ℓ 0 1 2 3 4 5
Nome do orbital s p d f g h
Número quântico magnético (mℓ) está relacionado com a orientação orbital no espaço dentro
de uma subcamada, o valor de mℓ depende do valor do de ℓ. Estes valores são os números
inteiros de - ℓ a + ℓ.
Para um certo valor de ℓ, há (2ℓ + 1) valores inteiros de mℓ.
ℓ = 0 → mℓ = 0
ℓ = 1 → mℓ = -1, 0 e 1 (Há três valores para mℓ.)
ℓ = 2 → mℓ = -2, -1, 0, 1 e 2 (Há cinco valores para mℓ.)
Número quântico spin (ms) explica o movimento de rotação do elétron (spin eletrônico),
cujos valores podem ser ou .
Orbitais atômicos
11
Um orbital atômico é uma função que define a distribuição da densidade
espaço. Os orbitais são representados por diagramas de densidade eletrônica ou diagramas de
superfície-limite. A
Equação 5
onde, X = número de elétrons e n = número quântico principal correspondente a essa camada.
d) Camada de valência
O nível de energia mais externo do átomo é denominado de camada de valência e pode
conter, no máximo, 8 elétrons.
Por exemplo:
Hidrogenio (H) apresenta Z=1 e A=1 e Hélio (He) apresenta Z=2 e A=4
CAMADA DE VALÊNCIA
Lítio (Li) apresenta Z=3 e A=7 e Neon (Ne) apresenta Z=10 e A=20
Por exemplo:
- Fornecer a distribuição eletrônica do átomo de nº atômico = 20
K L M N
2 8 10 2
8
- Fornecer a divisão eletrônica do átomo de nº atômico = 53
K L M N O
2 8 18 25 7
18
Nota: esse processo apresenta muitas exceções.
Quanto maior a energia de ionização, mais difícil é remover o elétron. Gases nobres têm
energias de ionização elevada, enquanto os metais alcalinos possuem energias de ionização
baixas.
Quanto mais positiva a afinidade eletrônica, maior a tendência do átomo para ganhar um
elétron. Os não-metais possuem geralmente afinidades eletrônicas elevadas.
ou
E agora, como ficam os íons positivos e a regra do octeto? Quanto um átomo tem poucos
na camada de valência e possui a camada anterior com o octeto completo, ele tende a perder
seus de valência, expondo o octeto. Desta maneira resulta o íon positivo, com um octeto, que
é agora a sua camada mais externa. Portanto, o átomo de sódio tem a tendência a perder seu
de valência para formar o íon de sódio:
( )→ ( )
ou
→
Concluindo, quando um átomo possui uma energia de ionização baixa e outro apresenta
alta afinidade eletrônica, um ou mais podem se transferir do primeiro para o segundo para
3
formar uma ligação iônica.
Os átomos ligam-se a fim de adquirirem uma configuração mais estável, geralmente com
8 na última camada. Os átomos, ao se ligarem, fazem-no por meio dos da última camada,
podendo perder, ganhar ou compartilhar os até atingirem a configuração estável. Surgem,
assim, as ligações químicas.
Abordaremos duas forças de interação mais fortes (ligação iônica e ligação covalente),
sendo importante salientar que a maioria das ligações não são 100% iônicas ou 100% covalentes,
mas possuem características intermediarias.
As ligações iônicas ocorrem, como regra geral, entre os elementos que tendem a perder
e que possuem 1, 2 ou 3 na última camada (metais) e os elementos que tendem a ganhar
e que possuem 5, 6 ou 7 na última camada (ametais) (Figura 6).
Figura 6: Ilustração de elementos da tabela periódica que tendem a perder ou ganhar elétrons.
Onde o ponto pode ser localizado à esquerda, direita, acima ou abaixo do símbolo. O átomo de
cloro, por outro lado, tem sete em sua camada de valência; então, seu símbolo de Lewis é
Não faz diferença em qual dos quatro lados do Cl o ponto isolado está colocado.
Figura 7: Símbolos de Lewis para os elementos representativos e os gases nobres. O número de pontos desemparelhados
corresponde ao número de ligações que um átomo do elemento pode formar em um composto.
Símbolo de Lewis: g
Os pontos do símbolo de Lewis devem ser agrupados para se saber se os estão ou não
emparelhados. Para o átomo de alumínio (Z=13), temos
Configuração eletrônica: 1s22s22p63s23s1
Símbolo de Lewis:
Aqui os da valência são vistos como um par e um isolado.
20
Figura 8: A tabela periódica moderna. Os elementos estão dispostos de acordo com os números atômicos representados acima dos seus símbolos. Com exceção do hidrogênio(H), os não metais aparecem na
extrema direita da tabela. As duas filas de metais de transição que aparecem abaixo do corpo principal da tabela estão colocadas assim por convenção, para evitar que a tabele fique muito larga.
21
As estruturas que usamos para representar compostos covalentes, tais como o H2 e F2 são
chamadas de estruturas de Lewis. Uma estrutura de Lewis é a representação das ligações
covalentes em que os pares de compartilhados são mostrados como linhas ou pares de pontos
entre dois átomos, e que os pares isolados de cada átomo são mostrados como pares de pontos no
respectivo átomo.4 Em uma estrutura de Lewis são mostrados apenas os de valência. Como
exemplo, consideremos a estrutura de Lewis da molécula da água:
Eletronegatividade
Um par compartilhado é simultaneamente atraído por ambos os átomos ligados e então o
par eletrônico pode ser considerado como sendo disputado pelos átomos. Mas o par eletrônico
não está compartilhado igualmente pelos dois átomos. Esta atração é medida pela
eletronegatividade, que é definida como a tendência relativa, apresentada por um átomo ligado,
de atrair para si mesmo.3
A eletronegatividade é considerada uma propriedade que tem por objetivo medir a
propensão que o átomo tem para poder receber os .
O flúor é o elemento que possui mais eletronegatividade, para ele foi concedido o valor
de 4,0 de eletronegatividade. Isso foi definido a partir dos estudos de Linus Pauling que
concedeu dissemelhanças de eletronegatividade entre 0 e 4,(ele calculou grande parte dos
elementos) para o hidrogênio foi atribuído o valor de 2,1 e a condição de ser o elemento padrão.
Observe abaixo alguns dos resultados da eletronegatividade, obtidos por Linus Pauling:
F O Cl Br I S C Au Se Pt Te P H As B
4,0 3,5 3,0 3,0 2,5 2,5 2,5 2,4 2,4 2,2 2,1 2,1 2,1 2,0 2,0
22
É importante atentar para alguns fatores que interferem e influenciam a
eletronegatividade:
- Elementos que possuem mais de quatro na camada de valência estão propensos a adquirir
, conclui-se que há alta eletronegatividade e baixa eletropositividade.
- Elementos que possuem menos de quatro na camada de valência estão propensos a perder
, conclui-se então que há baixa eletronegatividade e alta eletropositividade.
- Os átomos de tamanhos menores estão propensos a exibir maior eletronegatividades, que os
átomos com tamanhos maiores, então em um grupo o tamanho de um átomo aumenta de cima
para baixo, na tabela periódica, o que resulta em uma eletronegatividade decrescente no mesmo
sentido (de cima para baixo), portanto a eletronegatividade diminui do flúor para o iodo, isso
ocorre no grupo VII.
Vejamos:
- Caso os átomos sejam quase do mesmo tamanho, a eletronegatividade será de acordo com a
carga nuclear, portanto quanto maior a carga maior a eletronegatividade.
Observe o esquema abaixo:
O nitrogênio é mais eletronegativo que o carbono. Então se conclui que nesse período a
carga aumenta a eletronegatividade, da esquerda para a direita.
Figura 9: Tamanho do raio iônico e do raio atômico de alguns elementos na tabela periódica (unidade = pm). Os átomos (espécie
neutra) são representados a cor cinza, os cátions (Grupos 1, 2 e 3) e ânions (Grupos 16 e 17).
Polaridade da ligação
Átomos idênticos possuem a mesma eletronegatividade. Na molécula de hidrogênio
(H:H) os átomos de hidrogênio atraem igualmente o par eletrônico. A distribuição da carga
eletrônica é simétrica para os dois núcleos, isto é, não está mais próxima de um do que o outro.
Uma vez que cada lado da molécula é eletrostaticamente igual ao outro, ela é chamada apolar
(isto significa que não possui polos diferentes). Pela mesma razão, a ligação na molécula de flúor
é também apolar. Átomos com a mesma eletronegatividade formam ligações covalentes
apolares.
A eletronegatividade é uma propriedade que ajuda a distinguir uma ligação covalente não
polar de uma ligação covalente polar.4 Átomos de elementos diferentes têm eletronegatividade
diferentes. Na molécula de fluoreto de hidrogênio (Figura 10), como o átomo de F tem maior
eletronegatividade do que o átomo de H, o par eletrônico não é compartilhado igualmente. A
nuvem de carga eletrônica está atraída mais para perto do átomo de F, como é visto na Figura 10.
A ligação resultante tem carga empilhada num lado, deixando o outro lado com carga positiva. A
ligação covalente na qual o par de não é compartilhado igualmente é dita ligação covalente
polar.
Figura 10: A ligação polar do fluoreto de hidrogênio (somente é vista a nuvem de carga eletrônica do par de elétrons de legação).
Compostos orgânicos
– Os compostos orgânicos contêm principalmente átomos de carbono e de hidrogênio, e ainda
nitrogênio, oxigênio, enxofre e átomos de outros elementos. Os compostos dos quais derivam
todos os compostos orgânicos são os hidrocarbonetos – os alcanos (que contêm apenas ligações
simples), os alcenos (que contêm ligações duplas carbono-carbono), os alcinos (que contêm
ligações triplas carbono-carbono) e os hidrocarbonetos aromáticos (anel benzênico).
Grupos funcionais
– A reatividade dos compostos orgânicos pode ser prevista com boa margem de confiança com
base na presença de grupos funcionais (Figura 11), que são grupos de átomos responsáveis pelo
comportamento químico dos compostos.
Quiralidade
– Certos compostos orgânicos podem existir como imagens especulares não sobreponíveis. Tais
compostos são conhecidos como quirais. Os enantiômeros têm propriedades químicas diferentes
em relação à outra substância quiral.
Hidrocarbonetos
Alifáticos Aromáticos
3.3.1 Alcanos
Os alcanos são hidrocarbonetos que possuem a fórmula geral CnH2n+2, em que n=1, 2, ...
(Tabela 6). A característica essencial é que eles possuem apenas ligações covalentes simples. Os
alcanos são conhecidos como hidrocarbonetos saturados porque contêm o número máximo de
átomos de hidrogênio que pode ligar-se a todos os átomos de carbono presentes na molécula.
Tabela 6: Aplicação da fórmula geral CnH2n+2 para n de 1 a 8.
Fórmula n
C1H(2x1)+2 → CH4 1
C2H(2x2)+2 → C2H6 2
C3H(2x3)+2 → C3H8 3
C4H(2x4)+2 → C4H10 4
C5H(2x5)+2 → C5H12 5
C6H(2x6)+2 → C6H14 6
C7H(2x7)+2 → C7H16 7
C8H(2x8)+2 → C8H18 8
⁞ ⁞
O alcano mais simples (isto é, com n=1) é o metano, CH4, que é um produto de
decomposição bacteriana anaeróbica da matéria vegetal sob a água. Como foi recolhido pela
primeira vez em pântanos, o metano tornou-se conhecido como “gás dos pântanos”.
Outra fonte de metano, pouco provável, mas comprovada, são os cupins. Quando esses
insetos vorazes comem madeira, os microrganismos que habitam seu sistema digestivo
decompõem a celulose (o componente majoritário da madeira) em metano, dióxido de carbono e
outros compostos. Estima-se que os cupins produzem anualmente 170 milhões de toneladas de
metano!
O metano também é produzido em alguns processos de tratamento de esgotos.
Comercialmente, é obtido a partir do gás natural.4
A Figura 13 mostra as estruturas dos primeiros quatro alcanos (de n=1 a n=4). O gás
natural é uma mistura de metano, etano e uma pequena quantidade de propano.
Podemos supor que o átomo de carbono apresenta hibridização sp3 em todos os alcanos.
As estruturas do etano e do propano são muito fáceis de compreender, pois só há uma forma de
efetuar ligações entre os átomos de carbono nessas moléculas.
Figura 13: Estrutura dos primeiros quatro alcanos. Observe que o butano pode existir em duas formas estruturalmente diferentes,
denominados isômeros.
No butano, contudo, pode haver dois modos diferentes de ligações entre os átomos de
carbono que resultam em diferentes compostos denominados n-butano (o n significa normal) e
29
isobutano. O n-butano é um alcano de cadeia linear porque os átomos de carbono estão dispostos
em uma cadeia contínua. Em um alcano de cadeia ramificada, tal como o isobutano, um ou mais
átomos de carbono estão ligados a um átomo de carbono não-terminal. Isômeros que diferem
entre si com relação à ordem em que os átomos estão ligados são chamados de isômeros
estruturais.4
Na série dos alcanos, à medida que o número de átomos de carbono aumenta, o número
de isômeros estruturais cresce rapidamente. Por exemplo, o C4H10, possui dois isômeros; o
decano, C10H22 tem 75 isômeros; e o alcano C30H62 contém cerca de 400 milhões de isômeros
possíveis! Obviamente, a maior parte desses isômeros não existe na natureza e nem foram
sintetizados. Todavia, os números ajudam a explicar por que o carbono é encontrado em um
número muito maior de compostos do que qualquer outro elemento.4
A Tabela 7 mostra os pontos de fusão e de ebulição dos isômeros de cadeias lineares para
os primeiros dez alcanos. Os quatro primeiros são gases à temperatura ambiente; do pentano ao
decano são líquidos. À medida que aumenta o tamanho da molécula, eleva-se o ponto de
ebulição.4
Tabela 7: Os primeiros dez alcanos de cadeia linear.
Nº de
Nome do Ponto de Fusão Ponto de Ebulição
Fórmula molecular átomos de
hidrocarboneto (ºC) (ºC)
carbono
Metano CH4 1 -182,5 -161,6
Etano CH3 – CH3 2 -183,3 -88,6
Propano CH3 – CH2 - CH3 3 -189,7 -42,1
Butano CH3 – (CH2)2 - CH3 4 -138,3 -0,5
Pentano CH3 – (CH2)3 - CH3 5 -129,8 36,1
Hexano CH3 – (CH2)4 - CH3 6 -95,3 68,7
Heptano CH3 – (CH2)5 - CH3 7 -90,6 98,4
Octano CH3 – (CH2)6 - CH3 8 -56,8 125,7
Nonano CH3 – (CH2)7 - CH3 9 -53,5 150,8
Decano CH3 – (CH2)8 - CH3 10 -29,7 174,0
(b) A remoção de um átomo de hidrogênio de um alcano origina um grupo alquila. Por exemplo,
quando um átomo de hidrogênio é removido do metano, ficamos com o fragmento CH3,
chamado grupo metila. De modo semelhante, a remoção de um átomo de hidrogênio da molécula
de etano gera um grupo etila ou C2H5. Qualquer cadeia que seja ramificação da principal é
designada como um grupo alquila.
(c) Quando um ou mais átomos de hidrogênio são substituídos por outros grupos, o nome do
composto deve indicar as localizações dos átomos de carbono em que ocorreram as
substituições. O procedimento é numerar cada átomo de carbono da cadeia mais longa na direção
que atribui os menores números às posições de todas as ramificações. Considere os diferentes
sistemas de numeração aplicados ao mesmo composto:
O composto da esquerda está corretamente numerado porque o grupo metila está localizado no
carbono 2 da cadeia de cinco átomos (pentano); no composto da direita, o grupo metila está
localizado no carbono 4. Assim, o nome do composto é 2-metilpentano e não 4-metilpentano.
Observe que o nome da cadeia ramificada e o nome da cadeia principal são escritos como uma
única palavra; e um hífen separa essa palavra do algarismo que indica a localização da cadeia
ramificada.
(d) Quando há mais de uma ramificação alquila do mesmo tipo, utilizamos prefixos como di-, tri- ou
tetra- com o nome do grupo alquila. Considere os seguintes exemplos:
Quando há dois ou mais grupos alquilas diferentes, os nomes dos grupos são escritos em ordem
alfabética. Por exemplo,
(e) É claro que os alcanos podem ter muitos tipos diferentes de substituintes. A Tabela 9 indica os
nomes de alguns, entre eles os grupos nitro e bromo. Por exemplo, o composto
31
3.3.2 Cicloalcanos
Fórmula n
C3H2×3 → C3H6 3
C4H2×4 → C4H8 4
C5H2×5 → C5H10 5
C6H2×6 → C6H12 6
C7H2×7 → C7H14 7
C8H2×8 → C8H16 8
⁞ ⁞
Os alcanos cujos átomos de carbono formam anéis chamam-se cicloalcanos. A fórmula
geral é CnH2n, em que n=3, 4, ... o cicloalcano mais simples é o ciclopropano, C3H6 (Erro!
Autoreferência de indicador não válida.). Muitas substâncias biologicamente ativas, tais como
os antibióticos, os açúcares, o colesterol e os hormônios contêm um ou mais desses anéis. O
ciclohexano pode assumir duas conformações diferentes, denominadas cadeira e barco, ambas
relativamente livres de tensão angular (Figura 15). Por tensão angular entende-se que os
ângulos das ligações de cada átomo de carbono desviam-se do valor de ângulo tetraédrico de
109,5º requerido para a hibridização sp3.
Figura 14: Estruturas dos quatro primeiros cicloalcanos e de suas formas simplificadas (esqueletais).
Figura 15: A molécula de ciclohexano pode existir em vários formatos. O mais estável é a conformação cadeira e a menos estável
é a conformação barco.
32
3.3.3 Alcenos
Os alcenos (também chamados de olefinas) contêm, pelo menos, uma ligação dupla
carbono-carbono. Os alcenos têm a fórmula geral CnH2n, em que n=2, 3, ... o alceno mais
simples é o etileno, no qual ambos os átomos de carbono apresentam hibridização sp2 e a ligação
dupla é formada por uma ligação sigma e uma ligação pi .
Fórmula n
C2H2×2 → C2H4 2
C3H2×3 → C3H6 3
C4H2×4 → C4H8 4
C5H2×5 → C5H10 5
C6H2×6 → C6H12 6
C7H2×7 → C7H14 7
C8H2×8 → C8H16 8
C9H2×9 → C9H18 9
C10H2×10 → C10H20 10
⁞ ⁞
Nomenclatura dos alcenos
Ao dar nome a um alceno, é necessário indicar as posições das ligações duplas carbono-
carbono. Os nomes dos compostos que contêm ligações C=C terminam em –eno. Como no caso
dos alcanos, o nome do composto é determinado pelo número de átomos de carbono na cadeia
mais longa (veja Tabela 7), como mostrado a seguir:
Os números dos nomes dos alcenos referem-se ao átomo de carbono de numeração mais
baixa que faz parte da ligação C=C do alceno. O nome buteno significa que há quatro de átomos
de carbono na cadeia mais longa. A nomenclatura dos alcenos também deve especificar, no caso
de isômero geométrico, se uma dada molécula é cis ou trans, tal como:
3.3.4 Alcinos
Os alcinos contêm, pelo menos, uma ligação tripla carbono-carbono e apresentam a
fórmula geral CnH2n-2, em que n=2, 3, ...
Fórmula n
C2H(2×2)-2 → C2H2 2
C3H(2×3)-2 → C3H4 3
C4H(2×4)-2 → C4H6 4
C5H(2×5)-2 → C5H8 5
C6H(2×6)-2 → C6H10 6
C7H(2×7)-2 → C7H12 7
⁞ ⁞
33
Nomenclatura dos alcinos
Os nomes dos compostos com ligações C≡C apresentam a terminação –ino. Mais uma
vez, o nome do composto é determinado pelo número de átomos de carbono na cadeia mais
longa (veja Tabela 7 que mostra os nomes dos alcanos correspondentes). Como no caso dos
alcenos, os nomes dos alcinos também indicam a posição da ligação tripla carbono-carbono, por
exemplo, em:
O benzeno ou anel benzênico é uma molécula hexagonal planar com átomos de carbono
situados nos seis vértices. Todas as ligações carbono-carbono são iguais em comprimento e
força, o mesmo acontecendo com todas as ligações carbono-hidrogênio.
chlorobenzene aniline
ethylbenzene nitrobenzene
Clorovenzeno Aminobenzeno
Etilbenzeno Nitrobenzeno
Se houver mais de um substituinte, devemos indicar a localização do segundo grupo em
relação ao primeiro. A forma sistemática é numerar os átomos de carbono da seguinte maneira:
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São possíveis três dibromobenzenos diferentes:
é denominados 3-dibromobenzeno ou m-
dibromobenzeno.
Devemos ainda mencionar que o grupo
Os prefixos o- (orto), m- (meta) e p- (para) são benzênico do qual se retira um átomo de
também utilizados para identificar as posições hidrogênio (C6H5) é deniminado grupo fenila.
relativas dos dois grupos substituintes, como Desse modo, a molécula seguinte é chamada de
foi mostrado para os dibromobenzenos. Os 2-fenipropano:
compostos em que os dois grupos substituintes
são diferentes devem receber o nome adequado.
Assim,
3.5 Isomeria
Isômeros são dois ou mais compostos diferentes que apresentam a mesma fórmula molecular
e diferente fórmula estrutural. Basicamente, temos três tipos de isomerias (Figura 16), a isomeria
plana, a isomeria geométrica e a isomeria óptica. Vamos, a seguir, aprender um pouco sobre cada uma
delas.
Figura 16: Esquema sobre os tipos de isomeria.
3.5.2 Estereoisômeros
Existe outra classe de moléculas que apresentam a mesma fórmula molecular (portanto, são
isômeros), mas que não são classificadas como isômeros constitucionais. São os chamados
estereoisômeros, cujos átomos são ligados na mesma sequência (a mesma constituição), mas diferem
no arranjo de seus átomos no espaço. Os estereoisômeros podem ser subdivididos em duas categorias
gerais: enantiômeros e diasteroisômeros. Os enantiômeros são estereoisômeros cujas moléculas são
imagens especulares não sobreponíveis. Os diasteroisômeros são estereoisômeros cujas moléculas não
são imagens especulares uma da outra.
Quando falamos em moléculas com imagens especulares não sobreponíveis (enantiômeros),
falamos em termos de quiralidade. Um objeto quiral é aquele que possui a propriedade de
"lateralidade", ou seja, é um objeto que não pode ser colocado sobre a sua imagem especular de forma
que todas as partes coincidam. Em outras palavras, um objeto quiral não é sobreponíveis à sua
imagem especular. O exemplo mais comum é cada uma das nossas mãos, que guardam a relação de
imagem especular entre si (esquerda e direita), mas não podem ser sobrepostas. A mão é, portanto, um
objeto quiral.
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Existem muitos outros exemplos de objetos que são quirais: um pé de tênis, uma orelha, um
parafuso de madeira, um carro, etc. O corpo humano é estruturalmente quiral, com o coração
localizado à esquerda do centro e o fígado à direita. Muitas plantas mostram quiralidade na maneira de
se enroscar ao redor de estruturas de suporte, como a madressilva, que se enrosca para a esquerda,
enquanto uma trepadeira se enrosca para a direita. O DNA é uma molécula quiral, uma vez que a
forma de hélice dupla do DNA gira para o lado direito.
A quiralidade tem uma importância muito grande no dia-a-dia. Muitos medicamentos são
quirais. Normalmente, apenas uma forma de imagem especular de um fármaco fornece o efeito
desejado. A outra forma de imagem especular é geralmente inativa, menos ativa, ou mesmo nociva à
saúde, provocando efeitos colaterais sérios ou toxicidade.
Mesmo os sentidos do paladar e do olfato também dependem, muitas vezes, da quiralidade.
Uma forma especular de uma molécula quiral pode ter um determinado sabor ou odor, enquanto a sua
imagem especular cheira e tem um sabor completamente diferente. Um exemplo é o caso da molécula
do limoneno e de sua imagem especular, que têm fragrâncias muito distintas: uma molécula (o
enantiômero S) ocorre no fruto dos pinheiros e tem odor semelhante ao da terebintina, enquanto o
outro isômero (R) é responsável pelo cheiro característico das laranjas.
Como já foi dito, os diatereoisômeros são todos os outros estereoisômeros que não guardam
entre si a relação de imagem especular. Os isômeros cis e trans de alcenos ou cicloalcanos enquadram-
se nesta classe:
Então, voltando ao que dizíamos no início do texto, a gordura trans é um tipo específico de
gordura, formado por um processo de hidrogenação natural (em animais) ou industrial, e pertence à
classe dos ácidos graxos insaturados (que apresenta um tipo de isomeria). A designação "trans" vem de
"transversos" e o nome é referente à ordem da cadeia de átomos do ácido graxo.
37
Assim, em um óleo encontrado na natureza, por exemplo, os átomos estão distribuídos em
posição cis. No entanto, quando é submetido ao tratamento industrial de hidrogenação, a estrutura
química do óleo é modificada, transformando-o em gordura, fazendo com que os ácidos graxos fiquem
com os átomos em disposição "diagonal" - ou em alinhamento transversal (trans).
O consumo excessivo de gordura trans causa alterações no metabolismo lipídico. Aumenta o
colesterol total e o LDL (colesterol ruim), além de diminuir o HDL (colesterol bom). Com o aumento
do colesterol, pode acontecer a obstrução dos vasos sanguíneos, causando doenças cardiovasculares.
Então, como vimos, há uma subdivisão de isômeros:
Isômeros - compostos diferentes com a mesma fórmula molecular.
a. Isômeros constitucionais - isômeros cujos átomos têm uma conectividade diferente.
b. Estereoisômeros - isômeros que têm a mesma conectividade, mas que diferem no arranjo de seus
átomos no espaço.
- Enantiômeros - estereoisômeros que são imagens especulares não-superponíveis um do outro.
- Diasteroisômeros - estereoisômeros que não são imagens especulares um do outro.
Como você pode perceber a diferença entre esses dois compostos está na disposição geométrica
dos grupos ligados aos carbonos da dupla. A isso chamamos de isomeria geométrica, e esses
isômeros são diferenciados por meio dos prefixos cis e trans.
Toda vez que essa condição é satisfeita, trocando de posição os ligantes de um dos carbonos ao
escrever a estrutura, chega-se a outro composto, seu isômero geométrico.
Para ficar mais claro, veja os seguintes exemplos de casos em que não há isomeria geométrica:
Examinando os exemplos acima você também pode perceber como é feita a nomenclatura.
Chamamos de cis o composto em que os maiores grupos de cada carbono estão posicionados de um
mesmo lado de uma linha imaginária que passa pela ligação dupla , e de trans o composto em
que os maiores grupos de cada carbono estão em lados opostos dessa linha.
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Esquema mostrando uma molécula de fórmula molecular CHBrClF e sua imagem especular,
que é diferente dela. As moléculas 1 e 2 (ambas de fórmula molecular CHBrClF) são diferentes. Isso é
percebido ao aproximarmos as moléculas. Esse tipo de isomeria, em que uma molécula é a imagem
especular da outra, é chamado de isomeria óptica. Os isômeros são chamados de isômeros ópticos ou
enantiomorfos ou, ainda, enantiômeros. Trata-se do caso mais sutil de isomeria, que ocorre com
moléculas sem nenhum plano de simetria. A isomeria óptica acontece apenas com as substâncias que
têm moléculas assimétricas. Mas, olhando para a fórmula estrutural plana, como perceber que a
molécula é assimétrica? Para responder a essa pergunta, considere as moléculas a seguir. Nenhuma
delas possui quatro ligantes diferentes no carbono. Todas possuem pelo menos um plano de simetria e,
portanto, fornecem uma imagem especular igual a si mesma.
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Por tudo o que acabamos de mostrar, é possível concluir que a assimetria molecular estará
presente se houver na estrutura um carbono que faça quatro ligações simples e que esteja ligado a
quatro grupos diferentes. O carbono em questão é chamado de carbono assimétrico, carbono quiral ou
centro quiral. Em uma estrutura, a presença de um único carbono quiral permite que a substância
possua isômeros ópticos. Costuma-se usar um asterisco (*) para destacar esse carbono. Alguns
exemplos de moléculas contendo carbono quiral aparecem abaixo.
3.6 Quiralidade
Quiralidade, como já vimos, quer dizer a orientação da molécula. Muitos compostos orgânicos
podem existir como pares especulares (compostos quirais), em que um deles apresenta atividade como
fármaco enquanto sua contraparte pode ser venenosa ou inerte.
As imagens especulares não-sobreponíveis de um composto quiral são denominadas
enantiômeros. Assim como os isômeros geométricos eles se apresentam aos pares.
3.7.1 Álcool
Grupo funcional: hidroxila (―OH)
Sufixo do nome do composto: -ol
A classificação dos álcoois depende da posição da hidroxila:
- Álcoois primários – apresentam sua hidroxila ligada a carbono na extremidade da cadeia. Possuindo
um grupo característico – CH2OH.
- Álcoois secundários – apresentam sua hidroxila unida a carbono secundário da cadeia. Possuindo o
grupo característico – CHOH.
- Álcoois terciários – apresentam sua hidroxila ligada a carbono terciário. Possuindo o grupo – COH.
Os álcoois primários e saturados de cadeia normal com até onze carbonos são líquidos
incolores, os demais são sólidos. Os álcoois de até três carbonos possuem cheiro agradável e à medida
que a cadeia carbônica aumenta, esses líquidos vão se tornando viscosos, de modo que acima de onze
carbonos, eles se tornam sólidos inodoros, semelhantes à parafina.
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Propriedades químicas dos álcoois: são compostos muito reativos devido à presença da
hidroxila. Apresentam caráter ácido e por isso reagem com metais, anidridos, cloretos de ácidos,
metais alcalinos.
Principais álcoois:
Metanol (álcool metílico): fórmula H3C ─ OH, é produzido em escala industrial a partir de carvão e
água, é usado como solventes em muitas reações e como matéria-prima em polímeros.
Glicerol: líquido xaroposo, incolor e adocicado, é obtido através de uma saponificação (reação que
origina sabão) dos ésteres que constituem óleos e gorduras. Empregado na fabricação de tintas,
cosméticos e na preparação de nitroglicerina (explosivo).
Etanol (álcool etílico): é usado como solvente na produção de bebidas alcoólicas, na preparação de
ácido acético, éter, tintas, perfumes e como combustível de automóveis.
O etanol é produzido biologicamente pela fermentação do açúcar ou do amido. Na ausência de
oxigênio, as enzimas presentes nas culturas bacterianas ou no fermento catalisam a reação:
Figura 17: Alcoóis mais comuns. Note que todos os compostos contêm o grupo OH. As propriedades do fenol são bem diferentes
dos alcoóis alifáticos.
3.7.2 Éteres
Grupo funcional: contêm a ligação R―O―R’ em que R e R’ são grupos derivados de hidrocarbonetos
(alifático ou aromático). São formados pela reação de dois alcoóis:
Ao contrário dos ácidos inorgânicos HCl, HNO3 e H2SO4, os ácidos carboxílicos são, em geral, ácidos
fracos. Reagem com os alcoóis para formar ésteres.
Nomenclatura comum
Os nomes comuns dos ácidos carboxílicos são usados desde um período anterior à descoberta de suas
estruturas. São derivados do latim e do grego e indicam suas fontes naturais. A maior parte nos
acompanha há muito tempo por serem os primeiros compostos orgânicos isolados e, provavelmente,
serão de uso vulgar por muito mais tempo ainda, por isso, alguns devem ser familiares, como os
listados a seguir.
Estrutura IUPAC Comum Derivação
HCO2H Metanoico Fórmico (Latim), fórmica - formiga
CH3CO2H Etanoico Acético (Latim), acetum; (Francês), vine aigre – vinagre
CH3CH2CO2H Propanoico Propiônico (Grego), propion – primeira gordura
CH3(CH2)2 CO2H Butanóico Butírico (Latim), buttyrum – manteiga
CH3(CH2)3 CO2H Pentanóico Valérico (Latim), valeriana – planta floral
CH3(CH2)4 CO2H Hexanóico Capróico (Latim), caper – cabra
CH3(CH2)6 CO2H Octanóico Caprílico (Latim), caper – cabra
CH3(CH2)8 CO2H Decanóico Cáprico (Latim), caper – cabra
CH3(CH2)10 CO2H Dodecanóico Láurico (Latim), laurus – louro
CH3(CH2)12 CO2H Tetradecanóico Mirístico (Grego), myristikos – fragrante
CH3(CH2)14 CO2H Hexadecanóico Palmítico (Latim), palma – palmeira
CH3(CH2)16 CO2H Octadecanóico Esteárico (Grego), stear – gordura sólida
CH3(CH2)18 CO2H Icosanóico Araquídico (Grego), arachis – amendoim
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Ácidos carboxílicos são compostos que apresenta o grupo funcional carboxila (- COOH) ligada
à cadeia carbônica.
Estruturas Polares:
Estruturas Apolares:
Quanto maior for à parte apolar da cadeia mais insolúvel será o composto, isso explica por que
cadeias com mais de 10 carbonos não se dissolvem em água.
3.7.5 Ésteres
Os ésteres têm a fórmula geral R’COOR, em que R’ pode ser H, um grupo alquila ou arila e R
é um grupo alquila ou arila. Os ésteres são usados na indústria de perfumes e na indústria de alimentos
como aromatizantes em confeitos e refrigerantes. O cheiro e o sabor característicos de muitos frutos
(bananas, laranjas, maças, ...) devem-se a presença de pequenas quantidades de ésteres. A
saponificação tornou-se um termo geral para designar a hidrólise alcalina de qualquer tipo de éster.
Grupo funcional: ―COOR
Sufixo do nome do composto: -ato de -ila
Representantes: acetato de etila, acetato de isopentila, acetato de octila, butirato de metila, estearato de
etila.
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Ésteres são compostos orgânicos produzidos através da reação química denominada de
esterificação: ácido carboxílico e álcool reagem entre si e os produtos da reação são éster e água.
Existem três classificações para os ésteres, eles podem se encontrar na forma de essências,
óleos ou ceras, dependendo da reação e dos reagentes.
3.7.5.1 Essências
Ésteres nessa forma são obtidos através da reação com ácidos e álcoois de cadeia curta. Este
produto de ésteres é muito usado em indústrias de alimentos, ele permite a atribuição de diferentes
sabores e aromas aos produtos artificiais.
Sabe aquele sabor e aroma de frutas que encontramos em gomas de mascar, refrescos
artificiais, gelatinas, bombons, qual a substância responsável por este efeito? São as essências de
ésteres, os flavorizantes também conhecidos como aromatizantes. Veja os exemplos:
Antranilato de metila: alimentos com sabor artificial de uva possuem esse aromatizante do grupo de
ésteres, os refrescos de uva são um exemplo.
Acetato de pentila: constituinte do aroma artificial de banana.
Etanoato de butila: essência que confere o sabor de maçã verde às balas e gomas de mascar.
Butanoato de etila: esse éster confere o aroma de abacaxi a alimentos.
Metanoato de etila: é responsável pelo aroma artificial de groselha.
Acetato de propila: o sabor artificial de pêra das gomas de mascar se deve à presença deste éster.
Como se vê, existe uma variedade enorme de ésteres sendo usados nas indústrias alimentícias,
agora vejamos outra forma de éster:
3.7.5.2 Óleos
Os produtos derivados de ésteres neste estado são muito usados no nosso dia-a-dia. Também na
forma de gorduras, estão presentes em nossa alimentação, a seguir exemplos de ésteres na forma de
óleos e gorduras:
Éster dos ácidos linoléico e oléico: óleo de soja presente na refeição diária. Os ésteres que derivam
apenas de um álcool, como a glicerina ou propanotriol, como o próprio nome já diz, trata-se de um
álcool com três hidroxilas, a reação acontece com três ácidos, sendo assim, o produto será um triéster.
Esse produto corresponde ao óleo de soja, já citado, azeite de oliva, manteiga ou margarina.
Estearina: é encontrado na gordura animal conhecida como sebo, é matéria prima para a fabricação de
sabonetes e sabões.
Mais uma forma de ésteres:
3.7.5.3 Ceras
Quando álcoois com elevado número de carbonos reagem com ácidos surge uma nova forma de
ésteres; as ceras. As mais conhecidas são a cera de abelha e a cera de carnaúba, elas servem para
fabricar velas, graxas para sapatos, ceras para pisos, entre outras.
3.7.6 Aminas
Grupo funcional: São bases orgânicas de fórmula geral R3N, em que o grupo R deve ser um grupo
alquila ou arila.
Sufixo do nome do composto: -amina ou -amônio
Representantes: como no caso da amônia, as aminas são bases fracas de BrØnsted que reagem da
seguinte maneira com a água:
RNH2 + H2O → RNH3+ + OH¯
Como todas as bases, as aminas formam sais quando reagem com os ácidos:
46
+
CH3NH2 + HCl → CH3NH3 Cl¯
Esses sais geralmente são sólidos incolores, inodoros e solúveis em água. Muitas aminas aromáticas
são carcinogênicas.
As aminas são compostos orgânicos nitrogenados, são obtidas através da substituição de um ou
mais hidrogênios da amônia (NH3) por demais grupos orgânicos (radicais alquila ou arila). Elas
possuem em sua fórmula geral o elemento Nitrogênio, existem muitos estimulantes que possuem em
sua fórmula o composto amino: Cafeína, Anfetamina, Cocaína e Crack.
Características físicas: as Aminas podem ser encontradas nos três estados físicos: sólido,
líquido ou gasoso, as que estão no estado gasoso são as alifáticas: dimetilamina, etilamina e
trimetilamina. Da propilamina à dodecilamina, se encontram no estado líquido, e as que possuem mais
de doze carbonos são sólidas. As aminasquase sempre são incolores, cheiro de peixe (rançoso), só as
metilaminas e as etilaminas que possuem um cheiro semelhante à amônia. Seus compostos aromáticos
são tóxicos.
Podemos encontrar esta classe orgânica em alguns compostos extraídos de vegetais, ou seja, na
natureza. Os alcalóides constituem fonte de aminas, elas também podem ser produzidas na
decomposição de peixes e de cadáveres. A trimetilamina é derivada dos peixes, enquanto que a
putrescina e cadaverina são encontradas em cadáveres.
As aminas são consideradas bases orgânicas, devido ao par eletrônico disponível no átomo de
nitrogênio presente nestes compostos. São empregadas em sínteses orgânicas, como por exemplo, na
vulcanização da borracha, na preparação de corantes, na fabricação de sabões, para produzir
medicamentos, etc.
Aprenda a caracterizar as aminas:
Uma forma de caracterizar as aminas primárias, secundárias e terciárias é conforme
especificado abaixo:
- Amina primária: possui apenas um de seus hidrogênios substituídos por um grupo alquila ou arila.
- Amina secundária: possui dois de seus hidrogênios substituídos por dois grupos alquila ou arila.
- Amina terciária: possui seus três hidrogênios substituídos por três grupos alquila ou arila.
Tabela 11: Grupos funcionais importantes e suas reações. Fonte: CHANG (2006).4
Grupo funcional Nome Reações típicas
Ligação dupla Reações de adição de halogênios, haletos de hidrogênio e água;
carbono-carbono hidrogenação para produzir alcenos.
Ligação tripla Reações de adição de halogênios, haletos de hidrogênio e água;
carbono-carbono hidrogenação para formar alcenos e alcinos.
Reações de substituição:
Halogênio
CH3CH2Br + KI → CH3CH2I + KBr
Esterificação (formação de um éster) com ácidos carboxílicos; oxidação a
Hidroxila
aldeídos, cetonas e ácidos carboxílicos.
2) A estrutura física dos alcanos é a cadeia aberta que apresenta simples ligações entre átomos de carbono. Marque dentre as
opções abaixo aquela que fornece a classificação dos alcanos quanto à cadeia carbônica.
a) cadeia carbônica acíclica (aberta), insaturada e homogênea.
b) cadeia carbônica cíclica (alifática), saturada e homogênea.
c) cadeia carbônica acíclica (alifática), saturada e heterogênea.
d) cadeia carbônica acíclica (alifática), saturada e homogênea.
e) cadeia carbônica cíclica (fechada), saturada e homogênea.
b) C4H10
c) C3H8
d) C6H14
e) C7H16
f) C10H22
5) A parafina é uma substância sólida, de cor branca, pertencente à classe dos alcanos.
Partindo do princípio de que a forma física (sólida, líquida ou gasosa) depende da quantidade de carbonos presentes na cadeia
de hidrocarbonetos, escolha a alternativa que traz o número estimado de “C” que formam os alcanos constituintes da parafina.
a) um a quatro carbonos.
b) cinco a nove carbonos.
c) acima de dezoito carbonos.
d) de dez a dezessete carbonos.
6) O gás liquefeito de petróleo, GLP, é uma mistura de propano, C3H8, e butano,C4H10. Logo, esse gás é uma mistura de
hidrocarbonetos da classe dos:
a) Alcanos
b) Alcenos
c) Alcinos
d) Cicloalcanos
e) Cicloalcenos
9) Quando dizemos que a cadeia de hidrocarbonetos é saturada, queremos dizer que os carbonos desta estrutura estão
preenchidos por:
a) Carbono
b) Nitrogênio
c) Oxigênio
d) Hidrogênio
e) Bromo
1. Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas vazias da definição dada à classe orgânica dos alcenos.
Os alcenos são hidrocarbonetos alifáticos .................., também chamados de hidrocarbonetos etilênicos ou ................. Esses
compostos, constituídos exclusivamente por carbono e ..................., possuem fórmula geral .......................
a) Saturados, oleínas, hidrogênio, CnH2n.
b) Insaturados, oleínas, oxigênio, CnH2n +2.
c) Saturados, olefinas, hidrogênio, CnH2n.
d) Insaturados, olefinas, hidrogênio, CnH2n.
3. Conhecendo a fórmula molecular de um único alceno, podemos determinar sua fórmula geral. Sabendo que o buteno
possui a molécula descrita pela fórmula C4H8, marque a alternativa correspondente à fórmula geral dos alcenos:
a) CnH2n + 2
b) CnH2n
c) CnH2n – 2
d) Cn2H2n + 2
3. Marque dentre as opções abaixo aquela que fornece a classificação dos alcinos quanto à cadeia carbônica.
a) cadeia carbônica acíclica (aberta), insaturada e homogênea, contendo uma ligação dupla.
b) cadeia carbônica cíclica (alifática), saturada e homogênea, contendo uma ligação tripla.
c) cadeia carbônica acíclica (alifática), saturada e heterogênea, contendo uma ligação tripla.
d) cadeia carbônica acíclica (alifática), insaturada e homogênea, contendo uma ligação tripla.
e) cadeia carbônica cíclica (fechada), saturada e homogênea, contendo uma ligação tripla.
Questões de revisão
1. Defina os seguintes termos:
(a) química orgânica
(b) compostos orgânicos
(c) grupos funcionais
2. Explique por que o carbono pode formar tantos compostos a mais do que outro elemento.
6. Discuta como podem decidir quais dos seguintes compostos são alcanos, cicloalcanos, alcenos ou alcinos, sem
desenhar as suas fórmulas:
(a) C6H12
(b) C4H6
(c) C5H12
(d) C7H14
(e) C3H4
H3C HC NH2
(e) CH HC
10. O que são grupos funcionais? Por que é lógico ou útil classificar os compostos orgânicos de acordo com seus
grupos funcionais?
11. Classifique cada uma das seguintes moléculas como álcool, aldeído, cetona, ácido carboxílico, amina ou éter:
52
4 Cronograma
Data Conteúdo programático para o período da MANHÃ
03/02 Apresentação do Plano de Ensino, esclarecimentos da metodologia utilizada para
as aulas, avaliações, atividades em sala de aula e extra-sala de aula e
Cronograma. Fundamentos de Química Geral. Conceitos essenciais.
10/02 Atividades acadêmicas suspensas
17/02 Fundamentos de Química Geral. Conceitos essenciais.
24/02 Fundamentos de Química Geral. Estrutura eletrônica do átomo.
02/03 Fundamentos de Química Geral. Tabela periódica.
09/03 Fundamentos de Química Geral. Ligações iônicas.
16/03 Fundamentos de Química Geral. Ligações covalentes.
23/03 Revisão de matéria
30/03 Prova 1
06/04 Fundamentos de Química Orgânica. Conceitos essenciais.
13/04 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos alifáticos. Alcanos e
cicloalcanos.
20/04 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos alifáticos. Alcenos.
27/04 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos alifáticos. Alcinos.
04/05 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos aromáticos.
11/05 Fundamentos de Química Orgânica. Isomeria e quiralidade.
18/05 Fundamentos de Química Orgânica. Química dos grupos funcionais.
25/05 Fundamentos de Química Orgânica. Química dos grupos funcionais.
01/06 Revisão de matéria
08/06 Prova 2
15/06 Prova de recuperação
20/06 Término do período de entrega das notas e frequência dos alunos pelos docentes
22/06 Divulgação de notas e frequência dos alunos
23- Período de recurso de revisão de notas
24/06
27- Análise dos recursos de revisão de notas
28/06
29/06 Resultado dos recursos de revisão de notas
53
Data Conteúdo programático para o período da NOITE
05/02 Apresentação do Plano de Ensino, esclarecimentos da metodologia utilizada para
as aulas, avaliações, atividades em sala de aula e extra-sala de aula e
Cronograma. Fundamentos de Química Geral. Conceitos essenciais.
12/02 Fundamentos de Química Geral. Conceitos essenciais.
19/02 Fundamentos de Química Geral. Estrutura eletrônica do átomo.
26/02 Fundamentos de Química Geral. Tabela periódica.
04/03 Fundamentos de Química Geral. Ligações iônicas.
11/03 Fundamentos de Química Geral. Ligações covalentes.
18/03 Revisão de matéria
25/03 Atividades acadêmicas suspensas
01/04 Prova 1
08/04 Fundamentos de Química Orgânica. Conceitos essenciais.
15/04 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos alifáticos. Alcanos,
cicloalcanos, alcenos e alcinos.
22/04 Atividades acadêmicas suspensas
29/04 Fundamentos de Química Orgânica. Hidrocarbonetos aromáticos.
06/05 Fundamentos de Química Orgânica. Isomeria e quiralidade.
13/05 Fundamentos de Química Orgânica. Química dos grupos funcionais.
20/05 Fundamentos de Química Orgânica. Química dos grupos funcionais.
27/05 Atividades acadêmicas suspensas
03/06 Revisão de matéria
10/06 Prova 2
17/06 Prova de recuperação
20/06 Término do período de entrega das notas e frequência dos alunos pelos docentes
22/06 Divulgação de notas e frequência dos alunos
23-
Período de recurso de revisão de notas
24/06
27-
Análise dos recursos de revisão de notas
28/06
29/06 Resultado dos recursos de revisão de notas
Referências
1. Andricopulo A. 2014. Manifestação da SBQ em resposta à coluna de Denise Fraga da
Folha de São Paulo. Sociedade Brasileira de Química - Boletim eletrônico nº 1175, on
line ed., HTTP://BOLETIM.SBQ.ORG.BR/NOTICIAS/2014/N1538.PHP: PubliSBQ.
2. Ohlweiler OA. 1971. Introdução à química geral. 2 ed., Porto Alegre: Globo. p 637.
3. Russell JB. 1994. Química geral. 2 ed., São Paulo: Makron-Books. p 621.
4. Chang R. 2007. Química geral - Conceitos essenciais. 4 ed.: Bookman Editora. p 778.
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6. Feltre R, Yoshinaga S. 1974. Quimica geral: teoria e exercícios. ed., São Paulo: Moderna.
7. Campos MM, Amaral LFP. 1980. Fundamentos de química orgânica. 1 ed., São Paulo:
Edgard Blücher. p 640.