Eletrônica Industrial PDF
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CURSO
DE
ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
1
C
Capítulo I - DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES .................................................................... 4
1. O RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO( SCR ) ........................................................ 4
1.1 - CONCEITO E FUNDAMENTOS ................................................................................... 4
1.2 - CONSTITUIÇÃO INTERNA E SIMBOLOGIA ............................................................ 4
1.3 - CURVA CARACTERÍSTICA DO SCR......................................................................... 7
1.4 - TIPOS DE SCR`s............................................................................................................ 8
1.5 - IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE UM SCR .................................................... 8
1.6 - TESTE DE UM SCR ....................................................................................................... 9
1.7 - IDENTIFICAÇÃO E PARÂMETROS PARA A ESCOLHA DE UM SCR.................. 9
2. O RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO DE MÃO DUPLA “O TRIAC” ................ 11
2.1 - CONCEITO E FUNDAMENTOS ................................................................................. 11
2.2 - CONSTITUIÇÃO INTERNA E SIMBOLOGIA .......................................................... 11
2.3 – CURVA CARACTERÍSTICA DO TRIAC .................................................................. 12
2.3 - TRIAC`s COMERCIAIS .............................................................................................. 13
2.4 - IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE UM TRIAC.............................................. 13
2.5 - TESTE DE UM TRIAC ................................................................................................. 14
3. O TRANSISTOR UNIJUNÇÃO( UJT ) .................................................................................. 14
3.1 - CONCEITO E FUNDAMENTOS ................................................................................. 14
3.2 - CONSTITUIÇÃO INTERNA E SIMBOLOGIA .......................................................... 14
3.3 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ......................................................................... 15
3.4 - PARÂMETROS IMPORTANTES DA CURVA........................................................... 15
3.4 – IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DO UJT.......................................................... 16
3.5 – TESTE DE UM UJT...................................................................................................... 16
4.O DIAC ( DIODO DE CORRENTE ALTERNADA )............................................................... 17
4.1 – CONCEITO E FUNDAMENTOS................................................................................. 17
4.2 – CONSTITUIÇÃO INTERNA E SIMBOLOGIA.......................................................... 17
4.3 – CURVA CARACTERÍSTICA DO DIAC ..................................................................... 17
4.3 –IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE UM DIAC ................................................. 18
4.4 –TESTE DO DIAC ........................................................................................................... 18
4.5 – APLICAÇÕES PARA O DIAC..................................................................................... 18
5. O IGBT( TRANSISTOR BIPOLAR DE GATILHO ISOLADO )............................................ 19
5.1 – CONCEITO E FUNDAMENTOS................................................................................. 19
5.2 – CONSTITUIÇÃO INTERNA E SIMBOLOGIA.......................................................... 19
5.3 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ......................................................................... 20
5.3 – CURVA CARACTERÍSTICA DO IGBT ..................................................................... 21
5.4 – IGBT´s COMERCIAIS ................................................................................................ 21
5.5 –PINAGEM DO IGBT ..................................................................................................... 22
2
C
5.6 –VANTAGENS DO IGBT................................................................................................ 22
Capítulo II – CIRCUITOS DE DISPARO DE TIRISTORES..................................................... 25
1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 25
2 – DISPARO DE TIRISTORES COM SINAL CC NO GATILHO............................................ 25
3 - DISPARO DE TIRISTORES COM SINAL CA NO GATILHO ........................................... 25
4 - CONTROLE DE FASE COM SCR....................................................................................... 26
5 - CONTROLE DE FASE COM TRIAC .................................................................................. 29
6 – DISPARO POR REDE DEFASADORA ............................................................................... 32
7 – DISPARO POR PULSOS E COMPONENTES ASSOCIADOS............................................ 34
8 – TRANSFORMADORES DE PULSO.................................................................................... 34
9 – ACOPLADORES ÓPTICOS OU ISOLADORES ÓPTICOS................................................. 35
10 – CIRCUITO DE DISPARO PULSADO COM UJT .............................................................. 38
11 – CIRCUITO DE DISPARO COM TCA-785 ......................................................................... 44
12 – OUTROS MÉTODOS DE DISPARO DO SCR ................................................................... 49
Capítulo III - CIRCUITOS RETIFICADORES.......................................................................... 51
1.RETIFICADOR CONTROLADO MONOFÁSICO DE MEIA-ONDA .................................... 53
2.RETIFICADOR CONTROLADO MONOFÁSICO DE ONDA COMPLETA.......................... 56
3.RETIFICADOR CONTROLADO MONOFÁSICO DE ONDA COMPLETA EM PONTE ..... 57
4.RETIFICADOR SEMI-CONTROLADO MONOFÁSICO EM PONTE.................................. 59
5.RETIFICADOR CONTROLADO TRIFÁSICO DE MEIA-ONDA ......................................... 64
6. RETIFICADOR CONTROLADO TRIFÁSICO DE ONDA COMPLETA EM PONTE ......... 66
7. RETIFICADOR SEMI-CONTROLADO TRIFÁSICO EM PONTE ...................................... 67
Capítulo IV ................................................................................................................................. 68
CIRCUITOS CONVERSORES CC-CC E COMUTAÇÃO CC.................................................... 68
1. CIRCUITOS CONVERSORES............................................................................................... 68
2.CIRCUITOS DE COMUTAÇÃO PARA SCR .......................................................................... 72
Capítulo V................................................................................................................................... 74
CONVERSÃO DE FREQUÊNCIA............................................................................................. 74
1.INVERSORES ......................................................................................................................... 75
1.1– PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO .......................................................................... 75
1.2 - INVERSORES TRIFÁSICOS ....................................................................................... 77
2. CICLOCONVERSORES......................................................................................................... 80
2.1 -PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO........................................................................... 81
2.2 - CICLOCONVERSOR TRIFÁSICO ............................................................................. 83
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 83
3
C
CONCEITO
É um dispositivo que se comporta como um diodo, porém solicita de uma
autorização para que haja condução.
A ANODO
P
N
GATILHO
G P (b)
(a)
K CATODO
4
C
EQUIVALÊNCIA COM DOIS TRANSISTORES
A
C
E P A +
B N
N
G P PNP
P B
N G
E
C NPN
(a) K (b)
K -
K
CATODO(K)
5
C
CONDUÇÃO DE UM SCR
Observamos na figura 1.3 que mesmo quando o SCR é diretamente polarizado, ele
não é capaz de conduzir, mesmo com dois diodos diretamente polarizados, mas haverá uma
junção inversamente polarizada localizada no meio do super sanduíche, representada pelo
diodo do meio, que diodo “chato” não é? Logo não adianta apenas polarizar diretamente o
SCR, é preciso trabalharmos com um terceiro terminal, conectado ao terceiro bloco de
material, conforme mostra a figura 1.3 acima. Sem a atuação desse terminal, o SCR não
permite a passagem da corrente elétrica, pois a polarização dos seus diodos “internos” é “
conflitante” . Vejamos então o que acontece se aplicarmos uma polarização positiva ao
terminal G, como mostra a figura 1.4, logo a seguir.
Ao conectarmos o terminal G ao positivo, a junção inferior do “sanduíche” fica
polarizada no sentido de condução, permitindo a passagem de uma pequena corrente,
chamada de “ corrente de gatilho”, como mostra a seta tracejada menor. Esta corrente pode
adquirir níveis perigosos para o SCR, portanto usualmente é utilizada uma resistência de
gatilho para limitá-la, e assim manter a integridade do dispositivo, e não danificá-lo.
Ao surgir, contudo, essa pequena corrente, através da junção( A ), diretamente
polarizada, ocorre um interessante fenômeno, nas “ tripas” do SCR: Essa pequena corrente
como que “ arrasta” consigo os portadores de carga existentes na junção( B ), fazendo com
que a mesma se “ desinverta”, para efeitos práticos, e permitindo assim a livre passagem de
intensa corrente entre o anodo e o catodo. O SCR então entra no que chamamos de estado
de condução, e até quando?
O SCR mesmo ao retirarmos a conexão do gatilho, após o mesmo ter sido
polarizado, ele se mantém conduzindo, esta é uma característica muito importante do SCR,
e isto só é possível graças a sua configuração equivalente a dois transistores apresentada na
figura 2, vejamos: Suponha que polarizamos o SCR diretamente( terminal A positivo e
terminal K negativo ), assim que aplicarmos polarização positiva ao terminal G, a base do
transistor NPN receberá tal polarização, fazendo com que esse transistor entre em
condução. Ao entrar o transistor NPN em condução, a sua “resistência interna”, entre
emissor e coletor, baixa bastante, permitindo então que a polarização negativa atinja, com
facilidade, a base do transistor PNP. O transistor PNP, por sua vez, ao receber em sua base
essa polarização negativa, também entra em plena condução, “trazendo” polarização
positiva à base do transistor NPN, assim, todo o conjunto entra e permanece em condução,
podemos então resumir este círculo vicioso em uma pequena frase: “ Eu te ajudo, e você
me ajuda”... E Este processo de condução tem fim? ...
+
A Corrente intensa
P
RG
N
B
P
A
N
Corrente
pequena de K
gatilho -
Figura 1.4 – Circulação de corrente em um SCR 6
C
Claro que tem, existe algumas formas de se bloquear o processo de condução de
um SCR : Uma delas é desligar a fonte do circuito e outra é curto circuitar os terminais
do dispositivo, ou seja, o anodo com o catodo. Essas são algumas ações verificadas em
circuitos CC, outras também utilizadas são chamadas de comutação forçada, onde são
elaborados circuitos para que se faça a comutação do SCR no momento desejado. Em
circuitos CA há o que chamamos de comutação natural, pois o simples fato do sinal
alternado passar por zero, desliga o SCR.
IL
RL
VBO IH IA
VBO VCA
+
VAC V1
Característica de
Característica de bloqueio direto
bloqueio reversso
(b)
(a)
7
C
1.4 - TIPOS DE SCR`s
G – Gatilho
A – Anodo
K – Catodo
G
A
K
8
C
a) b) c)
K K K
A A A
G G G
K K
Figura 1.8 – Sequência de testes do SCR K
Notamos que na figura 1.8a o multímetro mostra que não há condução, mesmo com
polarização direta A(+) e K(-), isto acontece devido a autorização não ser solicitada através
do Gatilho(G).
Na figura 1.8b observa-se que o SCR permite a condução, pois curto-circuitando os
terminais A e G com a ponteira positiva do multímetro, um pulso positivo é dado no
gatilho, solicitando a autorização, logo verificamos uma diminuição na resistência indicada
pelo instrumento.
Na figura 1.8c, retomamos a ligação feita na figura 1.8a, porém a resistência se
mantém baixa devido a característica que o SCR apresenta de permanecer em condução
após o pulso de disparo, isto só é possível se sua corrente de manutenção for suficiente para
tal.
1.7 - IDENTIFICAÇÃO E PARÂMETROS PARA A ESCOLHA DE UM SCR
Com a folha de dados técnicos de um SCR em mãos, é importante que saibamos o
significado de alguns parâmetros existentes na mesma para que possamos especificar o
nosso SCR, são eles:
ITAV : Valor médio da forma de onda ideal de corrente da rede durante um ciclo,
supondo a condução durante 180º
ITRMS : Corrente RMS(eficaz) no estado de condução.
ITRM : Corrente de pico repetitiva na condução.
ITSM : Corrente de pico não repetitiva(surto) na condução. Este tempo é
estabelecido para ½ ciclo do sinal da rede.
IH : Corrente de manutenção( Holding Current ). É o valor de corrente anódica
abaixo do qual o SCR corta.
IL : Corrente de engatamento( Latching Currente ). É o mínimo valor de corrente
anódica necessário para o engatamento do tiristor.
Devido a família dos tiristores da série TIC ser a mais comumente encontrada no
mercado, efetuaremos a identificação dos tiristores através dos códigos impressos
no corpo dos mesmos, como mostram os exemplos relacionados nos itens a seguir:
Ex: TIC 106 Indica tiristor unidirecional TIC 206 Indica tiristor bidirecional
10
C
a) CONCEITO:
É um dispositivo que permite a passagem de corrente em ambos os sentidos,
conhecido também como dispositivo bidirecional, já que o SCR é um dispositivo
unidirecional.
A G K
K G A
G
SÍMBOLO
(a)
(b)
M2
Figura 1.10 – a) Simbololgia
b) Constituição interna
11
C
Como pode ser observado, o TRIAC pode conduzir nos dois sentidos de
polarização. E no que diz respeito aos parâmetros da curva, são equivalentes aos vistos
na curva do SCR.
Uma diferença importante entre o TRIAC e o SCR que podemos citar é que o SCR
requer uma tensão de gatilho positiva, enquanto o TRIAC irá responder tanto a uma
tensão de gatilho positiva quanto a uma negativa. Isto significa dizer que o seu disparo,
que pode ser em qualquer direção, pode ser reduzido fazendo-se o gatilho mais positivo
ou mais negativo, com relação ao M1, que é usado como terminal de referência.
Em suma, pode-se dizer que a curva característica do TRIAC mostra as
características de um SCR nas duas direções, e quanto aos parâmetros da curva, a
denominação e conceito são equivalntes aos definidos na curva característica do SCR.
12
C
2.3 - TRIAC`s COMERCIAIS
No comércio, através da consulta do data Book, encontramos TRIAC`s com valores
de ITRMS de até 300A e valores de VDRM de até 1.6kV. Por estes dados, podemos perceber
que 300A é pouco, frente ao SCR que possui valores de corrente acima de 3000A. Nas
figuras 1.12 e 1.13, respectivamente são mostrados alguns tipos de encapsulamentos
fabricados para o mercado e alguns TRIACS fabricados para potências mais altas. O
invólucro mais conhecido é o TO220(TO220AB) dos quais se utilizam as séries TIC”xxx”,
BTA12”AAA” e vários tantos outros triacs mais comuns.
G – Gatilho
G
M2
M1 Figura 1.14 – Terminais do Triac
13
C
Alguns invólucros de TRIACS apresentam denominações diferentes com relação
aos terminais de ligação, a figura 1.15 mostra um conjunto desses invólucros.
CONCEITO
É um transistor que comporta apenas de uma única junção.
RB2 RB1
D1
DIODE B1
+ Q1
+ UJT
I RB1
- -
VP - Tensão de pico.
Esta tensão também é conhecida como tensão de disparo do UJT .
15
C
IP – Corrente de pico.
É a corrente de emissor mínima necessária para disparar o UJT. O valor de IP
está na faixa de 2A a 25A para os diversos UJT’s encontrados no mercado.
VV – Tensão de vale.
É o valor de tensão de emissor abaixo do qual ocorre o corte do UJT. Esta
tensão de encontra na faixa de 1V a 5V.
IV – Corrente de Vale.
É o valor máximo de corrente de emissor na região de resistência negativa.
A faixa de valores de IV Para UJT’s comerciais é de 1mA a 10mA.
B1 – Base 1
B2 – Base 2
E - Emissor
RESISTÊNCIA
POLARIZAÇÃO
MEDIDA
B2+ B1- RBB
B2- B1+ RBB
E+ B1- RB1
E- B1+
E+ B2- RB2
E- B2+
Tabela 1.1 – Tabela teste do UJT
16
C
CONCEITO
É uma chave bidirecional disparada por tensão, muito utilizada nos circuitos
de disparo, onde a tensão no qual o DIAC é submetido ocorre normalmente entre
20V e 40V.
T1
P
N
P
T2
Como pode ser observado, a curva característica do DIAC mostra que a condução
do mesmo se dá a partir do momento em que o nível de tensão ultrapassa VBO( tensão de
Breakover), em ambas as polaridades, caracterizando assim o DIAC como um componente
bilateral.
17
C
T1 T1
(b)
(a)
18
C
5. O IGBT( TRANSISTOR BIPOLAR DE GATILHO ISOLADO )
5.1 – CONCEITO E FUNDAMENTOS
CONCEITO
Formado por quatro camadas dispostas na sequência P-N-N-P, o IGBT não faz
parte da família dos tiristores, porém este é um componente “híbrido” por apresentar
características tanto dos transistores bipolares(alta velocidade de operação) quanto
dos transistores FET( pequena perda na condução).
(Dreno)
(Fonte)
(a) (b)
Figura 1.27 – a) Estrutura interna do IGBT
b) Símbolos do IGBT
19
C
5.3 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
FUNCIONAMENTO:
20
C
5.3 – CURVA CARACTERÍSTICA DO IGBT
IRG4BC30F
SKM 75 GAR 063 D
IRGPC50F
SK 13 GD 063
21
C
5.5 –PINAGEM DO IGBT
1 – GATILHO
2 – COLETOR
3 - EMISSOR
3
2
1
22
C
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
1) Conceitue um SCR?
2) Explique sucintamente, porque não é viável disparar o SCR aplicando sobre o mesmo
uma tensão de breakover com frequência.
23
C
6) Por que motivo o TRIAC é chamado de dispositivo bidirecional?
............
............
............
8) Dado o transistor de unijunção abaixo, identifique seu defeito a partir das medições
realizadas.
24
C
CIRCUITOS TÍPICOS
VCC VCC
RG RL RG RL
Tendo em vista os circuitos da figura 2.1, é possível calcular o valor das constantes
RG e RL visando, respectivamente, manter o valor de corrente de gatilho abaixo de IGMAX
e acima de IGMIN, e controlar a corrente de anodo que passa pelo Tiristor.
Circuitos desta natureza, apresentam um inconveniente. A corrente no gatilho
permanece o tempo todo. Isto não é necessário, visto que a necessidade da corrente no
gatilho é só na hora do disparo, depois a mesma pode ser retirada. Caso contrário, estamos
dissipando energia no gatilho além do necessário, o que não é conveniente.
25
C
CIRCUITOS TÍPICOS
RL RL
R1 R1
Vrede
Vrede ~ P1 ~ P1
C1 C1
P1(200k) 100
1k
O circuito da figura 2.3, como podemos observar, alimenta uma carga resistiva de
100 com uma tensão eficaz Vrede = 127V, através de um SCR TIC 106B, que apresenta
IGT = 200A e VGT = 0.6V. A idéia deste exemplo é mostrar que através da escolha de um
valor para o potenciômetro P1, tem–se disparos em instantes diferentes em relação ao sinal
alternado de entrada ( Vrede ) através do controle de fase, ou seja, controlar a tensão
fornecida à carga e, portanto a sua potência.
26
C
FORMAS DE ONDA
As formas de ondas características da tensão nos terminais da carga, são mostrados nas
ilustrações acima, observe-se que há um valor médio diferente de zero aplicado a carga
quando a alimentação da mesma é controlado pelo SCR, e este valor médio pode ser
calculado como mostraremos em seguida. É verificado também que a fluxo de potência
aplicada a carga é controlado, podendo-se então fornecer mais ou menos potência. Mas do
que depende este controle de fluxo de potência para a carga?
Vejamos:
O valor médio calculado sobre uma carga quando a mesma recebe um sinal
27
C
retificado em meia onda controlado através de um ângulo de disparo, é calculado pela
expressão:
VP (1 COS )
Vmédio
2
Enquanto o valor eficaz de tensão é dado por:
1 sen 2
Veficaz VP
4 4 8
Logo é possível então aplicarmos estas equações para calcularmos a tensão média e
eficaz aplicadas na carga de um circuito qualquer que se utilize de dispositivos como o
SCR para o controle de potência sobre a mesma. A potência então pode ser calculada pela
expressão que segue: 0
V 2 eficaz
Peficaz
RL
Notamos que assim como a tensão eficaz varia segundo um ângulo, chamado ângulo
de disparo, varia a potência consumida pela carga, conclui-se então que o fluxo de potência
sobre a carga depende do ângulo em que o SCR é disparado.
A tabela abaixo mostra alguns valores de grandezas para os ângulos de disparos em
questão, verificados para o circuito da figura 2.3
Você pode observar que o valor máximo da tensão de rede é obtido com um ângulo
de disparo de 90º, e isto nos leva a concluir que a partir deste ângulo não temos mais
controle de potência sobre a carga, “e agora José ? ” o que faremos.....
Fique tranqüilo caro leitor, logo adiante mostraremos circuitos de disparo que
permitem variar o ângulo de 0º a 180º no semiciclo positivo assim como de 180º a 360º
no semiciclo negativo, caso estejamos trabalhando com circuitos para disparar o TRIAC.
No primeiro instante entenderemos o por quê deste limite de controle em torno de
90º, certo?
28
C
Semelhante ao SCR, o TRIAC também pode ser utilizado para o controle de fase de
tensão alternada, levando em conta as mesmas considerações adotadas a respeito do limite
do ângulo de disparo do SCR. Um circuito típico de disparo de TRIAC é mostrado na
figura 5.1, bem como as formas de onda para os ângulos = 2º, = 15º, = 30º, = 60º,
= 90º adotados para o circuito com SCR, mostradas na figura 2.7
29
C
100
R1 100
~ R2
0.1uF
FORMAS DE ONDA
Observa-se nas formas de onda da figura 2.8 que o controle de fase no TRIAC,
diferente do controle em SCR’s, é feito nos semiciclos positivo e negativo.
Assim como os resultados do circuito com SCR, é possível calcular os valores de
Vmédio, Veficaz e a Peficaz utilizando circuitos com TRIAC’s através das relações matemáticas
mostradas a seguir:
Vmédio 0
1 sen 2 V 2 eficaz
Veficaz VP Peficaz
2 2 4 RL
A partir dessas relações, obtemos assim uma tabela para os ângulos de disparo em
questão mostrados nos gráficos da figura 2.8
31
C
6 – DISPARO POR REDE DEFASADORA
R1
D2
Vrede R2
SCR
D1
C1
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
1) Dado o circuito abaixo, responda por que não é viável sua utilização.
VCC
RG RL
2) Responda se o circuito de disparo em CA, como mostra a figura abaixo, apresenta vantagem sobre o
circuito de disparo CC, montado no exercício ( 1 ). Justifique sua resposta.
RL
R1
Vrede ~ P1
C1
3) Partindo do circuito mostrado na figura abaixo, explique sucintamente a idéia de como podemos disparar
em instantes diferentes o SCR, de acordo com o sinal alternado de entrada.
P1(200k) 100
1k
33
C
4) Qual a vantagem do controle do fluxo de potência efetuado com o TRIAC comparado com o SCR?
5) Responda se é possível controlarmos o valor médio de tensão na carga, utilizando-se um circuito com
TRIAC. Justifique sua resposta.
6) Explique a função dos diodos D1 e D2 no circuito abaixo.
carga
R1
D2
Vrede R2
SCR
D1
C1
8 – TRANSFORMADORES DE PULSO
34
C
Verifica-se portanto a medida que a corrente no gatilho é injetada transversalmente,
uma corrente Anodo – catodo vai encontrando uma maior facilidade na passagem ao longo
da seção do dispositivo, porém caso não haja conformidade nesta distribuição, devido a um
possível mau acoplamento, a corrente I se concentrará mais em uma única região
provocando um aquecimento( ponto quente ) podendo danificar o componente.
b)
a) c)
35
C
Claro que sim, pois haveria um circuito mais complexo para o disparo de seu
tiristor, pois bem, há uma solução interessante para este caso, que é o uso de acopladores
ópticos com tiristores, ilustrado na figura 2.14.
TIPOS COMERCIAIS
MOC3020
MOC3021
MOC3022
MOC3023
F1
+V MOC3011
R1 R2
D2 Q1
VCONTROLE
1/4 - 7400 Q2
“1”
Observe na figura 2.16 que para que seja acionado o TRIAC Q1, o sistema digital
deve fornecer nível lógico “1” a entrada de controle da porta nand. Assim, o pino 2 do
MOC3011 vai para nível lógico “0” e o led D2 fica polarizado diretamente, disparando o
fotosensor Q2 e, como consequência, o TRIAC Q1.
36
C
Para podermos especificar um circuito integrado desta natureza é importante
estarmos atento a dois parâmetros: A tensão máxima reversa(VRRM) e a corrente máxima
direta(ID), suportadas pelo elemento fotosensor, no caso o TRIAC.
Uma breve análise do comportamento do circuito com o MOC3011 quanto ao uso
dentro de seus parâmetros máximos, é feito para que possamos ter a idéia da sequência de
cálculos para um bom dimensionamento do circuito de disparo.
A partir da figura 2.16 e dado as características do TRIAC Q1, assim como do
circuito integrado MOC3011 faremos a análise.
PARÂMETROS DO MOC3011
LED
PARÂMETROS DO TRIAC Q1 IA 10mA(min) 50mA(max)
VGT 2V VF 1.3V-10mA
IGT 100mA
TRIAC
VRRM,VDRM 250V(min)
VT 3V(max) – 100mA
I6 1.2A(max)
Tabela 2.1 – Parâmetros do TRIAC e do MOC 3011
5 VF 5 1.3
IA 12.3mA
R1 300
Desta forma o MOC3011 está protegido e garante o disparo do TRIAC interno Q2.
Para garantirmos a proteção do TRIAC Q2, a partir da carga a ser acionado, é
necessário calcularmos o valor do resistor R1, inserido no pino 6, vejamos:
V 2 REDE (127) 2
RL 161.29
PL 100
V REDE 127 2
I6 0.529 A
R2 R L 341.29
Isto garante que o TRIAC interno não será danificado, pois opera com corrente
menor que máxima permitida(I6 = 1.2A).
Garantidas então as condições normais de trabalho do MOC3011, é possível
determinar o que nível de tensão da rede, o TRIAC Q1 irá Disparar, dado que saibamos seus
parâmetros.
A partir da tabela 9.1, temos que IGT = 100mA e VGT =2V, considerando que VT
=3V (TRIAC Q2), obtemos então através do circuito em questão:
37
C
V REDE 3 2
100 x10 3 , VREDE 39.13V
341.29
Isto significa que a tensão da rede ao atingir 39.13V, o TRIAC Q1 será disparado.
Você deve estar questionando o fato do controle de potência, não estar disponível
nesta tipologia de circuito, não é? Pois bem, é possível sim criarmos um controle de ângulo
de disparo nesta topologia de circuito, basta inserirmos no pino 6 um resistor variável(R V),
e logo teremos disparos para vários valores de tensão da rede. Porém temos que ter um
cuidado especial com o mínimo valor para esta resistência inserida no pino 6, pois poderá
haver um aumento de I6 superior ao suportado pelo TRIAC Q2.
Uma recomendação para evitarmos este tipo de problema, é inserirmos em série
com o resistor variável(RV) uma resistência que garante o valor limite quando este resistor
estiver próximo de zero(0), como ilustra o circuito da figura 2.17
100W
5V F1
1A
300 MOC3011 180
R2 R1
R3 VRede
D2 Q1
Vcontrole 1/4 - 7400 Q2
“1”
RB2
R1 RB1
B2
+ B2
VCC E R1
+ rb2
UJT VCC D1
DIODE
C1
B1 E
RB2
C1
rb1
B1
RB1
(a) a) Circuito típico de um oscilador com UJT
Figura 2.18 38
(b)
b) Oscilador de relaxação com circuito equivalente do UJT
C
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
R1 D2
DIODE
+ E
VCC1
rb1
C1
B1
RB1
VE
VP Tensão de disparo
VV Tensão de vale
VB1 t
VB1 Tensão no terminal
B1( usada para
disparar tiristores)
Tensão contínua em B1
VB2 t
VB2 Tensão no terminal B2
0 t1 t2 t
Figura 2.20 – Circuito equivalente ao oscilador de relaxação após o corte do UJT
39
C
+
Vcc UJT
C1 SCR
~ Vrede
R3
UJT – 2N2646
0.56(min) 0.75(max)
rbb 4.7k(min) 9.1k(max)
Ip 1A(tip) 5A(max)
Iv 4mA(min) 6mA(tip)
SCR – TIC106
VGD=0.2V VGT=1V
40
C
Um valor prático de R2 é calculado em torno de 15% de rbb, verificado nas
características técnicas do dispositivo.
CÁLCULO DE R3:
Dado Vcc, calcula-se o valor de R3 através da relação:
Vcc Vv Vcc V p
R1
Iv Ip
A partir da seção 3.4 que trata dos parâmetros do UJT, temos que VV=2V, IV = 4mA
e IP = 4A escolhidos assim para efetuarmos o cálculo em questão. Porém Vp é encontrado
através da expressão: V p V D V BB
Vcc R2
onde VD = 0.6, = 0.6 e VBB Vcc V3 e Sabendo que V3 < 0.6V,
R2 RBB R3
consideraremos então V3 = 0.3V.
carga
1k
R2
10k
R1 Figura 2.22 – Circuito típico de disparo
de SCR com UJT
+
Vcc UJT
C10.1F SCR
~ Vrede
220
R3
41
C
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
1)Cite uma vantagem do disparo por pulsos em relação ao disparo CC.
4)Dado o circuito abaixo, e consultando os dados técnicos necessários, dimensione o circuito com o objetivo
de protegermos o optoacoplador?
CARGA(RL=500)
R3
F1
+V
R1 R2
V = 110V
D2 Q1
1/4 - 7400 Q2
VCONTROLE
“1”
5V
5) Dado o circuito abaixo, explique de que forma é possível retardarmos o disparo do UJT.
R1 RB1
+ B2
VCC E
UJT
C1
B1
RB2
42
C
RB2
R1
Vrede ~ D1 UJT
C1
RB1
Vrede
~ D1
43
C
Neste instante o oscilador estará
em curto e o UJT não irá disparar,
permitindo assim que não haja alguma
dissipação desnecessária no gatilho, já
que no semiciclo negativo o SCR não
deve conduzir, como de costume.
No semiciclo positivo, até que a
tensão de rede atinja a tensão VZ, o
diodo zener estará bloqueado. A partir
daí o diodo zener irá manter a tensão,
no circuito gerador de pulsos,
estabilizada no valor de VZ, isto
ocorrerá logo no início do semiciclo
positivo.
Uma vez alimentado, o circuito
oscilará normalmente e o primeiro
pulso(com ângulo em relação à tensão
da rede) irá disparar o SCR. Figura 2.26 – Formas de ondas para o circuito de disparo
sincronizado com a rede.
Os demais pulsos são desnecessários, mas inevitáveis neste circuito e como os sinais
são repetitivos, ou seja, as condições de carga repetem-se em todos os semiciclos negativos,
o primeiro pulso ocorrerá sempre com o mesmo ângulo , como pode ser visto na figura
2.26.
b)
a)
45
C
Quanto a tensão de alimentação VS(pino 16) pode variar dentro do intervalo
8V VS 18V, pois a alimentação interna do TCA-785 é regulada em 3.1V pelo
próprio CI, de uma tensão de alimentação externa(VS), como pode ser observada na figura
2.29.
GERADOR DE RAMPA
O gerador de rampa(cujo controle está na unidade lógica) consiste essencialmente de
uma fonte controlada por uma resistência RR. O tempo de subida da rampa é assim
determinado pela combinação RR e CR, como pode ser observado na figura 2.30.
A tensão fornecida pelo gerador de rampa varia linearmente com o tempo(reta), ou
seja, a tensão dobra se o intervalo de tempo dobrar. Em outras palavras, a tensão cresce
proporcionalmente ao aumento do tempo, como se vê, por exemplo, na figura 2.30.
I CR
VCR xt
CR
Verifica-se então que a equação impõe restrições quanto ao valor de CR, logo para o
correto funcionamento do circuito, devem ser considerados os valores mínimos e máximos
adotados na prática 500pF e 1F, respectivamente. Um valor elevado de CR tornaria a
descarga do mesmo muito lenta, comprometendo o novo ciclo de carga e,
consequentemente, o sincronismo do disparo.
46
C
COMPARADOR DE DISPARO DO TCA-785
A finalidade deste bloco é comparar a tensão de rampa(VR) com a tensão de
controle(VC), quando estas forem iguais, envia pulsos nas saídas, via unidade lógica.
Obtém-se, então, no pino 15, pulsos positivos no semiciclo positivo da tensão de
sincronismo e no pino 14, pulsos positivos no semiciclo negativo da tensão de sincronismo,
defasadas entre si de 180º.
Uma ilustração do bloco comparador, bem como as formas de onda do sinal de
controle e rampa são mostrados na figura 2.31
a) b)
Assim podemos monitorar a largura dos pulsos adquiridos nas saídas do bloco
lógico de formação dos pulsos.
A figura 2.32 ilustra as formas de onda dos sinais de interesse do TCA 785,
apresentando os pulsos adquiridos com larguras diferentes.
47
C
Observa-se então com mais clareza que os pulsos são criados a partir de interseção
do sinal de controle(Vcontrole) com o sinal de rampa(VCR), e é fácil de percebermos em que
caso elevarmos ou abaixarmos o sinal de controle, o pulso irá se deslocar para frente ou
para trás, respectivamente. Verifica-se também o quanto a largura do pulso é alterada
quando alteramos o valor do capacitor C12, conectado ao pino 12, na verdade, no primeiro
momento o pino é deixado aberto e no segundo momento o mesmo é curto-circuitado.
48
C
RG
K
Figura 2.33 – Disparo por ruído
49
C
A partir do circuito da figura 2.34, observe que ao fecharmos a chave CH1, a
capacitância da junção J2 fará com que circule uma corrente de gatilho. Caso o valor da
corrente capacitiva seja suficiente para que haja o processo regenerativo, o SCR entra em
condução, é aplicado um disparo acidental podendo atém provocar sérios danos ao sistema,
como por exemplo um grave curto-circuito.
Muito bem, caro leitor, a questão é como reduzirmos este efeito, certo? Então
partimos do conhecimento que o capacitor possui a propriedade de se opor a variações de
tensão, visto que a tensão nos seus terminais cresce de forma gradativa.
Podemos reduzir o efeito da variação brusca de tensão no SCR, colocando um
circuito que amorteça esta variação. Este circuito é constituído de um ramo RC em paralelo
com os terminais anodo e catodo do SCR, que impedirá que a tensão entre anodo varie
bruscamente. Este circuito é conhecido como Snubber(amortecedor).
DIS
PA
RO
POR AUMENTO DE TEMPERATURA
A medida que a temperatura é aumentada, diversos parâmetros do SCR variam tais
como, Ifuga, VBO e IH.
Notamos que o aumento de temperatura, facilita o disparo do SCR, uma vez que um
aumento da corrente de fuga, diminuição de VBO e uma diminuição IH, ou seja, as
alterações nestes parâmetros contribuem para uma maior facilidade de disparo do
componente.
50
C
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
1)Explique a função do diodo zener(D1) no circuito abaixo
VCC
R1 R3
SAÍDA
C
60 Hz S1
R2
4)Na configuração do circuito mostrado abaixo, responda qual a função dos diodos D1 e D2?
51
C
6)Responda em qual dos casos abaixo, há um capacitor de valor mais elevado conectado no pino 12 do TCA.
(A)
(B)
52
C
1.RETIFICADOR CONTROLADO MONOFÁSICO DE MEIA-ONDA
CIRCUITO
CARGA
60 Hz
FORMAS DE ONDA
53
C
Vmáx
VDC (1 cos )
2
Carga indutiva
Vmáx
V DC (cos cos ) , onde = + ’ e representa o ângulo
2
de corte do SCR, resultado do atraso da corrente na carga devido a ação da indutância na
carga, como observado na figura 2.2b.
Estrutura
60 Hz CARGA
Figura 3.3 – Retificador monofásico de meia onda a SCR com diodo de circulação
Funcionamento
iL L L
iL
60 Hz 60 Hz
R R
(a) (b)
54
C
FORMAS DE ONDA
(a) (b)
Figura 3.5 – a) Formas de onda para um ângulo de disparo pequeno
b)Formas de onda para um ângulo de disparo elevado
55
C
Observa-se na figura 2.5 que o valor de ’ = 0, ou seja, o valor médio da
tensão na carga, torna-se independente da carga. Desta forma, para uma dada carga
indutiva, o diodo de circulação provoca um aumento no valor médio da tensão na carga, em
relação à estrutura sem este diodo.
CIRCUITO
CARGA
60 Hz
FORMAS DE ONDA
Vmáx
V DC (1 cos )
Carga indutiva
Vmáx
VDC (cos cos ) , onde = + ’ .
CIRCUITO
CARGA
60 Hz
57
C
FORMAS DE ONDA
58
C
3.b) TENSÃO MÉDIA NA CARGA
Vmáx
V DC (1 cos )
Carga indutiva
Vmáx
VDC (cos cos ) , onde = + ’ .
CIRCUITO
CARGA
60 Hz
59
C
Funcionamento
60 Hz 60 Hz
D1 D2 L D1 D2 L
a) b)
60 Hz 60 Hz
D1 L D1 D2 L
D2
c) d)
60
C
FORMAS DE ONDA
61
C
4.b) TENSÃO MÉDIA NA CARGA
Vmáx
V DC (1 cos )
Estrutura
Figura 3.13 – Circuito retificador semi - controlado em ponte com diodo de circulação.
CARGA
60 Hz
Funcionamento
O circuito da figura 2.14 apresenta a atuação do diodo de circulação no circuito em
questão.
SCR1 SCR3
DR CARGA
60 Hz
D4 D2
Figura 3.14 – Circuito retificador semi - controlado em ponte com diodo de circulação.
62
C
O diodo D4 ao ser diretamente polarizado em wt = , o mesmo aplica uma tensão
reversa em D2 que bloqueia . Dessa forma a corrente passa a circular por D4 e SCR1,
mantendo a tensão na carga nula. Perceba que na verdade ocupamos um SCR acionado,
atrasando seu estado de bloqueio. E o que este processo tem haver com o diodo de
circulação, também chamado de “diodo de retorno” ?
Ao inserirmos um diodo de retorno em paralelo com a carga, proporcionamos um
caminho preferencial, chegando a conduzir antes do diodo D4, permitindo assim que o
SCR1 reassumia sua condição de bloqueio antes do disparo de SCR3.
Formas de onda
Figura 3.15 –Formas de onda do circuito retificador controlado de onda completa em ponte,
com diodo de retorno.
63
C
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
60 Hz CARGA
4)Responda o que acontece com a tensão média sobre a carga quando o diodo de retorno é retirado do circuito
do iten (3)
CARGA
60 Hz
CARGA
60 Hz
5)Responda em qual dos circuitos abaixo, obtém-se maior valor de tensão média na carga.
6)Cite uma vantagem do circuito retificador de onda completa sobre os demais anteriores.
7)Cite uma desvantagem e uma vantagem do circuito retificador semicontrolado em ponte sobre o circuito
retificador controlado também em ponte
CIRCUITO
VA SCR1
VB SCR2
VC SCR3 I0
carga
64
C
FORMAS DE ONDA
Figura 3.17 –Formas de onda do circuito retificador trifásico controlado de meia onda.
Carga indutiva
3 3Vmáx
VDC cos
2
V DRMáx 3 2 vef
65
C
6. RETIFICADOR CONTROLADO TRIFÁSICO DE ONDA COMPLETA EM
PONTE
CIRCUITO
VA 1 3 5
VB
carga
VC
4 6 2
FORMAS DE ONDA
Figura 3.19 –Formas de onda do circuito retificador trifásico controlado de onda completa
em ponte.
66
C
Carga indutiva
3Vmáx
V DC cos
CIRCUITO
VA 1 3 5
VB
carga
VC
4 6 2
FORMAS DE ONDA
67
C
Carga indutiva
3Vmáx
V DC (1 cos )
2
Capítulo IV
CIRCUITOS CONVERSORES CC-CC E COMUTAÇÃO CC
1. CIRCUITOS CONVERSORES
Há diversas aplicações industriais que se utilizam de uma fonte de alimentação
contínua para obter tensão CC variável, como por exemplo na aplicação de veículos de
tração, acionados por motores CC. Para que estas aplicações sejam possíveis, é preciso
utilizar conversores CC chamados de conversores Chopper. O circuito destes conversores é
mostrado na figura abaixo.
CH
+
V DR carga
V0
t
tON
tOF
A partir então deste gráfico, definimos então o valor médio da tensão na carga, que
é dado por:
V TON
VDC V TON f
T
Através desta expressão, observamos que é possível variarmos o valor médio na
carga( VDC ) de três maneiras diferentes:
tON t
T
V0
V
tON
T t
69
C
2. Modulação em freqüência
Nesta modulação, TON ou TOFF são mantidos constantes enquanto a frequência f é
variável, como ilustra a figura 4.4
V0
V
V0
t
tOF
Observa-se que o emprego desta modulação dificulta o projeto de filtros para aliviar
possíveis interferências devidas ao chaveamento, devido a variação de frequência
apresentada.
3. Variação de TON e T
V0
V
tON t
T
V0
V
tON
t
T
70
C
Este tipo de controle evidencia a variação da frequência f, o que implica como no
caso anterior, em dificuldade para projeto de filtros. A figura 4.5 ilustra este tipo de
controle.
Dentre estas técnicas, a técnica de modulação mais utilizada é a modulação por
largura de pulso devido a mesma apresentar vantagens sobre os outros nas quais foram
identificados problemas quanto a variação da frequência no que se diz respeito a
dificuldades do projeto de filtros.
+
V
CARGA
Figura 4.6 – Obtenção da tensão CC desejada através da variação de uma
resistência.
O método tradicional ainda hoje utilizado e que implica na colocação de uma
resistência em série com a carga, torna-se insuficiente devido ao excedente de potência ser
dissipado na resistência sob forma de calor, o que acarreta em perdas de energia. Enquanto
nos circuitos chopper dotados de chave estática, observa-se uma maior eficiência, pois
quando a carga não consome energia(chave aberta) o circuito não está consumindo
também. A figura 4.6 ilustra um circuito chopper com um SCR como chave.
+
V DR carga
71
C
2.CIRCUITOS DE COMUTAÇÃO PARA SCR
1.Comutação Natural;
2.Comutação Forçada.
CIRCUITOS DE COMUTAÇÃO
RL R1
C1
SCRp SCRa
72
C
1.2– Princípio de funcionamento
A figura 4.8 mostra a sequência de estados de funcionamento deste circuito.
+V +V +V
RL R1
RL R1 RL R1
C1
C1
C1
- + + -
SCRp SCRa
SCRp SCRa
SCRp SCRa
I II III
Figura 4.8 – Sequência de funcionamento do processo de comutação forçada: Estágios I,II
e III
2.1 – Circuito
RL
C1
L1
SCRp
SCRa D1
73
C
2.2 – Princípio de funcionamento
+V +V
+V
RL RL
RL
C1 C1
C1 + - - +
L1 L1
L1
-I- - II - - III -
Capítulo V
CONVERSÃO DE FREQUÊNCIA
Neste capítulo será discutido o princípio de funcionamento de circuitos inversores
bem como citado algumas de suas aplicações. Também será abordado o funcionamento de
circuitos cicloconversores, bem como aplicações envolvendo o mesmo.
74
C
1.INVERSORES
S1 S3
RL
S2 S4
V-
Figura 5.1 – Circuito inversor monofásico
S1 S3 S1 S3
RL RL
S2 S4 S2 S4
-I- V - II -
V
-
Figura 5.2 – Circuito inversor com corrente invertida na carga: Estágios I e II
75
C
O seu funcionamento se resume nos estágios I e II, como mostra a figura 4.2
Observando a figura 5.2, é fácil verificarmos que é possível alterarmos a
polaridade nos terminais da carga através do acionamento conveniente de chaves(S 1, S2,S3 e
S4), dessa forma, o inversor alimentado através de um barramento CC, cuja tensão seja V,
obtém-se uma saída como mostra a figura 5.3
SCR1 SCR3
+ RL
V
SCR2 SCR4
-V
T
76
C
Para que este circuito funcione perfeitamente, é necessário um circuito de
disparo para acionar os SCR´s 1 e 4 e também um circuito de corte para realizar o
desligamento destes SCR´s quando for feito o disparo dos SDCR´s 2 e 3, pois caso
os SCR´s de um mesmo braço conduzirem, haverá um curto-circuito na fonte.
Os circuitos com transistores comuns apresentam uma vantagem sobre os
SCR´s em relação à sua facilidade de corte, pois ao se retirar o sinal aplicado à base,
o mesmo deixa de conduzir.
Hoje são utilizados os transistores bipolares de gatilho isolado( IGBT´s ) por
apresentarem características que se adaptam ao uso de frequências elevadas, assim
como correntes elevadas, solicitadas nos inversores de potência.
+ SCR6 SCR2
SCR4 D4 D6 D2
77
C
78
C
(a)
(b)
79
C
SCR2
60 Hz
RL
SCR3
SCR4
2. CICLOCONVERSORES
60 Hz
RL
SCR3
SCR4 80
C
Figura 5.14 – Sinal de saída de um cicloconversor com 1/3 e 1/5 da frequência do sinal de
entrada
Verifica-se então que através deste processo é possível convertermos um
sinal CA de frequência fixa em um sinal CA de frequência variável. Este processo
realizado da forma como mostrado nas figuras 5.13 e 5.14, onde os SCR´s são
disparados em = 0º, provocam um conteúdo harmônico elevado e indesejável na
tensão de saída. E assim para que seja evitado harmônicos de baixa ordem com
amplitude elevada, disparam-se os SCR´s com 0º e preferencialmente variável.
Esta variação do ângulo é melhor aplicada tomando como referência o
valor de amplitude do sinal AC, ou seja, quanto maior a amplitude, menor o ângulo
, e quanto menor a amplitude, maior o ângulo , como mostra a figura 5.15
81
C
SCR2
A
B SCR3
SCR4 CARGA
SCR5
SCR6
Figura 5.16 – Circuito cicloconversor trifásico
82
C
Interface
Serial
RS 485
C
I
H
~-
M -
0 – 10 Vcc A P
Analógico D
- ~
DIN U
I/O Digital
-POTÊNCIA DO INVERSOR
83
C
CÁLCULOS:
Temos que o motor possui 1HP = 746W
Cos = 0,80(Fator de potência do inversor)
-TIPO DO INVERSOR
Obs:
- Seria Vetorial em duas ocasiões: Extrema precisão de rotação,
torque elevado para rotação baixa ou zero(Guindastes, pontes rolantes, elevadores, etc...)
- TÉCNICAS DE CONTROLE
•Aplicações típicas do inversor com controle vetorial
Torque elevado com baixa rotação ou rotação zero
Controle preciso de velocidade
Torque regulável, como tração elétrica
84
C
BIBLIOGRAFIA
Lander,Cyril W. Eletrônica industrial: Teoria e aplicações. São Paulo. McGraw-Hill, 1988;
Almeida, J.L.A. Eletrônica industrial. São Paulo: Érica, 1991;
Almeida, J.L.A. Eletrônica de potência. São Paulo: Érica, 1991;
Almeida, J.L.A. Dispositivos semicondutores: Tiristores, controle de potência CC e CA. São Paulo.
Érica, 2001;
Rashid, Muhammad H. Eletrônica de potência: Circuitos, dispositivos e aplicações. São Paulo.
Makron Books, 1999;
Alves, Edna Andrade. Eletrônica industrial: Análise de dispositivos e suas aplicações. Bahia.
Empresa Gráfica da Bahia. 1996;
Saites consultados:
o www.ir.com
o www.motorola.com
o www.dee.feis.unesp.br
o www.semikron.com.br
Revista consultada:
o Saber eletrônica
85