Juntura e Sândi
Juntura e Sândi
Juntura e Sândi
3) Quando seguidos por vocábulos iniciados com vogal, há reanálise silábica e /s/ passa para
/z/.
2) Quando seguidos por vocábulos que iniciam com vogal, há reanálise silábica.
2) Quando seguidos por vocábulos que iniciam com vogal, há reanálise silábica e a vibrante se
transforma em flape (ou tepe).
2) Quando o vocábulo terminar com /a/ e o seguinte iniciar com /o/ ou /u/ átonos, há elisão.
Variações Dialetais
Como em toda nação com grande extensões territoriais, áreas isoladas, grande imigração, no Brasil
há variedades linguísticas bem marcadas. As diferenças encontradas estão mais marcadas
principalmente em termos fonéticos e lexicais. A fonologia e a sintaxe se mantêm mais estáveis.
Geralmente um aprendiz de língua estrangeira almeja dominar a variedade padrão da língua, isto
é, a forma considerada “culta”. Por outro lado, a influência da variedade do(s) professor(es) é
grande. De qualquer maneira, o importante é reconhecer e aceitar as diferenças como um
fenômeno natural e fazer as adaptações necessárias para a boa comunicação.
É bem sabido que, na maioria das variedades do nordeste do Brasil, as vogais pretônicas /e/ e /o/
são mais abertas, realizando-se como /E/ e /Ó/. A fala também parece mais lenta. Ao nível lexical,
várias palavras são diferentes também.
Em algumas regiões do país, há tendência em usar vogais altas em hiatos:
“poeta” P[u’Ɛ]ta “teatro” [ʧi’a]tro
As vogais postônicas finais se realizam [e] e [o] em vez de [i] e [u] em grande parte do Paraná.
Deve-se observar que não há concorrências entre os dois pares de vogais acima. Uma variedade
linguística “escolhe” um grupo de vogais ou outro para determinada posição.
“leite” [‘lejte] “menino” [me’nino]
Também, dependendo da região, as fricativas palatais (/ʒ/ e /shhh/) substituem as fricativas
alveolares na posição VC. Logicamente, essa não é uma posição de contraste fonológico entre as
fricativas alveolares e palatais.
“rapaz” [ra’paz] “caspa” [‘kashhhpa]
Ainda para ilustrar, temos regiões que produzem o /l/ no final de sílaba e outras que produzem o /r/
retroflexo. Inclusive, há tantas realizações do fonema /r/ que se opta por representá-lo por /R/, o
que significa ARQUIFONEMA.
Palavras como “lamaçal”, “caninha”, “famoso”, “Roraima” podem ter as vogais sublinhadas com ou
sem nasalidade, dependendo da região. “Muito” é uma exceção: “ui” é nasalizado sem nenhuma
pista ortográfica. Fatores diacrônicos devem ser os responsáveis.