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PROJECTO DE REABILITACAO DA EN13: MADIMBA-CUAMBA-LICHINGA,

LICHINGA, PROVINICA DE NIASSA, MOÇAMBIQUE


RELATORIO DO ERSTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E SOCIAL
i

ÍNDICE
RESUMO NÃO TECNICO ................................................................................................
................................ ................................................................. I
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................
................................ ............................................. 1
1.1 ANTECEDENTES................................................................................................................................
................................ ............................................ 1
1.2 OBJECTIVO DO ESTUDO ................................................................................................
................................ ................................................................ 2
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................................................
................................ ............................................. 2
1.3.1 Discussões Preliminares e Junção de Literatura ................................................................
....................................................... 2
1.3.2 Investigações Preliminares no Terreno ................................................................................................
..................................... 3
1.3.3 Consultas Públicas ................................................................................................................................
................................ .................................... 4
1.4 ESTRUTURA DO RELATÓRIO ................................................................................................
................................ ......................................................... 6
2 DEFINICAO DO PROJECTO O................................................................................................
..................................................... 7
2.1 OBJECTIVOS DO PROJECTO ................................................................................................
................................ ........................................................... 7
2.2 JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO ................................................................................................
................................ ........................................................ 7
2.3 IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE DO PROJECTO................................................................
........................................................... 9
2.4 IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO................................................................ ............................................ 9
2.5 CUSTO ESTIMATIVO DO PROJECTO ................................................................................................
............................................. 10
2.6 ENQUADRAMENTO LEGAL E INSERÇÃO DO PROJECTO NOS PLANOS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL ...... 10
2.6.1 Enquadramento na legislação e Regulamentos Ambientais Aplicáveis ..................................................
................................ 10
2.6.2 Outras Considerações Legais ................................................................................................
.................................................. 12
2.6.3 Legislação de Carácter Internacional ................................................................................................
...................................... 14
2.6.4 Quadro Institucional ................................................................................................
................................ ............................................................... 16
3 DESCRICAO DO PROJECTO PROJECT ................................................................................................
................................................. 18
3.1 LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO ................................................................................................
................................ ...................................................... 18
3.2 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS DO PROJECTO ................................................................
......................................................... 18
3.3 GEOMETRIA, DRENAGEM, TRÁFEGO E SEGURANÇA ................................................................ ................................................... 20
3.4 PRINCIPAIS FASES E ACTIVIDADES DO PROJECTO................................................................
....................................................... 20
3.4.1 Fase de Planeamento e Desenho ................................................................................................
............................................. 20
3.4.2 Fase de Construção do Projecto ................................................................................................
.............................................. 21
3.4.3 Fase de Operação e Manutenção ................................................................................................
............................................ 21
3.4.4 Fase de Desmobilização ................................................................................................
................................ ......................................................... 22
3.5 PRINCIPAIS INSUMOS E RESULTADOS DO PROJECTO ................................................................................................................... 22
3.6 CUSTO ESTIMATIVO DO PROJECTO ................................................................................................
............................................. 22
3.7 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJECTO ................................................................ ............................................. 22
3.8 USO DA TERRA E DOS RECURSOS NATURAIS NA ÁREA DO PROJECTO ........................................................
................................ 23
4 DESCRIÇÂO DA SITUAÇÃO O AMBIENTAL DE REFERÊNCIA REFER DA ÁREA DO PROJECTO ....... 26
4.1 CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA................................................................................................
..................................................... 26
4.1.1 Clima ................................................................
................................................................................................
...................................................... 26
4.1.2 Geomorfologia ................................................................................................................................
................................ ........................................ 27
4.1.3 Geologia e Mineralogia ................................................................................................
................................ .......................................................... 28
4.1.4 Solos ................................................................
................................................................................................
....................................................... 30
4.1.5 Hidrologia ................................................................................................................................
................................ ............................................... 31
4.1.6 Vegetação ................................................................................................................................
................................ ............................................... 34
4.1.7 Fauna ................................................................
................................................................................................
...................................................... 34
4.2 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA E CULTURAL ................................................................ .................................................. 35
4.2.1 Contexto Administrativo da Área do Projecto ................................................................
........................................................ 35
4.2.2 Demografia ................................................................................................................................
................................ ............................................. 35
4.2.3 Educação ................................................................................................................................
................................ ................................................. 36
4.2.4 Saúde ................................................................
................................................................................................
...................................................... 36
4.2.5 Património Cultural ................................................................................................
................................ ................................................................ 37
4.2.6 Agricultura ................................................................................................................................
................................ .............................................. 38
4.2.7 Pecuária ................................................................................................................................
................................ .................................................. 39
4.2.8 Actividades de rendimento ................................................................................................
..................................................... 40
4.2.9 Infra-estruturas................................................................................................................................
................................ ........................................ 40
5 DESCRIÇÂO O E AVALIACAO DE IMPACTOS IMP E MEDIDAS DE MITIGACAO ITIGACAO .............................. 42
5.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................ .................................... 42
5.2 IMPACTOS, NO MEIO BIOFÍSICO, FASE DE CONSTRUÇÃO ................................................................ ............................................ 43
5.2.1 Degradação da Qualidade do ar ................................................................................................
.............................................. 43

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Tel. +258 21 303353
Fax: +258 21 303304
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5.2.2 Contaminaçao do Solo ................................................................................................


................................ ............................................................ 44
5.2.3 Erosion dos Solos ................................................................................................................................
................................ ................................... 45
5.2.4 Degradação dos Recursos Hídricos ................................................................................................
........................................ 45
5.2.5 Impactos do Ruído e Vibração no Ambiente ................................................................
.......................................................... 46
5.2.6 Perda e/ou Perturbação da Vegetação e de Habitats para a Fauna ..........................................................
................................ 47
5.3 IMPACTOS NO MEIO SOCIOECONÓMICO................................................................................................
...................................... 48
5.3.1 Oportunidades de emprego ................................................................................................
..................................................... 48
5.3.2 Perda de Acesso a Terra e Área de Interesse ................................................................
.......................................................... 48
5.3.3 Propagação de Doenças de Transmissão Sexual e SIDA................................................................ ........................................ 49
5.3.4 Impactos na Seguranca Rodoviaria................................................................................................
......................................... 50
5.3.5 Conflitos sociais ................................................................................................................................
................................ ..................................... 50
5.3.6 Impactos no Patrimonies Cultural................................................................................................
........................................... 51
5.4 IMPACTOS, NO MEIO BIOFÍSICO, FASE DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .....................................................
................................ 53
5.4.1 Degradação da Qualidade do ar ................................................................................................
.............................................. 53
5.4.2 Impactos do Ruído e Vibração no Ambiente ................................................................
.......................................................... 53
5.5 IMPACTOS, NO MEIO SOCIOECONÓMICO, FASE DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ........................................ ................................ 53
5.5.1 Oportunidades de emprego ................................................................................................
..................................................... 53
5.5.2 Melhoramento de acessos a bens e serviços de circulação ................................................................
..................................... 54
5.5.3 Conflito sociais ................................................................................................................................
................................ ....................................... 54
5.5.4 Impactos na saúde e segurança rodoviária ................................................................
.............................................................. 55
6 CONCLUSOES E RECOMENDACOES
RECOMEN ................................................................................................
.................................. 57
6.1 CONCLUSÕES................................................................................................................................
................................ .............................................. 57
6.2 RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................................
................................ ...................................... 58
7 PLANO DE GESTAO AMBIENTAL AMBI ................................................................................................
....................................... 59
7.1 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PGAS) ................................................................
.................................................... 59
7.2 PLANO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL ................................................................................................................... 66
7.2.1 Plano de Monitorização ................................................................................................
................................ .......................................................... 66
7.2.2 Custos Estimados da Monitorização Ambiental ................................................................
..................................................... 66
8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AFICAS................................................................................................
....................................... 75

LISTA DE FIGURAS
Fig. 1.1 Marcação de Coordenadas de Localização de Pontes usando GPS ...........................................................
................................ 4
Fig. 1.2 Contacto com alguns os Utentes Locais ................................................................................................
.................................... 4
da Estrada ................................................................
................................................................................................
............................................................... 4
Figura 2.1 Poeira gerada por um camião ................................................................................................
................................................ 8
Figura 2.2 Estrada danificada ................................................................................................
................................ ................................................................. 8
Figura 3.1 Localização da Área do Estudo ................................................................................................
........................................... 19
Figura 3.2: Uso da Terra e Cobertura Vegetal na Área do Estudo ................................................................ ....................................... 25
Figura 4.1: Caracterização Geológica ao longo da Secção Cuamba Lichinga ......................................................
................................ 29
Figura 4.2: Mapa de variação dos solos ao longo da estrada Mandimba Lichinga ...............................................
................................ 31
Figura 4.2: Mapa da hidrolologia da Area do Estudo ................................................................
........................................................... 33
Figura 4.4: Principais rotas de Elefantes no norte de Moçambique ................................................................ ...................................... 35
Figura 4.5 Cemitério na Faixa direita da Estrada em Mandimba ................................................................ ......................................... 38
Figure 4.6 Uma faixa de Plantação de Árvores junto da Secção da EN13 ...........................................................
................................ 39

LISTA DE GRÁFICOS
Grafico 4.1: Temperatura e precipitacao em Cuamba ................................................................
.......................................................... 26
Grafico 4.2: Temperatura e precipitacao em Lichinga ................................................................
......................................................... 27
Grafico 4.3: Variação geomorfologica da EN13 na secçao entre Cuamba a Lichinga .........................................
................................ 28

LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1. Recursos minerais do Niassa ................................................................................................
............................................. 30
Tabela4. 2: Rede viária do Niassa ................................................................................................
................................ ........................................................ 41
Tabela 5.1. Resumo das Convenções Usadas para a Avaliação dos Impactos .....................................................
................................ 42
Tabela 5.2: Resumo de Avaliação dos Impactos Ambientais na Fase de Construção/Reabilitação do Projecto .. 52
Tabela 5.3: Resumo de Avaliação dos Impactos Ambientais na Fase de Construção do Projecto ....................... 56

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Tabela 7.1: Plano de Gestão Ambiental................................................................................................


................................................ 60
Tabela 7.2: Plano de Monitorização Ambiental ................................................................................................
................................... 67

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ABREVIATURAS

AIAS: Administração de Infra-estruturas


Infra estruturas de Água e Saneamento
AADT: Média Anual do Tráfego diário
DPCAA: Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental
DUAT: Direito do Uso e Aproveitamento da Terra
EIA: Estudo de Impacto Ambiental
EMP: Plano de Gestão Ambiental
GoM: Governo de Moçambique
HIV/SIDA: Vírus de Imunodeficiência Humana/ Síndroma de Imunodeficiência
Adquirida
MAE: Ministério da Administração Estatal
MOPH: Ministério das Obras Publicas e Habitação
MICOA: Ministério de Coordenação para Acção Ambiental
M&A: Monitoria e Avaliação
ONG: Organização Não Governamental
PNGA: Plano Nacional de Gestão Ambiental
PI&As: Partes Interessadas e/ou Afectadas pelo Projecto
PAR: Plano de Acção para o Reassentamento
PROSIR: Provedor de serviços para Implementação do PAR
TdRs: Termos de Referencia
BM: Banco Mundial

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RESUMO NÃO TECNICO


1 INTRODUÇÃO

O GoM está negociar financiamento junto do Governo Japonês, para o melhoramento


de infra-estruturas
estruturas de transporte e para o reforço da capacidade institucional do sector
de estradas.
as. O Governo, através da ANE, planeia assim aplicar parte desses fundos para
pagamentos elegíveis, para a avaliação do impacto ambiental e social (AIAS) do
projecto de reabilitação da EN 13 (Cumanba-Mandimba-Lichinga),, numa extensão de
302 km.

A estrada emm estudo passa por muitas pequenas aldeias e povoados. A estrada pode ser
dividida em três secções: Cuamba - Mandimba: 148 km (terreno plano),
plano) Mandimba-
Lichinga: 148 km (terreno ondulado,
ondulado com algum terreno montanhoso, chegando a
atingir 1400 m em Lichinga),
Lichinga Mandimba - Malawi Fronteira: 6 km (ondulado).
(ondulado A EN13
faz parte dos dois corredores: Nacala N13/N1 e Lichinga N14/N1 oferecendo uma
ligação estratégica com a fronteira de Malawi em Mandimba com os portos de Nacala e
Pemba em Nampula e Cabo Delgado respectivamente.
respectivamente. A estrada apresenta também
potencialidade para estimular o desenvolvimento e contribuir no alívio da pobreza no
país.

O alinhamento horizontal e vertical da estrada geralmente segue a crista de bacias


hidrográficas e do solo natural, respectivamente.
respectivamente. A estrada encontra-se
encontra num estado
razoável a péssimo durante a estacão seca e torna-se intransitável no período chuvoso,
devido a interacção entre a má drenagem e solos propensos à erosão.
erosão Alem disso, a sua
largura é variável entre 5 e mais de 10 m e é geralmente inferior ao terreno circundante.
A estrada encontra-se esburacada, com sulcos e corrugações, causando desconforto aos
usuários e condução perigosa.
perigosa

A empresa AGEMA Consultoria & Services Ltd. foi seleccionada através de um


concurso público internacional
rnacional e contratada pela ANE para conduzir o processo de
AIAS para a reabilitação da Estrada EN13,
EN13 que estabelece a ligação Lichinga-Cuamba-
Lichinga
Mandimba, incluindo a secção entre Mandimba e fronteira com o Malawi, na Província
de Niassa.

2 ÂMBITO E NATUREZA DO PROJETO

O principal objectivo
tivo do governo é melhorar a infra-estrutura
infra a de transporte no corredor
de Desenvolvimento
esenvolvimento de Nacala (Mandimba-Lichinga).
(Mandimba . O melhoramento do corredor
compreenderá a pavimentação asfáltica e vedação da EN13. A reabilitação envolverá
igualmente a melhoria das estruturas viárias que compreende 14 pontes e aquedutos;
construção de drenagem, assim como obras complementares da estrada, incluindo
colocação de sinais de trânsito, quilometragem e guarda-corpos
guarda corpos rodoviários
rodoviá e plantação
de ervas nas encostas. Outras obras associadas incluem a remoção de tubos corrugados,
remoção e reinstalação de passagens de nível, demolição de concreto existente,

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construção de diversões temporárias de abastecimento e transporte de materiais


mater de
construção.

O custo total estimado do projecto,


proje compreendendo actividades de desmatação,
desmatação
construção de estradas principais e auxiliares, pontes, aquedutos,, drenagem e outros, é
de US $ 125.297.100 (Cento e vinte e cinco milhões, duzentos e noventa e sete, mil e
cem Dólares Americanos).
Americanos)

3 JUSTIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Prevê-se que as actividades


tividades do projecto
proje venham gerar impactos ambientais e sociais
positivos e negativos. AsA infra-estruturas, assim como as operações do projecto são
também susceptíveis de serem afectadas pela má administração do meio ambiente na
área de influência do projecto.
projecto

Para iniciar o processo de avaliação do Impacto Ambiental e Social (AIAS), foi


preparado um relatório de escopo, detalhando a extensão e a natureza
ureza do projecto
proje e foi
aprovado pela ANE. O relatório de escopo foi preparado em conformidade com os
requisitos pelo MICOA.

4 ABORDAGEM PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO EIA

A elaboração do presente relatório do AIAS foi baseada em investigações de campo,


consultas públicas e entrevistas com as PI&As e representantes de instituições-chave.
instituições
A abordagem incluiu a revisão da literatura pertinente, a referência à legislação
pertinente, que rege elaboração de EIAS
EIA no País,, bem como as políticas do Banco
Mundial.. Experiência do consultor em trabalhos semelhantes desempenhou um papel
importante na atribuição do projecto.

Os impactos
mpactos ambientais e sociais do empreendimento foram previstos e avaliados
utilizando os atributos de Magnitude ou Extensão, Significância,, Probabilidade
P de
ocorrência e Duração,
uração, com sua pontuação total a ser utilizado para indicar a gravidade
do impacto global.

5 RESUMO DOS IMPACTOS E DAS MEDIDAS DE MITIGACAO

O estudo tem identificado impactos ambientais e sociais positivos e negativos


associados ao projecto.
projecto Estão previstas medidas de valorização para os impactos
postigos, assim como acções de mitigação para os impactos significativos adversos
previstos.

5.1 IMPACTOS POSITIVOS

A reabilitação da estrada entre Mandimba – Cuamba – Lichinga,


ga, incluindo a construção
da secção de estrada junto a fronteira com o Malawi, na Província de Niassa irá

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certamente introduzir grandes benefícios em termos de transitabilidade rodoviária,


durante todo o ano, e facilitará a integração da República de Moçambique
Moçambique na região da
SADC, principalmente nas ligações aos países vizinhos como, por exemplo, o Malawi e
Zâmbia.

A reabilitação da estrada vai igualmente introduzir grandes benefícios em termos de


acesso a infra-estruturas
estruturas sociais (tais como escolas, postos
postos de saúde e mercados), assim
como redução dos custos e tempo de viagem e melhoria no escoamento de produtos
agrícolas, entre outros bens.

Alguns impactos positivos indirectos associados à reabilitação da estrada incluem um


maior investimento, por parte do
do Governo e ONGs, em programas de reforço de infra-
infra
estruturas, a melhoria da economia da região devido a uma melhor circulação viária,
resultando em maiores oportunidades de emprego e ainda servirá de incentivo a
projectos agrícolas e consequentemente de agro-indústrias,
a indústrias, dadas as excelentes
condições para a prática de agricultura.

A implementação do projecto terá impactos positivos temporários associados a fase de


construção derivados das oportunidades de emprego na obra e consequente aumento da
renda das respectivas
espectivas famílias, a dinamização da produção agrícola e pequenos
negócios para servir os trabalhadores do empreiteiro. Haverá assim impactos
socioeconómicos positivos directos e indirectos significativos, quer ao nível da
população que habita na envolvente
envolvente da estrada EN13, como ao nível dos distritos
atravessados pelo projecto.

Como medidas de potenciação, deverão ser empregadas muitas pessoas locais quanto
possível, assim como a consciencialização
conscien zação pública sobre o projecto, incluindo para os
investidores interessados no desenvolvimento de infra-estrutura,
estrutura, indústria, comércio e
turismo.

5.2 IMPACTOS NEGATIVOS

O facto dee se tratar de uma estrada existente prevê-se impactos negativos ambientais
mínimos comparativamente a uma estrada toda nova. O ambiente encontra-se
encontra alterado
principalmente por acção do homem,
homem contudo deve ser evitado o seu agravamento com
o alargamento da estrada estimado em 18 m largura dado a existência de cemitérios
c e
terras agrícolas e propriedade
ropriedade.

Ainda permanecem áreas com vegetação e paisagem naturais que devem ser
preservadas.

A estrada atravessa igualmente um elevado número de povoações, com estruturas de


habitação e comércio situadas na área de reserva que serão consequentemente afectados
negativamente. Daí que os impactos negativos com maior realcem são a destruição de
habitações e estruturas associadas e infra-estruturas
estruturas sociais, terrenos agrícolas e árvores
nas bermas e nas saibreiras, etc.
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Para minimizar os efeitos adversos associados a afectação dessas infra-estruturas


infra será
elaborado um PAR a ser baseado nas Directrizes do Banco Mundial sobre
Reassentamentos
mentos involuntários. Deverão ser consultadas as comunidades e pessoas
afitadas,, com a assistência do Departamento
Departamento responsável pela administração de terras a
nível do Distrito.

Os outros impactos negativos associados ao melhoramento do corredor ao longo EN13


EN
incluem a poluição do ar,a contaminação e/ou erosão dos solos,s, poluição
p sonora e
vibrações,, propagação de doenças, incluindo profissionais, aumento
aumento de acidentes
rodoviário e perda de vegetação nativa.
nativa

A poluição da qualidade do ar por poeiras e emissões gasosas poderá ser minimizada


através da manutenção periódica
periódica das instalações e veículos, assim como aspersão com
água para eliminar a poeira em estradas poeirentas e superfícies, durante obras de
terraplanagem.

Todos os locais de manutenção de veículos, assim como as áreas de armazenamento de


combustível / óleo deverão
deve ser revestidos de concreto ou outro material impermeável
apropriada.

Para minimizar os fenómenos de erosão dos solos locais as áreas escavadas


esca deverão ser
compactadas imediatamente após a escavação para limitar a exposição dos solos soltos.
soltos

A utilização de silenciadores de ruído adequado,


adequado, bem como a manutenção dos veículos
e máquinas vão reduzir o impacto do ruído e vibração associado as actividades de
construção do projecto.

A desmatação deverá ser limitada somente as áreas necessárias para a construção do


projecto.

A boa conduta dos trabalhadores em relação a saúde e segurança, assim como


tratamento dos trabalhadores deverá ser disseminada sobre todos os trabalhadores do
projecto incluindo a uso obrigatório do equipamento de protecção individual no local
de trabalho.

A colocação de sinais que regulam a velocidade em locais apropriados em toda estrada


vai minimizar a ocorrência de acidentes rodoviários.

6 RECOMENDAÇÕES

Com base nos resultados alcançados, assim como nas observações feitas acima, são
validas as seguintes recomendações:
recomendações

• As medidas de mitigação recomendadas neste relatório devemdeve ser totalmente


implementadas para evitar ou
o manter os impactos negativos previstos até o nível
mais baixo. Deverá ser dada particular atenção todos os impactos descritos acima
aci
por ser relevantes.
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AGEMA Consultoria & Services Ltd. Rua de Tchamba 427
Tel. +258 21 303353
Fax: +258 21 303304
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v

• Todos
odos os impactos que exigem solução de engenharia e gestão de contratos têm de
ser incorporados no projecto detalhado e especificação
ção para as obras de construção.
O processo de deslocação e compensação deverá ser administrado através dos do
escritórioss da Administração do Distrito e de tal maneira que não prejudiquem
prej o
desempenho do projecto.
projecto

• A deslocação de cemitérios, assim como a aquisição de terras, reassentamentos


reassentamento e
compensação devemm ser realizadas conforme recomendado no Plano de Acção de
Reassentamento, que está sendo preparado para o projecto.

• Os custos
ustos das medidas de mitigação deverão ser incluídos nos documentos de
trabalhos do concurso.

• Deverão ser incluídas condições


c adequadas e cláusulas adequadas, incluindo as
recomendações deste EIA e do RAP a serem seguidas e respeitadas
respeita para todos os
contratados de projecto.
projecto A ANE e o consultor devem monitorar adequadamente a
implementação do PGA e do RAP.

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PROJECTO DE REABILITACAO DA EN13: MADIMBA-CUAMBA-LICHINGA, PROVINICA DE NIASSA, MOÇAMBIQUE
RELATORIO DO ERSTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E SOCIAL
1

1 INTRODUÇÃO

1.1 Antecedentes

O Programa de Gestão e Manutenção de Estradas e Pontes (ROADS 3) foi desenhado


para apoiar a Politica de Sector de Estradas do Governo de Moçambique (GoM) no
melhoramento da qualidade da rede de estradas do País. O GoM, através da
Administração Nacional de Estradas (ANE) e do Fundo de Estradas (FE), iniciou no
ano 2001 a implementação, em 3 fases, este Programa com duração prevista de 10
anos. Este Programa é conjuntamente financiado pelo GoM e diversos doadores,
nomeadamente a Agência Internacional de Cooperação Japonesa, o Banco Japonês
para Cooperação Internacional e o Banco Africano de Desenvolvimento. A primeira
fase do ROADS 3, com a duração de 4 anos, encontra-se no último estágio de
implementação.

É neste contexto que o GoM está negociar financiar junto do Governo Japonês, para o
melhoramento de infra-estruturas de transporte, assim como o reforço da capacidade
institucional do sector de estradas. O Governo, através da ANE, planeia assim aplicar
parte desses fundos para pagamentos elegíveis, para a avaliação do impacto ambiental
e social (AIAS) do projecto de reabilitação da estrada nacional EN13 (Mandimba –
Cuamba - Lichinga), numa extensão de 302 km.

A EN13 faz parte dos dois corredores: Nacala N13/N1 e Lichinga N14/N1 oferecendo
uma ligação estratégica com a fronteira de Malawi em Mandimba com os portos de
Nacala e Pemba em Nampula e Cabo Delgado respectivamente. A estrada apresenta
também potencialidade para estimular o desenvolvimento e contribuir no alívio da
pobreza na região.

A empresa AGEMA Consultoria & Services Ltd. foi seleccionada através de um


concurso público e contratada pela ANE para conduzir o processo de AIAS para o
projecto de reabilitação da Estrada EN13, que estabelece a ligação Lichinga-Cuamba-
Mandimba, incluindo a construção da secção de estrada junto a fronteira com o
Malawi, na Província de Niassa.

O presente documento constitui, portanto, o relatório do Estudo de Impacto Ambiental


e Social do projecto de melhoramento da EN13 e identifica os prováveis impactos
ambientais e sociais que a actividade poderá provocar sobre o meio receptor, bem
como as correspondentes medidas de mitigação e/ou de potenciação. Como parte
integrante do estudo, foi elaborado um PGA que contém, entre outras questões,
instruções para a monitorização ambiental, definição de responsabilidades e funções
pela execução das acções de gestão e planos de emergência e de contingências de
acidentes.

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2

1.2 Objectivo do Estudo

O principal objectivo do presente é conduzir uma avaliação do impacto ambiental e


social (biofísicos e socioeconómicos)
socioeconómicos e mostrar um conjunto de procedimentos
técnico-científicos,
científicos, com a finalidade de identificar e avaliar os impactos da actividade,
o significado de tais impactos e, por fim propor medidas a serem adoptadas para
mitigar os impactos negativos e potenciar os impactos positivos vos para o melhoramento
da estrada EN13, Cuamba-Lichinga.
Cuamba

Por outro lado, visa assegurar que todas as actividades associadas à implementação do
projecto sejam desenvolvidas de acordo com a legislação aplicável no País, assim
como garantir que estas cumprem
cumprem com as Directivas Ambientais, Politica do Género,
assim como para Implementação de Actividades de Reassentamento, e outras
melhores práticas ambientais e sociais internacionais aceitáveis, por forma à assegurar
a sua sustentabilidade e, ainda, garantir que este relatório se traduza num documento
prático e útil para a gestão sustentável do projecto.

1.3 Metodologia

O processo de avaliação do impacto ambiental e social deve seguir as directrizes para


estradas em Moçambique (1997, as directrizes para o sector de estradas e outros
documentos relevantes e aplicáveis.

O estudo de AIAS deverá também ser preparado em ligação estreita com a equipa
responsável pela condução do estudo de viabilidade do Projecto, e a equipa
responsável pelo desenho final do melhoramento
melhoramento da N13. Assim sendo, para preparar
os ToRs, tendo em conta estes requisitos, o consultor conduziu as seguintes
actividades preliminares.

1.3.1 Discussões Preliminares e Junção de Literatura

Para discussões preliminares e junção de alguma literatura, as seguintes


seguin instituições
foram consideradas pelo consultor:

• O Cliente ANE foi consultado no dia 5 de Julho de 20101 para a confirmação


dos objectivos do Projecto, a área de estudo e para a solicitação de documentos
do Projecto, necessários para o estudo;

• O Oficial do Ambiente do Millennium Challenge Account, o senhor E L.


Langa,, com o qual foi realizado um encontro no dia 6 de Julho de 2010, para a
solicitação de qualquer literatura relevante e discutir suas experiências no
processo de reassentamento e compensação em projectos financiados por
doadores;

• O Director Nacional de Reassentamento no MICOA,


MICOA, com o qual foi realizado
um encontro no dia 7 de Julho de 2010, para discutir o papel e exigências do
Ministério em termos de reassentamento em projectos de estradas. Aspectos
As
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chaves sublinhados incluem integração social das pessoas afectadas, gestão de


saibros concedidos e monitoria do reassentamento e compensação;

• O Director Nacional para AIA no MICOA,


MICOA, com qual foi também realizado um
encontro no dia 7 de Julho de 2010, para discutir as exigências e procedimentos
para a condução de avaliações de impacto ambiental e social em Moçambique.
Informação existente em termos de documentos relevantes e legislação foi
recolhida;

• O Director Nacional de Estradas,


Estradas foi realizado encontro
tro no dia 7 de Julho de
2010, e as discussões centraram-se
centraram se nas modalidades e fases de implementação
dos 3 projectos de estradas.

• O Chefe para Avaliação das Propriedades na Província do Niassa, Niassa o encontro


foi realizado no dia 8 de Julho de 2010, para discutir
discutir os procedimentos e métodos
de avaliação das propriedades, e para colecção de informação relevante;

• O Oficial para Delegação da ANE em Lichinga,Lichinga, com o qual foi realizado


encontro no dia 7 de Julho de 2010, para discutir sobre o local de implementação
do projecto e obter documentos adicionais sob ponto de vista técnico, incluindo
mapas sobre a área de implementação do Projecto. Foram igualmente discutidos
aspectos inerentes a informação sobre faixa direita da Estrada, propriedades que
poderão ser afectadas
afectadas (incluindo cemitérios) e a assistência da delegação em
futuras acções de investigação e avaliação de propriedades.

1.3.2 Investigações Preliminares no Terreno

A equipa para a investigação preliminar no terreno foi constituída por Director da


AGEMA, o Coordenadorador do Projecto e um técnico de engenharia civil; também
acompanhado pelo Oficial do Ambiente da ANE.

O principal objectivo das investigações preliminares no terreno foi para ter uma visão
geral da área de implementação do Projecto, infra-estruturas
infra estruturas existentes
exist e actividades
sócio económicas; e para facilitar a preparação dos termos de Referência para o
estudo detalhado de AIAS.

No dia 9 de Julho de 2010, uma equipa de consultores percorreu a Estrada EN 13 a


partir de Lichinga, com várias paragens e fazendo breves observações na secção de
estrada entre Lichinga e Mandimba (incluindo a fronteira em Mandimba, na fronteira
Moçambique - Malawi).
Malawi) O consultor voltou a Lichinga através da mesma estrada, no
dia 10 de Julho de 2010 e nesta data as investigações preliminares
preliminares foram focalizadas
no troço Cuamba - Mandimba.

A equipa realizou entrevistas aleatórias com os utentes de estrada e pessoas vivendo


ao longo da EN13.. Houve também discussões com as entidades governamentais e
organizações não governamentais em Lichinga.
Lichi

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Discussões informais foram igualmente levadas a cabo com representantes de aldeias,


utentes da Estrada e localizados
localizad ao longo da Estrada (fig. 1.1).
). A informação recolhida
durante a pesquisa no terreno inclui:

• Uso de terra ao longo da Estrada;


• Tipo de estruturas a ser afectadas;
• Condições existentes na estrada (largura, tipo de drenagem, materiais usados
etc.);
• Condições ecológicas ao longo da estrada;
• Tipo de culturas produzidas ao longo da estrada;
• Tipo de actividades socioeconómicas (ex. pequenas lojas, mercados e jardins).

Os nomes dos principais rios ao longo do traçado foram investigados e confirmados,


localização das pontes existentes usando GPS (fig.
( 1.2)) e sua situação actual, assim
como a situação do problema de erosão observado
observado ao longo das margens de rios perto
das pontes.

Fig. 1.1 Contacto com alguns os Utentes Locais Fig. 1.2 Marcação de Coordenadas
Coorden de Localização
da Estrada de Pontes usando GPS

1.3.3 Consultas Públicas

Buscando atender à directriz sobre o Regulamento de AIA (Decreto no. 45/2004, de


29 de Setembro), assim como sobre o Processo de Consulta Pública (Diploma
Ministerial no. 130/2006, de 9 de Julho) foram realizadas reuniões preliminares de
consultas públicas sobre o projecto de melhoramento da EN13 Cuamba-Mandimba
Cuamba -
Lichinga.

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Ass reuniões de consulta pública decorreram entre nos dias 31 de Agosto a 1 de


Setembro de 2010, em 4 locais, nomeadamente nas Cidades de Lichinga e Cuamba e
nas vilas-sede dos Distritos
de Ngauma e Mandimba.

As Consultas tinham como


objectivo geral a
divulgação do projecto,
possibilitando ao mesmo
colher, dos PI&As, as suas
sensibilidades e
contribuições com relação
a implementação do
projecto.

As audiênciass havidas
contaram com a participação
cipação de várias pessoas provenientes de instituições do Estado,
órgãos locais e sociedade civil. Na Cidade de Lichinga, o encontro contou com a
participação do Secretario Permanente da Província de Niassa. No Distrito de Ngauma
o encontro foi aberto pela Administradora do Distrito, e nos restantes distritos
(Mandimba e Cuamba) os encontros foram facilitados pelos respectivos secretários
permanentes.

Em geral as questões levantadas em


em todos os locais estão associadas com a clareza
sobre a política de reassentamento principalmente no tipo de compensações que se
prevêm e que tipo de tratamento será dado a machambas em poisio que esteja na zona
a reassentar.

Chamou-sese a atenção necessidade de se envolver as instituições no processo da


elaboração do EIA, assim
ssim como analise e reflexão dos aspectos do género de melhor
maneira.

Em relação ao emprego ficou assente a necessidade da clareza sobre as modalidades


de contratação de mão-de-obra
mão não especializada, a rigorosidade
igorosidade nos processos de
contratação para evitar
evita despedimentos arbitrários, e priorizar--se o emprego as
comunidades locais. Recomeçou-se
Recomeçou a necessidade
ecessidade de fazer uma consulta pública
genuína para que todos os estratos da comunidade sejam
s envolvidos e não somente os
líderes comunitários.

A outra preocupação apresentada foi sobre o destino a dar aos cemitérios e as infra-
estruturas públicas, que política seria desenhada para minimizar os impactos. No que
see refere a saúde a preocupação relaciona-se com a estratégia para mitigar doenças de
transmissão sexual e reduzir a pressão sobre as unidades sanitárias na zona. Foi
informado que por norma o empreiteiro é obrigado a ter uma pequena unidade
sanitária com um técnico de saúde especializado e trabalhar de forma coordenada com
os serviços de saúde local.
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As questões passíveis de esclarecimentos imediatos foram respondidas no momento


das audiências pelos técnicos da Consultora.
Consultora

As principais constatações
statações colhidas nas reuniões,
reuniões assim como a lista dos participantes
foram compiladas e apresentadas
apresentada em Anexo B.

1.4 Estrutura do Relatório

O presente documento contém os seguintes capítulos e conteúdos:

Capitulo 1: Faz referência a aspectos introdutórios, descreve os objectivos do estudo,


a metodologia para o estudo, destacando discussões preliminares e junção de
literatura, bem como as investigações no terreno.

Capitulo 2: apresenta os objectivos e a justificação do projecto,, a identificação do


proponente e da equipa responsável pelo estudo, bem como Políticas e Legislação
relevante para o projecto,
projecto incluindo procedimentos locais que regem a elaboração do
ESIA. Também estão incluídos neste capítulo as políticas de carácter internacional
relevantes para a implementação do projecto.

Capitulo 3: descreve os detalhes do projecto em termos de localização,


localização alternativas
de implementação, as principais fases e actividades do projecto, custos estimativos,
assim como a delimitação área de influência e uso actual da terra e dos recursos
naturais na área de inserção do projecto.

Capitulo 4: descreve o ambiente biofísico e socioeconómico da área do projecto. Os


aspectos
spectos biofísicos incluem a topografia, solos, clima, dos recursos hídricos, flora e
fauna. Os aspectos
spectos socioeconómicos cobrem a demografia e assentamentos,
administração, actividades
actividad económicas, infra-estruturas,, abastecimento de água, saúde
e HIV e prevalência da AIDS. As informações contidas neste capítulo fornece a base
para predizer as consequências ambientais e sociais e/ou impactos.

Capitulo 5: o capítulo faz a abordagem sobre a identificação


dentificação e Avaliação dos
Impactos e a metodologia para identificação de impactos. Fornece
ornece informações sobre
componentes ambientais afitados de acordo com as fases e das actividades do projecto
proposto. O capítulo apresenta também a previsão dos impactos, s, assim como faz a
determinação das medidas de mitigação.

Capitulo 6: Fornece as conclusões do relatório em termos dos principais impactos


positivos e negativos do projecto.. O capítulo também descreve as recomendações a ter
em conta durante
rante a implementação do projecto.

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2 DEFINIÇÃO
O DO PROJECTO

2.1 Objectivos do Projecto

O Governo de Moçambique,
Moçambique, através da ANE e do Fundo de Estradas (FE),
(FE) pretende
reabilitar a estrada EN13
N13 Lichinga-Cuamba-Mandimba,
Lichinga , assim como a construção da
secção de estrada junto a fronteira com o Malawi, na Província de Niassa, com o
objectivo de melhorar o acesso e circulação de pessoas e bens e garantir o tráfego
durante o ano.

A estrada N13 insere-se


insere no corredor de Nacala N13/N1 e Lichinga N14/N1
providenciando uma ligação estratégica com a fronteira de Malawi em Mandimba
com os Portos de Nacala e Pemba nas Províncias de Nampula e Cabo Delgado
respectivamente. A estrada em avaliação apresenta igualmente potencialidade para
estimular o desenvolvimento
volvimento e contribuir no alívio da pobreza na sua área de
influência.

2.2 Justificação do Projecto

A Província de Niassa localiza-se na parte Nordeste de Moçambique, entre a latitude


11º. 25’norte e 15º. 26’sul e a longitude 38º.
38º. 21’leste e 34º. 30’oeste, e é a maior
2
Província com uma área de 129,000 km .

Faz fronteira a norte com a Republica da Tanzânia, a oeste com a Republica do


Malawi, a leste com a Província de Cabo Delgado e a sul com as Províncias de
Nampula e Zambézia. A capital provincial e o centro comercial do Niassa são
Lichinga e Cuamba.

A Província do Niassa possui áreas extensas subaproveitadas, com baixa densidade


populacional e população dispersa. Dificuldades de transporte contribuem para
restrições em termos de disponibilidade de serviços básicos para a população vivendo
na zona. A maioria
aioria da população é rural composta por produtores de pequena escala.
A população cultiva uma variedade de culturas alimentares e os principais são milho,
mandioca, feijões, cebola e alho. O acesso ao mercado é difícil para os pequenos
agricultores por causa
usa de más condições de vias de acesso e custos elevado do
transporte.

A estrada é parte integrante do


d corredor de Nacala (N13 e N1) e doo corredor Lichinga
– Pemba (N14 e N1) providenciando
providencia uma ligação estratégica a fronteira com
c Malawi,
em Mandimba, com os Portos
P de Nacala e Pemba nas Províncias
rovíncias de Nampula e Cabo
Delgado respectivamente.

Apesar da sua importância, a estrada não é pavimentada afectando


tando negativamente o
meio ambiente e social,
social tanto no estacão seca, como no período chuvoso. As questões
ambientais
bientais associadas a estradas não pavimentadas como a EN13 são várias, tais
como: deposição de poeiras na vegetação e incomodidade nas pessoas vivendo ao
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longo da estrada,, causando até problemas respiratórios, erosão da estrada, incluindo as


bermas, especialmente
ialmente em zonas de maior inclinação, deterioração da vegetação ao
longo das estradas, potencial sedimentação de rios a jusante devido a quantidades de
sedimentos associados a erosão, desconforto da viagem devido a vibrações causadas
por buracos e fendas na superfície e degradação dos veículos e potenciais acidentes
rodoviários.

Figura 2.1 Poeira gerada por um camião Figura 2.2 Estrada danificada

A EN13 está danificada exigindo trabalhos de manutenção frequentes, e a circulação


de veículos pequenos torna-se
torna se praticamente impossível) durante a estação chuvosa
devido a problemas de drenagem e de erosão.

Neste contexto, a melhoria da EN13 irá facilitar o acesso aos centros distritais e
provinciais da área de influência do projecto, que por sua vez promoverá o
desenvolvimento socioeconómico no meio rural e consequentemente a redução da
pobreza prevalecente na região.
região

O projecto de reabilitação e melhoramento


melhorame da estrada Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichinga
poderá reduzir os custos de transporte, bem como melhorar o acesso rodoviário ao
longo do corredor. Será reforçado o potencial regional para comercializar a agricultura
familiar, assim como a expansão da produção agrícola. Julga-se
Julga se que a comercialização
dos pequenos produtores e a expansão da produção agrícola aumentaria o potencial
empresarial de industriais
industriai de agro-processamento
processamento ao longo do corredor em particular,
e na região em geral.

O melhoramento integrado da estrada no Corredor de Desenvolvimento de Nacala


poderá revitalizar a economia regional ao longo do corredor através da expansão
geográfica das zonas
nas de captação comercial das cidades de Nampula e Nacala,
Nacala bem
como as cidades interiores de Cuamba e Mandimba, resultando em aglomeração
comercial melhorada.

A melhoria da EN13 poderá incrementar o desenvolvimento do turismo. Para tal


deverão ser desenvolvidas
lvidas medidas para melhorar a qualidade dos serviços turísticos
em hotéis, restaurantes, aluguer de automóveis,
automóveis bem como a prestação de informações
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turísticas na cidade de Lichinga e fazer esforços de modo a atrair turistas para fazer
viagens de Lichinga a pontos turísticos próximos, como Lago Niassa, Reserva do
Niassa e outras áreas de conservação da natureza. Essas medidas poderão incluir
também o estabelecimento de um conselho local de turismo envolvendo o governo e o
sector privado.

A reabilitação da EN13
N13 é essencial para promover o desenvolvimento industrial como,
por exemplo, a indústria de processamento de madeira e de recursos minerais da
Província.. Juntamente com o melhoramento da EN13 vai permitir o levantamento
geológico e pesquisas mineiras detalhadas
detalhadas para fornecer informações sobre a
disponibilidade de recursos geológico-mineiros
geológico mineiros com vista a promover investimentos
na exploração mineira.

2.3 Identificação do Proponente do Projecto

A Administração Nacional de Estradas é a autoridade responsável para o


desenvolvimento e manutenção de estradas nacionais em Moçambique,
Moçambique que é portanto
o Proponente.. O contacto detalhado da ANE é o seguinte:

Direcção Nacional de Estradas


Av. De Moçambique, 1225,
Maputo, MOÇAMBIQUE
tel. (258-21)476262/7
Fax (258-21) 475862

2.4 Identificação da Equipa Responsável pelo Estudo

A empresa AGEMAGEMA Consultoria & Services Ltd.Ltd foi seleccionada através de um


concurso público internacional e contratada pelo Administração Nacional
acional de Estradas
para realizar o EIAS para o melhoramento da EN13. O Consultor responsável pelos
estudos é portanto:
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A equipa mobilizada pela Consultor é constituída


uída pelos seguintes
seguinte técnicos
especialistas chaves:

Nome Posição Actividades


Gestão do Projecto e Logística
Verona Parkinson Director do Projecto Harmonização de dados e
análise
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Nome Posição Actividades


Pesquisa de campo
Controlo de qualidade
Produção do relatório
Coordenação do Projecto
Coordenação da equipa
técnica
Especialista em avaliação Interpretação e análise de
Kent Kafatia
ambiental e reassentamento dados
Pesquisa de campo
Produção do relatório
Eulália Macome Consultora Consultoria pública
Pesquisa de campo
Recolha e análise de dados
Pita Sitoe Ecologista
Produção de tópicos de
relatório
Pesquisa de campo
Armando Tovela Sócio-Economista Recolha e análise de dados
Consultorias públicas
Análise de aspectos legais
Alda Salomão Especialista em direito
do estudo

2.5 Custo Estimativo do Projecto

O custo total estimado do projecto é de US$ 125.297.100 (Cento e vinte e cinco


milhões, duzentos e noventa e sete, mil e cem Dólares Americanos), que serão
aplicados para as actividades desmatação,
desmatação construção de acessos,, melhoramento de
pontes, aquedutos,, drenagem e outros.

2.6 Enquadramento Legal e Inserção do Projecto nos Planos de Ordenamento


Territorial

2.6.1 Enquadramento na legislação e Regulamentos Ambientais Aplicáveis

A Constituição de Moçambique confere a todos os cidadãos o direito de viver num


ambiente equilibrado e o dever de o defender (Artigo 90). A materialização deste
direito passa por uma gestão correcta do ambiente, dos seus componentes e pela
criação de condições propícias à saúde e bem-estar
bem estar das pessoas, ao desenvolvimento
socioeconómico e cultural das comunidades e à preservação dos recursos naturais que
as sustentam.

O Estado é obrigado a: (i) promover iniciativas que garantam o equilíbrio ecológico;


(ii) evitar a poluição e integrar
integrar os objectivos ambientais em todas as políticas do
sector público (art. 117).

Ambiente aprovada pelo Decreto no. 5/95 tem como


A Política Nacional do Meio Ambiente,
objectivo garantir uma relação aceitável entre o desenvolvimento socioeconómico e a
protecção do ambiente para as gerações presentes e futuras. Para cumprir com estes

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pressupostos, foi aprovada pela Assembleia da República,


República a Lei-quadro
quadro do Ambiente -
Lei no. 20/97,, cujo objecto é a definição das bases legais para uma utilização e gestão
ges
correctas do ambiente e seus componentes, com vista à materialização de um sistema
de desenvolvimento sustentável no país. pa Esta lei aplica-se
se a todas as actividades
públicas e privadas que directa ou indirectamente possam influir nas componentes
ambientais.

Uma das premissas básicas da Lei-quadro do Ambiente, é o Estudo de Impacto


Ambiental para projectos de desenvolvimento económico e social, o qual é
regulamentado pelo decreto O processo de AIA está regulamentado pelo Decreto n.º
45/2004, de 29 de Setembro,
etembro, actualizado pelo Decreto n.º 42/2008 de 4 de Novembro

O Decreto é complementado pela Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental


(Diploma Ministerial 129/2006) e, pela Directiva Geral para a Participação Pública,
Pública
no processo de AIA (Diploma Ministerial 130/2006).
Os projectos são classificados em três categorias nomeadamente:

(i) Categoria A:: projectos que causam impactos significativos devido a actividades
ou zonas sensíveis, necessitando de um estudo completo, incluindo um Plano de
Gestão Ambiental (PGA);
(
(ii) Categoria B:: projectos que exercem impacto negativo de curta duração,
intensidade, extensão, magnitude e importância, necessitando de um Estudo
Ambiental Simplificado (EAS);
(iii) Categoria C:: projectos que não precisam de Avaliação Ambiental, mas devem
seguir directivas especificas de boa gestão ambiental.

No sector de estradas, o Decreto nº. 14/99 de 27 de Abril regula o quadro legal,


institucional e financeiro em que se deve operar a administração das estradas com os
seguintes objectivos:

• Assegurar o desenvolvimento, equilíbrio, unidade e complementaridade da rede


rodoviária nacional;
nacional

• Promover a integração, participação e capacitação dos agentes públicos e


privados no planeamento, desenvolvimento, financiamento e gestão das estradas;
estradas

• Estabelecer
lecer o quadro institucional conducente a uma crescente eficácia e
eficiência no tratamento das questões inerentes às estradas; e

• Estabelecer o quadro legal que assegure o financiamento contínuo e regular a


manutenção e gestão das estradas.
estradas

A Resolução nº 50/98 de 28 de Julho,


Julho que aprova a Política e Estratégia Nacional de
Estradas,, estabelece que o alem do impacto positivo no desenvolvimento do pais em
geral e no bem-estar das populações, as actividades relacionadas com as estradas
devem ser desenvolvidas procurando-se se mitigar os danos que a sua construção e

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utilização possam acarretar no meio ambiente e o Governo continuará a zelar pelas


normas de defesa do ambiente a serem seguidas na execução de trabalhos de estradas,
que devem fazer parte das especificações
especificações dos documentos de concurso para a
execução de obras.

A ANE submeteu o projecto à DNAIA que após a avaliação feita foi classificado na
categoria A devendo-sese para efeito ser realizado um avaliação de impacto ambiental,
por forma a reduzir os impactos negativos ao ambiente.

O projecto de reabilitação da EN13 é coberta pelo Regulamento sobre os Padrões de


Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (Decreto no. 18/2004, de 2 de
Junho). O regulamento aplica-se
aplica para todas actividades
des que directa ou indirectamente
possam interferir nas componentes ambientais (Artigo 3).

O Artigo 7 estabelece os parâmetros para a manutenção da qualidade do ar para que


este mantenha a sua qualidade de auto depuração e não tenha impacto negativo
significativo
ificativo para a saúde pública e no equilíbrio ecológico. O Artigo 9 fixa os valores
limite de emissão de poluentes atmosféricos por fontes móveis ou veículos a motor.

O Artigo 16 fixa os padrões a observar para as descargas de águas residuais


domésticas no meio receptor, incluindo marinho, para que não haja alteração da
qualidade das águas. Alerta a necessidade de ajustes a valores mais baixos em função
da sensibilidade e do uso do meio receptor, particularmente quando este seja
constituído por lagos, albufeiras
albufeiras ou baias com fraca renovação de águas ou seus
afluentes.

O Artigo 19 do Decreto no. 18/2004,, determina ainda a observância de limites


legalmente aceitáveis para depósito no solo de substâncias nocivas, assim como o
exercício de actividades que impliquem
impliquem movimentação de solos sem as devidas
medidas de sua conservação, que possam comprometer ou contribuir para a
degradação.

Os níveis de ruídos aceitáveis para a salvaguarda da saúde e sossego público a serem


estabelecidos de acordo com a fonte emissora
emissora do ruído estão referidos pelo Artigo 20.
Finalmente, o Artigo 24 do Decreto no. 18/2004, de 2 de Junho, apresenta igualmente
as condições e multas aplicáveis no caso de não cumprimento deste dispositivo legal
no país.

2.6.2 Outras Considerações Legais

Para além
ém do decreto 45/2004, existe outra legislação complementar para a gestão
sustentável do ambiente que deve ser considerada na implementação dos projectos de
estrada com destaque para:

• Legislação sobre os recursos hídricos e qualidade da água. A gestão dos recursos


hídricos é determinada pela política da água, Decreto
ecreto 46/2007, e pela Lei da
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13

Água 16/91.. Esta nova política inclui questões importantes como, a gestão de
água das bacias hidrográficas, desenvolvimento de novas infra-estruturas
infra
hidráulicas
icas e de gestão integrada dos recursos hídricos com a participação das
partes interessadas bem como a melhoria do saneamento nas zonas urbanas, peri-
peri
urbanas e rurais.

• Regulamento de Gestão de Lixos: Decreto 13/2006 regulamenta a gestão de


resíduos no que se refere a disposição no solo, subsolos,, água e atmosfera de
substâncias tóxicas ou substâncias poluentes de modo a minimizar os impactos
sobre a saúde e o meio ambiente, em conformidade com o art. 33 da Lei
Ambiental 20/97 e do art. 204 da Constituição. Este decreto classifica os resíduos
como perigosos e não perigosos. Os perigosos incluem explosivos e gases
liquefeitos. O segundo inclui resíduos sólidos domésticos e comerciais, restos de
demolição, resíduos de jardinagem e resíduos sólidos industriais.

• Lei sobre o Património Cultural. Lei n º 10/88 define como um "grupo de


materiais e não os bens materiais criados ou integrados pelo povo moçambicano
ao longo da história, com relevância para a identidade moçambicana". Bens
materiais incluem: monumentos, grupos
grupos de edifícios com importância
importâ histórica,
artística ou científica, lugares ou locais
locais (como arqueológico, histórico,
h estético,
etnológico ou antropológico
antropológico de interesse) e elementos naturais (formações físicas
e biológicas, com particular interesse do ponto
ponto de vista estético ou científico).
Durante a fase de construção,
construção os locais sagrados e os locais arqueológicos
arq que por
ventura venham a ser descobertos,
descobertos deverão ser protegidos a luz desta lei.

• A Lei de Florestas e Fauna Bravia 10/1999:


10/1999: define as regras para
p a utilização
dos recursos florestais e faunísticos, no seu artigo 10 define as zonas de protecção
da biodiversidade, dos ecossistemas frágeis e das espécies animais e vegetais a
serem conservadas. O País também definiu na lista vermelha as espécies e os o
níveis de protecção que cada uma delas requer.

• A Lei de Terras 19/1997,


19/1997 estabelece Zonas de Protecção Total e Parcial da
Natureza. De acordo com esta lei, as zonas de protecção total incluem áreas
designadas para actividades de conservação da natureza e defesa do Estado.
Áreas de protecção parcial incluem, entre outras, áreas ocupadas por estradas,
com uma reserva de 30 metros para estradas primárias e 15 metros
m para estradas
secundárias e terciárias.

• O Regulamento da Lei de Terras 66/1998 recomenda a compensação por


perdas resultantes do reassentamento. Directrizes básicas de indemnização são
providenciadas em forma de tabelas, produzidas e actualizadas pela Direcção
Provincial de Agricultura, e proporcionando valores correntes e produtivos do
mercado de várias culturas anuais e de árvores. Todas as directrizes
Moçambicanas realçam a importância de envolver as autoridades locais a nível
distrital e outras,
s, no processo de reassentamento, para assegurar que este seja
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adequado às circunstâncias locais, e de modo a que o pessoal do Governo aprenda


e possa aplicar procedimentos semelhantes a outros projectos de reassentamento
no seu território.

Em 2000, o MICOAOA produziu directrizes com Critérios para o Reassentamento


Reasse
de Populações em Zonas Rurais, que são direccionadas
nadas a facilitar o processo
deb reassentamento, depois das cheias. Não foram ainda desenhados outros
padrões nacionais. Em Junho de 2007 foi publicado pela Administracao
dministracao Nacional
de Estradas o Documento Draft do Quadro da Política de Reassentamento
para o Sector de Estradas,
Estradas, onde estão definidas as etapas e do processo de
reassentamento e compensação.

• A Lei do Ordenamento Territorial nº 19/2007, de 18 de Julho tem por objecto


regular o ordenamento do território e estabelecer um sistema de gestão territorial.
“visa assegurar a organização do espaço nacional e a utilização sustentável dos
seus recursos naturais, observando as condições legais, administrativas,
administra culturais
e materiais favoráveis ao desenvolvimento social e económico do país, à
promoção da qualidade de vida das pessoas, à protecção e conservação do meio
ambiente”. Ela aplica-se
aplica aos níveis nacional, provincial, distrital e autárquico,
exigindo,, para o efeito, a elaboração de planos que se adeqúem à realidade de
cada nível.

Os municípios já vêm elaborando alguns planos de ordenamento, mas os mesmos


careciam da força legal ao nível do poder central. O ordenamento do território
deve respeitar o uso
so e aproveitamento da terra e dos recursos naturais nos termos
da legislação em vigor, sem prejuízo da preservação da propriedade do Estado.
Em caso de projectos de necessidade ou interesse público a Lei prevê a
expropriação de terras que sejam objecto de concessão de uso e aproveitamento
de privados ou de uso tradicional por comunidades locais, delimitadas ou não,
que é precedida da respectiva declaração, devidamente fundamentada, nos termos
da Lei.

2.6.3 Legislação de Carácter Internacional

Para além da legislação nacional, ao


a nível internacional, Moçambique como membro
das Nações Unidade,
Unidade assinou e ratificou diversos tratados e convenções que
contribuem para a gestão do ambiente e da conservação dos recursos naturais.

Estas e outra legislação serão


ser tomadas em consideração na avaliação dos impactos, e
propostas de mitigação bem como na elaboração do PGA.

A lista a seguir cobre as directrizes mais importantes de financiadores internacionais,


relevantes para o estudo de impacto ambiental e social:

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15

DIRECTRIZ
IZ DESCRIÇÃO
O objectivo das Directrizes é de encorajar os
proponentes de projectos a implementar
considerações ambientais e sociais adequadas e de
acordo com as Directrizes, que esclarecem os
Directrizes Ambientais da JBIC
procedimentos (tanto antes como depois da tomada de
(2002)
decisão sobre financiamento), critérios para a tomada
JBIC´s Environmental Guidelines
de decisões e requerimentos que os
(2002
projectos sujeitos a financiamento devem seguir.
Através destas directrizes, a JBIC tenta alcançar a
transparência, previsão e responsabilidade na
aceit ação das considerações ambientais e sociais
Os objectivos destas directrizes são encorajar os
governos beneficiários a tomar as considerações
Directrizes Ambientais e Sociais
adequadas sobre os factores ambientais e sociais,
da JICA
bem como assegurar que o apoio da JICA no
(2004)
exame das considerações sociais e ambientais seja
JICA’s Environmental and Social
conduzido de forma adequada. As directrizes
Guidelines (2004)
delineiam a responsabilidade e procedimentos da
JICA, bem como requerimentos dos governos
beneficiários para facilitar o alcance dos objectivos
O principal objectivo destes procedimentos é
providenciar um processo formal para a revisão
interna e inter-departamental
departamental ambiental e social dos
projectos, programas e planos financiados pelo
Procedimentos de Avaliação
Banco. Os procedimentos realçam os vários passos
Ambiental e Social do Sector de
a seguir para avaliar os riscos e benefícios
Operações Públicas do Banco
ambientais e sociais ao longo do ciclo de vida de
Africano de Desenvolvimento
um projecto.
(2001)
Tem o objectivo de assegurar a integração das
Environmental and Social
dimensões social e ambiental no ciclo de projectos
Assessment
do sector privado desde a fase de programação até
Procedures for the African
à sua pós-avaliação.
Development
Consciencializar aos que pedem empréstimos ao
Bank’s Public Sector Operations
Banco e aos Países Membros Regionais sobre os
(2001)
requisitos ambientais e sociais para avaliar os
projectos, programas e planos financiados pelo
Banco reforçando assim a sua capacidade de
atingir o desenvolvimento sustentável.

Reconhece que o crescimento económico será o


Política do Ambiente do Grupo do
principal motor de crescimento, e foi desenhada
Banco
para assegurar a sua sustentabilidade através da
Africano de Desenvolvimento
preservação e melhoria do capital ecológico que
(2004)
sustenta esse crescimento. Desenvolveu
African Development Bank
estratégias ambientais
ais específicas que ajudarão a
Group’s Policy
manter e melhorar a capacidade de carga de zonas
on the Environment (2004)
ecológicas através da promoção do uso de
tecnologias inovadoras e redução de riscos.
Directrizes Integradas de
Detalhes genéricos e sectoriais de abordagens de
Avaliação de
avaliação de impactos ambientais e sociais e
Impactos Ambientais e Sociais do
detalhes de impactos potenciais bem como acções
Banco
de mitigação.
Africano de Desenvolvimento
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(2003)
AfDB’s Integrated Environmental
and
Social Impact Assessment
Guidelines
(2003)
A política de reassentamento do Banco foi
Política do Banco Africano de
desenvolvida de modo a cobrir a deslocação
Desenvolvimento sobre o
involuntária e o reassentamento de pessoas
Reassentamento
causado por projectos financiados pelo Banco, e
Involuntário (2003)
aplica-se
se àqueles projectos que envolvam a
AfDB’s Involuntary Resettlement
deslocação ou perda de habitação por pessoas
Policy
dentro da área do projecto, perda de bens ou
(2003)
afectação de modos de vida.

2.6.4 Quadro Institucional


A AIA é um instrumento que apoia o Governo de Moçambique na tomada de decisão
e atribuição da licença ambiental para o desenvolvimento de projectos. A autoridade
responsável pelo licenciamento ambiental das diferentes actividades é o Ministério
para a Coordenação
ordenação da Acção Ambiental (MICOA), através da Direcção Nacional de
Avaliação de Impacto Ambiental (DNAIA).

A DNAIA tem como uma das funções principais de garantir o cumprimento dos
regulamentos sobre o EIA. Ao nível provincial, é nas Direcções Provinciais para
DPCAA, onde, numa primeira fase dão entrada os projectos e, esta por sua vez faz a
pré-avaliação.
avaliação. Se o projecto for classificado na categoria A deverá ser submetido a
apreciaçãoo do MICOA, enquanto, para as actividades classificadas
lassificadas na categoria “B” a
sua implementação e monitoria é da responsabilidade das DPCAA.

O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental está regulamentado pelo Decreto nº


45/2004, enquanto a Auditoria Ambiental
Ambiental e a Inspecção Ambiental estão guiadas
respectivamente pelos Decretos nº 32/2003 e nº 11/2006.

O Regulamento de AIA (Decreto nº 45/2004, de 29 de Setembro) estabelece o


processo de AIA, definindo o nível de avaliação ambiental requerido para cada
categoriaa de projecto, o conteúdo dos estudos ambientais, o processo de revisão e de
licenciamento ambiental. Este Regulamento é complementado pela Directiva Geral
dos Estudos de Impacto Ambiental que detalha o conteúdo dos EIAs e pela Directiva
Geral para o Processo
sso de Participação Pública no Processo de AIA.

De acordo com o Regulamento relativo ao Processo de Auditoria Ambiental (Decreto


nº 32/2003, de 20 de Agosto) qualquer actividade pública ou privada pode ser objecto
de auditorias ambientais públicas (realizadas
(realizadas pelo MICOA), ou privadas (internas). A
entidade alvo de auditoria deve facultar aos auditores o livre acesso aos locais a serem
auditados, bem como toda a informação solicitada.

Adicionalmente, através do Regulamento relativo a Inspecções Ambientais (Decreto


nº 11/2006, de 15 de Julho), estão regulados os mecanismos legais de inspecção de
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actividades públicas e privadas, que directa ou indirectamente estão passíveis de


causar impactos negativos no ambiente. Este regulamento tem como objectivo regular
a actividade de supervisão, controlo, e fiscalização, do cumprimento das normas de
protecção ambiental a nível nacional.

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18

3 DESCRIÇÃO
O DO PROJECTO

3.1 Localização do projecto

A EN134 está stá localizada na Província do Niassa, onde existe um grande potencial
para o desenvolvimento da agricultura, silvicultura,, mineração e turismo. Contudo,
esforços para o desenvolvimento económico são negativamente afectados pelas más
condições de acesso,, que limitam o transporte
transporte e criam barreira no acesso aos insumos
agrícolas, prestação de serviços sociais básicos à população e disponibilização de bens
e produtos aos locais.. A Figura 3.1 mostra o mapa de enquadramento regional do
projecto.

3.2 Descrição das Alternativas


lternativas do Projecto

A primeira opção considerada pela


p ANE trata-se do cenário "sem projecto". Esta
opção implica não haverá quaisquer impactos ambientais adversos adicionais e sociais
em relação à situação actual.
actual Contudo, o crescimento económico desejado continuaria
estagnado devido a problemas de acesso a zonas com potencial para o
desenvolvimento da agricultura e devido problemas relacionados com o transporte de
insumos para as comunidades na área de influência da estrada.

Por outro lado, sem o projecto ver-se-ão


ver frustradas as oportunidades e expectativas de
emprego, assim como o esforço do governo em relação a redução da pobreza absoluta
no país.

A segunda opção considerada pela ANE é a construção e reabilitação da EN13. Com


o projecto em prática, haverá aceleração
aceleração do crescimento económico na área do
projecto e os impactos ambientais e sociais actuais seriam mitigados através da
implementação do plano de gestão ambiental. Existem
Existem três subopções para esta
segunda alternativa, baseada na largura da estrada,
estr assim comomo no
n Direito de
Passagem (ROW) propostas durante a fase preliminar da concepção do projecto da
seguinte forma:

A primeira subopção implicando limpezas até 30m laterais, conforme previsto na


Lei de Terras de Moçambique. Esta alternativa afitaria todas as cidades e aldeias na
área do projecto. Um total de 5.848 estruturas se afitado, incluindo cemitérios, e
resultará em custos de remuneração
remun muito elevada.

A segunda subopção consistiria em limpar cerca de 7m laterais, o que representa


uma largura total de 14m. O efeito da implementação desta alternativa vai excluir
grandes vilas e cidades na área do projecto. No entanto, embora o número
númer total de
estruturas a serem afectadas
afectadas venha reduzir drasticamente a 970, algumas das aldeias
continuavam muito perto da estrada, aumentando assim o risco de acidentes
rodoviários.

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Figura 3.1 Localização da Área do Estudo

A terceira subopção considerada


consi pela ANE e considerada durante este ESIA consiste
em limpar 9m laterais,
laterais representando um total de 18m de largura da estrada.
estrada Esta
subopção é um compromisso, caindo entre a primeira e segunda subopção
subopçã em termos
de largura de apuramento. O efeito da aplicação da presente subopção é que as aldeias
e cidades principais na área do projecto serão excluídas. Ao mesmo tempo, o custo de
compensação será moderado.

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3.3 Geometria, Drenagem, Tráfego e Segurança

A estrada em estudo passa por muitas aldeias e povoados e pode ser dividida em três
secções,, de acordo com a topografia atravessada:
atravessada Cuamba - Mandimba: 148 km
(terreno plano), Mandimba-Lichinga:
Mandimba Lichinga: 148 km (terreno ondulado, com algum terreno
montanhoso, chegando a atingir 1400 m em Lichinga), Mandimba - Malawi Fronteira:
6 km (ondulado).

A estrada encontra-se
se num estado razoavel a pessimo,
pessimo durante a estacao seca, e torna-
torna
se intransitavel no periodo chuvoso devido a interracao entre a má drenagem e solos
propensos a erosao. Alem disso, a sua largura é variavel
vel entre 5 e mais de 10 m e é
geralmente inferior ao terreno circundante.

O alinhamento horizontal e vertical existentes geralmente seguem a crista de bacias


hidrograficas e do solo natural, respectivamente. Em geral, o plano de alinhamento da
estrada irá basicamente manter-se
manter seguindo
ndo a situacao existente, ou seja
acompanhando o seu desenho geometrico. O alinhamento seguindo a geometria
existente vai minimizar futuros impactos sociais e ambientais, assim como custos de
construcao.

Os padrões de projecto e de velocidade são influenciados pela topografia,


características do tráfego, assim como a função da estrada. De acordo com dados da
Média Anual do Tráfego Diário, a variação do volume do tráfego, na estrada do
projecto, de 2002 a 2007 é de 80 a 120 veículos
veículos por dia, enquanto em Lichinga é de
100 a 170.

Com o resultado da demanda do tráfego, os volumes do futuro tráfego para secções


Cuamba-Mandimba
Mandimba e Mandimba-Lichinga,
Mandimba Lichinga, em 2023, foram estimados em cerca de
1.481 AADT e 1.732
32 AADT, respectivamente.

De ponto de vista do terreno, segurança do trafego, custos de construcao, os impactos


sociais, gestao do trafego e funcionamento, uma velocidade
velocidade de 100 km/hora foi
recomendado a seccao de Cuamba-Mandimba
Cuamba e 80 km/hora para a seccao Mandimba
– Lichinga.

3.4 Principais Fases e Actividades


ctividades do Projecto

3.4.1 Fase de Planeamento e Desenho

Os trabalhos na fase de desenho e planeamento do projecto incluem pesquisas e


levantamento de campo para o alinhamento da estrada,
strada, preparação dos desenhos,
determinação de quantidades e elaboração de relatórios. Nesta fase, foi igualmente
incluída a preparação do relatório de avaliação do impacto ambiental e social com
recomendações,, assim como o plano de gestão ambiental.

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3.4.2 Fase de Construção do Projecto


As actividades do projecto na fase de construção incluem:
• Trabalhos de terra, que consistirão em corte e enchimento.
• Extracção de material de aterro a partir de câmaras de empréstimos e remoção de
material excedentário dos locais do projecto.
• Preparação da superfície da estrada (aplicação de uma sub-base
base de cimento-pedra
cimento
estabilizada e pedra revestida, assim como bases de brita).
• Aplicação do pavimento e alcatrão.
• Execução de trabalhos
trabalho de pontes e drenagens; e
• Várias actividades, tais como pintura, plantio de vegetação e outros trabalhos de
finalização de estrada.
• Construção de infra-estruturas
infra temporárias. Estes incluem estaleiros com
escritórios, acampamento dos
os trabalhadores, instalações sanitárias,
sanitárias armazéns,
equipamentos e materiais.

A reabilitação da estrada poderá estender-se


estender por um período de três anos,
anos seguindo-se
do desmantelamento das instalações,
instalações incluindo a remoção de sobras de materiais de
construção, instalações e equipamentos, escritórios do contratante, acampamentos dos
trabalhadores e instalações sanitárias.
sanitárias

Muitos dos impactos potenciais do projecto


proje ocorrerão durante a construção e estes
est
incluem incomodidade do ruído, acidentes, poeira, alteração da drenagem natural,
desmatamento, poluição / contaminação e assoreamento.

3.4.3 Fase
se de Operação e Manutenção

As actividades de operação, basicamente estão relacionadas com vários usos da


Estrada para viagens e transporte de bens e produtos.. Os principais impactos sob
ponto de vista de operação são os acidentes rodoviários,, que podem resultar
r em perdas
de vida e destruição de propriedades.

As actividades de manutenção de estradas,, geralmente envolvem o uso de


equipamentos pesadoss e estes podem ter impactos similares as actividades de
operação, mas neste caso, há que também destacar perturbação no tráfego
tráf causando
demoras.

As Delegações Provinciais
Provincia da ANE são responsáveis pela implementação de todos os
trabalhos de manutenção em todas estradas classificadas. A Direcção de Manutenção
irá assegurar que as delegações nas províncias estejam
es totalmente cientes e conforme
com as orientações técnicas e operacionais para a implementação do plano anual de
manutenção da estrada N13.

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3.4.4 Fase de Desmobilização


ção

Após as actividades de construção, seguir-se-á a desmobilização das obras do


Empreiteiro para a desocupação dos locais.
locais A fase envolverá a remoção de materiais
de construção, instalações e equipamentos, escritórios do contratante, acampamentos
temporários dos trabalhadores
trabalhador e instalações sanitárias.

3.5 Principais Insumos e Resultados do Projecto

Os principais insumos do projecto incluem materiais de construção tais como


empréstimo de solos, pedra extraída, areia para cimento, betume e água. Outros inputs
são a mão-de-obra
obra e a energia.

3.6 Custo Estimativo do Projecto

O custo total estimado do projecto é de US$ 125.297.100 que serão aplicados para as
actividades desmatação,
desmatação construção de acessos, melhoramento de pontes, aquedutos,
drenagem e outros.

3.7 Delimitação da Área


rea de Influência do Projecto

A EN 13 no traço Cuamba-Mandimba-Lichinga
Cuamba tem um comprimento de 302 km,
incluindo a estrada de Mandimba para a fronteira com a Republica do Malawi (ver
Figura 1).. A estrada atravessa quatro distritos com alto potencial agrícola,
nomeadamente,, Cuamba, Mandimba, Huna e Lichinga.

O troço Cuamba-Mandimba
Mandimba-Fronteira com Malawi é uma componente importante no
corredor de desenvolvimento do Nacala, uma vez que se liga as Províncias do Niassa
e Nampula. Alem disso, permite a ligação dos países do interior, Zâmbia e Malawi a
costa Moçambicana.

O plano geométrico da da estrada em estudo pode ser dividido em três terrenos (0-
(0
148km: terreno plano; 148-240
148 km terreno ondulado, e de 240-302
302 km, ondulado com
algum terreno montanhoso). O alinhamento da Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichinga tem uma
altitude inicial de 560 metros terminando
terminand em Lichinga numa altitude de cerca de
1,400 metros.

O alinhamento horizontal existente e o alinhamento vertical geralmente seguem a


crista de bacias hidrográficas e do solo natural respectivamente. A estrada existente
encontra se num estado que varie de razoável a péssima durante a época seca e torna
se intransitável no período chuvoso devido a interacção entre a ma drenagem e solos
propensos a erosão. Além disso, a largura da estrada em estudo varia entre 5m e 10m
e geralmente inferior ao terreno circundante.
circun

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3.8 Uso da Terra


rra e dos Recursos Naturais na Área
Á do Projecto

A terra, a água e a floresta constituem os recursos naturais de importância primordial


para as comunidades rurais. A terra serve para a produção, quer para fins económicos,
sociais e culturais, sendo usada para a agricultura de subsistência.. As florestas servem
para a obtenção de lenha e materiais de construção para habitação, colecta
cole de recursos
naturais e para a realização de cerimónias rituais.

A água é outro recurso natural de importância vital para a vida das comunidades,
sendo utilizada essencialmente para consumo doméstico e animal, para a agricultura e
pesca.

A semelhança de grande parte do


país, o abastecimento de água é
precária ao longo da área do estudo.
A maioria dos poços e furos está
localizada nas sedes dos Distritos,
enquanto a maioria da população das
áreas rurais tem como fontes de
abastecimento de água os rios, riachos
e lagoas.

A mudança das estações ao longo do


ano tem motivado a prática da agricultura itinerante, resultando
resultando em um regime semi-
semi
nómada.. Tradicionalmente as comunidades rurais (e não só) praticam três tipos de
"machambas" (ou áreas de cultivo), de acordo com as estações do ano. Durante o
período chuvoso (Novembro
vembro a Março), a população recorre a terras altas com boa
drenagem, no final da temporada, usam terras
terra próximas ao solo submerso nos cursos
de água,, e mais tarde recorrem
recorre a terra que havia sido previamente submersa.

As parcelas
arcelas que exigem uma presença constante
constante e próxima do agricultor distam
geralmente 1 a 2 km de distância das casas principais.
principais Devido
evido a dificuldades de
transporte e à necessidade de observar as culturas, de modo a evitar a devastação por
animais e outras pragas as populações são obrigadas a criação de "assentamentos
satélite" perto das áreas cultivadas.

Em toda a área estudada, pratica-se


pratica a agricultura de subsistência, onde o milho, sorgo,
mandioca e feijão, constituem as principais culturas, além de algodão e tabaco como
culturas comerciais.

O processo de uso da terra e dos seus recursos é orientado


orientad por normas estabelecidas
pela Política Nacional de Terras, que se articula tendo em conta os costumes das
comunidades
dades rurais. Ao longo da EN13,
EN13, a propriedade da terra (direito a uma
um parcela
de terra) é determinada não só pela Política Nacional de Terras, mas também,
basicamente, pelo direito consuetudinário.

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De acordo com os resultados da primeira avaliação sobre a pobreza no país (MPF,


IFPRI: 1998), a maioria das famílias
famíli rurais têm pelo menos uma parcela de terra para
fins agrícolas (machamba).

Na província de Niassa, 95% da população rural tem em média, uma área estimada de
0.3ha de terra por família. Note-se
Note se que a prática do cultivo rotativo, adapta-se
adapta ao
sistema ecológico e tipo de solo, portanto,
po cada família tem 2 ou 3 "machambas"
adaptáveis a diferentes tipos de solo. Esta realidade deve ser visto no contexto da
percepção de que a Província
rovíncia de Niassa tem áreas muito extensas de terrenos baldios
com potencial agrícola.

Em alguns distritos, como Majune, estima-se


estima se que o sector familiar ocupa 9,512 ha,
representando 1,1% da área do Distrito (PNUD: 1997). A ocupação cupação é, portanto,
mínima, embora nem todas as áreas são adequadas para a agricultura, devido à
invasão de animais e pragas, bem como extensas áreas pantanosas inundada durante a
estação chuvosa. No entanto, ainda existem extensas áreas com potencial agrícola a
serem identificadas,
s, e é o trabalho de apuramento, que poderá determinar
determina o valor da
parcela.

O estado da terraa dentro da área de estudo continua sendo predominantemente o seu


estado natural, com áreas de maior intervenção localizada nos arredores dos principais
centros urbanos – Cuamba, Mandimba e Lichinga, bem como ao longo da EN13, EN
objecto do presente estudo.

Conforme
onforme referido em 4.1.6,
4.1.6 a vegetação natural é marcada pela ocorrência de
miombo,, arbusto aberto baixa, mata e floresta aberta de várzea. Dados estatísticos
para uso e cobertura da terra da terra para os distritos atravessados pela EN13 mostra
a presença
ça de extensas áreas de floresta de várzea aberta
aberta fora da cidade de Lichinga e
onde a maioria da área é coberta por gramíneas. Em quase todos os distritos, a
formação de mata e ervas é o segundo maior tipo de terra utilizada, em termos de área
ocupada.

Confinada à área do corredor, a floresta aberta consiste


consist em diferentes tipos de
vegetação geralmente utilizada pelas comunidades em torno dos assentamentos e
áreas mais baixas. Oss pequenos campos pluviais, as terras arbustivas abertas e as
formações de erva permitem caracterizar o uso e cobertura do solo em muitas áreas ao
longo do corredor.

Conforme o ponto 4.6.2,


4.6 no troco entre Lichinga e Mandimba é notaria a actividade
de plantio de florestas representando uma fonte de rendimento para as famílias através
atravé
de emprego. A Figura 3.2 a seguir apresentada mostra o mapa de vegetação na área do
estudo.

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Figura 3.2: Uso


so da Terra e Cobertura Vegetal na Área do Estudo

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4 DESCRIÇÂO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DE REFERÊNCIA DA ÁREA


DO PROJECTO

4.1 Caracterização Biofísica

4.1.1 Clima

A Província está dividida em duas zonas sob o pontoo de vista meteorológico: A zona
de baixa altitude em Cuamba com 600m altitude
itude e a zona de alta altitude
a a volta da
Cidade de Lichinga com mais de 1300 m de altitude.

O clima predominante nos distritos atravessados pela estrada em estudo é distinto


sendo que em entre Lichinga e Mandimba o clima temperado (modificado pela
altitude) com inverno seco, a temperatura média anual varia entre 20 e 22ºC
respectivamente.

temperatu anual média de 19 oC no planalto alto. Em Julho, a


Lichinga tem uma temperatura
temperatura média mais baixa de noite atinge os 10 oC e a mais alta durante o dia de
22 oC. Em Novembro, os meses mais quentes do ano, a temperatura média mais baixa
durante noite é de 15 oC e a media mais alta é de 28 oC.

A medida que se aproxima Cuamba o clima altera-se se para o tropical com alguns
períodos secos durante o verão com uma temperatura media anual de 24ºC 2 nas
planícies quentes. Em meses mais frios, em Junho, a temperatura pode baixar ate 14
o
C de noite e atingir um máximo de 30 oC. Nos meses mais quentes do ano, entre
Outubro e Novembro a media da temperatura máxima diária pode alcançar os 35oC e
mais baixa de noite é de cerca de 22 oC. O gráfico 4.1 mostra temperatura e
precipitação em Cuamba,
Cuam enquanto o gráfico 4.2 em Lichinga.

Gráfico 4.1: Temperatura e Precipitação em Cuamba


(Fonte: Jica, 2010. Estudo preparatório sobre o melhoramento da Estrada no Corredor de Desenvolvimento de
Nacala N13: Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichimga).

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Gráfico 4.2:: Temperatura e Precipitação em Lichinga


(Fonte: Jica, 2010. Estudo preparatório sobre o melhoramento da Estrada no Corredor de Desenvolvimento de
Nacala N13: Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichimga).

A área de estudo é caracterizada


caracterizad por duas estações bem definidas ao longo do ano:
uma chuvosa e outra seca. A estação chuvosa vai de Outubro a Março e a seca de
Abril a Setembro. Contudo, os
os meses de Abril e Outubro podem ser vistos como de
transição, podendo alterar suas características de meses de seca (Abril) ou chuva
(Outubro) de um ano para outro.

No planalto alto e ao longo das margens do Lago Niassa pode ocorrer uma media de
precipitação de 1300 mm, enquanto nas áreas mais áridas, no Sul de Niassa perto de
Cuamba chuvas entre 800 a 1000 mm, considerada uma precipitação
ação normal. Devido
a extensão do período de chuvas médias, a quantidade de precipitação e limites de
temperatura, pode ocorrer um período de crescimento de 180 a 210 dias para culturas
dependentes de chuva.

Niassa tem boa disponibilidade de água nas zonas mais baixas do sudoeste da
Província,
rovíncia, apresentando o seu clima características de estabilidade e qualidade que
criam condições para a agricultura superiores às condições médias nacionais. A
estacão de sementeira começa em Novembro e sem rega apenas pode ser s num período
em cada ano (Jica, 2011).

4.1.2 Geomorfologia

A geomorfologia daa Província do Niassa apresenta cinco estratos diferentes com


variações de terreno e relevo. Nos vales dos principais rios, as altitudes variam de 200
a 400 m. A zona sub-planáltica
planáltica do Distrito de Cuamba apresenta altitudes entre os 400
e 700 m e relevo ondulado suave.

Em altitudes acima de 700 m, encontram-se


encontram se os planaltos médios (planalto de
Metarica, do Alto Lunho, e a primeira plataforma do Alto Niassa),
Niassa), onde o relevo é
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ondulado. Acima dos 700 m e até aos 1300 m, ocorrem outras manchas, como o
Planalto de Lichinga. Terrenos de grande altitude ocorrem nos picos de algumas
serras, atingindo os 1500 m de altitude.

Nas áreas altas, a superfície é constituída


constituída predominantemente por rochas duras. Nos
vales, planaltos e áreas de maior inclinação, área é caracterizada por camadas de
alteração de espessura variável. O gráfico 4.3 mostra a variação topográfica da área
do estudo.

Gráfico 4.3:: Variação geomorfologica da EN13 na secção entre Cuamba a Lichinga


Liching
(Fonte: Jica, 2010. Estudo preparatório sobre o melhoramento da Estrada no Corredor de Desenvolvimento de
Nacala N13: Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichimga)

A secção Entre Cuamba e Mandimba a geomorfologia


geomorfologia é levemente plana, com um
gradiente de 0,12%. A secção entre Mandimba e Lichinga a elevação aumenta de 700
m a 1400 m.

4.1.3 Geologia e Mineralogia

Um levantamento cartográfico–geológico
cartográfico de Niassa1 realizado em 4 anos reviu a
geologia do Niassa e Cabo Delgado, definindo as principais unidades geológicas do
Niassa, nomeadamente os complexos da Ponta Messuli, Unango, Marrupa, M’Sawise,
M
grupos de Txitonga (onde
onde ocorre a mais importante faixa de Ouro),
Ouro de Geci, super
grupo do Karoo e Kimberlitos. A Figura 4.1 mostra as principais unidades geológicas
na área do estudo.

1
Iniciou em 2003 e foi realizado pelo consórcio Norconsult, que contou com a colaboração de técnicos da
Direcção Nacional de Geologia e da Direcção Provincial de Recursos Minerais e Energia do Niassa.
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Figura 4.1: Caracterização Geológica ao longo da Secção Cuamba Lichinga


Fonte: Jica, 2010. Estudo preparatório sobre o melhoramento da Estrada no Corredor de Desenvolvimento de
Nacala N13: Cuamba-Mandimba
Mandimba-Lichimga)

Niassa tem um grande potencial


potencial para a exploração mineral com as ocorrências de
ouro, diamantes e carvão, além da granada, que já é explorada. A Tabela a seguir
mostra a localização
alização dessas ocorrências.

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Tabela 4.1.. Recursos minerais do Niassa

Mineral Localização (Distrito)


Ouro Lago e na faixa até Tanzânia
Granada Cuamba
Pedras preciosas e semi--preciosas Cuamba, Nipepe, Maúa, Mecula e Marrupa
Carvão Metangula (Bacia de Maniamba)
Minerais industriais Metarica e Nipepe
Mármore Norte de Lichinga e Majune
Granitos vermelhos Meponda

As zonas mais baixas, a camada sedimentar (do quaternário) é espessa e revela a


presença de aquíferos subterrâneos isolados, com grandes reservas
reservas de água.

4.1.4 Solos

A estrada EN13 atravessa um mosaico típico de solos.los. Os solos predominantes de


Cuamba são caracteristicamente do Soco do Pré-Câmbrico,
Pré Câmbrico, destacando-se
destacando os solos
vermelhos, diferenciados na base da textura média (VM) ou argilosa (VG). Os solos
do agrupamento VG são profundos e bem drenados, tendo como principal
princ limitação o
risco potencial a erosão. Já os solos VM ocorrem nos topos e encostas de declive
acentuado, associados aos solos laranja-avermelhados,
laranja avermelhados, com variações de tonalidades
podendo se observar em algumas zonas de Mandimba e Lichinga. A Figura 4.2
mostra as principais unidades pedológicas
pedológicas atravessados pela EN13 (Cuamba-
(
Mandimba-Lichinga).

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Figura 4.2:: Mapa de variação dos solos ao longo da estrada Mandimba Lichinga

4.1.5 Hidrologia

Niassa possui 3 bacias hidrográficas: A Bacia do Rovuma (rios Lugenda, Lucheringo,


Luchimua, Luambala, Luculumezi e Lualessi), a Bacia do Zambeze (rios Lunho,
Luangua, Luaisse, Machele, Luchemange, Meliluca, Mandimba, Ngame, Lussangasse
e os Lagos Niassa, Amaramba, Chiúta, Chirua e Michemazi) e a Bacia do Lúrio (rios
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Muandá, Luleio, Ruruamuana e Massequesse). A Figura 4.3 mostra a hidrologia na


Área de estudo.

O balanço hídrico da Província


Província do Niassa apresenta boa disponibilidade de água para
diversos usos. O relevo acidentado, associado aos índices pluviométricos elevados,
possibilita a boa alimentação da rede hidrográfica e a captação de água pelos solos
nos vales.

As temperaturas amenas e o clima chuvoso, aliados às condições geológico-


estruturais dos solos
los permitem a formação de lençóis de água a pequenas
profundidades. Contudo um problema que dificulta a captação de água em algumas
áreas reside no facto de que, com excepção dos rios principais como o Rovuma e o
Lugenda, por exemplo, a rede hidrográfica da Província rovíncia do Niassa é
predominantemente intermitente e os rios perdem água para o lençol freático durante
a época seca.

A secção da EN13 entre Lichinga e Mandimba atravessa vários rios. As direcções


gerais de fluxo de maioria dos rios mostram a direcção de sul a norte, embora alguns
rios, na secção entre Cuamba e Mandimba não tenham corrente por causa da
gemomorfologia bastante plana. O maior rio na área do estudo é o Lugenda que nasce
no Lago Amaramba, seguindo a fronteira entre Moçambique e Tanzânia até desaguar
no Oceano Indico.

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Figura 4.2: Mapa da hidrolologia da Area do Estudo

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4.1.6 Vegetação2

Dados sobre o último inventário florestal indicam que Niassa possui a maior área
vegetal do país, com cerca de 9.4 milhões de hectares, representando uma área
florestada acima da média nacional de cerca de 77%.

O tipo de vegetação dominante no Niassa é o Miombo, iombo, caracterizado por matas


abertas, fisionomicamente diversificadas, pouco densas e de espécies de baixo valor
comercial, o que justifica, em parte, os baixos volumes comercializados. Em termos
de espécies com maior volume, destacam-se
destacam se a Messassa encarnada (Julbernardia
(
globiflora)) e a Messassa (Brachystegia
( spiciformis),
), e Metongoro (Uapaca
( kirkiana).
Para alémm da floresta nativa Niassa dispõe de um potencial estimado em 2.4 milhões
de hectares para o estabelecimento de plantações florestais de espécies de rápido
crescimento3.

O Planalto
lto de Lichinga (entre
( Mandimba Lichinga) é a região com maior potencial
para desenvolvimento de plantações comerciais, neste momento ao longo da N13
entre Lichinga
ichinga e Ngaúma existem extensas áreas de plantações.

4.1.7 Fauna

A estrada N13 atrevera distritos que tem uma baixa diversidade faunística,
faunís embora a
Província
ncia apresente uma grande diversidade faunística como é o caso da Reserva do
Niassa que constitui um importante santuário de fauna bravia, com a ocorrência de
elefantes (Loxodonta
Loxodonta africana),
africana cudo (Tragelaphus
Tragelaphus strepsiceros),
strepsiceros palapalas, Leao
(Pantera leo), o Leopardo
eopardo (Pantera
( pardus), hiena malhada (Crocuta
Crocuta crocuta),
crocuta zebra
(Equus burchellii) e o cudo (Tragelaphus
( strepsiceros), changos, cabrito vermelho e
cinzento, macaco (cinzento e simango),, civetas, impalas, imbabalas, cocones,
mabecos e facoceros.

Além da Reserva do Niassa, muitas outras porções do território registam a presença de


fauna bravia: toda a área de Sanga, desde Macaloge a Matchedje, as formações
montanhosas à volta do Lago Niassa
Niassa e a área que parte do sul de Marrupa, abrangendo
Nungo, Nipepe, Maúa e Metarica.

A estrada Mandimba Lichinga não atravessa nenhuma área de protecção de flora e


fauna. Conhece-sese uma rota de elefantes
elefantes entre Mambimba e Cuamba mostrada na
Figura 4.4 a seguir.

2
Esta informação baseia-se
se no Relatório Anual 2005, nos
nos Estudos de Cunliffe, 2006 e Rural Consult &
Agriconsulting, 2007.
3
Segundo Rural Consult & Indufor, 2005.
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Figura 4.4:: Principais rotas de Elefantes no norte de Moçambique

4.2 Caracterização Socioeconómica e Cultural


4.2.1 Contexto Administrativo da Área do Projecto

Conforme ilustrado na Figura 1, a estrada em estudo fica localizada na Província do


Niassa. O comprimento total da estrada é de 302 km, atravessando quatro distritos
Cuamba, Mandimba, Ngauma e Lichinga, e fazendo a ligação com a fronteira de
Moçambique com Malawi.

A estrada Cuamba-Mandimba
Mandimba-Fronteira
Fronteira com Malawi é uma componente importante
importa
no corredor de desenvolvimento do Nacala, uma vez que se liga as Províncias do
Niassa e Nampula. Alem disso, permite a ligação dos países do interior, Zâmbia e
Malawi a costa Moçambicana.

4.2.2 Demografia4

Segundo os resultados do Censo da população de 2007, a população de Niassa é de


1.055.482 habitantes. Os principais grupos etnolinguísticos do Niassa são os macua,
os nyanja, e os yaos.

Actualmente, encontra-se
encontra se o grupo macua nos distritos de Mecanhelas, Mandimba,
Majune, Cuamba, Metarica, Nipepe e Marrupa. Este grupo linguístico é o maior da
Província
rovíncia com cerca de 47.5% da população total.

4
Segundo dados do Censo de População e Habitação de 1997, Instituto Nacional de Estatística (INE)
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36

Os yao ou ajaua predominam na zona planáltica e montanhosa nos distritos de Sanga,


Lichinga, Mavago, Ngaúma, Mandimba e partes dos distritos de Lago, Majune e
Mecula. Estima-se
se que 223.411 habitantes da Província do Niassa (36,9%) falam a
língua yao.

Os nyanja estão concentrados junto a costa leste do Lago Niassa, concentrando-se


concentrando na
parte norte do distrito de Lago. Este grupo também se encontra nos distritos de
Mecanhelas e Mandimba, sendo composto por cerca de 50.884 habitantes (8,4% da
população total).

Grande parte da população pratica a religião islâmica (61,5%), existindo ainda


cristãos católicos (23,5%) e pequenas bolsas de praticantes de outras religiões cristãs
indeterminadas (6,2%) e protestantes/evangélicas (3,7%).

4.2.3 Educação

A educação é caracterizada por uma fraca cobertura da rede escolar, uma limitada
oferta de serviços básicos de educação e fraca capacidade de formação técnico
profissional. A taxa bruta
bruta de analfabetismo na província é excessivamente alta,
alcançando os 62.3%, sendo 79.2% nas mulheres e 44.5% nos homens.

A rede escolar do Niassa (Tabela 8) é composta por 876 escolas de todos os níveis e
subsistemas a rede serviu a 229.495 alunos em 2006.
2006. Em termos gerais, o número de
professores do EP1 cresceu em 52,15% de 1998 a 2005. A participação de mulheres
como professoras também regista um crescimento assinalável de 93,31%. A província
conta com um centro de formação de professores primários e dois Institutos de
Magistério Primário com um total de 717 e 512 estudantes respectivamente (Estudo
sobre o Zoneamento do Niassa, 2007).

No ensino superior verifica-se


verifica a expansão da Universidade Pedagógica, com a
introdução de cursos de bacharelato em História, Geografia, Química e Matemática. A
Universidade Pedagógica junta-se
junta se assim à Faculdade de Agricultura da Universidade
Católica de Moçambique (Cuamba) e Universidade do Lúrio.
Lúrio

4.2.4 Saúde

A situação da saúde na província do Niassa caracteriza-se


carac se por um crescimento de
doenças tais como a malária, doenças diarreicas, tuberculose e HIV/SIDA; por outro
lado começa a ganhar campo a emergência de doenças não transmissíveis como
cardiovasculares bem como os efeitos do trauma.

A mortalidade materna e infantil ainda se mostra bastante alta na província e


preocupante quando se identifica que, em alguns casos, com um sistema de saúde
melhor apetrechado poder-se-iam
poder evitar estas mortes.

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37

A taxa de prevalência do HIV/SIDA é de 11,1%, abaixo da média nacional (16,2%).


Associado ao HIV,
V, a tendência de evolução das infecções de transmissão sexual (ITS)
é preocupante.

Os distritos que se encontram nos eixos das grandes estradas da província bem como
aqueles que se localizam nas fronteiras com o Malawi e os centros urbanos
nomeadamente, Cuamba, Mandimba, Cidade e distrito de Lichinga, Marrupa e Maúa
são os que apresentam mais casos de ITS.

A Província
rovíncia conta neste momento com 137 unidades sanitárias das quais dois
hospitais (Hospital Provincial de Lichinga - HPL e Hospital Rural de Cuamba -
HRC), 46 centros de saúde e 89 postos de saúde (Tabela 7). Para além desta rede,
existem hospitais comunitários coordenados pela Comissão Diocesana da Igreja
Católica, num total de 42 postos. Todas as unidades sanitárias oferecem serviços
curativos com o HPL e HRC oferecendo serviços de especialidade de cirurgia,
medicina, ginecologia e obstetrícia, pediatria e ortopedia. Todas as unidades de saúde
das sedes distritais têm condições de internamento com maternidades. A rede sanitária
é, contudo, insuficiente
te para suprir as necessidades e encontra-se
encontra se distribuída de forma
não equilibrada.

Em termos de número de habitantes por unidade sanitária os distritos atravessados


pela N13 estão acima da média provincial (9.009) nomeadamente: a cidade de
Lichinga (17.748),
8), os distritos de Cuamba (16.980), Mandimba (15.424) e Ngaúma
(10.326). O mesmo se verifica na relação camas por mil habitantes: é mais alta em
Lichinga (1472) e nos distritos de Mavago (1345), Lago (0,706) e Ngaúma (0,678),
relativamente à média provincial
provincial (0,606). A relação habitantes/técnicos de saúde
passou de 4.394 em 2004 para 936 em 2006.

Embora nos seus esforço de reduzir as doenças provocada por consumo de água não
potável o governo esteja a melhorar o abastecimento de água potável com uma taxa de
cobertura de 64% em 2006, ainda há muita gente nas áreas rurais que consome água
não tratada dos rios e dos poços tradicionais.

4.2.5 Património Cultural

Fazem parte do acervo cultural do Niassa, as pinturas rupestres, os achados


arqueológicos, os monumentos
monumentos históricos, os factos e relatos da guerra de libertação
nacional que podem ser temas de documentos, livros, documentários cinematográficos
e registos audiovisuais, a arquitectura, a gastronomia, a música, a dança, as festas
tradicionais, os contos nativos,
nativos, o artesanato, o folclore local, em todas as suas
manifestações.

No troço Mandimba – Lichinga constatou-se


se a existência de alguns locais sagrados,
incluindo cemitérios (Figura 4.5) que provavelmente
vavelmente poderão ser afectados pelo
projecto.

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38

Outras propriedades que poderão ser afectadas incluem residências, pequenas lojas,
escolas, mercados, alguns jardins e culturas.

Figura 4.5 Cemitério na Faixa direita da Estrada em Mandimba

4.2.6 Agricultura

A agricultura é a principal actividade para a maioria das famílias rurais e estima-se


estima
5
que Niassa tenha 12,3 milhões de hectares de terras aptas para a agricultura, dos
quais 9,6 milhões com aptidão média a excelente.

A produção agrícola reflecte a distribuição da população,


população, sendo maior na área entre
Lichinga e Cuamba. É tradição em quase toda a província, a prática de agricultura de
subsistência, caracterizada por pequenas áreas de aproximadamente 1,6 ha em
sequeiro, e mudanças constantes de zonas de cultivo (agricultura
(agricultura itinerante), na maior
parte das vezes devido à redução da fertilidade dos solos.

A agricultura e um sector económico maior e importante que fornece culturas de


alimentos e de rendimentos para a maioria das pessoas na província.
província As principais
culturas alimentos produzidas e em pequenas áreas, são o milho, o feijão manteiga, a
ervilha, o girassol, o trigo, a batata, a soja, a mapira, o feijão nhemba e o gergelim.
Culturas de rendimento são o tabaco, algodão.

No sul da província as condições de acesso são relativamente boas, devido a sua


ligação ferroviária, alguns pequenos produtores cultivam gergelim para exportação
através das actividades das associações agrícolas. Em termos de fruteiras, encontra-se
a banana, manga, papaia, abacate e melão em pequena escala.

Para além do cultivo de culturas anuais a Província tem potencial para a prática de
actividades de silvicultura. Na parte norte da província,, as plantações industriais de
árvores têm sido cada vez mais desenvolvidas por por investimentos estrangeiros. A
colheita de árvores irá começar a partir de 2013 e os toross e produtos de madeira serão

5
Estudo sobre o Desenvolvimento Socioeconómico da Província do Niassa (1997-2005)
(1997
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39

exportados de Lichinga para Cuamba para chegar na linha férrea em Cuamba para
outras regiões , principalmente o porto de Nacala.

A Fundação
ção Malonda iniciou a promoção de investimento que abarcará uma área total
de 174 mil hectares, enquanto o Projecto Chikweti Forest of Niassa prevê ocupar uma
área de 100 mil hectares.

O Projecto Florestas de Niassa prevê ocupar uma área de 210 mil hectares,
hectar sendo 110
para plantação e os restantes para conservação. No troco entre Lichinga e Mandimba
é notaria a plantação de florestas representando uma fonte de rendimento
r para as
famílias através de emprego (Figura 4.6).

Figure 4.6 Uma faixa de Plantação de Árvores junto da Secção da EN13

Ao longo da EN13 foi constatado que em porções estreitas de terra com culturas
poderá se desenvolver um trabalho de limpeza, requerendo algumas compensações as
famílias afectadas.

4.2.7 Pecuária

Niassa tem um fraco desenvolvimento pecuário, com 7.850 bovinos, 286.081


caprinos, 41.361 ovinos, 28.296 suínos, 9 asininos e mais de 1.304.472 galináceos6,
quase na totalidade no sector familiar. O fraco desenvolvimento da bovinicultura tem
como causas principais a infestação
infestação elevada, de quase toda a província, de glossina
(mosca tsé-tsé),
tsé), infra-estruturas
infra estruturas públicas relevantes pouco desenvolvidas ou
inexistentes,, assim como a fraca qualidade das pastagens.

A comercialização das espécies pecuárias é feita de duas formas principais:


princi (i) através
de comerciantes ambulantes ou marchantes, que compram ao criador nas zonas rurais
6
Arrolamento geral do gado, realizado pelos Serviços Provinciais de Pecuária (SPP) do Niassa no ano de 2005
(Relatório Anual dos SPP Niassa).
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40

e apresentam o produto ao mercado consumidor e (ii) por contactos directos entre


consumidor e produtor.

Estima-se
se que a cidade de Lichinga tenha uma capacidade
capacidade de absorver entre 25 e
30.000 frangos por mês. A produção de frango de aviário global da província pode
estimar-se
se em cerca de 10.000 bicos por mês, insuficiente para abastecer o mercado
local e regional.. Há um mercado potencial para absorver aumentos de produção ou
novos empreendimentos nesta produção.

4.2.8 Actividades de rendimento

Niassa tem condições naturais propícias à prática de actividades pesqueiras (Tabela


5). A pesca de peixes ornamentais, com um mercado assinalável a nível internacional,
bem comoo a piscicultura, nomeadamente, a praticada em tanques flutuantes em
massas de água natural, tem grande potencial no Lago Niassa.

Estima-se em cerca de 6.000 o número de pessoas-pescadores,


pescadores, processadores,
processadores
carpinteiros navais e outros que depende, total ou parcialmente, da actividade
pesqueira ou de actividades a esta directamente associadas.

O sector industrial da Província de Niassa é pouco desenvolvido. Cerca de 63% das


unidades industriais se concentram em três distritos, nomeadamente Cidade de
Lichinga,
a, Cuamba e Mandimba.

4.2.9 Infra-estruturas

No contexto nacional, Niassa é das mais províncias desprovidas de infra-estruturas.


infra A
localização da Província
rovíncia é bastante remota em relação aos principais centros de
produção e de consumo do país, particularmente devido
devido à fraca interconexão das vias
de acesso e do sistema de transportes, o que resulta na precária integração da
província no mercado nacional. Por outro lado, sendo uma província de fronteira,
ganha papel de relevo no contexto de integração regional da África
África Austral.

A rede rodoviária do Niassa é formada por uma malha de estradas que cobre na
totalidade 7.690 km7, compreendendo estradas primárias (870 km), secundárias (1.420
km), terciárias (1.208 km), e não classificadas (vicinais, 4.570 km), em que se
destacam a estrada N 14,14 ligando Lichinga a Pemba, a N13,, que liga Lichinga a
Nampula, N 360, ligando Cuamba a Marrupa e a N 361, que liga Lichinga a
Metangula (Tabela 4.2).
4.2

A maior parte das estradas da Província de Niassa, nomeadamente as terciárias, são


sã de
terra batida. Em geral, a transitabilidade, entre Abril e Dezembro,
Dezembro pode ser
considerada como sendo razoável.

7
Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação do Niassa, Balanço de Actividades do 1º trimestre de
2007.
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41

Dos 7.690 km da malha viária de Niassa, 4.000 km estão em boas condições de


transitabilidade (52%), 2.072 km em estado razoável (27%), 1.576 em mau estado
(20%) e os restantes 1% são intransitáveis8.
Tabela4. 2: Rede viária do Niassa

Tipo de Estrada Extensão


Ext Boa Razoável Má Intransitável
(
(km) (km) (km) (km
km) (km)
Estradas 870 870
primárias
Estradas 1 042 537 62 407
secundárias
Estradas 1 208 750 111 305 42
terciárias
Estradas não 4 570 1 807 1 899 864
classificadas
(vicinais)
TOTAL 7 690 4 000 (52%) 2 072 (27%) 1576
576 (20%) 42 (1%)
Fonte: DPOPH Niassa, Balanço do 1º Trimestre de 2007

8
Intransitáveis por falta de ponte e da conclusão da reabilitação do troço Mandimba-Lago
Mandimba Lago Amaramba
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42

5 DESCRIÇÂO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO


MITIGA

5.1 Metodologia de Avaliação dos Impactos Ambientais

Os potenciais impactos ambientais previstos como estando associados ao projecto são


apresentados a seguir e foram identificados durante o processo de avaliação realizada
com
om base nos pressupostos ambientais e sociais,, descritos no capítulo 4 que poderão ser
afectados pelas actividades de construção e operação. Estes estão organizados em
grupos temáticos de forma a facilitar a discussão e no final de cada impacto apresenta-
apresenta
se a respectiva medida de mitigação recomendada.

Apenas dois cenários foram considerados para avaliação dos impactos ambientais do
projecto, designadamente “sem projecto” e implementação do projecto de reabilitação
da estrada EN13 (Mandimba Lichinga).

O cenário de não implementação do projecto implica ao estado actual da estrada


descrito na situação de referência do projecto. Esta condição está fora da hipótese,
hipótese pois
existem planos do governo para reabilitação do estrada.

A implementação do projecto consiste em limpar 9 m laterais,, representando um total


de 18m de largura.. O efeito da aplicação da presente subopção é que as aldeias e
cidades principais na área do projecto serão excluídas. Ao mesmo tempo, os custos de
compensação será moderado.

A análise e avaliação dos impactos do projecto foram baseadas na significância da


escala de classificação dos impactos ambientais apresentada na Tabela 5.1, que foi
também usada para a sua caracterização.

Tabela 5.1.. Resumo das Convenções Usadas para a Avaliação dos Impactos

Adjectivo descritivo Definição


Estatuto: Natureza do Impacto
Positivo Uma mudança ambiental benéfica
Negativo Uma mudança ambiental adversa
Extensão: A área afectada pelo impacto
Local A área da intervenção do projecto
Sub-regional Os distritos circundantes
Duração O período durante o qual os impactos irão continuar
Curto prazo Dentro dum período de 6 meses
Médio prazo Num período de 6 meses a 2 anos
Longo prazo Para todo o tempo de vida do projecto
Intensidade; A gravidade do impacto no local
Baixa Impacto de baixa gravidade – efeitos menores
Média Gravidade média – efeitos maior
Alta Impactos de alta gravidade
Probabilidade: Descrição da probabilidade da ocorrência do Impacto
Definitiva Definitiva
Altamente provável Muito provável
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43

Provável Uma possibilidade distinta


Improvável A ocorrência não é provável
Significância: Importância natural ou social sobre o meio ambiente
Nenhuma Não exige mais investigação, nem mitigação ou gestão
Baixa Os impactos são geralmente de curto prazo
Media Exige mitigação e gestão para reduzir os efeitos a níveis
aceitáveis
Alta Deve influenciar uma decisão sobre o projecto se o
impacto não poder ser mitigado ou gerido

O resumo da caracterização dos impactos do projecto está apresentado nas


na Tabelas 5.2
e 5.3 (fase de construção e operação do projecto).

A maioria dos impactos negativos estão associados à fase de construção, enquanto os


positivos estão confinados à operação. Com a implementação das medidas de mitigação
durante a reabilitação da EN13,
EN13, a magnitude dos impactos negativos vai diminuindo e
torna-se estável durante a fase de operação.

O estudo não considerou a avaliação de impactos na fase de desactivação do projecto


devido ao largo horizonte de tempo,
tempo, assim como da possibilidade de remodelação e
ampliação das da estrada,
estrada com o decorrer do tempo.

5.2 Impactos, no Meio Biofísico,


Biofísico Fase de Construção

5.2.1 Degradaçãoo da Qualidade do ar

A fase de construção será responsável pela degradação da qualidade do ar associada as


actividades de movimentação de terras (operações de terraplanagem), circulação de
veículos em estradas não pavimentadas, desmatação para diversos efeitos (construção
de vias de acesso, estaleiros, circulação de equipamentos, etc.), carga e descarga de
terras e materiais de construção, funcionamento de centrais de preparação e aplicação
de asfalto betuminoso, funcionamento de veículos e maquinaria diversa poderão
provocar
rovocar aumento da emissão de partículas e poeiras, assim como emissão de
compostos orgânicos voláteis e gases de combustão e partículas para atmosfera.
atmosfera Espera-
se um impacto negativo, localizado,
localizado, de média significância e intensidade.

Medidas de Mitigação

Evitar a instalação de estaleiros de apoio a obra em zonas próximas de habitações e de


infra-estruturas
estruturas com outras utilizações sensíveis.

Nos períodos mais secos do ano deverão ser adoptadas medidas suplementares, tais
como aspersão controlada de água nos caminhos de circulação de maquinaria e outros
locais de geração acentuada de poeiras

Os equipamentos móveis a utilizar devem encontrar-se


encontrar se em boas condições de operação,
obedecendo às normas internacionais que regulam a quantidade de gases a emitir por
veículos pesados.
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A central de betão deverá possuir dispositivos de retenção de poeiras e evitar queimar


vegetação e resíduos.

As operações de carregamento de materiais por veículos deverão ser realizadas


cuidadosamente no sentido de evitar a queda de terras para zonas pavimentadas,
procedendo-se
se a rápida limpeza do pavimento sempre que acidentalmente ocorra a
queda do material (terras).

Os acessos deverão ser mantidos limpos,


limpos, incluindo os pneumáticos de máquinas e
veículos pesados, e revegetar
evegetar logo que possível as áreas desmatadas ou alteradas,
incluindo as câmaras de empréstimo de materiais de construção.

Condicionar as actividades envolvendo a mobilização e transporte de terras em


situações de vento forte entre 20-30
20 km/hora.

5.2.2 Contaminaçao do Solo


olo

A contaminação
ontaminação do solo poderá resultar de vazamentos de combustível e óleo de
máquinas e veículos; e derramamentos durante
d operações de manutenção do veículo. A
contaminação do solo resultará
resultar também da gestão deficiente de resíduos e descargas de
óleo de manutenção das da plantas e veículos,, representando um impacto negativo
significativo, localizado, prevendo-se
prevendo se que seja de baixa intensidade, com a aplicação
das medidas de mitigação ão propostas a seguir.

Medidas de Mitigação

Assegurar a localização correcta das centrais de fabrico de materiais, acampamentos e


estaleiros, áreas de abastecimento de combustível e locais de extracção de materiais de
construção (saibreiras, pedreiras, etc.) de modo a evitar áreas susceptíveis a
contaminação dos solos e recursos hídricos.

Todas as operações de manutenção da maquinaria e veículos serão realizadas em local


impermeabilizado dentro da área do estaleiro, e os subprodutos
subprodutos dessas operações serão
armazenados em recipientes estanques e depois encaminhados para destino final
adequado, privilegiando-se
privilegiando a sua reciclagem.

A área de armazenamento de produtos e o parque de estacionamento de viaturas devem


ser drenados para uma bacia de retenção, impermeabilizada e isolada da rede de
drenagem natural para evitar que os derrames acidentais de óleos e combustíveis
contaminem solos e recursos hídricos na envolvente. A bacia de retenção deve possuir
um separador de hidrocarbonetos.

No caso de derrame acidental de substâncias contaminantes a área deverá ser


delimitada e as substâncias imediatamente recolhidas; e os solos sujeitos a remediação
através de técnicas apropriadas, ou totalmente removidos e transportados para local
apropriado onde o seu impacto é mínimo ou total ou parcialmente nulo.
nul

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5.2.3 Erosion dos Solos


A erosão dos solos poderá ocorrer por causa da perturbação física do solo causada pela
preparação da terra e diversas actividades de construção nomeadamente escavações
abertas e desprotegidas sujeitas a inundações durante o período chuvoso, remoção da
vegetação para facilitar a instalação de infra-estruturas.
infra Este impacto é provável, de
baixa a média intensidade e de significância alta.

Medidas de Mitigação

Reduzir ao mínimo as áreas com solos descobertos e limitar a exposição dos solos
soltos, principalmente no período das chuvas.

A área de trabalho deverá ser limitada ao estritamente necessário. O empreiteiro deverá


proteger as áreas susceptíveis a erosão, quer ao longo do traçado
açado da estrada, quer em
zonas de trabalhos temporários com uma camada matéria vegetal.

Deverá ser implementadas medidas de gestão adequadas da camada


cam da superficial do solo
e reutilizar na reabilitação de áreas alteradas.

Construir muros de arrimo para incluir em solos soltos e cortes de terreno com declives
acentuados.

5.2.4 Degradação dos Recursos Hídricos

A fase construção e reabilitação da estrada será responsável pela degradação da


qualidade das águas superficiais e subterrâneas devido
de ao manuseamento incorrecto
e/ou derrame deliberada e/ou acidental poluentes (gasolina, diesel, óleo e lubrificantes).
Em zona declivosas, as aguas das chuvas podem arrastar consigo sedimentos até
alcançar as linhas de água,
água alterando a qualidade das águas superficiais. Trata-se de um
impacto temporário, de intensidade baixa a média,, dependendo da sensibilidade da
área.

As águas residuais geradas a partir de plantas de processamento de betão, lavagem da


maquinaria, estaleiros e acampamentos podem ser responsáveis por alterações
significativas na qualidade dos corpos de água receptores de refluentes,
refluentes caso sejam
descarregadas directamente
tamente sem prévio tratamento, resultando em impactos de
significância e magnitudes altas.

Medidas de Mitigação

Não deverá ser permitido o escoamento de águas turvas, ou realizar descargas


descontroladas provenientes
nientes das áreas de trabalho (incluindo
( aguas de lavagem) para os
cursos das águas adjacentes e/ou corpos de água.

Deverão ser estabelecidas medidas especificas de controlo e gestão das águas residuais
e/ou contaminadas no local, incluindo instalação de um depósito apropriado para

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46

armazenamento de águagua contaminada (principalmente quando for água contaminada


por hidrocarbonetos e substâncias perigosas).

Os estaleiros e acampamentos devem ter instalações sanitárias e sistemas de


saneamento e tratamento de esgotos.

A água contendo poluentes como cimento,


cimento, betão, cal, químicos e combustíveis deverá
ser descarregada num tanque para remoção posterior do local. Isto aplicar-se-á
aplicar
particularmente para a água que emana
emana cargas e baldeamento de betão e de forma
alguma descarregada no sistema de esgotos das vilas.

Os óleos, lubrificantes, tintas, colas e resinas usados devem ser armazenados em


recipientes adequados e estanques, para posterior envio a destino final apropriado,
preferencialmente a reciclagem.

A mudança de óleo das viaturas e máquinas deverá ser exclusivamente


exclusivamente realizadas a
nível das instalações fixas, com zonas de manuseamento de carburantes e lubrificantes.
Estas zonas deverão ser devidamente impermeabilizadas e equipadas com dispositivos
de recuperação dos óleos.

A área de armazenamento de produtos e o parque de estacionamento de viaturas devem


ser drenados para uma bacia de retenção, impermeabilizada e isolada da rede de
drenagem natural, de forma a evitar que os derrames acidentais de óleos e combustíveis
contaminem solos e recursos hídricos na envolvente.
envolvente. A bacia de retenção deve possuir
um separador de hidrocarbonetos.

No caso de se verificar a existência de materiais de escavação contaminados,


contamina estes
devem ser armazenados em local que não permita a contaminação das linhas de
drenagem, mesmo com ocorrência de precipitações.

5.2.5 Impactos do Ruído e Vibração


V no Ambiente
Os principais locais de emissões sonoras e vibrações estão associados as áreas de
execução das obras e ocorrerá principalmente durante um determinado período de
tempo. O ruído e as vibrações
vibrações serão produzidos durante as actividades de obras
resultante da utilização de equipamentos tais como compressores, compactadores,
perfuradoras, martelos pneumáticos e betoneiras e circulação de veículos pesados. Um
impacto negativo, de ocorrência certa, de significância e intensidades médias,
localizado e temporário, com consequências baixas se for mitigado convenientemente.

Medidas de Mitigação

Devem ser escolhidos os percursos mais adequados para o transporte de equipamentos


e materiais de/para o estaleiro e para áreas de outros serviços, evitando-se
evitando no máximo a
passagem no interior das áreas residenciais ou de aglomeração de pessoas.

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Assegurar que são utilizados equipamentos e métodos de construção que originam


menor ruído possível. Deverá igualmente
igualm assegurar-se
se que o equipamento encontra-se
encontra
em bom estado de conservação/manutenção e dentro dos parâmetros aceitáveis pela
legislação aplicável, assim como pelos seus fabricantes.

Deverá ser assegurada a manutenção e revisão periódica de todas máquinas


máquina e veículos
afectos à obra, de forma a manter as normais condições de funcionamento e
cumprimento das normas relativas a emissão de ruído e vibração.

Garantir que as operações mais ruidosas realizadas na proximidade de habitações e


outros locais de receptores
tores sensíveis se restringem ao período diurno.

Em escolas, hospitais e outras áreas sensíveis ao ruído, deverá comunicar-se


comunicar as partes
afectadas antes de início das actividades de construção. Algumas actividades
excessivamente ruidosas poderão ter lugar fora
fora do período normal das aulas.

5.2.6 Perda e/ou Perturbação


erturbação da Vegetação e de Habitats para a Fauna
auna
A fase de construção e reabilitação da estrada está associada, embora de forma limitada,
a desmatação, limpeza e movimentação de terras para a construção da estrada, est
relacionados não só com a construção propriamente dita da estrada, mas também com
desvios de acesso, áreas de empréstimo de materiais de construção (pedreiras, saibreiras
áreas de armazenamento de materiais para a obra.

Na presente situação, o facto de se tratar de reabilitação da estrada sobre um traçado


existente, minimiza por si só os potenciais impactos normalmente decorrentes da
construção de um novo traçado.

Os trabalhadores do projecto poderão também aumentar a pressão sobre os recursos


naturais devido a competição pela lenha, produtos florestais e fauna, o que poderá
resultar em conflitos com as comunidades locais. Trata-sese de um impacto negativo, de
ocorrência provável, de baixa intensidade e significância média,, de escala regional.

Medidas de Mitigação

A construção de infra-estruturas
estruturas do projecto será realizada em locais desprovidos e/ou
escassas de vegetação e de habitats sensíveis, assim como estritamente localizadas
dentro dos limites de serviços.

Não deverão utilizar-se


se como áreas
áreas de trabalho ou de circulação de veículos os terrenos
limítrofes.

As áreas desmatadas deverão ser revegetadas com vegetação nativa de modo a manter a
integridade dos ecossistemas, assim como replantação das espécies importantes da flora
ao longo do traçado.

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Deverão ser tomadas medidas específicas para prevenir a propagação de incêndios das
florestas causadas pelas actividades do projecto. As medidas incluirão instrução para
todos os trabalhadores a cerca dos riscos de incêndios, assim como consciencializados
com respeito a perturbação da vegetação.
vegetação

5.3 Impactos no Meio Socioeconómico

5.3.1 Oportunidades de emprego

A criação de oportunidades de emprego para os locais é uma expectativa por parte dos
residentes locais, que são escassas na região. O salário constituirá uma fonte de
aquisição de rendas familiares adicionais, facto que contribuirá para aumento do poder
de compra, melhorando o bem-estar
bem estar das famílias, especialmente quando estas são
chefiadas por mulheres, que tendem a canalizar fundos para garantia
garant do bem-estar da
família com mais is frequência do que os homens, constituindo um impacto de ocorrência
certa, positivo de significância e intensidade media.

A presença de trabalhadores de construção da estrada vai certamente criar igualmente


oportunidades de negócios para os residentes locais, principalmente para venda de
produtos como comida, bebidas e produtos agrícolas, beneficiando os seus praticantes,
muitas vezes do sexo feminino, representando um impacto positivo de elevada
significância e intensidade
intensida média, que permanecerá a longo dos 36 meses das obras,
obras
atendendo ao reforço do rendimento à escala regional, o que representa um impacto
positivo, de significância e intensidade média para os locais.

Medidas de Potenciação

Deverá ser empregada, sempre que


q possível, a mão-de-obra
obra de origem local tomando
em consideração a questão do género.

Providenciar-se
se informação sobre o número de vagas de trabalho disponível e as
qualificações requeridas.

5.3.2 Perda de Acesso a Terra e Área de Interesse


O projecto irá ocupar de forma temporária ou permanente espaços que poderão afectar
elementos com importância comunitária ou particular de acesso ou utilização pelas
comunidades locais.. As necessidades de reassentamento e compensação serão ao longo
dos 18 metros da largura.

Já no que diz respeito ao comércio informal (vendedores de rua) que geralmente


instalam-se ao longo das margens da estrada por onde haverá obras de reabilitação,
estes, deverão cessar as suas actividades naqueles locais ou deslocar-se
deslocar para outros
locais principalmente durante o período das obras. Alguns destes vendedores possuem
bancas simples construídas em madeira com 1 ou 2 m2 que, de forma similar deverão
ser temporariamente deslocadas para outros locais.

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Este impacto negativo considera-se


conside se como sendo de ocorrência certa que poderá causar
efeitos de magnitude e significância moderadas,
moderadas, localizados, independentemente da
medida de mitigação a ser implementada.

Medidas de Mitigação

Deverá ser elaborado um plano de reassentamento e compensação


compensação que fará descrição
exacta das infra-estruturas
estruturas e bens afectados,
afectados, como será conduzido o processo de
reassentamento, incluindo as medidas de monitorização. Por outro lado, a questão da
circulação da informação com todos afectados e interessados é crucial.
crucial É importante
referir que a elaboração do PAR e sua implementação será baseada nas directrizes do
BM sobre o reassentamento involuntário.

As comunidades e as autoridades deverão ser informadas sobre o plano de trabalho 5


dias antes do inicio das obras num determinado local.

Assegurar que os caminhos ou acessos alternativos não fiquem obstruídos ou em más


condições de transitabilidade, possibilitando a sua normal utilização por parte da
população loca e outros utentes.

5.3.3 Propagação de Doenças


oenças de Transmissão Sexual e SIDA
Grande parte da mão-dede-obra será recrutada
utada no local. Contudo, uma parte poderá ser
recrutada fora do local e alojada em acampamentos do projecto ocasionando relações
sexuais ocasionais. A venda de álcool nas proximidades do local da obra propicia ainda
mais ocorrência deste fenómeno social desadequado. O impacto destes comportamentos
desadequados será mais significativo nas mulheres que se envolverem nesta prática,
facto que poderá contribuir para aumento do número de mulheres a criarem
c os seus
filhos sozinhos (mães solteiras).

Esta situação poderá contribuir para aumento dos níveis de infecção pelo ITS, incluindo
HIV e SIDA, podendo ser mais agravante nas mulheres, pois de acordo com os dados
do INSIDA 2009, apesar de as mulheres mostrarem maior conhecimento em relação ao
HIV e SIDA, são as que mais casos de infecção apresentam quando comparado com os
homens. De acordo com os vários estudos realizados pelas organizações da sociedade
civil que trabalham na área de HIV e SIDA no País,, o fraco poder económico da mulher
tem sido um dos factores que aumenta a vulnerabilidade da mulher à infecção pelo
vírus, visto que reduz a sua capacidade de negociação para o uso do preservativo.

O aumento de níveis de prevalência poderá contribuir para


para o aumento de crianças órfãs
e vulneráveis e ainda reduzir o poder económico das famílias visto que caso não
tenham assistência médica adequada as pessoas infectadas tanto homens assim como
mulheres poderão estar impossibilitadas de desenvolver as suas actividade
actividade económica,
afectando gravemente as condições de vida das suas famílias. Este impacto negativo, de
ocorrência certa poderá causar efeitos significativos de média intensidade, localizados e
com consequências graves.
graves

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Medidas de Mitigação

É importante que os trabalhadores sejam devidamente informados sobre ITS e HIV e


SIDA, por essa razão recomenda se que sejam contratada uma entidade especializada
em assuntos relacionados com a prevenção para promover campanhas de sensibilização
dos trabalhadores e população
pulação vizinha.

A actividade de sensibilização deverá fazer o uso do material apropriado tal como


painéis, meios audiovisuais, projecção de filmes, palestras, acessórios publicitários,
etc., o material deverá abordar questões relacionados com os riscos de
d transmissão de
doenças infecto-contagiosas,
contagiosas, incluindo o SIDA. Por outro lado, deverão ser
disponibilizados preservativos
preservativo em locais ou instalações fixas ou móveis.

5.3.4 Impactos na Seguranca Rodoviaria


O trânsito de máquinas e viaturas ligadas à execução das obras irá aumentar o risco de
acidentes com pedestres. A existência de áreas não sinalizados ou com sinalização e
iluminação deficientes poderá perigar
perig a circulação de viaturas e peões, assim como a
segurança e a saúde públicas.
públicas Um impacto negativo, de ocorrência provável, de
significância alta e baixa intensidade.

Medidas de Mitigação

As empresas envolvidas na obra deverão respeitar rigorosamente a legislação em vigor


sobre segurança no trabalho e impor o seu cumprimento em todos os locais de trabalho
perigoso,, em especial no que se refere à obrigatoriedade de utilização de equipamento
de segurança como o caso de: capacete de protecção, capacete anti-ruído,
anti protectores
dos ouvidos, luvas, botas, fato-macaco,
fato roupas fluorescentes, etc.

As máquinas e viaturas deverão igualmente ser equipadas com dispositivos de


segurança adequados.

O local de obras e estaleiros deverão estar equipados de material de primeiros socorros,


e em caso de acidentes os sinistrados ou em caso de doentes deverão
deverão ser transportados
em veículos seguros e cómodos. A empresa deverá igualmente adiantar as despesas de
saúde para garantir o cuidado imediato do pessoal passivo pelas estruturas sanitárias.

O empreiteiro deverá sinalizar todos os locais das obras,


obras e a circulação
irculação regulamentada
através de porta-bandeiras.
bandeiras.

Limitar a velocidade para 50 km/hora nas sedes dos distritos, assim como nos locais de
grandes assentamentos populacionais.

5.3.5 Conflitos sociais

A fase operacional da estrada poderá condicionar maior influxo de pessoas para


assentamentos localizados ao longo da estrada e provocar conflitos sociais. Esses
conflitos poderão estar relacionados com o acesso e uso de recursos naturais, bem como
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emprego e serviços básicos e aumento de criminalidade e prostituição e


consequentemente um aumento da prevalência de HIV e SIDA e ITS. Um impacto
provável de significância e intensidade médias.

Medidas de Mitigação

Deverão ser incrementados os serviços sociais tais como escolas, hospitais, de acordo
com as necessidades emergentes, assim como campanhas de sensibilização de
HIV/SIDA e ITS das comunidades locais com o apoio da ANE em coordenação com as
autoridades sanitárias e as Comissões de Luta contra o SIDA.

Policiamento ao longo da estrada nas


n vilas dos Distritos e nos principais assentamentos
populacionais.

5.3.6 Impactos no Patrimonies Cultural

Foram identificados locais sagrados,


sagrados, constituídos na sua maioria por cemitérios, dentro
do limite da reserva da Estrada. A reabilitação da estrada poderá ter um impacto
negativo se oss locais forem deslocados,, devido a razões de segurança das pessoas que o
visitam por altura da realização de cerimónias. EstesEst locais constituem
constitu património
cultural de maior importância para as populações locais, pelo que a sua afectação
constituiria um impacto muito significativo do projecto.

Medidas de Mitigação

Durante a fase de concepção e subsequentemente durante a fase de construção, deverão


deverã
ser envidados todos os esforços para não remover
remove os locais sagrados localizados ao
longo da estrada.

Deverão ser disponibilizados tempo e recursos suficientes para as famílias expressarem


os seus desejos e serem ajudadas a escolher os locais de transladação
transladação e levar a cabo as
cerimónias tradicionais necessárias.

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Tabela 5.2: Resumo de Avaliação dos Impactos Ambientais na Fase de Construção/Reabilitação do Projecto

Classificação dos Impactos

Carácter Probabilidade Significância Intensidade Duração Extensão


Meio Ambiente

Potencial Impacto

Médio prazo

Longo prazo
Curto prazo
Improvável

A Provável

Moderada
Provável

Regional

Nacional
Negativo
Positivo

Media
Certa

Baixa

Baixa

Local
Alta

Alta
Degradação da qualidade do ar x x x x x x
Contaminação do solo x x x x x x
Erosão dos solos x x x x x x
Impactos Biofísicos

Degradação das águas superficiais x x x x x x


Degradação das águas subterrâneas x x x x x x
Impactos no ruído e vibração x x x x x x
Perda e/ou perturbação de habitats para a fauna x x x x x x
Perturbação da paisagem x x x x x x
Oportunidades de emprego x x x x x x
Oportunidades de negócios x x x x x x
Impactos Socioeconómicos

Propagação de doenças infecto-contagiosas e HIV e SIDA x x x x x x


Perda de acesso de terra e áreas de interesse x x x x x x
Impactos na segurança rodoviária x x x x x x
Conflitos sociais x x x x x x
Impactos na saúde e segurança dos trabalhadores x x x x x x
Impactos no património cultural x x x x x x

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5.4 Impactos, no Meio Biofísico,


Biofísico Fase de Operação e Manutenção

5.4.1 Degradação da Qualidade do ar


Uma vez que a estrada será pavimentada espera-se
espera se a redução de poeiras resultantes da
circulação. Contudo, serão gerados impactos negativos na qualidade do ar associados a
exploração da estrada devido ao aumento das emissões de poluentes atmosféricos
resultantes da queima de combustíveis fósseis nos motores, bem como do desgaste de
travões e pneus. Efectivamente, esta fase do estado do projecto espera-se
espera um aumento
da intensidade de tráfego,
tráfego assim como das velocidades médias de circulação dado às
melhores condições da estrada, factores a que está associado, naturalmente, um
acréscimo das emissões poluentes correspondentes a um m impacto negativo, de reduzida
a média magnitude e significância a longo prazo.

Medidas de Mitigação

As autoridades competentes deverão intervir no sentido de manter uma vigilância sobre


o estado das
as viaturas com mais tempo de vida, responsáveis pela maior emissão de
poluentes do ar.

5.4.2 Impactos do Ruído e Vibração no Ambiente

A melhoria das condições do pavimento,, permitindo um maior volume de tráfego,


induzirá impactos sobre o ambiente sonoro, que se classificam, em geral, negativos,
certos, directos, locais, permanentes, irreversíveis e, em parte, minimizáveis. Portanto,
a fase de exploração esta associada ao ruído emitido pelo tráfego que circulará na
estrada após a sua reabilitação. Efectivamente, o ruído de tráfego rodoviário será de
carácter permanente proveniente da passagem dos veículos.

Medidas de Mitigação

As medidas de mitigação poderão passar pela adopção de pavimentos porosos, os quais


permitem minimizar o ruído gerado no contacto do pneu com a estrada. Podem ainda
ser adoptadas medidas relacionadas
relacionadas com o controlo da velocidade de circulação, tendo
em vista controlar os níveis de ruído emitidos.

As outras medidas de mitigação a adoptar assumem a forma de barreiras acústicas


naturais,, nomeadamente árvores.

5.5 Impactos, no Meio Socioeconómico,


Socioeconómico Fase de Operação e Manutenção

5.5.1 Oportunidades de emprego

Espera-se que as actividades de operação e manutenção da estrada venha ser feita por
empresas que continuarão a envolver trabalhadores locais,
locais, representando um aumento
de oportunidades de emprego, que
qu são escassas na região. A melhoria da estrada vai
igualmente aumentar as oportunidades de emprego através de estabelecimentos de
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projectos ao longo da estrada e melhoria da economia local, constituindo um impacto


positivo de significância e intensidade médias e de longo prazo.

Medidas de Potenciação

Deverá ser empregada, sempre que possível, a mão-de-obra


mão obra de origem local e
incentivada por comida pelo trabalho.
trabalho

5.5.2 Melhoramento de acessos a bens e serviços de circulação

A reabilitação da estrada irá certamente melhorar o acesso da população local aos


serviços públicos (educação, saúde, transporte,
transporte etc.),
), assim como escoamento de
produtos.. A melhoria da estrada ira certamente impulsionar ao governo e as ONGs a
investirem em programas de reforço de infra-estruturas
infr estruturas e equipamentos sociais, uma
vez que será facilitado o transporte para obras de construção,, reabilitação e/ou
manutenção. Este impacto é muito provável, de significância e magnitude elevadas.

A melhoria da circulação rodoviária terá implicações


implicaçõe indirectas positivas na melhoria
da economia da região decorrente da possibilidade de escoamento de produtos
agrícolas, bem como na melhoria das condições de transporte de mercadorias,
principalmente para os Distritos atravessados pela estrada e consequente
conseque redução da
pobreza regional.

Medidas de Potenciação

O Governo provincial deverá fazer esforços para reabilite as estradas terciarizais e


vicinais que cruzam a EN13 de forma a obter benefícios acrescidos sobre o projecto,
principalmente no que diz respeito a contribuição do comercio rural, constituindo
importantes vias de circulação de produtos dos camponeses e para outras explorações
industriais e semi-industriais
industriais (madeira, algodão, etc.).
et

A reabilitação deve incluir a construção de paragens de transportes públicos e incluir


sombras ou abrigos de chuvas nos locais de espera.

5.5.3 Conflito sociais

A fase operacional da estrada poderá condicionar maior influxo de pessoas para


assentamentos localizados ao longo da estrada e provocar conflitos sociais. Esses
conflitos poderão estar relacionados com o acesso e uso de recursos naturais, bem como
emprego e serviços básicos e aumento de criminalidade e prostituição e
consequentemente um aumento da prevalência de HIV e SIDA e ITS. ITS Um impacto
provável de significância e intensidade médias.

Medidas de Mitigação

Deverão ser incrementados os serviços sociais tais


tais como escolas, hospitais, de acordo
com as necessidades emergentes, assim como campanhas de sensibilização de

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HIV/SIDA e ITS das comunidades locais com o apoio da ANE em coordenação com as
autoridades sanitárias e as Comissões de Luta contra o SIDA.

Policiamento
ciamento ao longo da estrada nos principais assentamentos populacionais.

5.5.4 Impactos na saúde e segurança rodoviária

Na fase de operação da estrada o risco de acidentes poderá aumentar se não forem


tomadas medidas adequadas resultante do excesso de velocidade e/ou desrespeito pela
sinalização, principalmente nos principais centros de concentração populacional e
escolas ao longo da estrada, constituindo um impacto negativo, de alta significância.

Medidas de Mitigação

Sinalização do limite de velocidade, lombas e informar


informa aos utentes da estrada, quer
motorizas, quer peões.

Limitação da velocidade em locais adequados de modo a minimizar o risco de acidentes


por atropelamento, devendo ser monitorizados os locais de acidentes e seleccionados
outros para intervenção.

Deverá ser desencorajado o estabelecimento de vendedores informais nas bermas da


estrada reabilitada. Deverão ser levadas a cabo actividades de manutenção regular da
estrada de modo a evitar o aparecimento de condições perigosas
perigosas para os utentes da
estrada, incluindo os pedestres.

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Tabela 5.3: Resumo de Avaliação dos Impactos Ambientais na Fase de Construção do Projecto

Classificação dos Impactos

Carácter Probabilidade Significância Intensidade Duração Extensão


Meio Ambiente

Potencial Impacto

Médio prazo

Longo prazo
Curto prazo
Improvável

A Provável

Moderada
Provável

Regional

Nacional
Negativo
Positivo

Media
Baixa

Baixa
Certa

Local
Alta

Alta
Impactos
Biofísicos

Degradação da qualidade do ar x x x x x x

Impactos no ruído e vibração x x x x x x

Oportunidades de emprego x x x x x x
Oportunidades de negócios x x x x x x
Socioeconómicos

Melhoramento de acessos e bens e serviços de circulação x x x x x x


Impactos

Propagação de doenças infecto-contagiosas e HIV e SIDA x x x x x x


Conflitos sociais x x x x x x
Impactos na saúde e segurança rodoviária x x x x x x

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6 CONCLUSOES E RECOMENDACOES

6.1 Conclusões

A reabilitação da estrada entre Mandimba – Cuamba – Lichinga, incluindo a construção


da secção de estrada junto a fronteira com o Malawi, na Província de Niassa irá
certamente introduzir grandes benefícios em termos de transitabilidade rodoviária,
durante todo o ano, e facilitará a integração da República de Moçambique na região da
SADC, principalmente nasn ligações aos países vizinhos como,, por exemplo, o Malawi e
Zâmbia.

A reabilitação da estrada vai igualmente introduzir grandes benefícios em termos de


acesso a infra-estruturas
estruturas sociais (tais como escolas, postos de saúde e mercados),
mercados) assim
como redução dos custos e tempo de viagem e melhoria no escoamento de produtos pro
agrícolas, entre outros bens.
bens

Alguns impactos positivos indirectos associados à reabilitação da estrada incluem um


maior investimento, por parte do Governo e ONGs, em programas de reforço de infra-
infra
estruturas, a melhoria da economia da região devido a uma melhor circulação viária,
resultando em maiores oportunidades de emprego e ainda servirá de incentivo a
projectos agrícolas e consequentemente de agro-indústrias,
agro indústrias, dadas as excelentes
condições para a prática de agricultura.

A implementação do projecto
project terá impactos positivos temporários associados a fase de
construção derivados das oportunidades de emprego na obra e consequente aumento da
renda das respectivas famílias, a dinamização da produção agrícola e pequenos
negócios para servir os trabalhadores
trabalhadore do empreiteiro. Haverá assim impactos
socioeconómicos positivos directos e indirectos significativos, quer ao nível da
população que habita na envolvente da estrada EN13,
N13, como ao nível distrital.

O facto dee se tratar de uma estrada existente prevê-se impactos negativos ambientais
mínimos comparativamente a uma estrada toda nova. O ambiente encontra-se
encontra alterado
principalmente por acção do homem,
homem contudo deve ser evitado o seu agravamento com
o alargamento da estrada estimado em 18 m largura.
largura Ainda permanecem
manecem áreas com
vegetação e paisagem naturais que devem ser preservadas.

A estrada atravessa um elevado número de povoações, com estruturas de habitação e


comércio situadas na área de reserva que serão consequentemente afectados
negativamente. Daí que os o impactos negativos
egativos com maior realce são, sem dúvida, a
destruição de habitações e estruturas associadas e infra-estruturas
infra estruturas sociais, terrenos
agrícolas e árvores nas bermas e nas saibreiras,
saibreiras etc.

Para minimizar os efeitos adversos associados a afectação dessas infra-estruturas


infra será
elaborado um PAR a ser baseado nas Directrizes do Banco Mundial sobre
Reassentmentos involuntários.

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6.2 Recomendações

Com base nos resultados deste estudo e as observações, as seguintes recomendações


são feitas.

• As medidas de mitigação
mitigação recomendadas neste relatório deve ser totalmente
implementado para evitar ou manter os impactos previstos negativos no nível mais
baixo. Em particular, os impactos deve ser dada toda a atenção;

• Todos os impactos que exigem solução de engenharia e gestão têm de ser


incorporados no projecto detalhado e especificação para as obras de construção;

• A planificação e consulta sobre a aquisição de terras,


terras, assim como a indemnização
deve continuar com a plena
ple participação da comunidade afitada e do consenso deve
ser alcançado com a aquisição de terras da comunidade antes e compensação. Os
DCs, Departamento de Terras, o Cliente Cliente e as comunidades afitadas devem
participar nestas consultas, liderada pelo Cliente ou seu consultor;

• Todas as actividades de aquisição de terrenos e compensações devem seguir as


recomendações
dações deste relatório e do RAP. De igual modo, as pessoas afectadas
devem ser adequadamente e de forma justa compensadas, de acordo com as
recomendações do RAP;

• Custos das medidas de mitigação, para ter-se


ter se em processo de construção devem ser
incluídas nos documentos de trabalho e do concurso;

• O processo de compensação será ser tratado


do através do escritório das Comissários
Distritais, de tal forma que não prejudiquem
prej o desempenho do projecto.
projecto

As Condições e cláusulas devem ser incluídas


incluíd s para os contratantes de projecto de
modo a seguir e respeitar as recomendações deste ESIA,
ESIA, assim como do RAP; e

• O cliente e seu consultor deve supervisionar adequadamente a implementação


impl do
PGA e do RAP.

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59

7 PLANO DE GESTAO AMBIENTAL

7.1 Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS)

A Tabela 7.1 apresenta o Plano de Gestão Ambiental (PGA)) do proposto projecto


pr de
reabilitação da EN13: Cuamba-Mandimba-Lichinga.
Cuamba . A tabela mostra a relação entre os
impactos negativos ambientais identificados ao longo EIAS
EIA e as correspondentes
medidas de mitigação assim como recomendadas. A tabela apresenta a relação entre as
medidas de mitigação recomendadas, as metas/objectivos,, as partes interessadas
responsáveis pela implementação das medidas de mitigação e o custo estimado pela
implementação.

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Tabela 7.1: Plano de Gestão Ambiental

Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao
FASE DE PLANIFCIACAO E DESENHO

Consultar as comunidades locais e garantir o seu consentimento em relação Evitar ou minimizar


Perda de locais sagrados à deslocalização dos cemitérios para um local alternativo acordado possíveis conflitos entre o Consultor/Cliente /Autoridades
1 e Cemitérios
projecto e as comunidades locais
Implementar a deslocalização de cemitério em consulta com as pessoas da
área GVH Matchokolisa locais De acordo com
o RAP
Evitar ou minimizar
Perda de terras e possíveis conflitos entre o Consultor/Cliente /Autoridades
2 Compensar as comunidades de acordo com o RAP
propriedades projecto e as comunidades locais
locais
CONSTRUCAO
Empregar, sempre que possível, a mão-de-obra
mão de origem local tomando
Oportunidades de em consideração a questão do género. A ser incluído
Melhorar a qualidade de vida
emprego Empreiteiro/Autoridades locais no orçamento
Providenciar--se informação sobre o número de vagas de trabalho das populações locais
do Contratado
disponível e as qualificações requeridas.
Oportunidades de
1
negócios
Evitar a instalação de estaleiros de apoio a obra em zonas próximas de
habitações e/ou
/ou outras utilizações sensíveis.
Aspersão
spersão controlada de água nos locais de geração acentuada de poeiras A ser incluído
inc
Manter a qualidade do ar
durante a estacão seca. no orçamento
Degradação da ambiente para este não
2 Empreiteiro das quantidades
qualidade do ar Assegurar a manutenção adequada dos equipamentos móveis para que constitua risco de saúde
estejam a operar obedecendo às normas que regulam a quantidade de gases do Empreiteiro.
Empreiteiro
pública e do meio ambiente
a emitir por veículos pesados.
Evitar
vitar a queda de terras para zonas pavimentadas, procedendo-se
procedendo a rápida
limpeza do pavimento sempre
se que ocorra a queda do material (terras).

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Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao
Revegetar
evegetar logo que possível as áreas desmatadas ou alteradas, incluindo
as câmaras de empréstimo de materiais
mate de construção.
Condicionar as actividades de mobilização e transporte de terras em
situações de vento forte entre 20-30
20 km/hora.
Assegurar a localização correcta das centrais de fabrico de materiais,
acampamentos e estaleiros, áreas de abastecimento de combustível e locais
de extracção de materiais de construção (saibreiras, pedreiras, etc.).
Todas as operações de manutenção da maquinaria e veículos serão
realizadas em local impermeabilizado dentro da área do estaleiro, e os A ser incluído
subprodutos armazenados em recipientes estanques para posterior Empreiteiro
vitar ou minimizar a
Evitar no orçamento
eliminação final adequada.
adequad
3 Contaminacao dos solos contaminação dos solos e das quantidades
A área de armazenamento de produtos e o parque de estacionamento de recursos hídricos. do Empreiteiro.
Empreiteiro
viaturas devem ser drenados para uma bacia de retenção, impermeabilizada
e isolada da rede de drenagem natural.
nat
No caso de derrame acidental de substâncias contaminantes delimitar a
área e as substâncias imediatamente recolhidas; e os solos sujeitos a
remediação ou totalmente removidos e transportados para local apropriado
onde o seu impacto é mínimo ou total ou parcialmente nulo.
Conter o surgimento e/ou
Reduzir ao mínimo as áreas com solos descobertos e limitar a exposição
dos solos soltos, principalmente no período das chuvas. agravamento da erosão dos
A ser incluído
solos ao longo da estrada que
Limitar estritamente ao necessário a área de trabalho, assim como proteger no orçamento
possa ser causada pelas aguas Empreiteiro
4 Erosion dos solos as áreas susceptíveis a erosão, quer ao longo do traçado da estrada, quer das quantidades
em zonas de trabalhos temporários com uma camada matéria vegetal. das chuvas, assim como
do Empreiteiro.
evitar realizar trabalhos e
Implementarr medidas de gestão adequadas da camada superficial do solo e
despesas não quantificadas.
reutilizar na reabilitação de áreas alteradas, construir
c muros de arrimo para
incluir em solos soltos e cortes de terreno com declives acentuados.

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Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao

Impactos do ruído e Evitar aoo máximo a passagem no interior das áreas residenciais ou de
5 aglomeração de pessoas.
vibração
Assegurar a utilização de equipamentos e métodos de construção que A ser incluído
originam menor ruído possível, assim como que os equipamentos pelo contratante
encontram-sese em bom estado de conservação/manutenção, dentro dos e nos itens dos
parâmetros aceitáveis pela legislação aplicável, assim como pelos seus Operar os equipamentos de
preços
fabricantes. acordo com as especificações
dos seu fabricantes e Empreiteiro preliminares e
Garantir que as operações mais ruidosas sejam restringidas ao período assegura
assegurar a manutenção das gerais
diurno na proximidade de habitações e outros locais de receptores condições do ruído locais
sensíveis.
Comunicar-sese as partes afectadas antes de início das actividades de
construção. Algumas actividades excessivamente ruidosas poderão ter
lugar fora do período normal das aulas.
Evitar
vitar ou minimizar a
Construir as infra-estruturas
infra em locais desprovidos e/ou escassas de
vegetação e de habitats sensíveis, e estritamente dentro dos limites de perturbação da vegetação e
serviços. de habitats ao longo da
Perda e/ou perturbação estrada por se tratar de um
Revegetar as áreas desmatadas com vegetação nativa, assim como
6 da flora e habitats para a replantar as espécies importantes da flora ao longo do traçado. ecossistema vital também Empreiteiro N/A
fauna para as populações locais
locais.
Tomar medidas específicas para prevenir a propagação de incêndios das
florestas causadas pelas actividades do projecto, incluindo instrução para
todos os trabalhadores a cerca dos riscos de incêndios e
consciencializados com respeito a perturbação da vegetação.
Evitar conflitos que possam Preço a ser
Compensação dos afitados no contexto do RAP baseado nas directrizes do
BM sobre o reassentamento involuntário. constituir um entrave a determinado
implementação do projecto pelo
Perda de acessos e da Informar o publico sobre o plano de trabalho 5 dias antes do inicio das
7 obras num determinado local. Empreiteiro Contratante
ontratante no
terra e áreas de interesse
cálculo de
Assegurar que os caminhos ou acessos alternativos não fiquem obstruídos
quantidades
ou em más condições de transitabilidade, possibilitando a sua normal
utilização por parte da população loca e outros utentes.
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Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao
Proteger a saúde dos
Contratar uma entidade especializada em assuntos relacionados com a
prevenção de HIV e SIDA para promover campanhas de sensibilização dos trabalhadores e proliferação
Propagação de doenças
trabalhadores e população vizinha. do HIV e SIDA e as ITC na
8 infectarias e HIV e Empreiteiro N/A
comunidade
SIDA Informar devidamente os trabalhadores sobre ITS e HIV e SIDA, assim
como disponibilização de preservativos em locais ou instalações fixas ou
móveis.
Assegurar
ssegurar o cumprimento da legislação sobre segurança no trabalho em
todos os locais de obra, em especial no que se refere à obrigatoriedade de
utilização de equipamento de segurança,
segurança incluindo dispositivos de
segurança adequados nos equipamentos. Garantir a circulação
Impactos na saúde e rodoviária com mínimo de
Segurança Rodoviária Disponibilizar material de primeiros socorros em todos os locais de obras e acidentes, assim como Empreiteiro 2
240,000.00
9
estaleiros.
conflitos entre o projecto e a
Sinalizar
inalizar todos os locais das obras,
obras assim como regular a circulação através comunidade
de porta-bandeiras.
bandeiras.
Limitar a velocidade para 50 km/hora
k nas sedes dos distritos, assim como
nos locais de grandes assentamentos populacionais.
Deverão ser incrementados os serviços sociais tais como escolas, hospitais,
de acordo com as necessidades emergentes, assim como campanhas de Proteger a saúde dos
sensibilização de HIV/SIDA e ITS das comunidades locais com o apoio da trabalhadores e proliferação
10 Conflitos sociais ANE em coordenação com as autoridades sanitárias
sanit e as Comissões de Empreiteiro N/A
do HIV e SIDA e as ITC na
Luta contra o SIDA.
comunidade
Policiamento ao longo da estrada nas vilas dos Distritos e nos principais
assentamentos
assentamentos.
Evitar conflitos para que o A ser incluído
Impactos no Disponibilizar
isponibilizar tempo e recursos suficientes para as famílias expressarem
11 os seus desejos e serem ajudadas a escolher os locais de transladação e projecto seja implementado Empreiteiro no orçamento
patrimonies cultural
levar a cabo as cerimónias tradicionais necessárias. com o sucesso desejado do Empreiteiro.
OPERACAO
Melhoramento de O Governo provincial deverá fazer esforços para reabilitar as estradas Incrementar os benéficos da
1 Governo Provincial e Cliente N/A
acessos a bens e terciárias e vicinais que cruzam a EN13 de forma a obter benefícios reabilitação da EN13 e
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Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao
serviços acrescidos sobre o projecto, principalmente no que diz respeito a consequente melhoria da
contribuição do comércio rural, constituindo importantes vias de qualidade das condições de
circulação de produtos dos camponeses e para outras explorações vida a escala regional
industriais
ustriais e semi-industriais.
semi
Construção
onstrução de paragens de transportes públicos,
públicos incluindo sombras ou
abrigos de chuvas nos locais de espera.
Melhorar a qualidade de vida A ser incluído
2 Oportunidades de Deverá ser empregada, sempre que possível, a mão-de-obra
mão de origem
das populações locais Contratado/Cliente no orçamento
emprego local e incentivada por programas de comida pelo trabalho.
do Contratado
As autoridades competentes deverão intervir no sentido de manter uma Manter a qualidade do ar
3 Degradação da Cliente e autoridades do
vigilância sobre o estado das viaturas com mais tempo de vida, ambiente de modo a proteger N/A
qualidade do ar governo
responsáveis pela maior emissão de poluentes do ar. a saúde pública
Adoptar pavimentos porosos, assim como medidas relacionadas com o Controlar
ontrolar os níveis de ruído
controlo da velocidade de circulação.
circulação emitidos de modo a
4 Impactos no radio Cliente N/A
As outras medidas de mitigação a adoptar assumem a forma de barreiras minimizar a incomodidade
acústicas naturais, nomeadamente árvores. do ruído
ruído.

Sinalizado o limite de velocidade, lombas e informar aos utentes da


estrada,
ada, quer motorizas, quer peões, bem como monitorizar os locais de
acidentes e seleccionar
seleccion outros para intervenção.
Garantir a circulação
5 Impactos na saúde e Desencorajar o estabelecimento de vendedores informais nas bermas da rodoviária com mínimo de Cliente e autoridades do
N/A
segurança rodoviária estrada reabilitada. acidentes de modo a proteger governo
a saúde pública.
Levar a cabo actividades de manutenção regular da estrada de modo a
evitar o aparecimento de condições perigosas para os utentes da estrada,
incluindo os pedestres.
ENCERRAMENTO
Resíduos de Estocar,
car, transportar e descartar os resíduos em um local designado. Restaurar o ambiente antes
1 desmantelamento de existentes para
Demolir banheiros temporários e plantar árvores, conforme apropriado.
apropriado Empreiteiro N/A
infra-estruturas do reaproveitamento dos locais
Empreiteiro sempre que possível

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Responsabilidades pela
Item Impacto Potencial Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Gestão Recomendadas Objectivos/Metas Custos
Implementacao
Alertar e preparar os funcionários sobre as intenções de encerrar as Minimizar os efeitos N/A
2 Perda de postos de
actividades do projecto adversos que possam resultar Empreiteiro, 6 meses antes do
trabalho e meios de
do encerramento do projecto encerramento do projecto.
subsistência

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7.2 Plano de Monitorização Ambiental e Social

7.2.1 Plano de Monitorização

O plano de monitorização ambiental está apresentado na Tabela 7.2 que prevê um


acompanhamento para verificar a execução das medidas de mitigação propostas no PGA.
O plano de monitorização aqui apresentado fornece indicadores de controlo, os meios de
verificação, a frequência de monitorização, assim como as diferentes parte
pa afitadas e/ou
interessadas responsáveis pela monitorização.
monitorização. Os custos para a realização das actividades
de monitorização incluem
ncluem despesas de viagem e subsídios para chegar ao local do projecto
e para monitorar a implementação do PGA.

O plano de monitorização
ização ambiental contribui para verificar a magnitude, duração e
alcance dos impactos previstos durante e após a aplicação das medidas de mitigação.
Também ajuda a detectar os impactos imprevistos numa fase inicial para que medidas
correctivas possam ser tomadas,
t antes que danos significativos tenham lugar na sociedade
ou o ambiente.

Daí que o acompanhamento da execução do PGA exige dedicação e persistência de


acompanhamento, especialmente nas fases de construção e operação do projecto. Exige
uma coordenação
ão com profissionais de diversas partes interessadas chave para verificar
que todas as medidas de mitigação,
mitigação, assim como de gestão incluídas no PGA estão a ser
implementadas a tempo e como recomendado.

7.2.2 Custos Estimados da Monitorização Ambiental

Os custos de monitorização de algumas das medidas de mitigação e gestão recomendadas


não são fornecidos também na Tabela 7.2 pois, supõe-sese que parte deste trabalho será parte
de responsabilidade normal de algumas instituições do governo. No entanto, é importante
reconhecer
conhecer que as capacidades das instituições existentes podem não ser suficientes para a
demanda adicional que possa vir ser criada pelo projecto.. Daí que recursos adicionais a
partir do projecto serão necessários para satisfazer algumas necessidades espec
específicas do
projecto e isso tem sido previsto nos custos estimados para o plano de monitorização
resumidos na Tabela a seguir.
seguir

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Tabela 7.2: Plano de Monitorização Ambiental

Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
IMPACTOS POSITIVOS DURANTE A FASE PLANIFICACAO E DES
DESENHO
Número de locais
Oportunidades de Empregar maior número de trabalhadores não Cliente/Ministerio do
1 empregados na obra Contagem Trimestralmente
emprego qualifica locais quanto possível Trabalho
IMPACTOS NEGATIVOS

Consultar as comunidades locais e garantir o seu


Entrevistas
Perda de locais consentimento em relação à deslocalização dos
Percentagem de pessoas aleatórias com a Comite Distrital
sagrados e cemitérios para um local alternativo acordado.
acordado Durante o período de
1 afectadas que aceitaram comunidade Cliente
Cemitérios preparação do RAP
Implementar a deslocalização de cemitério em deslocação dos cemitérios afitada
consulta com as pessoas da área GVH
Matchokolisa
Contagem Uma vez antes,
Perda de terras e Percentagem de pessoas Cliente
2 Compensar as comunidades de acordo com o RAP durante e depois da
propriedades afectadas compensadas Consultor
compensação
IMPACTOS POSITIVOS DURINTE A CONSTRU
CONSTRUCAO
Empregar maior número de trabalhadores não Número de locais
Oportunidades de qualificados locais quanto possível, durante todas empregados na obra Registo de Trimestralmente Cliente/Ministério do
1
emprego as etapas do projecto empregos durante a construção Trabalho

IMPACTOS NEGATIVOS
Evitar a instalação de estaleiros de apoio a obra
Inspecção e
em zonas próximas de habitações e/oue outras
Degradação da Registo de veículos em entrevistas Trimestralmente Cliente&
2 utilizações sensíveis.
qualidade do ar serviço aleatórias durante a construção MICOA
Aspersão
spersão controlada de água nos locais de geração
acentuada de poeiras durante a estacão seca.
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
Assegurar a manutenção adequada dos
equipamentos móveis para que estejam a operar
obedecendo às normas que regulam a quantidade
de gases a emitir por veículos pesados.
Evitar
vitar a queda de terras para zonas pavimentadas,
procedendo-se
se a rápida limpeza do pavimento
sempre
mpre que ocorra a queda do material (terras).
Revegetar logo
go que possível as áreas desmatadas
ou alteradas, incluindo as câmaras de empréstimo
de materiais de construção.
Condicionar as actividades de mobilização e
transporte de terras em situações de vento forte
entre 20-30
30 km/hora.
km/hora
Assegurar a localização correcta das centrais de
fabrico de materiais, acampamentos e estaleiros,
áreas de abastecimento de combustível e locais de
extracção de materiais de construção (saibreiras,
pedreiras, etc.). Inspecção
Todas as operações de manutenção da maquinaria visual e
Áreas contaminadas com
Contaminação dos e veículos serão realizadas em local medição Trimestralmente Cliente& Covered in
3 óleos e derrames
solos impermeabilizado dentro da área do estaleiro,
es e os durante a construção MICOA 3
subprodutos armazenados em recipientes
estanques para posterior eliminação final
adequada.
A área de armazenamento de produtos e o parque
de estacionamento de viaturas devem ser drenados
para uma bacia de retenção, impermeabilizada e
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
isolada da rede de drenagem natural.
nat
No caso de derrame acidental de substâncias
contaminantes delimitar a área e as substâncias
imediatamente recolhidas; e os solos sujeitos a
remediação ou totalmente removidos e
transportados para local apropriado onde o seu
impacto
pacto é mínimo ou total ou parcialmente nulo.

Reduzir ao mínimo as áreas com solos


descobertos e limitar a exposição dos solos soltos,
principalmente no período das chuvas.
Limitar estritamente ao necessário a área de
Áreas escavadas, murros Inspecção Trimestralmente
trabalho, assim como proteger as áreas
de arrimo e percentagem da visual do local e durante a construção,
susceptíveis a erosão, quer ao longo do traçado
traç da Cliente& Cobertaem
Co
4 Erosão dos Solos área revegetada com medição assim como uma vez
estrada, quer em zonas de trabalhos temporários MICOA 3e2
árvores e grama antes e depois da fase
com uma camada matéria vegetal.
planificação
Implementar medidas de gestão adequadas da
camada superficial do solo e reutilizar na
reabilitação de áreas alteradas, construir
c muros de
arrimo para incluir em solos soltos
s e cortes de
terreno com declives acentuados.
5 Impactos do ruído e Coberto
Evitar aoo máximo a passagem no interior das áreas
vibração em 1
residenciais ou de aglomeração de pessoas. Aleatória
Número de queixas e
inspecções no Cliente/Ministério do
Assegurar a utilização de equipamentos e métodos notificações apresentadas Trimestralmente
local e Trabalho
de construção que originam menor ruído possível, durante a construção durante a construção
entrevistas
assim como que os equipamentos encontram-se
encontram
em bom estado
tado de conservação/manutenção,
dentro dos parâmetros aceitáveis pela legislação
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
aplicável, assim como pelos seus fabricantes.
Garantir que as operações mais ruidosas sejam
restringidas ao período diurno na proximidade de
habitações e outros locais de receptores sensíveis.
sensíveis
Comunicar-se se as partes afectadas antes de início
das actividades de construção. Algumas
actividades excessivamente
excessiv ruidosas poderão ter
lugar fora do período normal das aulas.
Construir as infra-estruturas
estruturas em locais
desprovidos e/ou escassas de vegetação e de
habitats sensíveis, e estritamente dentro dos
limites de serviços.
Perda e/ou Revegetar as áreas desmatadas com vegetação Trimestralmente
Inspecção Cliente
perturbação da flora nativa, assim como replantar
replanta as espécies Percentagem da área durante a construção,
visual do local e Departamento de
6 importantes da flora ao longo do traçado. desmatada assim como uma vez 50.000,00
e habitats para a medição Florestas e Fauna
antes e depois da fase
fauna Tomar medidas específicas para prevenir a Bravia
planificação
propagação de incêndios das florestas causadas
pelas actividades do projecto,
projecto incluindo instrução
para todos os trabalhadores
balhadores a cerca dos riscos de
incêndios e consciencializados com respeito a
perturbação da vegetação.
Compensar as
Compensação dos afitados no contexto do RAP Cliente, Autoridades
comunidades de acordo
Perda de acessos e baseado nas directrizes do BM sobre o Percentagem de Locais e Rodoviárias
com o RAP, Planos de Contagem; e uma vez
reassentamento involuntário. pessoas Cliente&Autoridades
8 da terra e áreas de verificação dos prestadores antes do inicio de N/A
afectadas Locais & Ministério do
interesse Informar o publico sobre o plano de trabalho 5 de serviços, e Cartas ou construção
compensadas Trabalho
dias antes do inicio das obras num determinado registo de informação
local.
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
Assegurar que os caminhos ou acessos
alternativos não fiquem obstruídos ou em más
condições de transitabilidade, possibilitando a sua
normal utilização por parte da população loca e
outros utentes.
Contratar uma entidade especializada em assuntos
relacionados com a prevenção de HIV e SIDA
Propagação de para promover campanhas de sensibilização dos
doenças infecto- trabalhadores e população vizinha. Registos de saúde Inspecção e/ou
10 Anualmente Ministério da Saúde N/A
contagiosas e HIV e Informar devidamente os trabalhadores sobre ITS registos
SIDA e HIV e SIDA, assim como disponibilização de
preservativos em locais ou instalações fixas ou
móveis.

Assegurar
ssegurar o cumprimento da legislação sobre
segurança no trabalho em todos os locais de obra,
em especial no que se refere à obrigatoriedade de
utilização de equipamento de segurança,
segurança incluindo
dispositivos de segurança adequados nos
Impactos na saúde e equipamentos.
Segurança A ocorrência de acidentes Cliente/Autoridades
Inspecção e
Disponibilizar material de primeiros socorros em ao longo da estrada Trimestralmente Policiais/Ministério da
Rodoviária registos
todos os locais de obras e estaleiros.
estaleiros Saúde
Sinalizar
inalizar todos os locais das obras,
obras assim como
regular a circulação através de porta-bandeiras.
porta
Limitar a velocidade para 50 km/hora nas sedes
dos distritos, assim como
c nos locais de grandes
assentamentos populacionais.

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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
Deverão ser incrementados os serviços sociais tais
como escolas, hospitais, de acordo com as
necessidades emergentes, assim como campanhas
de sensibilização de HIV/SIDA e ITS das Número de infra-estruturas
Conflitos sociais Contagem e
comunidades locais com o apoio da ANE em sociais edificadas Anualmente Ministério da Saúde N/A
registo visual
coordenação com as autoridades sanitárias e as
Comissões de Luta contra o SIDA.
Policiamento ao longo da estrada nas vilas dos
Distritos e nos principais assentamentos.
assentamentos
Disponibilizar tempo e recursos suficientes para as
Relocar os cemitérios no Diariamente durante a
Impactos no famílias expressarem os seus desejos e serem Registo de Cliente e Autoridades
tempo e em consulta com a deslocação cemitério
património cultural ajudadas a escolher os locais de transladação e queixas locais
comunidade afectada
levar a cabo as cerimónias tradicionais
necessárias.
IMPACTOS POSITIVOS DURINTE TE A FASE DE OPERACAO
Número de locais
Deverá ser empregada, sempre que possível, a empregados nas Registo de Cliente/Ministério do
Oportunidades de Anualmente
mão-de-obra
obra de origem local e incentivada por actividades do projecto empregos Trabalho
emprego
programas de comida pelo trabalho.
N/A
O Governo provincial deverá fazer esforços para
Melhoramento de reabilitar as estradas terciárias e vicinais que
acessos a bens e cruzam a EN13 de forma a obter benefícios Inspecção de
serviços e acrescidos sobre o projecto, principalmente no que Número de reuniões de registos e Cliente e Autoridades
1 diz respeito a contribuição do comércio rural, sensibilização entrevistas Anualmente comunitárias e do
consequente
constituindo importantes vias de circulação de aleatórias governo
crescimento produtos dos camponeses e para outras
desenvolvimento explorações industriais
ustriais e semi-industriais.
semi
Construção
onstrução de paragens de transportes públicos,
públicos
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
incluindo sombras ou abrigos de chuvas nos locais
de espera.
Garantir a sensibilização do público e dos
investidores interessados no desenvolvimento de
infra-estrutura, indústria, comércio e turismo
IMPACTOS NEGATIVOS
As autoridades competentes deverão intervir no Registo de veículos
sentido de manter uma vigilância sobre o estado Inspecção
Degradação da emitindo emissões de
das viaturas com mais tempo de vida, visual e Trimestralmente
qualidade do ar poluentes do ar acima dos
responsáveis pela maior emissão de poluentes do contagem
ontagem
limites estabelecidos
ar.
Adoptar pavimentos porosos, assim como
medidas relacionadas com o controlo da Número de queixas e IInspecções
Cliente/Ministerial do
Impactos no ruído velocidade de circulação.
circulação notificações apresentadas aleatórias e Trimestralmente
Trabalho
ambiental durante a operação entrevistas durante a construção
As outras medidas de mitigação a adoptar
assumem a forma de barreiras acústicas naturais,
nomeadamente árvores.
Sinalizar o limite de velocidade, lombas e
informar aos utentes da estrada,
estr quer motorizas,
quer peões, bem como monitorizar os locais de
acidentes e seleccionar
seleccion outros para intervenção.
A ocorrência de acidentes Cliente/Autoridades
Impactos na saúde e Desencorajar o estabelecimento de vendedores Inspecção e
ao longo da estrada Trimestralmente Policiais/Ministério da
segurança rodoviária informais
ormais nas bermas da estrada reabilitada. registos
Saúde
Levar a cabo actividades de manutenção regular
da estrada de modo a evitar o aparecimento de
condições perigosas para os utentes da estrada,
incluindo os pedestres.
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Indicadores de
Medidas de Mitigação e/ou Potenciação e de Meios de Frequencia de Responsibilidades Custos
Item Potencial Impacto acompanhamento
Gestão Recomendadas Verifica
Verificação Monitorização pela Monitorização (US$)
recomendados
IMPACTOS NEGATIVOS DURANTE DECOMMISSIONAMENTO
Resíduos de car, transportar e descartar os resíduos em um
Estocar,
Ausência de resíduos nos Inspecção Diariamente logo Cliente, Autoridades
desmanteamento de local designado.
1 leais das obras e infra- visual e após a desactivação comunitárias e do
infra-estruturas do Demolir banheiros temporários e plantar árvores, contagem
ontagem do projecto governo
estruturas desmanteladas
Empreiteiro conforme apropriado.
apropriado

Providenciar alternativas de emprego para os Cadastro de


Número de pessoas Cliente
2 Perda de postos de funcionários como pessoal na fase de operação do emprego
empregos
trabalhando na construção Trimestralmente Ministério do Trabalho
trabalho e meios de projecto através da
mantido como pessoal
subsistência contagem de
durante a operação
pessoal
pessoal.

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8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. Cunliffe, 2006, Consultec&Agroconsulting, 2007: Relatorio Annual de 2005.

2. Chapman, J. D. And White, F. 1970. The Evergreen Forests Of Malawi.

3. Commonwealth Forestry Institute, University Of Oxford, London.

4. Direccao Provincial das Obras Publicas da Provincia do Niassa, 2007:


2007 Balanco de
o
Actividades do 1 Trimestre 2007.

5. Estudo sobre o Desenvolvimento Socio-economico


Socio economico da Provincia do Niassa

6. Government off Mozambique (1997). The Land Law.

7. Government off Mozambique. The New Land Policy.

8. Government off Mozambique (2004). The Urban Construction Legislation.

9. Government off Mozambique (1995). The National Environmental Management


Programme.

10. Government off Mozambique (1997). The Framework Environmental Law.

11. Government off Mozambique (1998). Eia Regulations And Eia Directives.

12. Government off Mozambique (1988). The National Heritage Protection Law.

13. INE, 1997:: Censo Populacional de Habitacao e Habitacao.

14. SPP, 2005: Arrolamento geral do Gado. Relatorio Anual dos Servicos Provinciais
de Pecuaria.

15. Jica, 2010: O Estudo


tudo Prepatorio sobre Plano de Melhoramento da Estrada no
Corredor de Desenvolvimento de Nacala (N13: Cuamba-Mandimba
Cuamba Mandimba-Lichinga).
Relatorio Final, Vol 2.

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ANEXOS

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ACTAS DAS
DA REUNIOES
DAS CONSULTAS
CONSULTA PUBLICAS

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