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Gestão do Planejamento

Educacional: Organização
do Trabalho Pedagógico
Material Teórico
Enfoques na administração e gestão educacional

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Wagner Impellizzieri

Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
Enfoques na administração e gestão
educacional

• O Conhecimento na Administração e Gestão Pública da Educação

• Enfoque Jurídico

• Enfoque Tecnocrático

• Enfoque Comportamental

• Enfoque Desenvolvimentista

• Enfoque Sociológico

• Como se deram os atuais conhecimentos sobre gestão e


administração educacional no Brasil e na América Latina?
• Quais os conceitos que podemos aprender sobre gestão e
administração escolar?
• De que forma esses conceitos interferem na gestão pública
da educação?

Para trabalharmos essas e outras questões estudaremos juntos textos e leituras acerca de quais
influências externas nossos conceitos de administração pública e de gestão da educação sofreram
no Brasil e na América Latina, desde a segunda metade do Século XIX até a primeira metade do
Século XX. Período em que as políticas externas de países economicamente mais desenvolvidos,
como a França, a Alemanha e os Estados Unidos, forjaram em nossa formação conceitos de gestão
e administração nos padrões e modelos de suas escolas clássicas: da administração empresarial.
Isso porque construímos nossos conceitos e nossas práticas dentro do contexto internacional da
reestruturação do sistema capitalista no qual se estabeleceram novas bases materiais de produção,
assim como também foram estabelecidas novas formas de relações sociais, com intensificação de
práticas transnacionais na economia, alterando e definindo comportamentos políticos da gestão
pública, que se voltou para os interesses dos países dominantes numa relação de intensa dependência.
Ao final da Unidade I, espera-se que você seja capaz de compreender que os modelos de gestão
e administração da Educação pautam-se em ideais e formulações do próprio desenvolvimento
econômico internacionalizado pelo sistema capitalista.

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

Contextualização

A administração da Educação e a gestão da escola têm sido muito questionadas face


às inúmeras denúncias veiculadas pelas mídias, pelos políticos em campanhas eleitorais,
governantes e pela própria sociedade civil que utilizam os serviços educacionais. É comum
e, não sem razão, que a culpa pelos péssimos serviços oferecidos à população recaia sobre os
gestores das escolas públicas, o que, também, acontece com os serviços nas áreas da Saúde,
Segurança, Lazer e Transporte, no Brasil.
Para se ter ideia de como a gestão em uma escola infere, também, sobre o conteúdo a
ser adotado, por exemplo, no Planejamento do Projeto Pedagógico e no comportamento dos
profissionais da educação, assista ao filme de Pink Floyd, sugerido.
Nossa missão, aqui, por estes estudos, na disciplina de Gestão e Planejamento Educacional,
apoia-se em conhecimentos que nos levarão ao entendimento sobre a estrutura global que gera
esses comportamentos inadequados em cada setor importante da sociedade. Se há “culpados”,
não nos interessa neste momento, mas encontrar as causas, sim!

Explore
Another Brick In The Wall” Columbia/CBS Records Pink Floyd http://www.vagalu-
me.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-pt-1.html

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O Conhecimento na Administração e Gestão Pública da Educação

Sempre que discutimos questões relativas às escolas públicas perguntamo-nos o “por que”
dos baixos níveis de qualidade educacional e prestação de serviços prestados às comunidades. A
isso se somam a baixa produtividade intelectual e níveis de aprendizado dos alunos, igualmente
baixos. Verdade ou mito há razões para que se apresentem, normalmente, de forma insatisfatória
ao público que a ela recorre para a educação de seus filhos e que, nem sempre conhecem.
Fazendo, assim, ideias e críticas muitas vezes inapropriadas para questões tão importantes para
a sociedade, como, por exemplo, sobre as posturas e os atendimentos feitos pelos gestores
educacionais e administradores das escolas, que atendem às políticas públicas da Educação.
Quanto aos conceitos adotados, Benno Sander (1995) discorre sobre a construção do
conhecimento na administração da educação, utilizando-se de um esquema analítico com cinco
enfoques principais; Jurídico, tecnocrático, comportamental, desenvolvimentista e
sociológico que, segundo o autor, sugere que o conhecimento da gestão da educação latino-
americana é o resultado de um processo de construção, desconstrução e reconstrução permanente
ao longo da história de suas instituições políticas e sociais (SANDER, 1995, p.6). Esquema esse
que permite identificar as relações que existem entre as etapas da história e os respectivos modelos
adotados na América Latina, relacionando-as às diferentes fases do seu desenvolvimento.

“Mesmo que seja possível identificar distintas fases ou modelos de administração


da educação na evolução do pensamento pedagógico latino-americano, na
prática, muitas vezes, os modelos se superpõe.” (SANDER, 1995, p.6).

Mesmo considerando a dificuldade em analisar o assunto, tratado pela imensa bibliografia


existente sobre a “evolução do conhecimento no campo da administração da educação, que
vem desde o Século XVI até a consolidação do processo de industrialização” (SANDER, 1995,
p.7), é importante examinar a contribuição que os estudiosos nos legam sobre a orientação
intelectual dominante em cada época, para entendermos os conceitos de gestão da educação.
Vamos, primeiramente, estudar o Enfoque Jurídico.

Enfoque Jurídico
Os estudos sobre a administração da educação na América-Latina remontam o período
colonial e vão até as primeiras décadas do Século XX, esquematizados por diferentes enfoques.
O primeiro que utilizaremos é o enfoque jurídico. “Um enfoque normativo, vinculado à
tradição do direito administrativo romano e interpretado de acordo com o código napoleônico”
(Sander, 1995, p.7). Foram adotadas nesse período teorias nascidas na Europa, principalmente
França, Portugal e Espanha, uma vez que a América Latina importava muito da cultura europeia,
além da influência exercida pelos imigrantes, que podemos observar, também, na Educação.

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

Decorreu disso a construção de uma infraestrutura legalista propícia para a incorporação da


cultura e dos princípios da administração pública e de gestão educacional com as características
europeias, dentro do direito romano, com ênfase na ordem, na regulamentação e na codificação,
implicando um sistema fechado de conhecimento mais integral de administração.
Contrário ao experimentalismo do direito anglo-americano onde se tem a lei como parâmetro
a ser aplicado em circunstâncias concretas, o legalismo fechado latino (europeu) predica a lei
antecipatória, ou seja, “a lei se converte num ideal a ser alcançado” (SANDER, 1995, p.8).
Isso implica em que o pensamento circulante nos meios acadêmicos, e adotado pelos gestores
públicos, é o dedutivo, segundo o qual, o pensador parte de princípios gerais para aplicá-los em
fatos concretos, mesmo que em diferentes situações. Contrariamente, no caso anglo-americano,
adotam o pensamento indutivo que partem das experiências e dos fatos observados numa série
de casos para, depois, formular os princípios gerais.
Ao enfoque jurídico herdado da Europa, somam-se os valores próprios do cristianismo da
Igreja Católica, trazido, por exemplo, pelas escolas dos padres jesuítas (Companhia de Jesus),
fortemente enraizados no pensamento dedutivo e no caráter normativo da Ratio Studiorum de
Inácio de Loyola.
Outro elemento, constitutivo da formação do pensamento administrativo na América Latina,
é o positivismo (desenvolvido na França na primeira metade do Século XIX), protagonizado por
August Comte, cuja ênfase se dá aos conceitos de ordem, equilíbrio, harmonia e progresso, na
organização e no funcionamento das instituições políticas e sociais.
Esses fatores e essas influências sobre a Educação manifestam-se nas formas de
desenvolvimento do currículo enciclopédico, na sua metodologia científica de natureza descritiva
e empírica e nas práticas prescritivas de organização e gestão.

Para Pensar
“Dona Aparecida, mãe do aluno Gustavo, estudante da 1ª Série do Ensino Médio da Escola Estadual
Zica e Zica, na cidade de Longelópolis, dirigiu-se à secretaria da escola solicitando um Histórico
Escolar do Ensino Fundamental, cursado pelo seu filho, para preencher, urgentemente, um cadastro
de emprego almejado pelo jovem. A funcionária, antes mesmo de saber os motivos da pressa de D.
Aparecida, informa-lhe que sua solicitação pode demorar, visto o volume de serviços acumulados,
por falta de funcionários e, por lei, tem prazo de 60 dias para entregar-lhe.”

Exercício:
Inicialmente, relacione o episódio simulado acima, com o enforque jurídico e análise se o
comportamento, nessa história fictícia, assemelha-se ao cotidiano na esfera da instituição pública
e teça seus comentários no forum.

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Enfoque Tecnocrático

Seguindo o desenvolvimento das teorias de gestão empresarial, “instalou-se na administração


pública o reinado da tecnocracia como sistema de organização” (SANDER, 1995, p. 11). Nesse
sentido os administradores estarão preocupados em adotar soluções racionais para resolver
problemas organizacionais para um funcionamento eficiente sobre análises e prescrições
pautadas no enfoque tecnocrático, deixando para segundo plano, os aspectos humanos, as
considerações políticas e valores éticos.
Os princípios e elementos da construção das teorias tecnocráticas têm suas bases na
administração clássica das primeiras décadas do Século XX, com Henri Fayol na França e com
Frederick W. Taylor nos Estados Unidos, bem como a teoria da burocracia de Max Weber.

Explore
Sugestão de leituras complementares sobre a influência do positivismo na formação das instituições
políticas e culturais no Brasil: ler – ROMERO, Silvio. O Evolucionismo e o Positivismo no Bra-
sil, Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1895; AZEVEDO, Fernando. A cultura brasileira. Servi-
ços Gráficos do IBGE, R. Janeiro, 1943.

Esse enfoque tecnocrático assume um modelo de gestão preocupado com a economia,


a produtividade e a eficiência, do ponto de vista empresarial, adotando-se um modelo-
máquina. Com isso, buscam-se soluções técnicas, pragmáticas e racionais, perfeitamente
aceitas no campo da produção industrial e empresarial, mas que são, equivocadamente,
adaptadas às metas e objetivos políticos no campo da Educação, para resolver problemas
da administração escolar.

Enfoque Comportamental

A partir dos anos de 1940 vimos na América Latina, uma crescente manifestação contra
o enfoque tecnocrático dado à gestão educacional. Voltam-se as atenções para um enfoque
de dimensão mais humanizada dentro das fábricas, das organizações governamentais
e escolas. Acentua-se a necessidade de elaborar um enfoque comportamental, mais
compreensivo e contextual.

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

O enfoque comportamental surge e se identifica com os movimentos psicossociológicos das


relações humanas nascidos, também nos Estados Unidos nos anos de 1930, conceituando “as
organizações como sistemas cooperativos sustentados pela eficiência e eficácia no desempenho
das funções administrativas” (SANDER, 1995, p.15). Para tanto, a Psicologia e a Sociologia são
fundamentais para se desenvolverem conceitos e práticas que levem em consideração os elementos
psicológicos das pessoas, em relação ao grupo em que atua e sua personalidade individual, com
sua capacidade de autocontrole e autoavaliação, bem como, considerando esses comportamentos
nas organizações política, econômica e cultural da sociedade, incorporando a teoria dos sistemas.
Nesse sentido, consideram-se a dimensão humana, suas potencialidades e necessidades, a
dimensão institucional que envolve as estruturas internas da escola e a dimensão societária que
compreende a comunidade externa à escola.

Enfoque Desenvolvimentista

O enfoque desenvolvimentista da administração surge nos Estados Unidos, no período do


pós-guerra, na fase de reconstrução econômica e, é o resultado de vários fatores, dentre os quais
se destacam a necessidade de organizar e administrar os serviços de assistência técnica e ajuda
financeira para os países latinos americanos, o que foi feito a partir de programas como o Plano
Marshall na Europa e a Aliança para o Progresso na América.

“Os protagonistas da construção desenvolvimentista de administração


concentram sua atenção nos requerimentos organizacionais e administrativos
para atingir os objetivos do desenvolvimento nacional, implicando em
grandes transformações econômicas e sociais, argumentando que os métodos
tradicionais são limitados e inadequados para estudo e práticas da gestão
pública nos países pobres (...), quando propõem a adoção de uma perspectiva
de administração dedicada à gestão dos programas de desenvolvimento e aos
métodos a serem utilizados pelos governos para atender interesses econômicos
e sociais (SANDER 1995, p.21).

Esse enfoque coincide com o paradigma economicista e com a fase da educação para o
crescimento econômico, inserido no movimento da economia da educação que versa sobre a
formação de recursos humanos, a teoria do capital humano e o investimento no ser humano
como potencial trabalhador produtivo. Tudo isso, com vistas à taxa de retorno que essa sociedade
oferecerá aos seus financiadores, dentro de uma lógica econômica.
Em 1958, em Washington, funda-se o planejamento integrar da educação, que em 1962, na
cidade de Santiago, a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura e a OEA - Organização dos Estados Americanos e CEPAL - Comissão Econômica para
América Latina e Caribe, consagram o papel da educação como fator de desenvolvimento
econômico, como instrumento de progresso técnico e ascensão social.

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Contudo, na década de sessenta, o pessimismo toma conta dos agentes internacionais que
não viam, na proporção de seus investimentos, melhoria na qualidade de vida, desenvolvimento
humano e equidade social. Percebendo que outros fatores deveriam ser levados em consideração
para reavivar o papel importante da educação no desenvolvimento econômico, social e cultural,
como outras disciplinas das Ciências sociais, incluindo, política, sociologia e antropologia.

Enfoque Sociológico

Com o objetivo de adequar conhecimentos científicos às questões políticas e culturais,


adaptam-se metodologias e conceitos mais próximos à realidade latino-americana, num enfoque
sociológico mais crítico, portanto. Na Educação, teremos, como protagonista mais influente
do pensamento crítico latino, o educador Paulo Freire, “que constrói na teoria pedagógica
as relações de dominação e os ideais de libertação que a teoria da dependência postula nas
relações econômicas e políticas internacionais” (SANDER, 1995, p.26).
A intensão do enfoque sociológico é considerar a realidade cultural, social e econômica
da América Latina, em oposição ao forte conhecimento herdado das outras culturas externas,
como a europeia e norte-americana, como vimos anteriormente.

“Esgotando o enfoque desenvolvimentista de administração pública e


gestão da educação dos autores estrangeiros, afirmam-se os estudiosos
latino-americanos que ensaiam um enfoque sociológico, concebido a partir
da intersecção de conceitos e análises das Ciências sociais aplicadas.”
(SANDER, 1995, p.23).

Considerados inadequados, os enfoques importados do exterior para nossa realidade latino


americana, provavelmente tenha causado o fracasso das reformas que os teóricos, adeptos
de conceitos europeus, impuseram sobre o conhecimento e a formação dos administradores
e gestores educacionais no Brasil. Isso não quer dizer que os enfoques economicistas do
desenvolvimento não tenham logrado êxito, pelo contrário, constatam-se, ainda hoje, perfis e
posturas de administradores absolutamente ligadas à eles.
No entanto, é significativo que o enfoque sociológico tenha se destacado, pelo menos
nos debates profissionais, nos sindicatos dos profissionais da educação e nos meios mais
politizados da sociedade, de forma que venha a fazer diferença na formação de professores
e gestores atualmente.
Postula-se hoje, por teóricos mais críticos, que não basta a simples rejeição dos enfoques
anteriores, mas sim da conscientização dos problemas que a sociedade e a gestão enfrentam na
atualidade. A ênfase é dada na concepção de perspectivas administrativas voltadas às realidades
latino-americanas, respeitando mais seus valores culturais e político.

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

“O desafio não reside na rejeição simples dos valores jurídicos, da


racionalidade técnica, do humanismo psicológico e do valor econômico
dos enfoques anteriores, mas sim na superação dos problemas existentes
no contexto sócio-político mais amplo.” (SANDER, 1995, p.25).


Concluindo
Para atingir os objetivos de uma melhor qualidade na administração da Educação, os
tecnocratas economicistas adotaram conceitos de eficiência e eficácia originários da
administração empresarial.
Assim, com vistas à redução de custos, baixos gastos e racionalidade na produção, o que
prevalece são os interesses econômicos, não só na rede pública de educação como, também, em
muitas escolas da rede privada. Em decorrência dessa visão economicista, os serviços prestados
por elas limitam-se às despesas e valores previstos em seus orçamentos e planejamentos
financeiros. A lógica do mercado justifica o compromisso da gestão e administração educacionais,
com a consequente mercantilização da Educação.
A luta pela educação de qualidade, universalizada, para todos, dentro de conceitos e práticas
mais adequadas à realidade latino-americana, teve suas consequências positivas, fazendo frente
aos movimentos puramente econocráticos (sistema voltado para a lógica econômica) inseridos
no contexto educacional. Os teóricos da tecnocracia, mais interessados na racionalidade das
soluções para os problemas educacionais, por negligenciarem a cultura, os hábitos de vida,
os costumes da sociedade latino-americana, especialmente no Brasil, um país miscigenado e
com fortes influências dos imigrantes de todos os matizes, provocaram, nos meios acadêmicos,
nas associações de profissionais da educação e outros setores da sociedade organizada,
produções intelectuais e conceituais acerca de valores que são mais próprios e relevantes para o
desenvolvimento humano sustentável e para uma melhoria de vida do povo latino-americano.
Conceitos que suplantam a eficiência e eficácia do sistema capitalista, na versão de
administração empresarial, como os conceitos de relevância provido de valores éticos e culturais
e o conceito de efetividade, provido de valores políticos e sociais que, quando vêm a fazer parte
do processo de construção do Projeto Pedagógico da escola, torna extremamente significativo
para todos da comunidade educacional. É isso que está posto como novo desafio, desde o final
do Século XX, para este novo milênio.
Vimos, com isso, que é necessário um compromisso maior com teorias de administração
pública e gestão da educação, voltado a melhores definições de metodologias mais relevantes, que
suscitem novas perspectivas de “gerência social à luz de conceito do desenvolvimento humano e
para formular propostas de formação e aperfeiçoamento de gestores escolares e universitários à
luz de uma perspectiva multidimensional e multicultural de gestão” (SANDER, 1995).
Urge que se caminhe para estudos e aprofundamentos de um modelo de gestão democrática
da educação, conforme nos convida a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– Lei Nº 9.394, de 1996, que estudaremos mais adiante, em outras aulas.

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Material Complementar

Para seu descanso e reflexão, vai aqui a letra da música que se relaciona a um momento
histórico em que a escola reproduzia um conceito de educação para formação de capital
humano, envolvida num paradigma economicista.
O papai voou pelo oceano
Deixando apenas uma memória;
Foto instantânea no álbum de família.
Papai, o que mais você deixou para mim?
Papai, o que você deixou para mim?
Tudo era apenas um tijolo no muro.

“Você! Sim, você atrás das bicicletas, parada aí, garota!”.

Quando crescemos e fomos à escola,


havia certos professores que
machucariam as crianças da forma que eles pudessem,
despejando escárnio sobre tudo o que fazíamos,
expondo todas as nossas fraquezas,
mesmo que escondidas pelas crianças.
Mas na cidade, era bem sabido,
Que quando eles chegavam em casa,
Suas esposas, gordas psicopatas, batiam neles
Quase até a morte.

Não precisamos de nenhuma educação.


Não precisamos de controle mental.
Chega de humor negro na sala de aula.
Professores deixem as crianças em paz!
Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!
Tudo era apenas um tijolo no muro.
Todos são somente tijolos na parede.

“Errado, faça de novo! “.


“Se não comer sua carne, você não ganha pudim,
Como você pode ganhar pudim se não comer sua carne? “.
“Você! Sim, você atrás das bicicletas, parada aí, garota! “

Eu não preciso de braços ao meu redor


E eu não preciso de drogas para me acalmar
Eu vi os escritos no muro
Não pense que preciso de algo, absolutamente,

Não! Não pense que eu preciso de alguma coisa afinal


Tudo era apenas um tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede

Link: http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-traducao.html#ixzz2PykEkztt

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

Leituras importantes:
CASTRO, Alda Maria Duarte Araújo. Administração gerencial: a nova configuração da
gestão da educação na América Latina. Revista Brasileira de Política e Administração da
Educação, v.24, n.3, 2008), acesso em 09/04/2013, às 16h50m.

FERREIRA, Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Angela da S(orgs). Gestão da Educação:
impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo, corte Ed, 2001.

SANDER, Benno. Gestão da Educação Na América Latina: Construção e Reconstrução


do Conhecimento. Editora Autores Associados, Campinas, 1995.

Sobre a influência do positivismo na formação das instituições


políticas e culturais no Brasil:
ROMERO, Silvio. O Evolucionismo e o Positivismo no Brasil, Livraria Francisco Alves,
Rio de Janeiro, 1895; AZEVEDO, Fernando. A cultura brasileira. Serviços Gráficos do IBGE,
R. Janeiro, 1943.

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Referências

ANOTHER BRICK IN THE WALL” Columbia/CBS Records Pink Floyd http://www.vagalume.


com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-pt-1.html (acesso em 09/04/2013, ÀS 12h11m)

CASTRO, Alda Maria Duarte Araújo. Administração gerencial: a nova configuração da


gestão da educação na América Latina. Revista Brasileira de Política e Administração da
Educação, v.24, n.3, 2008), acesso em 09/04/2013, às 16h50m.

SANDER, Benno. Gestão da Educação Na América Latina: Construção e Reconstrução


do Conhecimento. Editora Autores Associados, Campinas, 1995.

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Unidade: Enfoques na administração e gestão educacional

Anotações

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