Gestão Do Conhecimento
Gestão Do Conhecimento
Gestão Do Conhecimento
Gestão do Conhecimento
Gestão do Conhecimento
Autoria: Alberto Pirró Ruggiero
Como citar este documento: RUGGIERO, Alberto P. Gestão do Conhecimento. Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Gestão do Conhecimento e do Capital Intelectual 06
Assista a suas aulas 28
Unidade 2: Conhecimento Tácito e Explícito 36
Assista a suas aulas 53
Unidade 3: Gestão do Conhecimento e Gestão por Competências 60
Assista a suas aulas 82
Unidade 4: Mensuração do Capital Intelectual 90
Assista a suas aulas 113
2/247
Gestão do Conhecimento
Autoria: Alberto Pirró Ruggiero
Como citar este documento: RUGGIERO, Alberto P. Gestão do Conhecimento. Valinhos: 2016.
Sumário
Unidade 5: Balanced Scorecard e a gestão do capital intelectual 121
Assista a suas aulas 146
Unidade 6: Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e cresci-
155
mento
Assista a suas aulas 178
Unidade 7: Práticas de gestão do conhecimento e formação de comunidades de aprendizagem 186
Assista a suas aulas 210
Unidade 8: Elaboração de planos de ação e projetos em gestão do conhecimento 218
Assista a suas aulas 239
3
3/247
Apresentação da Disciplina
Você tem observado e vivenciado nestes Dessa forma, assim como um organismo vivo
tempos atuais situações e ambientes cada é constituído por órgão e tecidos, formados
vez mais complexos. O impacto das ações por células que precisam agir harmoniosa-
humanas no meio ambiente, a instabilidade mente para a manutenção de um corpo sau-
dos mercados, a sustentabilidade das organi- dável, uma companhia também é constitu-
zações, a velocidade das mudanças, o futuro ída de partes, que são corresponsáveis pela
da educação e tantos outros são dilemas ur- manutenção de sua existência. Para isso, o
gentes e que demandam o desenvolvimen- conhecimento é o valor essencial para as
to de novas competências e posicionamento companhias sobreviverem.
das companhias. O conhecimento é um recurso originado em
Esse novo conjunto de referenciais exige cada pessoa que acaba fazendo parte do co-
atenção especial sobre a importância da ges- tidiano da empresa no estabelecimento das
tão do conhecimento porque é através dela relações entre elas. Nessas circunstâncias,
que as organizações inovam e sobrevivem. o esforço demandado das organizações é o
Uma organização deve ser percebida como desenvolvimento de políticas e estratégias
uma entidade viva na qual a “saúde organi- que possibilitem produzir, reter e difundir o
zacional” é influenciada por aspectos subje- conhecimento. Administrar o conhecimento
tivos e objetivos, valores, clima e cultura e os será visto cada vez mais como um diferencial
resultados que consegue alcançar. competitivo no ambiente empresarial. Para
4/247
isso, a gestão do conhecimento organiza-
cional deve ser compreendida como um pro-
cesso que aumenta o conhecimento criado
pelas pessoas, transformando-o em parte
da rede de conhecimentos para possibilitar
sua sustentabilidade. É disso que trata esta
disciplina.
5/247
Unidade 1
Gestão do Conhecimento e do Capital Intelectual
Objetivos
L Pr DV M P JN
X 10.000 10 6 1866,67 2
Y 10.000 5 6 1792,21 3
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Por exemplo, a tabela 1 pode ser visualizada apenas como um conjunto de dados, já que somente
com ela não há condições de se estabelecer um contexto nem significado. Você pode até imagi-
nar alguns significados, porém não há como garantir sua validade.
A partir do momento em que são estabelecidos os parâmetros de coleta, pode-se decodificar,
organizar e analisar os dados em torno de um objetivo, transformando-os em informação. Se-
gundo De Sordi (2008, p. 10), “Informação é a interpretação de um conjunto de dados segundo
um propósito relevante e de consenso para o público alvo (leitor)”.
Você geralmente utiliza informação para formatar, selecionar e sintetizar dados como parte do
processo de conversão dos mesmos em informação útil, em determinada situação. A partir daí,
você interpreta uma dada informação, toma decisões e age. O resultado dessas decisões e ações
o auxilia no acúmulo de conhecimento para ser usado nas próximas decisões.
Para facilitar o entendimento conceitual, Davenport e Prusak (1998) apresentam uma composi-
ção sobre dados, informação e conhecimento, descritos no quadro a seguir:
Para Davenport e Prusak (1998, p.3) “o conhecimento deriva da informação da mesma forma que
a informação deriva dos dados”.
17/247 Unidade 1 • Gestão do Conhecimento e do Capital Intelectual
Concluindo, a diferença essencial entre sempenho aceitável. Se antes o foco era
dados, informação e conhecimento é que sobre o capital financeiro, matéria-prima,
dados são elementos que descrevem um máquinas e ferramentas, atualmente são
evento; a informação engloba coleta, clas- os recursos intelectuais o principal ponto
sificação e junção de dados para se chegar de atenção das estratégias e políticas em-
a determinado objetivo e; o conhecimento é presariais.
a interpretação de um conjunto de informa-
ções logicamente interligadas a fatos.
3. Gestão do Conhecimento e do
Capital Intelectual
25/247
Referências
CARBONE P. P.; BRANDÂO, H. P.; LEITE, J. B.; VILHENA, R. M. Gestão por competências e gestão
do conhecimento. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005.
DAVENPORT T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu
capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
DE SORDI, J. O. Administração da informação: fundamentos e práticas para uma nova gestão do
conhecimento. São Paulo: Saraiva, 2008.
SANTOS, A. R. et al. Gestão do conhecimento. In: capítulo 1 – Gestão do conhecimento como mo-
delo empresarial, 2001. Disponível em: <http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/gco_site/m_ca-
pitulo01.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016.
EDVINSSON, L.; MALONE, M. S. Capital intelectual. São Paulo: Makron Books, 1998.
STEWART, T. A. Capital intelectual: a nova abordagem competitiva nas empresas. Rio de Janeiro:
Campus, 1998.
SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de conhe-
cimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
TAKEUCHI, H.. NONAKA, I. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.
28/247
Questão 1
1. A gestão do conhecimento tem sido cada vez mais empregada pelas em-
presas do século XXI:
29/247
Questão 2
2. O conhecimento pode ser descrito como:
30/247
Questão 3
3. As organizações têm à sua disposição dados e informações que, por sua
vez, necessitam ser transformados em conhecimento para:
31/247
Questão 4
4. Capital intelectual é o resultado:
32/247
Questão 5
5. O desafio da gestão do conhecimento é fazer com que as companhias:
33/247
Gabarito
1. Resposta: B. em conhecimento, que por sua vez possam
ser transformados em ações por meio de
A gestão do conhecimento tem sido cada estratégias traçadas por elas próprias.
vez mais pesquisada e utilizada como mo-
delo de vantagem competitiva nas organi- 4. Resposta: A.
zações deste século.
“Capital intelectual é a soma do conheci-
2. Resposta: E. mento de todos em uma organização, o que
lhe proporciona vantagens competitivas; é
O conhecimento representa a capacidade a capacidade mental coletiva, a capacida-
obtida por um indivíduo de interpretar e agir de de criar continuamente e proporcionar
sobre um agrupamento de informações. valor de qualidade superior” (SANTOS et al.
2001, p. 35).
3. Resposta: D.
5. Resposta: B.
As empresas, de modo geral, dispõem de
dados e informações que necessitam ser Atualmente, as organizações precisam es-
gerenciados para que sejam transformados tar preparadas para absorver a informação,
34/247
Gabarito
bem como analisá-la, armazená-la, desen-
volvê-la e distribuí-la. Esse é o grande de-
safio da gestão do conhecimento.
35/247
Unidade 2
Conhecimento Tácito e Explícito
Objetivos
51/247
Referências
Aula 2 - Tema: Conhecimento Tácito e Explícito. Aula 2 - Tema: Conhecimento Tácito e Explícito.
Bloco I Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf- pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf-
d47a/191c7d909307291020e0ff33672bdde4>. d47a/7a72a3e9de44a8b7b28cc73e2701d80a>.
53/247
Questão 1
1. Podem ser considerados exemplos de ativos intangíveis:
54/247
Questão 2
2. As quatro formas de conversão do conhecimento são:
55/247
Questão 3
3. A gestão do conhecimento é composta pelos conhecimentos:
a) tácito e implícito
b) explícito e implícito
c) tácito e explícito
d) implícito e compartilhado
e) explícito e compartilhado
56/247
Questão 4
4. Em relação aos quatro modos de conversão de conhecimento, a considerada
chave para a criação do conhecimento é a:
a) combinação.
b) externalização.
c) mediação.
d) socialização.
e) internalização.
57/247
Questão 5
5. Ativo está relacionado a tudo aquilo que uma empresa possui e que pode
ser evidenciado por um valor em:
a) dinheiro.
b) máquinas.
c) estoques de matéria-prima e de produtos acabados.
d) marcas e patentes.
e) móveis e imóveis.
58/247
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: C.
Os ativos intangíveis dizem respeito aos Para Nonaka e Takeuchi (1997), o conheci-
bens que a organização possui apesar de mento pode ser determinado em dois tipos:
serem de difícil mensuração. Como exem- tácito e explícito.
plos de ativos intangíveis podem ser citados:
ideias, marcas, patentes, softwares, direitos 4. Resposta: B.
autorais, know-how, clientes, pesquisa e de-
senvolvimento etc. Dentre as quatro formas de conversão do
conhecimento, a externalização é conside-
2. Resposta: C. rada chave para a criação do conhecimento
porque ajuda a criar conceitos novos e ex-
A interação entre o conhecimento tácito e plícitos a partir do conhecimento tácito.
explícito resulta em quatro tipos de conver-
são do conhecimento: socialização (do tácito 5. Resposta: A.
em tácito), externalização (do tácito em ex-
plícito), combinação (do explícito em explíci- Segundo Stewart (2002), ativo compõe toda
to) e internalização (do explícito em tácito). a propriedade de uma companhia que pode
ser evidenciada por um valor em dinheiro.
59/247
Unidade 3
Gestão do Conhecimento e Gestão por Competências
Objetivos
Pode-se assimilar que a gestão do conhecimento e a gestão por competências são semelhan-
tes em seus processos. Segundo Carbone et al. (2005), ambas se atentam em: selecionar, classi-
ficar, registrar, armazenar, recuperar e disseminar o conhecimento.
79/247
Considerações Finais (2/2)
• O mapeamento de competências serve para verificar quais competências
existem na empresa, quais os seus tipos e a sua importância, como estão
ligadas a outras competências existentes e como se relacionam aos setores
da empresa.
80/247
Referências
CARBONE P. P.; BRANDÂO, H. P.; LEITE, J. B.; VILHENA, R. M. Gestão por competências e gestão
do conhecimento. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005.
DAVENPORT T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu
capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
DRUCKER, P.F. O melhor de Peter Drucker: o homem. São Paulo: Nobel, 2001.
FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um caleido-
scópio da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2001.
FLEURY, M. T. L.; OLIVEIRA JUNIOR, M. de M. Aprendizagem e gestão do conhecimento. In: FLEURY,
M. T. L. (coord.) As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002. p. 133-146.
GUIMARÃES, T. de A.; FARIA-BRUNO, M. de F.; BRANDÃO, H. P. Aspectos metodológicos de di-
agnóstico de competências em organizações. In: BORGES-ANDRADE, J. E.; ABBAD, G. (org.) Tre-
inamento, desenvolvimento e educação em organizações e trabalho: fundamentos para a
gestão de pessoas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas
geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o con-
trole do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
81/247 Unidade 3 • Gestão do Conhecimento e Gestão por Competências
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Gestão do Conhecimento e Ges- Aula 3 - Tema: Gestão do Conhecimento e Ges-
tão por Competências. Bloco I tão por Competências. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
02f0fa76b357c949ed36343b4e169a14>. 1d/7e834990d2552afe951efe5e79125cb5>.
82/247
Questão 1
1. Dentre uma das características das competências essenciais, podemos ci-
tar:
83/247
Questão 2
2. Competência pode ser definida como:
84/247
Questão 3
3. As competências organizacionais são constituídas por:
85/247
Questão 4
4. O mapeamento de competências pode ser obtido através das seguintes
técnicas:
86/247
Questão 5
5. Um dos maiores bens que uma empresa possui:
a) é a sua marca.
b) são seus produtos e serviços.
c) são suas máquinas e edificações
d) é a sua tecnologia
e) é o seu conhecimento
87/247
Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: A.
As competências essenciais: As competências organizacionais podem
• Reforçam o acesso da companhia em uma ser descritas como conjunto de processos,
gama maior de mercados; funções, tecnologias e pessoas que possi-
bilitam a uma organização entregar produ-
• Contribuem de forma importante para tos e serviços de alta qualidade com rapidez
melhoria da percepção dos clientes sobre e eficiência, e um serviço de alto nível ao
o produto final e; cliente.
• Tornam difícil a imitação dos produtos
pelos competidores. 4. Resposta: C.
2. Resposta: D. Além da análise documental já mencionada,
há outros critérios que também podem ser
Em suma, quando se utiliza o termo compe- utilizados para mapear competências, tais
tência, seu significado está atrelado ao con- como: entrevistas, grupo focal (focus group),
junto de conhecimentos, habilidades e ati- observação e utilização de questionários.
tudes necessárias ao desempenho de uma
determinada atividade, objetivando o atin-
gimento dos objetivos da companhia.
88/247
Gabarito
5. Resposta: E.
Um dos maiores patrimônios de uma com-
panhia é o conhecimento que ela reúne.
89/247
Unidade 4
Mensuração do Capital Intelectual
Objetivos
90/247
Introdução
Com as constantes alterações que têm ocor- para alcançar vantagem sobre seus con-
rido nos mercados, acrescentadas pelo fe- correntes, condição necessária para se di-
nômeno da globalização e a introdução de ferenciare no mercado globalizado. Dentre
novos produtos e serviços, as organizações as opções encontradas, algo que ainda está
precisam ajustar-se a uma nova realidade, em discussão é a mensuração do capital in-
na qual o conhecimento tem se tornado um telectual.
meio econômico mais importante que os O estudo relativo ao capital intelectual vem
insumos e, muita vezes, até mais do que o ocupando espaço uma vez que o termo faz
capital financeiro. parte dos ativos intangíveis e que podem
Os bens tangíveis, assunto abordado em agregar valor aos bens tangíveis.
tema anterior, são aqueles que possuem Segundo Carbone et al. (2005), o capital in-
existência física e que são constituídos por telectual consiste em um agrupamento de
ativos físicos e materiais, podendo ser men- ativos intangíveis e subjetivos de natureza
surados contabilmente. não financeira, constituído por capital es-
Como os bens tangíveis tornaram-se aces- trutural (marcas, patentes, tecnologia etc.),
síveis a qualquer companhia, as empresas capital de clientes (relação de clientes, grau
têm dedicado esforços no sentido de des- de satisfação e de fidelização), capital hu-
cobrir quais diferenciais poderiam utilizar mano (competências dos funcionários, ca-
91/247 Unidade 4 • Mensuração do Capital Intelectual
pacitação e desenvolvimento, satisfação, intelectual de uma companhia não tem sido
engajamento e motivação), e por processos exposto claramente em seus relatórios con-
de inovação. tábeis devido à dificuldade em tornar explí-
citos os aspectos intangíveis.
Link O esforço por encontrar um modelo capaz de
medir algo não palpável ainda é um mistério
Veja: Capital humano: fonte de vantagem com-
para os contadores, já que o grande poten-
petitiva? – A visão de duas organizações do se-
cial das companhias está reunido nos ativos
tor farmacêutico. Disponível em: <http://www.
intangíveis, principalmente em seu capital
anpad.org.br/admin/pdf/ENGPR396.pdf>.
intelectual. A atribuição de valor monetário
Acesso em: 17 nov. 2016.
a este ativo tem se tornado um desafio.
Um dos conceitos mais aceitos sobre ca- A utilização do conhecimento tem exercido
pital intelectual é o que diz que o mesmo forte impacto sobre as organizações. Devi-
é a subtração entre o valor de mercado e o do a isso, é necessário o emprego de novas
valor dos seus ativos exibidos em suas de- formas de mensurar o valor das companhias
monstrações contábeis, também chamado já que nem sempre os valores existentes no
Goodwill. Mesmo assim, o valor do capital interior das mesmas são demostrados con-
tabilmente.
92/247 Unidade 4 • Mensuração do Capital Intelectual
Neste tema será realçada a importância da O processo de mensuração é um dos mais
mensuração do capital intelectual, tornan- difíceis quando se aborda o capital intelec-
do claro que não há uma fórmula ideal que tual, já que este é composto por ativos in-
se encaixe em todas as companhias, e sim tangíveis. Góis (2000) ressalta que o capital
modelos que se harmonizam individual- intelectual pode influenciar e ser influen-
mente para cada uma delas. ciado pela cultura corporativa assim como
pelos processos e relacionamentos ligados
1. Mensuração do capital inte- a ela.
lectual
Mensurar é atribuir números, de acordo
com regras pré-estabelecidas, tornando Link
particular o objeto a ser medido bem como Veja: Mensuração do capital intelectual: um de-
a escala utilizada. safio importante para a contabilidade. Disponível
em: <http://periodicos.ufsm.br/contabilida-
de/article/view/72>. Acesso em 24 mar. 2017.
Link
Veja: Modelo para a mensuração do capital intelectual: uma abordagem fundamentada em recursos. Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/pdf/prod/v20n3/AOP_200709097.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2016.
109/247
Considerações Finais (1/2)
• O valor do capital intelectual é a somatória dos ativos tangíveis e intangí-
veis;
• Avaliar o capital intelectual com variáveis financeiras tem se mostrado pou-
co eficiente;
• Simplicidade, importância estratégica e riqueza intelectual são três aspec-
tos que devem ser considerados pelas companhias na escolha das medidas
do capital intelectual;
• Apesar da informação e do conhecimento exercer grande domínio no am-
biente empresarial atual, muitas empresas ainda consideram apenas os ati-
vos tangíveis como os únicos elementos importantes em sua análise contá-
bil;
• O modelo Skandia foi o pioneiro na tentativa de mensurar o capital inte-
lectual e se baseia em cinco áreas: foco financeiro, foco de cliente, foco de
processo, foco de renovação e desenvolvimento e foco humano;
110/247
Considerações Finais (2/2)
• A equação do capital intelectual é estabelecida pela multiplicação entre o
coeficiente de eficiência na utilização do capital intelectual e a medida mo-
netária do capital intelectual.
111/247
Referências
Aula 4 - Tema: Mensuração do Capital Intelec- Aula 4 - Tema: Mensuração do Capital Intelec-
tual. Bloco I tual. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/4c8676cd066ab804d25764a6743cf932>. 1d/1110ea5e2785300810c5da7924af3016>.
113/247
Questão 1
1. O modelo do navegador Skandia contempla:
a) foco financeiro, foco de cliente, foco de processo, foco humano e foco em competências.
b) foco de cliente, foco humano, foco de processo, foco de renovação e desenvolvimento e foco
financeiro.
c) foco em competências, foco de processo, foco de renovação e desenvolvimento, foco finan-
ceiro e foco de cliente.
d) foco humano, foco em competências, foco de renovação e desenvolvimento, foco de pro-
cesso e foco de cliente.
e) foco de renovação e desenvolvimento, foco financeiro, foco humano, foco de processo e foco
em competências.
114/247
Questão 2
2. O capital intelectual pode influenciar e ser influenciado:
115/247
Questão 3
3. A área de foco de processo lida especificamente com:
116/247
Questão 4
4. Constituem indicadores da área foco de cliente:
117/247
Questão 5
5. A preocupação da mensuração do capital intelectual decorre:
118/247
Gabarito
1. Resposta: B. ciado pela cultura corporativa assim como
pelos processos e relacionamentos ligados
Para avaliar o capital intelectual da Skandia, a ela, tais como: trabalho em equipe e lide-
a equipe de Edvinsson e Malone (1998) de- rança.
finiram determinados índices e indicadores
que foram agrupados em cinco áreas assim 3. Resposta: E.
estabelecidas: área de foco financeiro, área
de foco de cliente, área de foco de proces- A área de foco de processo cuida do papel
so, área de foco de renovação e desenvolvi- da tecnologia na companhia. O investimen-
mento e área de foco humano. to em tecnologia possui validade a partir do
momento em que o retorno deste eleva a
2. Resposta: E. eficiência, a produtividade e a flexibilidade
organizacional.
O processo de mensuração é um dos mais
difíceis quando se aborda o capital intelec- 4. Resposta: D.
tual, já que este é composto por ativos in-
tangíveis. Góis (2000) ressalta que o capital Atualmente os clientes precisam de serviços
intelectual pode influenciar e ser influen- e produtos que se encaixem perfeitamente a
eles, satisfazendo suas expectativas únicas.
119/247
Gabarito
Para isso, as companhias têm se preparado 5. Resposta: C.
cada vez mais para assegurar a satisfação
dos clientes. Necessitam ser flexíveis, ágeis Como os bens tangíveis tornaram-se aces-
e passar confiança, lealdade e compromisso síveis a qualquer companhia, as empresas
com o objetivo de cativar o cliente e ganhar têm dedicado esforços no sentido de des-
da concorrência. cobrir quais diferenciais poderiam utilizar
para alcançar vantagem sobre seus con-
Indicadores: correntes, condição necessária para se di-
1. Participação de mercado (%) ferenciar no mercado globalizado. Dentre
2. Número de clientes (%) as opções encontradas, algo que ainda está
em discussão é a mensuração do capital in-
3. Vendas anuais/clientes ($) telectual.
4. Número de clientes/número de cola-
boradores
5. Índice de satisfação do cliente (%)
120/247
Unidade 5
Balanced Scorecard e a gestão do capital intelectual
Objetivos
121/247
Introdução
Se você sugerisse a um piloto de avião dois modelos diferentes para pilotar, qual
deles você acha que ele escolheria? O primeiro modelo é uma aeronave que conta
apenas com os equipamentos básicos tais como medidores de altitude, velocidade
e consumo de combustível. O outro modelo, além dos equipamentos menciona-
dos, fornece também informações detalhadas sobre controle de combustível, loca-
lização exata da aeronave, rota, previsão do tempo e de turbulências.
A resposta é evidente até para quem não é piloto. Entretanto, são muitas as com-
panhias que voam de forma arriscada se servindo apenas de equipamentos básicos
apesar dos vários instrumentos à disposição para se navegar com mais tranquilida-
de e segurança nesses agitados tempos de globalização.
O Balanced Scorecard (BSC) é uma das ferramentas mais importantes que despon-
taram recentemente no campo da gestão estratégica. Sua função primordial é per-
mitir ao gestor principal “conduzir o seu voo” utilizando um rol de indicadores que
lhe permita uma visão abrangente de toda a empresa.
Link
Veja: Fatores críticos na implantação do Balanced Scorecard. Disponível em: <http://spell.org.br/do-
cumentos/ver/29300/fatores-criticos-na-implantacao-do-balanced-scorecard-bsc>. Acesso
em: 28 nov. 2016.
Segundo Kaplan e Norton (1997), os indicadores do BSC além de servirem para arti-
cular a estratégia organizacional, são utilizados também para comunicar e dissemi-
nar a estratégia para toda a companhia bem como para auxiliar a alinhar iniciativas
individuais, organizacionais e interdepartamentais, objetivando o atingimento de
uma meta comum. Isso significa que o BSC contribui para o alinhamento de toda a
companhia com suas estratégias.
125/247 Unidade 5 • Balanced Scorecard e a gestão do capital intelectual
O BSC propõe que os fatores incentivadores nhia, à medida que se concretiza uma base
do desempenho não são inteiramente re- de indicadores ligados por quatro perspecti-
presentados pelas medidas contábeis e fi- vas estratégicas, denominadas: perspectiva
nanceiras, devendo existir uma ligação que do cliente, perspectiva interna, perspectiva
evidencie relações de influência entre indi- de aprendizado e crescimento e perspectiva
cadores não financeiros e financeiros. (RU- financeira (KAPLAN e NORTON, 2001).
GGIERO, 2016)
Link
Link Veja: Um estudo sobre indicadores de desempe-
Veja: <https://www.albertopruggiero.blogs- nho na perspectiva do cliente a partir do balanced
pot.com.br/2016/12/desmistificando-o-ba- scorecard. Disponível em: <http://www.spell.
lanced-scorecard.html>. Acesso em 13 abr. org.br/documentos/ver/9960>. Acesso em 28
2017. nov. 2016.
Para cada uma das perspectivas do BSC, devem ser determinados os seguintes itens, segundo
Kaplan e Norton (2001):
127/247 Unidade 5 • Balanced Scorecard e a gestão do capital intelectual
• Objetivos: o que a estratégia define gados a outras três perspectivas: a de clien-
para ser obtido em cada perspectiva; tes, em termos de satisfação; a perspectiva
• Indicadores: como será mensurado o interna, em termos de produtos sem defei-
progresso em um determinado obje- tos, entregues sem atraso e inovadores; e
tivo estratégico; a perspectiva de recursos e infraestrutura,
baseados em pessoas motivadas e que pos-
• Ativos: o que deverá ser obtido como suem as competências para executar as ati-
meta em cada indicador; vidades.
• Iniciativas: o que deverá ser feito para Para Rezende (2003), essa metodologia de-
facilitar o atingimento da meta esti- termina uma ligação entre a estratégia con-
pulada para um determinado indica- cebida e a agenda estratégica da compa-
dor. nhia, agindo como um modelo de avaliação,
Para mensurar o desempenho organiza- uma organização gerencial e um sistema de
cional, o BSC baseia-se em indicadores fi- gestão.
nanceiros e não financeiros. Os objetivos fi-
Ainda de acordo com o autor, uma das filo-
nanceiros servem de foco para os objetivos
sofias do BSC tem como finalidade possibili-
e mensuração das outras perspectivas do
tar a administração de processos gerenciais
BSC. Os indicadores não financeiros estão li-
críticos, tais como:
128/247 Unidade 5 • Balanced Scorecard e a gestão do capital intelectual
• Esclarecer e traduzir a visão e a estra- o estabelecimento de metas para os
tégia: partindo da alta administração, objetivos do scorecard;
tem início o processo que objetiva • Melhorar o feedback e o aprendizado
traduzir a estratégia organizacional estratégico: talvez seja o processo ge-
em objetivos estratégicos específicos rencial mais inovador e de maior im-
para cada setor dentro da companhia; portância do BSC, pois concebe instru-
• Comunicar e associar objetivos e me- mentos para o aprendizado organiza-
didas estratégicas: estes devem ser cional em nível executivo, permitindo
comunicados a toda companhia por que a estratégia possa ser monitorada
meio de mecanismos internos mos- e ajustada, se for o caso.
trando aos colaboradores os objetivos Esse agrupamento de medidas pode ser ob-
críticos que devem ser obtidos para servado na figura a seguir:
que a estratégia tenha sucesso;
• Planejar, estabelecer metas e alinhar
iniciativas estratégicas: o BSC pro-
duz impacto maior ao ser usado para
inspirar a mudança empresarial com
• O Balanced Scorecard (BSC), uma metodologia de gestão criada nos anos 90,
por Kaplan e Norton, visa integrar e balancear os indicadores de desempe-
nho mais importantes de uma empresa;
• O alinhamento empresarial com a visão e missão da companhia é facilitado
por meio de quatro perspectivas estratégicas: perspectiva do cliente, pers-
pectiva interna, perspectiva de aprendizado e crescimento e perspectiva fi-
nanceira;
• Para cada perspectiva, devem ser observados os seguintes itens: objetivos,
indicadores, ativos e iniciativas;
• Para mensurar o desempenho organizacional, o BSC baseia-se em indica-
dores financeiros e não financeiros;
143/247
Considerações Finais (2/2)
• O BSC tem como finalidade também administrar processos gerenciais críti-
cos, tais como: esclarecer e traduzir a visão e a estratégia; comunicar e asso-
ciar objetivos e medidas estratégicas; planejar, estabelecer metas e alinhar
iniciativas estratégicas; e aperfeiçoar o feedback;
• Utiliza-se de mapas estratégicos para mostrar como e onde a empresa cria
valor e o impacto das várias áreas organizacionais no processo como um
todo.
144/247
Referências
BECKER, B. E.; HUSELID M. A; ULRICH, D. Gestão estratégica de pessoas com scorecard: interli-
gando pessoas, estratégia e performance. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
GUSMAO, S. S.; BATISTA, I. V. C. Balanced Scorecard (BSC): Análise de sua implementação e uti-
lização em uma empresa farmacêutica no norte de Minas Gerais. 18º Congresso de Brasileiro de
Contabilidade, 2008.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégica em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
________________________________. Organização orientada para a estratégia. Rio de Janeiro:
Campus, 2001.
________________________________. Kaplan & Norton na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
REZENDE, J. F. Balanced scorecard e a gestão do capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus,
2003.
RUGGIERO, Alberto. Desmistificando o Balanced Scorecard. 2016. Disponível em: <https://al-
bertopruggiero.blogspot.com.br/2016/12/desmistificando-o-balanced-scorecard.html>. Acesso
em: 25 abr. 2017.
Aula 5 - Tema: Balanced Scorecard e a Gestão Aula 5 - Tema: Balanced Scorecard e a Gestão
do Capital Intelectual. Bloco I do Capital Intelectual. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf- pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf-
d47a/3c1074cc2bc9ba995161ceea38874558>. d47a/b62eff062af797c24a0a11fe11ae2184>.
146/247
Questão 1
1. A criação de um mapa estratégico é importante porque:
147/247
Questão 2
2. Para mensurar o desempenho organizacional, o BSC se baseia em:
148/247
Questão 3
3. Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas diz res-
peito a:
149/247
Questão 4
4. O Balanced Scorecard permite que os gestores tenham condições de vi-
sualizar o desempenho da organização sob as perspectivas:
150/247
Questão 5
5. O objetivo do Balanced Scorecard é o de:
151/247
Gabarito
1. Resposta: E. cebida e a agenda estratégica da compa-
nhia, agindo como um modelo de avaliação,
A criação de um mapa estratégico, segun- uma organização gerencial e um sistema de
do Kaplan e Norton (1997), denota como e gestão.
onde a companhia cria valor, bem como o
Ainda de acordo com o autor, uma das filo-
impacto das suas várias áreas no proces-
sofias do BSC tem como finalidade possibili-
so, podendo ser considerado um modelo de
tar a administração de processos gerenciais
diagnóstico organizacional.
críticos, tais como:
2. Resposta: D. • Esclarecer e traduzir a visão e a estra-
tégia: partindo da alta administração,
Para mensurar o desempenho organizacio- tem início o processo que objetiva
nal, o BSC baseia-se em indicadores finan- traduzir a estratégia organizacional
ceiros e não financeiros. em objetivos estratégicos específicos
para cada setor dentro da companhia;
3. Resposta: C.
• Comunicar e associar objetivos e me-
Para Rezende (2003), essa metodologia de- didas estratégicas: estes devem ser
termina uma ligação entre a estratégia con- comunicados a toda companhia por
152/247
Gabarito
meio de mecanismos internos mos- 4. Resposta: B.
trando aos colaboradores os objetivos
críticos que devem ser obtidos para Para Kaplan e Norton (2004), a complexida-
que a estratégia tenha sucesso; de do gerenciamento das companhias atu-
• Planejar, estabelecer metas e alinhar almente demanda que os gestores tenham
iniciativas estratégicas: o BSC pro- condições de visualizar o desempenho da
duz impacto maior ao ser usado para organização sob quatro importantes pon-
inspirar a mudança empresarial com tos de vista:
o estabelecimento de metas para os Perspectiva financeira (como parecemos
objetivos do scorecard; aos acionistas?); perspectiva dos clientes
• Melhorar o feedback e o aprendizado (como os clientes nos enxergam?); perspec-
estratégico: talvez seja o processo ge- tiva interna da empresa (em que precisa-
rencial mais inovador e de maior im- mos ser excelentes?); e perspectiva de ino-
portância do BSC, pois concebe instru- vação e aprendizado (teremos condição de
mentos para o aprendizado organiza- melhorar e criar valor?).
cional em nível executivo, permitindo
que a estratégia possa ser monitorada
e ajustada, se for o caso.
153/247
Gabarito
5. Resposta: A.
154/247
Unidade 6
Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
Objetivos
156/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
O ponto central passa a ser a criação de va- 1. Análise da perspectiva apren-
lor por meio dos colaboradores, que neces- dizado e crescimento
sitam estar preparados para atender às de-
mandas específicas dos clientes. As vanta- Os objetivos estipulados nas perspectivas
gens competitivas até então utilizadas que financeira, do cliente e dos processos inter-
se assentam em ativos tangíveis têm sido nos mostram em quê a companhia precisa
gradualmente substituídas por novas van- se destacar para alcançar alto desempenho.
tagens conectadas a recursos baseados no
A perspectiva de aprendizado e crescimen-
conhecimento.
to é a que possibilita a integração dos ati-
Isso significa que a perspectiva de apren- vos intangíveis da companhia com os ativos
dizado e crescimento é aspecto-chave por financeiros que, unidos, manifestam o valor
formar a base do aperfeiçoamento da qua- da empresa. Por isso, várias organizações
lidade e da inovação. Mesmo porque não têm dado ênfase aos projetos de gestão do
adianta a companhia funcionar muito bem conhecimento valorizando, com isso, seu
no aspecto financeiro, possuir boas relações capital intelectual.
com os clientes e ser dotada de excelentes
Nesta perspectiva, averigua-se o gerencia-
processos se não se alterarem e se aperfei-
mento da companhia, se com êxito no de-
çoarem continuamente.
senvolvimento e retenção das pessoas, no
157/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
conhecimento e nos sistemas. Isso supõe mais próximos dos processos internos
recrutamento mais rígido, a fim de incorpo- e dos clientes da companhia. Isso sig-
rar empregados com maior capacidade de nifica que o processo de desenvolvi-
análise. mento dos empregados deve ser con-
Kaplan e Norton (1997) classificam a pers- tínuo, tendo em vista o alinhamento
pectiva do aprendizado e crescimento em das competências dos colaboradores
três categorias: com a estratégia empresarial, o que
permite à organização realizar seus
1. Capacidade dos funcionários: efetuar objetivos.
o mesmo trabalho, da mesma forma,
2. Capacidade dos sistemas de informa-
com o mesmo nível de eficiência não
ção: esse indicador determina a situ-
é mais o bastante para o sucesso em-
ação atual das informações frente às
presarial. Mesmo para manter a posi-
necessidades previstas e às tecnolo-
ção atual as companhias se veem ins-
gias à disposição para o desempenho
tigadas a melhorar continuamente. As
da função com eficiência e eficácia.
ideias que possibilitam aperfeiçoar os
procedimentos e a performance, cada Para assegurar um desempenho ade-
vez mais, originam-se dos colabo- quado às necessidades dos clientes,
radores da linha de frente, que estão as companhias necessitam prover os
158/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
colaboradores de informações que
os possibilitem atuar com eficácia, Link
fazendo com que fiquem informados Veja: A perspectiva de aprendizado e crescimen-
que suas ações poderão ter impacto to do balanced scorecard como elemento nortea-
direto sobre os clientes, os processos dor das ações de endomarketing. Disponível em:
internos e, como consequência, para <http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/
as finanças da companhia. anais_13/artigos/753.pdf>. Acesso em: 30 nov.
3. Motivação, empowerment e alinha- 2016.
mento: até para colaboradores habi-
litados, que contam com adequado De forma diferente do que ocorre com as
acesso às informações, não contribui- outras perspectivas, a quantidade de me-
rão para o êxito empresarial se não fo- didas para a perspectiva do aprendizado e
rem estimulados a atuar no melhor in- crescimento é menor. Para Kaplan e Norton
teresse da companhia, ou se não pos- (1997) isso é um indicador de que ainda não
suírem liberdade de decisão ou ação. estão unidos de forma adequada os objeti-
Por isso, esta categoria contempla o vos estratégicos ligados às pessoas e os ob-
clima organizacional para motivação jetivos de longo prazo da organização.
e iniciativa dos empregados.
159/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
Kaplan e Norton (2001) salientam que or- dem conquistar a satisfação dos clientes e
ganizações precisam investir em formação a produtividade almejada pela companhia.
para os empregados, com o objetivo de ali- A área de RH das companhias que desen-
nhar as suas mentes às estratégias da com- volvem o BSC pode aprofundar sua impor-
panhia, assim como investir no desenvolvi- tância dentro do contexto organizacional
mento dos novos produtos e serviços, nas se aplicar as medidas indispensáveis desta
estruturas organizacionais e na gestão dos perspectiva. A satisfação, retenção e pro-
processos operacionais. dutividade dos empregados precisam ser as
Para estes autores, isso supõe a apreciação dimensões mais trabalhadas para a formu-
de um novo papel do empregado, ou seja, lação de estratégias.
antecipar-se às necessidades dos clientes, Na perspectiva de aprendizado e cresci-
oferecendo-lhes produtos e serviços que mento, o ator principal é o próprio funcio-
excedam suas expectativas. São os empre- nário, que por meio de seu valor aprenderá,
gados que fornecem as ideias com o intuito criará e compartilhará conhecimento, cola-
de aperfeiçoar os processos da companhia. borando com suas competências para a ge-
Isso dá origem a uma forte necessidade de ração de valor de forma integrada, em todas
conceder formação para que venham a ser as outras perspectivas do BSC.
mais produtivos e criativos. Com isso, po-
160/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
2. Definição de indicadores A estrutura dos indicadores da perspectiva
de aprendizagem e crescimento é represen-
Segundo Kaplan e Norton (1997), a maioria tada na figura a seguir.
das companhias estabelece objetivos para
os colaboradores retirados de uma base co-
mum de três mensurações de resultados:
satisfação dos colaboradores; retenção
dos colaboradores; e produtividade dos co-
laboradores.
Link
Veja: A relação entre a satisfação dos funcioná-
rios e a satisfação dos clientes: estudo nas em-
presas de software do município de Belo Horizon-
te. Disponível em: <http://scielo.br/pdf/rausp/
v50n1/0080-2107-rausp-50-01-0056.pdf>.
Acesso em: 30 nov. 2016.
161/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
Figura 9: Estrutura dos indicadores da perspectiva aprendizagem e crescimento
164/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
Em se tratando das três categorias já apre- • Capacidade dos funcionários:
sentadas (capacidade dos funcionários, • Satisfação dos colaboradores (nú-
capacidade dos sistemas de informação e mero de colaboradores satisfeitos/
motivação, empowerment e alinhamento), número total de colaboradores)
os indicadores e suas respectivas fórmu- x100;
las mais utilizados por categoria são relata-
dos a seguir: • Retenção dos colaboradores (nú-
mero de colaboradores-chave de-
mitidos/número total de funcioná-
rios-chave) x100;
Link • Produtividade por colaborador
Veja: Análise dos indicadores de desempenho
(produtividade/número de colabo-
sob a ótica da perspectiva aprendizado e cresci-
radores);
mento: estudo de caso no ramo de embalagens
plásticas. Disponível em: <http://www.seer. • Lucratividade por colaborador (lu-
ufrgs.br/ProdutoProducao/article/viewFi- cro líquido antes dos impostos/nú-
le/47018/33656>. Acesso em 30 nov. 2016. mero de colaboradores);
• Tempo necessário para que os co-
165/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
laboradores atinjam os patamares radores desligados no mês/núme-
de competência exigidos (valor do ro de colaboradores no fim do mês)
investimento no desenvolvimento x100;
na competência dos colaboradores • Idade média dos colaboradores
x número de colaboradores); (somatório das idades dos colabo-
• Qualidade do serviço prestado (va- radores/número total de colabora-
lor agregado x número de colabo- dores);
radores); • Evolução do número de colabo-
• Percentual de licenciados (número radores (número total de colabo-
de colaboradores licenciados/nú- radores no início do ano/número
mero total de colaboradores) x100; total de colaboradores no final do
• Taxa de absenteísmo (total de fal- ano) x100;
tas injustificadas/total de dias úteis • Quantia total de prêmios e incenti-
trabalhados x número de colabora- vos (quantia total de prêmios e in-
dores) x100; centivos em $).
• Rotatividade média por colabora- • Capacidade dos sistemas de informa-
dor (turnover) (número de colabo- ção:
166/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
• Investimento em tecnologia da in- • Número de PC’s por colaborador
formação por colaborador (investi- (número de PC’s/número de cola-
mentos em tecnologia da informa- boradores);
ção/número de colaboradores); • Percentual de processos que ofere-
• Novos equipamentos adquiridos cem feedback em tempo real sobre
(valor dos novos equipamentos ad- qualidade, tempo e custo (número
quiridos/número de colaborado- de processos que oferecem fee-
res); dback em tempo real sobre quali-
• Valor dos sistemas de informação dade, tempo e custo/número total
da companhia (valor dos sistemas de processos) x100;
de informação gerenciais da com- • Percentual de colaboradores que
panhia em $); lidam diretamente com clientes e
• Contratos por colaborador na área têm acesso online às informações
de tecnologia da informação (nú- relacionadas a eles (número de co-
mero de contratos/número de co- laboradores que lidam diretamente
laboradores na área de tecnologia com o cliente e têm acesso online
da informação); às informações do cliente/número
167/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
de colaboradores que lidam com sugestões implementadas/número
cliente) x 100; de sugestões) x100;
• Número de postos de trabalho in- • Promoção baseada no mérito (nú-
formatizados (número de postos mero de promoções baseadas em
de trabalho informatizados/núme- mérito/número de promoções to-
ro de postos de trabalho total). tais) x100;
• Motivação, empowerment e alinha- • Número de horas de formação/ano
mento: por colaborador; (número de horas
• Motivação dos colaboradores (nú- de formação/ano por colaborador x
mero de colaboradores motivados/ número de colaboradores);
número de colaboradores) x100; • Determinação dos colaboradores
• Número de sugestões por colabo- para alcançar os objetivos (núme-
rador (sugestões/número de cola- ro de colaboradores determinados/
boradores) x100; número de colaboradores) x100;
168/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
formação por número de colabora- dizado e crescimento somadas à modifi-
dores em $); cação do papel dos colaboradores, foi uma
• Tempo de formação (dias/ano); das modificações mais fundamentais do
pensamento gerencial dos últimos anos.
• Envolvimento nas decisões (núme-
ro de colaboradores envolvidos nas O pensamento gerencial que era o da força
decisões); física passa a ser o de analista de dados ab-
stratos, extraídos de ambientes automa-
• Índice de alinhamento das pessoas tizados. São os trabalhadores do conhec-
com o BSC (índice de colaborado- imento.
res alinhados com o BSC/número
de colaboradores) x100.
169/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
As ideias que possibilitam incrementar o
Para saber mais desempenho para os clientes externos são
oriundas dos colaboradores operacionais,
O trabalhador do conhecimento é aquele que uti-
aqueles com atuação direta nos processos
liza suas capacidades intelectuais no desempenho
internos da companhia e junto aos clientes
de uma atividade profissional, permitindo agregar
dos outros setores.
valor ao resultado do seu trabalho. Peter Drucker, o
famoso guru da administração, cunhou este termo Um processo mais criterioso de recruta-
há mais de 50 anos, prevendo que o trabalhador mento de colaboradores, com mais capaci-
do conhecimento aplicaria seus recursos intelec- dade de análise e alinhado aos objetivos
tuais e não sua capacidade física no desempenho empresariais é demandado devido a esta
das atividades, produzindo muito mais riqueza do mudança de patamar, na qual é cada vez
que os trabalhadores manuais. (O trabalhador do mais exigida análise crítica de dados e in-
conhecimento e o aproveitador de oportunidades. formações por parte dos empregados, in-
Disponível em: <https://www.portal-gestao. dependente do cargo ou nível de atuação.
com/artigos/6227-o-trabalhador-do-co- Dessa forma, a escolha de colaboradores
nhecimento-e-o-aproveitador-de-oportuni- representa uma importante decisão de in-
dades.html.>. Acesso em: 13 abr. 2017) vestimento por parte da alta administração.
170/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
O efeito da perspectiva de aprendizado e disciplinas da organização de aprendizagem,
crescimento é o de elevar o nível agregado que têm como proposta tornar claro como
de conhecimento das demais perspectivas, o aprendizado ocorre em uma companhia.
objetivando não só a melhoria dos resulta- Seguem as cinco disciplinas referentes ao
dos financeiros como também o aumento pensamento do autor:
da produção e da produtividade.
Para que as companhias possam ser vistas
como organizações de contínua aprendiza-
Link
Organizações de aprendizagem ou aprendizagem
gem, é imprescindível alterar a forma frag-
organizacional. (Disponível em: <http://www.
mentada de enxergar as coisas e permitir
scielo.br/pdf/raeel/v3n1/v3n1a08>. Acesso
que as pessoas ampliem sua capacidade de
em: 30 nov. 2016)
criação, de liberação das aspirações coleti-
vas e as equipes a aprenderem em conjunto
1. O domínio pessoal aprimora a paciên-
(SENGE, 2001).
cia, você aprende, aprofunda e enxer-
Levando em conta que as mudanças ne- ga com mais nitidez a realidade dos
cessitam de um determinado tempo para fatos. Auxilia-o a esclarecer o que é
serem aperfeiçoadas e depois integradas realmente importante para você, per-
pelas companhias, Senge apresenta cinco
171/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
mitindo que foque suas energias em
seus objetivos. Para saber mais
2. Os modelos mentais são ideias enrai- modelo mental é o conjunto de sentidos, pres-
zadas e generalizações que impac- supostos, regras de raciocínio, inferências etc.
tam sua atitude e como você enxerga que nos leva a fazer determinada interpretação e
o mundo. O modelo que você retém julgamento das coisas. Os modelos mentais de-
muitas vezes é o que causa o impedi- finem como percebemos, sentimos, pensamos e
mento da sua modificação. Você ne- interagimos. Os modelos mentais são condicio-
cessita submergir seus modelos men- nados pela biologia, linguagem, cultura e expe-
tais e analisá-los, consentido que so- riência pessoal. Modelo mental é o modo como
fram questionamentos e influências uma pessoa percebe, compreende e interpreta o
dos outros. mundo ao seu redor, levando-o a efetuar inferên-
cias e julgamentos sobre coisas e pessoas.
174/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
?
Questão
para
reflexão
176/247
Referências
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
________________________________. Organização orientada para a estratégia. Rio de Janeiro:
Campus, 2001.
SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. São Paulo: Best Sell-
er, 2001.
ULRICH, D. Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para os profissionais de RH. São
Paulo: Futura, 2003.
177/247 Unidade 6 • Análise das perspectivas do Balanced Scorecard com foco na aprendizagem e crescimento
Assista a suas aulas
Aula 6 - Tema: Análise das Perspectivas do Ba- Aula 6 - Tema: Análise das Perspectivas do Ba-
lanced Scorecard com Foco na Aprendizagem e lanced Scorecard com Foco na Aprendizagem e
Crescimento. Bloco I Crescimento. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf- pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf-
d47a/23be1bcf25699f586d9c38b21e5dd481>. d47a/c81b36805aa1974d2d4d5afd8ce86a2b>.
178/247
Questão 1
1. A consequência da perspectiva de aprendizado e crescimento é o de:
179/247
Questão 2
2. O item mais importante da perspectiva de aprendizado e crescimento é:
a) o clima organizacional.
b) o número de sugestões.
c) o número de equipamentos informatizados disponíveis.
d) o feedback.
e) o funcionário.
180/247
Questão 3
3. A perspectiva da aprendizagem e crescimento é constituída por:
181/247
Questão 4
4. As cinco disciplinas da organização que aprende compreendem:
182/247
Questão 5
5. Os indicadores chave da perspectiva da aprendizagem e crescimento
são:
183/247
Gabarito
1. Resposta: B. 3. Resposta: A.
2. Resposta: E. 4. Resposta: D.
184/247
Gabarito
5. Resposta: C.
185/247
Unidade 7
Práticas de gestão do conhecimento e formação de comunidades de aprendizagem
Objetivos
Veja: Análise das práticas de gestão do conhe- Pesquisas mostram que várias companhias
cimento de empresas do setor farmacêutico no vêm se ajustando e progredindo na aplica-
Brasil. Disponível em: <http://www.spell.org. ção de práticas de gestão do conhecimento.
br/documentos/ver/24556/analise-das-pra- As práticas mais empregadas pelas organi-
ticas-de-gestão-do-conhecimento-de-em- zações são:
presas-do-setor-farmaceutico-no-brasil>.
Acesso em: 6 dez. 2016.
Equipe Realizar determi- Os membros são As metas e pon- Até o final do pro-
nada atividade escolhidos pelos tos importantes do jeto
gestores projeto
Rede informal Coletar e transmitir Amigos e conheci- Necessidades mú- Enquanto houver
informações em- dos do ambiente de tuas um motivo para
presariais trabalho manterem contato
Fonte: Adaptado de Wenger e Snyder (2000).
O ponto central do treinamento vai além do funcionário de forma isolada e se direciona ao de-
senvolvimento da capacidade de aprendizado da companhia, gerando soluções que possibilitem
o debate de problemas comuns e soluções por meio da aprendizagem coletiva.
Segundo Meister (1999, p. 23),
206/247
Considerações Finais (1/2)
207/247
Considerações Finais (2/2)
• Comunidade de aprendizagem está rigorosamente associada ao conceito
de “comunidades de prática” – CdP, criado por Etienne Wenger e pode ser
definida como um grupo de indivíduos que interagem regularmente para
compartilhar as mesmas práticas, interesses ou objetivos de trabalho, de
forma presencial ou virtual;
• A comunidade de prática possibilita a realização de duas coisas muito im-
portantes na formação do capital humano: transferência do conhecimento
e inovação;
• A responsabilidade pela ação de aprendizagem desloca-se da área de trei-
namento e transfere-se aos gestores.
208/247
Referências
Aula 7 - Tema: Práticas de Gestão do Conheci- Aula 7 - Tema: Práticas de Gestão do Conheci-
mento e Formação de Comunidades de Apren- mento e Formação de Comunidades de Aprendi-
dizagem. Bloco I zagem. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf- piv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cfd47a/
d47a/9fdb1e02136e928d00ba22712d8c5e5f>. 3c4bcf8a88eb3c97e62659e55448c6dc>.
210/247
Questão 1
1. As práticas de gestão do conhecimento são constituídas por:
211/247
Questão 2
2. São consideradas práticas de gestão do conhecimento:
212/247
Questão 3
3. Comunidade de prática ou comunidade de aprendizagem é definida
como:
a) agrupamento de pessoas que interagem regularmente durante certo período de tempo com
o intuito de executar determinado projeto.
b) agrupamento de pessoas que interagem e trabalham juntas formando uma equipe de tra-
balho.
c) agrupamento de pessoas de diversas áreas da empresa que se reúnem para solucionar um
problema por meio da técnica de brainstorming.
d) agrupamento de pessoas de diversas áreas da empresa que se reúnem para trocar informa-
ções acerca da condição econômico-financeira da organização.
e) agrupamento de pessoas que interagem regularmente no sentido de compartilhar as mes-
mas práticas, interesses ou objetivos de trabalho.
213/247
Questão 4
4. A responsabilidade pela ação da aprendizagem vem sendo transferida
nas organizações:
214/247
Questão 5
5. A comunidade de prática torna possível na formação do capital huma-
no da organização:
215/247
Gabarito
1. Resposta: C. As práticas mais empregadas pelas organi-
zações são: Aprendizagem organizacional,
A prática de gestão do conhecimento con- benchmarking, coaching, comunidades de
tém funções ou atividades que se inter-re- prática, comunicação institucional, educa-
lacionam, objetivando o alcance de resulta- ção corporativa, gestão de competências,
dos positivos, melhorias e inovações. Em seu gestão de marcas e patentes, gestão de rela-
conjunto, essas atividades são conhecidas cionamento com clientes, inteligência com-
como práticas de gestão de conhecimento petitiva, lições aprendidas, mapeamento de
e incluem: a identificação, criação, armaze- conhecimentos, mapeamento de processos,
namento, compartilhamento e aplicação do melhores práticas, memória organizacional,
conhecimento, considerados o ciclo de vida mentoring, normalização e padronização e
da GC. portal corporativo.
2. Resposta: A. 3. Resposta: E.
Pesquisas mostram que várias companhias Comunidade de aprendizagem está rigor-
vêm se ajustando e progredindo na aplica- osamente associada ao conceito de “co-
ção de práticas de gestão do conhecimento. munidades de prática” – CdP, criado por
216/247
Gabarito
Etienne Wenger, e pode ser definida como 5. Resposta: B.
um grupo de indivíduos que interagem
regularmente para compartilhar as mes- A comunidade de prática possibilita a reali-
mas práticas, interesses ou objetivos de zação de duas coisas muito importantes na
trabalho, de forma presencial ou virtual. formação do capital humano: transferência
do conhecimento e inovação.
4. Resposta: E.
De acordo com Meister (1999), uma alte-
ração importante é que a responsabilida-
de pela ação de aprendizagem desloca-se
da área de treinamento e transfere-se aos
gestores.
217/247
Unidade 8
Elaboração de planos de ação e projetos em gestão do conhecimento
Objetivos
218/247
Introdução
Resumindo, a etapa de implementação con- Este exemplo foi extraído do case “Gestão do
siste em: Conhecimento”, apresentado na 14ª edição
do Fórum de Boas Práticas da Fundação Na-
• discutir os fatores críticos de sucesso cional da Qualidade (FNQ), realizado em 2014.
na implementação da GC;
224/247 Unidade 8 • Elaboração de planos de ação e projetos em gestão do conhecimento
No ano de 2014, a Embraer contava com processos tendo como foco a disseminação
mais de 19 mil funcionários, dentre os quais do conhecimento:
89% estão localizados no Brasil. A empresa
• Identificar;
atua em três segmentos: aviação comercial,
executiva e defesa e segurança. • Desenvolver;
Para José Eduardo Carara Júnior (2014), Ge- • Reter/proteger;
rente de Sistemas de Gestão da Embraer, o • Disseminar e utilizar.
conhecimento é um ativo que deve ser tra-
A empresa trabalha com processos em duas
balhado nas organizações devido ao seu
linhas de atuação: práticas estimuladas e
caráter intangível. Ainda segundo o enge-
práticas gerenciadas. Para José Eduardo,
nheiro, se o conhecimento não for dissemi-
se fossem trabalhados somente os proces-
nado, não basta tê-lo porque é essencial ter
sos, a Embraer não conseguiria evoluir com
foco para executar as atividades. Além dis-
a questão do conhecimento. Isso significa
so, trabalhar com pessoas e processo, para
que ambos precisam ser trabalhados juntos.
o engenheiro, é o que produz o diferencial
da organização. Nas práticas estimuladas, não há a obriga-
toriedade da participação do funcionário,
Dessa forma, a Embraer concebeu quatro
ela é espontânea. O foco desse item é a ge-
fases, com o intuito de trabalhar pessoas e
225/247 Unidade 8 • Elaboração de planos de ação e projetos em gestão do conhecimento
ração e a disseminação do conhecimento e
do aprendizado. Para saber mais
Já as práticas gerenciadas têm como base “A mentoria tem como foco ajudar a alcançar ob-
início e fim definidos. Seu foco é direciona- jetivos, aprimorando o resultado obtido porque
do à aplicação e ao registro do conhecimen- seu propósito é o de auxiliar uma pessoa a encon-
to, ou seja, na incorporação do mesmo. São trar um caminho mais promissor, tendo como alvo
práticas que estabelecem aonde a empresa o progresso e o crescimento pessoal e profissio-
deseja chegar. nal do mentorado (a pessoa que passa pelo pro-
cesso de mentoria). O mentorado receberá con-
A empresa conta também com a mentoria,
selhos de um mentor mais experiente para chegar
que é a transferência de conhecimento de
a um patamar mais elevado na carreira e até na
indivíduo para indivíduo; o storytelling, do
própria vida.”(O que é mentoria e como ela pode
qual se capta o conhecimento através de ví-
ajudar você a atingir seus objetivos. Disponível
deos com grande know-how para que o co- em: <http://www.administradores.com.br/
nhecimento fique registrado na companhia; artigos/empreendedorismo/o-que-e-men-
e a gestão documental, que é a dissemina- toria-e-como-ela-pode-ajudar-voce-a-a-
ção da informação certa com a qualidade tingir-seus-objetivos/94864/>. Acesso em: 20
certa. abr. 2017).
234/247
?
Questão
para
reflexão
236/247
Considerações Finais (2/2)
• A etapa da implementação é constituída por: discussão dos fatores críticos
de sucesso na implementação da GC; definição dos meios para manter os
resultados a serem obtidos com a implementação da GC; definição das for-
mas de lidar com a resistência à implementação da GC; desenvolvimento
do plano de comunicação do PGC e elaboração da estratégia de avaliação
contínua na implementação do PGC.
237/247
Referências
Aula 8 - Tema: Elaboração de Planos de Ação e Aula 8 - Tema: Elaboração de Planos de Ação e
Projetos em Gestão do Conhecimento. Bloco I Projetos em Gestão do Conhecimento. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf- pApiv2/embed/c48c102c80dc0d1708616962b9cf-
d47a/e3781d503856645f421b5eb106db9665>. d47a/5e08ba573f66690fb286650bc59049ce>.
239/247
Questão 1
1. A Gestão do Conhecimento tem demandado um novo tipo de profissio-
nal, embasado em:
240/247
Questão 2
2. A definição da estrutura de governança de GC, bem como as práticas de
GC, são trabalhadas na etapa:
a) de desenvolvimento.
b) de planejamento
c) de diagnóstico.
d) de implementação.
e) de disseminação.
241/247
Questão 3
3. O conceito de gestão do conhecimento originalmente foi concebido
para:
242/247
Questão 4
4. A etapa de diagnóstico do PGC diz respeito a:
a) a escolha, pela companhia, de um projeto piloto para ser testado, implementando-o bem
como avaliando seus resultados. E utiliza as lições aprendidas para implementar o projeto
em toda a companhia.
b) determinação do grau de utilização da GC na organização, bem como se a mesma possui
condições adequadas para implementar e manter de forma sistemática os processos de GC.
c) descoberta dos meios mais adequados para compartilhar o conhecimento codificado em
toda a organização.
d) engajamento dos empregados para facilitar o compartilhamento de conhecimento e esti-
mular a criatividade e a inovação.
e) permitir acesso fácil e rápido ao conhecimento.
243/247
Questão 5
5. A fase da implementação:
a) é onde ocorre a descoberta dos meios mais adequados para compartilhar o conhecimento
codificado em toda a organização.
b) é onde ocorre a captura e disseminação de conhecimento com a utilização de ferramentas
de TI, compartilhamento de conhecimento e transferência de informação e foco geral na
atuação da organização.
c) é onde há disponibilização do conhecimento para toda a companhia com o intuito de esti-
mular soluções e estratégias criativas e garantir a satisfação dos consumidores.
d) é onde a companhia define a visão, os objetivos e estratégias de GC, identificando e priori-
zando os projetos de GC a serem implementados.
e) é onde a companhia discute os fatores críticos de sucesso na implementação do PGC, defi-
nindo formas de lidar com a resistência à implementação da GC bem como desenvolvendo o
plano de comunicação do PGC.
244/247
Gabarito
1. Resposta: D. e interorganizacional). Nesta etapa também
é definida a estrutura de governança de GC
A gestão do conhecimento tem concebi- e as práticas de GC, bem como a sensibili-
do um novo tipo de profissional, com novas zação das pessoas e elaboração do plano de
competências, habilidades e atitudes, além Gestão do Conhecimento (PGC).
de demandar capacidade intelectual com
senso crítico e sistêmico, fazendo com que 3. Resposta: A.
cada profissional reconheça o valor de seu
O conceito de gestão do conhecimento, em
comportamento para o sucesso da organi-
sua concepção original, destinava-se so-
zação.
mente em agregar valor às informações e
distribuí-las.
2. Resposta: C.
5. Resposta: E.
246/247