O Que É o Evangelho de Jesus Cristo
O Que É o Evangelho de Jesus Cristo
O Que É o Evangelho de Jesus Cristo
Talvez você pense que essa é uma pergunta fácil de responder, especialmente
para os crentes. Talvez você pense que se fazer essa pergunta é totalmente
desnecessário. É como pedir a carpinteiros que se assentem e considerem a
pergunta “O que é um martelo?”.
O fato é que obter concordância dos cristãos quanto a uma resposta à pergunta
“O que é o evangelho?” não é tão simples como deveria ser.
Outros têm dito que conhecemos a verdade pelo uso da razão. Edificar nosso
conhecimento da base para cima – A leva a B, que leva a C, que leva a D – nos
trará um verdadeiro entendimento e nós mesmos, do mundo e de Deus.
A razão, como qualquer filósofo iniciante lhe dirá, nos deixa a debater-nos na
incerteza que você deve crê naquilo que compreende, que é racional.
Outros dizem que devemos procurar a verdade do evangelho em nossa própria
experiência. Aquilo que ressoa mais em nosso próprio coração é o que, por fim,
entendemos ser verdadeiro a respeito de nós mesmos e de Deus.
A experiência nos leva a depender de nosso coração instável para decidir o que é
verdadeiro.
Portanto, é a Palavra de Deus que buscamos a fim de saber o que ele nos disse
sobre seu Filho, Jesus, e sobre as boas notícias do evangelho.
O Evangelho em Romanos 1 a 4
Primeiramente, Paulo diz aos seus leitores que eles são responsáveis para
com Deus.
Paulo começa sua apresentação do evangelho por declarar que “a ira de Deus se
revela do céu” (v.18).
Com essas suas primeiras palavras, Paulo insiste em que a humanidade não é
autônoma.
Não somos autônomos. Ou seja, não podemos viver de acordo com nossas
próprias leis. A condição moral da humanidade é de heteronomia: vivemos
sujeitos à lei de outrem. A forma específica da heteronomia sob a qual vivemos é
a teonomia, ou seja, a lei de Deus.
Não criamos a nós mesmos e não somos autodependentes. Foi Deus quem criou
o mundo e tudo que nele existe, inclusive nós. Visto que ele nos criou, Deus tem
o direito de exigir que o adoremos.
Assim, Paulo acusa a raça humana: eles pecaram por não honrar e não dar graças
a Deus. Como pessoas criadas que pertencem a Deus, temos a obrigação de dar-
lhe a honra e a glória que lhe são devidas, de viver, falar, agir e pensar de um
modo que admite e reconhece a autoridade de Deus sobre nós.
Somos feitos por ele, pertencemos a ele, dependemos dele e, por isso, somos
responsáveis para com ele.
Em segundo, Paulo diz aos seus leitores que o problema deles é que se
rebelaram contra Deus.
Eles – juntamente com todos os demais – não honraram a Deus e não lhe deram
graças como deveriam. O seu coração insensato entenebreceu-se, e eles
“mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm 1.23).
Falando sinceramente, esses dois primeiros pontos não são realmente boas
notícias. De fato, são más notícias. O fato de que me tenho rebelado contra o
Deus santo, que julga, não é um pensamento feliz.
Se alguém nos diz: “Venho salvar você!”, isso não é boa notícia se você não crê
realmente que precisa ser salvo.
“Mas agora”, diz Paulo, apesar de nosso pecado, “sem lei, se manifestou a
justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas” (v. 21).
Como isso acontece? Paulo responde com clareza em Romanos 3.24. Apesar de
nossa rebelião contra Deus e em face de nossa situação desesperadora, podemos
ser “justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus”.
Como, exatamente, essas boas notícias servem para mim? Como eu sou incluído
nessa promessa de salvação?
Por último, Paulo diz aos seus leitores como eles mesmos podem ser
incluídos nessa salvação.
É sobre isso que ele escreve no final de Romanos 3, prosseguindo até ao capítulo
4.
A salvação que Deus proveu nos alcança “mediante a fé em Jesus Cristo”, para
todos “os que crêem” (3.22). Então, como essa salvação se torna boas-novas para
mim e não somente para outra pessoa? Como chego a ser incluído na salvação?
Por meio do crer em Jesus Cristo. , por confiar nele, e em ninguém mais, para
salvar-me. “Ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio”, Paulo
explica, “a sua fé lhe é atribuída como justiça” (4.5).