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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO MOGI DAS CRUZES
E. E. PROFª “VÂNIA APARECIDA CASSARÁ”
Av. João de Souza Franco, 350- Jundiapeba –Mogi das Cruzes
Telefones: (11) 4738-4112
E-mail: e079873a@educacao.sp.gov.br

ATPC – VAC – 19/03/2024

Tema: METODOLOGIAS ATIVAS

O que são metodologias ativas de aprendizagem?

As metodologias ativas de aprendizagem são uma técnica pedagógica que se


baseia em atividades instrucionais, capazes de engajar os estudantes em, de
fato, se tornarem protagonistas no processo de construção do próprio
conhecimento. Ou seja, são metodologias menos baseadas na transmissão de
informações e mais no desenvolvimento de habilidades.

O termo foi cunhado pelos professores Charles Bonwell e James Eison em seu
livro “Active Learning: Creating Excitement in the Classroom“, lançado em
1991.

Com as metodologias ativas de aprendizagem, o ensino é feito por meio de


práticas que trabalham com diferentes conceitos de maneira repetida — de
várias maneiras e com feedback imediato.

O intuito é que o conhecimento possa realmente se firmar nas mentes dos


estudantes.

Nos modelos convencionais, as aulas expositivas colocam o professor como o


centro do ensino, passando o conteúdo enquanto os alunos absorvem tudo de
maneira passiva.

Geralmente, essa abordagem é responsável pelo desinteresse e maior


dificuldade de assimilação.

Dessa forma, a aprendizagem ativa dá um salto na relação entre professores e


alunos, que, neste formato, são estimulados a tomarem a frente, com maior
interação e independência, participando ativamente do processo.

O professor se torna mais um mediador, orientando e conduzindo os alunos na


solução de problemas, na elaboração de ideias e argumentos, no trabalho em
equipe e em outras competências muito importantes, como responsabilidade,
independência, proatividade, ética etc.
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E. E. PROFª “VÂNIA APARECIDA CASSARÁ”
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Deste modo, é possível dizer que as metodologias ativas de


aprendizagem, assim como a gestão educacional, preparam os alunos para a
vida acadêmica, profissional e social, oferecendo todas as ferramentas para
lidar com situações complexas.

Qual a importância das metodologias ativas no processo de


aprendizagem?

Proporcionar um ambiente de aprendizagem em que há oportunidade para


todos os alunos de pensar e interagir com o material de estudo é essencial
para promover uma educação transformadora. Essa é a importância das
metodologias ativas de aprendizagem.

Com isso, é possível aprimorar as habilidades de pensamento crítico, melhorar


os índices de motivação dos alunos e diminuir as taxas de reprovação.

Mas e na prática, as metodologias ativas de aprendizagem realmente


funcionam? Saiba que sim — e há estudos comprovando.

Benefícios das metodologias ativas de aprendizagem

Até aqui, você pôde conferir o que são as metodologias ativas de


aprendizagem. Agora, quais são as vantagens trazidas por essas novas formas
de ensino?

 Maior envolvimento e engajamento: a participação do corpo discente


é um dos maiores fatores que contribuem para a retenção de alunos,
que se sentem valorizados e podem trabalhar diferentes áreas do
conhecimento;
 Autonomia: é importante tratar os alunos como protagonistas do
aprendizado individual e coletivo, e autonomia é uma das habilidades
mais valorizadas em diversos setores da sociedade,
 Inovação e vantagem competitiva: instituições de ensino que aplicam
as metodologias ativas contam com um diferencial no mercado, em
relação aos seus concorrentes.

13 tipos de metodologias ativas de aprendizagem

Essas abordagens, é claro, podem seguir diferentes linhas de pensamento e de


prática. Quais são, então, os tipos de metodologias ativas presentes nas
instituições de ensino? Separamos alguns exemplos a seguir:
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1. Gamificação

A gamificação na educação é um dos principais métodos de aprendizagem


ativa utilizados hoje, tanto na educação acadêmica quanto na gestão da
aprendizagem corporativa.

Trata-se, essencialmente, de trazer elementos comuns a videogames (como


desafios, regras, narrativas e storytelling em geral) para o ensino.

Desse modo, é possível expor os alunos a problemas baseados em diferentes


situações, disponibilizando recursos diferenciados para que possam resolvê-los
— seja individualmente ou em grupo.

É uma prática que estimula o ensino lúdico e o pensamento analítico,


desenvolvendo habilidades antes inéditas na sala de aula.

2. Design thinking

O design thinking, como o nome dá a entender, é o pensamento voltado para o


design. É muito comum em empresas inovadoras e já começa a dar as caras
em instituições de ensino.

O foco do design thinking são as pessoas, e o objetivo é inovar para criar uma
solução criativa e eficiente para um problema.

Trata-se de uma metodologia ativa de aprendizagem, pois coloca os envolvidos


no centro do problema — e os obriga a “erguer as mangas” para encontrar
soluções.

E antes que você pense que o design thinking tem a ver apenas com design de
produtos, saiba que não é bem assim.

Na verdade, é uma metodologia que visa olhar para os problemas de novas


maneiras, utilizando da lógica, imaginação e intuição, bem como materialização
da solução por meio da prototipagem e testagem.

3. Cultura maker

Exemplo perfeito de metodologia ativa de aprendizagem, a cultura maker é


baseada nos princípios do “do it yourself” ou “faça você mesmo“.

Na prática, quando falamos da cultura maker na educação, falamos da


apresentação de problemas e recursos para resolvê-los.
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Assim, de maneira intuitiva, os alunos devem criar as soluções


por si só, utilizando os conhecimentos aprendidos em sala de aula.

4. Aprendizado por problemas

A aprendizagem baseada em problemas permite que os alunos exerçam o


aprendizado a partir de desafios. Ao encarar situações em determinados
conceitos, é necessário trabalhar com criatividade e reflexão.

Os cenários podem sugerir problemas técnicos ou subjetivos, em que


diferentes habilidades podem ser necessárias. Sejam técnicas ou emocionais,
elas dificilmente são assimiladas por meio de livros ou manuais.

5. Estudo de casos

Com estudos de casos, os estudantes são expostos a problemas reais, de


modo que possam analisá-los por inteiro (como uma situação real) e, entre si,
discutir as possibilidades de solucioná-los.

Esses casos são relatos construídos de tal modo a estimular o pensamento


analítico e sistêmico.

São como exercícios em uma prova, mas mais contextualizados e


abrangentes.

6. Aprendizado por projetos

A aprendizagem baseada em projetos trata de um mecanismo que propõe aos


alunos identificarem uma situação que não necessariamente é um problema,
mas pode ser melhorada, criando uma solução que segue uma linha de
raciocínio de “o quê?”, “para quem?”, “para quê?” e “de que forma?”

Complementando a aprendizagem por problemas, essa abordagem estimula o


trabalho em equipe e possibilita a descoberta de aptidões que podem ser um
diferencial para o empreendedorismo e o mercado de trabalho.

7. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma das metodologias ativas de aprendizagem que


contam com o auxílio da tecnologia, transformando qualquer ambiente em um
espaço dedicado ao estudo.
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Seja em casa, na rua, ou nos meios de transporte, por exemplo,


é possível acessar o conteúdo previamente, disponibilizado nas plataformas de
ensino.

Dessa forma, o tempo da aula pode ser usado para discussões e debates
sobre o tema, em vez de somente a transmissão do conteúdo. O professor
pode, inclusive, complementar com vídeos, demonstrações visuais e práticas.

8. Seminários e discussões

Outro tipo de metodologia ativa de aprendizagem é a promoção de seminários


e discussões entre os alunos.

Muitas vezes, para isso, apenas deve-se mudar a disposição das carteiras para
que todos os alunos e o professor estejam em posição de igualdade (em um
círculo, por exemplo).

Normalmente, a aplicação prática é simples, com o professor propondo um


tema para discussão geral, de modo que os alunos devem se posicionar em
relação a ele.

É uma forma de, inclusive, desenvolver o potencial argumentativo, expondo-os


a diferentes pontos de vista e colocando-os em situações fora de sua zona de
conforto intelectual.

9. Pesquisas de campo

Já as pesquisas de campo são práticas excelentes para possibilitar que o


ensino, o engajamento e a prática do pensamento analítico aconteçam fora do
ambiente da sala de aula.

Como o nome dá a entender, é uma pesquisa de campo: fora da sala, com


pessoas diferentes do seu convívio escolar, sobre qualquer tipo de tema.

Essa prática não é rara no ambiente estudantil atual, mas pode ser
potencializada e inserida de maneira mais cotidiana para a resolução dos
exercícios.

Por exemplo, para que um seminário seja realmente bem feito, o professor
pode requisitar uma pesquisa de campo que enriqueça a discussão —
trazendo opiniões de pessoas de fora da sala.
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10. Storytelling

O storytelling é muito mais um recurso do que uma metodologia ativa de


aprendizagem em si.

Trata-se da elaboração de narrativas acerca dos temas estudados em sala de


aula.

Desse modo, é possível utilizar recursos tão comuns da trajetória humana —


que se desenvolveu na base das narrativas, como as religiosas — para
contextualizar os problemas da sala de aula.

Na prática, o storytelling deve ser aplicado a qualquer metodologia ativa,


da gamificação às pesquisas de campo e seminários.

11. Aprendizagem entre pares e times

Outra forma de desenvolver a aprendizagem ativa é com trabalhos em pares


ou times.

Assim, é possível trabalhar em cima de pontos essenciais, como liderança,


delegação de tarefas, colaboração, empatia, entre outras habilidades
socioemocionais e mesmo soft skills — aspectos tão importantes no mercado
de trabalho.

12. Ensino híbrido

O ensino híbrido (também chamado de blended learning) é uma modalidade de


aprendizagem que mistura o modelo presencial e a distância.

Desse modo, é possível criar um ecossistema de aprendizagem calcado na


tecnologia, com participação pontual do professor — que muitas vezes ocupa o
papel de mentor.

Além de flexibilizar o ensino, utiliza de recursos online e digitais para


apresentar diferentes formas de aprendizado ao aluno, engajando-o nos temas,
exercícios e problemas apresentados.

13. Rotação por estações

A rotação por estações é uma das práticas dentro do guarda-chuva do blended


learning.
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Nela, o professor divide a sala de aula em “estações”,


separando os alunos por etapas relativas ao planejamento da aula.

Neste caso, a primeira etapa ou estação é a mais básica, como a leitura do


tema da redação, enquanto a segunda é a exibição de um vídeo-aula sobre o
tema, a terceira uma discussão em grupo sobre o tema e a quarta a produção
da redação.

LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA: TOTVS

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