Grua Mem PDF
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Memória de cálculo
Guindaste
-lança a 450
3.3. Majoração das cargas de serviço pela ação dinâmica da carga em movimento
(tabela 5 NBR8400).
Adota-se 1/12 da carga total sobre as rodas motoras do carrinho.(ver NBR8400 - 1/4
à 1/30). O peso próprio do carrinho com acionador é (400kgf), 4 kN (segundo o manual do
equipamento )[1].
Tabela 3- Valores das cargas horizontais na direção da lança devidas ao movimento do carrinho.
Carga de Carga por roda do carrinho HL
Serviço
HL1 (80+4)/(4x12)=1,75 kN =(175kgf)
HL2 (39+4)/(4x12)=0,895 kN =(89,5kgf)
HL3 (26+4)/(4x12)=0,625 kN =(62,5kgf)
3
Segundo Zignoli [4], devido a este efeito em guindastes pode-se considerar que o
cabo sofre uma inclinação de 6o:
Giro da lança
SL
Fc
Fc = SL . tg (6o) = SL . 0,105
3.4.3. Cálculo das forças de inércia horizontais pelo giro da lança com carga de serviço
(apêndice B da NBR8400) [2].
Lastro
Eixo de giro
Tabela 4- Descrição das massas e distância ao eixo de giro da lança e contra-lança (do manual) [1].
Descrição Nomenclatura Massa [kg] Distância do Comprimento do
Mi baricentro da elemento sobre o
massa ao eixo qual a massa está
de giro (Li) [m] repartida (ei) [m]
Ponta da contra- B1 4600 12,92 2
lança + motor
Lastro da contra- Lastro 9250 10,92 2
lança (5x1650+1000)
Primeira parte da B2 2200 5,96 11.92
contra-lança
Módulo M11 1250 15,8 10
intermédio da
lança
Módulo M12 1250 25,8 10
intermédio da
lança
Ponta da lança M22 800 35,8 10
½ I ω2= ½ mi vi2
Onde mi é a massa equivalente de todas as partes que giram (lança e contralança
concentradas no ponto onde está pendurada a carga suspensa), lembrando que
ri ω = vi
Chega-se à seguinte expressão para a massa equivalente
mi = I /r2
O que para as três posições da carga suspensa estudadas, vão resultar:
Ji = α . ri
Os valores de Ji para as três posições do carrinho consideradas estão apresentados na
Tabela 6.
6
M1 = 8000Kg
M2 = 3900 Kg
M3 = 2600 Kg
J j = αx . r j
-onde as rj representam as distâncias das partes móveis da lança e contra-lança
indicadas na Figura 2. É possível calcular a força aplicada sobre cada parte móvel da lança
e da contra-lança devido à aceleração ou desaceleração no movimento horizontal com a
seguinte expressão:
Fcmj = Jj .Mj .ψj
e em particular para a carga suspensa
Fcmi = Mi . Ji . ψi
Nas expressões anteriores ψ é um coeficiente de amplificação dinâmica que segundo
o apêndice B da norma será igual a 2 (NBR 8400), para as Fcmj o fator de amplificação
dinâmica ψ tem que ser calculado como se indica no item seguinte.
j) Forças aplicadas nas massas das partes móveis da lança e contra-lança e as devidas
à carga suspensa.
Fcmi
ω v ri
Mj
Fcmj
o
Ponto de
fixação da rj
carga
suspensa
Figura 3- Posição das cargas devido ao movimento horizontal da lança (anexo B NBR8400) [2].
Para melhor exemplificar, abaixo da tabela 8 estão citadas e indicadas cada uma
dessas componentes listadas. Cabe lembrar que as Fcm’s correspondentes às cargas
suspensas e ao carrinho estarão posicionadas de acordo com o caso correspondente
(caso1→16,2m; caso2→30m; caso3→40m).
8
Tabela 8 - Cálculo das forças das partes móveis Fcmj e a devida à massa suspensa
(Fcmi). Para os três casos de carga estudados.
3.4.4. Reações transversais devidas ao rolamento (ver 5.5.3.3 da NBR 8400) [2].
Caso onde o carrinho está andando com a carga e tranca uma de suas rodas, ou
descarrila do trilho, gerando uma força chamada de HT, conforme Figura 5.
9
HT
HT
v
Figura 5 - Disposição das forças HT devido ao travamento do carrinho na sua translação sobre a lança.
Segundo manual do equipamento [1]: a = 1,65m, v = 1,50m, então v/a = 0,90 ξ = 0,05
(da figura 3 da NBR 8400).
Tabela 9- cálculo das forças transversais para as três cargas de serviço consideradas.
Figura 6- Foto que ilustra as características da batente do carrinho localizada sobre a lança
40 m
5.8m
12.5
10 módulos
de 2.5m de
35.8m altura
1 módulo
de 5metros
1.65 m
Figura 7- Esquema do guindaste com as medidas principais, as áreas hachuradas serão consideradas como
totalmente densas para efeito do vento.
11
112mm
55mm
2500 mm
68 mm
1650mm
Figura 8 - Esquema do módulo básico da torre ( para calcular a área efetiva da mesma).
40m
Vista lateral
110x110mm
1600m
m
1215mm
Vento de serviço (tabela 7-norma) v= 20m/s produz uma pressão aerodinâmica = 250 N/m2.
Para o vento máximo foi realizado o cálculo segundo a norma NBR 6123 [4] por
considerar os valores dados pela NBR 8400 pouco conservativos dadas as características
desfavoráveis do guindaste frente a este tipo de ação (está localizado frente ao rio Guaíba).
A NBR 8400 considera os valores 0 à 20m de altura como sendo v0 = 36 m/s , e de 20 à
100m de altura como v0 = 42 m/s .Segundo a NBR 6123 o vento máximo será dado por:
Vmax(h) = V0 . S1 . S2(h) . S3
h = altura considerada m;
V0 = valor de vento básico obtido de um mapa de isopletas;
S1= coeficiente que depende do relevo onde está a estrutura a analisar neste caso.
Direção do vento
Segundo o relevo: S1 = 1
13
Cálculo do S2(h): considerar rugosidade do terreno com categoria I, (a mais baixa por
ter o Guaíba na frente). Segundo o tamanho da estrutura considerar classe B. Entrando na
tabela 2 pp15 da NBR 6123 tem-se que o coeficiente S2 varia de 1.04 a 1.19 para uma
altura de 0 a 40 metros, para simplificar o cálculo das cargas irá se considerar S2 constante
e igual a 1.20, então:
S2 = 1,20
O fator S3 é dado em função do tipo de estrutura. Por ser estrutura de montagem,
S3 = 0,83
Então
Vmax = 1 . 1,20 . 0,83 . 47 m/s = 47m/s
qmax = (Vmax)2/1.6 [N/m2] = 1380 N/m2
Fa = Ca . q . Ae
A)Cálculo da força de arrasto sobre a lança
Parte treliçada (figura 9 da NBR 6123), considerando fi = Ae/A = 0,20 => Ca = 2,6
Cada 2.88m da lança temos 1 nó inteiro acima e dois médios abaixo (ver figura 11),
então, para 40 metros temos
(Ver na Figura 11 como distribuir esta carga sobre os nós da treliça da lança)
14
1,711 m
2.88m
40 m
214N
Direção do
vento 107N
contra-lança
B
Porção da
H torre
DV
Fa [N]
Figura 12 - Esquema da contra-lança e da força de arrasto distribuída que atua sobre ela.
Fa = Ca . q . A
15
Para calcular Ca, entrar na tabela 10 - NBR 6123 com H1 = 12,45 m, L1 = 1,00 m
e L2 = 3,6 m.
H1=12.45m
L1=1.0m
>L1
Este tirante tem seção quadrada de 110mm de lado. Colocamos metade da força em cada
ponto de vinculação do tirante. A força de arrasto fica então com a consideração do número
de Reynolds mais desfavorável. Utilizando a tabela 10 da NBR 6123, seção quadrada e uma
relação h/L1 = 21,7 / 0,11 infinito (tabela 10),
Por ser de menor diâmetro e não entrar em um caso específico da norma vamos considerar
que sobre cada um destes tirantes atua uma força de arrasto de 100N. Como são dois cabos
vamos ter uma força de 100N nos pontos de amarre dos cabos como se indica na vista
superior da contra-lança da Figura 14.
50 N
100N
50 N
Vento a 0o
Vento a 45o
Figura 15 - Esquema que ilustra os dois caso a serem considerados para a análise da torre do guindaste.
Fa = Ca . q . Ae
Ver figura 9 da NBR 6123 entrando com Ae/A = 0.20 (foi calculada em 3.5.2 deste
informe). Obtém-se
Ca = 2.9
Então para o vento de serviço (justificativa das distâncias na Figura 7):
Fa = 2,9 . 250N/m2 .(1,650m (10 x 2,5m + 1 . 5m) 0,20) = 7177.5 N
17
1650 mm
1.25 m 10 . 2,5 +1 . 5 = 30 m
Figura 16- Vista do modulo básico da torre e medidas indicadas para calcular a força de arrasto
5.8m
Fa = 3480 N
2.4m
2.40m
Figura 17- Esquema da região cheia da torre para realizar o cálculo do vento.
Para entrar na tabela 10 da NBR 6123[3], consideramos h = 5,8m Ca = 1,0. Então:
Figura 18- Vista superior da torre com as forças aplicadas nos nós indicados.
3.5.5. Cálculo das solicitações devidas ao vento atuando com a lança alinhada ao mesmo
Esta disposição da estrutura será a considerada quando o vento é máximo, também será
verificada esta situação para vento de serviço.
Neste caso se considera que a lança e contra-lança ficam alinhadas com a direção do
vento (foi consultado com o motorista do guindaste que quando a lança está fora de serviço
ela fica sem freio na coroa de giro de tal forma que em caso eventual de uma tormenta ela
fique acomodada na posição mais favorável – pp37 seção 5.11 parte C da NBR 8400)[2].
Neste caso será considerado que a área de sombra produzida pela lança e contra-lança
alinhadas, que se indica na que segue:
DV 3,65m
2h = 1,60m
L1=3,65m
L2=infinito
Figura 19- Área considerada da lança e contra-lança
Ca = 0,7
Famax = Ca . q . Ae = (3,65m . 1,60m ) . 0,7 . (1380 N/m2) = 5640 N
Faserv = Ca . q . Ae = (3,65m . 1,60m ) . 0,7 . (250 N/m2) = 1022 N
4-Combinações de Carregamento
Será utilizado um coeficiente de majoração das ações obtidas da tabela 10 da NBR 8400
sendo que para o grupo no qual foi classificado o equipamento (grupo 5), o coeficiente é
Mx = 1,12
A partir dos estados de carga analisados e seguindo as diretrizes da NBR 8400 é
possível montar os estados de carregamento, que se descriminam a seguir:
(SG + ψ . SL + H) . Mx
Onde:
SG= solicitações devidas ao peso próprio;
ψ = coeficiente de amplificação dinâmica (ver tabela 2 do presente informe);
SL= solicitações devidas a cargas de serviço;
H = conjunto de forças horizontais mais desfavoráveis atuantes.
Mx . (SG + Ψ . SL + H) + Swserviço
Onde:
Swserviço: indica as solicitações no guindaste devidos ao vento de serviço.
O caso SL1 citado na acima está exemplificado abaixo, onde se sabe que SL1
representa a carga de 8 ton aplicada à 16,2m da torre. As posições para a lança e torre em
relação ao vento para 0o,45o,90o,135o é respectivamente:
0o
45o
90o 135o
4.3.1. Caso IIIA – equipamento sem carga de serviço e com vento máximo
(SG + Swmax)
Neste caso deve-se considerar que o vento esteja atuando a 0o ou 45º em relação a torre
(considera-se que a lança está orientada na mesma direção em que atua o vento). Assim
haverá duas combinações de carregamento.
4.3.2. Caso IIIB – peso próprio + carga de serviço+ maior solicitação de choque
SG + SL + Schoque
Neste caso foram consideradas as combinações mais críticas, onde haverá quatro
combinações de carregamento.
y
FHT1
x (2352N)
*80000N 16.2 m
FHT1
(2352N) FHL1
(1960N)
• 2/42 – CI1-45b
Mx = 1,12 Y = 1,15
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
z FHT1
(2352N)
y
80000N* x
16.2 m
Fvert1 FHT1
(26880 N) (2352N)
45o FHL1
* esta força auto equilibrada (1960N)
é produzida pelo cabo de
levantamento do guindaste.
• 3/42 – CI1-0a
Mx = 1,12
Y = 1,15
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 0o. As forças
horizontais devidas à aceleração e desaceleração angular da lança foram calculadas na
seção 3.4.3 e descriminadas na Tabela 8. Majoradas pelo coeficiente 1,12 tem-se os
seguintes valores:
Fvert = 26880N
x FHc=(1143N)
80000N*
16.2 m
Fvert1=26880 N
Fcm3= 250 N
Fcm12=1084N
Fc=2355N
Flastro=3393,6N
Fcm2=963N
FB2=441N Fcm11=664 N
FB1=1197N
• 4/42 – CI1-45a
Mx = 1,12
Y = 1,15
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
x FHc=(1143N)
80000N*
16.2 m
Fcm11=664 N
Fvert1=26880 N
Fcm2=963N
Flastro=3393,6N
Fcm12=1084N
Fc=2355N
Fcm3= 250 N
FB2=441N
FB1=1197N
• 5/42 – CI2-0b
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 0o. As cargas
indicadas na Figura 25 são:
y
FHT1
x (1204N)
39000N* 30 m
Fvert1
(15316 N)
FHT1
(1204N)
FHL1
(1003N)
* esta força auto equilibrada é produzida pelo cabo de levantamento do guindaste.
• 6/42 – CI2-45b
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
z
FHT1
(1204N)
y
39000N* x
30 m
Fvert1 FHT1
(15316 N) (1204N)
FHL1
(1003N)
• 7/42 – CI2-0a
Mx = 1,12 Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 0o. As forças
horizontais devidas a aceleração e desaceleração da lança foram calculadas na seção 3.4.3 e
descriminadas na Tabela 8. Majoradas pelo coeficiente 1,12 ficam os seguintes valores:
x FHc=(1083N)
39000N*
30 m
Fvert1=15316 N
Fcm3= 250 N
Fcm12=1084N
Fc=1148N
Flastro=3393,6N
Fcm2=963N
FB2=441N Fcm11=664 N
FB1=1197N
* esta força auto equilibrada é produzida pelo cabo de levantamento do guindaste.
Figura 27- Combinação de cargas para o caso CI2-0a.
30
• 8/42 – CI2-45a
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
x FHc = 1083N
39000N*
30 m
Fcm11=664 N
Fvert1=15316N
Fcm2=963N
Flastro=3393,6N
Fcm12=1084N
Fc=1148N
Fcm3= 250 N
FB2=441N
FB1=1197N
* esta força auto equilibrada é produzida pelo cabo de levantamento do
guindaste.
• 9/42 – CI3-0b
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 0o. As cargas
indicadas na Figura 29 são:
y
FHT1
x (840N)
26000N* 40 m
Fvert1
(10584 N)
FHT1
(840N)
FHL1
(700N)
• 10/42 – CI3-45b
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
z
FHT1
(840N)
y
26000N* x
40 m
Fvert1 FHT1
(10584 N) (840N)
FHL1
(700N)
• 11/42 – CI3-0a
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 0o. As forças
horizontais devidas à aceleração e desaceleração da lança foram calculadas na seção 4.3.4.
e descriminadas na Tabela 8. Majoradas pelo coeficiente 1,12 tem-se os seguintes valores:
x FHc=(1005N)
26000N*
40 m
Fvert1=10584 N
Fcm3= 250 N
Fcm12=1084N
Fc=766N
Flastro=3393,6N
Fcm2=963N
FB2=441N Fcm11=664 N
FB1=1197N
• 12/42 – CI3-45a
Mx = 1,12
Y = 1,30
Majorar o peso próprio da estrutura em 12%, a lança está orientada a 45o.
x FHc=(1005N)
26000N*
40 m
Fcm11=664 N Fvert1=10584N
Fcm2=963N
Flastro=3393,6N
Fcm12=1084N
Fc=766N
Fcm3= 250 N
FB2=441N
FB1=1197N
* esta força auto equilibrada é produzida pelo cabo de levantamento do
guindaste.
CASOS II de Carregamento
(SG + Ψ . SL + H) . Mx + Swserviço
Neste caso também ter-se-ão 18 combinações possíveis. Para defini-las determinam-se
os estados de carga do vento de serviço que vão se superpor com as combinações já vistas
para formar 18 novas combinações de carregamento.
SW0o
Fcabo contra-lança +F cabo lança: 488N
F cabo lança=
388N
Fcabo contra-lança
100N
r
150N/m 214N
3480N no
baricentro
da região
opaca
SW45o
Fcabo contra-lança +F cabo lança: 488N
F cabo lança:
388N
Fcabo contra-lança
100N
r
150N/m 214N
3480N no
baricentro
da região
opaca
45o
DV
SW90o
DV
r
1022N
3480N no
baricentro
da região
opaca
SW135o
DV
r
1022N
3480N no
baricentro
da região
opaca
DV
45o
SWmax 0o
r
5642 N
19209N no
baricentro
da região
opaca
SWmax 45o
r
5642 N
19209N no
baricentro
da região
opaca
45o
(B) SG + SL + Schoque
• 27/42 – CIIIB-0a
Carrinho vazio que colide no batente do lado da torre.
4000N
1600N
• 28/42 – CIIIB-45a
Mesmo estado de carga que o anterior, porém com lança girada 45o.
43
• 29/42 – CIIIB-0b
Carrinho com peso mínimo (SL3) + Choque no batente da ponta da lança.
z
1600N
y
x
26000N*
40 m
Fvert1=(26000+4000)/4=
• 30/42 – CIIIB-45b
Mesmo estado de carga que o anterior, porém com lança girada 45o.
y
80000N*
x
16.2 m
Fvert1=(1.4x80000+4000)/4=29000N
• 32/42 – CIIIC1-45
Mesmo estado de carga que o anterior, porém com lança girada 45o.
y
39000N*
x
30 m
Fvert1=1.62x(39000+4000)/4=17415N
• 34/42 – CIIIC2-45
Mesmo estado de carga que o anterior, porém com lança girada 45o.
46
y
26000N*
x
40 m
Fvert1=1.62x(26000+4000)/4=12150N
• 36/42 – CIIIC3-45
Mesmo estado de carga que o anterior, porém com lança girada 45o.
47
Para realizar a análise das solicitações foram construídos dois modelos que se
apresentam a continuação:
a) Modelo detalhado
Figura 46- Nomenclatura dos elementos da ponta da torre (2), da peça pivô da lança (3) e
do tirante da lança (7).
49
Figura 47- Nomenclatura dos elementos da peça intermediária da lança (4) e da ponta da lança (5).
Figura 48- Nomenclatura dos elementos da contra-lança (6) e dos tirantes da contra-lança (7).
b) Modelo simplificado
50
Para verificação dos resultados obtidos com o modelo anterior foi desenvolvido um
modelo simplificado como demonstrado na Figura 48. Foram utilizados 565 elementos de
viga e 5 elementos de massa concentrada no modelo. As propriedades geométricas
equivalentes do componente analisado foram calculadas levando em conta a seção
transversal de todo o componente representado (torre, base, lança, contra-lança e tirantes).
ultrapassada. Também são indicadas nas ditas tabelas o caso de carga na qual se produz no
elemento a solicitação máxima.
Como não se tem informação do tipo de aço utilizado na fabricação da grua será
considerada nesta verificação um aço A36 com tensão de escoamento de 250 MPa, (ensaio
da microestrutura de uma mostra da estrutura de telescopagem indicou a utilização de aço
de qualidade similar).
σesc=250Mpa
λ = K . L / rmin
Onde
λ é a esbeltez;
L o comprimento do elemento considerado;
rmin o raio de giração mínimo ( I min / A );
K é o coeficiente de flambagem (=1).
σmax(-)= Smax x ω /Α
52
c) Instalar um anemômetro na parte superior da grua para ter condições de medir in-situ a
velocidade do vento, podendo parar ou restringir a operação da grua para ventos maiores do
que 40 Km/h.
Verificação à flexão e corte, calculando a tensão normal nos pontos (1) e (2) (Figura 52).
y y
(2)
σx=Mz y/Iz
(1) τ=Q/Aalma
τ=0
σvm = 50,99MPa
para a fibra (2) temos
Então
σvm(1)=51Mpa < σadm= 250MPa/1,5= 166MPa OK!
Os elementos utilizados têm uma esbeltez muito baixa como para ter problemas de
flambagem local
A NBR8800 na sua tabela 1, fornece como valores limites para apresentar problemas de
flambagem local (para perfis tubulares retangulares) o seguinte:
b/t(max) =27;
Pelo analisado nenhum dos elementos estudados apresenta condições criticas frente ao
flambagem lateral
Reação 4
Reação 2
Reação 1
Reação 3
Figura 54 – Figura da grua modelada com elementos finitos e seu detalhamento dos vínculos da base.
3.16m
Figura 55- Detalhamento do ponto de vinculação da base para cálculo de tombamento por torção.
Como as reações já haviam sido obtidas, somaram-se todas elas e realizou-se o
seguinte cálculo:
60
Considerando que a força normal seja “peso da grua”/4, a força de atrito encontrada
para cada sapata deve ser maior do que ¼ do momento torsor dividido pelo braço de
alavanca medido do ponto central ate o extremo da Zapata (3,16m) indicado na figura 55.
A condição a verificar é a seguinte:
8- Considerações Finais
Neste estudo se realizou a verificação da grua Liebherr, modelo 98.3HC considerando os
seguintes aspectos estruturais:
a) Verificação dos elementos estruturais principais submetidos a 42 estados de
carregamento diferentes definidos segundo exigência da NBR8400.
b) Verificação ao tombamento e à torção da grua frente aos 42 estados de carga.
c) Verificação dos parafusos principais da grua.
Observações:
-O item (8.a) foi verificado com restrições sendo que um dos tipos de barras (diagonais na
parte inferior da base), apresenta uma solicitação maior (20%) para algumas das
combinações verificadas (aquelas que tem a carga de serviço em qualquer posição + a lança
girando + vento de serviço), isto poderia ser solucionado colocando um reforço na base
para diminuir a solicitação nas diagonais inferiores. Mas cabe salientar que este problema
não parece ser crítico, já que o estado de carga não é corriqueiro, embora a norma exija seu
cumprimento.
Para a verificação da estrutura utilizou-se uma tensão de escoamento de 250 Mpa para o
aço. Um ensaio do material, provavelmente, permitiria utilizar um valor mais favorável.
- Os itens (8.b) e (8.c) foram preenchidos satisfatoriamente.
- A verificação a Fadiga não foi realizada por considerar ela não necessária para o caso
analisado, a grua é inspecionada periodicamente e não tem apresentado na sua história de
mais de 20 anos de trabalho nenhuma patologia neste sentido.
Outro ponto a salientar é a importância da grua ser utilizada por pessoas treinadas tanto na
sua montagem como na sua utilização. A obediência deste item é fundamental para o bom
funcionamento - podendo ser mais bem detalhado na Portaria 3214/78 NR-18 no item sobre
Gruas - pois uma utilização inadequada poderia gerar um tipo de carregamento não previsto
por norma o qual poderia produzir um colapso não verificado neste estudo.
9- Referências Bibliográficas.
[5] Relatório de Análise de Integridade de conjuntos de fixação da Grua Liebherr, modelo
98.3HC, Informe técnico do Eng Mattos (documentação interna da empresa Camargo
Correa).
[1] NBR8800 Projeto de Estruturas de Aço de edifícios (1986)
[2] Manual de Instruções da Grua type Liebherr 98HC, (Documentação interna da empresa
Camarago Correa).
[3] NBR8400 , Cálculo de Equipamento para levantamento e Movimentação de cargas
(1984).
[4]NBR6123 , Forças devidas ao vento em Edificações (1988).