Ramp 52
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Considerando que a ANP tem como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização
das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos
biocombustíveis, nos termos da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997;
Considerando que o art. 68-A da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997, incluído pela Lei nº 12.490,
de 16 de setembro de 2011, estabelece o regime de autorização para o exercício das atividades de
transporte, transferência e armazenagem de biocombustíveis;
Considerando que a Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, dispõe sobre as atividades relativas ao
transporte de gás natural, de que trata o art. 177 da Constituição Federal, bem como sobre as
atividades de tratamento, processamento, estocagem, liquefação, regaseificação e comercialização
de gás natural;
Resolve:
IV - instalações de Exploração e Produção (E&P) não integrantes das áreas sob contrato de
exploração e produção de petróleo e gás natural, isto é, instalações não contempladas no Plano de
Desenvolvimento, conforme definido na Resolução ANP nº 17, de 18 de março de 2015, ou
regulamentação que vier a substituí-la;
V - dutos de Exploração e Produção (E&P) não integrantes de áreas sob contrato de exploração e
produção de petróleo e gás natural e suas instalações auxiliares (complementos e componentes), não
contemplados no Plano de Desenvolvimento, conforme definido na Resolução ANP nº 17, de 18 de
março de 2015, ou regulamentação que vier a substituí-la.
§ 3º Os dutos que escoam a produção de campo(s) oriundo(s) de um único bloco exploratório não
poderão ser enquadrados como aqueles previstos no inciso V do parágrafo 1º, exceto quando o
solicitante da autorização do duto seja detentor da instalação de destino e não seja Concessionário,
Cessionário ou Contratado.
§ 6º As tubulações internas a uma planta industrial não estão sujeitas à presente Resolução, com
exceção dos dutos portuários.
§ 8º Instalações destinadas à movimentação dos produtos relacionados no caput deste artigo que não
estejam relacionadas no parágrafo 1º serão objeto de avaliação desta ANP quanto à necessidade de
outorga de autorizações.
Art. 4º É permitida a transferência de titularidade das Autorizações a que se refere esta Resolução,
mediante prévia e expressa autorização da ANP, desde que o novo titular satisfaça os requisitos
previstos nesta Resolução.
Art. 5º A empresa, ou consórcio de empresas, interessada em obter uma autorização da ANP para os
fins previstos nesta Resolução deverá encaminhar a documentação abaixo para a formação de um
processo de cadastro, independente daquele de outorga da autorização solicitada:
IV - cópia autenticada dos documentos de eleição dos administradores ou diretores, caso estes não
estejam expressamente designados no ato constitutivo;
V - comprovação de inscrição nas Fazendas Federal e Estadual da matriz e das filiais quando
envolvidas nas atividades objeto desta Resolução.
Parágrafo único. Quaisquer alterações nos documentos acima, inclusive a entrada ou substituição de
administradores, diretores, sócios ou consorciados, deverão ser encaminhadas à ANP no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, a contar da efetivação do ato no órgão competente.
AUTORIZAÇÃO DE CONSTRUÇÃO
Art. 7º A Autorização de Construção (AC) deverá ser requerida nos seguintes casos:
IV - inclusão de novos pontos de recebimento ou entrega de produtos em dutos, bem como de novas
estações de bombeamento, compressão, medição ou regulagem de pressão dos produtos;
§ 1º Qualquer modificação nas instalações deverá ser previamente comunicada à ANP para
atualização do projeto e avaliação quanto à necessidade de nova AC.
§ 3º A inclusão de novos pontos de recebimento ou de entrega de que trata o inciso IV deste artigo
não será autorizada caso estes resultem em origem ou destino não previstos como pontos elegíveis
nos incisos XVII e XVIII do art. 2º da Lei nº 11.909, de 04 de março de 2009.
Art. 8º O pedido da Autorização de Construção (AC) será encaminhado à ANP, instruído com os
seguintes documentos e informações:
II - cópia autenticada da Licença de Instalação (LI) expedida pelo órgão ambiental competente;
III - memorial descritivo, assinado pelo engenheiro responsável, em meio físico e em versão
eletrônica, sem restrições à seleção e cópia de seu conteúdo, do projeto pretendido, incluindo
descrição das instalações, do serviço envolvido, do processo, das capacidades de movimentação e de
armazenagem, produtos movimentados e armazenados, condições operacionais (tais como
temperatura, pressão e vazão) máximas, mínimas, normais e de projeto, normas técnicas brasileiras,
estrangeiras e/ou internacionais relevantes para a elaboração e execução do projeto, além de dados
técnicos básicos pertinentes a cada tipo de instalação;
VIII - arquivo de dados georreferenciados, em meio digital, para cada instalação a ser autorizada,
que esteja em conformidade com as orientações constantes no sítio eletrônico da ANP e com o
padrão ANP04C, ou outro que vier a substituí-lo;
a) listagem de todos os documentos, com as suas respectivas revisões, utilizados para fundamentar a
emissão do Atestado;
§ 1º Os projetos dos sistemas de medição de petróleo ou gás natural deverão cumprir as disposições
contidas no Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural - RTM, anexo à Resolução
Conjunta ANP/Inmetro nº 01, de 10 de junho de 2013, ou regulamentação que vier a substituí-la;
Art. 9º No caso de solicitação de AC para Terminais, além dos documentos exigidos no art. 8º,
deverão ser encaminhados:
II - projeto de tubulação, compreendendo, no mínimo: planta geral de tubulação e plantas por áreas
(praça de bombas, plataformas de carregamento ou descarregamento de caminhões-tanque ou
vagões-tanque);
V - plantas das bacias de tanques indicando todas as distâncias regulamentadas pela norma ABNT
NBR 17.505, ou norma que vier a substituí-la, e memória de cálculo de dimensionamento do volume
mínimo das bacias de contenção de tanques;
Parágrafo único. O memorial descritivo solicitado no inciso III do art. 8º deverá conter detalhamento
dos tanques, incluindo o tipo de teto, as válvulas de segurança, os drenos, o sistema fixo de proteção
contra incêndio e a classe dos produtos a serem armazenados (conforme previsto na norma ABNT
NBR 17.505, ou norma que vier a substituí-la), bem como descrição das plataformas de
carregamento/descarregamento rodoviário e ferroviário.
Art. 10. No caso de solicitação de AC para dutos, além dos documentos exigidos no art. 8º, deverão
ser encaminhados:
I - planta de traçado do duto, indicando a localização das suas principais instalações auxiliares
(complementos e componentes);
II - perfil do duto, com indicação de cotas, gradiente hidráulico, principais travessias, cruzamentos,
pontos de recebimento e entrega de produtos, válvulas e estações de bombeamento ou compressão;
§ 1º Os projetos de dutos para a movimentação dos produtos listados no art. 1º deverão respeitar as
disposições contidas nos regulamentos técnicos específicos elaborados pela ANP, tal como o
Regulamento Técnico de Dutos Terrestres para Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás Natural
(RTDT), anexo à Resolução ANP nº 6, de 3 de fevereiro de 2011, no caso de dutos terrestres, ou
naqueles que vierem a ser por ela publicados.
a) A planta do traçado do duto (inciso I do presente artigo) deverá conter a indicação das limitações
(ring fences) dos campos e blocos;
Art. 11. A solicitação de Autorização de Construção para Terminais de GNL e seus respectivos dutos
integrantes deverá vir acompanhada dos documentos relacionados nos artigos 8º, 9º e 10, bem como
observar o disposto na Resolução ANP nº 50, de 22 de setembro de 2011, ou regulamentação que
vier a substituí-la.
Art. 13. A ANP analisará a documentação apresentada pela empresa solicitante no prazo máximo de
90 (noventa) dias, contados da data de sua entrega.
Parágrafo único. A ANP poderá solicitar à interessada documentos e informações adicionais e, neste
caso, o prazo mencionado no caput do presente artigo passa a ser contado da data de entrega
destes.
Art. 14. A ANP publicará no Diário Oficial da União (DOU) o sumário do projeto pretendido, para o
recebimento de comentários e sugestões, por um prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Os dutos de transferência restritos a áreas industriais não estão sujeitos ao
presente artigo.
§ 2º Caso não tenha sido iniciada a construção do objeto da AC dentro do prazo definido no
cronograma físico-financeiro, ou comunicada a alteração deste, a ANP, a seu critério, poderá
revogar a referida Autorização.
§ 1º Caso o futuro titular das instalações já possua processo de cadastro na ANP, este deverá
encaminhar declaração de que seu processo cadastral se encontra atualizado, citando o número e/ou
data da última alteração realizada no ato constitutivo, em substituição aos documentos do art. 5º
solicitados no caput.
AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÃO
Art. 17. A Autorização de Operação (AO) deverá ser requerida nos seguintes casos:
IV - inclusão de novos pontos de recebimento ou entrega de produtos em dutos, bem como de novas
estações de bombeamento, compressão, medição ou regulagem de pressão dos produtos;
Art. 18. O pedido da Autorização de Operação (AO) será encaminhado à ANP, contendo a seguinte
documentação:
I - cópia autenticada da Licença de Operação (LO) expedida pelo órgão ambiental competente;
IX - arquivo de dados georreferenciados, em meio digital, para cada instalação a ser autorizada, que
esteja em conformidade com as orientações constantes no sítio eletrônico da ANP e com o padrão
ANP04C, ou outro que vier a substituí-lo, caso tenha ocorrido alteração nos dados informados em
atendimento ao inciso VIII do art. 8º durante a construção;
X - cadastro dos dados básicos da instalação, preenchido por meio do sistema disponível no sitio
eletrônico http://www.anp.gov.brhttp://www.anp.gov.br.
§ 1º A operação, inspeção e manutenção de dutos para a movimentação dos produtos listados no art.
1º deverão respeitar as disposições contidas nos regulamentos técnicos específicos elaborados pela
ANP, tal como o RTDT, no caso de dutos terrestres, ou naqueles que vierem a ser por ela publicados.
§ 2º A aprovação prévia pela ANP dos sistemas de medição de petróleo ou gás natural previstos no
RTM anexo à Resolução Conjunta ANP/Inmetro nº 01, de 10 de junho de 2013 é prérequisito para a
outorga da AO das instalações que os contêm.
§ 3º A operação, inspeção e manutenção das instalações terrestres abarcadas no inciso IV do art. 1º,
deverão respeitar as disposições contidas no Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da
Integridade Estrutural das Instalações Terrestres de Produção de Petróleo e Gás Natural (RTSGI)
anexo à Resolução ANP nº 2, de 14 de janeiro de 2010.
Art. 19. No caso de solicitação de AO para dutos de transporte de gás natural ou suas instalações
auxiliares (complementos e componentes), além dos documentos exigidos no art. 18, deverão ser
encaminhados:
I - os contratos de transporte, bem como os seus aditivos, celebrados com os carregadores para
todas as modalidades de serviço oferecidas referentes às instalações objeto da AO, os quais devem
ser previamente homologados pela ANP;
Parágrafo único. A ANP poderá solicitar à interessada documentos e informações adicionais e, neste
caso, o prazo mencionado no caput do presente artigo passa a ser contado da data de entrega
destes.
Art. 21. A ANP, a seu critério, efetuará vistoria da instalação antes da outorga da respectiva AO,
respeitando o prazo definido no art. 20.
Art. 22. Nos casos em que houver a necessidade de outorga de autorização para a pré-operação da
instalação, mediante o cumprimento do art. 18 e, quando cabível, do art. 19 desta Resolução, poderá
ser outorgada uma AO temporária com validade compatível ao período compreendido entre o início e
término da etapa de préoperação.
Parágrafo único. Na vigência da autorização para a préoperação, o regulado deverá requerer nova
AO à ANP, cumprindo os requisitos expressos nas condicionantes da autorização temporária para
fins de pré-operação.
§ 1º Caso o futuro titular das instalações já possua processo de cadastro na ANP, este deverá
encaminhar declaração de que seu processo cadastral se encontra atualizado, citando o número e/ou
data da última alteração realizada no ato constitutivo, em substituição aos documentos do art. 5º
solicitados no caput.
§ 4º Até que seja efetivada a transferência de titularidade, por meio da publicação no Diário Oficial
da União (DOU) de nova autorização de operação, permanece a atual autorizatária responsável
perante a ANP pelas instalações objeto da autorização.
DESATIVAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Art. 24. A desativação temporária de instalações deverá ser informada à ANP com antecedência
mínima de 60 (sessenta) dias, devendo ser encaminhados:
Art. 25. A desativação permanente de instalações deverá ser solicitada à ANP com antecedência
mínima de 90 (noventa) dias da data prevista para o início dos serviços de campo, e só poderá ser
iniciada após a aprovação do respectivo Plano de Desativação.
Parágrafo único. A desativação permanente não se aplica aos bens destinados à exploração da
atividade de transporte de gás natural sob o regime de autorização, os quais deverão ser
incorporados ao patrimônio da União no término do prazo de sua vigência, mediante declaração de
utilidade pública e justa e prévia indenização em dinheiro.
Art. 26. A solicitação de aprovação de desativação permanente deverá vir acompanhada de:
Art. 27. Concluída a desativação permanente, deverão ser encaminhados à ANP, no prazo de 30
(trinta) dias, os seguintes documentos:
III - cópia autenticada do contrato social em vigor, arquivado na Junta Comercial, da empresa
contratada para a emissão do atestado de descomissionamento;
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 28. As autorizações outorgadas nos termos desta Resolução não eximem o autorizatário de suas
responsabilidades técnicas e legais a qualquer época, bem como do cumprimento de outras
obrigações legais correlatas de âmbito federal, estadual e municipal.
Art. 29. O não atendimento de solicitação da ANP no prazo de 12 (doze) meses por omissão da parte
interessada ensejará o encerramento do processo por inatividade.
I - que tiver sido instruído com declaração falsa ou inexata ou com documento falso, inidôneo ou
rasurado, sem prejuízo das penalidades cabíveis;
II - de pessoa jurídica:
a) que estiver com a inscrição no CNPJ enquadrada como suspensa, inapta ou cancelada;
b) de cujo quadro societário tomem parte sócios ou acionistas, pessoas físicas ou jurídicas que
tenham participação nas deliberações sociais ou de cujo quadro de administradores participe pessoa
física que esteja em débito decorrente do exercício de atividades regulamentadas pela ANP, de
acordo com a Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999 ou legislação superveniente;
c) que, nos 5 (cinco) anos anteriores ao requerimento, teve autorização de atividade regulamentada
pela ANP revogada em decorrência de penalidade aplicada em processo com decisão definitiva, nos
termos do art. 10 da Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999 ou legislação superveniente.
Art. 31. O autorizatário deverá manter, em suas instalações, as normas, procedimentos e relatórios
de operação, inspeção, manutenção e medição para transferência de custódia atualizados, podendo a
ANP fiscalizá-los a qualquer tempo.
Parágrafo único. O agente autorizado é responsável pelo fiel cumprimento das normas e
procedimentos previstos na documentação apresentada à ANP.
Art. 32. O autorizatário deverá manter o processo na ANP atualizado, encaminhando documentos
revisados sempre que houver alteração no projeto, nos procedimentos de operação, inspeção e
manutenção, e emissão de novas licenças ambientais.
Art. 33. As instalações sujeitas a esta Resolução deverão cumprir o disposto nos regulamentos
técnicos específicos já elaborados pela ANP ou naqueles que vierem a ser por ela publicados.
Art. 35. No caso de interrupção, redução ou de qualquer outro evento que possa afetar
temporariamente a continuidade ou a qualidade dos serviços, a empresa autorizada notificará
imediatamente a ANP e os usuários atingidos, informando o problema e a estimativa do tempo
necessário ao restabelecimento das condições normais.
Art. 36. As autorizações de que trata esta Resolução serão revogadas nos seguintes casos:
Art. 38. As infrações ao disposto nesta Resolução serão puníveis de acordo com as sanções
administrativas previstas na legislação aplicável.
Art. 39. Fica resguardada a divulgação das informações cujo sigilo é justificado por questões
comerciais, conforme o previsto no § 2º do art. 5º do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 40. Empresas que já detenham Autorização de Construção (AC) para instalações objeto desta
Resolução na data de sua publicação, deverão cumprir os novos dispositivos referentes à outorga de
Autorização de Operação (AO).
Parágrafo único. Estarão sujeitos à prorrogação do prazo estipulado no caput os processos que
dependam exclusivamente da apresentação dos documentos compulsórios citados no inciso II do art.
8º, inciso VIII do art. 9º ou incisos I e IV do art. 18.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. Fica revogada a Portaria ANP nº 170, de 26 de novembro de 1998, observado o disposto no
art. 41.