Origem Do Arminianismo
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A ORIGEM DO ARMINIANISMO
Após a morte de Calvino, alguns teólogos, sob a influência das tradições human-
istas, passaram a questionar algumas doutrinas formuladas por ele. Entre estes
destacou-se Jacó Arminius (1560-1609), professor da Universidade de Leyden, na
Holanda. O sistema de doutrina formulado por Arminius em oposição às doutrinas
formuladas por Calvino é conhecido como arminianismo. Após a morte de Armin-
ius, um grupo de seus seguidores redigiu um documento chamado de A Represen-
tação, no qual questionavam cinco pontos fundamentais das doutrinas sistematiza-
das por Calvino.
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ARMINIANISMO X CALVINISMO
O Rev. Paulo Anglada, pastor da Igreja Presbiteriana Central do Pará, em seu livro
Calvinismo – As Antigas Doutrinas da Graça, apresenta uma síntese dos cinco pon-
tos do arminianismo e a posição calvinista, que transcrevo a seguir:
1. Uma das doutrinas fundamentais questionadas foi a doutrina da queda. Mais es-
pecificamente, a natureza da corrupção que a queda produziu no coração do
homem. Até onde o pecado corrompeu a vontade humana no que diz respeito à sal-
vação? O arminianismo defende o livre arbítrio ou a capacidade humana. Segundo
eles, o homem em seu estado natural tem, em si mesmo, a capacidade para re-
sponder negativa ou positivamente ao evangelho. A queda não o deixou totalmente
incapacitado para escolher no que diz respeito às questões espirituais. Ainda em
estado de pecado, sem uma operação prévia do Espírito Santo, ele pode cooperar,
com a fé e o arrependimento. A corrupção espiritual produzida pela queda, por-
tanto, para os arminianos, foi apenas parcial.
O Calvinismo entende o oposto. Entende que, depois da queda, o homem não tem
mais livre arbítrio. Ele continua responsável, pois o estado de pecado em que se
encontra foi decorrente da sua livre decisão no Éden. Mas agora, em estado de pe-
cado, a vontade do homem foi escravizada pelo pecado que o cegou, impedindo-o
de discernir e consequentemente decidir positivamente, por si mesmo, em questões
espirituais vitais para a salvação. Entende que a corrupção espiritual produzida
pela queda foi tal que, espiritualmente falando, o homem está morto nos seus deli-
tos e pecados. Assim, para o calvinista, o homem não precisa apenas de justifi-
cação, mas de vivificação; ele precisa ser primeiro regenerado pelo Espirito Santo
de Deus, para que, então, possa ser convencido do pecado e se arrependa, e seja
iluminado para crer no evangelho da salvação. Para os calvinistas, a queda foi
realmente uma queda e não um tropeço, ou um escorregão sem maiores con-
seqüências.
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O calvinismo, por sua vez, crê na eleição incondicional. Crê que a escolha de al-
guns homens para a santidade e para a vida não se baseia em nenhum mérito ou
virtude humana, nem mesmo na fé ou no arrependimento; mas unicamente no amor
e na misericórdia de Deus como expressão da sua livre e soberana vontade. Para os
calvinistas, a fé e o arrependimento não são condição, mas resultado da eleição, o
meio que Deus escolhe para aplicar a salvação aos eleitos. Deus não elege porque
antevê arrependimento e fé. Ele produz arrependimento e fé porque elegeu.
Já o calvinismo crê na expiação limitada de Cristo. Isto não quer dizer que a ex-
piação de Cristo não seja suficiente para a salvação do mundo inteiro; mas que foi
eficiente apenas para a salvação dos eleitos, pois este foi o seu propósito. Ou seja,
Cristo morreu na cruz, não apenas potencialmente, mas em substituição verdadeira
e individual aos eleitos. O calvinismo não entende que Cristo veio ao mundo ape-
nas para possibilitar a redenção (de todos), mas para efetivamente redimir (os elei-
tos) através da sua morte vicária e expiatória na cruz. A expiação não é potencial e
geral, mas objetiva e pessoal.
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aqueles a quem Deus eficazmente chamou, mas aqueles que decidem aceitar o
apelo geral e indistinto do Espirito.
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não quer dizer, entretanto, que o salvo não mais cometa pecado; mas que Deus,
sendo fiel, não permitirá que seus eleitos sejam tentados além das suas forças e que
lhes concederá o auxílio necessário a fim de que possam resistir às tentações, e não
venham jamais a se apartar definitivamente da graça de Deus.
Depravação Total
A CRIAÇÃO DO HOMEM
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