Resumo Aula 01

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Resumo Aula 01

Materialografia ou materiografia é o estudo da morfologia e estrutura dos materiais. A


metalografia é uma área da materialografia que além do estudo dos materiais metálicos,
compreende aplastografia (materiais plásticos ou poliméricos) e a ceramografia(materiais
cerâmicos). Muitas vezes chamam a materialografia de metalografia, pois os metais foram os
primeiros materiais a serem preparados utilizando este método.
Ao fazer um ensaio metalográfico buscam-se formas de relacionar a estrutura íntima do
material com as propriedades físicas, com o processo de fabricação, com o desempenho de
suas funções entre outros. A análise pode ser feita de forma macrográfica ou micrográfica.
O exame macrográfico também pode ser chamado de macrografia onde a peça pode ser
examinada a olho nu ou com pouca ampliação (até cinquenta vezes) após a amostra ser
devidamente lixada, polida e atacada com um reagente. Pode-se assim ter uma ideia do
conjunto, da homogeneidade do material, impurezas, natureza das falhas, processo de
fabricação e profundidade de tratamentos térmicos.
O exame micrográfico traz consigo a necessidade do auxílio de um microscópio onde se podem
observar as fases presentes e identificar a granulação do material (tamanho de grão), o teor de
carbono do aço e a distribuição de vários constituintes ou de certas inclusões.

Corte

Uma etapa nem sempre necessária da preparação metalográfica é o corte, este


procedimento é feito após a seleção da secção da amostra a ser estudada (secção transversal
ou longitudinal) com o disco intensamente refrigerado para evitar que deformações
provenientes do aquecimento ocorram no corpo de prova. Este procedimento sempre
introduz uma deformação no material a ser preparado. Esta deformação irá depender do disco
de corte e do material a ser utilizado, quanto mais espesso for o disco, maior vai ser a
deformação introduzida na amostra pelo mesmo. Amostras mais duras sofrem menos
deformação que amostras dúcteis (exemplos de amostras dúcteis são cobre, alumínio e
bronze). Quando se deseja introduzir pouca deformação durante o corte usa-se um disco de
precisão adiamantado. Toda a deformação introduzida na etapa de seccionamento da amostra
deverá ser tirada durante o lixamento.
Embutimento

O embutimento é de grande importância para o ensaio metalográfico, porém nem


sempre necessário. Ele tem como função facilitar o manuseio de amostras pequenas e evitar
que amostras com arestas rasguem as lixas assim como panos de polimento. Sendo
devidamente feito também tem uma importante função que é minimizar o abaulamento das
bordas durante o polimento. Existem dois tipos de embutimento, o embutimento a frio e o
embutimento a quente.

Embutimento a Frio

Este tipo de embutimento é feito com rezinas auto polimerizáveis as quais consistem
geralmente de duas substâncias formando um líquido viscoso quando misturadas, embora seja
chamado de embutimento a frio a cura da resina é fortemente exotérmica atingindo
temperaturas entre 50 e 120ºC. O embutimento a frio é feito em amostras que não podem ser
submetidas a pressões necessárias para o embutimento a quente, por serem frágeis ou por
não poderem ser aquecidas a temperaturas necessárias para o embutimento a quente,
aproximadamente 150ºC. Infelizmente o embutimento a frio nem sempre impede que as
amostras sofram modificações, estas podem ser causadas pelo aquecimento durante a cura da
resina. (Utilizado para o embutimento de cerâmicas nas aulas de metalografia)

Embutimento a Quente

Este método é eficiente para se embutir metal, pois estes podem suportar a pressão
entre 125 e 150Kgf/mm² e a temperaturas de 150ºC, as quais são necessárias para garantir a
polimerização da resina termofixa utilizada, a mais comum destas resinas é a baquelite. Após o
aquecimento e a polimerização da resina é necessário que haja um processo de refrigeração
da resina antes de tirá-la do molde para que mantenha a sua forma, se forem tiradas antes do
resfriamento da resina o molde perderá a sua forma. Existem diferentes durezas da resina
baquelite, quando o objetivo é analisar uma amostra onde se faz necessário olhar as bordas
utiliza-se uma baquelite de maior dureza para que a dureza da amostra seja parecida com a da
resina e ambas sofram o desgaste mais próximo possível uma da outra durante os demais
passos da preparação metalográfica.

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