Per074594 1873 00002-00003

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BOLETIM íi.

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GRANDE ORIENTE UNIDO E SUPREMO CONSELHO

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JORJST.A.Xj OFFIGIAL
DA

MAÇONARIA BRAZILEIRA
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Redactor Chefe—gr. !|. Jf. to Amaral


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2.° ANNO.
N. 2 e 3.— Fevereiro e Março.
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ORIENTE DO RIO DE JANEIRO.


TYPOGRAPHIA DO GRANDE ORIENTE UlflDO E SUPREMO CONSELHO DO RRAZIL.
1873 (era vulgar).
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GRANDE ORIENTE UNIDO E SUPREMO CONSELHO


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BR.A.ZIJL1
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JORNAL OFFICIAL DA MAÇONARIA BRAZILEIRA.


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Num. 2 e l FEVEREIRO 8a MARCO, 1873. Anno.


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SECÇÃO DOGMÁTICA. *

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A Maçonaria <4

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Nos paizes regidos por instituições livres a maçonaria f, •'

nao é, nem deve ser uma associação política. Ahi os sa-


crosanctos principios por que sempre pugnou tem por de-
fensores a imprensa, a tribuna, toda a organisaçao po- *%
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litica e social. Ella portanto nao precisa, nem se deve ¦
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envolver nas luctas dos partidos, luctas muitas vezes de in- i•¦^"'¦"¦^,¦

teresses pessoaes e transitórios, luctas travadas sempre en-


tre homens, que, de accôrdo sobre as bases fundamentaes
do direito publico, divergem mais ou menos na sua appli-
¦
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cação, conforme o ponto de vista pratico ou theorico em
que se collocam. A razão e os interesses de sua causa
aconselham-lhe esta abstenção. Si a nao observasse ver-se-
hia dividida e sub-dividida; guerra intestina lhe esgotaria
as forças, e ella, que durante séculos luctou contra os mais
temíveis inimigos, se esboroaria minada por seus próprios
filhos. Mas, si a maçonaria deve em geral affastar-se dos
pleitos dos partidos, nao se segue que deva, que possa
mesmo ficar indifferente, quando, por uma aberração inqua-
v.. ¦ '¦¦¦¦¦'
-104-

nesses aniquilar os princípios


lificavel, se tente países
mis do que ninguém ella V™1*™»*^^
que seguros e inviola™das
os guias
procurando tornal-os indiferença sena ™ t^ao
sociedades modernas. Essa de suas nobres
triste repudio
seu glorioso passado, um martyres, uma
memória de seus
S5T «« ««Ao a e vil.
cobardia indigna, um suicídio miserando
alguma cousa do que uma com
A maçonaria é mais
de'soccorro mutuo: é uma instituição phüanthropica
panhia Os corações
no sentido mais lato da palavra. generosos
acesos no amor de Deus
que a fundaram e desenvolveram,
o homem, admirável mato
l do próximo, bem sabiam que necessidades
de espirito, nao tem somente
de matéria e elevadas, as
tao imperiosas e mais
physicas; que outras si de pao
necessidades moraes, o dominam, e que, precisa
também precisa de liberdade
e de abrigo para o corpo, sue-
o e o abrigo, a matéria
para a alma. Tirai-lhe pao
nm machimsmo
cumbirà; tirai-lhe a liberdade, e tereis
capaz de certos e determinados
mais ou menos perfeito,
movimentos, instrumento de trabalho inteiramente dapassi- es-
abaixo dos últimos seres
vo que ficaria collocado mais.
- um autômato admirável e nada
cala zoológica,
Comprehendeu, pois, a maçonaria creada para prote-a
a humanidade e dar-lhe pleno desenvolvimento, que
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ger natureza do homem.


sua missão era dupla, como dupla é a
não só dar pao aos
Para realisal-a cumpria-lhe, portanto,
nús e abrigar os nao tivessem tecto,
famintos, vestir os que
mo-
como também procurar dar toda expansão ás faculdades
o livre arbítrio-, dons sa<
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raes do homem,-a intelligencia,


creada, e o tornam
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.;'-•! y o elevam acima da natureza


y y."
grados que
o elo visivel entre ella ea divindade.
A primeira parte dessa missão nunca sofreu embaraços:
é antiga como a miséria, davam-na os idolatras,
a esmola
eos frades; nao assusta os poderosos, antes lhes
os pagaos
coadjuva o dominio, attenuando-lhe as maléficas consequen-
cias.
Mas cultivar a intelligencia das massas, ensinar-lhes os

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¦¦¦¦¦¦
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- 105 -

seus direitos, dizer ao infimo dos ,pariás, ao ultimo dos il-


lotas, ao mais degradado dos villoes, — tu és homem, e por
tanto és livre —, foi sempre cousa grave e perigosa : a il-
lustraçao e a liberdade das massas fere e derruba os in-
teresses illegitimos dos fortes e dos espertos. ¦
.
'
¦
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Como era de prever, estes sairam ao encontro da


maçonaria, logo que ella com admirável coragem começou
a pôr mãos á obra salvadora. Uns brandiam longas lanças,
rugiam ferozes e fallavam em nome das suas barbacans,
das suas torres, dos serviços e muitas vezes dos crimes de
seus avós; outros tonsurados, de burel ou de baculo,
sorrindo affaveis, ou ameaçando com as penas eternas,
fallavam em nome de um direito divino, por elles inven-
tado. Travou-se lucta, e a lucta levou a maçonaria a criar
uma hierarchia, como a militar, necessária ao combate;
veiu a perseguição, e para escapar a ella teve de tor-
nar-se uma sociedade secreta.
Os pariás, os illotas, os villões contavam-se por mi-
lhões ; os senhores por milhares: os braços daquelles, en-
rejecidos pelo trabalho, eram mais fortes do que os destes,
amollecidos pelos ocios da opulencia; aquelles pugnavam
estes oppressao : a lucta parecia nao
pela justiça, pela
Mas as massas populares estavam ím-
poder prolongar-se! de se-
mersas na mais crassa ignorância; um despotismo
culos obliterara-lhes o sentimento de nobre independência
e do valor o latego lhes atrophiara o cérebro, e
próprio ;
acreditavam pertencer a tal ou tal senhor, como gado ao
do curral em que nasceu: foi preciso tempo,
proprietário
muito tempo.
O catholicismo esquecido dos seus primeiros séculos de
propaganda, em quetao gloriosa e christamente pugnara
', •V<-

liberdade de consciência, pela justiça universal e pelos


pela chefes das
direitos dos opprimidos, ligara-se aos bárbaros-
rapaces' tribus germânicas, que entre si haviam dividido o
império romano. Serviu-lhes de instrumento: a principio
escapar-lhes á fúria; depois para partilhar dos des-
para tor-
pojos; mais tarde com o plano secreto de dominal-os,

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106

nando esses caudilhos transformados em reis e imperadores


seus primeiros vassallos.
Sonhara com o dominio universal. --¦ :..y.- ¦:¦;...

No ápice da pyramide social ficaria o summo pontífice


¦ .

cercado pelo sacro collegio e sustentado por bispos, abba-


des e conegos; mais abaixo os imperadores e reis,
apoiados nos duques, príncipes, condes, barões e mar-
quezes; na base, ao longe, bem ao longe, se moveria
o formigueiro humano, -— o povo, composto de lavradores,
de soldados, e dos pequenos commerciantes, massa immensa
quanto ao numero, nulla quanto aos direitos.
Esse sonho se esvaeceria, como se esvaeceria a feroz e
insensata organisaçao social que • lhe era apoio impres-
cindivel, quando o povo se erguesse para reclamar o que
'

lhe pertencia; quando, rompendo os grilhões que lhe ro-


xeavam os pulsos, bradasse :— Alto lá, meus senhores; sois
papas, reis, príncipes, cardeaes, duques e bispos, marque-
zes e barões e abba des, muito bem ; mas nós somos homens:
— dai-nos o nosso lugar debaixo do sol.
Desde então nao se exterminariam mais milhares de fa-
milias para satisfazer os escrúpulos de consciência de uma
amante de rei, governada por um jesuita. Nao se reduziria
â miséria um nobre paiz para erguer custosos palácios, focos
de elegante prostituição. O direito de pesca, de caça, até o
deter pombal, nao pertenceria só a alguns, a esses mesmos
que tinham os monopólios administrativos, os que recebiam
as largas doações com que se exhauriam os cofres publi-
cos, e que, eram, ainda quando analphabetos, os únicos
que podiam occupar os grandes cargos do estado. Desap-
pareceriam as ricas abbadias, que o rei dava a seus favo- ¦.:
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ritos, com homens e animaes; os conventos, luxuosos


çevadouros humanos ; os dízimos para o clero ; as isempções
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de'impostos, justamente para os mais ricos.
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Os fidalgos nao poderiam mais matar impunemente o
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villao, roubar a filha do burguez, e perverter-lhe a mulher.
Todos seriam iguaes perante a lei; todos deveriam ser
recompensados segundo suas virtudes e merecimentos.
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107

Isto parecia horrível aos poderosos da terra, e o thro-


no e o altar, que mais de uma vez, nao contentes com a
se haviam entrechocado, ligaram-se para esmagar
partilha,
¦
tão criminosas aspirações !
..
¦
A maçonaria forte pela consciência, robustecida pelas
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s
lições e pelo exemplo do Divino Mestre, o martyr do Gol-
gotha, o sublime redemptor da humanidade, nao fràqueou.
Debalde contra ella se abriram os negros calabonços,
se ergueram os cadafalsos, se prepararam os potros, se
aqueceram as tenazes, se decretaram os confiscos, se per-
turbou a paz das familias: debalde, do alto do Vaticano lhe
-. foram arremeçadas excommunhões sobre excommunhões. Si
os braços dos carrascos nao cançavam de torturar; si o
supremo representante de uma religião de paz, de amor
e de misericórdia, nao se afadigava em amaldiçoar, a ma-
çonaria também nao desanimava.
Acordou afinal a consciência humana: de toda a parte
correram em seu auxilio os grandes pensadores. Ergueu-se
o povo francez. Com uma pancada de sua larga espadua ."-•.-¦¦¦ ;?**'.,¦¦¦ ¦¦.->

lançou por terra o horrendo edifício do feudalismo, levan-


tadó pela espada e pelo hyssope, amassado com sangue e
lagrimas; triste edifício que o resnascimento pretenderaso-
lidificar, centralisando todo o poder na mao dos reis, toda
a vida nas suas cortes. O movimento propagou-se a todos
os povos civilisados. Parecia consummada ou quasi con-
summada a obra: — surgira a sociedade moderna. Os direi-
tos do homem foram proclamados, t livre exame trium-
a liberdade de consciência tornou-se um axioma, e
phou,
a; tolerância substituiu a inquisição.
Reis e fidalgos luctaram ; mas hoje, todos, ou quasi
todos, acceitaram ou estão prestes a acceitar a nova ordem
f:-,V- .
de idéas. Os reis tornam-se mais ou menos constitucionaes;
¦ tíiy

os fidalgos de antigo solar batem moeda nas praças de í*.* '

commercio, disputam cargos eleitoraes, ou douram seus


velhos brazões com os dotes da villanagem. ^
Só a cúria romana nao mudou. Voltada para o pas-
sado, pretende fazer o mundo retrogradar pâo menos de Ires
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108
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Repelle todas as conquistas do espirito moderno, com
séculos.
nao nem paz, nem tréguas, e ainda sonha com
X) qual quer
o domínio do mundo.
Odeia mais os seus adversários políticos do que os reli- .
¦
.

Trata com o grão sultão, como imperador da Rússia,


giosos.
com a rainha da Inglaterra, faz-lhes serviços e com elles
se allia, mas persegue a maçonaria.
Esta, entretanto, obtido o triumpho das idéas que por
tanto tempo defendera, retraira-se. A parte mais difficil de
sua missão estava realisada: os principios por amor dos
quaes se envolvera na peleja ficavam protegidos pela illus-
tração dos povos, e haviam sido já inseridos nos códigos
das nações civilisadas: abrigou-se na sombra para fazer es-
molas ás escondidas, como preceituou o Divino Mestre.
Mas vive; nao olvidou ainda a sua antiga e nobre
missão: quando mãos Ímpias quizerem destruir as bases
fundamentaes da sociedade moderna, que ella ajudou a
fundar, ha de erguer-se com a antiga valentia. A cúria ro-
mana bem o sabe, e por isso a ambiciosa vota-lhe entra-
nhado rancor.
Um ramo da grande familia maconica, o ramo brazi-
leiro, o mais alheio ás luctas religiosas e politicas, aquelle
talvez que mais exclusivamente tratava de alliviar os sof-
frimentos do próximo, nao escapou ao ódio romano. Os gol-
pes cairam sobre elle, desde o momento em que o
governo imperial foi buscar os seus bispos nos seminários
jesuitas da cidade etlrna, conhecidos viveiros do ultramon-
¦.¦

tanismo, onde os alumnos sao sujeitos a um systema de


compressão, de laminaçao e de poda habilmente calculado
.para matar o raciocinio, obliterar a idéa de familia e de •
* ¦-..-.

pátria, e crear, nao apóstolos do christianismo, mas soldados


»•

do papado. -

Com profunda offensa do clero entre nós educado, a


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alguns respeitos tao bom e a muitos outros melhor que o
¦ iii

italiano, com doloroso desprezo para alguns dos nossos ve-


lhos sacerdotes, conhecidos do povo, com uma longa vida
de serviços, cheios de prestigio e cobertos de cans, aos

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¥$»'¦¦';¦¦¦¦.¦' -

- 109 -

seminaristas romanos foram entregues as nossas mais


jovens
importantes cadeiras episcopaes. Educados nao para a paz,
mas para a lucta, preferindo o altivo montante de Júlio II
ao cajado humilde de S. Francisco de Paula, sentiram-se
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orno que suffocados pela athmosphera de paz que os ro-
deou de súbito.
Entre nós nao havia questões religiosas; nenhum par-
tido ousara envolver o céu em suas luctas mundanas, nin-
comettera a horrenda profanação de fazer do san-
guem
corpo do redemptor do mundo degrau para subir.
grento
Os novos bispos nao sabiam como experimentar a tempera
de suas armas, nem a rijeza de seus braços, e teriam de
bafar o seu enthusiasmo combatente, si nao se lembrassem
da maçonaria.
Aqui principalmente a grande associação nao se inge-
ria na politica, nem se occupava com questões religiosas:
os seus afiliados, e dava esmolas aos necessitados.
protegia Roma
Mas os bispos queriam combater, e dar a
jovens
arrhas de sua dedicação. A maçonaria universal pugnara
liberdade de consciência, por ella pugnará ainda, quan-
pela forem
do as instituições que resguardam esse principio,
atacadas; a cúria romana, odeia-a entranhadamente; que
melhor victima lhe offerecer? Faltava um pre-
, f.
¦

poderiam
cria-se; reprovado, futil, que im- . ... . . . . . .
texto, mas o pretexto
porta? e isto e o
O perseguido defende-se; a lucta trava-se,
isso o Sr. bispo de Pernambuco, um moço
que se quer. Por de
de trinta e tantos annos, de temperamento sanguineo,
ardente, nao trepidou em perseguir em nome
constituição
nao serem catholicos, os maçons que fa-
da igreja, por
ziam parte de confrarias religiosas. O motivo era con-
traproducente; pois si maçons pertenciam a essas con-
duas uma, ou a maçonaria nao é contraria ao
frarias, das
catholicismo, ou esses indivíduos eram máos maçons, pois
as leis maçonicas para sustentar com a sua bolsa
desprezavao '.'¦; :¦ .-';:\;-:.:

e o seu trabalho o .culto cattolico. Porém o Sr. bispo queria


a lucta, e a razão foi posta á margem.

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- 110

Continuando a proceder assim, talvez consigam lançar


no paiz as sementes das mais terríveis discórdias — as dis-
cordias religiosas; porém debalde se afadigarao; nao faraó
¦

retrogradar o espirito humano. E si acaso aquelles que


devem defender a sociedade brazileira dos botes desses após-
tolos das trevas, desses soldados do obscurantismo, da in-
justiça e da tyrannia, esquecerem o seu dever, amaçona-
ria lhes tomará o logar, na vanguarda, sob o fogo do
inimigo.
A perseguição nao a intimida; eram mais fortes aquelles
que derrubou. Romperá por todas as intrigas, saltará por
cima de todas as ambições e formará uma só phalange
compacta e decidida. Seremos dignos de nossos avós:
acendam as fogueiras, nós as apagaremos, ainda que seja
com o nosso sangue.

¦¦¦¦¦¦ .'..:...

/
A pastoral do bispo de Olinda. X,.

Continua o jesuitismg a flagejlar as populações do norte


do Brazil e sob o pretexto de aniquilar a nossa sublime
Ordem vai trabalhando, com uma perseverança digna de
melhor causa, para dominar todas as consciências, alterar
a ordem publica e implantar no espirito das classes igno-
rantes o fanatisino, a subserviência e a superstição.
Os detractores da maçonaria, rompendo com todas as
idéas de progresso eillustraçao, secundam e applaudem o
denodado bispo que travou com mais encarniçamento a lucta
contra os nossos irmãos de.Pernambuco.
A attitude da população dessa provincia resistindo no ter- ¦....¦ .
.

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reno legal e com a mais nobre dignidade aos attentados do pre-


lado de Olinda, longe de diminuir-lhe o fervor fanático, tem ao
contrario augmentado a sua coragem. A interdicçao das
irmandades que nao se prestaram a expulsar do seu seio
os maçons, a de seputtamento dos pedreiros livres
prohibiçao V*

em terreno sagrado, a imposição feita aos sacerdotes para


abjurem solemnemente da Ordem a que pertencem, e
que
a publicação de uma pastoral em linguagem imprópria de
um bispo* e que só respira ódio e vingança, sao os princi-
actos de frei vital posteriores aos que já noticiámos
pães a
e que cada vez mais exacerbam os ânimos e excitam
indignação publica.
O fanatismo clerical põe tudo em jogo para realisar
os seus sinistros intentos. A perseguição se declarou fran-
camente e o conflicto entre os emissários do Vaticano
e a maçonaria colloca a sociedade em uma situação pe-
nosa, cujas conseqüências sao bem difficeis de prever,
cerca a solução dessa crise as-
attenta a obscuridade que
sustadora.
Conscia da de taes attentados, a legitima
gravidade
;¦'.'*.

com denodo e abnegação a sua sançta


maçonaria defende
e confundindo o astuto adversário, resis-
missão, batendo
tindo ás suas aggressões ousadas, reclamando dos poderes '.:'

constituídos da nação a satisfação devida á causa da jus-


'¦.'-'

tica, da honra e do direito, e esforçando-se por alcançar


a'liberdade religiosa; exigida pelo bem publico e a feh-
cidade dos habitantes deste solo abençoado por Deus, mas
invadido oppressores da consciência hu-
infelizmente pelos
maculam com a sua intolerância os dogmas
mana, que
sacrosanctos da religião de Christo.
¦ ¦ rv*s:'

é nobre e gloriosa: nem é o


*
A causa que defendemos
'.-./y;<

e
'¦.•¦!,¦

ridícula,
:¦ . - ¦¦ _(-_

temor da excommunhao, aram já gasta que


na mór parte das províncias do impe-
contribúe para que
¦ ¦

cerrem columnas, acompanhando os


rio os maçons genuínos
na enérgica, pacifica e honrosa re-
seus irmãos de Pernambuco
aos desatinos de frei Vital. A instituição
sistencia opposta
coherente com os seus princípios, nao faz mais
maçonica, ¦
.
m0mmM>Wmm'm*' »**»¦'* w..'«iw.wiwwii'

- 112 -

o ataque dirigido por esses implacáveis


do que repellir a
inimigos, que rebaixam o espirito dos homens, pregando
sizania, o fanatismo e a intolerância.
A prova mais evidente da injusta e imprudente per-
de Olinda move á nossa Ordem, se
seguicao que o bispo
sua carta pastoral publicada em 2
acha consignada na
a todo o clero e
de Fevereiro, onde pretende preraunir
de Pernambuco, Alagoas, Parahyba e
fieis das províncias
do Norte, contra as ciladas e machinações da
Rio-Grande
maçonaria.
A leitura desse documento precioso deixa bem patente
¦'
' '¦ ao espirito menos perspicaz a sem razão do prelado, que
com a maior virulência aggride a instituição, carregando-a
de culpas e crimes imaginários, e repetindo argumentos
tantas vezes refutados. Fazendo ora citações falsas, ora
extraindo com requintada má fé trechos truncados de es-
criptores maçonicos, S. Ex. arrisca juizos disparatados,
contradictorios e errôneos sobre a associação, cujos princi-
completamente desconhece, e tenta convencer a seus
pios
diocesanos que os maçons desejam levantar um schisma à
igreja catholica pela fundação de uma nova religião. O seu
¦'¦'¦'
."¦
'¦'¦

principal fim, porém, consiste em despertar a odiosidade


da população contra os maçons por meio de invectivas e
calumnias, desprezando aquella uncçao evangélica que de-
via transpirar das expresseõs de um ministro de Deus.
A Verdade, orgao da maçonaria em Pernambuco, que
se lançou á discussão em defeza dos nossos sagrados di-
¦>••
.-'

reitos, saindo sempre triumphante na nobre lucta que


emprehendeu, também foi victima, como a imprensa que
a acompanha, dos raios do episcopado. Em desempenho de
sua missão divina, frei Vital condemnâ e reprova os
erros, heresias e blasphemias que têm assoalhado no seio
do seu rebanho querido, a imprensa Ímpia e especialmente
um papel intitulado Verdade, orgao maconico, cuja leitura
e assignatura prohibe sub grcm.
Faltaríamos ao nosso dever si deixássemos circular
sem protesto, a pastoral de frei Vital, a qual, Como aífir-
' '¦¦.
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- 113 -

mámos," appareceu á luz para prejudicar á nossa Ordem no


espirito da população ignorante, mas que felizmente nao -.¦'¦/ I

o effeito desejado neste século, em que é a todos


produzirá
concedido o direito de livre exame, a despeito da opposiçao
'.

vigorosa de alguns sectários do jesuitismo, a quem nao


convém a tolerância consagrada pela instituição maçonica.
E' na realidade lastimável que advogados instruídos, . t
~\::yt ¦ ' .'jj

lentes de faculdades jurídicas, políticos astuciosos, nao vacil-


lem em acolher falsidades absurdas e em sophismar as leis para
dar ganho de causa aos inimigos da humanidade e para
no seio de corporações illustradas doutrinas re-
propagar
trogradas com uma convicção tal que parece que defen-
dem as máximas da verdade ou fazem preleções sobre ma-
teria que nao pôde soffrer a minima contestação.
.

Esses catholicos que se dizem orthodoxos sao dignos


de commiseraçao, si conscienciosamente as idéas
professam
'ex-cathedra,. ¦

emittem nunca se desprenderao^ da


que porque :,:^^.'r..:'-?í"

obediência servil a dogmas chamados infalliveis e conside-


rarao sempre os maçons como inimigos da religião do ''¦

Para elles argumentação é inútil: a ra-


estado. qualquer
zao não prepondera; nem ha necessidade de provas e de
determinados justifiquem a verdade; basta o
factos que
da igreja catholica asseverar mala quia malum para
pastor
curvarmos a cerviz, ainda quando tenham sido innumeros
absurdos, decretados pela infallibilidade dos
os erros e
legislam em assumptos nao ecclesias-
pontífices, quando
ticos; como acontece no caso vertente, alheio inteiramente
á jurisdicção da igreja. .."•-..
Com effeito, nao pôde ser reputada matéria espiritual
a approvaçao ou reprovação de uma socie-
ou ecclesiastica
franc-maçonaria, cujos fins nada tem de
dade, como a
'*-

a religião; e segundo a opinião de


commum com portanto,
outros do padre Antônio Pe-
celebres theologos e entre
de fé) nem o concilio, nem a for-
reira (Analyse de Profissão '

ao
mula de nossa profissão de fé nos mandam tributar pontífice
-1

uma obediência cega e omnimoda, tal como o papaS.Gre-


romano
VII exigiu do imperador Henrique IV.
gorio
¦

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y ! - :-:y :¦ V

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114
*

Demais, segundo a opinião valiosa e insuspeita da maisbella


luz deste paiz, e sem dúvida o mais poderoso elemento para a salvação ¦•.''

.'-¦¦¦¦

da nossa Ordem « a maçonaria de nossos tempos e destas regiões


nao é uma vasta associação ominosa ou uma instituição inútil;
mas uma eschola pratica das virtudes sociaes, guarda fiel '¦¦¦' .
¦¦

da pyra sagrada, cujo fogo alimenta e desenvolve os sen-


timentos que elevam o homem ante Deus, que por isso o
creára a sua imagem e lhe dera uma partícula da essência
divina. » (*) ,
Voltemos a frei'Vital que ora nos considera atheus,
ora declara que pretendemos restabelecer o primitivo pa-
., ganismo, ora finalmente fundar uma nova religião em sub-
stituiçao ao christianismo e propagar as nossas doutrinas,
como as únicas que conduzem á salvação das almas.
Desprezando a lógica e o exame dos factos, todos os
seus argumentos se baseiam no absurdo, contradizendo-se
a cada passo em seus variados ataques á maçonaria.
A tolerância, que tanto desagrada ao prelado dioce-
sano, foi sempre o dogma principal da associação maço-
nica; a crença em Deus e na immortalidade da alma e
uma vida moral e virtuosa sao os únicos predicados exigi-
dos para a iniciação. Professamos o principio que nenhum
homem tem o direito de intervir na crença religiosa de
outro ; o sincero musulmano gozaria da mesma immuni-
dade para perseguir-nos, como a
que possuímos para per-
seguil-o. As opiniões sao propriedade
particular de cada
homem, e a todos é licito o direito
perfeitamente igual de
manter as suas. É esta a tolerância
que ensina a maço-
naria e que constitúe o principal dever dos seus associados.
O reverendo prelado annuncia no
\
preâmbulo de sua
I
i pastoral que de alguns annos a esta parte surgiu em
vários pontos do império uma
propaganda anti-catholica e
'¦¦'"¦;' '' "..!':,
¦ ¦ . "y - - . ;.;
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¦

levantou-se uma perseguição systematica contra a religião


garantida por nosso pacto fundamental. ¦'¦¦¦¦

() Discurso pronunciado pelo ex-gratn-mestre do antigo Grande Oriente


do Urazil, ao valle do Lavradio, na festa de 2 de Março. (Boi. Off.
1.° anno, pag. 116.)
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115
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E' a seita tenebrosa e manhosa, inimiga figadal do ca-
tholicismo, a maçonaria, que declarou guerra aberta ao
¦-
'

¦ ¦
episcopado brazileiro, atacando a igreja de Roma, ridícula-
risando os dogmas da religião, injuriando e calumniando
........
os bispos, disfarçando-se debaixo de certas apparencias de pie-
.¦¦¦¦'¦". ¦-.'¦

dade para solapar os alicerces da auctoridade ecclesiastica'


.te v*

ora provocando, ora representando o papel de victima.


Com os olhos fixos no venerando ancião, prisioneiro no
Vaticano, frei Vital é forçado a cumprir o dever impres-
cindivel de patentear toda a hediondez dos infernaes de-
signios da seita dos pedreiros livres, que males incalcu-
laveis tem causado ao espirito religioso.,
Assim) preludia o illustre prelado a sua arenga para
passar á confirmação de these tao injusta, quanto acrimoniosa.
A propaganda anti-catholica nao passa da mente visio-
naria do reverendo bispo, imitando desta fôrma o chavão ¦
?

de seus collegas que procuraram destruir uma instituição,


*

cujos principios estão em opposiçao directa com a sua in-


tolerância e os seus interesses pessoaes.
A maçonaria no Brazil viveu sempre em paz com a
igreja, quando as suas auctoridades, independentes da cúria
romana, como felizmente ainda sao alguns illustrados bis-
pos, amavam sinceramente a sua pátria e consideravam
como letra morta as constituições apostólicas e as bullas
de excommunhao arremessadas contra nós pelo Vaticano.
Os maçons nenhum apreço davam á intolerância ultramon-
tana, nem aos raios impotentes do poder romano. Cami-
.*"

nhavam em sua gloriosa empreza, respeitando os verda-


deiros representantes do catholicismo, que jamais procura-
raram abafar as nobres propensões do povo para a li-

:.
¦ ¦
E' que ainda nao tinham apparecido no império do
Cruzeiro os adversários implacáveis do progresso, que ha-
!; ¦¦
¦ ¦¦.¦; ¦ ¦
viam recebido de Roma a senha de ordem para condem-
nar e anathematizar a sociedade moderna, negar a scien-
cia, assenhorear-se da consciência dos seus diocesanos e
estrear as suas hostilidades contra os que respeitam todas
:

- 116 -
-. ¦ : ¦
¦¦¦; . ¦¦-.'
. . ... . .

¦ ¦
|

as convicções, emquanto nao constituem para o próximo


elemeuto de perturbação ou de desordem. '

A estes partidários da ignorância e ambiciosos do do-


universal estava reservada a triste missão de em-
minio
uma lucta intolerante e fanática contra grande
prehender
da sociedade brazileira, perseguindo-a com o mais
parte
vivo encarniçamento. Essa fracçao numerosa da população
faz parte de uma associação tolerada, que acolhe em
seu seio todas as religiões, repellindo a superstição e os
ódios que separam os homens para constituil-os uma fami-
lia de irmãos e proclamar a liberdade individual, a fra-
! •
ternidade e a caridade. ,.
Foi a legião de alguns bispos ultramontanos, inimigos
da liberdade do pensamento e da independência das con-
sciencias, mais romanos do que brazileiros, que provocou
essa tempestade que ora se observa, e collocou a maçona-
ria na contingência, ou de fechar os seus templos, ou de
reagir por todos os meios honestos contra os ataques da
intolerância e do fanatismo.
Exerceu então a nossa associação um legitimo direito,
appellando para a imprensa com o fim de demonstrar que
a tolerância era a sua divisa e que apoiava-se na moral
pura e nas virtudes do christianismo. Recorreu finalmente
á união de todos os maçons, separados em dous campos
y
adversos, com o ficto de combinar uma resistência organi-
V--
sada contra os que faziam da religião instrumento de :./¦;. ¦

mesquinhas paixões para exterminarem uma instituição,


que prega a paz, a fraternidade e a liberdade de consciência.
Era a grande tarefa que incumbia á maçonaria unida
para realisara sua missão humanitária e patriótica, quando
viu-se tao injustamente aggredida, e ameaçada a sociedade
brazileira do influxo pernicioso do jesuitismo. '
'• '¦•'.'

. ¦

A sua missão era grandiosa e solemne, e por isso er-


gueu-se unida para reclamar em nome da razão, do di-
v->':,y

&&'-
'
¦

reito e da justiça a liberdade religiosa, consagrada theo- ¦ ¦

rica e praticamente no interior de seus templos. Cumpria


que a sociedade nao fosse perturbada pelos desatinos do
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117 '
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clericalismo e que os seus membros nao fossem privados das


prerogativas garantidas pela constituição do paiz, a qual
tolera todos os cultos e nao permitte que nenhum cidadSo
seja perseguido por motivo de religião.
A veneranda associação nao fez no Brazil em tempo
algum propaganda anti-catholica. Defensora dos direitos
dos opprimidos, assistia-lhe o dever de resistir á conspi-
ração tramada pelos bispos do Rio-Grande do Sul e do Rio
de Janeiro, aos quaes vieram depois junctar-se, visando o
mesmo fim, a guerra à maçonaria e o ódio á liberdade
religiosa, os prelados do Pará, de# Diamantina, de Marianna
e de Pernambuco.
Eis os horisontes que se apresentavam á maçonaria.
Hypocrita e jesuiticamente atacada, ella preparou a uni-
dade maconica do império para obter a separação das
funcçoes civis e religiosas, sem involver-se em matéria de
fé. Defendia-se e ao mesmo tempo recommendava-se â poste-
ridade pelos benefícios que ia prestar á civilisaçao, liber-
tando a consciência humana do jugo do despotismo clerical.
O poder jesuitico, tramando nas trevas por nao ter
orça e coragem para luctar em face com o adversário nobre
e leal, calculou que a união maconica era prenuncio certo
de sua destruição. De mãos dadas á política, introduziu-se
sorrateiramente no interior dos templos maçonicos e de-
pois de estabelecer a divisão entre os maçons bons e os ma-
çons maus, saiu da obscuridade para proclamar vrbi et orbi
a sua independência das leis que regem o paiz, e desen-
volver, uma audácia inqualificável na pratica de attentados V/:

contra a liberdade civil, por um systema de propaganda


habilmente combinado para exercer sobre as consciências
a prepotência e o despotismo.
É o próprio frei Vital quem confirma o nosso asserto.
patenteando as suas intenções benevolas para uma classe
de maçons no seguinte trecho de sua pastoral:
Folgamos de reconhecer que maçons ha que não revelam hostilidade á
¦

igreja de Jesus Christo, mas isto é apezar de serem maçons: é porque nao
são bons e verdadeiros maçons} é porque aberram dos principios da ma-
çonaria.
¦. V. '>>-:-.-'--
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*
118

maçons, nos denunciaram perante a


Que os bons que
a
maçonica universal de pretendermos atacar fé
família
maçonica acceitem as conseqüências
catholica pela propaganda
sua coherencia agradecendo a frei Vital os elogios que
de
e confessando que • o reverendo prelado
lhes prodigalisa
direito por estar apoiado na
exerce pleno perseguindo-nos,
e auctorisada da única maçonaria legal e ac-
opinião soberana
ceita no Brazil, exarada no seu manifesto.
Passa depois a pastoral a enumerar as penas gravis-
simas comminadas contra as sociedades maçonicas pelos
summos pontífices, convencidos pela evidencia dos factos
da malícia diabólica de nossa associação, citando os ana-
themas de Clemente XII, Bento XIV, Pio VII, Leão XII e
extractando alguns trechos da tao conhecida allocuçao de
Pio IX, o augusto martyr do Vaticano, proferida a 25 de Se-
tembro de 1865. Á vista de tantas condemnações, conclue
o prelado que é indigno do nome de catholico o infeliz
com formal desprezo de todas as prohibições eccle-
que,
siasticas, inicia-se em uma associação que tende a banir
da face da terra até a idéa do christianismo.
Muito longe iríamos, si pretendêssemos analysar em *

todas as suas partes essa impotente allocuçao, tantas ve-


zes destruída por maçons provectos e notável pelas innu-
.-,'¦:.¦

'•Ir/'»
meras contradicções que ahi a cada momento se encontram.
Si este é o principal baluarte de frei Vital, segura-
mente a sua pastoral nao merece a minima importância,
porque nenhuma idéa nova revela. A allocuçao de Mastai
Ferreti achou apenas echo na phalange dos infallibilistas
>:-h ¦
'¦-.•'.' e ultramontanos, que nao sabem destinguir onde pára a
jurisdicçao do papa e quaes sao as matérias de sua com-
petencia.
X?' Desde que os nossos predecessores, diz Pio IX alcunhado pelo prelado
de Pontífice da Immaculaãa, fieis ao seu offlcio pastoral, descobriram
suas fraudes e insidias, julgaram que não havia tempo a perder para re-
primil-a
-.eita-que por sua auctoridade, fulminando anathema e exterminando a essa
'":)?;'-iú
« respira crimes e ataca ás cousas sanctas e publicas.
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J-;rtUV:í;>,."¦-,:. '-ii-5"'¦ * .-

Depois de expor os esforços empregados para alcançar


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- 119 -

tao nobre desideratum pelos summos pontífices, apresenta ¦8-.~ (•¦


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Pio IX desta fôrma as razões que o forçam a voltar ao as- ¦¦'¦-¦:.

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sumpto :
*.
Todavia, esses esforços da Sé Apostólica nao tiveram os successos que
se deviam esperar. A seita maconica de que falíamos nem foi vencida, nem
'-? ¦
cohibida.; pelo contrario tanto se tem desenvolvido, que nestes difflceis
tempos apresenta-se por toda a parte impunemente, e ergue a fronte mais
audaciosa do que nunca.
Confrontando os trechos citados deveria o prelado d9
¦
..

Olinda descobrir na confissão innocente de Sua Sanctidade a


prova mais evidente de sua justiça. Si a maçonaria fosse uma
associação perniciosa, nao teria escapado á poderosa in-
fluencia dos pontífices romanos e nao ergueria a fronte,
cada vez mais laureada e protegida até pelos soberanos
catholicos, exhortados por Bento XIV a consagrarem todos os
seus esforços e sollicitude em reprimir essa seita profun-
¦
¦
damente perversa [perditissimam sectam).
Creia, pois, frei Vital na experiência manifestada na
allocuçao do papa e convença-se de que a sua pastoral
nao conseguirá o fim que teve em mira. Assim como os
raios que desferiu sobre a Verdade nao fizeram mais do que
recommendal-a a novos leitores: as outras probibições de
sua virulenta pastoral, chamarão a seus postos maior nu-
mero de maçons que defendendo a familia, a sociedade e
a pátria, demonstrarão á evidencia o errado caminho que ¦

segue S. Ex. e a improficuidade da perseguição que


lhes move.
O reverendo monge julgou ter descoberto a pedra philo-
sophal, proclamando que a maçonaria da Europa, justamente
fulminada pelo anathema pontificai, porque tenta destruir
o throno e o altar, é idêntica em tudo com a do Brazil,
:Z;:Z:.!.y-.
:;¦
constituindo a mesma associação tenebrosa, que serve-se dos
mesmos meios para attingir o mesmissimo fim.
Si a maçonaria é universal, como nao ignora o pre-
lado, que contra as prohibições da Sancta Sé, tanto en-
fronhou-se nà falsa litteratura maconica, deve rigorosa-
mente concluir que os maçons catholicos, protestantes, ju-
deus, calvinistas, musulmaiios, etc, destróem os dogma,
..' ,s .....

¦
120
dé suas respectivas religiões e as leis de sua pátria; que
as nações monarchicas sao atacadas por seus subditos e
pelos próprios reis, e as republicanas por seus cidadãos.
E nos paizes onde existe liberdade de cultos, como na
Suissa e Estados-Unidos, qual é o trabalho a que se de-
dicam os que conspiram e atacam todos os princípios sanctos e
humanos ? Na Republica americana a religião catholica flores-
ce de dia em dia e a maçonaria adquire sempre prodigioso
incremento, contando em todos os estados milhões de membros#
Reflicta frei Vital, que na época actual para enrai-
zar-se no espirito a convicção de uma idéa, necessita-se
de factos averiguados e demonstrados, ou quando menos
deducções de boa lógica e que a sua pastoral conseguirá
apenas embair a consciência dos ignorantes e fanáticos.
Nao tem faltado á nossa instituição obreiros indignos
que a tem desvirtuado, servindo-se do titulo de maçons,'
para realisarem intentos puramente profanos. A Ordem nao
"

é, porém, responsável pelos erros dos associados que a des-


lustram, assim como ninguém calumniará a sublime reli-
giao, do Calvário, porque alguns de seus adeptos deturpam
os seus preceitos, sob pretexto de servirem com toda a fé
e constância ao Supremo Creador.
fcÉÉ^^li' s* ¦ ¦'" 'T?y;.
Si foramos obrigados a obedecer em tudo ao summo
E7 ..Já ¦ pontifice e aos seus prepostos em assumptos que nao sao de «

sua competência, dahi resultaria inevitável confusão entre


o poder espiritual e temporal, entre o governo e o sacer-
docio, cujas attribuições e jurisdicçao sao essencialmente
distinctas, conforme os principios do próprio direito canonico.
Ninguém hoje duvida que o pontifice pôde enganár-se
e também errar em matérias de facto: nao é possivel, . .'..-'.''

pois, que homens verdadeiramente religiosos e indepen-


dentes acreditem que por causa de bullas obsoletas devem
sacrificar a sua razão ao papa ou a frei Vital, somente
porque esse por sua missão Sacerdotal e apoiado na alio-
cuçao de Pio IX afflrma que a nossa associação tende a
¦'
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banir da terra a idéa do christianismo.
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V', Que
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os christaos sacrifiquem a sua razão a Deus na
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*

- 121 -

revelação de um dogma ou mysterio, sem o menor exame,


isto está de accordo com os principios da religião chrisj-
¦'

tan; mas grande distancia separa essa crença ou fé da


abdicação completa da nossa razão na intelligencia de
homens, que pretextando o interesse do bem publico e
da religião, trabalham por extender o poder temporal do
papa, escravisado á cohòrte jesuitica. A historia fornece
innumeros exemplos de erros e machinações tramadas pe-
los summos pontífices que converteriam idéas absurdas
em dogmas, si adoptassemos sem exame e discernimento
as suas sentenças. Apezar de muitos desses decretos esta-
rem hoje reconhecidos universalmente como falsos, a cúria
romana nao os revoga, o que demonstra a má fé com que
muitas vezes procede e que o seu principal fim consiste
em exercer o seu poder em negócios civis dos paizes es-
trangeiros.
Ainda admittindo que os papas tivessem decretado so-
bre assumpto de sua attribuiçao, nao existindo os factos
que elles suppõem verdadeiros, cessa a razão das bullas e
por conseqüência deve-se suppôr que é da mente do legis-
lador que a lei nao produza os seus effeitos.
Ora sustentar que a maçonaria pretende destruir as
verdades do christianismo é revelar profunda ignorância
ou propósito firme de calumniar uma associação respeita-
vel por séüs fins e pela qualidade de seus membros, no
interesse de uma seita ou partido. O culto regenerador
da unidade de Deus, a esperança da immortalidade e o
amor á caridade sao inspirações do sentimento christao
se acham desenvolvidas em todos os graus • maçoni-
que
cos. Longe de serem inimigos da religião christa, os ma-
çons professam ao contrario as virtudes ensinadas e pre-
gadas pelo Divino Mestre, que formam o mais bello apa-
nagio da nossa Ordem.
Para expor a maçonaria brazileira á indignaçae pu-
blica, frei Vital desvirtua o sentido de diversas citações,
cita trechos truncados de escriptores maçonicos, que com-
pletados têm significação bem diversa da ,que lhes em-

'.

¦¦
— 122 -
%

presta e refere finalmente opiniões individuaes de sacer-


dotes inimigos da Ordem maçonica, cujos principios adul-
teraram de caso pensado para servirem á causa jesuitica.
Apoiando-se na Bibliotheca maçonica, a que denomina
código tenebroso da maçonaria brazileira, o prelado diocesano
inverte por tal fôrma a interpretação dada. pelo escriptor
aos factos que analysa, que a confrontação da citação
com o texto denota a mais revoltante falsidade e perfídia
na sua argumentação desleal e atrabiliária.
Consterna na realidade vêr um ministro do altar des-
cer ao emprego de cavillações astuciosamente planejadas
yyyyy kf-M
para embair os incautos em estylo que, longe de edificar,
'¦>.

inspira lastima e compaixão, a ponto de constituir essa


celeberrima pastoral o mais disparatado monumento de
aberração da intelligencia de um homem colérico, apaixo-
nado e cego pelo despeito da resistência que têm encon-
trado as suas sentenças.
Querendo ainda provar frei Vital que a maçonaria bra-
'
¦

.
¦
zileira tende a destruir o christianismo, recorre aos seus
- '

reguladores, aos ceremoniaes e aos escriptos abomináveis de


¦

seus órgãos os mais genuínos e acreditados, taes como os bem


>f
conhecidos Barruel, Segur, Gyr, Fischer e outros. Esque-
cendo-se dos crimes da seita jesuitica, de que se constituiu
orgao, o prelado imputa-os á nossa Ordem, apresentando
¦¦¦
como documentos comprobativos os reguladores maconicos.
cuja leitura deixa ao contrario perceber claramente
que
nelles se acham consignados os symbolos e
preceitos do
mais puro christianismo.
Na pastoral de frei Vital predomina a mesma tactica
adoptada por seus antecessores, a tendência a occupar-se
de questões que exclusivamente pertencem ao dominio tem-
ií-iti' -ir- -¦'¦''¦¦¦¦'¦¦..'¦.

poral. O attento observador descobrirá que este é o prin-


cipal fundo da questão e que o emissário do
papa procura
satisfazer os seus desejos, ingerindo-se no
governo secular
da nação brazileira. S. Ex. accusa-nos de subvertermos a
ordem no paiz, e no entanto é elle réu de lesa-magestade,
collocando o Soberano sob o seu dominio immediato,
quando
*
I

- 123 -

pretende demonstrar que o beneplácito imperial nao é ne-


cessario para que sejam executadas as bullas.
O erudito diocesano condemnando em nome da igreja
romana o placet imperial, já nao entra somente em lucta
com a maçonaria, mas com' a própria administração do
estado, desrespeitando as leis, as instituições s e os poderes
legitimamente constituídos, e ferindo em face o art. 102 § 14
da Constituição do império, concebido nos seguintes termos:
E' attribuição do poder executivo: Conceder ou negar o beneplácito aos
decretos dos concilios e letras apostólicas, e quaesquer outras constitui-
ções ecclesiasticas que não se oppozerem à constituição; e precedendo a
approvação da assembléa, si contiverem disposição geral.

Nao ignorando frei Vital que as bullas de excommu-


nhao contra as sociedades secretas nao têm vigor no Bra-
zil por nao terem recebido o placet do governo, consagra
a
quasi exclusivamente o epílogo de sua obra monumental
combater a doutrina do exequatur, esse escudo ferrugento com
se amparam os inimigos da igreja, como herética, fulmi-
que
nada por vários summos pontífices e ultimamente com
approvação do Sacrosancto Concilio Ecumênico do Vaticano,
onde se reuniram os bispos das cinco partes do mundo e
onde legislou o episcopado brazileiro, quer immediâtamente .'¦¦':¦¦

por si, quer por intermédio de seus representantes.


Confundindo o direito que tem o imperante, como pa-
droeiro e defensor do estado, de negar a sua sancçao aos
decretos pontifícios que tendem á ingerência indébita do
poder ecclesiastico no poder civil, com a desobediência dos
fieis ás censuras e penas puramemte espirituaes, o prelado
intolerante caminha ao extremo opposto, considerando um
paradoxo a doutrina salutar consignada na lei a que está
sujeito, como cidadão brazileiro.
Da adopçao desse herético parto político, absurdo injurioso
e offensivo das garantias do vigário de Jesus Christo, re-
sultaria, segundo a opinião de frei Vital, para as ovelhas a
incumbência de pastorear seus pastores, para os subditos o dever
de dictar leis a seus superiores, para os filhos o direito de serem
obedecidos por seus pais.

.''i'fi;í-'«;if
124
N8o pôde haver mais rematada estultice nessa crise
religiosa provocada em Pernambuco por frei Vital e que
tem repercutido em quasi todas as provincias do império.
Ella se acha perfeitamente definida pelo joven bispo que
nao trepidou escarnecer das leis civis e luctar com o po-
der temporal, affrontando abertamente a opinião publica e
affirmando com incrível audácia que as leis emanadas da
auctoridade civil as mais das vezes são perniciosas ao estado eccle-
siastico, inimigas das liberdades da igreja, contrarias â jurisdic-
ção dos summos pontífices e do episcopado e até usurpador as de
>¥*
seus direitos mais saqrados.
I

O placet imperial, seguro penhor das prerogativas da so-


ciedade civil nos paizes em que nao existe liberdade de
cultos, estabelecido antes do christianismo, tem por fim
evitar que o poder clerical viole as leis pátrias, quando os
seus decretos contem disposições disciplinares que se oppoem
aos interesses do estado. Nao ha contestar, pois, a neces-
sidade de sua concessão ou negação, maxime attendendo-se
a que o christianismo nada tem com os interesses tempo-
raes da sociedade e que a igreja nao pôde prejudical-a.
Tal doutrina só é herética no espirito dos fanáticos e ul-
tramontanos, e dos que ambicionam o predomínio do poder
romano para se alistarem nas fileiras dos jesuítas que des-
graçadamente vao augmentando a sua conquista no seio
da sociedade brazileira.
O prelado de Olinda tem encontrado defensores que em
plena assembléa dos representantes da nação ostentam su-
pina ignorância em matéria theologica, quando pretendem
convencer que ainda recorrendo ao placet, o acto de frei
Vital ê exeqüível, porque, sendo abolido em 1478
por
D. João II nunca mais fez parte da legislação portugueza
que vigora no Brazil; constituindo portanto as bullas dou-
trina religiosa acceita entre nós.
A suspensão do beneplácito por D. João II em 1487 e
nao em 1478, durou apenas oito annos; porquanto em 4 de
Fevereiro de 1495 aquelle rei restabeleceu o placet
que nunca
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mais deixou,de vigorar em Portugal. O concilio de Trento


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125

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foi acceito por acto de D. Sebastião, de 19 de Março de
1569 e a bulla da correcçao gregoriana em 20 de Setembro
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de 1582. Si pois estivesse suspenso o placet de 1478 até ,¦¦¦...,


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1765 em Portugal, como afirmou um lente de direito no


parlamento brazileiro, nao seriam necessários os benepla-
citos que acabamos de referir, nem o protesto do procu-
rador da coroa que se nota no principio das constituições do
arcebispado da Bahia contra qualquer determinação que nellas
pudesse haver de offensivo aos direitos da mesma coroa. (*)
Seja como fôr, o tempo e as circumstancias em que t

foram promulgadas as cinco bullas contra as sociedades


secretas, as tornam absolutamente inapplicaveis na actua-
lidade à maçonaria do Brazil, a menos que não se queira
destruir o direito de livre associação, garantido pelas leis _

do estado, para que se patenteie cada vez mais a usur-


paçao dos prelados e o summo pontifice passe a ser o ver-
dadeiro soberano desta terra.
/ Recresca a audácia de frei Vital; excite cada vez
mais as paixões; continue a provocar a população per-
nambucana: a maçonaria dessa provincia, assim como
aquella que sabe conhecer e avaliar a dignidade de seus
membros, nao fraqueará na lucta e obedecendo ás leis do ¦ :í.^

paiz, resistirá á perseguição no campo da honra, da jus-


tiça e da verdade: tanta consciência tem ella de que de-
fendendo os seus direitos, presta serviços relevantes á causa
7
/ da humanidade.
/ I- .

k Consçio de haver cumprido a primeira parte do seu


dever, o Grande Oriente Unido aguarda com toda atran-
quillidade as providencias que reclamou da auctoridade
competente. Todos os seus membros sustentarão, na pro-
porção de suas forças, os direitos da nossa Ordem, em-
pregando os recursos de que podem dispor individual e
collectivamentè.
Em que peze aos irmãos dissidentes, a sua propaganda
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(*) Extraimos estes dados históricos de um excellente artigo publi-


cado na Reforma do 12 de Março em refutação ás idéas manifestadas por
um deputado, defensor do bispo de Olinda.

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126
de discórdia nao embaraçará o triumpho da justa causa.
Si sem protesto é atacada virulentamente no senado bra
zileiro a maçonaria deste paiz; a opinião das lojas do
império será o juiz soberano que aquilatará o proceder de
um pseudo gram-mestre, que nem ao menos é solidário com
os perseguidos.
Algumas lojas da obediência do novo Lavradio têm re-
presentado ao Grande Centro contra os actos dos prelados
do Brazil, mas embalde esperam que a luz se faça. Surdo ás
« reclamações, apenas em seu orgao official por intermédio de
seus chefes, nos alcunha de anarchistas sociaes para distrair
a attençao do seu povo que, já desvendados os olhos, hesita
em crer na realisaçao de promessas, tantas vezes ba queadas
Qual a posição, nesta grave emergência, do maçon
collocado no fastigio da grandeza social e revestido com
as insígnias, ainda que usurpadas, da primeira dignidade
de um Oriente ressuscitado por sua própria auctoridade?
Interessar-se-ha pelo futuro de nossa Ordem quem apenas
é gram-mestre no interior de um edifício maçonico e fora
delle conserva-se impassível e silencioso diante das mais gra-
ves accusações feitas â associação, da qual, mais que nenhum
outro, recebeu innumeras provas de respeito e conside-
íaçao? Suspeito para os maçons, suspeito para os bispos
reaccionarios, o chefe do grupo dissidente da maçonaria
tem o dever rigoroso de confessar a sua derrota e de aban-
donar a posição a que foi elevado no mundo maçonico.
Firmando-nos nas leis pátrias, sempre combateremos
nós, os membros do Grande Oriente Unido do Brazil, os
planos sinistros de nossos rancorosos inimigos, patenteando
a sua injustiça e ambição, e pugnando pela defeza dós
nossos direitos até á epocha em que fòr decretado como
um crime o facto de pertencer-se no Brazil á maçonaria.
Respeitando a lei, abandonaremos a tarefa, porque a
lucta será então impossível. A opinião publica* porém pro-
nunciará o seu ultimo julgamento, que deverá ser impar-
ciai e solemne.
A. F. A.
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127
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SECÇÃO OFFICIAL.

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Proroga o prazo
Dec. n 6 de 24 de concedido pelo art.
Março de 1873 (era 4.° do decreto n. 4
vulgar). de 23 de Setembro
de 1872 (era vulgar).

Nós, Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho, Soberano


Gram-Mestre Grande Commendador do Ordem maconica no
Brazil.
Fazemos saber a todas as officinas e maçons do circulo
que o Grande Oriente Unido do Brazil adoptou em sessão
de 20 de Março de 1872 (era vulgar) a seguinte

EESOLUÇÃO.
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Fica prorogado tanto para as lojas e capítulos da Corte


e Nictheroy, como das Províncias, o prazo de seis mezes, a
contar da data deste decreto, afim de manifestarem a sua
adhesao ao Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do
Brazil.
O grande secretario geral da Ordem é encarregado de
communicar às officinas do Circulo a presente resolução. y^^M^^M'^.

Grande secretaria geral da Ordem, aos 24 dias do mez


de Março de 1873 (era vulgar). ¦.,...¦¦
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Joaquim Saldanha^ Marinho 33,


Gram-Mestre Grande Commendador da Ordem.
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Dr. Alexandrino Freire do Amaral 33,


Grande Secretario geral da Ordem.

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128
Actos do Gram-Mestre da Ordem.
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30 de Janeiro.— Approva a filiação da loja Trabalho, ao


oriente do Amparo, em S. Paulo.
4 de Fevereiro. Auctorisa o grande thesoureiro geral
da Ordem a soccorrer com a quantia de setenta mil réis
ao irmão N.... membro da loja Vinte e Um de Março.
11 de Fevereiro.— Louva e agradece ás oito lojas de
Pernambuco, por intermédio de seus veneraveis, a nobre
attitude por ellas assumida ante o inqualificável procedi-
mento do bispo diocesano.
11 de Fevereiro.— Approva a filiação dos capítulos Res-
tauração Pernambucana, no valle do Recife e Tolerância, no
valle de Porto Alegre.
19 de Março.— Auctorisa o grande thesoureiro a soccor-
rer com a quantia de cem mil réis ao irmão N... membro
da loja Perseverança II.

Extracto das actas das sessões do Grande Oriente


unido do Brazil.
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA N. 12, EM 11 DE FEVEREIRO DE 1873.
Presidência do Sapientissimo Gram-Mestre. Conselheiro
Saldanha Marinho.
Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, €oi
aberta a sessão. r
. Expediente.—Pranchas do irmão Dr. Epiphanio Pitanga,
justincando a sua falta á presente sessão e sollicitando que
se declare, sob sua immediata responsabilidade,
da corte, serem asquerosas as falsidades contidas pelo jornaes
em um
artigo assinado C. B. inserto no Boletim do intitulado Oriente
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do Lavradio.
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Dita da loja Realidade, communicando estar summamen-
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te penhorada pela acertada escolha feita Gram-Mestre
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do irmão Dr. Albuquerque Gama pelo
seu delegado adjuncto
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em Pernambuco. para J
Dita da loja America, recommendando um obreiro do seu
Quadro.
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Dita da loja symbolica Amizade ao Cruzeiro do Sul, de-
clarando que por unanimidade a mesma resolveu em sessão
de 1.° de Dezembro de 1872, prestar a sua adhesao ao Grande
Oriente Unido, conforme a primeira resolução tomada em
Julho do mesmo anno.
Ditas das officinas Perseverança, ao oriente de Paraná-
guá, Perseverança III, ao oriente de Sorocaba e Honra e
Humanidade, ao oriente de Pelotas, enviando cópia da acta da
sessão em que foi jurada a constituição vigente.
Dita do delegado do gram-mestre na provincia da Bahia,
communicando que as lojas de sua junsdicçao receberam
cópia da representação do Grande Oriente Unido e louvam
o procedimento de suas co-irmans de Pernambuco diante
dos attentados commettidos pelo prelado dessa diocese.
Ditas do delegado do gram-mestre na provincia de
Pernambuco, referindo minuciosamente as occurrencias a '

que tem dado origem o procedimento de Frei Vital, sus-


pendendo as irmandades e guerreando os maçons.
Ordem do dia. — O sapientissimo Gram-Mestre annun«
cia que convocara extraordinariamente o Grande Oriente
para adoptar providencias em relação a certas questões
de urgente decisão e depois de enumeral-as, o mesmo
Grande Oriente deliberou tomar as seguintes resoluções :
Offerecer á commissão central de soccorros a quantia
de 1:500#000 para auxilio da pobreza atacada pela febre
amarella, conforme o parecer unanimemente approvado de
uma commissão ad hoc, composta dos irmãos Ferreira Mar-
garido, Pereira Vianna e Cunha Guimarães.
Nomear uma commissão especial para apresentar pela
imprensa a contradicta das falsidades apregoadas no seu
Boletim, pelo intitulado Grande Oriente do Brazil, ao valle
do Lavradio.
Consignar na acta da presente sessão um voto de lou-
vor ao irmão Antônio Manoel de Almeida pelo seu proce-
dimento honroso como thesoureiro da commissão de propa-
ganda, desvirtuado intencionalmente pelo mesmo Corpo que
se diz maconico.
*
Eleger uma commissão, composta dos irmãos conse-
lheiro Saldanha Marinho e Drs. Duque-Estrada, Gabizo e
Freire do Amaral, para encaminhar ao seu destino a re-
presentaçao das lojas de Pernambuco e do Grande Oriente
Unido contra os attentados do bispo dessa provincia.
O irmão Cunha Guimarães, em nome da officina Mijs-
terio, sollicita do Grande Oriente permissão para ser inau-
curado na sala dos passos perdidos o retrato do sapien-
tissimo Gram-Mestre. — Consultado o Grande Oriente pelo
irmão 1.° grande vigilante, resolveu unanimemente conceder
a auctorização requerida.
O Granáe Oriente approvou a eleição das dignidades

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- 130 -

da Grande Loja Central para o anno maçonico de 5873;


deliberou que as lojas União Democrata e Perseverança, ao
oriente do Ouro-Preto, se fundissem em uma só, conforme
a petição das mesmas e resolveu adiar para outra sessão a
discussão de diversos pareceres de commissões.

SESSÃO ORDINÁRIA N. 13, EM 20 DE MARCO DE 1873.

Presidência do Sapientissimo Gram-Mestre Conselheiro


Saldanha Marinho.
Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo foi
aberta a primeira sessão preparatória da assembléa cons-
tituinte, convocada pelo decreto n. 5, de 30 de Setembro de
1872, nos termos do § único art. 4.° da lei n. 2 de 4 de
¦: I '

Junho do mesmo anno.


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Nomeou-se uma commissão para proceder á verificação
dos poderes dos membros da assembléa e apresentar a lista
respectiva.
Resolveu se que a assembléa constituinte funccionaria
todas as terças-feiras, a contar do 1.° do próximo mez.
Continuaram os trabalhos em sessão ordinária do Grande
¦

Oriente.
Expediente.—Pranchas dos delegados do gram-mestre
nas provincias da Bahia, Pernambuco, Maranhão e Pará,
dando conta do estado da maçonaria nas respectivas pro-
vincias. — Inteirado. * *
Dita do Supremo Conselho do Charleston convidando o
Supremo Conselho Unido do Brazil a nomear representantes
'y ' ','., para o próximo congresso maçonico.—Foi auctorisado o
Gram-Mestre para fazer a respectiva nomeação.
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Dita da loja Tolerância communicando que resolveu a


I

publicação de um Boletim mensal consagrado á instruccao do


povo e á defesa da Ordem, e enviando vinte exemplares do
primeiro numero, no qual é miudamente relatado o pro-
cedimento anti-maçonico da loja Lm e Ordem.— Mando use
louvar o procedimento da loja.
Dita da commissão respectiva enviando o proiecto de
monte-pio.—Foi a imprimir.
Dita da ofiicina Grêmio Philantropico enviando a acta da
essao em que foi jurada a constituição provisória.—In-
teirado.
/ , í&*

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Dita da loja Estreita do Sul de Minas, ao oriente de
S. Sebastião do Paraizo, na provincia de Minas Geraes, pro-
testando a sua adhesao ao Grande Oriente Unido do Brazil.
— Inteirado.
Dita da, loja Philantropia Guarapuavana, ao oriente de
Guarapuava, na provincia do Paraná, manifestando a sua ,-,-

adhesao ao Grande Oriente Unido e fazendo votos para que


este Poder persevere na carreira encetada.—Inteirado.
Dita da loja Amparo da Virtude II congratulando-se com
a eleição do irmão Conselheiro Saldanha Marinho para o
cargo de gram-mestre da Ordem.—Inteirado.
Ditas das lojas Independência, Conciliação, Fraternidade Areense,
Philantropia Guarapuavana e America felicitando o Grande
Oriente pela attitude que assumiu em presença da perse-
guiçao do clero ultramontano . — Inteirado.
Ditas das lojas Vinte eum de Março, ao oriente do Natal
na provincia do Rio Grande do Norte e Fraternidade Alagoana,
ao oriente de Maceió, na provincia das Alagoas, communi-
cando que reconhecem como único poder maconico no Brasil
o Grande Oriente Unido. — Inteirado.
Relatório e contas do grande thesoureiro geral relati-
vas ao anno maconico findo em 28 de Fevereiro ultimo. —
A' commissão de'finanças para informar com o seu parecer.
: Manifesto da loja Conciliação relatando os acontecimen-
tos de 8 e 11 de Novembro de 1872 sobre o pronuncia-
mento de adhesao ao Grande Oriente Unido.— Inteirado.
Títulos de membro honorário.— Foram conferidos a
diversos irmãos da lojas Harmonia e Fraternidade^ e Amizade ao
Cruzeiro do Sul.
Resoluções diversas.—Por proposta do irmão grande
orador foi prorogada por mais seis mezes, tanto para as
oficinas da corte, como das provincias, o prazo concedido
pelo art. 4.° do decreto de 23 de Setembro de 1872.
O Grande Oriente Unido resolveu indeferir a petição
da loja Artista e não acceitar a sua adhesao.
Foram approvados os pareceres das commissões central
e de finanças acerca da proposta do delegado do gram-
mestre na provincia de Pernambuco e do auxilio concedido
ao irmão Hubert, redactor da Chaine d1 Union, de Paris.
Foram igualmente approvadas as eleições das digni-
da des dos grandes capítulos dos cavalleiros Noachitas e do
Rito Moderno para o anno maconico de 5873.
Conformando- se com o parecer das commissões de bene-
ficencia e finanças, o Grande Oriente concedeu diversas
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beneficencias e pensões.
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Foi encerrada a sessão depois de feita a cadeia de união


e de haver o Gram-Mestre communicado a palavra semestral.

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- 132-
I

Supremo Conselho do grau 33.


ASSEMBLÉA DE 14 MARÇO DE 1873.
Presidência do irmão Machado Júnior.
Foi aberta a assembléa, achando-se presentes 12 mem-
bros eifectivos.
Prestou juramento de membro effectivo do Supremo
Conselho o irmão 33 padre José Luiz de Almeida Martins
e foi juramentado no grau de soberano grande inspector
geral 33 o irmão José Rufino Rodrigues de Vasconcellos.
Ordem do dia. — Elevações de graus. — O Supremo Con-
selho elevou ao grau 33 os irmãos Duarte José Rodrigues,
Lourenço da Costa Loureiro, João José da Silveira Ávila,
Dr. Francisco Quirino dos Santos e Antônio Carlos Pereira
de Burgos Ponce de Leão; ao 32 os irmãos Guilherme
Hesket, Miguel Antônio Pinto Guimarães, Francisco Joa-
¦

'* quim Pereira, João Severino de Mattos, Dr. Antônio Car-


los de Moraes Salles, Dr. Joaquim José Vieira de Carvalho,
José Henriques de Pontes, João Baptista Tallone, Manoel
Carlos de Lima Torres e Joaquim José da Silva Santos ;
e ao 31 os irmãos Antônio José Pereira Carneiro, Joaquim
"i? "¦¦¦¦ ¦
Antônio Liborio Chaves, Luiz de Ia Roque, Dr. Ludgero
Vieira de Azevedo, Manoel Pinheiro, Leopoldo José Este-
ves Dias, Ignacio Porfirio da Costa, Antônio Joaguim de
Souza Martins, Abel Maria de Souza, Antônio Dias Car-
neiro, Antônio Vieira de Lima e Silva, Antônio Ferreira
Baio, José Velloso Barreto, Valentim Geyer, Miguel Hei-
nsen, José Francisco Masson, Hermann Bojunga e Dr. Joa-
quim Martins de Freitas.
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Grande Loja Central.


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SESSÃO N. 7, EM 10 DE FEVEREIRO DE 1873.

Presidência do irmão Polycarpo de Vasconcellos.


Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi
aberta a sessão, lida e approvada a acta da ultima ses-
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' ¦ ' "V-.V.: •
\ , , ,--y -:'\y"..•;

sao eleitoral e remettida ao Grande Oriente para ser ap-


provada. '-1,

Eleições.—Foram approvadas as eleições para 5873 a


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que procederam as lojas Fraternidade Cearense, Perseverança II,


Conciliação e Abrigo da Humanidade, e dos capítulos Frater-
nidade Cearense, e Abrigo da Humanidade.
Regularizações.—A Grande Loja auctorisou a regulari-
saçao impetrada pelos capítulos provisórios Restauração Per-
nambucana, e Tolerância. ¦;.; ¦
.j

Elevações de graus.—Foi sanccionada a elevação ao


grau dezoito conferido a diversos obreiros pelos capítulos
Vera-Cruz, União e Segredo, e Honra e Humanidade', concedido
o mesmo grau a membros das lojas Restauração Pernam-
bucana, Fraternidade III, e Fraternidade Areense;" e o trinta
a obreiros das lojas Vna~Gruz, Honra e Humanidade, Perse- ¦

verança (Ouro-Preto), União Democrata, e Fraternidade Areense. ¦

SESSÃO N. 8, EM 10 DE MARCO.
i

Presidência do irmão Polycarpo de Vasconcellos. ,


ji

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi


aberta a sessão. -\
Leu-se o decreto do Gram-Mestre promulgando a reso- y

luçao do Grande Oriente, tomada em^ll de Fevereiro e


pela qual sao approvadas as eleições das dignidades da
Grande Loja Central para o anno cie 1873.
Eleições.—Foram approvadas as eleições *do geraes para 5873,
a que procederam as lojas Urias, Estrella Norte, Grêmio Phir
lantropico, Amparo da Virtude, Amigos Reunidos, Abnegação, Re- .'..-,y '.. i

generação (Poder central), Dous de Dezembro, Vinte eUm de


fylarço (Natal), Progresso da Humanidade, Honra e Humanidade^
Philolimia, e Restauração Pernambucana; e os capítulos Es-
trella do Norte, Commercio, Regeneração (Poder central), Con-
'•*¦
ciliação, Independência, Progresso da Humanidade, e Confraternidade
Beneficente.
A Grande Loja approvou as seguintes nomeações e
eleições parciaes: representante do veneravel e deputado
da loja União e Beneficência (Mamanguape), representante
do veneravel da loja Amparo da Virtude II; representante
do veneravel e deputados da loja União Constante.
Elevações de graus.—Foi sanccionada a elevação ao
¦
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V. • ¦
grau 18 conferido a diversos obreiros pelos capitülo*s Com-
' ',. ¦" ' '.'¦¦'•¦
" ".¦'••':v-.f.'"'-'.'''''' •"•"¦'''
mercio, União Constante, Conciliação, Independência, e Progresso da
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-134 —
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... . . .

o mesmo grau a membross das


Humanidade, e concedido

decisão do Grande Oriente Unido, to-


ÍSLnütattSto por
^IZ^oJ-VerelneLo ao 0£*&g« *£
ser tomado em consideração, em tempo
Loja, Sgffi^?^
formulado peio ir
iecto de regulamento da Grande
mao José Rufino Rodrigues de Vasconcellos.

¦ ¦
¦ ¦
.

Grande Capitulo Geral do Rito Moderno.

SBSSÃO N. 3, EM 16 DE DEZEMBRO DE 1872.

Presidência do irmão João Francisco Rebello.

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi


aberta a sessão. -Q„Q
O Grande Capitulo approvou as eleições para 587d a
que procederam as lojas Ceres e Firme Unuio, e sanccionou
a elevação ao grau sete conferido a diversos obreiros pelo
capitulo* Harmonia e Fraternidade.
-,*¦
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¦¦'¦') ¦- *.,-¦..
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.•"¦'. j, ' ¦

SESSÃO N. 4, EM 15 DE JANEIRO PE 1873.

. .. ¦ t*i...
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Presidência do irmão J. F. Rebello.
:;*«!¦¦¦'

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi


:;!'í":'-
n '

aberta a sessão. ¦¦(¦¦:¦ - . ¦"

Foram approvadas as eleições para 5873 a que proce-


deram a loja e capitulo Harmonia e Fraternidade. ¦¦"'>¦¦••: '-.¦' .••¦•'¦¦¦•': ..¦; Í3
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O Grande Capitulo resolveu adiar, as eleições de suas


dignidades para a próxima sessão. . ,

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SESSÃO N. 5, EM 18 DE MARÇO DE 1873.


Presidência do irmão J. F. Rebello. ¦:-'.;
S- ''¦¦,'¦¦¦'¦ '
.. ¦¦¦¦¦.-"¦„¦.*¦ ... ^¦,.

Abertos os trabalhos foi lido o decreto convocando o


Grande Capitulo para proceder á eleição das suas digni-
dades nos termos da constituição em vigor.
Nomeados e approvados os escrutadores procedeu-se à
eleição, a qual ficou dependente da approvaçao do Grande
Oriente.
Proseguiram depois os trabalhos em sessão ordinária.
Eleições.—Foram approvadas as eleições que tem de
servir no corrente anno nas lojas Amizade ao Cruzeiro do
Sul e Caridade, e no capitulo Ceres.
Foi igualmente approvada a eleição de um deputado
da loja Harmonia e Fraternidade.
Elevações de graus.—Foi sanccionada a eleição
'e ao grau-
de rosa cruz conferido pelo capitulo Harmonia Fraternv- '*"•;->
-..:
dade a differentes obreiros.
Protestos.— Mandou-se ouvir a commissão central acerca
dos protestos apresentados na loja Harmonia e Fraternidade
contra a reprovação de profanos.

;¦.¦¦¦¦.4: - .

Grande Capitulo dos Cavalleiros Noachitas. .


,
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¦

SESSÃO N. 3, EM 20 DE DEZEMBRO DE- 1872. ¦


¦

Presidência do irmão Visconde de Ponte Ferreira., y<

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foram


abertos os trabalhos.
Foi approvada a eleição para 5873 da loja Modéstia, ao
oriente de Morretes. ¦¦
¦

¦
SESSÃO N. 4, EM 20 DE FEVEREIRO DE 1873.
..¦-.- .
¦

Presidência do irmão Visconde de Ponte Ferreira.


Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi
aberta a sessão.
Foi lido o decreto convocando o Grande Capitulo para
proceder à eleição annua das dignidades respectivas.
i Nomeados' e approvados os escrutadores, fez-se a eleição
que ficou dependente da approvaçao do Grande Oriente.
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«pi?- 136 •*=*

os trabalhos em sessão ordinária,


Continuando depois anno de 5873 da loja bkr-
foi ^provada a eleição para o
^F^Totaíde
Capitnlo inteirado de ter sido regala-
•,i

;-vjí;í'j
¦^i£fôS£2** obreiros
. pta « a
ao 12, &S
conferido por capi
e sanccionou a elevação grau
tulos do rito.

PROJECTO 1 MONTE-PIO GERAL MACONICO.


f

Grande Oriente Unido do


A. commissão nomeada pelo
Braâ pTaTline» um pr|ecto e**%&%><„%&*% critério o rebuitaao ae
sentar ao seu esclarecido juízo
Se" sobre a exiguidade do seu
mó^felta consciência ao
nao fez ella quiz, apresenta
projecto; mas si quanto
mTonv"c?a qdeaT«ePad maconica, como socie-
'nlo infeo
dar \ todos . nem sempre d
dade benefiSente, pôde
a tenmo exuHa a commissão com a umnotável Monte-pio
previaencia
a
do Grande Oriente buscando fundar que
constitde obrigatório, com que 8ep«»to
cLmS do maçon, e^ capaz de elevar
extrema indigencia a família
brazileira a um desconhecido grau de prós- r ¦';''¦:

a maçonaria
;PeriMiút'o reconhecida à distincçao que lhe coube de or-
trabalho, faz a commissão MIM
''-,v
;-;'*.:.''.¦;'* ¦:>: ganizar tao imperfeito todos os maçons do
votos
i

sinceros e cordíaes para que . con-


Império, á forca da mais severa e rigorosa economia,
vindouros o nobre exemplo de nao dei-
siffam legar aos lhes sao' mais caros
xarem ao abandono os seres que ;.;

aliás a dos costumes e a pratica das boas


'¦/.., Quando pureza e a dissipacao sao
acções que impedem os desregramentos
sufflcientes para' garantir-lhes um modesto, mas decente ¦¦'¦ .
:

;'¦
"

U UE°m
uma epochá em que a tyrannia e a ignorançiB maconico
ameaçam até a família do máòon, nenhum acto
*recommendar-se melhor á
nóde gratidão do século, nem
it'!/',' ! '
'
.
,
'»y'
VffmwM ti?
melhor desmascarar a hypocrisiá de seus calumniadores
;,t''í

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ü {Si
- 137 -

gratuitos ou mercenários, do que demonstrar a nossa au~


~msta e civilisadora instituição, que a família assim como
o primeiro élo da cadeia social, o seu futuro e prosperi- *-

dade é para o maçon o vinculo mais adorável e a mais


apaixonada de suas aspirações.
Traçado aos 20 de Março de 1873 (era vulgar).
(Assignados)
Dr. Epiphanio Pitanga.
Dr• Eduardo Luiz Valdetaro.
José Ruflno R. de Vasconcellos, (com restricções)
*

¦ ¦¦. ¦¦. ¦
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;

CAPITULO I.
.\ - FIM DO MONTEPIO. ,' ,*

¦..,. Art. l.° O monte-pio maçonico tem por fim livrar da


penúria as famílias dos membros da maçonaria brazileira.

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y-
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• •
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CAPITULO II. *Mp-

¦ ¦ ;: ¦ - ¦
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.

DO INSTITUIDOR E DAS PENSÕES.


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Art. 2.° É obrigatório o monte-pio para todos os maçons
da obediência do Grande Oriente Unido, tanto da capital,
como das provincias do Império; sendo, porém, livre para
quaesquer outros maçons, que a elle queiram pertencer.
§ único. O instituidor que nao pertencer ao circulo do
Grande Oriente Unido do Brazil deverá no acto da inscripção
além do diploma, exhibir o quite da sua officina.
Art. 3.° A pensão que é uma e única para todos os
maçons, e independente da idade dos mesmos, é no minimo
'quantia
>•''..''.''.',¦,.-:¦: ¦'¦.. :'^:iy "'!'"''». da annual de 360*000. ! .

Art. 4.° A pensão instituída por qualquer maçon per-


tence:
(a) Integralmente á viuva, quando o instituidor fallecer
sem filhos legítimos, ou naturaes reconhecidos na formadas
leis vigentes. ,f .1

(b) Aos filhos legítimos repartidamente entre si, se o


instituidor não deixar viuva. . >¦¦. yy-y-:-
--¦%-{

(c) Aos filhos naturaes constantes do paragrapho (a), se


nao houver filhos legítimos nem viuva.

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138
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(d) Repartidamente metade pela viuva, e a outra me-


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.

tade pelos filhos legítimos, pelos naturaes de que acima


tratou-se, e pelos netos; bem entendido que estes terão di-
reito ao quinhão relativo ao fallecido pae ou mae, filho
do instituidor.
(e) Metade pela viuva, e a outra metade pela mãe, ¦
¦

avó e irmãs, quando vivessem em companhia do institui-


dor, ou quando em separado, mas por elle amparadas.
(f) Repartidamente pela mae, avó e irmãs do insti-
tuidor, que viverem deoaixo da sua protecçao, toda a vez
que falleça elle sem os herdeiros constantes dos paragra-
phos precedentes.
Art. 5.° Toda a vez que o instituidor nao deixar ne-
nhum herdeiro, na fôrma do artigo anterior, poderá legar
em seu testamento metade da sua pensão à pessoa que
melhor lhe aprouver.
§ único. Toda a vez que o instituidor fallecer sem
herdeiros, e morrer intestado, fica subentendido que lega
a sua pensão ao cofre do monte-pio.
Art. 6.° As pensões de que tratam os paragraphos (b),
(c), (d), do art. 4.° serão abonadas aos filhos e netos me-
nores de 25 annos; as filhas, porém, e os filhos maiores
de 25 annos, que por incapacidade physica ou mental se
n&o poderem applicar a qualquer occupaçao decente, as
perceberão durante toda a sua vida.
§ único. As filhas casadas, que motivarem a separação
de seus maridos ou o desquíte, e as filhas solteiras que
nao viverem com reconhecida honestidade, perdem comple-
tamente o direito á pensão. *
Art. 7.° Toda a vez que a viuva do instituidor ca-
Sar-se segunda vez, reverterá a metade da pensão a que
tinha direito, aos cofres do estabelecimento, percebendo ella
a outra metade; no caso de morte, porém, reverterá em
favor dos herdeiros, repartidamente em partes iguaes metade
da dita pensão, pertencendo a outra á caixa do Monte-pio. ¦''¦'¦'

§ único. Por morte de qualquer herdeiro que não seja


a viuva do instituidor, a sua quota reverterá igualmente .-¦¦¦¦

aos cofres do estabelecimento.


Art. 8;° Nenhuma pensão será concedida sem que seja
approvada pela Directoria do Monte-pio, que expedirá o res-
pectivo titulo ao pensionista com as precisas declarações.
^Art. 9.° O instituidor no acto da sua inscripção, dêcla-
rara a natureza e numero dos herdeiros que possuir; não
'.¦¦.

podendo, porém, estes perceberem as pensões sem se habi-


atarem legalmente.
Art. 10.° As viuvas e filhas casadas do instituidor, além
da
~^âdas de que trata o artigo antecedente, são obri-
^habilitação
a apresentarem annualmente, um attestado de con-
ucta de seu respectivo parocho. ¦

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Art. 11.° No interesse de tornar effectiva a protecção,


que tem em vista o Monte-pio maçonico, fica dossubentendido . . . ...
¦
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que as pensOes são de exclusiva propriedade herdeiros;


e que por tanto os maridos das herdeiras não as poderão
¦

receber senão por procuração.


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CAPITULO III.
DOS FUNDOS DO MONTE-PIO MAÇONICO

Art. 12.° Os fundos do Monte-pio maçonico que serão


todos convertidos em apólices da divida publica, compõem-
se alem dos juros que produzirem estas, das seguintes
vfip"bas *
(a) Do valor das jóias de 360»000 por cada instituidor. \

(b) De uma annuidade de 36&000 relativa a cada pensão.


(c) Da quantia de 20#000 relativa a cada instituidor,
para 'd)as despezas de assentamento e àadministração. Caixa do Monte-pio.
Das pensões que reverterem
e) Das multas de que trata o presente projecto.
De quaesquer doações ou concessões feitas, para tal
xf) ¦

mister, aos cofres do estabelecimento. .


Art. 13.° Afim de não onerar os cofres do Monte-pio
maçonico, os instituidores das provincias, ou as ofiicmas
a que elles pertencerem, pagarão por sua conta os gastos
se fizerem com as quantias remettidas para a Caixa
que
do mesmo Monte-pio. .•,,•«-,
Art. 14.° Cada instituidor na capital do Império ou nas
provincias, poderá pagar desde uma até 20 õrimeiros prestações a ím-
portancia das quotas, relativas aos três de 20 mezespara- es-
graphos do art. 12, de modo que dentro
teja realisado o dito valor. x
as
§ único. As officinas ou o Grande Oriente, attentas
circumstancias do instituidor, se esforçarão afim de que
nenhum contribuinte fique em falta com os cofres do es-
tabelecimento. ,. .
. i

Art. 15.° Todo o instituidor que deixar de cumprirão


disposto no artigo antecedente pagará a multa de 6'•(..da
',- "¦ ' '
>•'¦'¦¦'"' -¦.'.'¦""¦"¦'¦ . ,.-y¦ ¦:¦,.:

quota com que devia entrar para a Caixa do Monte-pio, e


isto por cada trimestre decorrido; si porém não o
fizer dentro de 4 trimestres, será punido na forma
¦

dos regulamentos geraes da Ordem, revertendo quaesquer


quantias, com que tenha entrado, pára os cofres do estabe-
lecimento. „ „. , , ,ft
Art. 16.° As annuidades de que trata o § (bj do art. U
serão sempre pagas adiantadamente, por semestres ou tr^
mestres, á vontade do contribuinte.
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¦,,¦-¦
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- 140 -

Art. 17.° O instituidor ç[ue deixar de pagar as annui-


dades pelo modo por que dispõe o artigo antecedente pagará
a multa de 10°/o por cada semestre que decorrer; si porém
deixar de pagar as mesmas annuidades em oito semestres
seguidos, será punido na fôrma estabelecida pelo art. 15.
Art. 18.° O thesoureiro nunca poderá ter em espécie,
durante cada semestre, senão as quantias necessárias ao ¦¦

pagamento das pensões vencidas, e o que fôr preciso ás des-


pezas de administração.
ê

CAPITULO IV.
i
¦
;

DO PESSOAL ADMINISTRATIVO E SUAS OBRIGAÇÕES.


Art. 19.° O Monte-pio maconico será administrado por ...

uma directoria auxiliada por*uma commissão ou conselho


fiscal.
§ único. Alem do pessoal da administração haverá um
guarda-livros, um adjuücto ao thesoureiro, e um cobrador.
Art. 20.° A directoria se comporá de um presidente,
que será o gram-mestre da Ordem, um vice-presidente que
será o gram-mestre adjuncto, de um secretario, de um the-
soureiro, e de mais três directores eleitos por escrutínio
secreto em assembléa ^eral dos instituidores do Monte-pio.
Art. 21.° A commissão ou conselho fiscal se comporá
£ nove instituidores,
de eleitos também por escrutínio se-
• ':¦¦¦¦¦

creto, por maioria de votos da assembléa geral do mesmo


Monte-pio.
_ Art. 22.° O thesoureiro e o secretario da directoria do
Monte-pio serão escolhidos dentre os directores eleitos, em
acto continuo á posse da mesma: o guarda-livros e o co-
orador serão de nomeação do presidente^ precedendo
da directoria, pro-
posta e o adjuncto ao thesoureiro será da
escolha do thesoureiro, porém com approvação da mesma
uirecxona»
Art. 23.° A directoria com excepcão dos dous *•
primeiros
dignitanos da Ordem, e o conselho fiscal, serão renovados
S?aa *ím dous annos Por maioria de votos da assem-
biêâ geral, podendo ser reeleito
qualquer dos seus mem-
Art. 24.° Na falta do presidente, compete a
presiden-
cia da directoria ao vice-presidente, depois ao- secretario,
e na^íalta destes a qualquer dos membros da directoria .

que for designado pelo presidente.


Art. 25.° Compete á directoria dar plena execução a
este projecto, depois de approvado em assembléa
maioria de geral,
votos presentes, e mais as seguintes func-
por
çoes '
.
"\ ' í J

141
1.° A organisação do regimento interno, em que sefi-
xará, além do numero das sessões e a marcha mais con-
veniente de seu expediente, as obrigações e vencimentos
dos empregados, bem como as mais obrigações do conse-
lho ou commissão fiiscal.
2.° Apresentar annualmente â assembléa geral um re-
latorio, acompanhado do balancete e movimento do mesmo
Monte-pio.
3.° Convocar annualmente a assembléa geral para apre-
sentaçao do relatório annuo, podendo convocal-a extraordi-
nariamente sempre que convier aos interesses do estabe-
lecimento.
4.° Ouvir detidamente o conselho fiscal, quando con-
venha á prosperidade do mesmo Monte-pio.
5.° Por ultimo, representar a assembléa geral nos casos .
¦ ¦

de demanda ou conflicto com a auctoridade civil, para o


que lhe sao conferidos os respectivos poderes.
Art. 26. Além das obrigações constantes do regimento ¦

interno, compete ao conselho* fiscal o direito de examinar ¦¦;¦¦¦¦-W%


pelo menos uma vez por trimestre, o estado da escriptu-
T

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ração e do cofre do Monte-pio, e reunidamente com os
membros da directoria providenciar como convier ao pro-
¦. ¦.'

gresso e segurança do mesmo Monte-pio.


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CAPITULO Y.
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DA ASSEMBLÉA GERAL.
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Art. 27.° A assembléa geral se comporá de todos os


instituidores do Monte-pio maçonico, e nao poderá ser reu-
nida sem convocação previa, com antecedência de três dias,
mediante annuncío nas folhas publicas de maior circu-
lação. *
Art. 28.° A assembléa nao se poderá considerar instai-
lada sem haver presente maioria absoluta dos instituidores
residentes na Corte; as suas deliberações serão tomadas
por maioria absoluta de membros inscriptos em cada reu-
niao.
Art. 29.° As sessões de assembléa geral serão presididas
pelo presidente ou vice-presidente da directoria, que esco-
íherá dous instituidores presentes para servirem de 1.° e
2.° secretários da reunião.
§ uriico. Caso não se reuna a maioria absoluta na pri- i.j. . i , .**"!. * .... v.
*

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meira convocação, será annunciada, pelo modo disposto no


'segunda
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artigo acima, reunião, a qual dará começo aos


trabalhos, logo que estejam presentes cem instituidores. ,, ." ! ,.t j

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142
Art. 30.° Compete á assembléa geral:
* 1.° Eleger a directoria e o conselho- fiscal.
2.° Tomar contas á administração, e resolver as quês-
'qualquer
toes que lhe forem propostas por instituidor.
3.° Propor a reforma dos presentes estatutos no sentido
de melhorar a sorte do Monte-pio.

CAPITULO VI.
DISPOSIÇÕES GERAES.

Art. 31.• Logo que fôr approvado pela assembléa o pre-


sente Regulamento e obtida a permissão do governo, ficará
installado o Monte-pio, que dará começo às suas operações.
Art. 32.° A directoria fará imprimir o presente Regula-
mento, e bem assim o regimento interno, que será feito
de commum accôrdo entre ella e o conselho fiscal, e depois
submettido á approvação da assembléa geral.'pensão
Art. 33.° 0 direito* de cada instituidor à só co-
meçará a vigorar depois de satisfeitas as disposições dos
paràgraphos 1.°, 2.° e 3.° do art. 12 deste Regulamento.
Art. 34.° Sendo o thesoureiro o único responsável pelos
cofres do Monte-pio, poderá exigir do seu adjuncto uma fiança
nunca menos de 10:000*000.
Art. 35.° A approvação da directoria dada ao adjuncto do
thesoureiro não isempta* a este de nenhuma responsabili-
dade pelas faltas commettidas por aquelle.
Art. 36.° Fica a directoria auctorisada a fazer os gastos
necessários ao estabelecimento do Monte-pio.
Traçado aos 18 dias do mez de Março de 1873.

DECLARAÇÃO OFFICIAL.
** !•„'; ¦"..'¦¦ r •*.¦¦¦'"- '

Tendo no a. 1 do Boletim apparecido alguns erros na


,;¦¦'¦'.'

Secção opficial, fazem-se as seguintes correcções :


Pag. Linhas* Erros. Emendas.
m 7 27 DE DEZEMBKO 27 DE JANEIRO DE 1873.
26 25 em que da sessão em que
28 14 27 DE DEZEMBRO 27 DE JANEIRO.
37 19 16 DE DEZEMBRO DE 1872 15 DE JANEIRO DE 1873.
38 1 29 DE DEZEMBRO 29 DE JANEIRO/ *
¦ ¦

143

SECÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA
Do Supremo Conselho de Charleston.

Grande Oriente de Charleston, no Estado da Carolina do Sul,


Estados-Unidos da America.
.

Í6.° dia do mez hebraico, anno 56%3 (16 de Dezembro de


1872, era vulgar).
O Supremo Conselho do grau 33 do Rito Escossez Antigo e
Acceito, para a Jurisdicção do Sul dos Estados-Unidos.
Pelo Soberano Grande Commendador:
Ao muito Poderoso Supremo Conselho do mesmo grau, para
o Brazil (Supremo Conselho Unido), cuja sede é no Rio de Ja- > - -r
neiro.
Muito Poderoso Soberano Grande Commendador, Poderosos
e lllustres Irmãos. '
Ha muito tempo que estamos convencidos da utilidade
da convocação de um congresso de todos os Supremos Con- ¦

selhos do mundo, para assim se attender aos grandes in-


teresses do rito escossez antigo e acceito, e que a reunião
de um tal congresso, ou mesmo de uma parte só dos su-
premos poderes do rito, tenderia pela livre troca de opi-
niões, a produzir para o futuro harmonia e unidade de
acção, de resoluções, de doutrina, rituaes e instrucção para
que o rito estivesse mais competentemente preparado para
desempenhar o seu grande Apostolado, como preceptor da
Verdade, Sabedoria e Virtude.
Attendendo a estas considerações propuzemos, ha doze
annos, a reunião do congresso na cidade de Londres; porém,
^m razão da diminuta correspondência que então travavam
as potências, e talvez em parte dos desgraçados aconteci-
mentos que se davam aqui e alli, o projecto não teve o
resultado desejado.
.¦'¦¦
Ultimamente o Supremo Conselho do Peru instou-nos
a emprehendermos nova tentativa, por motivos que aquellé
corpo expende na prancha juncta. Nao carecemos repetil-
os, nem tão pouco provar que é de grande conveniência (S,

para cada um dos nossos Poderes reunir-se por seus dele-


gados para discutir, aconselhar-se mutuamente, e estreitar \
o mais possível os laços da harmonia fraternal. Temos sido
¦
&

freqüentemente chamados para decidir separadamente e em


questões de legitimidade de corpos que pretendem ser su-
premos, e resolvido ás vezes em contrario de outros, E' ne-
¦

cessario ad optarem-se medidas coercitivas a respeito de ai-


gumas publicações inconvenientes. A desordenada muítipli-
cação de Supremos Conselhos em jurisdicções de extensão

¦
. .' '-..-¦¦¦¦

"¦ '-.,.¦ ¦'."..


• ¦¦"¦ ¦'' ¦; ¦¦% ¦'..'¦
- '¦ -'ri-: ~y-!: ".,': *',¦'¦'-¦-¦ ¦':, . ". *¦¦».

'-ri ' '.;


¦ ¦¦. S

144
:'¦¦.. ¦

limitada; a profusão de concessões, que se fazem do çráu 33,


e os diminutos emolumentos estabelecidos para as jóias de
graus; o fácil reconhecimento de Poderes; as differenças de
trabalho; as relações de Supremos Conselhos com outros
corpos, e sua ligação com grandes corpos de outros graus;
as mesquinhas informações fornecidas por muitos Poderes
das snas deliberações aôs seus pares; a necessidade de uni-
dade na resistência a aggressões; e as controvérsias e
questões com referencia á supremacia de j'urisdicçao ;— tudo
isso exige a consideração unida das potências do rito.
0 Supremo Conselho da Jurisdicção do Sul dos Esta-
dos-Unidos, estabelecido em 1801, e por conseguinte o
mais antigo no mundo, tendo uma vez tentado realisar a
reunião desse congresso, na Europa, pôde agora convi-
dar os seus pares a reunirem-se por seus delegados, den-
tro da sua jurisdicção, e na cidade-capital dos Estados-
Unidos, sem a menor responsabilidade ou mesmo receio de
que seja considerado intruso ou vaidoso» Julgamos que
para os nossos irmãos da Europa será de muito maior
interesse visitarem um paiz menos conhecido para elles,
do que uma cidade, como Pariz ou Londres, que lhes é
tao familiar. Será mais conveniente, e talvez menos dis-
pendioso e mais breve para os nossos irmãos deste conti- ¦

nente. Todos serão aqui alegremente recebidos e acolhidos, ¦'

tanto por nós, como pelos nossos irmãos da Jurisdicção do


Norte, e as consecutivas sessões do congresso podem* pro-
porcionar-nos também a occasiao de podermos visitar os
lares de nossos antepassados, e de deliberarmos com os
nossos irmãos em redor de seus próprios altares.
O nosso Conselho celebrará a sua próxima sessão na
primeira segunda-feira do mez de maio de 1874. Durante
esse mez o congresso dos Estados Unidos effectuará as suas
sessões em Washington, e por isso nós esperamos que os
Supremos Conselhos, aos quaes nos dirigimos, acceitem o
'¦.;.;¦..,¦¦¦.'.
¦

nosso convite, e compareçam no congresso dos Supremos


Conselhos na cidade de Washington, e na 2.a segunda-feira do
mez de Maio de 1874, ^representados por um numero tal
de delegados, quantos cada um julgar conveniente que se-
jam escolhidos. O nosso soberano grande commendador in-
: formará em tempo a todos os Conselhos e os avisará *

que o congresso effectivãmente se celebrará, si as res-


postas que receber durante o anno de 1873 forem sa-
i

tisfactorias, e o numero dos que acceitarem o convite fôr


considerável.
O interesse e bem estar do rito antigo e acceito, e os
benefícios que resultarão para a humanidade, tornam ne-
cessaria essa resolução. Assim, pois, caríssimos irmãos^
ardentemente vos supplicamos que delibereis de fôrma que
o vosso Supremo Conselho seja representado no congresso.
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- 145 -
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Possa nosso pai, que está no céu, ter-vos sempre em


sua sancta guarda ! Amen !
Assignado pelo soberano grande commendador, pelo se-
cretario geral e grande chanceller do Sancto Império, e
sellado com seus sellos e com o grande sello do Supremo
Conselho.
*

Albert Pike, ' '#V

Soberano Grande Commendador.


Albert G. Mackey,
Secretario Geral do Sancto Império.
Henry Büist,
Grande Chanceller do SanctovImperio.
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Do Supremo Conselho do Peru.

Oriente de Lima, 13 de Abril de 1872 [era vulgar.)

Ao muito illustre e muito poderoso Soberano Grande Com-


mendador do Supremo Conselho da Jurisdicção do Sul dos Esta-
dos-Unidos em Charleston.
Respeitável e estimado irmão.
Um facto que ultimamente se deu, de bastante impor-
tància para a instituição, exige que aquelles que possuem
a direcção da auctoridade maconica proponham e adoptem
- '
medidas* preventivas com o fim de evitar perigos que po-
dem ser bastante graves. Tal é a publicação da obra da
maçonaria, escripta por Cassard, impressa nos Estados-Uni-
dos* e quepôz ao alcance de todo o mundo aquillo que é de
mais secreto nos trabalhos da Ordem, especialmente do rito
escossez; e com o mesmo caracter tem apparecido muitas
'
outras publicações escriptas em differentes idiomas com
a mesma liberdade e amplitude, sendo todas expostas á
venda e a uma circulação universal. Todos sabemos que
a nossa associação nada tem de màu nem de reprehensi-
vel, todos trabalham por ella com consciência pura em
prol do bem a que aspiramos e das verdadeiras idéas qUe
propagamos; porém em todas as obras humanas a reserva
é necessária para o seu feliz êxito, e para manter unidade
de vistas e aquella força prodigiosa, que só pôde derivar
de combinações secretas: e aquella reserva deve augmentar
na mesma proporção, tanto em relação á importância dos
.

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146
trabalhos cuja efflcaciase deseja obter, como aos interesses
e prejuízos que se colligam para enfraquecei a. Não ha du-
vidar que os livros indicados, espalhados por todas as mãos,
*« >"'
e julgados sem discernimento e pela ignorância, devem pro-
duzir em uns prejuízos e desconfianças a respeito da asso-
;*.' V
ciação, e em outros uma perigosa vulgarisação; donde re-
i.

sultarão ao mesmo tempo muito graves desordens e diffi-


culdades.
Não seria para extranhar que qualquer homem astuto
e intelligente, conhecedor dessas ooras, se apresentasse a
I
um corpo maçonico com um diploma falsificado, ou que
L
". * '
tivesse pertencido a qualquer maçon fallecido, e exami-
nado nos signaes, toques, palavras e outros requisitos,
pela leitura e estudo da obra de Cassard, ou de outra
i %.

conseguisse obter reconhecimento e entrar em


ifferentes corpos maçonicos, não sendo no entanto mais
âualquer,
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do que um profano. Elle seria reconhecido como maçon,


sem nunca o ter sido; a investigação da offensa por elle
¦

'
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praticada seria muito difficil, e quando por fim chegasse


a ser descoberto, já teria conseguido os seus intentos.
Para obstar a este e a outros perigos, é necessário
Xyy. que o vosso Supremo Conselho, o mais antigo hoje em
todo o mundo maçonico, proponha aos outros Supremos
Conselhos da nossa correspondência a reunião de um con-
gresso de Supremos Conselhos em Paris, como ponto mais
yf

fr/í
central, para o effeito de deliberar com aquella calma e
prudência que exige objecto tão serio, sobre o que o bem
¦;{:"'¦"¦ da nossa Ordem requer, e a respeito dos meios a adopta-
¦ V"Lt*^ ¦'
!' * . ' . rem-se contra todas as surprezas possíveis.
Outro objecto de grande importância deve occupar a
attençao do congresso proposto; refiro-me á regularisação
dos corpos supremos da Ordem.
yy.r-
Vanos Supremos Conselhos parecem alternar com os
Grandes Orientes e legislar sob o titulo de « Supremo Con-
selho e Grande Oriente » ou Supremo Conselho no seio do
Grande Oriente.» Estas impróprias e não auctorisadas desi-
gnações produzem quebra de dignidade e jurisdicção, que
nao reconhecem superior em maçonaria, e que por conse-
guinte não pôde dar preeminencia a qualquer outro corpo.
As constituições do rito nao fazem menção de Grandes Orien-
;¦'.'¦¦: '
¦ tes; ellas dão toda auctoridade sobre*o rito escossez aos
Supremos Conselhos.
Deve-se igualmente observar que, entre estes supremos
' ' '' >• corpos ha uma necessidade notável de uniformidade na
maneira de organizar as secçoes de que se compõem, e
¦
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na escolha dos números que cada um lhes dá, donde re-
sulta uma confusão que nao deve existir entre corpos cha-
mados para marchar debaixo do mesmo systema, sem va-
riações de qualquer espécie, por isso que derivam a sua
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147
existência de um só tronco e são governados por uma lei
universal e invariável.
O registro de correspondência entre os diversos, corpos
também deve ter a uniformidade pela qual se regerão
todos os seus actos. tf í

É de absoluta necessidade a reunião de uma assembléa, '*


r.
que possa realisar as reformas indicadas nos paragraphos sé--
precedentes, e muitas outras indispensáveis á regularidade,
vida, e enthusiasmo da maçonaria, e onde se devam dis-
cutir os grandes interesses e necessidades da instituição, '
que, como todas as obras humanas, tem suas epochas, suas
vicissitudes, e seu progresso, que exigem innovaçoes se- ti

gundo o espirito dos tempos e as idéas que governam. O 'iyi


¦
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caminho deverá ser conservado inalterável, porque é a ver-


'
dade, e a verdade não se modifica nem se altera; porém »:;!

o modo de ser das cousas e a sua existência exterior estão


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sujeitas a transformações e mudanças, que a humanidade >" ¦ TA


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experimenta, e que cbnstitúe o movimento da historia. A



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Ordem declinou alguma cousa com a divulgação indiscre- £#•",


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ta dos mysterios maçonicos; e é necessário para consoli-


dal-a, não só applicar-lhe o poder re^enerador de reformas

». , <& a ¦.. ....

efficazes, mas estreitar o mais possível os laços da frater-


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••. - *

nidade e correspondência entre os Supremos Conselhos. ..



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Não deveremos esquecer jamais de que a vossa proposta


a respeito da creaçao de novos Supremos Conselhos, e do U.
seu reconhecimento, teria mais força e efflcacia, si dima-
nasse da auctoridade de um congresso investido do poder
universal maconico, e representando os Conselhos da nossa
¦

correspondência.
Antes da revolução dos Estados-Unidos, convocou o \- ¦-<**¦

vosso Supremo Conselho um congresso em Paris, e aqui


recebemos a carta circular de convite, porém aquella re-yl-
volução adiou a execução do projecto. Passou aquella fatal i*U

epocha, e parece ter chegado agora a occasiao de se po-


derem levar aeffeito as reformas precisas. Tornar-se-hão de
tanta importância e utilidade, que podem satisfazer certos
males, que o schisma mais de uma vez tem occasionado,
e que alguns maçons ambiciosos e perversos promovem.
O abaixo assignado espera resposta a esta communi-
cação, e aproveita esta occasiao para saudar o seu affec-
tuôso amigo e irmão, Albert Pike, e para o certificar de
quanto o preza.
Antônio de Sousa Ferreira, 33.
Soberano Grande Commendador
"¦¦•-¦ do Supremo Conselho
' do
'¦*;
Peru. ¦
Ricardo H. Hartlet, 33.
Secretario Geral do Sancto Império.
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148

Do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brasil.


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Geral da Ordem, em 30 de Dezembro de


Grande Secretaria
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muito e ülustre Irmão Dr. Antônio M. aa


1872—Ao poderoso LuzUano Vmdo,
Cunha Belém, secretario do Grande Oriente
grande
Supremo Conselho da Maçonaria Portugueza.
irmãs. - Depois da carta que tive
Poderoso e illustre a vez
a honra de vos escrever em Agosto, é esta primeira
Sue se me apresenta occasiao de dirigir-me oficialmente, Unido
por vosso intermédio, ao Grande Oriente Luzitano.
Apóstolo decidido da união maçonica vossos no Brazil, para
cuia realização tanto concorrestes com conselhos,
com lealdade e fé robusta os votos e senti-
interpretando sincero e de-
mentes do vosso Grande Corpo, enthusiasta
votado, quando eloqüentemente applaudistes a conversão
no facto auspicioso de 20 de Maio, ficaneis desa-
da idéà de no seio
terdes noticia
¦

nimado e acabrunhado ao que -X' , 'l

da maçonaria do Brazil dous partidos se haviamdestruindo de novo ttv. ¦¦"i-

estabelecido para guerrearem-se mutuamente, em sólidos alicer- .


>-

um delles a união jurada e já firmada


ces em todo o vastissimo território maçonico brazileiro.da
Profunda dissidência, caríssimo irmão, proveniente
interferência indébita da política, que afastouda um grupo
verdade!
numeroso de maçons da senda da justiça e
Lucta mais renhida do que a de nove annos Ordem passados; y-'^:yX

porque tende ou á regeneração da nossadiscípulos Sublime pela


união e confraternização dos legítimos de Siram,
ou á sua destruição completa, que seria tramada infeliz-
mente pelos próprios maçons que pretenderam desvirtual-a
e conduzil-a para o abysmo. ¦"¦
^ Nao lograram, mercê de Deus, o seu intento. A dis-
cordia já reina no campo de Agramante e a união da fa-
$**4$XlX -.
¦ '••

milia maçonica se consolida em quasi todas as províncias \z

do império, que, abandonam á sua existência inglória o


Directorio Central da rebellião promovida.
Nem o enthusiasmo com que foi acolhida a fusão dos
dous corpos por todas as lojas do paiz, desde o Amazonas
até o Prata, nem as felicitações das potências aliiadas, nem
o receio do escândalo perante a sociedade profana, demo-
vèram os irmãos separatistas, que, pertencentes a ambos
os extinctos Orientes, praticaram, com o apoio da aucto-
ridade, actos condemnados pelas leis, nao só civis, como
maçonicas.
Já deverão ter chegado ao vosso conhecimento as no-
ticias das graves e tristes occurrencias que produziram essa
infeliz separação, por communicações de um e outro corpo,
de novo estabelecidos no Rio de Janeiro, sem quasi alguma
analogia com os primitivos; tal foi a confusão dos dous
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149

elementos que concorreram para a organisação do Grande


Oriente Unido e a harmonia dos seus principaes membros !
Conheceis o preâmbulo da juncção dos dous Grandes
Orientes, que deu origem ao novo Corpo com o titulo de
Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil, bem
como a marcha interna dos seus trabalhos até ás proximi-
dades da eleição do gram-mestre, que deveria dirigir os des-
tinos da maçonaria brazileira. ,
Tive a lionra de vos comraunicar esses factos, e de
remetter-vos os ns. 7 e 8 do Boletim Offícial publicados ân-
tes do rompimento da união. ^
Em occasiao competente fiz também chegar às vossas
mãos, e ás do sapientissimo irmão Conde de Paraty, dous r

números da mesma publicação, correspondentes aos quatro


últimos mezes deste anno, nos quaes acham-se minuciosa-
mente relatados todos os factos, cuja veracidade não tem
sido contestada por nossos antagonistas, que ressuscitaram
um corpo legalmente abolido, assumindo o gram-mestre :<**

vencido no pleito eleitoral as suas altas funcções!


Devo, em nome do corpo do qual neste momento sou
orgno, solicitar, por parte do Grande Oriente Lusitano
Unido, um consciencioso estudo sobre a questão maconica,
que ora entre nós se htiga, com grande triumpho para
a causa da união e decepção quasi completa para aquelles
que julgavam encontrar apoio geral na sua resolução vio-
lenta e precipitada, confiados na proteeção e prestigio do
poder civil. '' ,
E' muito de esperar que confrontando os documentos
de um e outro lado, o Grande Oriente Lusitano Unido possa
resolver com pleno conhecimento de causa, onde residem
a justiça, a verdade e a legitimidade. , ,
Appellando, pois, para o vosso nunca desmentido zelo
.,

o Grande Oriente Unido


"Brazil e sinceridade, deposita vosso
maconico
do toda a confiança em critério, índependen-
cia e imparcialidade para que informeis ao vosso corpo,
¦

de modo a elle pronunciar uma sentença justa e consen- ,


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#
tanea com as leis que regulam a formação das '•; potências "' '¦.'_
maconicas.
"O ¦ .'
Grande Oriente Unido funccionou no edifício do La-
¦ ¦ ¦'" y." vradio desde 29 de Maio até 4 de Setembro, sendo quatro
dias depois trancadas as portas do prédio pela violência e
¦

arbítrio do irmão Visconde do Rio Branco, que em 14 do


ultimo mez annullou todos os actos anteriores do corpo le-
'., ¦ ¦
r. —. ...... --_-. - -:,1. 1, .

uma constituição promulgada


galmente constituído, cassou unidade
e declarou irrita e nulla a maconica.
Exponhamos os factos, que apezar de diversamente in-
terpretados por nossos antagonistas, não tem sido por elle&
' '*'
,;V": ; contestados, por serem comprovados com documentos revês-
tidos de todo o caracter offícial, e o que é mais, com o
¦

4 ¦ m-
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- 150 -
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alguns *e/es da ou o to-


de
¦

próprio testemunho nas gbelUao


commissões do ttanae :

maíam parte activa pn^paes ..

''"" oi*.-'»'
SÈSàrtsi s%.-^rS£
rados uor nrancha especial dos dous grandes secretários,
dos dous Grandes Orientes e
todos C membros presentes sanccionaram as referidas
Sunremos Co^seta annexos, da nova
Ss e adoXam em 4 de Junho a lei orgânica
resultou da união dos dous «tine-
pSiãma^niS que
'

*" os seus cargos; as dtóá-


EmP°lò de Maio resiguaram
dades, dignitarios e officiaes de ambosa f^a^d^.™tt: todas as resoluções
tes, adheSu por prancha autographa
irmão Visconde de Rio-Branco, e
tomadas o sapientissimo que
pZdeu-se Teleiçao. de uma. í^i*^ P™isona
¦
rpo-pii o Grande Oriente Unido, no edifício ao Lavraaio, a le-
até 4 de Setembro, sem que fosse jamais contestada
só de' seus actos admimstratavos, exe-
gitimidade de um sancçto do corpo legitimo
Sutados com plena de 1 de Açoito o Grande
Nas sessões de 3 de Julho e
Oriente Unido, funccionando ainda no edifício do Lavraaio,
Seu todos os actos que eram privativos dos «w*
dos diversos ritos. Foram creadas e concedidas
periores lojas symbolicas; a Redempçao
?ar as de installacao a três
rito adonhiramita, ao oriente do Rio de Janeiro; a
do e a Estrella do
Estrella de Minas, ao oriente do Sacramento,
Sul de Minas, ao oriente de S. Sebastião do Paraíso (am-
¦
\

bas do rito escossez) em Minas-Geraes.


¦

-¦¦'.

Concederam-se também elevações deopposiçao. graus, pensões,


¦

beneficencias, sem o menor protesto ou exerceu todos os


O sapientissimo Grande Presidente em todo o ím-
:•
'¦.

actos de um chefe legalmente reconhecido


perio, convocando sessões, nomeando commissões, promul-
resoluções do corpo legislativo, concedendo soe-
gando as
corros extraordinários, decretando despezas,de etc.
quatro mem-
lt ".

Sujeita a uma commissão, composta


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yyxy-yx-, ¦ .'¦."•¦,.,>. ¦¦"•..

bros do Lavradio e três dos Benedictinos, a organisação


de um proiecto de constituição, foi elle impresso e dis-
¦

'
XX
Grande
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do
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os membros
i- ¦ Xy-X-

tribuído com antecedência a tolos


...
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< '•-'..'¦'= "
Oriente, discutido em três sessões, artigo por artigo, appro-
¦'':'vi;"'-r',

vado com algumas emendas por grande maioria, e jurado


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em assembléa geral do povo maçonico. . • ..;.;.-.

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151
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Regulada a lista dos membros effectivos. do Grande


Oriente Unido, e afldxada por espaço de oito dias, segundo o
disposto na lei de 4 de Junho, foi ella sanccionada pelo Grande,
Oriente em sessão especial, convocada a 1 de Agosto.
Não houve uma só loja no império, ainda a situada
a maior distancia da capital, como a loja Estrella do Occir
dente, ao oriente de Cuyabá, provincia de Matto-Grosso^ que
deixasse de receber com alegria e enthusiasmo a notir
cia da creacão do Grande Oriente Unido, e a maior parte
dellas celetiraram com festas pomposas esse grandioso
acontecimento. . .
Os Supremos Conselhos de Inglaterra, da Bélgica, do
Peru e dos Estados-Unidos; e a Grande Loja de Hamburgo
congratularam-se com o novo corpo maconico do Brazil,
sobresaindo o Grande Oriente Luzitano Unido, que viu
realizadas as suas mais ardentes aspirações, por ter re-
presentado um papel importante nessee facto, que augurava
para a nossa Ordem dias de gloria de prosperidade. *v-
Em vista de taes factos, narrados na sua generali-
dade por um e outro grupo, pôde porventura haver du-
vida sobre a legitimidade e legalidade do Grande Oriente
Unido e Supremo Conselho do Brazil? Ou tudo isto seria
uma tentativa de fusão, abortada a tempo, como affirmam
os nossos antagonistas ?
Não foi a creacão do Grande Oriente Unido expressão
legitima da vontade dos representantes da maçonaria bra-
ziTeira, legalmente convocados?
Não demonstra a approvação de todos estes actos, sem
ú menor protesto ou opposiçãô, que os membros dos dous
Corpos viviam na mais perfeita harmonia até á epocha em
que uma eleição maçònica provocou a divergência?
E o grupo divergente, ainda quando sobrassem-lhe
razões para conservar-se em opposiçãô, estaria auctorisado,
segundo as leis maconicas, para destruir aquillo que tinha
sido geralmente sanccionado e applaudido, sem qualquer
opposiçãô em tempo opportuno •¦• y
Para que a separação dos dous corpos tivesse decisão
legitima e legal, não tornar-se-hia necessário que os Ori-
entes que deram origem ao Grande Oriente Unido nisso
conviessem e accordassem ? ou melhor, não era só o Grande
Oriente Unido, corpo legalmente constituido, que deveria
estudar e discutir as razões apresentadas pela dissidência
e resolver como fosse de j ustiça ?
Quaes eram as únicas auctoridades competentes para
convocarem o povo maconico? A administração provisória
eleita, e como tal reconhecida universalmente, figurando
entre os seus membros o sapientissimo irmão conselheiro
¦"¦ ¦;¦ ¦ •;
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Felix Martins, elevado ao cargo - de gram-mestre adjuncto


por votos do grupo insurgente.
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.

- 152 -
¦ : -i.-.y. :
;;¦¦.¦

venturaqualquer «gg^SSt? ¦

Reconhece por
.

a legitimidade de actos »g constitui-


Djwdono
¦

desobediência ÍSdlfeS|álméhte
á aurtonja£
flagrante ¦
'¦ '

,
¦
'

dar por alguns maçons, do^ . W^^^widio,


edihcio^o convocar
^
para trancar as , portas em ea
,
¦
:
'

reuniões
Ilguns veneraveis para do G1»^8. ^
solver a resurreição violas das provincias
treessa
de Setembro a todas a^oa
Lar em 12

da juncçao da
&T WS «faS=llaÇao -d
familia maçonica >razileira d para assumir o
Donde lhe vinha essa fftonaaue
elle V^eja™, ag tado tres
gram-mestrado * abolido,
fezes candidato primem ^d«*£££$ *evü* legislativos
Unido S Qué direito tinha para entanteS da ma-
"»nU,? umalnstituicao promul-
conaria X^arrparadecastrS
do Brazil, e p<*i« ,legitima 0

ítÍTnft 9 t ¦'¦':.' ¦¦:


v


¦

6gada por uma assembléa esses iau eis


vera0, episo-
Lede, caríssimo irmão, todos
dios, a historia dessa lucta serie ^w

í ^^^,JridadeB,
tóenci^
caracterisada por essa Reatada dos
demonstrada pela **V™W™lT certo que nao
Zo pôde estar
g a razão
factos e concluire^por
do lado daquelles, que recorrem mac01licas, só deve
melhante P^f^0 tructo ae¦ lamentável rebelião.
tal 0pmiao é
ser considerado como £»»£ma
Parece-me, pois, fora de come^ , eg
com o^bom senso e com do
a única compatível
maconicas, e que ase^j^ ?o? meio da fraude,
Rio* de Janeiro ainda ^eBftnu^e^blÇacao franca
'desde com a
da violência e da que é con-
^«^S""»*> daS P°teaCiaS
«.att*^» » :'..í.:;f'';*V-'-?:

do universo.
maconicas
•Em devja proceder a
face de tantas ™ ^atente Unido, composta
maioria dos membros do ^^eto"r^"os a quem se ve-
de membros de ^^^^^^^JíX^lb,» as
$•' .

'.
u;'xx': ¦

Oriente Unido*? „A3„ifli n nirectorio*'contraria, antes de .


¦

Apoiado pela PJ^W^rtJ The 11 e a


*fí-X'"'M'-'' '¦"."- ; V ; ¦ ' ' , : .,*
maioria
conhecer a resolução da nova «* que dÍ£rniaaQes do
solicitava do gram-mestre »« ^S per-
antigo Oriente do tong».
e deviam saoei, fâ^*
que enao tinham'inde-
que jà previam, ,¦,.',¦,..':.'. Mfi..'. . í

¦. .
¦
.

'¦¦.

í>ÍÍf.-: 'Cf-: '•' ¦.."• ¦ .- ..•¦¦¦> ¦.

' *: • '"i

¦¦¦¦-'..¦
.

- 153- "#v

bastante para; serem fieis ao juramento prestado


pendência . ,
e não adherirem á rebellião Benedichnos ainda, nao tinha
Felizmente o edifício dos ur-
e não peymittindo a
sido entregue ao seu proprietário, aos tnbunaes d? paiz
Vencia do tempo que recorressem
reprimirT arbítrio da directoria de .W^$|
faT do Grande Oriente Unido legalmente
civil, osP membros dos demais (ie^eito
presididos, concluem as eleições arcando
Sidades: è continuam firmes no seu posto de honra
difficnldades. para ostentarem «o-«j»
Sím innumeras
necessidade da união maconica, afim feJffl^M^W ¦

com successo as tramas dos nossos


- :
W^Jf^S^^fe
acontecimentos sem m
Fiz uma resenha histórica dos
razão de ser ; mas para conhecer
terpretar a sua verdadeira da rebelião, a conclusão
o espirito que animou os chefes
lógica a deduzir-se. é de simples intuição. no paiz
Quem acompanhar o movimento que provocou com-
Janeiro, seguido decinco
o acto do bispoPdo Rio de avassalla o» «ra
panheiros, chefes da legião jesuitica que : ¦¦'¦.?:

lü7 a propaganda extensa e actiya .exercida pela.maço™


nas do império, a ani-
ria unida na corte e províncias
trabalhos maçomcos, o
macâo que se notava em toldos. os
procedimento ductil do sapientissimo ^\^?femZ e mais
a Ordem á sua sorte,
' Rio Branco, que abandonou travada <om toda a m
farde observar a lucta eleitoral, a de*
dos agentes do governo
posição e caballa por feita parte
e não cumprida da desatenem
íealcíade da promessa
¦

- % /.;

ao gram-mestrado do sapientissimo. irmão Jf™™t«°™


' -.

.
não deixar de concluir que foi a
yi--.-.y-yy
Branco, pôde o ^Wa
maçonaria,
indébita do governo, que receando poder /a
resolveu fraccional-a para destruir
unindo-se ao jesuitismo, aos nosso'J%£°$££.
lhe as forças e dar ganho de causa apresenta o msur y>;;^ys

Com efeito, as razões que grupoa coatra


tal natureza, que a mcoherencia
gente são de reciproca tomam-s* oP^P«£L <£>
Siccão e a injuria dirige as do
racteristicos do manifesto que elle potências
"""chamo
a vossa attençao para a leitura dessaf peçamo-
numental, bem como para a refutação do manifesto poiy
á, 462 do Bolem ns. U. e 12
glotta que se encontra, pag.
-j. nns &
do Grande Oriente Unido. y . TT
O apoio moral do Grande Oriente, V181*^ ^1^L?0^.
muito necessário para completarmos o ggltel^fflí
cancado a causada justiça e da verdade. ^t^|W|^?g&
Ipf^jS*
mo Boletim pareceres luminosos^de a gumasvalle do1 Lavram,
ao antigo brande Oriente do Brazil ao
fieis ao da união, apezar
que tein-se conservado e da juramento
L intrigas da política pressão £j™V*j£®
lojas desse Oriente, que assim tem procedido, accrescen- ¦'¦ v
- 154 -

adhesoes oâciaes que ac$&£$£


tarei mais duas
M °riente
tí^^^^tf^
de mais algumas o*«aaa, deorte V»
riW. ^gj^
grande nu-
a\?gS?Tas%-5rKtsWa?por
m%a%ttSçao.da sentença^«ra^riente Lusi-
tano íi^^^m^^^^^^^&, decisão.

... '
¦.

Cavalheiro tão respeitável e e Su-


ordem do ^.fXente 0™^ Un?do
e de dar-vos por grande» Jecimentos a
Conselho do -
^ ^SwSlein, alem da
premo do estado acfa^P^^enw?trarei8
-.;¦,-. • ¦ -. . i
respeito nos Bo-
abíndante fonte de inf « S? bi ainda
aina* necessitardes
remettérei. de
letins que vos foram enviadosi.
SvoCa ^ermitti que me
^So^otTvra
assigne Vosso
affectuoso e respeitador irmão
Dr. Alexandrino Freire do Amaral, 33,
Grande secretario geral da Ordem.

.... . .
'¦"
.V.'"

í-,.'><>
Da Loja Estrella do Sul de Minas. *

Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil. *

Ao Grande
do Sul de Minas, ao oriente de S. Sebas-
, A loia Estrella em sessac, de ¦"'¦¦' ¦¦'.
.

ttóo do Paraíso, provincia de Minas-Geraes


de bem discutir e pensar &obre
hoje, depois ^fiectidamente
do Rio Branco e, de
o acto âa dissidência do irmão Visconde>
outros que o acompanham â^^^^feS^S^S^? ao valle do Lavra
'â '¦•'•¦
'*

denominado Grande
' ¦'.
Oriente do Brazil,
dio, lamentando esse facto ^S^^â^P^*^^?
á instituição maconica, deliberou ?aSffl^?iSiS^^^é' império
como .unièo corpÓ legitimo e legal heste $$M>
Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazü, ao qualpro-
testa prestar toda obediência e inteira adhesao.
¦
¦

'•'
" < V-.,.",w--
"V ¦ ¦ ¦'
' .. .;/ ¦¦ '

•¦•¦'( ' ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ " -: '-¦*¦*.'(¦,''' "":.-.: ¦¦'.'. ¦


y,-"'it£jf&i'L,''<- \ /-%;?'¦"

¦ ¦" ' '¦ '. ¦..'¦¦-¦


rZt •. :. i.'Z ¦¦ .'^¦,t-
.

'

¦¦¦"¦"

»
155

Architecto do Universo vos illumine e guarde.


O Grande
Traçada aos 18 de Janeiro de 1873. secretario da Ordem
-.-.-. '
yy-y.

Ao irmão Dr. A. F. do Amaral, geral


(ÀssiffhadosV, José Aureliano de Paiva 1.'Coutmho, yenerayel.
vigilante.- Pedro
vmJmAwuIó Fernandes de Mesquita.
Firmiano Octaviano Ferreira Braga,
¦
MaZanc l>vigiCte.- i
S adj«ncto.-/*A»<o»io<foAlmida,secretario.-J^mm
¦
Antônio Proença, thesoureiro.

¦ ]

Da Loja Independência,
Brazil.
'-..*¦¦ Ao Grand» Oriente Unido e Supremo Conselho do
''¦
:¦:. ..-V- ¦

"V-
¦-'..' '
'

loja capitular Independência, em


A augusta e respeitável determinou
sessão econômica de 7 do corrente mez,j que ,'-

m suas TuzTabaixo assignadas, vos dirigissem a presente


de vosso augusto in-
nrancha °no sentido prestarem, poraos nossos irmãos de
Seafo, mais decidiãa adhesão
SS» na lucta a que o foram rTS?±i„Po diocesano daauX
daquella
agente da cúria romana, prelado
altÍ\a do Rio de Janeiro, o bispo de
Eontr, como o ca-
aquelle acto incalculada e
Pernambuco nao praticou destes homens o
PrLide às deliberações,
p? choíamente da restauração da. companhia dj Jesus ,e
plano assentado elles com a i^ifer^.^1 do
Seguramente contam conta WJJJ"}*™ |e *L
Grande Oriente do Lavradio que _?_ os
característica daquella ordem:-os fins justificam
cão
^Efetivamente -de
o Lavradio na sonhadora ,espenmça ted*
frente das cohortes maconicas do
collocar-se à
«™™ p«fnvfn«? p nem meio algum de attrair as lojas &
sS dissidente. Este valln étestemunha
SSJnSSTd.' dos cofres tem ser-
rlP nue o oroprio numerário públicos
"planos do intitulado Oriente #
¦
'
¦'..'. ¦>

vido1 para a Sustentação dos


6 Oriente Unido consçio
V preclTpotfque o Grande
'mlsao, dirija * movimente^ das lojas
da suaPveTade?rà ^recçao unifor^vte-
do circulo, imprimindo-lhes aq^uella '

tanto convém para o nosso trium- ¦¦.vt-;v.'i':'.ytf

naze meditada, que nos dingeo^ui^mo.


pho,
P,E' toS a gueâa traiçoeira que
assim que a augusta Io a capitular Independência^ dinmnam âo
;\i;.r-,

esnarando^s inspirações da sabedoria que


¦

Mo, roga-lhe a graça especial de


GrSde Oriente Pernambuco as nossas
Smittír aos nossso Írmao°s de

¦
4>i»
fir

¦"¦'V'^'. •'¦'''!'¦¦ "J?ii


'

Li'
156 ±
'

extrema em que os col-


leaes adhesoes na emergência
locou o prelado daquella diocese
üpTtmiIo:
ülll.
latemidade,
JeIS r)osteZÁ
vidaa 8 ?eleV8rülota capitular In^m^tcia,
p1873 ao oriente
Secretana da de (era vulgar),
(. " *
^y^*»^
de Campinas, aos 20 <

As Luzes da Officina.

Manifesto da Loja Conciliação

so6re o gto&o flsmrtw, e ciesrya-í/ies


«guiam eleita*» t

Saúde, Força e União ,

augusta loja capitular Conciliação, vem pennteo


A a obrigaram ..reti-
mundo mlconico expor as separando-se razoes que um
™r-se do valle do Cabugâ, assim de pe
que procuravam aba-
cíeno grupo de maçonsVge/erados, hoje se tem ella sus
fer as firmes columnas em que até
teDt °Íoja
A Concüiação, no remanso . da j^i| deixar
fraternidade que reinavam em seu seio, nfto podendo
a divisão que havia entre os
de lastimar profundamente °?VKta
dous Orientes que então existiam, ^J
de achavam-se unificados os Orientes
júbilo a noticia que , o despontar de um
dissidentes, porque antevia nessa .nmfto, da 0rdem-
futuro radiante para o engrandecimento as suas columnas,
Cada vez tornaram-se mais cerradas novas adopções
cada vez appareciam novas adhesões, da maço-
sentia-se enfim- o florescer vivido e esperançoso i-: '¦¦', yxxxxx

naria. O astro que preside a altos destmos despedia ¦¦¦¦¦ .' ¦ ¦' ¦.

deslumbrantes, ^s
confundiam os vis adversai ios
clarões que
da nossa Ordem. ., „ L „^^-u„+Q„^A
combatendo
Viviamos todos congraçados, unidos, fortes,
ousado polluir o recesso da
a superstição, que tinha querer
virtude, e que procurava avassalar a nossa associação, quando
soubemos que um grupo de ambiciosos instigados^ peloa
fèy ¦'¦'•-y
''':'¦'¦¦
gênio do mal, arrastados por ignóbeis sentimentos, que
¦

instituição condemna e repelle,; hayiam-so »*-


nossa sancta até então . ..; * -, . *

parado dá verdadeira senda que todos haviam


trilhado, e tinham plantado a desunião no seio da maço- '-' '.I '
;'
¦':
.
'
\. :•'/ ¦.' ' , '.!,*:.':,
., '. '>...'¦¦'¦¦..¦' -.•'..¦

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"•'¦¦•}" ''...- :í.'í *"¦ "" ' :
.''"' /*'. \ .
.'¦¦' &My$.

J57
,.3 fçíf.

naria brazileira, regeitando um poder que todos haviam


iurado e reconhecido como o — único e verdadeiro—. =
A loja Conciliação que tinha recebido a primeira Oriente noticia
com jubíloso alvoroço, vendo que resurgia um novo sem
_.y . .¦!¦ ¦ .;¦.,.¦.¦...

com o nome do antigo Lavradio, nao qmz decidir-se


que se elucidasse bem a questão, e sem que dissidente. reconhecesse
si era legitimo o titulo tomado pelo grupo
E foi esta a norma de proceder desta augusta loja as
desde que na sessão de 14 de Outuoro de 1872 repellm cie-
insinuações de seu veneravel o brigadeiro Lobo, que
clarou que a loia estava adstricta ao Oriente do doLavradio. mesmo
Tanto foi ainda assim, que na sessão de 21 maio-
mez e anno determinou a loja por uma respeitável
ria que fosse a submettida á consideração e es-
questão
tudo da commissão central afim de que, mais tarde, nãoe
tivesse nem podesse ser accusada de falta de prudência
reflexão, ou leveza de proceder. de todos os
A respeitável commissão central, de posse
documentos pranchas e de ambos os Orientes, tratou de ela-
foi lido na sessão eco-
borar o seu luminoso parecer que uma sessão
nomica de 4 de novembro corrente e marcada
extraordinária para definitiva resolução. &MÍ£;
o Parecer
Convém aqui observar, que depois de lido sua, maio-
da commissão central, podia a loja decidir pela
ria; mas assim não quizeram os bons irmãos, as luzesjia
augusta loja Conciliação, para mais uma veza Fiarem confiança
o espirito que os animava e mais que tudo
que tinham no, triumpho da sua causa. A ^..^ de ap
¦ Convém ainda ponderar que em sessã c'econômica^
se abriram trabalhos c, yen*
¦
y,>; .t
";¦¦*

28 de Outubro, logo que ^s existia so


ravel, prejudicando a leitura do expediente que
a meia, leu um decreto emanado do novo Lavradio
bre
declarando nulla e irrita a juncção e fora da ™mmu™l°°s o mesmo f«
ve-
não se sujeitassem ao seu poder, e declararam
conhecidos Lobo e delegado Dj. Pereira
neravel, os bem e a loja em
do Carmo que, não admittiam discussão, que
vista de ta? decreto estava sob os »WJo^ .a.
Mais uma vez luctou a loja Conciliação e declarou que
estava affecta á sua commissão central que ameia
;.- f[
-.
questão
não havia dado o seu parecer. de  4 de t*-™-™
Novem-
Sendo lido o dito parecer na sessão
uma sessão extraordinária para o dia 8
bro, fòi marcada
do mesmo mez. , , _^ -n„ pn
Lobo, escudado no Dr. Pe-
Desde então o brigadeiro de Lavradm,
reira do Carmo, antiga delegado do Oriente e
conhecendo o espirito" da loja Comünçüo, Pje^ndo qual
sessão extraordinária,. lançou m^o dos
o resultado da
:>'..

mais ignóbeis meios para alcançar o .seua á|p» mais vil e


ainda que ephemero. Foi posta em pratica

MVta#*MiiW**i«B«*IWí «taifewMiiw ritllilfaiiutàiimuJiu


"
- 158 -
' ¦'
' . . .; -'^;v.f:;^;^^'::"!/''^:':'-;'^:,

catamniosa intriga a «fj^^&^SSE


afim de que fica** *uyv aos ^a.
indignidades o lado
TWM a para
questão eram uns rej^ g»»^nc0) que Wriam Y ¦ ¦ ¦¦

zileiros) dizia-se que c\efe do


do v^conue u '

¦
..
¦
: .
'

derrotar o poder ^. dizia.se qüe eram


gabinete: a outros (aQ|^^^iPlerribar o prestigio

tropa aüm de vir


» JS^^-W^"
em seu auxilio 8 pnrpetlte em discussão o pa-
sessão de do corrente posto
pu&>, , ssim .
Ne o WkgSSE* constituído,
recer da commissão central,
« Que o Oriente XJnido toi• ^ cohf oâ]?o maconico begü-
e deve ser considerado como.único áicio sendo
LAK no Bkazil, »» V\™Xlmí irmãos que conWiram
que discussao, porque
seus ad-
sustentado por muitos
versarios. Mas estes não queriam
temiam a verdade. somente para derramar
0di^iKhred°osCSof da OoU> que nao
*¦£?¦.

_^o *
portar tantos insultos, pelo que -J°i«WJf
adoptodo ent üós
pelo modo symbol.co
Sovado com o orador Dr. Perena . .
que fez que a içy<*«™í « "^ irmaos,
óasse possesso e chegasse sabiam ermaçons. f di das
qque &perdoaram-lhe porque
meio. de tan es ««JWj^S
alguns; aos inatos
tumul- retira-
'
para produzirem effeito)
Ln-sedo templo que estava'^^m^^J^ silen-
m -« SSa/o°Cr |K;£-
a de,
SSSST SEUS rmtSe^èga1-eceiavam '
Z ¦¦ •'
¦ ¦

^Val^a* tempo i«\fr° *£


dt?r mesmo
«Sfir Ho santa
SSVosXT^I^ qSm ... * "
1 .

6 SU&aainW
ver que, esses ho^ns despidos
tiveram o cymsmo de encner as
e talvez mesmo perversos, alguns ha.mais de
suas fileiras de irmãos mactivos que,diante das veneranaas
nln^n annos 1% não se curvavam nao mais
cXmnTde^oTsa loja! Outros que podiami
^nmnflrpRer nor iá se acharem eliminados ! Ao passo sempre
que
se
¦¦' >i ' '¦¦¦'¦'' ' '

CTado contrario vfam-se obreiros activos, que


'•' ','.,':*v"'' ''
X ¦'"': y- '.'.¦/
•'
¦ ¦
.

tinham dedicado ao serviço da maçonaria. . . . 1Wnd


!$tíS;- : /
'.
¦
'' '
O veneravel, longe de mostrar calma e imparcialidade,
«, *; •
: ,
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''..''''''.'¦.
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y ' , '''',¦¦

W', ,:'-.'¦: ,'¦'.¦...,"., -.i ¦'.'¦¦ .?*'*it:.-;;í'':: ...


.-¦,.-¦ .-'..¦¦ :¦ -.;
'""
¦'. '
'
- ¦¦"¦¦'¦

%%¦[. yy^

- 159 -
»

do alto do throno sem largar o


discutia apaixonadamente doestava os irmãos
malhete, e com a mesma virulência
^TrTvalecendo-se o veneravel da retirada de alguns irmãos ; •¦¦;'...-.
':

a dos que lhe eram attectos


e querendo aproveitar presença deles, coagidos, e
muitos
e que ahi tintem comparecido dizendo-se-lhes que trata
outros illudidos em sua boa fé, manda à votação
va-se de salvar o antigo Lavradio, proceder•
as disposições legaes, e por
sem terem sido preenchidas nao era da sua
ultimo dando o seu voto em questão que
C°mCc?dease votação, cujo resultado foi
effectivamente á
° ^íaVradio 43 votos
Com o veneravel *
£ àl»
>«¦'»

Unido
Nao votaram &|
* »~ ^
ou
Retiraram-se .
essa oceasiao a maiorjparte dos irmãos
Retirando-se por e «les .
de.indima^,
que tinham ficado, poasnidos
dependência, tinham ^tre com
votado
muitos dos que, por
™nApIoeveitando-se
dessa retirada, «veneravel cornam Omrto
«

acodamento pueril faz proclamar immediatamente>>


-

como o único e legitimo, e o Dr. **™*£° ¦


¦¦;¦¦¦¦¦•¦

dÒ Lavradio ao secretario guardar


Carmo apodera-se da acta que competia
' '
.- r1

UnOs?rmaos vendo-se seus


da ConoUi^o prejudicataMan bduu
direitos e offendidos em seus brios, e nao o
querenao
seguinte
donar semelhante indignidade formulam

PROTESTO.

abaixo assignados, - membrosi activosida


« Os irmãos salutar

augusta loja capitular Conciliaçãp, prevalecendo-se.da contra


SXsieao do art. 313 da Constituição, vem protestar :'¦'.') .
'
¦>.

illegal e iníqua que esse —.quadro


fffifaçao de 8 do correnxe, e
tnmmi na sessão extraordinária violações da ^lei
as seguintes
protesto tem por fundamento
¦

'' ' '


maçonaria brazileira:
nrtriínipa da maço
orgamja ^ . . ^ ¦
^ ^.^ Constituição que
¦

devem
t

as dèlberaç^es sobre qualquer objecto extraordmario v. '

*pr tomadas em sessão para a qual se tenha teito prévio


especial arcada obreiro e declarando
convitrpor prancha objectos extraordinários, todos
o art 289 que sao reputados di-
«nueilefaul forem de interesse vital á Io a, nao foram

em se tinha de tratar negocio de inte-


extraordinária, que
resse tao vital para aloja.
• ''.-ÁVi-j ¦'• 8- ¦ ¦¦'' *'

"
' ¦¦¦¦».
¦¦ *
í''t,<&tms*fi SgSfffllB '? '' ',
*¦-¦
* f
'"'

í' ...

';/-. "':'.... '¦ *"¦''*

160
'

'"'."• :¦;'•¦' ;

'i ''

„ j «o ««f i«9. m^ constituição


1» da mesma que "
¦

« 2.» Nao concedendo J^. J»


no escrutínio, ou »° caso dô empate
o veneravel vote senão tomou d yoton ,
a sMRiStt íf «ihtifde tud0 >

33, Franc s a. i*i .


de Lima Bairão, grau 18,¦ goucalves da
J^^naaPranCo,
noel Zeferino Dias Barreto,, grauEodngues de»,
SUva Brito, grau 3, Florencio
ft, João Fernandes Lopes grau^j»»^ poMO(
grau
^continuaram a permanecer
ES? 3°"—"votar,

acto, para justificar o V^e^josf^ julgada nulla e


art. 313, com muito mais veras ^Qfv{^g&os
tun em três
deve ser tríplice o protesto ^tonos^

toria» „ ..dias dojrt m~,


mez íip
de Novembro
W0Yei"."L de 1872, era
« Feito aos 11 18 i 0 Viffi-
César de Azevedo Guedes Sf^\^JJS-".
profana.-Awgusío B^|ar^s18i°Itóle,
ES*-** Ufa- * «hj30.-/oao Martins ae , grau s
ciseo da Silva Cardoso, grau á. «»""
18-João Antônio da Silva Bastos, grau _J/an.
ft£
S**»Ferreira .grau 8.-**>Ma«, g*J J7
cisco de Ofówwa Guimarães, grau ^-f» £ , 3 _Jomuim
18.-Aníonio da Costa Oliveira ****&** tJ°qi\_
ffráu
freira d. tom, grau 18^«ggSS ó. ju 2ÍS* «to
José Mariano Carneiro da Cunha, grau • ¦-•.:«,.._'
,', .»;
';
;.,.

aa Silva, grau o. o
Aníonto Juvencio Rodrigues _r0ã0
' "''•'"' , ZA
grau R-Jíotelo *» Bego ?"ClrtÍ'lrâu
Alto. *>«;>*«. '
¦..; -

Pedro * üS
fâ"± ^JTÍ ^«a
l

«ior o-ráu 17— Amcleto &


mor, grau, José de Mattos, grau TV^Anr£™° de Bar-
J-' 17
n. _Francisco
* »» 7oao
, _R
Joaquim Gonçakes traga, grau da
^s&MÒ^ grau 17,-Manoeí fttonwtou Vffif™\*:
Carvalho, 3.-/«aqUm Jos*Ja S*» &£
João Barroso*de grau Mello, 3—Feíia;
£P o-ráu 31 —Antônio de Albuquerque grau
A. lozano, aprendiz.-Manoei da Silva Sam-
£rf grau 3.ÍC aprendiz -João Ferreira
.'iV.1 !,¦

Pdos -ráu 18.-Sa&<no


So José de.ilmeida,
Sa^os Júnior, grau 9.-Manoeí Coelho3.-^^0^»™ de Maga,lhaes grau
¦ -''...".. ¦:«>¦,.
'
1 1

&-%%• & ? *»•«*H.tarfc, grau


^M^^C£X
Camtoíi, aprendiz.-Franas. Jfaw Pessoa, 3.-Cfaudio
cisco Teixeira, grau 3.-Anton*o grau
. ;. ;.. ,..¦ .''¦;¦ ¦ ¦ ¦...¦-•¦ :V".y^.' zr:''Z- ,;'Í:A -.'Ui>.\ t"..y . m.
y
'¦' '
7 : ,J..-

'¦'¦'¦¦ '

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¦¦'.¦¦
- 161 -
*
*

Carneiro Leal, grau 17.-/. Capistrano de OfiMira,


Kj-píféS X
'¦'
í » Ideburaue 18.-Dr. *«¥»»*";
Jmi
gZl-Bernrdim 3.-Gwtuiiio /ose da tosa,% Silva, gr&u
Lar Cewífofco. grau cf ^M'^
Leal Flores, Z.-Joaqum de S«w »
Jfanoeí Sousa grau
r»»&/i otAu 9 — Florencio Rodrigues de Miranda Franco, grau
/ose* de Medeiros, grau 3.--Fe/ix P. de Souza,
Irâu 18.-CorU Gu.-m.mes, ifcjtfgfc
fpíendiz.-D,».i»Jos José i***N 3.-W. IL
cisco Alves Monteiro Júnior, grau ^^%J^
Santos Vieira grau 30.-« */•« *™£"J£
Z.-Firmino dos A/metda, 3-—^IWJ?
ffráu 18.-C«ano Ma»n«de de grau
3.-Pedro Ernesto Rodrigues de Souza, grau .%.

STFoíSo grau 3. »
de Barros e Albuquerque, grau
T^CoSel Alexandre
se apresentam na sessão econo-
E com este protesto
mÍCaOuaei o^sen espanto quando, depois de
Irém^nriT o venerai aind
terei^as-silS-o^ivro dei~as,
Uma V?Z' consWerando-oT rebeldes !
na° rtSÊ oi «Sof valer os seus
oTirmaT d°a CoS^Ò vinham fazer .;¦.'

•ii,

dÍre nem os direitos que lhes


- Nem' fTsticl^dà^cansa, de maçons provectos pode-
' x?L nmT Qualidade os tra-
fossem abertos
faTr cSm quT em X presença,
"
¦ ¦'
. .
.

¦ '¦> ¦ ¦¦

^Depois
-¦¦,¦¦ ¦;.' ¦...
. .1 . :...

discussão, em que nos tatti


de grande
as maTres ^>&^r^™*£&&
¦

dSa$2 unicTs meios que,nos


_¦?¦.. . ,;,¦..,.- «'¦-.-.
^ntutia^So
reSTmbraram-se, os obreiros a. que
porém ^
1180 •"£? SoauizeSm a sublimidade do
nló desre peitar
'
. I ....

o em que se firmaram para ,; .'


X e enviando pVotèstò
votação teve logar na
Sovarem Ilegitimidade da que
-

Lsac°o„tda da sua causa, teve


na SuSav^a dos ,des;
a satisfação, retirando-se
loiro n lote Cohckacio- muito respeiavel ir- **i

de ver-se reconhecida peloUnido, como a legitima


ordeiros, ae,
nrdPiros
;;;'¦¦''¦' . •.",":¦ ..'"¦.'¦¦'-¦ v">' •' •• ' '1*1' ¦
"¦•¦'

maodelegado ;e\*Vríínde
do oriente
Grande^rienjeu
(¦mh

¦ '.-..'yi-i.v '¦..'.;',¦¦',v,í'" ¦'¦'¦' "


'.¦.''.¦
.:''
Conciliação de li ae n.uiu uv, xu , Í'r-X> ¦
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e verdadeira ': _«"
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-~£n ¦:'SSMBrw^a

ti, ? •
v-. * r ,

í 162

¦ mflns as mais significativas
* provas
beu de todas as suas irmans ¦*¦¦ ¦
. ".",''

e adhesao. . de escolher um
de apreço
. S- -*

P;rcumstancias
MfSggg honrosos offe-
fenuo nessas precaW «^es, muitos em
templo para as suas ,enw Ben^cencta,

SSto» ""
9» manifesto fiel de tudo
g «*iue que ée a expressão loja
O presente j . d
minto de triste e !»*mav|^sej- & ^ que toma-
certo que 3 difficil conjunc ura
&ii*Mi0o, Por ||f^|ao
obreuoaei
ram os seus dedicados capituiar Concisão,

?odos * deve- :¦¦ ¦ ¦¦¦


zz.Z

Et d^rf^e^saVe
m0SErrshnples expressão da verfade «»«
tornam «^
«jjjg»»« e da
tos de que se" do da justiça
combate mais renh Peid tao sahentes na
eis o
"ossa Ordem,.•««•» t0™ar*enhama outra,
sublime como «m ^ ^ e por-
maçonaria pernambucana - ^
que" a ««f^g^ÍSiíítaf^Mii» Ordem caridade,
mes preceitos da sua
JM^
fratS«adei2 ^ Novembro de 1872 1.
,igilante
2S& Cm* * W» m^, «$•' vi-
, *»• ^mSIí»«,
*«gj g2.
grau
servinío de veneravel-
gilante «£z£Z£j,mjLfio*., grau 18, orador.-
"S, grau 18, secretario
SSító

ffiflv

Da Loja Philantropia Guarapuavana.


MBe*^"'»;

u ffl„;n!1 Philantrovhia Guarapuavana não pôde


A. augusta officina ™™V™J":r e a0 mesmo tempo in-
ser indifftrente \aSff^ra nossa sublime instituição
decorosa que j^^jffe ^"ltante praticado
i« ^uCQ> por frei
com o acto descommunai m combatido
irmãos
Vital contra os nossosiacto fo» energiraju pelo
JJ uma
Felizmente esae do BmiMuetóvantou^^ gó
Grande Oriente Unido de :¦..;.

T0Z, tendo »m„ttt^°dfsrrXamoStanismo, suspenda a


'<
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l*S
*K ¦ c&r^^^ r"Sa B—patece
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..» *' .tf"

Ȓ
7 163 ' "
\

mendigar um asylo e firmar sua guarida em pia.


querer mas embalde! ,_ . i:.
ffas
S americanas, appellando
^

Asotaina, longe de fazer prosely tos, para


suasorios — convencendo —, ao
a loo-ica da razão e meios
. ' i

emprega-se na de suas
propaganda e o arbítrio de um doutrinas ¦..v

contrario
Setas e afcufdas, impondo a força ! Ao Grande Oriente ¦

poder atrabiliário, oriundo das trevas


Unido cabe uma tarefa árdua sim, porém nobre.
Baluarte da liberdade contra a. tyrannia, depositário
da veSSra luz que illumina tanto o espirito saberá profl.gar
esse inimigo que hostü.sa, a maeoüa-
e aniquillar terror. Na lucta da íntei-
ria tornando.se celebre pelo a victona dos princípios
EXcia contra o materialismo de Loyola nto
ofe prosamos é infallivel. Os discípulos
iam vingar uma idéa que &a ™W>£%*£
$dem maléfica: é esse seu traço carac
¦.'..-• -¦-¦'"¦
...¦ ¦

™r ser demasiadamente cumpre debellar


"%*.,

teristico A nós os obreiros do trabalho,


-ha sido a causa da decadência de " ' li ¦

S lepra hedionda qne


muitos Povosj to^uapa» une os seus votos
o^a An «Síipntissimo Grande Oriente Unido e solemne identifican-
Sn se com suarXs, deste canto lavra um pro-
se erguer no im-
t£tn Sr a inquisição, 'expressões
que pretende
ser acolhidas
nerio reruzeirTUs devem
de nossa firme e sincera
Jor vós, como eloqüente prova
adhe<S«m indignação,
ellas pois um echo de nossa justa dos Loyolas dis-
«o gSiramen?e provocada pela legião . ,

farçados. _ Arcllitecto vos illumine e guarde.


Traçado na augusta loja .»*?&»&*??%£ do Paraná, emsessão
Oriente*de Guarapuava, província
.....
¦

7'^fTZii ^?^3^.^glK:-1^rra^^
Francisco< de Paula PletIre>, ó, i~ v^ Marcondes de .Al-
AiZt Coelho do Amara 1,3,
fbuqmrqm, 33, orador lactmr adjuncto. -
oSdor- llZ^Camm •í ¦

secretario. — ^iw» ™°^Jt -Francisco


*rai Aym
J^ de Araújo,
Chrismno Plettres, 3, chanceUer.
Ayres ae ^^
3, porta-espada.--Joaquim &** experto.- Valentim
reiro.-M«»«I. M. to
^J^^ta™, vírm0„d
*.^

C^ aprendiz. - JfaAto M^ 3.
P^iro* -'S^S
L jfofioeí Pttuiww Ayrw de ijuírro, 3. 4%
«
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¦ " ;.-.. . ¦ , \s,, ,
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•,.-•';•" ••¦•""'.:'"¦.'. '''¦¦',.,'..,¦.¦¦¦.,'¦ *•.¦¦ ¦ ^ ;X'.-X:X'

x ¦¦ .-V.'
-

164

Loja Philantropia Guarapuavana.


Da
«««««ria geral è> (irand*
Ao Pod*mo e mm ft* j«*
Oriente Unido do BrasU.

Oriente, foi isso ^f«» a0 extincto Grande


cia por parte dos irmãos
ao valle
PeJten^™rrtio e imfà. <ique a
do Lavradiejmg
Oriente 5o Brazil
ftsao dos dous 9í«to fe-InKectoeutó de que se ope-
teve esta augustano oito^Wgggoriente
ww *o friwde une Unido,
do occa-
rara uma scisão Layra_
sionando reapparecer o extincto «gggl* ^ana° legalmente con-
dio, e como a «» ^
stituida seja o Grand®loUri^i;emendador o poderoso e il-
por gram-mestre grand^«p||0^ *efJt/augusta * loja
lustre irmão Joaquim Saldanha ^annno J* riginario
unanimemente submette-seantea W^MgVrande i essewa Oriente
da lei. O nosso represen irm^nJo^1Pse juncto
é o illustre e respeitável «f
procedera a elei-
íins, que fora eleito na oc.casiãoloja,
que^e f
e M,»^|f^^^ fora res_
cao das dignidade* desta o^ pen
Isto prova, que c> nos
pectivo diploma. e cumprir o* preceito*
sempre acompanhar
eateAo e arvora triumphante o lata»
Mer° quéatSteia
de no"sa subliâe instituição, a esse W ^-«JW^ *^^cia
mente constituído imprimij^.^Jg|
cunho da legalidade; ao Grande »W||||^eo de
ET*^*?* %%'noCsUÍe°rÍa elle

SeS;rri^taSrtoK s ^n ;í,
compromette-se a cumpnl-os a risca.. ,nfvpnp
uma dictadura intiene, e aue
que
An tender aue,
Ao poaerquü, uimii
oriundo de
tnlprando
sotama, toieranuo a sanha
a™u do ultra-
se cOnsorcia com a suas hpriion-
hed lon
montanismo, esse abutre horrendo que.com
solapa este paiz, a esse, a aW8t»
das garras pobre nega-lhe inteiramente^J?
filantropia Guarapuavana repelle e
S6U os obreiros desta offi-
1 Ifamude Oriente Unido pois, ao Su-
cina ^uívam-se submissos, e fazem suas preces
1 :V'. i.tt ..':' .!"'';' . .

'
I
¦ ' '
¦ ¦ ¦
¦ ¦ ¦

105
Redemptor do Mundo, esse seja o *
premo para que poder
palladio de nossos augustos mysterios.
Cumpre-me manifestar-vos que a acta da eleição das
dignidades e officiaes desta augusta loja, com o quadro
dos obreiros e a respectiva annuidade, tivera a conve-
niente remessa ao Grande Oriente Unido do Brazil, mas ¦¦•'.¦¦

'*• :y' y ,
,

¦/
_,

com endereço 5especial ao irmão Ruy Germack Possollo, se-


gundo se mostra pelo conhecimento que junto achareis.
Assim pois, si este irmão pertencer aos dissidentes
do extincto Grande Oriente do Lavradio, vos auctorisamos
a receber as columnas traçadas, annuidade e mais corres-
pondencia, visto que nos dirigíamos ao Grande Oriente
Unido e a elle pertencemos.
O Supremo Architecto do Universo vos guarde. Tra-
cado na llja Philantropia Guarapuavana, ao oriente de
Guarapuava, aos 26 dias do mez de Fevereiro de 1873
(era vulgar).
(Assignada pelas luzes e mais membros da officina.)

Da Loja America
Ao muito illustre grande secretario geral da Ordem.
A loja America, ao oriente de S. Paulo, em sessão de
22 do mez vigente (era vulgar) deliberou por unanimi-
dade de votos dos operários presentes que a loja signifi-
casse aos distinctos maçons do Recife e provincia de Per-
nambuco os seus sentimentos de fraternidade e leal apoio
na iniqua lucta provocada contra aquelles irmãos pelo
bispo diocesano, devendo este voto de adhesão ser dirigido
•or intermédio do sapientissimo Grande Oriente Unido do
irazil.
Os operários da loja America ha muito estão na es-
tacada, sustentando os direitos da razão, justiça e liber-
dade humana contra o ataque da odienta propaganda
dos representantes da superstição
'essesültramontana. Conhecem
de perto de que sao capazes agentes do obscuran-
tismo e da ambição theocratica e com justeza sabem
avaliar quanto lhes é commum a lucta travada em Per-
nambuco. Frei Vital de Oliveira nao ataca estes ou aquel-
les maçons: seus golpes, impotentes embora, dirigem-seá
maçonaria e simplesmente porque esta gloriosa instituição
foi, é, e será sempre forte baluarte da verdade e da eman
cipação do espirito humano.
O Grande Architecto do Universo vos guarde.
y'rX'-.
'
V-

Traçado em loja, aos 29 de Janeiro de 1873 fera vulgar). 7

(Assignada pelos,membros da loja).


5
' *' ,' :

:j<.'ktrXú:XX -¦-¦¦•¦ -¦¦ i^uiiMfcttiat.-;..


¦¦¦Ni

*•••¦

'*

— 16ô -
\
Da Loja Fraternidade Areense.

seita de emissanos do
Pernambuco por essa e»tr« e"fmaCoS
de ^.^
flcnl sobresaindo instrumento da pro-
figadal do progresso maçomcu,^aquelles, cuja
inimiffo
Snda aá^i^*Jff25iSHS«mÍ a™£ os orphaos
lembrando
missão é defender a
principal jg.
PaPue
TmiSgar »¦ dôrel±L maçonaria
Verdadeiro
tou doutrina do
£' o maçon
esse inimigo da Jue s» pr0curam
sacrificará a suaexigência para
do Unmno contra
Grande Architecto «çotor os rico P ^ Qg pobres
subjugar as nações,d«.^m"aaXrtados ^
e saciar sua sede da humildade hypo-
neno e com as fogueiras «^^CtüaMdade a maçonaria
crita, esquecendo-se elles ^ue/aJ^eiro Joaquim Salda-
-S"/ffi.
teaíileira tem a sua ^«^.^Sitó; A»*»» faz

vencer o arrobo
«rhM?^^?SrA
^ienLSitp^
•¦£ por esses
«¦sás* o" tj u«rimidos
™*&L Sm« íW*SÍkW«
24 de Fevereiro ^»%ÍS"d^mteS?
de altos o** mais
Acceitai pois, »^J™?tfí^mF^id^a loja, e Artee.
da augus
¦¦
,-.: : _ i;.-'

protestos de adhçsao ^
O Grande Architecto do oíhcina
jJnive^™f^rruwn» k¥km% aos
Secretaria da augusta vulgar.)
8 de Março de 1873 (era
y,-X-\

membros da loja).
(Assignada pelos

-' -..,¦•*-, ,:
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107
BULLETIIV POUR I/ÉTRAIVGER
':,;¦'¦ '

La section dogmatique de ce Bulletin contient deux ar-


;•:;¦.¦:.'.'¦' '

ticles destines à une exposition succinte des causes de Ia


persécution faite à Ia francmaçonnerie dans tous les pays ¦

et spécialement au Brésil. Le dernier de ces articles est toui


particulièrement consacré à Ia refutation de Ia lettbe pas-
tobale de 1'évêque de Pernambuco.
L'auteur du premier tout en prouvant d'une manière
evidente que Ia raison et les intérêts de notre institution
1'obligent à s'abstenir des luttes politiques, croit avec .raison
qu'elle ne doit pas rester dans Tinaction, quand on cherche
a détruire dans les pays administres par des institutions
libérales, les principes toujours soutenus par Ia franc-ma-
çonnerie comme les fondements de Ia prospérité et du pro-
grès des sociétés modernes.
Constituée pour Ia protection de 1'humanité, sans se
laisser absorber par une doctrine particulière et exclusive,
elle a dans tous les temps rempll sa mission, qui consistait
à satisfaire les necessites physiques de 1'homme et á cultiver
1'esprit du peuple, en lui enseiernant ses droits et ses 'devoirs.
Mais 1'instruction et Ia liberte des masses populaires
offensent les intérêts illégitimes de Ia noblesse et du
clergé. La lutte s'engage; lutte de siècles entre les po-
tentats et les protecteurs des opprimés; et Ia franc-ma-
çonnerie, devenue une société sécrète, est vouée à Ia per-
sécution Ia plus acharnée, parce qu'elle éclaire le peuple
pour le délivrer de 1'esclavage.
Le catholicisme, qui avait à son époque primitive
défendu glorieusement Ia liberte de conscience, Ia justice
et les droits des hommes accablés par Ia violence et par
Ia force, se ligua par communauté d'intérêts avec les chefs •-.

barbares des tribus germaniques, qui s'étaient partagés


Tempire romain. Devenu d'abord leur instrument, li conçut
ensuite le projet d'exercer une autorité uniyerselle.
La franc-maçonnerie, forte par Ia conscience et affer-
mie par les leçons du christianisme, malgré Ia persécution
et les exorcisínes de 1'église, n'a jamais perdu courage
dans le combat engagé avec les sectaires de Tobscuran-
tisme. Elle prepare le réVeil de Ia conscience humaine,
en arrachant les mauvaises herbes du fanatisme, les lois
despotiques qui ont fait couler le sang de plusieurs gé-
nérations et en combattant à Ia face du monde entier les
préjugés et les erreurs contraires à Ia liberte.
Ce grand mouvement des esprits a affranchi rhumanité.
La révolution francaise, mère de Ia liberte moderne, a dé-
truit reffroVable *é*difice de Ia féodalité, dressé par Tépée
et 1'asnersoir. La réaCtion se propage chez tous les peu-

%
\
- 163 -

-jw -mP-«^e «ura son devoit


ne seront pas inutües alfép aux
ses efforts
et brésilienne, tou
La franc-maconnerie e c^pèae8;
dissensions relig^uses pqm«£ i des évêques
on phoisit poui é^
sécutée, quand seminaii«to
élevés dais les aurons
^consentira pas à ce
Tout en accentant le combat,^lie
retoume en am 4^.
«ae Veeprit dee hommes

par ig^^
En effet, le jésuitisme, d nord de
tinue à flageller 1» ^^TétraireCíre ™$ "audacieux, Ordre sublime.
Pempire, sons le %*fí** soni leprélatde
Loin de* reculer devant j^ , n a considéré tous
Pernambuco ne trouve pas .JoWS&Lgde 1^église. «o
Non content de
:
¦
.
¦

¦

nos frères hors Ia communio^ les conj*»j^


¦

Pinterdiction de toutes áu| les &* de


tenir uu frères
franc-maçons pmssent
"
l»I«n»;>t.^^S^ÒírtSBSa, iaii.w , ne peut se ma-'
les plus distingues, veut le docteuj Ia ua n&.maconnene.
rier,'Sesparce qu'il ne poinab^rer
ne s aMknt pa ^ F
actes de violeBce u» eg
Ia sentence intolerante qui prive
ture dans les «^^SJ^lJPníJleuMdHU
8p1f F?S£Í tepie et surtout ta WMK organe
ecclésiatiques. La I a nresse
»ffl|^ coü(iamnée et ré-
w t
de Ia maçonnene pernambucaine, du mtr ^ émimit
prem toute
prouvée. Enfin de Ia pastorale ^ f
fã population Pernambuco
^^^^iritueUe,

nZrSenal de ce digne *£*£&& ^e


' 'li®
««^-"SSBStf lu lieu deJtfgffi
*£&& SStA « *» tó* Sanes,
§i ihíitf&S ^&ta-?r?*sí ^e
/'
''',:..¦ ';/.
'.
;'.''''>V.' ¦:.• ..:,';.:',' •' > .., .-¦¦.
..
169
mant des pouvoirs du Brésil une réparation pour Ia cause
de Ia justice et du droit Dans Ia plupart des provin-
ces, les vrais franc-maçons marchent à côté de nos frères
de Pernambuco, en repoussant les imprécations et les at-
taques lancées contre nous par ces ennemis implacables et
en éclairant assez le peuple pour qu'il choisisse entre
nous et les hommes noirs, lesquels en se couvrant du
manteau de Ia religion ont Ia bassesse d'exciter les pas-
sions contre une classe nombreuse de Ia société brésilienne,
qu'elle désire le respect de toutes les croyances et
a liberte de Ia conscience humaine.
Ímrce
Voici comment nos adversaires, les bons franc-maçons,
emploient leur temps précieux par des boutades qui n'ex-
priment rien:
La justice s°ra faite et rigoureusement; puisque le gouvernement a
reçu ce coup en pleine figure. (Textuel). •
Nous ignorons cela; car nous sommes três loin des ré-
gions politiques, qui nous sont interdites, cbmme franc-
*peut : mais nous ne pouvons pas comprendre comment
maçons
on accorder Tespérance de Ia justice rigoureuse avec
ce cri de revolte:
Nous n'avons pas besoin d'une volonté à Ia Bismarck pour les chasser
ou les anéantir; un pouvoir plus fort qu'un homme de génie — le pouvoir
du peuple souverain —; leur portera le coup mortel. (Textuel). «

Sans se préoccuper des formes et du vain spectacle


de cérémonies futiles, le Grand Orient Uni a le ferme
espoir de réussir par Ia réalisation de son programme. Si
on ne veut ou ne peut patronner notre ceuvre, nous eflfa-
cerons par 1'instruction et les conférences tout ferment de
rivalités religieuses. Nous demandons quelque chose de
plus que des mots vides de sens: notre union doit conti-
nuer à être cimentée par des faits pour relê ver Ia digrnité
et 1'importance de Ia franc-maçonnerie brésilienne. L'indi-
vidualité predomine parmi nos* frères dissidents; nous re-
grettons sincèrement q.u'elle ait pour résultat inévitable,
Ia discorde et l'anarchie.
Dans 1'espérance que les difflcjiltés s'applaniront et
que nos frères reconnâitront leurs fautes, nous souffrirons
avec patience et resterons fermes et calmes pour recons-
truire 1'unité maçonnique par Tunion des vrais francs-
maçons.
*Il II y va uu prestige de notre Ordre au Brésil.
'y a heureusement parmi nous beaucoup dlndépen-
dance. Le mouvement opéré dans les provinces et les
adhésions sincères que nqus recevons tous les jours prou-
vent que notre Corps se fortifie de plus en plus et que
notre famille deviendra promptement nombreuse.
y a par exemple quelques provinces oú le Ce
II 'Orient nommé
Grand du Brésil ne rencontre aucun appui. sont


.¦'¦¦. '¦¦X^XX ¦'¦'•"¦ ' ¦'¦'¦' ' ¦ • ".•¦ ..¦.'í;o>::8Íf!
- 170 -

les provinces de Pará, Ceará, Parahyba, Rio-Grande do /

Norte, Sergipe et Paraná, oú le Grand Orient Uni est le


seul reconnu comme Corps maçonnique.
Vingt-six ateliers de 1'ancien Lavradio appartiennent au-
jourd'hui à notre obédience, ce que nous' avous toujours
prouve par des documents omcieis. Le urana urieni um
compte ia grande majorité de Ia population maçonnique de
1'empire, ayant sous sa jurisdiction près de 90 ateliers.
— Nous lisons avec un nrofond chagrin
chaerrin 1'organe
Torgane ofli-
profond
ciei de nos antagonistes, car il excite Ia compassion de ceux
qui méprisent les injures et les attaques personhelles. Les •

pages de leur Bulletin sont toujours décorées d'imputations


et d'outrages et il n'y a aucun moyen d'empêcher 1'abus
qu'ils font de Ia presse maçonnique contre Ia pudeur na-
turelle de Ia franc-maçonnêrie, en employant un langage
inconvenant pour exprimer des fausses idees.
Nous laisserons nos adversaires, sans nous en préoccuper;
ét certains de 1'appui et de 1'estime que nous avons conquis
nous marcherons fermement dans Ia voie du droit et du
juste. Nous n'accepterons le débat que poúr aborder une
discussion loyale des príncipes maçonniques, car il fau-
drait autrement rabaisser notre cause et placer un journal
maçonnique sur un terrain indigne et ignominieux.
Le vingt de ce móis a eu lieu Ia première réu-
nion de 1'assemblée constituante, convoquée selon Ia loi du
4 Juin, pour organiser Ia constitution définitive du Grand
Orient Uni. Une commission a été nommée pour Ia véri-
fication des pouvoirs des deputes.
Cette réunion fermée, le Grand Orient a célebre Ia
même nuit sa tênue ordinaire, et parmi d'autres travaux.
Ia commission respective apresente leproject d'un établis-
sement de pensions pour les femmes ou les enfants des
franc-maçons, après leur mort.
Nous tiendrons toujours nos frères au courant de ces tra-
vaux et étudierons 1'étandue des doctrines maçonniques, pour
faire dominer dans le monde profane nos sâges et frater-
nels príncipes. Á nous donc le beau role de détruire l'ig-
norance et de faire apparaitre le règne de Ia justice pour
tous les hommes!
Nóus avons reçu le Bulletin, du Grand Orient de France
(n. 10); Ia Chatne d'Union (2 et 3); le Monde Maçonniqae (9
et 10); o Boletim Oficial do Grande Oriente Lusitano Unido
(10);
the Constilution of the Grand Encampment of <the United States;
the Proceedings of the same Grand Encampment (1871) ; the Pro-
ceedings of the Grand Lodge of Iowa (1872). Nous remercions
nos frères de tous ces envois.
Mars, 1873.
A. F. A.
.

Y
171

í
SECÇÃO NOTICIOSA
•>

¦
¦

¦\

Revista estrangeira. ¦

¦
¦

i ,

França. — Em 15 de Dezembro ultimo verificou-se no


cemitério de Montparnasse a inauguração do monumento
erguido em memória do irmão Boutteville, antigo venera-
vel da loja k Mutualité, professor livre e auctor da obra
intitulada A Moral da Igreja e a Moral natural, que valeu ao
irmão Boutteville os anathemas do partido ultramontano e a
sympathia unanime dos livres pensadores.
A solemnidade foi concorrida por grande numero de
pessoas de todas as classes, pronunciando um notável dis-
¦ ¦

curso o irmão de Bagnaux. /

-— O Conselho da Ordem, em sessão de 28 de Dezembro,


concedeu ás oito lojas do oriente de Bordeaux auctorisaçao
para celebrarem em commum uma festa fúnebre dedicada
á memória de seus compatriotas, mortos em defeza da pátria ¦.¦¦
.
¦
¦¦
.' ;¦¦
'¦ -
¦.¦"¦

desde 1870. ¦

Foi lida na sessão de 14 do mesmo mez uma carta


do rei da Suécia e Noruega em resposta aos cumprimen-
tos de pezames que foram dirigidos em nome do Grande ¦i.-,
y- ¦-yyx^.

\ Oriente de Franca à Grande Loja da Suécia e Noruega,


por occasiao da morte de seu gram-mestre o rei Carlos XV.
O Conselho da Ordem approvou o seguinte relatório
apresentado pelo irmão Du Hamel a respeito de uma con-
sulta feita pelo Supremo Conselho de Inglaterra.
O Supremo Conselho de Inglaterra deseja modificar um artigo de sua
constituição relativamente á collação do grau 30. .
Trata-se do art. 11 das grandes constituições que sao attribmdas ao
rei da Prússia Frederico II. ,
Conforme a disposição desse artigo, são necessários pelo menos três
irmãos que possuam o grau 33, para poderem conferir o grau 30. #
colônias, e
Os nossos irmãos da Inglaterra sollicitam que para suas
em attenção á grande distancia que existe entre os diversos distnctos, seja
sufficiente a presença de um só irmão do grau 33. Elles accrescentam que
submeitem esta proposição a todos os Supremos Conselhos, cuja approva-
ção consideram como indispensável. nao _.
Quanto ao que nos diz respeito, declarando diversas
que possuímos o ai-
reito de occuparmo-nos das mudanças que as potências fazem
nas suas constituições, nós vos propomos que o Conselho da Of^em; agra-
'Conselho
deça ao Supremo da Inglaterra a sua cortezia e deferèneia fra-
ternal e lhe communique que não enxergamos inconveniente algum em
que o art. 11 seja modificado na forma da proposta.

¦
. .
7

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172 - I

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¦ ... ¦ ¦
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I
3r O Conselho da Ordem é composto de trinta e três
membros eleitos pela assembléa geral do Grande Oriente
de França dentre os seus membros.
.Os membros do Conselho sao eleitos por três annos á
maioria de votos, devendo um terço ser renovado cada
anno. Os,membros que sairem podem ser reeleitos.
O Conselho administra os negócios da Ordem e dá
conta annualmente de seus actos á assembléa ,
' '•¦ -.0 :',.-
:;v.
Elle propõe o projecto de orçamento e o submetté á geral.
;¦¦.¦ ti'c !.¦'¦:•
assembléa. 7
;y Todos os annos, depois da assembléa do Grande
geral
Oriente, o Conselho dirige a cada officina da obediência
uma narração minuciosa da situação moral e financeira da
Ordem e dos trabalhas da assembléa.
O Conselho da Ordem delibera sobre todos os pedidos
de constituições, validade de eleições, adormecimentos de
omcmas, regulamentos particulares, etc. Elle delibera
igualmente sobre as questões maconicas
mettidas pelas officinas e maçons *da que lhe são sub-
jurisdicção.
wi,roo .íi ^olle^io dos Ritos, Supremo Conselho do
grau 33, estabelecido no seio do Grande Oriente de Franca,
° *** maÇ°nS re^alares -<lue P*08"
súemm?°gráãe33rmta
C°ÍleÇio d°s Ritos tem o direito de iniciar
™*
nos ^?rand!
últimos três graus do rito escossez, assim como nos
fHí rSní eim J^os os outros ritos reconhecidos
pelo Grande Oriente de França.
G/aKd^0ri^e de frança possúe em
víaJI
?idade.de 5 trabalhos 323 officinas, plena acti-
assim divididas:
. Lojas..... 267
Capítulos 42
Conselhos 13
m\ Consistorio 1
323
n:níá? Monde MaÇ°nni(lue, correspondente ao mez
de Wíl

o irmão ALeY^Martins 6 mae°mca> not™-se o grande orador,


nitarios?rPVl™^^^^
Ucffia pelos sentimentos liberaes e huma-
Bole& oiZl.
11 Win* fofcecte
ioaa expectativa, 3L co,nhecimlnto Publico P&
elle desencadeou tempestades,
*

¦-,;• ' ¦¦¦i,:-.-...::-\ ¦-, ¦; -¦.


* ¦.:•¦..'. ¦" ..'i;,-...-.
i.í.t.v ..¦¦..¦.'..,.r.. :.••,;¦¦., .'¦.''¦••".
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— 173

. ,* -

entraremos «a? minudencias desta exposição histórica


Soff0nar
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.¦ . .
¦
. . ..

beja como for, eis o estado das cousas. O Grande Oriente TTnídn *i*
°T SaManí.B ^Mlíl Seção imp&nte
§oU
uo antigo
aPnSogrc1?cuíoStdo f^ se retirou então da União e colWin-^
circulo do Lavradio
mínte ío S°^°inT0nde V- RÍ° Como aSStooS necessária-
°f ?ranco'
S wíiaSSS Ja £' d£ actos destes ultimos *>*> parecem isemptos
c?nsurarai?Vnergicamente esta scisão, não
isScSf %Man
ISSlISli^ ar que tinham «m certo numero de lojas
foLJ .sua dependência, porque ainda não nos convertpmn<? tm
famoso principio amoricano: Uma só Grande Sem
um só Estado
^^^^^^^^^^^^^F^ deJsV maSa %ãotapdo°:
drs0euCpSrSiodÍoade emqUant° ' maÇ°narÍa nã° tÍVer Safd0
^iiSST
Bra% esPeramos 3ue quando estiverem arrefecidos os
esDÍri?nínS *S os conhecerão o erro que commetteram e não ha
Zí 1! Z?,^1 RS Conciliacão se verifiquem então com probabilT
dSs V SucSo
risõP^fLolíl?^ ,noticÍas.que recebemos, não se conheciam ainda as de-
"-¦¦.
X*yr

De™«<>s entretanto assi|-


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nalar aue Ti^^™* ^ H0***»*


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decaaraq rfpi/ ZZfden ?rííaoe.Unido das sete loJas de Pernambuco, !e


TTofllcial attenta
uma Lfi
brande Trt?onde 9ne.n a inopportunidade de crear
Loja provincial independente.
Nao faremos os çommentarios que nos suscitariam ai-
gunias apreciações do irmão Adrien Grimaux, cuja expo-
siçao é em geral verdadeira e imparcial,
'¦•.:í.';í;.-
,;¦, j.i.f.!¦'*'

opportuna a occasiao. Esperamos por nao julgarmos


que a leitura dos docu-
™0n T3' ^Pr?|entados por um e outro grupo, elucide os moti-
vos üa dissidência para conhecendo o definitivo for-
muiado por nossos irmãos estrangeiros,jui^oadduzirmos então
as reflexões que elle nos su^gerir.
0 irmão Grimaux examina a Constituição Provisória,
explica a organisaçao do Grande Oriente * Unido e dà a ¦
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- 174-

relação dos grandes dignitarios e officiaes, não só do nosso


do Grande Oriente do Lavradio reconstituído.
Corpo, como "conclusão
Depois da da revista estrangeira e quando
estava no prelo o Monde Maçonnique, o irmão Àdrien Gri-
maux faz as seguintes considerações:
Becebemos muitas publicações maconicas do Brazil e notavelmente o
¦

'' '
,
Boletim Official do Grande Oriente Unido, correspondente aos mezes de
Outubro e Novembro de 1872. Analysaremos estes documentos em nosso
- próximo numero e ao mesmo tempo o Boletim Official do Grande Oriente
do Lavradio que recebemos ha dias.
Podemos apenas dizer que do primeiro exame destas publicações re-
sulta que o lamentável conflicto que divide a maçonaria brazileira não
parece chegar a seu termo.
— Lê-se no jornal VIndépendence Belge:
' '
O jornal La Chaine d'Union, oígão da franc-maçonaria universal,
que conta nove annos de existência, teve de depositar no thesouro, nos
termos da lei de 1871 sobre o prelo, uma fiança de 18,000 francos. •
Ao mesmo tempo que a direcção do jornal cumpria em 11 de Janeiro
ultimo esta formalidade, devia, attentas as obrigações impostas pelo estado
de sitio, sollicitar nova auctorisação para continuar a apparecer.
Ora ha um mez que este pedido foi formulado e nenhuma resposta
veiu ainda do gabinete de M. de Goulard. A Chaine d'Union acha-se pois
pelo único facto desta lentidão e desta indifferença ministerial a seu res-
peito, condemnada momentaneamente ao silencio. Este tempo de demora
forçado na existência de uma publicação que se apoia sobre numerosas
sympathias, esta espécie de má vontade que arrasta todas as consequen-
cias e todos os prejuizos de uma suspensão, causou certa sensação na
familia maconica, sobretudo em suas espheras elevadas e entre os digni-
tarios da instituição.

A demora assignalada pela Independência Belga nao du-


rou por muito tempo, porquanto recebemos o duplo nu-
mero, correspondente aos mezes de Janeiro e Fevereiro da
Chaine dWnion^ donde extraímos noticias importantes para
a nossa Revista.
— O irmão - Hubert também se occupa em traçar ai-
gumas occurrencias que se deram por occasiao do rompi-
mento da união por parte do grupo dissidente do Brazil.
Transcrevamos alguns trechos de sua analyse, ou melhor
de sua exposiçEo succinta sobre factos que nenhuma rela-
ção teem com a rebellião, o que demonstra que o illus-
tre collega nao teve ainda tempo de aprofundar a questão
para conhecer o espirito que provocou a dissidência.
Continuando o irmão Hubert, a citar alguns períodos do
nosso Boletim n. 8, esqueceu-se sem duvida do seu verda-
deiro titulo, conferindo-lhe differente denominação da que
elle próprio tinha dado na Chaine tf Union ns. 11 e 12, a
menos que também entenda que a-mudança de prédio
contribuísse para iriverter-se o passado e dar-se nome di-
verso ás cousas.
A' pag. 579= dos ns. 11 e 13 lê-se: a Boletim do Grande
¦ -?.'.£'. ¦.

- 175 -

Oriente Unido do Brasil, jornal offícial da maçonaria brazi-


leira. N. 8, Julho» emquanto que no numero da Chaine
d'Union, que temos â vista, à pag. 134, depara-se ao lei-
tor o seguinte titulo, como preâmbulo de considerações
que reproduzimos em seguida: ...... «
«¦

Brazil. — Boletim do Grande Oriente do Brazil, jornal official da


maçonaria brazileira. — Rio de Janeiro, 53, rue do Lavradio.
D'abord nous placerons ici Ia suite du bulletin pour Vétranger, ex-
trait du Bulletin n. 8 du Grand Orient du Brésil (ainda o esqueci-
mento) que nons crúmes nécessaire de supprimer dans notre ns. 11—12,
octobre—novembro 1872, n'étant pas autorise à abòrder ce rivage, n'ayant
pas encore verse le cautionnement çrotecteur de nos excursions de longs
cours. Maintenant nous avons le droit de parcourir toutes les mers et ae
jeter Fancre et atterrir à tous les points qu'il peut nous convenir de ses
cotes.
Seguem-se as considerações que então fizemos com o
fim de demonstrar que a liberdade de consciência nao era
um principio perigoso para não encontrar nossa propa-
^anda o apoio moral de todos os corpos estrangeiros, e
isso porque uma única potência havia-nos respondido com a
indifferença, por prescreverem os regulamentos geraes a sua
abstenção em matérias de controvérsia religiosa.
O secretario do Grande Oriente Unido communicou a
desagradável impressão que havia-lhe causado esta resposta
ao irmão Hubert, que commungando as suas opiniões, di-
rigiu-lhe uma carta, que foi parar no edifício do Lavradio
depois da rebellião e publicada em seu Boletim Official de
Novembro, o que fez com que o redactor da Chaine dVnion
agradecesse essa honra da seguinte fôrma:
Dans Ia correspondance du Bulletin du Grand Orient du Brésil du
Lavradio, nous lisons des lettres que nous avons adressées au grand se-
crétaire (terceiro esquecimento para uma dellas), ainsi que notre circu-
laire à Ia maçonnerie, en raison de nos dernières difiicultés. Nous ne pou-
vons que remercier vivement du témoignage d'adhésion donné à nos idées
par le Grand Orient du Brésil, par Ia large place d'honneur qu'il accorde
a nos planches dans son Bulletin Officiel. Aprés cela, nons ne sommes plus j<Zi? <¦¦-¦:¦;,'•./.';¦:

etonnés de 1'article dans leguei les considérations les plus puissantes et les plus
convaincantes sont exposées et invoquées pour que ãêm vida a um jornal,
que o grande paiz da Europa quer supprimir para contentar os jesuítas...
Deplorando profundamente a scisSo, o irmão Hubert
manifesta desejos de que tentativas de conciliação se façam
de um e outro lado, quer por uma simples allíança frator-
nal, quer por uma fusão absoluta. Em seguida'reproduz
duas cartas do grande secretario do moderno oriente do
Lavradio, a primeira das quaes jà demos a conhecer aos
leitores no precedente numero, e a segunda de 5 de Outubro
traduzimos para que se avalie a importância das informa- '¦

oões que ella contém. Imperdoável culpa commetteriamos,


si não archivassemos nesta Revista documento táo .valioso.
« ,

17(3
Um destes acontecimentos que nas instituições sao como os terremotos
na visinhança dos-vulcões, colloca ainda nosso antigo Grande Oriente do f,
Lavradio em seu logar de honra, em sua primitiva e antiga dignidade.
Deveis recordar-vos com que enthusiasmo pensávamos em uma fusão
x:Xy--í :-

¦
•. '.

com os dissidentes estabelecidos nos Benedictmos.


¦
. ...

Nem mesmo a experiência que unhamos de 1863 bastava para nos es-
clarecer e aconselhar-nos prudência... . , .
Mas a dignidade nacional, a honra de nossa Ordem nos induziam a es-
tabelecer uma fusão que em face de todos os paizes serviria para nos re-
commendar como verdadeiros maçons. ;
Nossa raça latina disposta sempre aos grandes movimentos generosos
do coração, deixa de lado as lições do passado, e, sem consultar a expe-
riencia adquirida, contempla sempre a idealidade do bello e do magnitico
com pasmosa leviandade.
Foi este o nosso erro... ;
Não é fácil, sem grande commoção, illudir as esperanças generosas.
A satisfação profunda de nos ver reunidos não podendo continuar em
íace da confusão... tornou-se um sentimento penoso de profunda melancolia
e como homens determinados a conservar a todo o preço nossas tradições
sagradas e nossa dignidade maçonica, repellimos sem difficuldade os dissi-
dentes e fomos forçados a retroceder, guardando nossa forma primitiva e
auetorisada no Grande Oriente do Lavradio.
A separação foi votada unanimemente pelo povo maçonico em numero
superior a 1,500 irmãos.
Ha muito tempo, meu irmão, que não assisto a um pronunciamento
nem mais unanime, nem mais grave; mas também nunca reunião
e povo se apresentou mais dignamente e tão convencida de seus direitos.
Sopular,
Eis um exemplo palpitante do direito na revolução pelo bem...
Não, meu irmão, o ultramontranismo, o lazarismo e o jesuitismo, em
seus supremos esforços contra a luz que se faz, jamais poderão introduzir
em nossas columnas os elementos de discórdia e de profanação: nós os
repelliremos, unidos como um só obreiro da verdade e a idéa que abra-
çamos será salvaguardada por nossos vigilantes esforços.
Ficai certo que esta America do Sul conservará intacta a sanetaliber-
dadé de nossa sublime Ordem.
Agora uma triste noticia. Nosso irmão secretario, Dr. Alexandrino
Freire do Amaral... passou-se para os dissidentes...
. Cómprehendereis, pois, emfim, que nosso Grande Oriente do Brazil,
ao valle do Lavradio, continua legalmente a ser o que era... tendo á sua
frente nosso muito illustre gram-mestre visconde do Rio Branco, presidente
actual do conselho de ministros do império, homem eminente e illustre
franc-maçon, disposto a dar á nossa Ordem todo o seu brilho e todo o
seu poder.

Assim seja ! E o tempo tem perfeitamente demonstrado


que as generosas aspirações do oriente renovado vao conse-
guindo esplendido triumpho!
Depois de esgotar as notas manuscriptas, o irmão Hu-
bert passa aos opusculos impressos, dando conta, sem ana-
lyse, do manifesto redigido em linguas franceza, hespanhola
ou portugueza, ingleza e alleman e dirigido ás potências ma-
çonicas. Transcreve por inteiro o artigo do irmão Adrien
Grimaux que reproduzimos no nosso Boletim ns. 11 e 12 e
¦
concilie a sua exposição desta forma:
¦"'''.' -
' ' ¦'¦''¦•''¦'',
:¦ --'-.V .*•'''•¦.' '*'• ¦¦/'¦
' *' ' '.' ' Dans ce même numero, nous lisons des lignes fort chaleureuses et
¦ ¦' ;.'¦.¦¦

dont nous nous trouvons fort touché et très-honoré, qui nous font bi^n
augurer du concurs sérieux et efficace que les maçons et les centres ma-
I '

I l' l
, çonniques des deux puissances maçonniques du Brésil nous prêteront dans
¦ '
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'•'",- '
"' ¦¦¦ ¦
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y -,
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**A

177
Ia difficulté que nous a créee le depôt d'un cautionnement de 18,000 francs
pour pouvoir continuer Ia publication de Ia Chaine d'Union, dans les
conditions complétement maçonniques du passe.
Cet accorcf sur ce point du Grand Orient du Lavradio e de celui des
Bènèdictins nous fait entreVoir le moment oü môme en marchant indé-
pendants 1'un de Tautre, les deux Grands Orients brésiliens vivront en
rélations fraternelles. Ge seront deux nobres émules rivalisant dans
{>arfaites
e bien. v^^-Síviy

Saudámos com verdadeiro júbilo o reapparecimento da


Chaine tíUnion e fazemos votos para que o seu illustrado
redactor continue a trilhar a senda da justiça, da inde-
pendência e da imparcialidade e reflicta sempre a sua pu-
olicação fielmente os actos da maçonaria universal.
— Foi solemnemente installada a loja Alsaee-Lorraine em
8 de Setembro no grande templo do Grande Oriente de
França.
j£'s duas horas e meia da tarde perto de oitocentos
maçons decoravam as columnas do templo e foram abertos
os trabalhos pelo irmão Dalsace, na ausência do veneravel,
o irmão Bamberger.
Depois de introduzidos com todas as formalidades e
vehementes applausos os irmãos Cremieux e visconde de
Lajonquière, soberano grande commendador e secretario
geral do Supremo Conselho de França, o veneravel recebeu
a deputação do Conselho da Ordem, Incumbida de installar
a loja. »<-'¦,'
'¦/- '¦:'"V.-

O irmão Massol, ajudado pelos irmãos Bécourt, Galibert


Caubert e Vienot, procede á installação com as formali-
dades regulamentares ; e antes de deixar o malhete compri-
menta o Supremo Conselho, applaudindo a assembléa com
uma bateria a maçonaria escosseza.
O irmão Dalsace, reassumindo a direcçao dos traba-
lhos, proclama que a loja (em por primeiro dever, manifes-
tando sua existência de ora em diante oficialmente reconhecida,
de applaudir com uma bateria surda a memória de todos os irmãos
mortos em serviço da pátria durante a ultima guerra.
Executado este dever, o veneravel profere uma alio-
cução, muitas vezes interrompida por signaès de appro-
vação e seguida de applausos.
O irmão Debidour, veneravel da loja VAvenir, ao oriente
de Nontron (Dordogne), responde em nome das lojas das
provincias.
Seguiu-se a iniciação dos profanos Goudchaux, Lauth,
Seinguerlete Valentin.*
O irmão Yacca, antigo veneravel da loja de Metz, na
qualidade de orador, dirige em linguagem elevada, pátrio- -

tica e maconica aos irmãos neophytos algumas palavras


em referencia á sua iniciação.
O irmão Cremieux em um eloqüente discurso, intér- ."
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- 178 -
V

rompido por acclamações e vivos applausos, saúda a loja,


bem como aos irmãos novamente iniciados.
aos irmãos
üsaudo da palavra o irmão Dalsace, agradece reunião
X

visitantes e lhes pede que compareçam a uma que


nao terá mais por fim lamentar a perda de irmãos france-
zes, porém festejar ao contrario uma nova e gloriosa uni-
dade maçonica.
Os trabalhos sao depois encerrados e a assembléa se
separa na melhor ordem e no mais profundo silencio.
— A loja Ia Clemente Amitié Cosmopolite, ao oriente de
Pariz, celebrou em 20 de Novembro uma sessão fúnebre
em memória de dezoito irmãos que ella tinha perdido em
1860, entre os quaes designaremos os nomes dos irmãos
Thirion, ue Lastange e Battaille.
Depois de uma tocante allocuçau do irmão Lebourgeois,
veneravel da officina, um alumno de Bataille executou o
Agnus Dei, de Mozart.
, Pronunciou o panegyrico dos irmãos fallecidos o orador
da loja, o irmão Jouanin. Seguiu-se o Stabat Mater, de
Rossini, executado ainda por discipulos do fundador da
officina, o irmão Bataille.
O irmão Vienot traçou a biographia maçonica desse
distincto maçon , o irmão Poulle discorreu sobre a sua
carreira artística e professional e o irmão Ferdeuil sobre a
sua vida publica.
O Ave Verum de Mozart precedeu a marcha fúnebre ce-
lebrada como ultima homenagem tributada aos membros
fallecidos da loja Ia Clemente Amitié Cosmopolite.
Tendo a loja Ia Libre Pensée, ao oriente de Aurillac
(Cantai), publicado a sua defeza em resposta a um sermão
contra a maçonaria pregado pelo padre jesuita Ramière,
este por sua*vez retorquiu por uma carta diffamatoria,
que lhe valeu uma admirável brochura por parte dos ma-
çons de Aurillac, na qual é traçada a historia da confpa-
nhia de Jesus, e sao expostos cóm critério e dignidade os
principios que constituem a gloria de nossa Ordem.
Inglaterra. — A Grande Loja Unida da Inglaterra ce-
lebrou a sua sessão trimestral em 4 de Dezembro sob a
do gram-itíeátre o marquez de Ripon, ajuda-
Jresidência
o pelo primeiro grande vigilante lord Tenterden e pelo
segundo grande vigilante; oi Coronel Lowry Cole.
O marquez do Ripon foi reeleito gram-mestre para o
anno de 1873.^
¦ ¦'
'." ¦ y
'

'

Sob o titulo de Surrey masonic Hall Company acaba de


formar-se uma sociedade com o capital de 2,500 libras es-
terlinas, cujo fim é construir um templo maçonico para
as lojas da parte meridional de Londres.

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¦ *r

- 179 -

Escossia. — A Grande Loja de Escossia procedeu em


2 de Dezembro á eleição de suas dignidades, que deu o
seguinte resultado:
Conde de Rosslyn, gram-mestre.
Shaw Stewar, deputado gpam-mestre. .

Coronel Campbell, primeiro grande vigilante.


Conde de Kellie, segundo grande vigilante.
Alexandre Stewart, grande secretario.
Samuel Hay, grande thesoureiro.
....

Irlanda.—Realisou-se ultimamente em Dublim uma


grande festa para a distribuição dos prêmios ás alumnas
Ja escola maconica das orphâns. Esta festa foi presidida
pelo duque de Leinster, gram-mestre da Grande Loja da
Irlanda.
Allemanha. — Acaba de ser publicado o relatório an-
nu ai dos trabalhos da União dos franc-maçons allemans. Esta
associação se compõe de 848 membros activos nacionaes e
de 33 estrangeiros correspondentes. O seu fim consiste em
organisar, fora da direcção official das Grandes Lojas, reu-
niões maconicas para occupar-se principalmente de traba-
lhos maçonicos espirituaes (geistige Arbeit), e estabelecer
relações entre os maçons da universalidade das ofíicinas.
A ultima assembléa, 71—72, verificou-se em Hameln,
e a de 1873 se celebrará em Carlsruhe (Gram-ducado de
Baden). -
Hespanha. — O irmão Hubert publica na Chaine fUnion
a seguinte noticia que lhe foi endereçada pelo antigo re-
dactor do El Progresso, de Buenos-Ayres, actualmente em
Paris...... . ,. .
.¦,¦¦- ^
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Apezar das revoluções que têem havido em Hespanha, continua neste


infeliz paiz a propaganda clerical contra a liberdade e a maçonaria.
Eis a oração que os sacerdotes guerilleros de D. Carlos recom-
mendam aos bons catholicos: . .
« Oh padre eterno 1 Eu vos rogo pelos méritos infinitos do sanctissimo
coração de Jesus-Christo, do puríssimo coração de^ Maria e por sua con-
cepção immaculada que coroeis com o mais felifc successo a causa de
Carlos VII e de dona Margarida, a de todos aquelles que defendem a
monarchia catholica de Carlos VII ou que estão promptos a defendel-a.
Concedei-lhes união é concórdia; fazei com que elles conheçam os trai-
dores e impedi que qualquer d'elles possa prejudicar a monarchia. Sobre-
tudo, Padre eterno, destrui os planos dos afiliados a seita abominável
dos liberaes e franc-maçons da Hespanha e dos paizes estrangeiros.
Amen. »
— k> loja los Puritanos n. 8, da jurisdicção do Grande
, Oriente de Hespanha, dirigiu ás cortes uma exposição, sol- ¦ ' "¦". '..y,

licitando a abolição áé pena de morte.

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¦'- 180- ¦
.
— O Bo/eíim Oficiai do Grande Oriente de Hespanha, em seu
numero 42 de 15 de Janeiro, começa por um enthusiastico
artigo sobre a abolição da escravidão nas possessões hes-
panholas, que a maçonaria tem o direito de reivindicar,
porque esta nobre declaração seria devida ao bello talento
e ao coração generoso do'irmão Castelar.
Suissa. —Deviam ter começado em 27 de Janeiro as
sessões do consello administrativo da Grande Loja Alpina
para se occupar da revisão do pacto social e de modo a
no mez de Abril principiem as sessões da Grande Loja
onde sairão o novo pacto e a nova administração.
2ue
O jornal intitulado A União maçonica suissa, publicado
pela loja Esperança e Cordialidade, ao oriente de Lausanna,
contem uma parte oficial, na qual as communicaçoes ema-
nadas do conselho administrativo saem à luz em francez e
allemao.
A maçonaria suissa parece progredir e espera com an-
ciedade a*revisao de sua lei fundamental. #

Grécia. — No Boletim do Grande Oriente dos Paizes-


Baixos encontram-se actas das sessões do Grande Oriente
da Grécia, fundado em 1867 pelo Grande Oriente de Italiav
A maçonaria da Grécia é administrada por um conse-
lho composto de nove membros, ao qual pertence eleger o
gram-mestre e seus adjunctos.
A eleição feita em 1872 deu o seguinte resultado:
!
Gram-mestre. — S. A. imperial o príncipe Demetrius
Rhodocanakis.
1.° Gram-mestre adjuncto.—Nicolas Damaskinos.
2.° Gram-mestre adjuncto. —• Demetrius Et. Maurokor-
datos.
l.° Grande vigilante.—Jean G. Papadakis.
• 2.° Grande vigilante. —Spyridon Karaiskakis.
Grande orador. —¦ Nicolas Rhados.
Grande secretario. — Andreas Kalyvas.
Grande thesoureiro. — Athanasius Duruttis.
Estados-Unidos.— No numero 2 do jornal El Espejo
Maçonico, correspondente áo mez <de Dezembro ultimo, en-
contra-se uma interessante narração da reunião ánnua da
Ordem da Estrella dei Oriente, celebrada em New-York a 5 de
Junho do anno pretérito. Além das dignidades da Ordem,
havia representantes de differentes capitules.
O gram-patrono do estado abriu a sessão com as ceremo-
''*;.% ',1 '¦,'
nias do estylo e depois de nomear diversas commissões leu
um discurso em que expoz o cumprimento de seus deve-
res durante o anno, ...*¦'

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Seguiu-se a gram-mestra que proferiu um interessante


discurso sobre o rito de Adopção.
O gram-patrono annunciou que havia concedido cartas
',
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de constituição para circulos ou capítulos novos; e nove car- ¦¦*¦¦"'¦ -i'' . -

tas de formação para outros tantos circulos ou capítulos.


Foram eleitos gram-patrono o irmão Roberto Macoy e
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gram-mestra a irman Francês E. Johnson.


Egypto. — O corpo intitulado Grande Oriente do Egypto
e que não foi reconhecido pela mór parte das potências
maconicas, mudou três vezes de gram-mestre no espaço de
três mezes. O primeiro, que se apregoava como 33, tinha
sido iniciado ha três annos pela loja Fenkia, de Smyrna.
Os membros deste corpo são em muito pequeno numero.
Tudo induz a crer que é impossivel a organisaçao de um
Grande Oriente indigena em Alexandria. '
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A. F. A.

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]\oticiario interno. -

ADHESÜES.

A mais eloqüente resposta que podemos dar aquelles


que até já perderam o direito de serem por nós considera-
dos como adversários, é continuar a publicar as adhesões
que cada dia mais consolidam a grande obra da união da
familia maconica do Brazil.
Eleva-se hoje a vinte e seis o numero de officinas que
tendo pertencido outrora ao extincto circulo do Lavradio
prestam hoje obediência ao Grande Oriente Unido do ;¦:.'•¦.

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Brazil. "¦¦'
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Maior seria ainda o numero, si quizessemos aqui meu-;

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182

cionar as que tendo reconhecido a nossa auctoridade nao


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enviaram ainda communicaçao official.
1 . Abstemo-nos, porém, de o fazer porque nestas pagi-
nas nao tem até hoje achado cabida senão o que é incon-
testavel.
Depois da publicação do ultimo numero do Boletim, rece-
bemos as seguintes adhesões:
Rio-Grande do Norte. — A única loja maçonica que
existe nesta, provincia reconheceu o Grande Oriente Unido
do Brazil. É a loja Vinte e Um de Março, ao oriente do
Natal.
Eis o luminoso parecer da commissão ad hoc, que ser-
viu de base á sensata deliberação desta importante officina.
*

A commissão nomeada para examinar e dar o seu parecer acerca dos


lamentáveis acontecimentos que deram logar á scisão da família maçonica
brazileira, para o fim de que esta augusta loja, melhor esclarecida, po-
desse bem decidir sobre a matéria contida na prancha circular de 12 de
Setembro, que acompanhada de uma nota escripta á ultima hora lhe foi
dirigida pelo irmão Buy Germack Possollo, chefe da Grande Secretaria do
Grande Oriente, ao Valle do Lavradio, depois de séria meditação
e aturado estudo sobre os documentos que offerecem dados para melhor
apreciação de uma questão de tamanha transcendência, vem trazer â vossa
respeitável presença o resultado de seu trabalho, impetrando vossa indul-
gencia para as lacunas e imperfeições, que nelle necessariamente encontra-
reis, devidas somente á pouca aptidãe da commissão, em relação á impor-
tancia da tarefa de que se incumbiu.
E' sabido que de ha muito era pelos maçons bem intencionados de
ambos os círculos reconhecida a necessidade de uma conciliação entre os
dous corpos dissidentes, da qual deveria resultar a força de que a Ordem
necessitava para attingir aos nobres fins, a que se propõe.
Um inimigo formidável e insidioso já começava a lançar surdamente
os fundamentos do reducto donde, em occasião opportuna, deveria abrir
guerra de extermínio á ordem e á liberdade.
Sobre o illustre e respeitável irmão padre Almeida Martins foram
descarregados os primeiros golpes pelo bispo Lacerda, que foi imitado pelos
seus collegas do "attentado
Rio Grande, Pará, Marianna e Diamantina.
Semelhante contra a liberdade de consciência, direito im-
prescriptivel do homem, veiu advertir aos poucos que ainda viam as
cousas pelo prisma do indifferentismo, de que era chegado o momento
critico de combater abertamente pela salvação da Ordem, e pelo bem da
humanidade; e no memorável dia 20 de Maio foi a idéa convertida em
facto, com geraes e enthusiasticos applausos, extinguindo-se os dous an-
tigos orientes Benedictinos e Lavradio, e inaugurando-se o Grande Oriente
Unido e Supremo Conselho do Brasil.
-
9 Este Poder Supremo, assim legitima e legalmente constituído, func-
cJ?,n?u, P°r m?10 de sua administração interina sob as bases de uma con-
stitmçao provisória jurada por mais de 1,000 maçons em assembléa geral
X:y"Xyã de 27 de Julho. to
Todos as officinas do império adheriram sem relutância á fusão como
um ^acontecimento de grande alcance para a causa da maçonaria o da
nação brazileira, e muitas dellas o manifestaram de maneira não equivoca.
¦'

O mesmo illustre e respeitável irmão visconde do Rio Branco, fez


declarar sua adhesão em plena assembléa.
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4-i

183
A fusão da grande íamilia maconica no Brazil era um facto consum-
mado, e não polia uma minoria derogar deliberações tomadas pelo poder
competente ha três para quatro mezes, e para as quaes muito e podero-
samente concorrera.
Em vista, pois, do que acaba de expender e de muitas outras fazões
que por abreviar omitte, a commissão entende que o decreto de 12 de
setembro, que considerou irrito e nullo o acto de 20 de Maio, não tem
cunho de legalidade.
Com a extincção dos dous antigos Orientes desappareceram os gram-
mestrados respectivos: nenhuma auctoridade assistia ao ex-gram-mestre vis-
conde do Rio Branco para nullificar actos semelhantes, attribuição que só
caberia ao poder supremo si os considerasse contrários aos fins da Ordem.
A commissão, portanto, é de parecer:
1.° Que seja reconhecido como único e legitimo poder maconico neste
império o Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil;
2.° Que esta loja continue firme no juramento de obediência e fideli-
dade que prestou ao mesmo Grande Oriente Unido.
3.° Que se communique aos dous corpos a deliberação que fôr tomada.
Valle do Natal, aos 30 de Janeiro de 1873.— Guilherme Tell.—Solon.
Conforme. — O secretario, G. X Pereira de Brito* ¦

Alagoas.—Em sessão de 1 de Março resolveu a offi-


cina Fraternidade Alagoana, ao oriente de Maceió, adherir
ao Grande Oriente Unido do Brazil.
Como é, porém, que no ultimo Boletim de um intitu-
lado Oriente apparece a adhesao desta officina?
A resposta seria fácil si não estivéssemos já cançados
de assignalar a perfídia e a má fé dos que a todo o transe
pretendem ser nossos adversários. ':¦'.,'.

Paraná. — Pelas pranchas publicadas na secção de cor*


respondencia ver-se-ha de que modo e com que exemplar
independência a officina Philantropia Guarapuavana, ao oriente
de Guarapuava, reconheceu a suprema auctoridade. do
Grande Oriente Unido do Brazil.
A Maçonaria no Parlamento. — Por occasiao de se-
rem apresentadas na câmara dos deputados, na sessão de
27 de Fevereiro, as representações que o Grande Oriente
Unido do Brazil e as lojas de* Pernambuco lhe endereça-
ram contra os actos de prepotência praticados por frei
Vital, proferiu o irmão Dr. Gaspar da Silveira Martins,
dignissimo representante da província do Rio Granle do
Sul, um notável discurso, que tendo sido publicado em
extracto no Diário do Rio, a"qui o reproduzimos como um
importante documento para o processo instaurado ao je*
suitismo. . : . •

Disse o independente orador:


Quando não fossem as letras e posição social de grande parte dos
signatários das petições que vai apresentar á câmara, bastaria o numero
dellas, que excede a 6,000, para merecerem essas petições to.dà.a attençao
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da mesma câmara, que representa o paiz e deve principalmente curar


dos interesses públicos. Nunca até hoje se apresentou na câmara unia
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- 184 -
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assignada tão grande numero de cidadãos, o que basta para


petição por
Ver"E ainda em 1833 aos prin:
deBfí^a Ssítuíção, sacrificando religião com o estado. Si
cimos que domi?avam7 casou indevidamente .a
XseTvesse1 limitado a regular-se mMW^ão&Éflãt ceu,
rAitn dA escolher o caminho pelo qual depois de morto deveria ir ao
nós não" teri^s os embaraços que hoje; ^fttam^godenmwfew se M^Q
como nos Estados Unidos, em que os cidadãos o seu sacer
tria- a nação não alimenta padres o cada religião sustenta e de injustiça, pelo
dote' Não haveria esse grand? principio de desigualdade sustentarem os sacerdo-
m <*?tté^uSágião slo multados para
fes de outras- não haverfa a grande inconveniência publica de terem as
no eivei e os bispos verem-se obrigados nas suas
pena? canSasTffeito também um extranho á religião, como e o
Secisões, a consultarem poder
POdMasÍlSfelizm3nte nem o estado tem hoje a liberdade de regular-se
nem também a igreja tem a liberdade que pojena si
perfeitamente nos. Estados-Umdos, ™y$k££^^MS ^
ella fosse livre como na Suem, „«
na
mesmo tempo o chefe religioso, como e na Inglaterra,
não ha conflicto entre a consciência e as leis: e
Rússia Nestes paizes entender-se,
ião o havendo, podem regular-se perfeitamente, sem se procurar conflagram quando
dSus poderes; que caem slmpre em desordem, e que sempre difbcu.
não se iunetam as duas vontades, cousa que a essa lucta do poder
^vJmos muUos annòs no Brazil sem assistir Hoje na üuropa a
civil com o religioso, lucta que agita a Europa. que
Ha sobre este ponto parece estar em decadência, é que se levanta aqui
a lucta que até então nunca tinha apparecido. regimem chamado
O orador sente, porém, dizer que tem sido neste essa influencia, que
liberal, que a igreja ha adquirido sobre o poder civil absolutos. Os
ella nunca attingiu, nem mesmo nos tempos dos governos do poder civil, do
reis absolutos, os reis de Portugal foram mais ciosos Brazil,
que tem sido o governo monarchico constitucional do porque esse
em grande parte se tem convertido em agente dessa propaganda odiosa,
que subordina o civil ao ecclesiastico. E' assim querecurso antigamente havia
das decisões dos bispos ex informata conscientiâ para o poder
real, para a coroa; é assim que os ministros do governo representativo
teem espoliado o direito do rei, tirando o recurso e entregando os sub-
ditos brazileiros á discrição do poder ecclesiastico.
Não ha muito tempo a câmara dos deputados interpretou a lei leis antiga
e decidiu que era illegal um aviso que ahi anda na collecção das do
império. Entretanto a decisão da câmara caiu no senado e o aviso con-
tinúa a imperar. ^ ,.
, \ theocratico,
Mas não se fazem mesmo concessões O poder que pre-
sume receber a sua missão immediatamente de Deus, quer para si a in-
falibillidade e não admitte òbjecções a seus decretos. No entanto, si elle
7 - . ' . ¦"
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pretende que o braço secular o deve auxiliar, nãode pôde decidir dictato-
rialmente, sem consultar o poder civil, que tem tornar-se exequente
das suas decisões, porque nãoNé possível que os poderes públicos se su-
!<à':í;. ' ¦• . •' •

jeitem a esse papel de passividade, para tornarem-se executores de sen-


tenças em que não foram partes. .
1 í''" A câmara comprehende a perturbação que iria em todo o paiz si os
í.c:- bispos tivessem o direito pleno de excommungar, e o estado não tivesse
outro' recurso senão curvar-se, obedecer a essas decisões e dar-lhes os saus
eflfeitos. O excommungado fica fora da garantia da igreja, fica suspenso no
eivei de suas funeções. Desse modo o clero teria o direito de suspender
a realeza, o poder executivo, até a câmara dos deputados. E' por isso que
-.'. .' •
jà* ¦ ¦¦¦*¦ i essa liga da igreja e do estado, feita pela constituição, requer a audiência
de ambas as partes, para que uma e outra examinem que o estado não
entre e nao invada o poder espiritual, mas que o poder espiritual não
invada o temporal e não exhorbite.
Si, como nos Estados Unidos, a igreja fosse independente do estado,
não se poderiam dar contiictòs: as penas da igreja seriam penas moraes,
affectariam a consciência de cada cidadão, mas não o serviço publico. Ella
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185
J

mesmo ficaria desarmada, porque, tendo nos seus claustros prisões que a
lei reconhece, si não houvesse uma religião do estado, náo poderiater pren- em
der nem os seus frades desobedientes, porquanto ninguém pôde a eneitos
casa claustro privado: as suas leis seriam reduzidas puramente
m°rMas
a igreja quer uma partilha prejudicial ao estado, porque aproveita o mesmo
o subsidio do thesouro e não quer ter condescendência alguma com
68 &E,'como favorecido: não
já disse o orador, o governo entre nós a tem
só tem aberto mão de direitos que tinha anteriormente, mas o na apresenta-
cão dos bispos, que devem ser nomeados pela sancta sé, que e ainaa
es-
effeito desse casamento hybrido, em vez de consultar os interesses do
tado, tem apenas consultado os interesses do fanatismo. da ..com-
Nos últimos tempos têm sido apresentados os bispos tirados K>i re-
panhia de Jesus, que está banida do império, porque osainda nao
vogada a lei que a expulsou de Portugal e de todos seus territórios.
m-
O resultado é que tem-se creado uma igreja inteiramente adversa aos de
teresses públicos, que prejudica o estado debaixo de todos ps pontos
vista, principalmente um estado como este, immenso em território, pe-
aquella
quenò em população, que tem de ir buscar aos paizes protestantes
aue o deve fazer prosperar. , de levantar-se
, , con-
O orador primeiro que nenhum outro tinha o dever Grande
tra este abuso na qualidade de representante da província do Riomandando
do Sul, onde ha pelo menos 30 a 40,000 protestantes. O ^Brazil,
buscar aquelles homens para cultivar as suas terras, nao o.fez cidadãos PJ» *»;
e
nal-os simples trabalhadores, senão também para fazer d ellestanto direito,
futuros governadores do paiz (apoiados). Porque elles têm nao
como todos os outros brazileiros, de intervir nos negócios pútoe isso
devem ficar desherdados pelo fanatismo religioso. (Apoiados.) h. .por
que o orador sempre clamará pela reforma doos artigo da constituição que
consagra uma religião do estado e que tira direitos ate de represai-
ro-
tar o paiz áquelle que não professa a religião catholica apostólica
mailA tende
igreja tem abusado, porque todo o poder que não é limitadodo_es-
a corromper-se. A igreja catholica nos paizes em que e reiigiao
¦
:... .. ,
.

tado, em que é subvencionada, tem-se corrompido como todos os outros


virtude, porque
poderes, porque não precisa primar pelos talentos eOspela catholicos, que tao
não é niais igreja militante, é igreja triumphante. sao os mes-
más provas teem dado no Brazil, na Hespanha e na Itália, Unidos no
mos homens que se levantam admiravelmente nos Estados j
anglicana,
Canadá; são os mesmos homens que, no regimen da igrejarejeitarem o
ainda ha bem pouco tempo, tiveram a virtuosa coragem de
subsidio que lhes mandou dar o parlamento mglez. n„anian*oa
_ inconvenientes
Por effeito dessa pretenção episcopal e das nomeações
nestes últimos tempos teem sido feitas de bispos para varias dioce-
que
ses do império, tem-se alarmado a população com justa razão, porque
vê-se em próximo futuro um verdadeiro perigo da ordem publica. _ to-
Agora o bispo de Pernambuco manda expulsar ditatorialmente ^e o
expulsão
.das as irmandades os maçons, sendo o fundamento dessa
facto de estarem os maçons excommungados por varias bullas. Mas estas
<&

bullas relativas á maçonaria não tiveram o placet regio e, portanto, nao ¦-¦'¦<- K
%:

teem execução no império do Brazil. ,. .AQQÍ1


Demais as irmandades não são corporações especialmente religiosas,
são também civis, de jurisdicção mixta. Elias prestam contas^ ao juiz ae
capellas e residuos, são regidas pelos seus estatutos, que sao approva-
dos na corte pelo governo e nas provincias pelas assembleas provinciaes.
Nestas circumstancias é bem patente que o bispo não e por si soe com- ''¦':. â5

petente para excluir nenhum irmão dessas irmandades (apoiados, que,


o acto do Exm. bispo de Pernambuco é violento, e "legai,
portanto,
affecta o poder temporal e ataca os direitos do poder executivo e do po- ml
der judiciário do império. . . .ainda e. o *'..
Mas si o acto de S. Ex. é violento e illegal, mais violento prin-
o
çipio de que elle emana e mais funestas são as suas conseqüências, bendo
¦.:"¦' - .¦ >
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186
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motivo desse acto a excommunhão dos irmãos por serem maçons e a^ando-se
os excommungados fora do grêmio da igreja, nao ^g^Sí^S^í
sacramentos ;°e o Sr. bispo, para ser .lógico, f£^gs|gS^K nao mais administiassem o
ordenar a todos os vigários de freguezias que
& njaçonana.
sacrementcí do matrimônio aos cidadãosactopertencentes episcopal traz em si um^pnn
ry;1" -". •¦'¦.¦-'.'Z ."'.'
A câmara comprehende que este » ™
cipio completamente subversivo da ordem publica, quej^ Kf um
dos bispos o casamento, que também é.civilmentc
neira, á discrição Daqui se vê quanto
verdadeiro contracto, que produz obrigações sociaes.fanáticos cjrupul°s de
I Sessario cT casamento civil combatido pelos
flWuns noraue não é justo que um acto que deveimpério, reger fa successao e
seja um para
rSlar Tproprfedade, os direitos hereditários no
íiimins
g cidadãos e differente para outros. #1 1R
O jXe o protestante, como o catholico, afim podem ser bons cidadãos
nlo se os mandar á igreja catholica de legitimarem a sua
mas p<Sde leis sejam as reli-
familia Também não se pode fazer tantas quantas
dos cidadãos; e, portanto, é necessário uma lei geral que
Sls indèfimdas independente
fSSfSmÊóirSe successãô, à transmissão das deheranças, cada um contrahcnte
de audiência do parocho, deixando-se á consciência de sua religião.
°o direito de purificar-se perante o sacerdote aquelle
E este um perigo ainda maior do que que actualmente, e ma-
nifestado á câmara pelos cidadãos da cidade do Eecife e do Rio de Janeiro.
O orador ao mesmo tempo que lamenta os erros dos ministros brazi-
leiros tem de lamentar os erros da faculdade de direito do Recife, que
tem-se tornado o apóstolo dessas doutrinas fanáticas.todos Com raras excepçoes
os professores desta faculdade, os homens que em os tempos toiam
os sustentadores do direito do estado contra a theocracia dedo Roma, em sao os
apóstolos do ultramontanismo, e é por isso que Ia, mais que ne-
nhuma outra provincia, se fazem sentir os abusos da auctoridade eccle-
siastica. (Um deputado diz que no Recife os mais liberaes asao os mais
' ultramontanos, e o ministro da justiça accrescenta que faculdaae
ãaquella cidade é muito ülustraãaj _
¦
¦
.

# talentos;
¦
.
;

O orador não diz que na faculdade do Recife nao haja que


enb outras matérias ella não se distingua pelo seu saber ; que sejam dizcon-e
servadores ou liberaes aquelles que pregam essas doutrinas. O que abso-
que ellas são perigosas ao estado, são repellidas até pelo systenu
luto, porque isso já não é absolutismo, e theocracia, porque nao e licito
haver um estado no estado e essas doutrinas cream o estai o da igreja ín-
' * r , ,

depente e livre do estado civil. O que diz é que aquelles que negam a
liberdade de consciência são absolutistas, porque é a primeira de todas as
liberdades: quem não crè nella, quem não permitte que o homem ya ao
1 >' '«IP! icéu
pelo caminho que quer, não pôde permittir que elle tenha direito
V nenhum. (Apoiados.) Não é possivel considerar conservador ou liberal
raq^elle que nega a liberdade da alma humana.
Os conservadores e os liberaes faliam em nome dos interesses so-
....

ciaes, em nome das vantagens publicas; mas aquelles que faliam em nome
de Deus, em nome do Creador, de um ente superior e que não erra, não
admittem discussão: convertem, portanto, o individuo em uma machina
executora dos pensamentos alheios, que se manifestam como emanação da
divindade e não podem soffrer replica.
E' por isso que a igreja acaba de consagrar a infallibilidade do papa,
é por isso que ella discute todas as opiniões alheias, mas não admitte a
discussão das próprias.
« Nós não erramos », esta foi a doutrina de Gregorio VII, doutrina
odiosa, que avassallou a Europa e por muito tempo humilhou o poder
civil e abateu o espirito humano.
Não tendo essa doutrina sido acceita no império do Brazil, desde
1827 e 1828 o illustre estadista brazileiro, Bernardo Pereira de Vascon-
cellos, levantava a sua voz para regularisar as relações da igreja de Koma
com o poder civil e pedia a execução das leis que baniram os jesuitas
dos dominios portuguezes.
Ha muitos que se apresentam sustentando a opinião contraria, fundados
na constituição do império, entendendo que ella revogou essas leis. Mas

%
- 187 —

não ha na expulsão dos jesuitas principio leis.nenhum contra a liberdade,


nem ha na constituição revogação dessas A constituição é uma lei
política que regulou o estado, mas quemonita não implica com casos especiaes.
A companhia de Jesus, pela sua secreta, _que foi descoberta,
não como uma associação religiosa, senão como umai asso-
patenteou-se, de estelho-
ciação de falsários, de flibusteiros, uma verdadeira associação e ladrões,
natarios. E então, assim como a lei persegue os sceleratos o.poder
assim como elles são julgados e condemnados, assim lambem e organisa
condemnou á expulsão a companhia de Jesus, que hoje volta chamado
collegios por toda a parte, e volta com o auxilio e sobre ostudoseusa cossacos,.
dos bispos, que vêem nos membros dessa companhia do clero sobre o
para estabelecerem esta doutrina funesta do predomínio
estado
Os bispos dizem com franqueza í « Nada temos que ver com as decisões
do executivo do Brazil; ellas não nos aftectam. » E agora mesmo, ao ter
sciencia da reclamação dos povos de Pernambuco, oO bispo disse: decidir « t, o
que temos nós com a assembléa geral do império? que podem
attnbuiçoes ? »
a nosso respeito, quando obramos no dominio de nossas
Mas não se lembram os bispos que não são tão livres como pensam, que
estão presos ao orçamento, que dependem do'% poaer civil para a execução
de suas decisões. ,. ,-de Pernambuco
tw~«™i™/./%
Assim, pois, o orador justifica as petições dos povos
tão somente emquanto a igreja está casada com o estado. Si a igreja
quizesse fazer o divorcio amanhan, elle votaria a favor e nao acharia razão
nos povos que reclamam: Q direito do cidadão seria então abraçar a^reh-
lhe conviesse; o estado não tem o direito de entrar nos nego-
gião que
cios da consciência. Mas, emquanto o estado presta forcV/+* actos £,gLn
tenha
é
acção ao poder ecclesiastico, preciso que este nos seus pelo '*¦¦-.

:xz

menos deferencia com elle. &*£&*


os maçons /loa
das
Si ao menos o Exm. bispo de Pernambuco, expulsando
irmandades, também demittisse de P^sidente do conselho o grammestie
da maçonaria (hüariãade), elle teria ao menos feito algum bem de envolta
com os grandes males que fez. £&«i^^feãs
Assim, pois, concluindo, o orador pede á câmara que asreunidas petições sejam
impressas no jornal da casa e remetttidas ás commissoes de ne-
bem.)
gocios eccleslasticos e de justiça civil. (Muito
Ao nosso irmão Dr. Silveira Martins respondeu um
deputado por Pernambuco. Si nao reproduzimos aqui as
suas palavras, é porque ellas se acham contidasassombro e por ven-
tura ampliadas no discurso que, com geral de
q uantos prezam as idéas mais adiantadas do século, íoi pro-.
ferido no senado em sessão de 10 de Março, pelo senador
Cândido Mendes de Almeida. .
uma
Leiam-no os nossos irmãos, e convençam-se mais
vez de que é real o perigo com que nos ameaça a reacçao
infrene. ..-.tf V?l!i
Imperam sobre o orador razões de consciência W-^/WfSEJ. achar sumte
causa da igreja, exposta hoje a uma perseguição que so pode ¦ r jl
na que sofreu na idade media. ' . E ^.gfâfe Q
obngado
íambem actúam sobre elle razões tiradas da posição.. ^a
si o ministério tem cumprido e zelado a con^ituiça, e.« leis do
examinar de oecupar-se anda em tal.
naiz Ora na questão de que tem o orador
Ccert^qíe sua política não só tem sido infeliz, como quasi mminosa.
Guando foi nromulgada a lei de 38 de Setembro de 1871, em que. o
miniSo^anhol grande victoria e prestou ^^t^aZ^v
guardar % esse
?SJ ¦ nersuadiu-se o orador que os nobres ministros quizessem
trlumpS, sem fazer deÜe ostentação apezar de que desde logo previa que
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188
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o sentimento religioso não tinha inspirado o governo na promoção daquolla


reforma
Mas o nobre presidente do conselho nao se contentou com o triumpho
que lhe deu o corpo legislativo; á maneira dos generaes romanos quiz as
honras do triumpho. Essas honras teve-as S. Ex na festa maconica de £
i
>¦«

de março; ahi foi o nobre presidente do conselho, em companhia de quatro


de seus collegas do gabinete, receber os ramos de júbilo e as honras de-
vidas ao triumphador. •
Entra o orador em grandes desenvolvimentos para provar que a aou-
trina catholica é inteiramente opposta à doutrina maconica. Mostra em
seguida como a maçonaria foi condemnada em bullas e rescriptos dos
summos pontífices Clemente XII, Bento XIV, Pio VII, Leão XII, Pio VIII,
Gregorio XVI e Pio IX, e que esta doutrina acha-se geralmente acceita,
até pelos que não adoptam a infallibilidade do papa.
Depois de mostrar como, em sua opinião, um catholico nao pode ser
maçon, observa que tem-se accusado os nossos bispos por terem-se op-
posto ás doutrinas dessa sociedade, allegando-se que as bullas que a
condemnam não vigoram entre nós, por falta do placet regio.
No intuito de demonstrar que esta argumentação não procede, faz ver
que as bullas de Clemente XII e Bento XIV não são de epocha em que
fosse de mister o placet, porque então ainda este não estava restabele-
cido, como foi no governo do marquez de Pombal.
Mas o acto que restabeleceu o placet não tinha effeito retroactivo,
tanto assim que aquellas bullas não deixaram de ter plena execução em
Portugal, durante a administração do mesmo marquez de Pombal.
Assim, os bispos que são delegados da Sancta-Sé, estão em seu pleno
direito exigindo a execução daquellas bullas.
Prosegue o orador extensamente na demonstração de seu asserto, que
não se pôde ser maçon e catholico, chegando á conclusão de que Q116**1
pretende reunir essas duas qualidades, ou é idiota, ou homem de ma fé*
A. maçonaria vivia entre nós, toda occupada com seus banquetes,
* festas ou divertimentos verdadeiramnnte carnavalescos: o nobre presidente
do conselho foi dar a essa associação uma consistência politica, que não
tinha.
Accenderam-se então por toda a parte as lojas; diziam — temos o governo
por nós. — As auctoridades ecclesiasticas foram por toda a parte injuriadas;
os maçons contavam com o apoio de seu chefe, que estava á frente do
governo. Foi o nobre presidente do conselho quem creou esta situação.
Diz o orador que o bispo do Eio de Janeiro foi maltratado, como
todo o senado sabe, e ainda mais, que os membros das lojas maconicas
ameaçaram por muito tempo que em dia determinado, na igreja da Via-
Sacra, celebrariam uma missa com a exhibição dos symbolos maçonicos.
Fariam elles o mesmo com outro governo, que não tivesse por presidente
do conselho um gram-mestre da maçonaria ? Não. Veiu o vigário geral pedir
que fossem retirados aquelles symbolos; e o foram ? Não, senhor. E porque
aconteceu isto ? Porque os maçons estavam certos de que o seu irmão estava
á testa do governo, e que havia de desamparar por força a auctoridade
ecclesiastica.
O orador aprecia a questão do bispo de Pernambuco, que, segundo
S. Ex., se acha em seu direito, obrando como devia obrar.
Quanto á prudência, reconhece que é uma das quatro virtudes cardeaes,
que nos ensina a prever e prevenir; no sentido propriamente humano,
refere-se a essa previsão individual, mas no sentido christão a prudência
importa resguardar a alma, tratar da sua salvação. E o bispo de Pernam-
buco ha de cruzar os braços e deixar qúe a propaganda se extenda, porque
um Sr. Fulano dispõe de grande influencia na maçonaria, tem abòbada de
aço e repiques de sinos ? O bispo de Pernambuco não é um Bemvindo de
Yictor Hugo, mas louva o orador a Deus por ter dado ao Brazil um bispo,
que além das virtudes que o distinguem, possue a fortaleza, que forma o
esplendor de seu caracter; e a provincia de Pernambuco era digna de possuir
um bispo daquella ordem.
Cita o orador o facto histórico do padre apóstata* Manoel de Moraes,
:
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.¦•¦¦ .:¦!..•.•
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a quem João Fernandes Vieira fez voltar ao seio da religião de onde tinha

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v:-.'-.'-¦''-.', ..
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*
189 ft

a onde se operara esse' P*°*go por sem


sáido, concluindo que provincia erro vencel-o
duvida era digna de possuir um bispo que soubesse afflrontar o*¦£¦ «ft**
e esmagar a f eresia, comquantp já tivesse tambéma P«^ ™lterete. Dispôs
V" V

xaram a diocese em estado miserável, e levavam jogar lobos.


«rwítetttw,
V quetèm deixado o rebanho ser devorado pelos
O orador adduz outras considerações, referindo-se também aos3a3
catholicos, que em sua opinião devem ser ?e^s^»^0SS
de assumptes co-relativos á theologia e disciplina da igreja catholica-apos
tolica-romaiia.

sessão de 19 do mesmo mez de Março o


Ainda l na estrangei-
nosso irmão Dr. Manoel Corrêa, ex-ministro dos
ros do actual ministério, proferiu com relação ao assumpto
de que nos occupamos as seguintes palavras:
O orador presta a maior homenagem ás q™lidadesj?esse*!?'~?do império; mas nao JÍL
pôde
hirtr* 4 reliffiosidade dos primeiros sacerdotes <$™™í
Sr iSrcommagoíque nem todos .os »Mttgg^
delles levam o zelo até á intolerância. Julgam que mais
modo. Alguns evitar
¦¦•¦¦¦

merecem quantas mais questões suscitam que poderiam de Manjjnae de Cuyabá,


O reverendo arcebispo, os antigos prelados dereUgiao
sem filiar em outros, assim como tem f^o^ocantes^exeraptos com os ao
sabem combinar os interesses da igreja
tem mostrado que levar ao extremo a separação, mo
Mtndo E um erro funesto querer
caminhaí bem o prelado%ela trilha que lhe marcam¦»]£«.
^ode seus esforços, que nao affrouxemagUmaoJgJ
m quando não concentra para
e harmonia de todos os filhos da grej.a, e a ^^te^£líSS mais consummada f ^ncia,
O desempenho da missão episcopal exige veneraveis a quem ô
de que tem dado exhuberantes provas os prelados,
W*Sà% imeSe apreciar aquella augusta ^^^/^SSÍ
aliás illustrados, zelosos, e a cujas intenções se deve
em agitação a ^»°^gSfe
sociedade, trazendo
a adoptar providencias que podem pôr

a maçonaria, contra a qual alguns prelados tem tomado me


inoffensiva, seus_ sem que
r
didas de gor. Entretanto ella coexistiu com Predecessores,
conflictos, ainda agora nao se dao em todas as
se estabelecessem que
dÍ°CSiese de ajuntamentos illicitos,
tratasse de associações perniciosas, alcança tam-
os poderes do estado não os tolerariam. A censura, pois,
bemNãoeSsendo aimaçona-
uniforme o procedimento dos bispos para o com
ria o orador iulga-se no caso de declarar mais mais acertado de uns do que
alguns os prelados ardentes que, si nao
o de outros! ffindem que scenas
tem sido origem, não tem posto termo á questão, que provoca
deTagSdLi?s?são' os mais dignos de louvortido O orador wWj^£
sabedoria e prudência de outros, que tem_ nao sao ^^^^S^.
somente bispos, sao tam
conveniências de seu paiz, porque elles
b%CÍâaverendo conhece,, e» at cujas
bispo de Pernambuco, que o oradorirmandades e coi£a-
virtudes faz inteira >stiça, tem expedido ordens a
expulsem de seu grêmio alguns membros
rias, recommendando-lhes que
qque não queiram irmão,de modo algum abjurar a maçonaria. „o15f,ir,tttl tpm
i* Ora, nenhum quando entra para ^\C0^^ZmSnA o exacto
de declarar si é ou não maçon. Assim, pois,, Nem todos ^^™°J£
os maçons exis
ordem exigia uma syndicancia extra-official.
muArmandades são publicamente conhecidos. Si o bispo sabe^que
tentes applique contra essesasjnw
alli ha maçons, conhece os que o são,membros das confrarias denunciem
dencias a seu alcance. Mas querer que

¦¦ -

¦
.

',
*'
-
¦
,. ,.¦.'-¦¦
h

- 190-
seus irmãos, querer obriga-los a que sejam elles os que os expillam daí
mesmas confrarias, ó levar a exigência além do razoável.
. ; Ji porque as confrarias não se prestaram a expulsar de seu os
membros que nao queriam abjurar a maçonaria lançou-se sobregrêmio ellas a
pena ae interdicto. Nem todos os seus membros são maçons: a pena feriu
a mnocentes contra os preceitos da igreja.
P°.r ventura pôde ser o uso conveniente de um direito mandar fechar
por tal motivo os portas dos templos?
Veja-se a que conseqüências se chega quando, debaixo de uma idéa
que nao e perfeitamente justificada, se vai marchando sem prudência por
cima de considerações que merecem toda a attenção.
¦& Foia ? }%reÍa> ° }°&t da oração, deve com esse fundamento ser fe-
chada a toda a gente, a todos os homens indistinctaméhte, a todas as
mulheres, a todas as crianças?
Onde chegaríamos si este principio fosse acceito por todos os bispos,
em todas as dioceses W
todo ° ePis?coPado, si um concilio nacional o adoptasse em suas
„i+jS
ultimas conseqüências,^ ver.amos fechados
em poucos nao existirão irmandades que não quasi todos os templos, porque
contem maçons em seu seio.
í

„srt™.pi-eciso que do Parlamento se diga aos bispos que assim procedem:


'
SíJnftíW68' ^9gul pl ex,emPlos <lue vos estão dando os mais velhos dos
membios do episcopado. (Apoiados e reclamações.)
itM.T «Lordem do reverendo, bispo de Pernambuco declarou-se mais, e não
aqui ha periS°» <lue ílcavam privados de sepultura
£íS?.OTfecer"8e quieãe?T, causa ao interdicto das irmandades, isto é, os
m,P niíif-03 T
que pertenciam á sociedade maconica.
nri,wí!e!ía P^ofun(iamente a consciência dos bispos ; não embaraça o cum-
' de ?ons™n™> C0I»° não deseja que o embaracem;
K M^lt! rlTv6?- aque11^ a quem se refere: atendei a que ides
afêm rfnT,ta P?der idlz!x d° ^sso .dever, attendei a que estaes pondo em com-
mb£1TS!nt° d~ste povo cathohco> e que proseguindo, correis o risco de
K%££& uma naiao de schismaticos. (Apoiados e reclamações.)
O nílnvaÇ,a° Cldada° e representante da nação, faz respeitosamente
pcíqo ?Kador' ~omo.ásauct?ridades
teíhflmlSeiIaÇ°6S ecclesiasticas superiores, para que não
°nSvÍeJífenCiar al^m c?nflict0' nem de vêr mingôar a considem-
cão e o respeito que se lhes deve. Deseja evitar
çao
trazer o excesso de zelo e a intolerância daí o *Se?ÍamTçõ?s)
perigo aue nodem
doutrinas.
dí?cuf.sao desfce importante assumpto ha de
üir-be. Continuaremos, pois, a transcrever, ainda protra-
*iv£
em resumo, os discursos que forem q ue seia
J
proferidos.
e's.te'0 titul° de uma formosa poesia
"¦ '
¦; ¦

™h$?J!:SUÍtíin'rÉ
publicada na Reforma, jornal desta corte, e que para aqui ¦y ¦

transcrevemos, obtida a devida venia: q


'V.
;. )'..'.'í>\vjy¦¦;:.:.<
:•¦.;.'¦*.:
Os filhos de Loyola armados para a guerra
'
Contra o progresso e a luz entendem sobre a terra
'•WíC; ,í,' . ;„

Firmar a sancta regra: impor e dominar !


Urdem na escura sombra a tèa industriosa,
K como faz a aranha á incauta mariposa,
O povo em vasta rede intentam enlear.
Assim por todo o orbe a astuta Companhia
i-mprega o mesmo plano. A mesma hypocrisia
üistarça os actos seus, mascara-lhe as feições. *

Wo púlpito pregando exalta o despotismo!


Aconselha no lar néscio servilismo,
b ulmina a independência ao som de maldições.
'. ¦ ¦¦..¦¦•
'';¦. •'¦ ¦ ' ¦:.' ¦
. .' .¦:)-.¦'.'¦ ¦¦"..:¦ . ..;.-. „-
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¦ ¦¦. .¦,"¦¦ ¦¦ ..,''¦


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191
Si um déspota qualquer ao povo soberano
....
Em vez de ser-lhe guia, arvora-se em tyranno
Ahi o jesuíta exerce o seu poder.
Por instincto do mal a quanto é bom opprime;
Fazer de Roma arbítrio e da razão um crime
. ¦¦ Xx\xXXJ ¦ X--^y ¦

São a lei e a moral que faz prevalecer.


A pátria nao conhece. Errante em todo o mundo
Do Indico ao Pacifico, o seu olhar profundo
Avassalla Pariz, domina o Escurial, '
Entr'os povos fomenta as luctas fratricidas,
Sanctiflca o punhal dos próprios regicidas...
Mas corre espavorido ao gesto de PombalI...
Milícia de terror por entre escusos trilhos
Empolga ás pobres mães os innocentes filhos ¦

Só para envenenar as almas em botão.


'

.-¦'.' . .

Desde o materno seio até á rude eschola


As famílias divide, os corações isola
E faz um jesuita de cada cidadão!
A eschola! O ramo verde aonde os pobresinhos
Como bando fugaz Malogres passarinhos
Vão cândidos haurir do entendimento a luz
¦

Ahi o jesuita envolto na roupeta,


Espera-os no portal e a multidão inquieta %
Encerra numa jaula em nome de Jesus! ''¦'¦¦¦¦ 'i
¦ ¦ '
'"¦¦ '
¦ •

Jesus, o Nazareno! o Christo meigo e puro,


O amigo da infância, o núncio do futuro,
Das culpas e do erro o excelso Redemptor
Calumniado assim! Elle, o cordeiro branco,
O esteio da innocencia, o coração mais franco,
¦¦
¦

Que entre os homens pregou a sancta lei do amor!


. .,...¦ ij.,: X i' -'.'¦•¦¦:

Mentira! Elle não quer, o Deus da mocidade


Roubar ao tenro infante o ar, a liberdade,
A' flor o fresco orvalho, á natureza o sol!
Foi elle que chamou os louros peregrinos
E lhes disse sorrindo: « Oh! vinde, meus meninos,
Das novas gerações eu sou vivo arrebol! »
Mas o padre invertendo a fraternal doutrina,
Intolerante e mau mentindo á lei divina
t' "¦ X

Faz dum Deus de bondade um rancoroso Deus;


Sectário da oppressão e magister pedante

¦:¦
» .
¦¦
¦*_
¦

Muda o rosto infantil em pallido semblante, ....

Abafa no inferno o cântico dos céus!


Emquanto á tenra prole o espirito falsea, a
Entre as galas da corte audaz surge e campeã
' ' '

O li vido e sinistro agente clerical ..-.¦¦ r '


_.'•-¦¦;,
¦¦¦,¦¦. •

A sede d'ambição o mundo não sacia,


Si foge d'algum ponto expulso á luz do dia
Reapparece á noite o espectro" monacal,
Inimigo tenaz da cívica igualdade, (XX"
':¦
,
'. ¦
.';¦'¦¦ --*:': X^l

Um só poder acata: a velha auctoridade . .¦¦'.¦ v'-

Da ordem poderosa à qual se filiou^;


Emprega do artificio os rudes preconceitos, ' .1
**

A' consciência nega os foros e os direitos.


E os fructos da sciencia ousado excommungou!

XX'1-- -x''! ¦'¦•'' r \ t

' ' '-*-' ."•'--¦ '"':¦' '¦;•.:.'¦''¦ '!*» ' ' ¦''tí-.'.' '.''."'
\ yX _y-i: .'.¦';','''¦¦'¦, y'\yy ^' ,,
.•»'¦¦;¦, .y
¦¦-•¦¦¦ ¦„¦¦>;,,-- '
.::¦,,-:
.¦ ,., .:¦
. \

192
»

Por toda a parte o negro e frio missionário,


Envolve o pensamento em fúnebre sudario
E até do Greador a creacão maldiz;
Mas no dia em que o povo, emancipado e justo,
Zurzir os vendelhoes do sanctuario augusto
Ha de abater por fim a indomita cerviz!

Declaração.— Quando foram recebidas as noticias dos


acontecimentos que se deram no Pará e em Pernambuco
contra a maçonaria, o nosso illustre Gram-Mestre fez publi-
car em todas as folhas da Corte a seguinte declaração:
Por cartas que recebi de Pernambuco tive conhecimento de que alli se
pretende processar e punir, por supposto crime do desobediência, a quan-
tos, comprehendendo a illegahdade e desacerto do procedimento do Sr. bispo
daquella diocese, e zelando a sua dignidade, nao se prestaram a obede-
cer aos desmandos praticados.
Si tal se verificar, o que me custa a crer, não pela timidez dos obse-
cados reactores, mas pela gravidade das conseqnencias que podem surgir,
caberá ao governo do imperador toda a responsabilidade pelos desastres
quasi inevitáveis que hão de seg[uir-se a essa louca tentativa de barbari-
sação politica e social e a esse intolerante espirito de perseguição.
,-v-' ,:Z-J;-Z'>~ ,
Pela minha parte direi aos meus comprovincianos, aos meus amigos,
e a todos aquelles com quem me acho ligado pelos laços da confrater-
nidade maconica, que na lei criminal que nos rege está consagrado o prin-
cipio de resistência a quaesquer ordens illegaes, e que ella sujeita os que
as cumprem ou lhes obedecem ás mesmas penas inflingidas aos que as
expedem.
Não devemos, nem podemos submetter-nos aos caprichos de quem quer
que seja.
yy.y:V -í''.- Na provincia do Pará, do mesmo modo que na de Pernambuco, já
- ¦'.¦¦"¦¦¦'.

se levantou também, em nome de Ghnsto, o brado feroz de —mata por-


TUGUEZ — MATA MAÇON !
O respectivo bispo dessa diocese applaude e anima ao seu collega a
VÍ ' • ;.
'¦¦¦''
Z .'.' ZZ": [
proseguir na cruzada do exterminio contra os maçons, e attribuindo a
¦'.'.'
-'
¦•
( existência dessa sociedade á influencia e á adhesao dos cidadãos portu-
, ! > . ,. t... .

guezes, domiciliados entre nós, açula contra elles a cólera satânica dos
apaniguados das sachristias.
A propaganda clerical reaccionaria, que procura assim tornar odiosa
a própria religião do Martyr do Golgotha, ha de errar o seu alvo. Nesta
questão não ha portuguezes, nem brasileiros : ha christãos que prezam e
honram a sua crença religiosa, máu grado a deshonra que sobre ella
fazem resaltar os modernos sycophantas, ha homens livres e dignos que
não ¦ estão dispostos a abdicar e a renegar nem da sua fé, nem da sua
dignidade, nem do seu direito.
v£ *esjste,ncia ha de ser commum e universal. A bandeira uma só —
a liberdade de consciência, contra os fanáticos sacerdotes da ignorância
e do bezerro de ouro.
Prezo-me de ser christão, como me prezo de ser maçon. Declaro-me,
pois, solidário com os perseguidos.
Rio, 23 de Fevereiro de 1873.
Joaquim Saldanha Marinho.

Monte-Pio Maconico.— Na secçao official publicamos


o nrojecto de Monte-Pio Maconico e para elle chamamos a
mais desvelada atténçao de todas as lojas da obediência e
de todos os maçons.
Em assumpto de tao magna importância, e
que a todos
y
¦ ¦
:..¦¦ :¦

¦ ¦¦

-193-

interessa vivamente, é indispensável o concurso das luzes


de uns e da experiência de todos.
Para facilitar, pois, o estudo, além da publicação no
Boletim, mandamos fazer tiragem em avulso que será lar-
gamente distribuída.
-.¦Vi '.'::'¦' ¦ ' ',. ¦ . ¦

' '
É

Decreto Modelo.— O decreto n. 18, de 21 de dezembro


ultimo, do recem-nado Oriente do Lavradio, prohibe o ingresso
nos templos do respectivo edifício, como visitantes, aos membros do
circulo dissidente dos Bénedictinos.
Se os «dissidentes dos Bénedictinos», a que se refere o
decreto, sao os membros do circulo do Grande Oriente Unido,
cumpre-nos declarar que elles tem sobeja commiseraçao dos
documentos.
q ue dao de si tao tristes e desgraçadosaudaz
A maçonaria do Lavradio, ante a e atrevida per-
seguicao últramontana, que igualmente a ha de ferir, surda
ao clamor das victimas, nao tem senão um grito de raiva
contra seus próprios irmãos #
Continuae. Deus e o futuro nos julgarão.
i
V

Acç&o humanitária.—Noticia o Liberal do Pará,louvor que


João Baptista Machado Janahu, deu, em honra e
da maçonaria brazileira, liberdade â sua escrava Raymunda.
*
A doutrina condemnada pelos bispos ultramontanos
produz estes benéficos resultados !
Boletim do intitulado Grande Oriente do Brazil.— em
Sob o titulo A maçonaria unida no bra&il tem apparecido
uma publicação mensal, que por ahi se intitula maconica,
alguns artigos que encerram falsidades sem numero e inju-o
rias de tal jaez que nao nos foi possivel consentire que
articulista atassalhasse impunemente a reputação probi-
dade de alguns de nossos irmãos. <
Um destes, reconhecido e respeitado universalmente por
sua modéstia e inteireza de caracter, foi obrigado a protestar sem
contra as asquerosas invenções contidas no referido jornal,
ter a pretencao de fazer monopólio, nem de critério,do nem de
Lavra-
dignidade. Apenas quiz fazer sentir que no edifício
dio havia indivíduos tao faltos daquellas qualidades que,
afrontando o mais trivial decoro, ousavam faltar à verdade
com a mais notável impudencia, na esperança talvez de
conquistarem uma falsa opinião.
O articulista, que nao podemos considerar como adver-
sario, foi provocado a demonstrar com responsabilidade
própria a verdade de suas asserçoes, que nenhuma relação
tem com a nossa 0*dem, porquanto cifram-se em mvecti- ti-
vas pessoaes e aleivosias infamantes. Julgávamos que
vesse a coragem dos seus actos; mas nao ergueu a luva e
continuar a converter um Boletim, creado em outras
preferiu
' -... '/.' "., "'
.:¦''. .*' ¦ ,¦ i . ''.¦'..' .:¦¦ ¦•'¦¦ ¦¦' ¦'.'•'¦. --'J'-< -Z. , ¦ .V ¦.:

HMHríiíílill
i

194

nobres empenhos, em orgao de diffamaçao, escon-


eras para deprimir
dendíse atraz de duas iniciaes para personah-
dades e elaborar uma algaravia de enredos, onde só poupa
ao seu ffram-mestre. O que devíamos fazer em face de tal
Lastimar o maçon que avilta a sua missão e arre-
recusa? em hça com
TTender-nos de haver tido a idéia de entrar e insultos, em
quem actfumula por tal forma diatribes que
odiento despeito por nao poder destruir os factos e
seu cego e
anrumentos por nós formulados, pela paixão pela
inveia, fere desatinadamente, nao só os que elle considera
\ seus adversários, como os dignitarios do seu circulo, os
collegas de redacçao e até a si mesmo !vota C. B. nao
E' tal o rancor entranhado que nos que
escaparam â analyse os gestos, menejos, interdições e
lhe do
Dhrases que elle imaginou proferidas pelo gram-mestre
Grande Oriente Unido, e pelos que o acompanharam na
celebração da união maçonica, a que elle denomina em cada
periodo*de seu libello, de ominoso drama. tenham sido todas
Que importa que suas sediças accusaçoes fornecidas tes-
destruídas e pulverisadas, com provas pelo
temunho de seus próprios companheiros? Vaifórma seguindo
sempre avante, repetindo a mesma cousa por mais
ou inenos variada, para ter as honras de escnptor e me-
recer elogios do seu idolo na representação do seu desven-
turado papel. . ,x nas
Sem rumo certo, cada um dos redactores desentoa as
suas verrinas, sendo apenas solidários, quando ornam
paginas desse celeberrimo pamphleto de baldões, e offerecem
o triste espectaculo de mimosearem-se com epithetos af-
frontosos. ' .
— A febre das paixões torna-se as vezes contagiosa, e
como a scentelha electrica communica-se rapidamente de
um indivíduo a outro. Então acontece que alguns, ceden-
do ao impulso do egoismo, deixam-se arrastar por uma
espécie de fraqueza, que a sociedade de bom grado lhes
perdoa: é a opinião elevada que fazem deVelleidade seu próprio me-
rito para serem admirados e elogiados. pueril,
que a ninguém prejudica e só provoca o riso dos que nao
confundem orgulho com vaidade t %
. E' assim que o auctor do artigo Os homens dos Benedictinos,
usando, como os seus collegas, do attaque directo, comba-
tendo intenções que phantasia e nao idéias, invectivando
sempre, aproveita habilmente a opport unidade para narrar
um episódio de sua vida maçonica, justificar e até endeosar
o perjúrio e finalmente elevar-se á altura do orgulho que
a si mesmo inspiram os seus escriptos. Pouco faltou para
que à Pedra Bruta em um transporte de enthusiasmo ex-
clamasse como Horacio: ;
Sublimi feriam sidera vértice.
•¦¦¦;.'.'-.
:

- 195 -

A posteridade lhe elevará um monumento de gloria;


mas permitta-nos, que imitando o seu amor ás trecho citações,
de
concluamos a polemica que encetou com este
La Bruyère: . .
„faisant . . ., .
« Le monde est plein de gens qui, mteneure-
« ment et par habitude Ia comparaison d'eux-mêmes avec
« les autres, décident toujours en faveur de leur propre
<( mérite, et agissent en conséquence. _¦ a
— Continuem os nossos contendcres a abusar da liberdade
de imprensa para desacreditarem a instituição maconica, e
a derramar no ouvido dos ingênuos mil embustes para con-
seguirem os seus fins. Os que nos estudam e observam
coraprehenderam ha muito que nao ha resposta possível a apre-
ciacoes que nascem da cólera, do orgulho e da vaidade.
Damos por finda a discussão e como maçons lhes perdoamos
as injurias. <*> . a
O futuro será o nosso juiz e talvez nao esteja longe chefes
:'.'¦'..:
'

epocha em que os iliudidos serão abandonados pelos


da occasiao, quando os ventos bonançosos nao soprarem
mais do lado de quem lhes fornece tanta coragem, impa-
videz e arreganho.
A familia do Papa.— Pareceram-nos dignas de serem ar-
chivadas neste Boletim, como um documento histórico, as se-
revelações communicadas por um dos maiores ora-
guintes
dores dos tempos modernos, o nosso illustre irmão Emílio .

Castelar, a um jornal de Buenos-Ayres.


Ei-las :
Ha hem poucos mezes ainda, a expectativa imminente de grandes mudanças euro-
fundava-se na morte próxima e na agonia do ancião
peas dirige a /Ilustretramava
alleman
o papa Pio IX. O astucioso estadista que política
conjurações internacionaes para conseguir que o próximo conclave nomeasse
absolutamente contrario á companhia de: Jesus.. EIo papa vive
um papa
no seu esplendido cárcere do Vaticano; nao havendo symptoma algum que
denuncie a proximidade da sua morte. a*La*
Agora morreu seu irmão mais velho, em idade muito avançada, o conde -.
¦'"¦¦¦¦'*¦

aSp?o com
IX desde que subiu ao solio pontiticio poucas relações conserva •!>*/

os seus parente.s Uma só vez foi á casa de seusas bênçãos pais,_entrou e «omeu na
meza consagrada por bênçãos mais efficazes que pontifícias, pelas
ben *

A°^fcauaseaSs se deve attribuir este retrahimento dedo converter papa. A primeira ¦

é o horror que tem ao nepotismo, antigo vicio papal a thiara


de S. Pedro em patrimônio dos amigos e parentes. *;,&&&
todas as paginas
Effectivamente os annaes de Roma estão prenhes em
de tristes exemplos desta classe. Sixto IV renovou
.
os a^M>*
crimes
Durante o grande período do renascimento, venceu a todos os seus
da Roma pagan, por seu filho Cezar Borgia, que irmãos, arrojados uns ás
competidora entrando neste numero seus próprios
agoas do Tibre e outros apunhalados nos próprios paços d? pontífice. .
Paulo IV comprometteu Roma na guerra com Felippe II, de Hespanha,
suerra aue podia trazer grandes conseqüências sob a tudo direcçao do duque ae
• ffi, nâ menos feroz que o condestavel Bourbon, pelo interesse da

'
¦
- 196 -
da cidade eterna.
fomiii«. dos Earnesios. O nepotismo foi a lepra gangrenosa

f&a^TOTr&a eschola liber.1 e Sto.


e*Sl VK
imbnidlní esta educação, quando na adoles-
SiSrlu^Sdestóentia
O papa ja mosJir™ ^"l«" dM armas e a freauencia da maçonaria mesmo
cençia se entregou ^fg^^mm^^»S^
Desae que suoi converter-se f Promu1'
na idade ^^dura. em
até ^adormecida o*> dos
ÇBáWtíJSpwíSiSKtaJ
P°VMas se arrependeu e a historia ha de contal-o enge
Pio IX bem depressa da dade média.
m nanas me mais vivamente retrocederam para o espirito
esse espirito chegasse até á sua família, mas nao
PaSaStuíS que
Chegn«' A sua philosophia não
Ma«taí conservam-se liberaes e philosophos. immortalidade da alma.
é no? certo do SmoTm dulcissimas esperanças da
é a do século passado, inimiga urada do Christo s muito
APsua nStesophia ridículas as ceremonias do culto,
ma da sua ?Sa; que tomava por praticas
»" íffSrS saerameatos da igreja, nem
SSSSrSSUfSÍMfSaB
" *Çft£."S até seahora, mais seasiveis e
SÊSEffiW* ?a,
te^mrrK"o SSSuTgSSameny aos do eonde
M^,%fe moderna
ton^q^^Snsfonoada a consciência ?
«M^JSSStoSWo papa se manifestam idéas tão revolucionárias
— Emilío Castelar.
no Natal,
A luz.— Com este titulo acaba de publicar-sededicado
do Rio Grande do Norte, um jornal a
provincia
causa da maçonaria.
A reaccao religiosa, imprudentemente agitada no adver-
paiz,
vai felizmente encontrando por toda a parte valentes
sarios que hao de conseguir avassala-la. cri-
A folha de que ora damos noticia é redigida com \inte
terio e talento, publicada sob os auspícios da loja
e um de Março, e distribue-se grátis.
Endereçamos
'lucta, os merecidos encomios aos nossos compa-
nheiros de e como prova de adhesão aos principios
por que propugnam, para: aqui trasladamos o artigo inicial
da folha referida. Ei-lo ¦¦»¦¦¦¦

Um brado de justa indignação se levanta hoje em todos os ângulos


do império contra os jesuitas, que expellidos da Europa, pretendem assen-
tar no Brazil seus arraiaes, e nelle firmar o dominio do obscurantismo
n Aq gAvvilismo
A nossa diocese está infestada desses homens de psnsamentos tão
¦¦¦

negros, como negras são as vestes que trajam, desses mensageiros do


mal, que tendo á sua frente um bispo inexperiente e precipitado, ousaram
affrontar a opinião publica que os repelle, e atirar uma luva acintosa a
maçonaria, que elles com razão reputam uma poderosa alavanca da civi-
lisàção e do progresso, e por conseguinte um grande e talvez o maior
obstáculo á realisação de seus tenebrosos planos.
Uma lucta de vida e de morte se acha pois empenhada entre os após-
tolos 'da verdade e essa hydra de mil cabeças que, como em todos os
e matar os mais nobres ím-
tempos, procura hoje suffocar a luz da razão "das
pulsos do coração; porque o seu remado é o trevas e da subserviência.
'
¦'¦.'.'¦;'¦' ' ""
¦
¦
. ,

- 197 -

A canital de Pernambuco foi o Po ponto especialmente escolhido para


reduttoTmaldade e™ Sr. D. Vital g^:^g»^?SaS
em^sua lhe W^Mga .;

interdicções, suspensões, e tudo quantoseus J^rtigem


directo^£%fe^^a^agf
ginação escandecída, ou lhe suggerem
In todos os tempos a sua dominação o sobre os destroços da humanidade, .-¦ .. .

talvez reproduzir no Brazil S. Barthotomeu <ta França.


quererão que em ^xonjunç
A maçonaria de Pernambuco tomou a attitude. imponente como um só
H,vno íbP niimnria. tomar e o povo ergueu-se dos poderes
ho nem contrT?rdes°variors do°s2 bispo £ tendo reclamado
do estado a expulsão dos jesuitas, resoluto aguarda a desuno.
Entretanto o Sr. bispo, tenaz em seus caprichos, brioso ^a^. Recife, con
tencia enérgica e inesperada que lheoppôzo P°ftvo^o
de desatinos de que nao ha exemplo em nosso8 dias,
tinúa em uma serie Deus que
chamando desta arte sobre si a animadversao degeral: ^WJ
sua obstinação ¦
^ q Fv yioa fpnlin bom cedo de arrepender-se
Em face detoes acontecimentos, os maçons desta provincia não podiam
emprehende
deixaidí tomar ^rtHessa cruzaaa que o espirito de satanaz
acquiesçençia aos
^^uTll^ «orno bispo, menos como indiíferon-
actos vToíentosTa&abiliarios do Sr. pelo
tÍSffi\stirioisd%?ofestaendo vez contra as iniquidades praticadas
poísSa
P^taí ^Sfblpoâtas conselheiros, que ousam polluir a
oefo^&r^ como escarneo, em auxilio
Feliríão do dS Martyr, invocando-a que por -A Luz-
e
de sui malversações planos ambiciosos, resolveram publicar
de nossos sentimentos.
qaue será o interpretetitulo
Um semelhante nenhuma idéa pretenciosa involve. e os embus-
O seu fim é combater a hypocrisia, a ambição, a avareza
tes dos jesuitas; mostrar que"as doutrinas «o^^l(m|e^y^^
pm antaaonismo com as de Jesus Christo, como elles e o br. bispo pretendem
fSeracSTantesTom ellas perfeitamente ^^^^J^1^

admS oíírÔstmlírSl Uno! ,UI.'l.K* a «Mg< maçonaria e


no Brazil existir a luta entre
conserval-o senão eníquanto
° JeSfcS£:
caminho que temos de percorrercontasó «£3^™^^^ aggressao a
humanidade; e isso não levaremos em qualquer
por
nossa individualidade. - .si o ^^^i^.,,
conseguirmos.
E' este o nosso propósito seremos contentes

O Pelicano. — Fomos obsequiados com os ns. 62 a 74


desta importante folha do Pará consagrada à defeza da
Ordem Maconica. „ ,
Na renhida polemica que sustenta desde a sua tunda- no
çao com a Boa Nova. orgao do marechal do jesuitismo daquella dio-
Brazil, o Sr. D. Antônio de Macedo, bispo
cese, tem sabido manter-se sempre na esphera elevada dos
sãos principios e da cortezia que nao exclue o grito da
indignação. ,. ... , .,
A folha adversa, fiel aos tradicionaes princípios da seita
e de calum-
de que é representante, segue rumo diverso, distribuir
nia em calumnia chegou ao extremo de fazer por "";;,.'-.. -s'\

mao do próprio administrador um ímmundo pasquim con-


¦ '.À1 ['¦'¦¦

citando as iras populares contra os portuguezes que sao


' .-^
macons!
* ' . ,. .
A severa e nobre condemnaçao do Pelicano contra tao "'"¦" *
- 193 -

nossos mais'sinceros votos.


#t
obsequiosidade da illustre. re-
* vJJdJDevemos â

anní; x- <.n o atiflivQflr oom


com sciencia e consciência os de-
Continua a anaiysar ^.1C"^J^ j :,»„*,«, ap pprnam-

^^nS*1%2? agradecendo as benevola^palavras


«.Y* fnmncs honrados no numero 20, e que em seguma
#

de 4À
de chamar a attençao
Ssc^veZsf nao cessaremos
ST/maps para este importante penodico.
i *

"«eVonté»,
como por diversos arfcgos
SdidaPctícordos
ÍÇffSSJfeé?'deqaotSf
qu|s fSb^lS^&ri^ achando-se hoje ni-
O ^^J^^Sà^S^^y^ mais a redacção, que muito se
zelo e gosto com que dosem-
KreledyrénSs^soíieitude,

o~À*§0*bispo desta diocese


SF&tfS1&C^
aos'maçons e ás irmandades. documentos officiaes relativos
KBPtascas, eTa impreosa desiateressada
i iJTeTspSJ™
!GrandeSfe^^^ím^efS: »f
Oriente ^o^possuii £» bra*ileira•¦ e constitúe a historia offi-
em SiWJSi com as sociedades aacional e
STorcta
6StrSSStea
redacção os nossos mais cordiaes emboras.

da loja Tolerância. - Esta officina, recente-


Boletim Alegre, do
mente Sada no oriente de Porto província
do Sul, sob os auspícios do Grande Oriente
r'o yande encetar a de um
Unido do Brazil, acaba de publicação_
destinado à vulgansaçao dos seus trabalhos
K mensal tenta ™P no paiz
e a combater o jesuitismo que JJ^
á vista o numero relativo ao mez de
Temos primeiro e um bem persado
Fevereiro contendo o Manifesto da loja
artigo com o titulo A Maçonaria e o jesuitismo.
- 199 -

*Tn Manifesto exoõe a loia Tolerância, em linguagem cortez


a^LTÍZ íraode copia de documentos irrefragaveis,
6 victima a boa fé dos seus obreiros
pv&o de que foi ae separaram da loja
quando na ma?s complSa harmonia ',*!".:-

B lafestCtt^eSrao seu M*
e longa carreira.
prospera
#
< i

do,rnr^^«rmrnlvioK ffiraüK
Ca o?mtons
^XW^^^SS sancta crença.
vez os affervoVa niais na sua
tildamos
Saudámosia a nova
nu officina Aurora.
DWÍncia imitando o nobre e inde-
— As lojas desta F™UV?' b mandaram pu-

da Si^^.filllS^
da
raUitúdeTe3 ^&£HS presença perseguição
ÍeS" veriflcou-se no dia 26 de Janeiro^
A limeira reuniSo muitos maçons que re
sendo imensamente concorrida por

W5S.W5 ^odeaiS?po ob-


feSt
da reunião nos seguintes termos:
jX
crescido „™ero djh-fc.1 «^toao
Rogosijo-me de ver a,ui tao ob&ggg ua ^
livel de que a lucta a^ersegugu,e ^

&,? i?»SiS,*!K?^ R eza' c om """


ribundos traduz paroxjsmos. resolução da desesperança,
e nove.vigor,.seja
Mas, seja nova seivacomo iu Q pontü d g
nunca, agW|«|
elles ahi estão furiosos atacavam-nos mentiras, mas nao
com calummas ft ninguem
nossos dias. Rosnavam, "g,Xí&W««i
desceram, como agora, ao não man-
maçon; nem peduam ao ¦'¦¦'.

&reS?;d^offinasentaag»STor^
de vida contra osft™a^s
gg?vemoeumha segít?o
tudo isto, e o mais ^V^cXsTpreciso premunirmo-nos
Hoje
^se deve.rpe»-
po^l^rSrro^T^^a,
881 sido menos impm- .¦¦:¦¦¦¦..
¦
•:, ¦
.''¦¦/:¦:\, ..¦•,¦

fflicesaao, comqoanto tenha


ar°4to qTf
¦ ¦' ~v

- 200 —

UriWojfájjjjj «g «f*
tem
dente <,ne os outros sectários os
srfifgftJfaa sssrSATaí. si •—«.. «*
de Pernambuco. ,

^SSi?ip^« ar.
Cumpre esperaUo, já prep"gJJJt^

exclusivo, das aggressoei da seita


mma nasceu na respeitável

yez
obf cto principal,

¦"SM das saas dioceses, sem licença;


Kp^saStwspos
e o governo cala-se. „ - u d Constituição, os bispos
sem o VUc«; e o governo
teSTorSTplSrommrhoTpalaes.
*
t
<S 5£ e , seus não se canja.>Jk^pelo^e^So
imperador do Brazil a quemlem» u0 aconselhar
O próprio
governo os
$êk £^«^Se
?ons°dere mais8respeitadores da ™narchiado que ggJJSJ- governo os

P Ss o eovernO ou é indifferente, ou tem medo. Pornftm.

'"^^o^rr^TnjrSmos, e oppor aos farores da seita as


f^liberredrSo°lve°Í!?nesta ou em outra reunião, como vos aconselhar
assumpto. nc«aitear ou profa-
a Pprudência e a grandeza domostrar
Em todo caso, importa que ja nao èfácilassa^^earmf Xques
maçons estão
nar os nossos templos; quetorJS necessário
como , e ^Pf^gJ^^La
qu^ a ma,^ q
dp mialfluer gênero e

bir hoje em pleno século XIX.


ilvf laf SlSaçáo e menos subserviência ás fallas de^embus-
¦ teiroí BoüpsÓB - melhores idéas da maçonaria, e reconhecimento aos seus
hpnpfirios de todos os dias, que o povo testemunha fo^Sitó
£ reis desillusão e vergonha de terem sido por tanto tempo joguete
e tiSeVdemthosos farcista°s, que zombavam #$pM^
desmoronamento total, a força de excessos e ue
de
No poder clerical,
abUESa evangelho e á humanidade) abi anda
inquisição (insulto atroz ao o
esse aborto monstruoso, aos empurrões 1 Os reis a empurram para
os reis 1 Ninguém quer, mais, a honia de
clero- e o clero a regeita para
ter accendido as fogueiras que assaram os homens paraconve.rtel-os no eclypseaa
O século XK, emflm, restabeleceu os papeis, a serva geados
da A razão
meia-idade: a thèologia desceu de senhora philosophia.
emancipou-se, e hoje dirige e regula a fe.
Meus irmãos! Constância, União e Força!

Em seguida o irmão Dr. Assiz formulou as theses sobre


1 deveria versar a discussão, na qual tomaram parte os
que
irmãos Ferreira da Cruz, Dr. Samuel, Jorge Sobrinho e
padre Eutychio.
'
¦ ¦
¦ ¦ -
.

-201-
*
*

Encerrada a discussão resolveu-se: nuu»ÀA attituae



1 Felicitar a maçonaria pernambucana pela
se houve ante o attentado praticado con-
h)nro'sa com que .,
tra ella pelo respectivo diocesano; . ...,, o
commissão â qual foi commet ido
2.» Nomear Ímã baseada na ei, no
pncaríro de formular uma representação, aos
direTtS, na moral e na razão, afim de ser endereçada
poderes° do Estado;
3 Publicar os quadros de todas as lojas.os ,irmãos
Para a commissão referida foram nomeados Eutycnio, ca-
Drs. Malcher, Juhão, Samuel, Âssiz, padre
pitao Queiroz e Ferreira da Cruz. t^v^-pí™
A secunda reunião effectuou-se no dia irmão 2 de Fevereiro,
a pedido do delegado,
sendo iSmente presidida, da 1*/»£$»B*S
pelo irS Dr. AsL, veneravel e
dade, e servindo de secretários os irmãos Jorge,Sob.mho
D' numerosa do que na
ACconcuScia foi ainda mais
primeira reunião, e tão selecta como naquella.
P a acta da reunião de 26 de Janeiro, foram
Aprovada as bases da repre-
deooisPPde breve discussão, acceitas
a allndimos, e na qual se espectAca^o
Seio que ja. o diocesano, o desregra
os abusos que ali tem praticado con-
mento da lin-uagem de alguns padres no púlpito,
Sutdopor&rcr aos representantes da ™«^
o mal raiz, é a revogação ao
mais fácil de cortar pela ¦

art 5 ° da Constituição. . . asB,: *

Foram outrosim approvadas as seguintes propôs se no-


Do Irmão Dr. Couto de Magalhães aspara, que
assignaturas da
meassem commissões afim de obterem
'TeprDoenS'' Fonseca se consigne um
J. J. da para que
voto de louvor â redacçao do Micam pela maneira por que
do e do honesto, defender os
tem sabido, no terreno justo
••
direitos da maçonaria; se de um .voto de
Do irmão í). Vicente Ruiz para que Samuel modo
louvír à™i?maos Miguel Carvalho e Dr. pelo
-' V ¦< ' 7 . >"

distineto porque discutiram o parecer; o irmão delegado, , em


Do irmão Tocantins para que Grande Oriente Unido
nome do povo maconico, sollicite do
todo o seu apoio em favor da representação; veneravel da loja tfar-
Do irmão Bernardo de Oliveira,
a reunião se assignalasse,
monia e Paternidade, para . que. este effeito o
circulando para
por um acto humanitário
tronco da beneficência profana. foian^^P entregue »n
ao irmão

Effectivamente a somma obtida da Associação Philan
Dr. Samuel Mac-Dowell, presidente com ella libertou
tropica de Emacipaçao de Escravos, que
o escravo José. . ',

y-.¦', ... ^ yyy\:yy^


'¦'.¦¦
¦

'•'¦ '"'ZZíZ'- ¦'. ::'t'.'.M


202

digno, remate a <"£ "J™J° de


Este foi na verdade e de malfeitores.
homens que sao accusados de ímpios
com prazer que nesta
Maçonaria Maranhense.-Vemos religiosa, o
urovKnio sTha manifestado a intolerância
do diocesano e
Sue abona a sisudez e a illustraçao prelado
mesmo doeram-se os nossos irmãos do Ma-
MasCpor°'isso um genuíno
ranhao
rr~iantqe de q ue na provincia de Pernambuco
da execrada seita jesuitica seguisse diverso
costumados a acatar e a res-
caminho daquelle que estão
PeÍtNeste algumas lojas endereçar às
intuito resolveram adhesão
suas co-irmans de Pernambuco um voto de pelo
brilhante mantiveram o decoro da
modo digno e porque
nOSSOs°macrSns assim recebendo todos
,*«£.. X:
"
,:•
de Pernambuco estão
'
os homens de bem ei dei coração
os dias os*applausos que nobremente o
nao recusam jamais aos que sabem cumprir
seu dever.
Maçonaria Pernambucana. — E' de todo o ponto ex-
o augmento das lojas desta ím-
Mi.'
traordinario
•portante provincia. progressivo
As iniciações e filiações crescem em proporção pelo menos
igual â dos desatinos d°o respectivo diocesano. era li-
A perseguição 'frei tem produzido os resultados que
Vital deve estar hoje convencido de que
. j

cito esperar, e
a maçonaria nao treme nem vacilla ante as ameaças dos que
desconhecendo a sua missão nullificam a sua própria au-
ctoridade.
— Verificou-se no dia 28 de Janeiro a entrega ao pre-
sidente da provincia da representação contra os abusos
praticados pelo bispo diocesano e pedindo a expulsão dos
jesuítas.
Mais de quatro mil pessoas acompanharam a commis-
sao composta dos irmãos Drs. Ayres Gama, Costa Ribeiro,
»Symphronio Coutinho, Franco de Sá, José Marianno, Mala-
quias e Franklin Tavora.
O prestito, todo de caracter festivo, e como si tora
uma solemnidade nacional, foi acompanhado por três ban-
das de musica.
No acto de entregar a representação, proferiu o irmão
Dr. Franklin Tavora, relator da commissão, o seguinte
1
discurso :
Viemos em commissão depor nas mãos de V. Exc. a representação
em que a maçonaria e 4,534 habitantes do Recife impetram do governo
geraL providencias contra os abusos do bispo desta diocese, e pedem se-
jam expulsos da provincia os jesuitas.
203

direito,o m «»JaSrUueal'^o!,SO"
E. „ salutar 179
&

pelo art. XXX da «^^SSSria,


§ a m* q/al ô
bgarantido uma » .
Para associação PW»»ca, generob» das suas he-
^S^v^^^SS^
conaria. e para um povo o povo pernambnsano, o «"urso por excellen-
Soicas tradições, qual ;é e cdesafino e.o **Wg^ão a
cia contra a prepotência a Pe"u{^ vrdadee 0 tumulto,
Pôde V. Exc. crer que nao queremos como condição
desorganisação e a vertigem-, smm^Bl a lei e o direito sem so-
de suprema harmonia na sociedade os^JXespoutiw constituídos gyrando den-
bresalto e sem assombro, queremos

bem. Não disfarcemos a crise; eU* éJStodos da cidade fechados e.


Estamos ameaçados de 'f.^íffJe diwiS imprescriptiveis, fieis
delles expulsos, depois de dinheiro,
i?»S4 esfoicô?
esforços e
f sac
sacrSos erigiram esses
^
fervorosos que com o seumantiveram digno e pomp em honra
\

templos, e sempre nelles

Ltos e pela civilisação extemporânea soberan08, um, o legitimo


de obe^re* Vo-oo papa-, facto d& im-
\ Estamos ameaçadosoutro pap este que
imperante nacional, e um g0,
negação ^ranÇiro
to^arfl^a3mf reconhece
pokaria a .de soberania que a ^E
nossa constituição
Qg podem
berania nacional, única ao
«2*~ dos a8greS80res•
ata ÜSTaSüTüSS ÍT5S'
limites em que ate^ se teemj remedio
rão dentro dos dos compet ia e a
sem duvida por esperar-se Píeres a m nQg população
determinaram certos
São estes os motivos queconstitucional que aqu^ j t
a lançar mão do recurso insUtm.
i fyhkif, "±-

-4
estar, e só desolação e ruínas.
Viva o presidente da província!
Viva o povo pernambucano 1
Viva a religião cathohca!
Viva a maçonaria!

o da provinci3 vivas
Terminou o acto dando amigos presidente
da ordem, a religião
ao povo pernambucano, aos
d° "razão Verdade, o, di» de Ja-
Com acrescenta A qne .28
destinado a marcar na **£*£*£
neirode Wi"está de magno alcance e de
viicia de Pernambuco uma data ,'X< >.

profira significa^ d «
náufragos do vapor Ene, ^
devemos ¦

auxiliaram os maçons

da Verdade, contando centenas: deas-


WicenfiaLZ maçonica, constitmndo uma
soe" ados? acaba de declarar-se .
¦ X ¦

;¦.-.'>..
- 204 —
/

loja com o titulo tinha e sob a obediência do Grande


que já
Oriente Unido do Brazil. ¦,'.;. • •, convidou ., •
a
O delegado do Gram-mestre da Ordem
todos os maçons de Pernambuco para uma missa que mandou
celebrar no dia 15 de Fevereiro em sufrágio da alma do
chorado bispo de Pernambuco, antecessor de frei Vital.
A redaccao da Verdade para solemnisar a prolnbiçao
sub-qravi de frei Vital distribuiu grátis três mil exemplares com
os leu com avidez, sem se importar
pelo povo, que
a excommunhao.
Maçonaria Bahiana. — As lojas da provincia da Bahia
nao podiam deixar de exprimir os seus sentimentos na
agitada pelo bispo de Olinda. Bem que o metro-
questão
politano pareça ser um dos poucos com prelados que procuram
os dogmas da reli-
harmenisar a* paz e a tolerância
riao, e os maçons bahianos tenham estado até hoje livres
ias perseguições dos emissários do summo pontifice, to-

davia a fraternidade maconica * inspirou ás lojas da Bahia


a acompanharem ás de Pernambuco no protesto apresen-
tado aos poderes do estado contra a pretenção que mani-
festam os bispos reaccionarios e especialmente o de Per-
nambuco, de subordinar a terra do Cruzeiro ao dominio
da seita jesuitica.
Houve duas reuniões solemnes do povo maconico no
templo da loja Fidelidade e Beneficência, verificando-se a pri-
meira na noite de 21 de Fevereiro com o concurso de mais
de 400 irmãos, sob a presidência do irmão José Jacintho
Rodrigues Teixeira, o qual em breves e eloqüentes phrases
expôz o fim da reunião.
Usaram da palavra successivamente os irmãos Dr. Aris-
tides Zama, Dr. Guilherme Rebello, Dr. Fructuoso Pinto.
Ildefonso da Cunha e Apollinario Fernandes.
Encerrada a discussão, a assembléa tomou as seguintes
deliberações:
W l.a Dirigir uma felicitação * ás lojas de Pernambuco pela
energiagia com que se tem opposto ás affgressoes de frei
Vital.
2.a Nomear uma commissão incymbida de redigir a fe-
licitação, bem como uma representação aos poderes do es-
3.» Publicar o quadro dos obreiros de todas as offi-
cinas.
4." Combater com todas as forças o jesuitismo encarnado
nas irmandades dos padres lazaristas, irmans da caridade
e outras.
Foram nomeados para membros da referida commissão
os irmãos Dr. Aristides Zama, Dr. Guilherme Rebello e
brigadeiro Faria Rocha.
»

205

o tronco de beneficência que produziu a me-


Gyrou
dalha de 372*800. irmão ne. vene
A segunda reunião, ainda presidida pelo a Oi ae
ravel da officina Fidelidade e Beneficência, realisou-se
Marco em presença de mais de 300 maçons. foi lida a
>
ie
Approvada a acta da primeira reunião,
licitação e unanimemente applaudida. a ^atm*'nonn
Em seguida foi posta em discussão ^esen^acao,
irmãos; Drs
depois de sua leitura, usando da palavra os
Zama, Garcia, Alvares dos Santos, Fructuoso,^sse e osirma°s
e Ildefonso. Resolveu-se que ella impressa
Apollinario commsao de
nos jornaes da Bahia e remettida a uma
três irmãos deputados para apresental-a e defendel-a. foi encer
Depois de circular o tronco de beneficência,
retirando-se todos os maçons presente^ na
rada a sessão,
mais perfeita cordialidade e harmonia. saúda,
Honra aos nossos irmãos da Bahia, aos quaes
ineffavel estreita umao e fraterni-
mos com prazer pela nessa emergência, em
dade de que souberam dar provas
legitima deve ser uma e única na susten-
que a maçonaria
*sua
* — de
tacao nobre causa, .,..„•..temft8anta(1ft h„„.
Das-
A loia Abrigo da Humanidade apresentado
seus trabalhos, celebrando sessões ma-
tante animação nos e de »**»
afluência de operários .
gnas com grande de 28 de Fevereiro e de 7 de
visitantes. Nas sessões
Marco foram lidas e approvadas, depois das .^dicancms
iniciação , sendo
respectivas, vinte e cinco propostas para todas
a 17 do ultimo mez jâ iniciados seis profanos com
as formalidades lithurgicas. S

Matoonaria Catharinense.-A loja fundar Rfner^±'^^


do Desterro, acaba de uma eschola
nense, ao oriente
nocturna gratuita para adultos livres e captivos. idéa, eis como
ApplaSdindo a realisaçao de tao generosa
daquella capital, se exprime a este
a Regeneração, jornal
respeito: • ; '

cnripdads Regeneração Catharinense á qual devemos os


A maconica n™^^gjj£
actos riani^riiberdad?, de alforria de grande
da inauguração de seu novo templo e dtomu» festasm
por occasiao
*:L7 de praticar o
a mesma aue, sem descançar no caminho glorioso adultos, a expen-
bem abre agorTas^rtas de uma aula nocturna para
2?Was
SaS em seu próprio edifício e dirigida °mais por seus! membros.
Ess1'sodedS|de,PanSda do espirito são '¦¦: ' ¦ y-

sua eschola ^^6^


- zzz'/-'-'--'--'-:-z ¦ *.,

amor da humanidade, franqueou aos capüvosaq^m pro


puro lhes nao podem restituir o precioso
o do espirito, que
*


¦.'

Sigalisam
• - »

pão
>'

dom da liberdade. , ,~ i -u n -^
&^ri^ToStp«ho^reb^ amaram sobre si. e
«ívsrt
rftA o cmk nnqqns nem desanimem ao mo olnar da ínainerençd.
8 e o povo
inScçirquè Smse derrama produzirá seus fructos
'¦¦
... V ¦¦'' ¦ ' ¦' ::

f ;
- 206 -

«ssm --"d0 bem


asfcsrs usa

l0j& importantes a^;odos


iSUSJW nobre província
os respeitos, está de certo reservado
a f^^JS||g^
liberdade e a oppressao.
travada entre
gloria na lucta
Hmmnidade acaba de, ftmdjr uma
iT^U *
consideravelmente
bibliotheca popular que vai prosperando
conferência mez; aoDre
e resolveu que houvesse uma por o
sociaes occupando a tribuna
theses de moral e deveres este fim se
íalentoso oS da loja on o irmão qne para
inscrever.
*

Paulistana. - As lojas de S .Pauloi eram


Maçonaria dosdisaide^
ainda ha bem pouco tempo para o Boletim
do Lavradio centros, clubs, meetings somes, reuniões phalans-
estacadas, arenas, arraiaes, palcos, etc, etc. [ via.
Urios,
¦Z- ;.

- * , -

letim do Lavradio. n. 11, pag. 438.) jé&L „*« •. —


nós
No nosso Boletim, a pag. 567, respondíamos
As lojas da província, onde a
«Nao nos surprehende. tem
iniciativa individual ha lançado fundas raízes, para
o Directorio o grave_ defeito de serem doindependentes,
I

da emancipação e propagadoras ensino livre.


enthusiastas
« Que nestes elevados empenhos ellas tenham leito
muito mais do que de certo ha de fazer algum intitulado
Grande Oriente, cousas sao essas para serem condemnadas
nela maçonaria ultramontana.
« O que, porém, é digno de lastima é que emquanto
sao assim apodadas officinas credoras de louvores,officinas sejam
acceitas e applaudidas pelo novo centro maconico e
regeitadas pelo extincto Oriente dos Bénedictinos pelo
Grande Oriente Unido, quando ainda trabalhava no
próprio
valle do Lavradio.» . ,dos
Ultimamente mudaram de linguagem, e em vez
¦¦

insultos, qne repellimos, apparecem os elogios banaes e a


ameaça de que é nesta provincia que nos preparam amarga
decepção. , o
Fiquem sabendo, uma vez por todas, os que a todo
transe pretendem fallar em nome de um Oriente:— Nada
temem da má fé e das alcavalas os que só da honra e
da justiça confiaram a sua causa.
- 207 -

Jornal do Recife.—Em nome da Ordem maçonica do


Brazil agradecemos à illustre redacção deste acreditado tem
jornal, que se publica no Recife, as sabias defezas que
exhibido em favor dos nossos direitos arbitrariamente con-
culcados pelo bispo frei Vital.
A imprensa, este moderno fórum popular, esposando a
causa da maçonaria, tem yerberado as insólitas pretenções
dos sectários*do obscurantismo.
Embora cumprindo a sua nobilissima missão, nem por
isso é a imprensa menos credora do cordial reconheci-
mento que lhe endereçamos.
Jornal das Alagoas.— Este periódico —A tem publicado
importantes artigos editoriaes sob o titulo Maçonaria^—
Daqui lhe enviamos os merecidos agradecimentos.
A Regeneração. — Este excellente jornal do Desterro,
os actos
em Sancta Catharina, aprecia do seguinte modo
do prelado da diocese da. Pernambuco:
esforços
O bispo de Pernambuco continua a fazer sobrehumanos
™va niwar em sua diocese a reacção ultramontana.
P e em vez de cha-
Pastor saTado, renega a sua missão evangélica, fecha-lhes as dos
mar as suas°ovelhas ao° aprisco, repelle-as, portas
PEm e nega-lhes assepultura
fpmnlos ecclesiastica! _ .
todas igrejas da cidade de Recife estarão interdictas, e
breve
toda a população excommingada, porque frei Vital entendeu que,para
dar maior brillio ao catholicismo, devia desprezar as doutrinas do Divino-
a máxima de Mahomet - crê ou morre. -
Mestre, e adoptar excepçoes, eivado do espi-
O clero catholico, com raras e honrosas o obscurantismo
rito jesSco,empenl/a-se por implantar e emde toda a parte como si a veraaüe
suffocan-io a liberdade de consciência pensar,
ai|St
&£ RomTo wa entr? U» Mo» de sua allocuçio
de 1™àe Janeiro ultimo, 'distinguiu sustenta á face da civilisação do século XIX que
Ohrísto sempre amou e a aristocracia,
o Deus Homem constantemente f^^J^Sféí
a igualdade dos
nos ensina que pregou
hmnpnQ
homens nhntpndo
a^e^o os poe poderosos e elevandoia e osna humildes.França 0 jesuitismo alça . -
i

altivo o collo, e procura crear difficuldades aos respectivos governos m que


contra elles vão tomando medidas enérgicas.
¦íy
Em S Paulo o nosso conhecido Sabbatim sobe ao Nossa Palpito e com ¦*.

esgares de inspirado - declara ao auditório que Senhora


olhos e
resolvera resiair
rpsolvera residir por po akum tempo naquella provincial sentado
j^ tem pkno
sobreerguer
de estabelecer o reinado da ignorância e da superstição para
¦ ¦ ¦' '¦':
¦¦. • .-

.£.
o seli derrocado predominio temporal. Vatl.fltin
raios do Vaticano
Felizmente, porém, os tempos estão mudados; noos mercado. Si appa-
perderam a força, e as bullas já não tem cotação - . ' X

rppPQQp affora um outro Caetano seria apupado. ,


aos
O nolso governo está na stricta obrigação.de oppôr. paradeiros
do episcopado brazileiro, que se julga omnipotente e des-
- desmandos
denha de tudo e de Wos comtanto que se torne agradável
ao geral
d°S fazem crer que
fies^fálsos sacerdotes de tal modo procedemellesque crucificado como
si Jesus Christo voltasse ao mundo seria por
herege.

*
l
208
' — Este' semanário illustrado, que se'pu-
O Mosquito. a todos
blica nesta capital, e que se ha tornado notável a causa da
os respeitos, tem-se consagrado ultimamente
maçonaria, que é a causa da justiça e da liberdade.
*
A espontaneidade deste apoio, visto que nem os re-
dactores-proprietarios, nem o habilissimo desenhista perten-
cem á instituição,maconica, é credora do reconhecimento
r, de todos os nossos irmãos.
Representações.— A sociedade Lu&o-Bra&ileira. do Recife,
conta mais de setecentos sócios, approvou em assem-
que
bléa geral uma representação para ser endereçada ao par-
lamento contra os attentados de frei Vital e pedindo sejam
declaradas em vigor as leis que expulsaram do Brazil os
jesuitas. . ST ¦
A sociedade histórica litteraria União do Norte, do
Recife, também dirigiu ao parlamento uma representa-
cao pedindo a expulsão dos jesuitas, resolvendo mais con-
vidar todas associações da provincia para que re-
presentem no mesmo* sentido.
Fastos do bispo Frei Vital.—Treme-nos a mao ao fa-
zermos a resenha dos actos, alguns delles inauditos, que
>.:'
vao assignaiando a tristissima administração do actual
bispo de Pernambuco.
Qual será o epilogo de tao reprovado procedimento, nao
é dado a ninguém prevê-lo.
Mantenha-se, porém, a maçonaria firme no seu posto
¦:';^ ;:¦¦

de honra, e tenhamos fé robusta', de que cedo ou tarde, ha


de triumphar a causa da justiça e da liberdade. ^ #
Pt".., Foram mais interdictas na capital da provincia as
irmandades do Sanctissimo Sacramento da matriz de S. José
e a do Divino Espirito Santo.
O nosso irmão padre Assis, chamado ao palácio
episcopal para abjurar a maçonaria, declarou perempto-
namente a frei Vital, que naô perjurava por estar certo
de que a instituição maconica não era contraria á reli- //

Io! giao, nem as bullas* condemnatorias haviam tido o beneplácito


imperial.
O nosso bom irmão teve o primeiro applauso do seu
digno procedimento na benção com que seu velho pai o
acolheu e felicitou.
Quando depois partiu para Goyanna, foi ahi recebido
cora as mais, estrondosas demonstrações de apreço, por
parte do povo, que com uma banda de* musica, foi recebel-o
e offerecer-lhe um lindo ramo, acompanhando-o até á sua
residência.*
Foram proferidos em seu louvor diversos discursos, que
¦
agradeceu com phrases sentidas, levantando-se vivas enthu-
".,...¦¦¦• ••,;.¦.
;;¦ ¦¦•¦;'¦'¦;; <v.i;/-,¦,',./ . ¦';.:.:.:,;

. ¦:¦' ¦-¦-':¦ ¦
Z.':-f ;'..'¦
\ r- x ¦"¦¦ ¦ -• ¦ ¦ '5

'
-' -

-209-

siasticos a religião catholica, á constituição do império,


á liberdade de consciência, ao padre Assis e ao brioso*
povo goyannense. .:¦ Illf/s

Por todas as ruas que foram percorridas, as senhoras


nao se cancavam de lançar flores sobre o nosso irmão.
Foi afinal suspenso o irmão padre Francisco João
de Azevedo, ao qual nos referimos no ultimo numero
do Boletim, porque nao quiz abjurar a maçonaria!
Honra ao padre Azevedo !
O fanatismo ferrenho de frei Vital nao conhece
limites. ,(Ia mais
O seguinte facto, revelado pela Verdade, e
alta importância e pôde trazer a sociedade brazileira as
mais desastrosas conseqüências.
Achavam-se justos e contractados para casar tran-
cisco Gibson e D. Alexandrina Constauça Xavier, e pro-
fessando aquelle a religião protestante, ao passo que esta
era catholica, devia effectuar-se, conforme os estylos do
paiz, o casamento mixto. socie-
k ultima hora, porém, e quando uma escolhida licença
dade aguardava em casa da família da noiva, a
do diocesano para ser aquella recebida com as solemnidades casa-
do casamento catholico e depois o noivo com as do
mento protestante, o que o caprichoso prelado fezcatholico, loi ím-
pedir toda e qualquer intervenção do sacerdote
'

¦.-.

salvo si o noivo abjurasse a religião que professa /


A ceremonia verificou-se, portanto, no templo dos ín-
fflezes, dando-se por feito o casamento.
Professando, porém, a noiva a religião catholica, e nao
tendo sido recebida segundo os preceitos dessa religião,
estará legalmente casada1?
Alguns factos que se tem dado revelam a existência
de uma ordem episcopal expedida secretamente aos viga-
rios da diocese, afim de nao admittirem como padrinhos
os membros da instituição maçonica.
Cumprindo as ordens que recebera do diocesano,
determinou o provincial do Carmo, no Recife, enviar um
frade da mesma ordem a Goyanna, afim de tomar o posse res-
do priorado do convento desta cidade e expulsar
frei Antônio, si este nao quizesse abjurar
pectivo prior, . •
a maçonaria.
* ." , .
A'* chegada do emissário, em 17 de_ Fevereiro, e ten-e
do-se divulgado o facto, levantou-se o povo em massa
protestou contra a retirada do nosso irmão frei Antônio,
tantas e tao largas syihpathias merecia elle pelos suas
virtudes e boas acçoes. _¦>•
um so
Nesta espontânea manifestação nao appareceu
macon, os quaes só mais tarde compareceram para felicitar

¦
t >

- 2J0 -

aos seus de honra, e para acal-


o irmão, fiel juramentos
marem os iustos resentimentos populares. de foi
atirou-se o enviado, mas o delegado policia
duas léguas de distancia e recolheu-o ao con-
buscal-o a dois dias.
vento, que ficou debaixo de cerco durante
intimaçao terminante do povo, teve a
Afinal, e por o prior
policia de ceder, e o frade mandado para substituir
do convento de Goyanna regressou no dia 20 ao Recite.irei
A loja Restauração Pernambucana, a qual pertence en-
Antônio, logo que" teve noticia deste acontecimento,
viou uma commissão afim de o felicitar.
— O nosso irmão, o reverendo Bartholomeu da Rocna
Fagundes, vigário collado da capital do Rio Grande do
Norte e veneravel da loja Vinte e um de Março foi chamado
bispo frei Vital ao Recife afim de abjurar & maço-
pelo ,.
naria. , das mais- mstan-• <.
No Recife foi o nosso irmão objecto as
tes provas de sympathia por parte de todas as lojas, con-
quaes nomearam commissões para o comprimentar,
ferindo-lhe a loja Segredo e Amor da Ordem o titulo de seu
membro honorário.
O irmão padre Fagundes mostrou-se digno da eleva-
dissima consideração em que é tido pelas virtudes que o or-e
nam; e o seu procedimento foi, como devia ser, nobre
honrado.
De volta a capital do Rio Grande do Norte foi o mesmo
irmão recebido com as mais estrondosas manifestações de
estima e apreço, * quer pela maçonaria, quer pela popula-
. cao em geral.
O desembarque effectuou-se entre alas de povo, ao som
de musica, com vivas e gritos de alegria,
O presidente da provincia, acompanhado de muitas pes-
soas gradas, também alli compareceu.
Houve depois, na matriz,; solemne Te-Deum, com sermão,
em accao de graças pelo regresso do honrado maçon.
A' tarde houve banquete na loja, ao qual também as-
sistiu o presidente da provincia.
, \ Pois a um varão tao eminente como o nosso irmão padre
"¦.
í' -:¦: ¦":

Fagundes dirigiu o bispo frei Vital o seguinte officio :


« Palácio da Soledade, 20 de Janeiro de 1873.—Razões mui
poderosas nos obrigam a exigir de V. Rèvm. que declare
pelas folhas publicas nao pertencer â maçonaria, sociedade
condemnada pela igreja de Jesus Christo de quem V. Revm.
é ministro.
« Esperamos que V. Revm. nao porá duvida alguma
em cumprir esse sagrado dever, e poupar-nos-ha ulterio-
j res medidas. — Deus Guarde a V. Revm.—Ao Revm.
Sr. padre Bartholomeu da Rocha Fagundes, vigário do Natal.»
O echo da voz irascivel do prelado de Pernambuco
¦
/'¦

.
"' -
. ¦¦..

£--¦ * ^ J,

211

entre acclamações dos que só amam e prezam


perdeu-se
a Y enviar ao nosso /¦
'y'
:':;

Pela6 nossa parte só nos cumpre


dilecto irmão as mais profundas, sinceras e cordiaes
nosso orgao lhe tributam todos os
congratulações que por
legítimos
* _ maçons. ",'x- rnnnnna os maçons
O bispo frei Vital jâ nao permiti* que
se casem sem que primeiro abjurem a maçonaria. nao

ser
O primeiro facto, cuja authenticidade pôde
suspeita, é referido pela Verdade do seguinte modo:
A conseauencia a que o illustre parlamentar
'diocese, o Sr. Silveira Martins diz
deveria chegar o Wllo desta excommungando os maçons,
que
*s recommendações confldenciaes dos le-
^rá^^q^^'. espirituaes, e até as lições da
àitimo suÃi^tS temporaes como
SgSdade nXsá0; acaba dPe negar acreditado. a um maçon o direito de casar-se!
p" +ni ft farto aue difticilmente será e tremenda pu-
.

Nunca se vuf semelhante audácia, digna de cabal


nÍÇ5fcse
macon é o Dr. João Baptista Côrte-Real, a casasse quem p pseudo-
si abjurasse
deSou de viva voz que só consentiria que
preladl
da em tal caso recorreria ao núncio
üSaíJ-lhe o Dr. Corte Real que,
a audácia de declarar que, caso o núncio ordenasse o
teve freTvital ordem, o núncio soe
contrario elle frei Vital não cumpriria tal porque
que na dio-
seS superioraadmLàrativamente,e^oesmritmlmente-,

segundo a abJurar da
da maçonaria1 PS c°asar-se Wmmm^
relieião catnonca
rehgmo^ casar-se segundo a religião protestante. ,.
catholica para avi8a&mente
lhe respondeu que nao acatava
expedientes lembrados pelo diocesano, scada um
nem um nem outro dos : '"

dos quaes ia ter á uma abjuração.continue AiSfòâÀ


na diocese.
Não! Não é possivel que esse homem
— Até á data em que escrevemos ainda nao consta que
em execução a ordem episcopal vedando
tenha sido posta sa grado.
aos maçons a sepultura em cemitério a seu tempo, si os defen-
Lá chegaremos e o resto virá
e da liberdade entibiarem nesta lucta
sores do evangelho
de vida ou morte.
da jesuitica,rO> Vigarin da ire-
Effeitos propaganda ^ao OWmpio de
dos Montes, no Recife,
guezia de Povoado confessar um moribundo, e
Souza Lyra, chamado para exi^da. esposa do en-
informadoyde que este era maçon,
lhe entregasse os diplomas e insígnias maconicas
fermo que
4que tivesse em seu íepoder. tudo um auto
ntoaon(»a^n
de fé, em .presença do
O fanático fez a alma ao
agonisante, e quando para este se encaminhou já
ido abrigar-se no seio imenso de Deus
nfsso irmaò tinha os últimos
Este mesmo vigário chamado para prestar
ao irmão José Antônio Soares de Aze-
soccorros espirituaes
•"-':¦ "': '¦¦' -X:^¦¦''"*'
. ; yi j* , X1 Xy ¦

'x.X,
:¦¦:¦";.
' ¦/ x--A,.:X: :y.'f"f-:,.".;;- :¦.', ,..:¦- ¦"'".:,:yy¦¦¦
X - ,-' - ."' . ,f . .• ; ¦ .'¦,'.•'."
¦
:¦'.'¦:¦¦¦.'¦¦¦

212

loja Segredo e Amor da Ordem, repetiu a exi-


vedo obreiro da recusou-se á entregados
lencia mas a senhora^do enfermo
Sbfectereclamados, allegando qne seu ^l.CXioso'
i^omantA a maçonaria e que sempre fora muito religioso.
^ecnsV rítirou-se o vigário declarando
ET^senÔrda
*m presenoa^ nosso irmao> 0 sabendo
configgao ao quai
que nao ouviria a abraçou-a com effusao.
procedera Recife, em seu n. 55, o
Seffimdõ refere o Jornal do
de Nossa Senhora da Graça, de
coadiuctor da freguezia lhe houvesse encommtndado o
motu próprio e sefn que ninguém
rMTrVar na'capella de Belém »»**»«?£
assumpto
nao para óccupar-se de da quadra qua próprio
nos achamos, mas sim para occupar-se do
resmal em que ante
beneplácito imperial, e bradar do acanhado púlpito,
os rarissimos ouvintes que tinha:
« Que o catholico só deve obediência ao papa.
« Que não ê crime desobedecer a qualquer auctoridade do pau
para obedecer ao chefe da igreja romana. '
« Que, finalmente, obedecer a uma ordem emanada de qualquer
auctoridade ou poder civil, mas contraria a outra do vigário de
Christo e seu representante neste mundo, é peccado imperdoável.
Tal linguagem é attentatoria da doutrina solemnemente
consagrada na constituição do império, e nao pôde nem
deve ser tolerada.
Os jesuitas alcançaram de algumas senhoras do
Recife, aggregadas á associação do Coração de Jesus, uma
mensagem endereçada a Pio IX, protestando-lhe a sua
adhesao e offerecendo-lhe coroas, penitencias, rozarios..
missas, obulos, via-sacras, mortificaçoes etreliqua.
Este documento, transcripto no Jornal do Commercio
desta capital, causa lastima pelo fanatismo que o ins-
pirou. Ou seja recommendaçao do diocesano, ou zelo -
pha-
risaico de dous sacerdotes, è certo que nesta capital aca-
bam de dar-se os dous seguintes factos:
'V' *"
-¦ .

A loja Discrição, querendo commemorar o anniversario


do passamento do seu chorado veneravel, o irmão A. X. \
Rodrigues Pinto, mandou annunciar uma missa que devia
celebrar-se na igreja do Bom-Jesus, no dia 22 de Março.
A' hora designada, achando-se reunido grande numero N

de irmãos, que um piedoso e uentido dever chamara ao


templo do Grande Architecto do Universo, debalde espe-
raram pelo celebrante! .
Cançados
"prece de esperar, os nossos irmãos ajoelharam e ora-
¦•¦¦ ram, Á subiu até o Eterno, que na sua immutavel
justiça ha de julgar-nos a todos.
¦A:v
.
No dia 20 do mesmo mez de Março um maçon ca-
tholico achando-se gravemente enfermo, e sentindo" appro-
ximar-se a hora extrema, mandou chamar um sacerdote
>•!

-213-

para o ouvir de confissão. Recusou-se era o padre desde que,'


inquirindo do enfermo, soube que elle maçon!
A. Luz refere sob o titulo Ceará-mirim a seguinte noticia:
Um jesuíta que alli pregava tirou-se de seus cuidados e em um bom
dia começou a fallar contra a maçonaria; mas bem depressa viu-se obrigado
a fechar o bico, porque o delegado de policia intimou-lhe, que, sendo a ma-
çonaria uma instituição tolerada no Brazil, e não importando um crime o
facto de ser maçon, se abstivesse de pregar contra ella.

Infelizmente, por ora, sao raros os delegados como este


a que a noticia se refere, e ao qual nao podemos deixar
de enviar as nossas saudações.
O Jornal do Commercio desta Corte transcreveu de uma
folha do norte o seguinte facto:
Escrevem-nos de Penedo em data de 10 de Fevereiro:
Morreu o cidadão Joaquim José dos Santos França, que aqui exerceu
por muito3 annos a profissão de boticário.
Nos últimos instantes da vida mandou chamar o vigário Targino Pau-
Uno de Carvalho para confessar-se, e este exigiu qu3 o moribundo declarasse
em presença de três testemunhas não pertencer á maçonaria, sob pena de
não lhe prestar favor algum da igreja!
Não é por Pernambuco somente que os ha, também por aqui appa-
recém dos taes... Isto vai mal!
O bispo de Marianna, suspeitando que o conego Paulo
Grande era o auctor de um artigo contra o ultramonta-
nismo, publicado no Pharol, jornal do. Juiz de Fora,'sus*
pendeu do exercicio de suas ordens ao digno sacerdote.
Por uma simples suspeita ! »
.... .

Aviso do Governo acerca da Maçonaria.—Ministério


dos negócios do Império, em 31 de Janeiro de 1865.—Illm.
e Exra. Sr.—Foi ouvida a secçao dos negócios do império
do conselho de Estado sobre a questão suscitada por essa
presidência em offlcio de 9 de Janeiro do anno passado
« si as sociedades maconicas estão comprehendidas na dis-
posição do art. 27 do* regulamento n. 2711 de 19 de De- ¦¦'.-¦¦; .
'
¦ :. '
.' .

zemí)ro de 1860. »
E Sua Magestade o Imperador, tendo-se conformado, por
sua immediata resolução de 14 do corrente mez, com o
parecer da mesma secçao, exarado em consulta de 26 de
Novembro ultimo, maneia declarar a V. Ex. que as socie-
dades maconicas nao estão comprehendidas na disposição
do citado « art. 27 » do regulamento n. 2711, porque, assen-
tando esta disposição no « art. 2.°» da lei n. 1080 de 22 de
Agosto de 1860, vé-se das expressões « Companhias e socie-
dades assim civis, como mercantis », escriptas neste artigo
que a lei nao tem por fim regular as sociedades políticas
e religiosas, a primeira classe das quaes pertencem as
maconicas, embora tenham igualmente por fim soecorrer
seus membros.
8

/
-214-

^ oi «a «nciedades maconicas. como socie-


à^SSCT-ffe rei»'tíveíem
,dades políticas eJ®nff&ass'embiéas <íe ser reguladas por
as assemDieas provinciaes, em
addicional.virtude
leis, competiria isto
d" as sociedades maconicas o ca-
SS. fcòlseÃaUo

de seus actos; ora, sendo su-


seXTiUa^ |bSdf do citado regulamento, se con-
KSn í dísfosicao do art. 27 nao ter
ierteriLeC sociedades publicas, o que parece
SÍd0^D|uarde
S$?fo* « tomo.-S, presi-
dente da provincia do Maranhão. <

PAMnmta iwcenua. — Qual a provincia do Brazil, na


fSavel, que nao saiba distinguir o nosso
sua mrtTsM falso Oriente? (P*/. 103 do Be
yêrdadéiro Oriente do seu
letim do novo Lavradio.)
nenhuma officina pronunciou-se em
MuPel?asemo°nde de verdadeiro — Pará, ^eara,
¦I
favor do oue tem pretencões Sergipe e Paraná.
/

RTo-Grande1 do Norte, Paràhyba do Norte,


— 0 Diário de Pernambuco também teve
Condemnacao. doutrina frei
necessidade de condemnar a absurda que
Vital exhibiu na celebre pastoral.
Eis o artigo da illustrada redacçáo :
Vm sua extensissima pastoral, dada á estampa em nosso piano de
Ex. Rvma., o'Sr. D. Vital expondo doutrinas e ex-
12 do consente?S do seu
iiioonrin fltÔs consagrou quasi exclusivamente o IV nãocapitulo escrupuhsando
fíabalho ?nf còmbatSga doutrina do placet imperial
ferir de face o nosso pacto fundamental, no § 14 do art. 102.
assim expectante que Jemos
Releve-nos S. Ex., que, saindo da a altitude mitra e a maçonaria, nao dei-
íniardado com relação á questão entre doutrina ora se levanta
Sos passa? sem um protesto nosso essa que
contra a constituição, contra uma salutar prerogativa do
ímeacadora de ser no duplo caracter
nS^ executivo? prerogativa que tem suae razão de padroeiro, e como tal capaz
*
5o impí?ante-efe defensor ío estado,
de ter inspecção sobre os negócios ecclesiasticos. como consagrou a
O art 5.o do nosso pacto politico,comoconsagrando, religião do império, estatuiu
religião catholica apostólica romana,
nor esse mesmo intimas relações entre o estado e a igreja, e por
pacto vigilância no intuito de evitar
Sso mesmo creou maiores necessidades de no civil.
ingerências indébitas do poder ecclesiastico uma poder conseqüência natural e lo-
O § 14 do art 102 foi evidentemente
Cica da doutrina do art. 5.<>; nem se comprehende que deixasse aquelle
,
de existir na constituição; porque então, dirigida por funestos impulsos,
nodia a sociedade civil brazileira ser despedaçada, quando e como aprou-
vesse ao poder espiritual, por meio de bullas e lei, outras letras apostólicas,
si ellas fossem apregoadas e tivessem força de independentemente do
beneplácito do poder temporal. a doutrina
Que importa que vários pontífices tenham anathematisado e nenhum facto
do placet? k questão aqui não é de direito, é de facto; dessa doutrina pelo
por certo è mais eloqüente do que a consagração
xxx i '.' ' " ¦
0 «...

-4

215
brazileiro no seu pacto político, na sua constituição como estado in-
ependente e livre.
Sovo
Sempre, desde longa data, respeitamos o summo pontifice, como chefe
e cabeça da igreia de Jesus-Christo, e estamos também habituados a res-
peitar a assembléa dos illuminadôs, o concilio ecumênico; mas perdoe o
illustre diocesano que lhe digamos que as deliberações desse congresso
também estão sujeitas ao disposto no § 14 do art. 102 da constituição
do império, nem se podem delia eximir pelo facto de terem concorrido a esse
areopago catholico os bispos das cinco partes do mundo, inclusivamente
alguns prelados brazileiros, com consentimento do governo do seu paiz.
Si pelo facto de alli terem deliberado os bispos brazileiros tivessem
força de lei para o Brazil as deliberações do concilio ecumênico, claro é
que estaria aniquilado o principio da soberania nacional, o qual de fôrma
alguma delegou attribuiçoes a esses illustres bispos para curar de seus
interesses nessa assembléa.
A doutrina do placet, que aliás nada tem de monstruosa, como a
chamou o Exm. Sr. D. Vital, nenhuma inversão absurda traz á sociedade,
pois que delia não resulta de modo algum, como se disse, que as ove-
lhas pastorêem os seus pastores, que os subditos ãictem leis aos seus su-
periores, nem que o filho tenha direito de se fazer obedecer por seus pais.
Essa doutrina, tal como a tem entendido e pregado aquelles que, em
opposiçãô aos seus contendores, tem escripto luminosos pareceres, longe
de ser um embaraço á sociedade, é, pelo contrario, uma valiosa garantia
para as suas prerogativas, para os seus direitos, prerogativas e direitos
que existiam antes que o divino instituidor da religião catholica tivesse
vindo á terra resgatal-a do peccado com o seu preciosissimo sangue.
Demonstração de apreço. — A loja Silencio, reunida em
commissão, apresentou-se nõ Grande Oriente Unido quando
este trabalhava em sessão ordinária, no dia 20 de Março, e
alli offereceu ao nosso irmão Gram-Mestre da Ordem uma ri-
quissima insígnia do grau 33 expressamente feita em
Paris.
Felicitação. — A officina Pedro II, do intitulado Oriente .-
do Lavradio/felicitou, em data de 20 de Fevereiro, as lojas
de Pernambuco pela attitude que estas assumiram em pre-
sença dos actos irrefiectidos do bispo de Olinda.
Na felicitação assegura a loja Pedro II que já cumpriu
o seu dever representando aos altos poderes maçonicos sobre os abusos
e as violências do poder ecclesiastico na provincia de Pernambuco. r «

Como os boletinistas du Lavradio se esqueceram de publi-


car esta noticia, aqui a damos; bem como transcreveríamos • -

a representação aos altos poderes si tivéssemos logrado a ven-


• ¦

v *

tura de a lêr.
Homenagem.—O exemplar desprendimento do nosso ...»

irmão o príncipe Amadeu de Saboya, ex-rei de Hespanha,


nao podia deixar de achar echo sympathico no seio da insr
tituição a que o cavalheiroso mancebo se honra de pertencer.
Úma commissão composta do Gram-Mestre e das digni-
i dades do Grande Oriente Lusitano Unido foi comprimenta-lo
e felicita-lo á sua chegada a Lisboa. ,-''-¦. .'.!'¦'¦¦'

E' digno de todo o louvor o acto do Grande Oriente


Lusitano Unido.
¦-¦¦'... .
'

216
« •* aa o 1 Ap Marco a posse das digni-
dades e
Poder Central. «nlftmne so^mne, cei
celebrou-se no grande
A sessão, que esteve
templo e foi presidida /^.n^sMdee beneméritos
oene da M-
nesse acto fez entrega, dosidipornasae

muito applaudido. Heis, . tomou para thema do


O irmão orador, Machado .X°™°"UJ** ntana

o irmão K*ugei "


nobre e generoso peloi qual resolu.
iriaa^Smío? ffi Telhara soccorrer
irmãos pobres.
neste dia os
Regularisações. - Foram regularisadas as seguintes
offlcfn^lojá *m£$** *&*&*$
aota^ d°oS Se, e JÍ**. ao
&MSS5&&
celebrou, na noite de 20 d,.Janebo,
^SjSStíi e
com uma festa soíemne, a sua ^"larisaçao
Pm nrpspnca de grande numero de obreiros gM das demais
da Ordem
officK de? Beíemge do delegado do Gram-Mestre
no Pará.
110 compunha-se dos irmãos
A commissão regularisadora Leal e
dl Assis, Antônio José Pereira
Dr. Joaquhn José T
ttpnto
¦ José Rodrigues Vianna. . •
_ Os irmãos° Francisco José Martins Penna Júnior, re-
Manoel Pereira Guimarães e Thomaz Narciso Ferreira
todas as solemnidades do ritual, a loja
ffularisaram, com sendo dous dis-
ES em 16 de Fevereiro, proferidos
aplaudidos, e patenteando todos os
cuStthuTiasticamcnte mais decidida vontade
obreiros o maior zelo maçonico e a
de fazerem progredir a nossa Ordem na província de Sergipe.
— Em 31 de Janeiro foi installado o capitulo Realidade
commissão composta dos irmãos Dr. Ayres de
por uma Alves e Luiz José da
Albuquerque Gama, JoEo Joaquim
Costa Amorim.
— O capitulo Restauração Pernambucana procedeu a sua
installaçao em 2 de Março, acto que foi executado Francisco
pelos
José
irmãos Manoel José de Azevedo Santos,,
'iííf-':'}' '--ir''"
Baptista e Germano Pinto de Magalhães.

\
¦ ¦¦¦.!.' ¦¦¦¦:¦;¦ v

- 217 -

O primeiro irmão, presidente da commissão regularisa-


dora, proferiu um conciso, mas eloqüente discurso, e pas- de
sou a desempenhar a sua missão, recebendo o juramento dig-
todos os membros do capitulo e empossando os seus
nitarios. provisoriamente eleitos.
O írmao Ponce de Leão, na qualidade de athersata,
entreteve durante algum tempo a attençao do auditório,
dirigindo phrases expressivas de agradecimento ao Grande
,.*>;£

Oriente Unido e ao seu Gram-Mestre.


— Em sessão de 16 de Dezembro do anno pretérito
foi instituido o capitulo Modéstia, no seio da loja do mesmo
nome. k commissão regularisadora, composta dos Moraes irmãos
Leocadio Pereira da Costa, José Bernardo Luiz denovo ca-
e Ricardo José da Costa Guimarães, installou o
pitulo com as formalidades do rito adhoniramita. .
Usaram da palavra o presidente da commissão, Júnior. que foi
o irmão Leocadio da Costa e o irmão M. da Motta '
«

Retrato. — Na noite de 1 de Março foi solemnemente ediücio do


inaugurado na sala dos passos perdidos do
Grande Oriente Unido o retrato do actual Gram-Mestre da
Ordem Maconica, o conselheiro Saldanha Marinho. Mysteno,
O acto* começou por uma sessão magna da loja
brilhantemente concorrida, e na qual o nosso benemérito de orador,
irmão Visconde de Ponte Ferreira, na qualidade
de e reconhecimento qne^ a
expoz os motivos
'
gratidão Oriente Unido-o
loja quiz perpetuar, ofertando ao Grande
retrato de um irmão, a quem a Ordem deve os mais
assignalados serviços e a mais extrema fdicaçao. à sala dos pas-
Wseguida dirigiu-se a loja incorporada veneravel correu
sos perdidos, e na occasiao em que o irmSo
as cortinas recitou o mesmo irmão orador sentidas «»
tao
O Gram-Mestre agradeceu com palavras
de apreço e concluiu dando vivas ao Grande
alta prova a liberdade de
Oriente Unido, âs lojas de Pernambuco,
consciência. roso
trabalho do inspirado artista o nosso
irmão DrPe/ro Américo, representa o "^g
Marinho no acto de depor o soberano malhete ;.'¦
¦

Saldanha de 872 foi una


da Ordem quando, em 20 de Maio
nimemente, e entre applausos, approvada a
do Lavradio e o dos ^to^s^ous
Bénedictinos.—
-
> ¦

extinctos Orientes-o
.'.¦¦¦'.¦'.'¦

uonailvUB _Aos que mencionámos no ultimo Boletim,


Donativos. seguintes
temo^ a accres-centar osq que foram offerecidos pelas
ceutral incumbida de soccorrer os tova-
oks à^comSo 200^ " v,,'." \vfty

idos atacados da febre »mapeUa: lojas-Comiigw /

Dous de De%p.mbro, 150*000, e Dw


Amigos Reunidos, 200*000;
crição, 100*000. .-
'.¦¦
".'¦.¦ *
• ¦- ¦¦:

- 218 -

A loja Fraternidade Arêense commetteu a diversos .mem-


suos-
bros do seu quadro o caridoso encargo de promoverem
crinçoes para o mesmo fim. Na ultima data ja havia arre-
caiada a somma de 460*000.sao credores ,
Os dignos membros da commissão central
dos maiores elogios pela sua desvelada sollicitude.
A. nós nao nos surprehende que assim seja, e porque
todos os membros que a compõem sao maçons a conse- causa
guintemente tem como primeiro dever a dedicação
da humanidade.
Honras fúnebres.— A. loja Fraternidade Cearense, ao
oriente da Fortaleza, na provincia do Ceará, celebrou uma
solemne sessão fúnebre pelo repouso eterno do seu illustre
obreiro Manoel José Salgado Couto.
A Verdade, folha donde extraimos esta noticia, accres-
centa:
A sessão foi magestosa e commovedora.
Houve grande concurrencia, estando presentes a viuva e uma ninado
morto; e si não mais parentes, porque os não tinha.
O orador da loja proferiu a eloqüente peça de architectura que demos
em nosso numero passado.
Os três irmãos de lucto foram o irmão Macieira 33, Guerra 18, e Gomes 18.
A loja Fraternidade Cearense acaba de proceder como uma verdadeira
sociedade maconica, celebrando em honra dç um seu obreiro funeraes ex-
clusivamente maçonicos
Si a maçonaria não professa esta ou aquella religião, recebe em seu
seio individuos de todas as crenças, não parece lógico celebrarem-se, em
nome da communidade, funeraes segundo certo e determinado rito reli-
gioso.
Parece-nos que, no nome collectivo das lojas, só se podem celebrar
funeraes puramente maçonicos, e si o contrario se tem dado, e ainda se
dá entre nós, não deixaria de ser de bom aviso, para que tenhamos a
instituição em toda a sua pureza, que esse costume, evidentemente abusivo,
¦HKk^-
cesse de uma vez por honra e gloria da nossa sublime Ordem.
— A. loja Discrição, que tanto se distingue pela exemplar
regularidade dos seus trabalhos, celebrou na noite de 22
de Março, uma sessão fúnebre para commemorar o anni-
versario* do passamento do seu ex-veneravel o sempre cho-
rado irmão Antônio Xavier Rodrigues Pinto.
¦ ¦
.

A sessão verificou-se no grande templo, e foi presi-


dida pelo irmão Gram-Mestce da Ordem.
As paredes e o pavimento do templo estavam forrados
de preto. No alto do pórtico, na parte externa, lia-se em
letras de prata a seguinte inscripçSo : Beati mortui, qui in
Domino moriuntur. — N& parte interna liam-se estes dous
versos:
Morto, jamais; é purpura a mortalha:
I
Venceu a morte na final batalha.

¦
Nos lados do sul e do norte liam-se, igualmente em
• ¦..!
. .-..¦¦¦ ¦

v<r
1
219

letras de prata, e circumdadas de emblemas de morte, as


seguintes inscripções latinas: Reposita est hoic spes mea m
sinu meo e In memória astema erit justus.
No centro do templo erguia-se sobre um estrado o ca- es-
tafalco, e entre o primeiro e segundo entabalamento
tavam a esquadria, o compasso, a espada, oOs ramo da
acácia, e as insignias maconicas do finado. entrelaçadas ângulos
eram guarnecidos por grinaldas de saudades 33 luzes
de ramos de acácia e cypreste. Em torno haviae formando
de velas amarellas, em castiçaes e tocheiros, e três vasos
triângulo estavam três urnas de fogo sagrado, estava uma
com acácia. Diante do throno do gram-mestre
tripode antiga, e sobre ella um vaso com álcool perfu-
mado e o thuribulo. . . , a
No oriente, e sobre dous dóceis, havia de um lado
do orador, e do outro a cadeira do veneravel co-
tribuna
SentadosP<juntos do túmulo, em triângulo, e susten-
amarellas, estavam os três irmãos de luto,
tando tochas
amidos íntimos do finado. . .
da loja esta-
,
Tanto o Gram-Mestre como as dignidades espada e chapéo
vam paramentadas de túnica, dalmatica,
de annun .
^^^tral^Telo^S-aoGram-Mestrc,
t?AV2S^tfSS& aotte S
teCt°Em\SS°fòi
•¦•

o Gram-Mestre acompanhado de todas cada


as diínfees fazer a volta ao catafalco, atirando
vez sobre o túmulo três punhados de flores
um por sua
desfocadas D B c.
d fúnebre do fl-
cesso, e recitou um bem acabado elogio
nadFindo as. ao Grande
o discurso seguiram-se preces
Architecto do universo, tocando a musica nos intervallos,
'acompanhamento'
cím de vozes, .f^f^SSSfl e a
segundo o ritual, thurincaçao
Procedendo.se depois, de acácia sobre o *u.mul0/nmpnaffein ^
Seposicao dos ramos vieram homenagem
A'concorrência dos que prestar
de saudade a tao chorado maçon foi numerosa
foi solemne, e nao P<^» ™?m *™
A ceremonia e o !£.
respeito com que
fundo nem mais augusto o silencio
foi celebrada^^^
^^ ^ ^ de gratidao> e
CUTe' terão merecido tanto da maço-
tóftZ"irmãos
'areUe commemorada na festa
naria como cuja morte foi > _ * "^

fúnebre que descrevemos.

J*X*^**^**-*(^!t?r
220
¦

um esforço de suprema vontade,


Filho do povo, por
fez-se homem na mais tenra idade e seio £H^ffiffi»$
de outra, fadiga, o
Descancando de uma fadiga no
nosso irmão roubava ao descanço as horas e que sem
çxm|agrav£
auxilio ex
ao cultivo do espirito, e só, «m mestre
escnptor distincto por mais de
tranho, conseguiõ tornar-se
um titulo. n elle os dotes
Estes dotes do espirito nao sobreleyavam
o tinha bom, compassivo e dedicado como
do coração, que de caracter e o
poucos. A amenidade do tracto. a nobreza
culto mais estreme da honra, fizeram d'elle o consocioque- do Kio ae
rido em quasi todas as associações portuguezas de Lettura, do
Janeiro, nomeadamente no Gabinete Português
qual foi secretario por largos annos. 1o„+OT,
Ninguém luctou com mais perseverança para plantar e cia
n'esta capital o fecundo principio da associação mutua
associação cooperativa. ,. .-,',£ uo *n
Buscando sempre novos elementos para a actividaae
-
seu espirito, foi na maçonaria que elle achou vasto campo
para a sua nobre ambição. e ainda .
mal que
Os dias que o tivemos entre nós,
poucos foram, ficaram assignalados por serviços proveitosos
e de máxima utilidade. ,,
Sao, portanto, merecidas as honras fúnebres que ine
foram tributadas, e ás quaes nos associamos sinceramente
na dupla qualidade de maçons e de amigos Íntimos.
Necpologias. — Falleceu no dia 6 de Março no Recife o
irmão José Joaquim da Silva Guimarães, obreiro da loja
Restauração Pernambucana.
Teve logar o sahimento com as mais claras demons-
trações de consideração prestadas pela maçonaria e por di-
versas irmandades. que, de cruz alçada, acompanharam o
fèretro ao cemitério publico. .
Foi o feretro conduzido á mao da Ordem terceira do
Carmo até a esauina da rua do Imperador por irmãos de
S. José d'Agonia, irmandade de gue era provedor o falle-
cido; e dahi até o cemitério por irmãos da Restauração, iu-
clusive o seu veneravel, alternando com os irmãos daquella
irmandade.
Immenso acompanhamento de povo o seguia.
¦
: ¦

No cemitério foram feitas ao corpo as ceremonias reli-


giosas que é de estylo prestar pelo catholico.
— Morreu no Maranhão o irmão Dr. João Vianna de
Mello, que o anno passado recebera o grau na faculdade do
Recife.
Eis como A Verdade dá conta deste triste aconteci-
mento :
'
¦'

- 221 -

Era membro da augusta loja Realidade, deste valle, onde viu a luz, e
onde deixou amigos devotados, e apreciadores sinceros dos seus grandes
dotes nao só intellectuaes como moraes. s *
, i
" -

Todos com quem aqui entreteve relações o Dr. João Vianna, reconhecem
que nao sô a maçonaria, como o paiz, e especialmente a provincia do Ma-
ranhao muito perderam com a sua morte. ''"
H'
'¦: ¦¦"„
..¦, '¦
!

A redacção desta folha acompanha a loja Realidade no seu legitimo


'
¦:¦"¦¦
:¦' :'¦¦

pezar. A redacção tem ainda um particular motivo para lamentar esse


doloroso passamento: o Dr. Yianna teve oceasiao de revelar nas paginas •
da Verdade o brillhantismo do seu talento modesto e cordato. O discurso
quesevô em o nosso numero 15 do anno passado, eque traz aassignatura
heróica de—Tocqueville—, foi o discurso quo proferiu o Dr. Vianna por
oceasiao de ver a luz na loja Realidade.
No dia 15 de Março falleceu no Pará o nosso irmão
tenente-coronel Hildebrando Augusto Nunes Lisboa.
Bom, caridoso, honrado e dedicado â instituição, a sua*
perda é das que se elevem lamentar como umâ desgraça
para a maçonaria.
A estima que elle merecia revelou-se intensa no im-
nienso concurso de amidos e irmãos que foram dizer lhe o
ultimo adeus á derradeira morada.
A oíficina Commercio está de lueto, e na saudade que
a opprime é acompanhada por toda a maçonaria.
Um companheiro de trabalho, e dos mais dedicados, que
com o seu exemplo animava os mais fortes e alentava dos os
mais timidos, cahiu em meio da carreira, no verdor ¦

annos, e foi descançar na morte. •


'¦-XX.
¦ .-¦¦
y

No dia 17 de Marco e após cruéis soffnmentos, falleceu


,

o nosso irmão Francisco Antônio Proença, primeiro vigilante nome,


da loja Commercio, athersata do capitulo do mesmo
secretario da Grande Loja Central e membro effec-
grande
tivo do Grande Oriente Unido.
O seu enterro, grandemente concorrido por muitos ma- de
no dia 18 do mesmo mez no cemitério
çons, verificou-se
ô. Francisco de Paula. os
,
traja-
i

A loja, em demonstração de pesar, suspendeu


e todos os seus operários tomaram lueto.
lhos por oito dias,
0Pgolpe que nos feriu é dos que nao se exprimem.por
amigos dedicados d'aquelle ^ilijffl^cai^tero
palavrís. desafogo para. a nossa dor nas
grande coração, só achamos
a mais intensa fé enviamos ao Grande
preces que*com se amerceie de tao
Architecto do Universo pedindo-lhe que
PUraDes?ança, oh nobre e generoso amigo!
pois, em paz, oh
affectos semeaste na terra gen yyy. % > -\* ¦ • .

Os votivos e suaves que


no túmulo, o
til espirito, irão lacrymosos, segredar-te qu<b 'X' ' •' •

dàs tuas virtudes ficDu entre os que te amavam ... X:X-'\ ¦--lêx:X'v-.X --''.V ''.V. :'. ¦''.•

exemplo
como a mais piedosa das heranças !
Descança em paz !
.
222

GRANDE ORIENTE UNIDO DO BRAZIL.

Gram-Mestre.— Conselheiro Dr. Joaquim Saldanha Marinho.


Gram-Mestre Adjuncto. — Conselheiro Dr. Antônio üelix
Martins
Grande Secretario Geral.—Dr. Alexandrino Freire do Amaral.
Supremo Conselho.
Soberano Grande Commendador.— Conselheiro Dr. Joaquim
Saldanha Marinho. ' .
Lugar Tenente Commendador.—Conselheiro Dr. Antônio
T^plix TVTartins
Grande Secretario do Sancto Império.—Dr. Alexandrino Freire
do Amaral.

Grande Loja Central.


Grande Veneravel.— José Rufino Rodrigues de Vasconcellos.
Grande Secretario.—Vago.
Grande Capitulo Geral do Rito Moderno.
Grande Veneravel. — Dr. Domingos de Azeredo Coutinho
de Duque Estrada.
Grande Secretario.—Manuel Pereira Bastos Júnior.
¦
*

Grande Capitulo dos Cavalleiros Noachitas.


Grande Veneravel.— Visconde de Ponte Ferreira.
Grande Secretario.— Francisco Xavier Nunes Pinto.

LOJAS DA OBEDIÊNCIA
Oriente do Poder Central.

COMMERCIO E ARTES. (Cap. Rít. Mod.)


Ven.—Dr. Manuel de Araújo dos Santos.
Secr.—Antônio José Narciso Vianna.

\
223

IMPARCIALIDADE (Cap. RÜ. Mod.)

Ven.—Henrique Begbie.
Secr.— Guilherme Guild. ¦
"¦"--¦'
¦¦
.::- •¦¦
¦"'¦¦¦•-

'
"
¦¦-.-¦ ¦
.

CARIDADE [Cap. Rit. Mod.)

Ven.—Manoel Pereira Bastos Júnior.


gecr,— Domingos José Pereira Pacheco.

liberdade (Cap. Rit. Esc.)


Ven.—Cândido Francisco Goulart,
gecr.— Francisco Duarte Cruz Netto.

regeneração [Cap. Rit. Esc.)


Ven.—Frederico Palm.
gecr.—José Francisco Masson.

commercio [Cap. Rit. Esc.)

Ven.— Aristides Felix César Farrouch.


Secr.—João Athanasio Dias Mello.

dous de dezembro [Cap. Rit. Esc.)

Ven.—João Machado Vieira do Amaral.


Secr.—Simao Marcolino Fragoso.

amigos reunidos [Cap. Rit. Esc.)


'.:.'.;"''
¦':

Ven.— Honorio Pinto Pereira de Magalhães. ¦ ¦

Secr.- Brasiliano César Petra de Barres.


¦ "
¦.•"¦¦..'•¦ ¦'
¦

silencio [Cap. Rit. Esc.)


mmMmmM

Ven.— Albino de Freitas Castro. .'.'¦'


¦-.
,.:. . ¦. ... ; :.'.¦ : ¦..¦. I

Secr.—Antônio Francisco Goulart.

FRANCS HYRAMITES [Cap. RÜ. Moti).

Ven.—Charles Eu gene Bailly.


Secr.—Eugène Kauífman.
¦
' ::/

- 224 -

VINTE DE maio [Cap. Rit. Mod.)

Ven.—Eduardo Cândido Pereira de Carvalho.


Secr.—Thomaz Cândido Zamith.
ESTRELLA DO RIO [Cap. Rit. ESC.)
Ven.— Antônio Gomes de Mattos Júnior.
Secr.—José Joaquim Soares.
AMPARO DA VIRTUDE [Cap. Rit. ESC.)
i1 ......

Ven.—José Luiz Fernandes Villela.


Secr.—José Paulo Pereira de Souza.
abnegação [Cap. Rit. Esc.)
Ven.— José Antônio da Silva Carvalho.
Secr:—Francisco Portuense Machado Reis.
PHILÀNTROPIA E ORDEM [Cap. Rit. ESC.)
Ven.—Francisco Antunes da Silva Guimarães.
Secr.—Máximo Salvador de Avellar Seixas.
GRÊMIO PHILANTROPICO [Cap. Rit. ESC.)
Ven.—José de Araújo Rangel.
Secr.—Antônio Augusto dos Santos Luzes.
segredo [Cap. Rit. Adonhir.)
Ven.—Joaquim Bernardino Pinto Machado.
Secr.—José JSstanislau d'Assençao Júnior.
mysterio [Cap. Rit. Adonhir.)
Ven.—Joaquim José da Cunha Guimarães.
Secr.—Manoel José da Silva" Júnior.
discrição [Cap. Rit. Adonhir.)
Ven.—Antônio Ferreira Campos.
Secr.—Francisco Xavier Nunes Pinto.
urias [Cap. Rit. Esc.)
Ven.—Domingos Antônio de Oliveira.
...•4?'.

'.',f,'f." ''"'
Secr.—Antônio de Oliveira Salgado.
il.
- 225 - 'ri
¦
. ¦
.... '..-,.' •¦¦¦¦¦¦ ¦ •
...-...¦ •-...' .

ESTRELLA DO NORTE [Cap. Rit. Esc.)


Ven.— Dr. Alexandrino Freire do Amaral.
Secr.—José Antônio Rodrigues de Miranda.
LIBERDADE E FRATERNIDADE [Cap. Rit. Adonhír.)
Ven.— Francisco Martins Pinheiro.
Secr.—Augusto Justino de Mattos.
s. vicente de paulo [Cap. Rit. Esc.)
Ven.— Dr. Antenor Augusto Ribeiro Guimarães.
Secr.—J. R. Cabral Noya Júnior.
vesper [Rit. de York.)
Ven. int.— Dr. Ataliba Lopes de Gomensoro.
Secr. int.—Elysio Gonsalves Mendes.
Pará.
cosmopolita (belem) Cap. Rit. Esc.
Ven.— Dr. Marcello Lobato de Castro.
Secr.— Dr. Felippe José de Lima.
FIRMEZA E HUMANIDADE (BELEM) Cap. Rit. Esc.
Ven.— Dr. Joaquim José de Assis.
Secr.— José Antônio Dias da Costa.
harmonia (belem) Cap. Rit. Mod.
Ven.— Dr. José da Gama Malcher.
Secr.— Antônio Bernardino Jorge Sobrinho.
Mod.
harmonia e fraternidade (belem) Cap. Rit.
Ven.—Bernardo Ferreira de Oliveira.
Secr.- João Constantino do Valle Guimarães.
RENASCENÇA (BELEM) Rit. ESC.
Ven int — David Corrêa Sanches de Frias.da Silva.
Secr'. ínt- Antônio Angnsto Ferreira

aurora (belem) Rit. Adonhír.


- Antônio Nicolào Monteiro Baena.
Ven int Falcão.
Secr. int. - Pedro de Mello Marinho
*

— 226 —
t

J «
Maranhão.

VERA CRUZ (s. luiz) Cap. Rit. Esc.


¦¦¦:¦ ¦¦. ¦
¦¦¦ .. ¦¦¦
.. .
:

Braga.
Ven.— Dr. Sebastião José da SilvaCanaes.
-..¦; .

Secr.— Cândido Braulio da Costa


concórdia (caxias) Cap. Rit. Esc.
Ven.— Dr. Salustiano de Moraes Rego.
Secr.— Antônio José dos Santos Netto.
FRATERNIDADE MARANHENSE (S. LUIZ) Cap. Rit. ESC
Ven.—Justino José Pereira.
Secr.—José Joaquim de Miranda.

Ceará.

FRATERNIDADE CEARENSE (FORTALEZA) Cap. Rit. Esc


Ven.— Dr. Antônio Mendes da Cruz Guimarães.
Secr.— Gualter R. Silva.

Rio Grande do Norte

VINTE E UM DE MARÇO (NATAL) Cap. RU. ESC.


Ven.—Vigário Bartholomeu da Rocha Fagundes.
Secr.— Paulilio Fernandes Barros.

Parahyba do Norte.

UNIÃO E BENEFICÊNCIA. (MAMANGüAPE) RU. ESC.


Ven.— Dr. José Carlos da Costa Ribeiro.
Secr.— Hermenegildo de Souza Lobo.

Sergipe.

COTINGUIBA (ARACAJU') Rit. ESC.


Ven. int.—Francisco José Martins Pereira Júnior.
Secr, int.—Polydoro Pereira Gomes.

'
t'fí>í"5'*"'. h
.

¦
.

997

Alagoas.
fraternidade alagoana (maceió) Rit. Adonhir.
Ven.— Jacintho José Nunes Leite.
Secr.— Raphael Archanjo da Silva Antunes.
perfeita amizade alagoana (maceió) Cap. RU. Adonhír.

Secr.— Vicente de Rezende Velloso.

Pernambuco.

conciliação (recife) Cap. Rit. Esc.


Ven.—João Joaquim Alves,
gecr.—João Martins de Andrade.
seis de março de 1817 (recife) Cap. Rit. Esc.

Ven.—José Clementino Henrique da Silva.


Secr.—Francisco Lopes Cardim.
philotimia (recife) Cap. Rit. Esc. .
-¦"

Ven.—Francisco da Costa Maia.


Secr.—Antônio Mendes Souza Machado.
regeneração (recife) Cap. Rit. Esc.
Ven.—Luiz José da Costa Amorim.
gecr.—Vicente de Moraes Mello.
REALIDADE (RECIFE,1 Cap. Rit. EsC.

Ven.—Antônio Joaquim de Vasconcellos. ¦'"...>.'¦' :-- .Vil. -"' : ''''Z\Z-.Z,


'''['
' . -
'i'-'?'. -'.'¦'¦¦;<

Secr.—Augusto Pacheco de Faria.


PERNAMBUCANA (RECIFE) Cap. RU. ESC.
RESTAURAÇÃO
¦ ¦ ¦

Ven.—Caetano Quintino Galhardo.


Secr.— Manoel Duarte Vieira.
¦

¦
¦ ¦¦¦¦'¦
. ¦...¦,,..

ESC.
SEGREDO E AMOR DA ORDEM (RECIFE) Cap. RU.
»

Ven.—Manoel Antônio Viegas Júnior.


Secr.— Silvino Antônio Rodrigues.

• •?
., .
'

'

228
RU. ESC. ¦ <
UNIÃO E BENEFICÊNCIA (RECIFE) Cap.

Ven — Dr. Ayres de Albuquerque Gama.


Secr'.— Augusto César Pereira de Mendonça.
Bahia.
SALVADOR) Cap. RU. Esc.
ABRIGO DA HUMANIDADE (S.
¦

Ven.— Fernando Pereira da Cunha.


Secr.— José Maria de Sant'Anua Mattos.
UNIÃO E SEGREDO (S. SALVADOR) Cap. RU. Esc.

Ven.— José Ferreira Bastos.


Secr.— José Pereira da Motta.
ESC
FIDELIDADE E UNIÃO (S. SALVADOR) Cap. RU.
Ven.— Emilio Champion.
Secr.— Manoel Teixeira da Cunha.

Provincia do Rio de Janeiro.


CERES (CANTAGALLO) Cap. RU. Mod.
Ven.— João Damasceno Pinto Mendonça.
Secr.— Henrique Halfeld.
CONFRATERNIDADE BENEFICENTE (CANTAGALLO) Cap. RU. ESC.

Ven.— Manoel Pereira Alves Pimenta.


¦ ¦
i
Secr.— JoEo da Costa Valle. ,*

firme união (campos) Cap. RU. Mod.


Ven.—José Custodio Osório.
Secr.— Antônio José Pereira Codeço Júnior.

CONCÓRDIA il (itaborahy) Cap. RU. Esc.


Ven.—Dr. Antônio Gomes de Araújo.
Secr.—Virgílio Constância. Gomes de Araújo.
perseverança ii (macahe) Cap. Rit. Esc.
*

Ven. — Autero Dias Lopes.


Secr.—Bento Pinto Leite.
- 229 «v
.
.
¦
\

união (valença) Cap. Rü. Esc.

Ven.—José Francisco d'Araújo Silva.


Secr.—jOvidioJ Pinto da Fonseca.
ESTRELLA DO ORIENTE (VASSOURAS) Cap. Rit. Mod.

Ven.—Dr. Alexandre Rodrigues da Silva Chaves.


Secr.—Jeremias Baptista Garcia de Mello.
Minas Geraes.
ESTRELLA DO SUL DE MINAS (S. SEBASTIÃO DO PARAIZO ) RÜ. Esc.
¦*¦'¦'.''

Ven. int.—José Aurelianuo de Paiva Coutinho.


Secr. int.—João Antônio de Almeida. y
FIDELIDADE MINEIRA (JUIZ DE FORA) RU. Esc. \\_
ê

Ven. int.—Dr. Christovao Rodrigues de Andrade.


Secr. int.—Dr. Agostinho Antônio Corrêa. >
PERSEVERANÇA (OURO PRETO) RÜ. Esc.

Ven.— , „
Secr.— Theophilo César da Gama. ;/-.:.i.y

UNIÃO DEMOCRATA PRETO) Cap. RÜ. Esc.


(OURO
Ven.— ?
Secr.— Baptista Carlos J. de Mello.
I

BENEFICÊNCIA (PASSOS) RÜ. ESC.

Vèn.—Dr. Francisco Augusto Pereira Lima.


Secr.—Felisberto José da Fonseca.
ESC.
AMPARO DA VIRTUDE II (UBERABA) RÜ.

Ven.— Joaquim José de Oliveira Penna.


Secr.— Maximiano José de Moura. .'
¦' ¦: ¦
¦

Z.-ílW^Z-

ASYLO DA CARIDADE RU. Esc.


(ARAXÁ)

Ven.
Secr.—Dr. Francisco José da Silva Ribeiro.
FRATERNIDADE IV (iTABIRA) RU. EsC.

VÃf,

Secr. interino.—Dr, João Baptista Carvalho Drummond*


9

¦
."

' '. '¦¦¦ "'.'.¦¦•'¦' '¦'


¦•'"'¦ !.,:'¦'.-''" í
¦

."",-y .;'. .''...,:."/-': ¦, ,y.,.'.','."


• -230-
«V.

CENTRAL (BAGAGEM) MU. ESC.


UNIÃO HUMANITÁRIA

Gandra.
Secr*. interino.-Luiz Fernandes
S. Paulo.
ESC.
FRATERNIDADE II (iGUAPfi) Cap. RU.

Ven.— Manuel Homem Pamplona.


Secr.—José Maria Brochado.
FRATERNIDADE AREENSE (ARÈAS) RU. Esc.

Ven.— Dr. Joaquim Francisco Ribeiro Coutinho.


gecr _josé da Silva Bellem.
PATERNIDADE III ÍS. JOÃO DO RIO CLARO) RU. Esc.
¦ Mfs,
Ven.— Dr. Alfredo Silveira da Motta.
Secr.— Francisco de Arruda Camargo.
Esc.
INDEPENDÊNCIA (CAMPINAS) Cap. RU.
dos Santos. —;-
Ven —Dr. Francisco Quirino
Raymundo Alvares dos Santos Prado Leme.
Secr.-
AMERICA (CAPITAL) RU. Esc.
A
v

—Dr. Américo Braziliense de Almeida Mello..


Ven
Secr.—Antônio Figueira.
amisade' (capital) Cap. RU. Esc.
Ven.-
Secr.—
SETE DE SETEMBRO (CAPITAL) Cap. RU. Esc.

Ven — Antônio Egydio de Moraes.


Secr.— Lino Gonçalves Peres.
SETE DE SETEMBRO (CAPITAL) Adopçãú.
Carvalho.
Gr.-Mestra. - D. Francisca Carolina de
- D. Maria Isabel de Oliveira Campos.
Secr.

'ryy
.-¦-'
LEALDADE (jUNDIAHY) RU. ESC
yy
.-¦ ¦'¦ .../.

Ven.— ,.. xX{ xy , ,%


Secr.—
¦ ; x ¦ ¦
. .¦.,. .

- 231 -
¦' ¦. ¦ ¦ ¦ ¦ '¦¦''-
t ¦¦.¦¦¦ - i. ¦

VINTE E CINCO DE MARÇO (LIMEIRA) RU. EsC.

Ven. — Dr. José de Barros Duarte.


Secr. — Antônio Augusto Botelho.
PERSEVERANÇA III (SOROCABA) RU. ESC.

Ven—Vicente Eufrasio da Silva Abreu.


Secr.—José Antônio Cardoso.

FRATERNIDADE (TAUBATÉ) RU. ESC.

< Ven.—
Secr.—
¦ ¦
¦

cruzeiro do sul (pirassinunga) Rit Esc.


¦

•.., -.

. * .

Ven. int.—João Carlos Nogueira de Baumann.


Secr'. int.—Francisco de Assis Salles.
I
TRABALHO (AMPARO) RU. EsC.

Ven. int.—José Pinto Nunes Júnior.


Secr. int.—Manuel de Paiva Moreira.
Paraná.
RU. EsC,.
ESTRELLA DE ANTONINA (aNTONINA)

Ven.
Secr.
¦ modéstia (morretes) Cap. Rit. Adonhir.

Ven.—Joaquim Alves de Araújo. ; *


Secr.— José Guilherme da Costa.
¦ " RU. ESC.
PERSEVERANÇA (PÀRANAGÜÃ)

Ven. — Leocadio Pereira da; Costa. . ~

Secr.— Virgilio EÍysio de Faria.


RU. ESC.
PHILANTROPIA GUARAPUAVANA (GUARAPUAVA)

Ven.—Eugênio de Sancta Maria. Amaral.


Secr.— Zacharias Caetano Coelho do

.¦"¦¦- 7 \:,
...ym min**». «¦ppbp.'th"-**"w«*w

¦
. . : :-¦.

w.

- 232 -

Sancta Catharina»
Cap. RU, EsC.
;
REGENERAÇÃO CATHARINENSE (DESTERRO)
- Dr. Olympio A. de Souza Pitanga.
Ven Pereira.
Secr'.- Padre João da Costa
" RU. Symb.
AMISADE AO CRUZEIRO DO SUL (JOINVILLE)

Ven.—Ottokar Doerffel.
Secr.— Carlos Lange.
Rio Grande do Sul.
ESC.
, FRATERNIDADE (BAGÉ) Cap. RU.
Ven.—Dr. João Albano de Souza.
Secr.—Carlos Alegre.
grande) Cap. Rit- Esc.
união constante (rio
Ven.—Antônio Joaquim Pinto da Rocha.
• i

Secr.—Joaquim Gomes Cardia.


< progresso da humanidade (porto-alegre) Cap. Rit. Esc.

. ven — Dr. Luiz da Silva Flores Filho,


Secr —João Antunes da Cunha Ne'io.
Cap. RU. Esc.
tolerância (porto-alegre)
Ven.—João Baptista Tallone.
Secr.— Antônio de Azevedo Lima.
e industria (pelotas) Cap. Rit. Esc.
commercio
ê

Ven.—Felicissimo Manuel Amarante.


Secr.— João dos Santos Silva.
humanidade Cap. Rit. Esc.
honra e (pelotas)
Ven—Antônio José Rodrigues de Araújo.
Secr.—Antônio Teixeira Guimarães.
T^" +>óó
«

EXPEDIENTE E AVISOS.
do circulo deverão dar
Recommenda se às officinas no ftgg que "JJg^S
«JSH? Soluções contidas
outra communicaçao da grande secrewu» s
qualquer
da Ordem. ,
Boletim muito grata ficará aos irmãos
A redaccao do a ™f>M»|
assim
*«&&% lojas, a^rca^rab|^a^^uascomo qualquer
lhe remetterem notas ^
"S « atarem Jorna. que
SSitStt
lefendam ou combatam a Ordem.
¦.

muito^ressamente às^f**»^
Recommenda-se tem de adubar o^p.oe
circulo que o quadro que
estado, profissão,
ÍSSf ÍFJ^ZSSSSA*
S^^:í^g
aos «erem de
«g»^*-Mtó,
Eecommenda.se igualmente
diplomas pew r
solicitar a expedição de o n P^
mandatem
geral da Ordem a conveniencm gde

0S irmãos oue em. virtude do


de 4 |^o€ tfe
mem_
l.o do art. 9." da Lei n. _ ^j
|
'J»,AÍKSÍ
SST. W de UM.
prevtte
estabelecida por lei.

o façam com a máxima brevidade. )

Para dermos a remessa Q^^ÓH? S


ao redactor chefe,
3SSEST o^uíò djeng-las da Ordem.
grande secretario geral ; .....
¦ x iXxx
.'..:¦¦.
¦^xx'y~-:'
;¦. .¦:;.•',.- :-<_./.;¦;

e maçons oue tenham de,nosenviar


Pedimos às officinas hajam de declarar no
por earta qualquer somma
t

y • ... • ¦ i , .

¦ -. ¦

''¦'\:..y'y'X ¦ \' yy.xi ':yyy \y ^ '','-.. '¦ XX-MrXX.


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- "'XXAZ']
. . .-¦¦•;

"
..-. :
- ¦¦-¦. •¦¦¦,¦.

-234 -

remettem afim de nos nao obrigarem ás multas


quantia que
que freqüentemente estamos pagando.
• Recebemos e .agradecemos os seguintes jornaes : Jornal
do Recife, O Paulista, A Regeneração, A Familia, O Jesuíta, O
Excommungado.
k

Acham-se à venda na grande secretaria as seguintes


obras: Boletim, contendo a constituição provisória, e ador-
nado com o retrato do actual Gram-Mestre, 1*; Honras
fúnebres, em memória do irmão Visconde de Inhaúma,
com retrato, 2#; Ritual do baptismo maconico, 1*;
Ritual de festa fúnebre maconica, 1*000.

Nous prions tous*les rédacteurs auxquels nous en-


voyons notre Bulletin de vouloir bien nous remettre en
écíiange régulièrement leurs journaux.
Adresse du secrétariat:
Rua dos Bénedictinos —
y. .**
"¦ ¦¦¦-•.¦
* -.,

— Rio de Janeiro —
¦
¦
¦
•¦

— Brazil.—

¦¦ . '
: s . .

ULTIMA HORA
¦:

Supremo Conselho da Bélgica. — Recebemos o Bole-


íim n 15 dos trabalhos do Supremo Conselho da Bélgica,
ao oriente de Bruxellas desde 1 de Setembro de 71 até 1
de Setembro de 72, assim como communicaçoes desse corpo,
»..'.v.:-i-";.'.i'\r.=
datadas de 30 de Novembro e de 10 de Dezembro do anno
pretérito. Fieis ao nosso programma, extrairemos algumas
noticias que se referem á maçonaria do Brazil do relatório
da correspondência estrangeira, apresentado pelo irmão
¦

Victor Walter. v"..


¦¦'-.¦.
¦ ¦ ' .
\
. ' ¦ ' ¦ V':...' . -'¦,..<, V".
;fe-.v": "• Z-XXj./

Brazil. — Recebemos muitos documentos dos dous grandes corpos <jue


disputam a supremacia neste paiz. Ha um, porém, que excede em im-
portancia a todos os outros: é o annuncio da terminação desta scisão que
I
deploravam todos os maçons dos dous hemispherios. Verificou-se em 20
'. '
"¦¦: ' ¦ ¦
. .."

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>¦:'.'"' Z :\.;Sff$

'¦ ¦¦'•. ''¦¦¦'¦ "


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' .¦'¦¦¦. ¦¦ ¦
.

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. . ... ... "':'¦'

— 235-

„e Maio de 1872 a tosío dos dous Ornados fg£y£l frjS&Á


Grande Oriente União \s^l^m"t\míxo
do Lavradio, ° P "ei™f gWosamento renunciou
Bénedictinos se uniu ao lhe= eram gjjnüdoa poi se^ pacto social,
ftl> e o
a todos os direitos que oflerecor o oseulo cia p* Eig
segundo se apressou cm do toda, qualquer con SODa(mal eg f
assim como a umao livre nisarem os
as verdadeiras bases do ™vo Giande se |{«ente
alistaiam paia b definiu-
maçons dos dous antigos partidos
vãmente o poder maconico n.no 7, aTL? de Junho, sabemos que em 29 de
Pelo Boletim Official decreto d^^rtiSi .JL.T as bases da fundação do
Maio foi sanecionado o que .^°f Jaitigos .
Orando Oriente Unido. Eis os seus principaes
• "
4 . ..

.
' •

Em 4 do Junho'ma soguado^.„«t^SvÍSS£jSi*S
membros> doGran\íe^e^.0atéáadopção
commissão composta de sete
dl « prosideato,
1

\ WS ZÂ&Tr secretario. ='=„S°o,Tml;sta


um vice-presidente e um
'Temos
os seguintes^^; corresPondente
ainda cm'nosso poder OnontoVmAo<xo
Grande p ^ neg0.
l.o o Bdíeíim n. 8 do

apresentaremos o
*°f do <*
i O Manifesto da atavia do Bva.il,
\resumo: ; uma grande to^ foi
de Março M0.onie anno
, do PJgW"ff o visconde d
do
\ Em dous commendador,
brada em honra do. ff^L™^J^Tto L^ Xnto, à perseverançayteste
Rio Branco, no templo do doLa consemu
Jj. u*;ministros, que 4°™'%Ma
escravidão. AJJmsio,
Vhmtre irmão, presidente
mg^^^^^&^
^SetembJdebrazileira ülD™870-t«Wf» o Rev. padre^l&uS-
Almeida JYiar
aw a maçonaria
">'.-'¦,

¦ ..;.';'.-

-lE=a£bS^S^SKSftí*'-* aUo ateance


¦¦tew, o, P^aaJ^Asr tísrs & e rep
ciosamente as ceremonias celebradas
catholicismo no Em ae
sos proferidos. diz orgao do ^

todos os meios a seu ^


eficazmente por
ÜSaf °o-
O discurso do irmão Saldanha Marmho
g^«mlütod«1?! :•_
bem es-
.
ash r^ra^vo?^S
• '
.....
e contem
: : pstvi0 vigoroso que
4.0 O Ponto Negrodos ^^J^^X^ exemplos s
quaes reiei
.. . > .¦ V. .!¦¦...-¦. i
'¦¦
.
factos interessantes, ....,.••••

s' ,'.".'- ,;.. ,

y ¦
.
N \

236
5.° O quadro geral dos membros do Grande Oriente do Lavradio e
das lojas de sua jurisdicção para o quhiquenno de 1870 a 187$; porém
este documento não mais nos interessa depois da fusão operada entre os
dous Grandes Orientes.
6.° Cinco números do Boletim do circulo do Lavradio, desde o mez
de Dezembro ató o de Abril de 1872.
On, i contém a narração de grande festa celebrada em 2 de Março,
7.° Um projecto, proveniente do circulo dos Benedictinos, datado de
21 de Março de 1872, para a creaçâo de uma caixa de soecorros mútuos.

Em conseqüência dos novas eleições a que procedeu o


Supremo Conselho em 20 de Novembro'ultimo para completar
o collegio dos grandes dignitarios da Ordem, foi elle solem-
nemente installado em 30 do mesmo mez, ficando composto
da seguinte fôrma:
Grande commendador, gram-mestre do rito — Bruno
- Renard, logar-tenente general, ajudante de campo do rei
¦

e inspector geral das guardas civicas do reino.


Logar-tenente grande commendador gram-mestre ad-
juneto — Amtoine Charles Hoorickx.
Grande thesoureiro do saneto império — Adolphe H ,'
chsteyn.
Secretario geral — Léopold Riche.
Secretario adjuncto ~ Charles Waefelaer.
Ministro de estado, grande orador— Louis de Rons.
Gram-mestre de ceremonias — Francois Roffiaen: /
Grande guarda dos sellos e archivos — Victor Walter/
ê
Grande capitão das guardas — Jean Baptiste Grognier
Quélus. /.
¦'-, ¦ \, Grande porta-estandarte — Alexis GotTaux. '
A Maçonaria no parlamento. — Á ultima hora temos
a acerescentar o seguinte I
O ministro da guerra respondeu nos termos que em
seguida resumimos ao deputado Manuel F. Corrêa.
I
¦
.

¦
¦

A respeito da questão religiosa que se tem levantado no


dizer paiz, muito
pouco posso porque os interessados intsrpuzeram recurso, dirigindo-
se a esta augusta câmara e ao governo imperial, o
cumstancias com toda a madureza e prudência, ha dequal, pesando as cir-
opportunamento dar
í V" , ¦' ¦
'¦¦'¦- -x-'''X>y.. ',-V

\l.
¦ 11..
'X-! -.;
uma decisão conforme aos principios de justiça.
O governo não pôde ultrapassar os limites da
' ¦
< ,' ' .'.

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compete, na de procurar, portanto, ser o mais jurisdição que lhe


'; !!'....
;v. ¦';.¦¦/•«" /,
¦',:¦¦:
.':,¦: -., ¦-. a:-::ví'>:
L'X :''''¦' ¦ ¦ ¦
¦¦¦¦o.-x.
de fôrma alguma invadir attribuições justo possivel, sem querer
compitam a outro poder. I
u governo lamenta o apparecimentoquede semelhante
.- 'ir

questão no paiz.
?«««-M ¦ WL <lue os Prelados diocesanos são levados por suas respei-
laveis convicções, assim como também reconheço que a sociedade denomi-

¦ í ,'¦'' y' •.<
¦'¦'¦

ÍSSLmaC°nana> e a que se referiu o nobre deputado, entre nós procura


S°men!e *ctoB de beneficencia. (Apoiados.) Ao menos é o
Sent que ge-
' '

nl° querendo insistir nesta matéria


,•'•,,''.'¦

:>
,

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; ¦•• .'. • C\X .

verno na de apparecer opportunamente, e não porque


™J!?a£ a decisão do go- >.
¦¦

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/, ./
,i .
'
"
.
',''
¦ conviria mesmo estar dis-
.largamente este ponto, peço ao meu nobre amigo para também
w;.Ví

„ . '
.- '' Tsl í?
nao insistir mais nelle.
¦•';¦'#
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•.¦¦ ¦: . ¦¦¦¦ ¦¦ ',

. .¦¦;,

¦¦:.¦' : X'~
- 237 -

¦
:
' '
. V ¦

Na sessão de 27 de Março o deputado Leandro Bezerra


*
contra a Ordem maconica o discurso seguinte, que
proferiu
. t

transcrevemos do Diário do Rio:


Depois de declarar que presta homenagem, veneração'*gm+g* &
cumprindo a sua sançta missão do em
pos brazileiros que vão jpostolado,o erro
Knra soffrendo ultragcs, os golpes das injurias e das calummas,
™ssao,
aI fmSade exhorta-òs a que não desanimem em tao sancta
ãPattlhêsTexemnlo deVo IX, o^f^^^^^S .
nno sondo do céu, ainda vive na terra para fortificar a yirt™e»AWJrf: continuar
ffioredda, e para abater o erro e o orgulho, quando queiram V *

^F«S^üím?te«to
solemne contra todos os que procura*i'j&*m

cousa chamam de grandioso.para o IgJJfcatam


para èdificarem uma que
Sn^oTrái^ do os-
fe»*. ^dKpSSo

deviam seVbrar de que P^ff do° menos


que ^S?SSSSS?S
estados sérios da
^^^«Íw«^t&
™T*t < » ~T*!SS
ItaTdfaÊar ffi»*".»?
alguns membros *|*|«,^ que
perturbadores
que dizem pertencer ao par^^^Seta p£$e
ueremapm ina&ial do culto, .
catholica
. reclamam a construcção de igreja», que q

"^O^tiv.
da ™.stão retWos.
sarja. -rSS st^s* í
raná, é uma representação que foiao^C^f^S w,ciic,
^^^i$o^Pg

wum» 0 exercício justo de ,um


<5iffnada nor diversos habitantes
So dPo piilado diocesanocâmara de Peraambuco ^gQ
Para tranquillidade da e djs ^
E
da ^Pintos
mesma piov ^
um tópico do relatório do presidente, felizmente ess^a quês ü°ambucaIia ^
é o primeiro a declarar que ae tacio <i ig j r passa
do Recife vai-se arrefecendo_ e que
por uma phase de regeneração. cuestão não marche para o ar-
Mas suppondo, por hypothese, que a ^HT fazer a camara dos de-
continue por diante o que
refecimento, que gjtt»^ 0 pr0Cedimento
°Aff« » ^ Vaçao, 9«e é para o aanota
Stfc
**& tiJEfes d. cidade .fo^^^ffK S8
££. mesmo que o douto e ^rtuoso cidade Q
direita si entendem
endido as bullas dos SSorram
puramente aos poderes do
pre Pio IX, do chefe f™^!™°*jfS
da igreja .mas
amor de jspi-
estado, que não pódenij^JJLgjJg? neste caso a^ repre^ntacao ao
rituaes. O orador so pode °°mpreneuuo este se dirija ^^ . afim dg peclir
nem
governo para fazer com que ^^ ae estado,
uma decisão, ma» ^.^^ cousa üíSSaiTunabn-a» grandes, questões
o eoverno possam decidir e^^^pSSSSottvo, ^nu.m t'maram diversas decisões contra
¦

dagItE aínde o, governo não .renegaram as ' ¦¦


, ¦ I.

os bispos e estes,nao.^^^missão5 de apóstolos, preferindo a prisão


não deixaram a sua wm*»>
suas idéas, '•• ' "• , • ,;.'
e o desterro.
" *¦'¦'. ,- '('¦
- V-

- 238 *-

A magna questão é a W^Ê^^^^M^Ê


s que a "T^^iSJfa Ctu&o'dosados da igreja ; e

St Softdade oo» os princípios es-


in^d^SSS rehgiao. SVmbolos e ritos
tholicos, desnaturalisa a nossa
nao seguira os o .y ?
A maçonaria brazileira gg

esta não tem outro fim senão f^^^^WÍ^m ~nSSftfaSS& do im-


^^^ift^ro^Xe utwwu* elS começa por decla-
o oraaoi que
peno do Brazil, dizunida pqnaihaja
espalhada r,e o
m> mundo e
rar que se acha a toda essa associação religiosas
J
acaba dizendo que na sua e^r*J?^™°:fàmffiestá em uma elevação tal 1que considera
nem políticas. De maneira que do.?f.tofl<>! d . al of
.''.'¦"¦¦¦
¦J-.f

abaixo de si a própria religião


Lô o orador, fazendo commentarios ^"nJj;_J?frlcJJe V doutrinas
¦

flcial do Oriente, ^"í^^íSf^feííS^mòf conforjes com aíuellas x que


l s ão
da maçonaria brazileira sao inteiramente entre¦
1

^queu dag
pregadas na Europa; e accrescenta ^ ^àdé de
e O ^que ^^|%f
Pelicano^|gMfdainfallibüiclade.
nosjomaes A Famiha
Pernambuco, vem a se chamar o rt^^S devo declaiar que o oonsiuera m . quês-
i
Passando a tratar do placet, da igreja, a
'.

libeidade
¦

a
'.¦¦. ¦¦¦
¦" ¦., ¦

tão espiritual Uma doutrina herética, contra


independência e unidade. religião
segmr-se-hia que a íeu wu catholica
Si tal doutrina prevalecesse,

"*« Uvres ^ p»«*>lggj|J«


iSÍS/SSS. se considera™
.'¦ !

ií«iM^
Leão XII e dé Pio IX condemnando a maçonaria.cumprindo . o seu devei
Por conseqüência, o bispo de Pernambuco, asua
de tantos sanctos padresfez baixai
respeitando as* constituições
Í^cMvqI AiiP n orador lê e na qual fallou como fallaram os aposioio&,
ISprí'coqmea°doSrinaIo amor^com ao a doutrina da
essas ovelhas desviadas voltem Senhoi e pioce
apnsco do ^^#$^
queP de merecer censuras, deve receber mil louvores.
dendo assim, em logar
deputado respondeu no dia 28 o nosso
Ao precedente assigmalado
irmão Gaspar da Silveira Martins obtendo um
triumptio oratório. , . n •.
do
Eis o seu discurso, que igualmente reproduzimos
Diário do Rio:
impugna a liberdade da consciência, que> pode até ficar aba.
Quem nao reconhecer nenhum dos di
fada sem ostentar fôrmas sensíveis, pode e filho de
reitos que garantem a liberdade do homem. Eo orador que
uma provincia que mais do que nenhuma tem animado a cotea^.
mandando buscar á velha Europa, nao homens pela religião que gg
servir¦ â palna,, tazer
mas homens que possam ser nossos concidadãos, atrasado o oradoi que
prosperar a industria e progredir este paiz novo e
representa o Eio Grande do Sul, aonde existem tantosos milhares de pro-
testantes, é mais do que ninguém obrigado a defender direitos,, nao,so
da emigração estrangeira, mas dos seus próprios concidadãos, que loram
*^ I-»',.--'

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- 239 -

deputado Sergipe Jà teve occasiao


i nobr?i
discurso do , por
fiados pelo
ultiajaaos na casa a» lte ^ ft rexlgiao a
de manifestar u0 nm\
wrtw
também a duvida
Sem
Brazil ó

po dei cl^1' '.^fi


2,'íSrt a o são fãncciònarios nomeado» fio obede-

Crt1^tSt,s^esinotr,'aS.vScs. .' nSÒ eoncedo os .ncs.os


?„S
-
"1? »f ifasrifsss««¦ -^ a sua cons-
catholica e_ofM?ag i
o hicomnUla a religião constituição que.

ao «*»* da/s» s*^ q_ to™, nos Estados


SncCOnon, lei c itio nos. condição : e que as
Si os bispos querem
Unidos comq^sjirag^ode^alj^c ffi.KSn
e fciam
suas decisões »a? f jampC^fedidas ui ein que não tomou parte
r>ódp tornar-se cego cxecuun u* se enten-
decretadas sem sua audiência. t d cumpre que
outio.
Para manter-so a W,*$3g J |°ão quoira um avassa ar o,

juorui iia-o i—- ruar absolutamenu! ^y"£-

SSSSSS
O oíador,
pò^fÃ
como fSÍli^pSS||
representante do Rio
1ubeiladf
^ra dQ qu { do
a ins-
o impedir
essa°pSão do episcopado que gjjj £
ÍmpC1^0 TdeSfen^l ^^^^llSS^ria verdadeira crise
tWCtf
o lS5
na ocuai o m estailí°S SfíSbaíio
de tia»aino. p da substituição
religiosa .dos
J do» instmmentos se levanta esw,
nojso» baverem-
na transição
braços escravos P§W^ os aUemans tanto a.Pie^m pt{uma outra
t&£&s £1SS »!»£««*«¦• —^*>
rSist^i^Vidad" 0 do ^.a
ce^taos dn-e^aos £ e^,eM
i^ » «$j& ^
SSdÃrffiinU toma tamb3rt . E„sifao «Jg»£ijjg&
Parece que o estadogJ%g da e pe a fogueira, P^°PU direi.
am
vai até pregar a A™}*f*/com os ambiciosos, por
Pal^ir\vados, que uma lellgiao, qm,
per a consciência professem

ver com os negocios»^ que acliw m^^^ao «-


cada um deve írjio acto» ceu P^ na0 deve ajast^i
senão è do dommio da consciência,
nio aa di.
pôde regular ^{g^So,
n* *do| que
"onr^eSo
intrometter-se
íeito para .^rometiei-se
?eito =
- *"
tXf0B'ob
QS onus s da sociedade ciul.xei
os seu
a"v^Ív
Wclditó^off ** «*&&*£
«idadão, sujeito
Irfe
a.
SS&T
todos
sem outra d,
"oTacolIumento ^ tmcçao
dos
ma
sens
s que
cono.dadao,
de
íeite'de
reite »
a 1
lentos, as sSeSUsd" V¦;:*''",'¦¦ Ss.;*-,?. " ¦ '• ¦

':'¦"¦• ' "!"i*;''j'-.: '.-' '.'''.-¦' ":- :-- :! '.i ¦ '•"• ' '-",".¦/¦* '•¦¦•
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-:',. <;.'.:.V.
^
-240-

Portanto o artigo J».—SJ-fe tfJtf^fítlSgV*

•r, «yí* sgp -d» * íu impe. ;.w?:íy

rados pelo mesmo Sr. bispo eram injustos e .e™e.^™lan com os mesmos
disse
fSnestas para o estado- bispeparo sendo o maçon
£«0^™^X£
«WAníido
fundamentos conclue o fôra d o o da igi oja, ew» o casamento
do>
um excommungado está gremi

se elevava a mais «00,000, Pintou a. wmes , e da


ção .de facto nao era o eneiw "* ^
ó
com outras províncias, si este tem chamado, J™ggjJ «ggflft della
emigração que o Bio Grande porque » "> v a
do Mas ia
pôde nascer rapidamente alevantam-se
grandeza paiz.
soc^oes
Intrar essas pretenções e f ^^Ss^éSans:
buem folhetins em que se pregam Mto.d^HSft^^nhore
sagrado habito da Senhor ™ Monte
do ™
que basta antes de morrer tocar f u v*i Q
Án Carmo nara aue a alma do defunto seja salva, o ya para
no prTmeiroPsaMdS depois de morto. [Riso e conte*ff^.
pn nvador «iwímra aue leu e pôde mostrar os folhetos que esiao uu
da doutrina que era sempre muito bom
blicados De maS $% collum
morrer ria sexta-feira. (Hilariãade). v:„-^ ^ Ppmam-
m°rQuer
a separação^ igreja, do esag para aprouver Q^J^^SSdAi
a
buco e outros governem a sua igreja, fomo^ie|

Sando a cada um depofs a satisfação e dos «J^^JXSTde


na Suécia na Inglaterra os untuu» u que •
Os catholicos reclamam bem; em W^^Jg
estfo privados, e reclamam com justiça. nosPoisoutros concedamos aos
oppriinidos dos nossos correligionáriosnosso. ,y^rWimra paizes
mais cultos o qite queremos para o importam verdadeira nre-
pre
Os bispos têm estabelecido principios que
Var só fazia a, non^ * P*^
uTbispo de França, o de Moulins,branco em tempo^ si nao
1

exigindo destes uma assignatura em para que foi levado


servissem a seu gosto, podessem-lhes dar demissão,: este facto
e repro
ao conselho de estado, que decidiu que havia abuso, violência,
V0Uâtrfnós em. branco, nias^m
os bispos não tem exigido assignaturas mais as P^Jmeií
feito ás escancaras cousa peior, porque nao põemso nomeiam^ncom^
concurso, não momeiam mais vigários çollados, f^gue
dados para os demittirem a gosto- teem feito mais: toem emn-alSurn^
nas P^F
zias encommendado vigários coitados substituindo-os
luÊilÜ encommendaios, como fez o bispo do Bio Grande do Sul, que encomendou um
o vigário coitado de Piratinim na fregueziade Bage e encommendou a
padre italiano em Piratinim. „„««^ ™ria Ipí
independentes, quando pela lei
Não querem ter nas freguezias vigários
os vigários coitados não podem estar nessa dependência. Nao e tal proce-
dimento um defraude á lei? > . ; - . ,V „_
Aqui mesmo no Bio de Janeiro existem, julga o orador que no^on-
vento da Ajttda, duas freiras que com muitos sacrifícios, depois Ue ™zerem
despezas ãvultadas» obtiveram o breve para sair do cumprimento. convento, no en-
tanto o breve está em poder do bispo, que não lhe da sao tratadosj ^ os
Não applaude, porém, o orador a maneira porque
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241 - X ¦
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M»pos «o jornal «Maldo d»conselho.


jmeftífíS^I^*^^
contra as
o nobre presidente ftE?fiiX canda
a ta da CarWade, p
protesta
Sssodaçãof ^e também professa ^ de Pernambuco

liberdade para essa• .ornal 0fficlal do


também e»»» ««•*
qauer Não nóde, portanto, admitur-Jgreju, do
cump;e reprimir os ex-
',/
8icas para dar logar a destorço. * * *
/

«aSS&o orador ai entro os, outtos •**«• «g^ S"**;

KCeB-JC ishrt ira— —


o goveraodeve.se acnar^b Pel^. p^m!?ecíamanSo
medidas, e *

eatão promptos a fazel-o. Onen*


n^w*
fadada encetou o Grande
JM~a» ^ra bem
& «^gS.sa
Unidoasua nobilissima.nu*:
em tao difficU ma * «*•»»•££.
mt
de alma e coração »JTspontaneas ^ ^
n8o estivesse fe^° adhesoes que aug-
dir-lh o-niam a» " p
applausos, dia. ^
mentamde dia para do Boletim, recebemos
concluíamos a i»PW£ perfeita A misade Alagoana,
Oiando ° »»?»
atóhesao da importante,Uga¦cjgw^^mi ¦ -»
de Maceió, o que^eleva "fa&S?
ao oriente antigo Oriente uu do do BrazlU
das oíacinas do Grande unem*^ .fi
í* ""Cereveodo
suprema auctoridade do tivas apr0.
em seguida -W«JJ£ Amis* U**»
:,XZ)

; ¦ !.¦¦ .

'.- ''
'
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¦ ¦¦::¦
¦.

:ii:i'^-;í;-!ili.-.^^ -wv' '.-.':-* .-:¦'.'.'.-"¦i - :PXX --

• . *

• "-V.
¦-„',¦ • "'¦.'•'.'
¦ ....¦ ¦ ¦ - ¦ ¦ ...
.
.TOMSJUH iii

::^kx'x -

m
orionK.em s?fão M. S!
„*¦.«. ™tf' come>
^ fofá/BS | t pagsa
ieconheceu por unanimidade ^ ao
çonico n'este mm^L^^^m
a MjWW^ff&£ff vos as devi-las nstruçeõcs.
a indereçar toda Arehiterto auardo. Secretaria da augusta
Supremo»P^tofa ^w^af!i^|S^é
,.,_ O_,.„i.,, ¥JJ'11™" JJ g, oriente do Maceió, em.20
Resende Velloso, secretario.
Wmm 1873'(era vulgar)
mi. ^1^*10 cn.iQffiríio de vos communicar
Meu mm^^^^mÊi uu
Unido do Brazil, que
n mm 1p.vp.is ao connecimtuiü v*. 1; „ ..„ j^í**^ Ainnnann atyi

ao toT .^ff^Ç «=SfeS^ *mS causa


na mais opportuna oceasiao E mai*uni timmpno para ^
£'»° da cUcicnL, dando a
^Gp«aVr<feeamro igT
°eSn
SnnYemo ArcWtecto do Universo vos illumine e guarde.
**-*
âoSSn»AaSt. ^capitularam £«£

loso. secretario.
¦¦'¦¦ ¦ .
X,-

do bispo Frei Vital. - Á ultima hora ainda


Fastos
acerescentar novos desatinos do »'"«»*'. Pg^
F _
podemos de S. José d'Agonia, fulminada üe
¦''¦ ¦ ¦- -.¦!?!¦ A ir..: :.;¦"..->- *£'.:¦

A irmandade com o seguinte


interdiceno pelo bispo de Olinda, respondeu
I
ofício á intimaçao que lhe fizera o pro-
iStereskntissimo
vinçial do Carmo :¦¦¦¦' . ,
Sr. - Accusando a recepção do oficio de¦ V•
nim.eBevm. copia do de S-Ex- Bevma.^vina..o p\
de 8 do corrente, ao qual acompanhou cumPie-me
datado de 5 do mesmo a V. Revma. dirigido,
bisno diocesano apesar da insistência p edosa
dizer que a mesa regedora desta irmandade, alguma
(que filha de um coração movido poi
de S.fe. Bevma. parece
irmãos maçons^ resolveu que S Ex.
inMl bTudade) pela exclusão de nossos
Revma. considere em vigor as nossas da respostas de 37 Wgrffl
Fevereiro findos: e que, compungida mais acerba doi^W1^"^
deliberação suprema, no dia 6 do coi rente, exclui
S Ex Bevma. que por
mofo\SSSpreqstimPoso e sempre ^W°^^J^™*SZZ e que nessa íazao
Guimarães, que era procurador geral desta irmandade, forem nhados , A ma-
temoíreso\viaò eliminar todos o°s mais irmãos queesperamos a S Ex.
e
çònaria, que, sendo a questão somente de tempo, que
dotado, como. é, de um coração cheio.de caridade, nao faltai a pa-
Revma.
ciência para esperar; tanto mais quanto é ainda tao joven que pode so-
breviver á exclusão do ultimo nosso* irmão maçon. e respeito.
«Deus guarde a V. Bevma, a quem considero a.de
« Conèistorio da .irmandade do patriarcha S. José da Agonia, Flores,
Março de 1873.-Illm. e Bevm. Sr. frei Bento do Monte Carmello do Kecite. —
digno provincial do convento de Nossa Senhora do Carmo
Manoel Pereira Camello Pessoa, sacretario. »
'^.'^ ,¦ \ . ¦ -.Viv;.^ ¦¦¦'•.*..'¦ ... :< ,t ; r .¦,¦...

'. '..-.' ¦.'¦...


1 $*¦

Como se vê, a mesa regedora da irmandade promette


':''.¦.'.''

excluir todos os maçons que fallecerem. .

Por ora é este o*mais assignalado triumpho alcançado por


frei Vital. ¦-..;¦¦¦
t

¦ ,.'..ó...-: .: j ¦¦.-.:..¦¦ :¦¦'..-.


- 243 -

o bispo de
vprifirou-se °de%edir
o que tínhamos previsto:
PCr„7mbeacofiCncabea ordena
$%£»£

mas e casamentos! recebido


Onde irá isto parar o recurso r ."'

nos termos da lei.


proceder
Resposta. -Falta-nos dotempo>£fl%^1£j£?$.
senador oanai
ao discurso
que devemos

ximo numero do Boletim. '~],z^: ¦ '¦"


y -'¦¦ \''J:¦:¦¦'¦::. . .'.'¦'¦
¦
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¦

*¦" ¦¦„'¦'' ¦. ''/ ¦'. ' ¦•" ¦


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Errata.
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''~:':'- '¦-'<•¦¦";"¦
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>;,'*:' .'¦ .' .' . »: .'

Pag. Linhas.
Emendas.
Erros. seis mezes -127- 13
mx> prazo de
O prazo de seis mezes KmpoconcedidopeloDec. 127 14
A fim do n. 6 a fim de 135 15 y:-y. .y.'^yr.>:
*ví

elevação -150- 18
Eleição , 29 de Maio 170 8 ¦

"¦¦ÍV.-i

20 de Maio . plus de 90 174 50


Près de 90 " 194 10
y
Ns 11 e 13 Sos que elle considera -194- 11 .
Os' que elle considera . aos dignitarios 194 11 e
Os (Mnitarios - aos collegas "
;.
Os «Ollegas '¦¦
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