Exercicios Quimica Hibridização
Exercicios Quimica Hibridização
Exercicios Quimica Hibridização
Metano (CH4).
Já que as energias dos orbitais 2s e 2p do carbono são bem próximas, Pauling propôs a hibridação (mistura) desses orbitais atômicos
Como um orbital é uma função de onda monoeletrônica, ou seja, é apenas uma função matemática com valores positivos e negativos, os
orbitais híbridos (que seriam funções matemáticas “híbridas”) podem ser construídos pela combinação linear entre os orbitais atômicos
não-híbridos. Assim, se dois orbitais atômicos não-híbridos são misturados, necessariamente têm de ser gerados dois orbitais híbridos.
Para explicar a formação de quatro ligações σ pelo carbono à luz da TLV, você precisa pensar num jeito de hibridizar seus orbitais de
valência, de maneira a gerar como resultado quatro orbitais híbridos monoocupados. Veja na Figura 4, para o caso do metano, como
A mistura entre o orbital 2s e os três orbitais 2p produz quatro orbitais híbridossp3. Os orbitais sp3 têm 25% de caráter s e 75% de
caráter p.
Os orbitais híbridos têm composição fixa (sp3, sp2 etc.) imposta a priori, independentemente do átomo e de seu ambiente químico na
molécula.
A distribuição dos quatro elétrons de valência do carbono nos quatro orbitais híbridos sp3 leva à ocupação desses orbitais com um único
elétron. Dessa maneira, no metano, cada orbital sp3 do carbono pode se superpor com um orbital 1s do hidrogênio, levando à formação das
A natureza da ligação química na molécula de CH4 (Figura 4) pode ser resumida da seguinte maneira:
A mesma hibridação (sp3) é proposta para o carbono em todas as moléculas nas quais ele efetua quatro ligações σ. Por exemplo: C 2H6,
De maneira geral, a hibridação sp3 também é proposta para átomos centrais com quatro pares estereoativos (Aula 5). É o caso
do nitrogênio na amônia (NH3) e do oxigênio na água, por exemplo. Nestes dois casos, os pares isolados nos átomos centrais também são
descritos por orbitais híbridos. A Figura 5 mostra a hibridação dos orbitais do oxigênio na molécula de água.
O formato dos orbitais sp3 não é equivalente àquele dos orbitais s ou p não-híbridos. Os orbitais híbridos têm formato e direcionamento
espacial característicos, como você pode conferir na Figura 6 para os orbitais sp 3. Os dois lóbulos de um orbital híbrido não são simétricos,
ao contrário do que ocorre com um orbital do tipo p, no qual o lóbulo positivo é igual ao negativo. A assimetria se dá porque, ao combinar
linearmente funções s com funções p, as amplitudes positivas (ou negativas) das funções de onda se somam, gerando lóbulos assimétricos.
Os quatro orbitais sp3 formam, idealmente, um ângulo de 109,5 o entre si, uma vez que se orientam ao longo dos vértices de um tetraedro
regular.
Na teoria de repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (RPECV), é o número de pares estereoativos ao redor do átomo central
que determina a geometria molecular. Na TLV clássica, a hibridação do átomo central é determinada pela geometria molecular, e não o
contrário. Nada mais coerente, já que a TLV é vista como a tradução quanto-mecânica das idéias “clássicas” de ligação e estrutura química.
Bem, vamos voltar para os exemplos da amônia e da água. Em ambos os casos é proposta a hibridação sp 3 para o átomo central (N e O,
respectivamente). Entretanto, o ângulo H-N-H na amônia é de 107o e o ângulo H-O-H na água é de 105o, ângulos diferentes daquele
esperado para a hibridação sp3 (109,5o). Pela TLV clássica, que é esta que você está estudando nesta aula, as hibridações sp3 do N e O são
impostas a princípio. Contudo, na TLV moderna, as hibridações não são impostas a priori, fazendo com que as porcentagens de
caráter s e p dos orbitais envolvidos nas ligações sejam diferentes daquelas sugerida pela TLV clássica. O estudo da TLV moderna foge ao
Veja na Figura a seguir as descrições das moléculas de amônia (NH 3) e água (H2O), segundo a TLV clássica.
Neste ponto é importante ressaltar que orbitais híbridos deveriam ser construídos num átomo para reproduzir o arranjo molecular
observado experimentalmente. A estrutura química não é conseqüência da hibridação; na verdade, é a estrutura determina o tipo de
hibridação.
Por causa da imposição prévia da hibridação na TLV clássica, sem levar em consideração o ambiente químico dos átomos, essa teoria
Formaldeído (H2CO)
No formaldeído, por exemplo, o átomo de carbono é um híbrido sp2 (Figura 7). Os orbitais híbridos sp2 exibem 33% de caráter s e 67% de
caráter p.
Figura 7. Hibridação sp2 no formaldeído.
A hibridação sp2 é sugerida para o carbono nos compostos orgânicos em que forma uma ligação dupla. De maneira geral, a hibridação
sp2 é proposta para átomos centrais com três pares estereoativos, como ocorre nas moléculas de BF3, NO3- etc.
Veja a seguir como se dá a superposição dos orbitais 2px em relação ao plano da molécula de formaldeído (aqui definido arbitrariamente
Como o átomo de carbono é capaz de formar duas ligações σ e duas ligações π (exemplos: acetileno (C2H2), aleno
(H2C=C=CH2) e CO 2)?
Nesses casos, o carbono é um híbrido sp (Figura 8). Os orbitais híbridos sp exibem 50% de caráter s e 50% de caráter p.
Figura 8. Hibridação sp no acetileno.
A hibridação sp também é proposta para outros casos de dois pares estereoativos; por exemplo: BeCl 2, N2O, etc.
Como a TLV descreve a expansão de octeto – exemplos em que o átomo central exibe cinco ou seis pares estereoativos?
Você viu nas aulas passadas que a expansão de octeto é possível apenas para elementos do terceiro período em diante. De acordo com a
TLV clássica, a expansão de octeto é possível porque a hibridação do átomo central envolve orbitais do tipo d (3d, 4d etc.). Como não
existe orbital 2d, não é possível a expansão de octeto para elementos do segundo período.
As Figuras 9 e 10 mostram, respectivamente, a hibridação do átomo central nas moléculas de PCl 5 (cinco pares estereoativos) e SF6 (seis
pares estereoativos).
Figura 9. Híbrido sp3d na descrição da ligação química no PCl5.
Figura 10. Hibridação sp3d2 no SF6.
Linus Pauling introduziu o conceito de orbitais atômicos híbridos não só para dar conta da polivalência de alguns átomos como também
para entender o caráter direcional das ligações covalentes. Dessa forma, a TLV clássica possibilita, em um nível mais fundamental, o
Fonte: SME/CURSOS
Exercicios
RESPOSTA: D
a) sp
b) sp2
c) sp3
d) dsp3
e) d2sp3
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO: sp2
04. Dadas as moléculas: CCl4 e BCl3, qual não obedece à regra do octeto?
Números atômicos: C (6), B (5), Cl (17)
RESOLUÇÃO: BCl3
a) BF
b) BF2
c) BF3
d) BF4
e) n.d.a.
RESPOSTA: A
08. Qual é a forma geométrica da molécula AlCl3? Quanto vale o ângulo entre as
ligações?
Números atômicos: Al (13), Cl (17)
09. (UEMT – UFRS) Qual dos elementos a seguir, cujas estruturas eletrônicas são
apresentadas, teria capacidade de ligação nula, se não ocorresse hibridização?
a) 1s1
b) 1s2 2s2
c) 1s2 2s2 2p2
d) 1s2 2s2 2p4
e) 1s2 2s2 2p5
RESPOSTA: B
a) formaldeído
b) dimetilpropano
c) 2 – metilpropeno
d) acetileno
e) ácido fórmico
RESPOSTA: B
a) 1s1
b) 1s2 2s2
c) 1s2 2s2 2p2
d) 1s2 2s2 2p4
e) 1s2 2s2 2p5
a) Quatro orbitais p.
b) Quatro orbitais híbridos sp3.
c) Um orbital híbrido sp3.
d) Um orbital se três orbitais p.
e) Um orbital p e três orbitais sp2
Veja, 26/04/2000
Fórmula da testosterona:
Assinale a alternativa verdadeira, considerando a fórmula apresentada.
4-(UFPI)-Os efeitos da histamina podem ser neutralizados pelo uso de anti-histamínicos, como
a difenidramina.Indique a alternativa cujos itens relacionam-se com a estrutura fornecida:
A) 12 carbonos com hibridização sp2, 5 carbonos com hibridização sp3 e 2 elétrons não ligantes.
B) 12 carbonos com hibridização sp2, 5 carbonos com hibridização sp3 e 4 elétrons não ligantes.
C) 13 carbonos com hibridização sp2, 4 carbonos com hibridização sp3 e 2 elétrons não ligantes.
D) 13 carbonos com hibridização sp2, 4 carbonos com hibridização sp3 e 6 elétrons não
ligantes.
E) 12 carbonos com hibridização sp2, 5 carbonos com hibridização sp3 e 6 elétrons não ligantes.
5-A molécula que apresenta a menor cadeia alifática, insaturada e que contém um carbono
quaternário é:
a) C6H12.
b) C5H12.
c) C2H4.
d) C5H10O.
e) C5H10.
6-O agente laranja ou 2,4-O é um tipo de arma química utilizada na Guerra do Vietnã como
desfolhante, impedindo que soldados se escondessem sob as árvores durante os bombardeios.
a) 1, 7, 1, 0. b) 3, 5, 0, 1. c) 2, 5, 2, 0. d) 2, 3, 1, 3. e) 4, 0, 1, 2.