Professor Disciplina Empreendedora Completo Alta PDF
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Empreendedorismo
Manual do
Professor
Disciplina de Empreendedorismo
Manual do Professor
Sebrae
Brasília-DF
2016
Coordenação Técnica
Flávia Azevedo Fernandes
Responsável Técnico
Fernando Cenírio dos Santos
Consultores Conteudistas
Mauro Pedro Lopes (Módulo 1– Encontros 1 a 4; Módulo 2 – Encontro 4)
Maria Augusta Orofino (Módulo 2 – Encontro 5; Módulo 3; Módulo 4 – Atividade de Abertura)
Revisão de Conteúdo
Elimara Clélia Rufino – R&R Associados Ltda. (Módulo 1– Encontros 1 a 4; Módulo 2 – Encontro 4)
Consultora Educacional
Marcia Csik (Módulo 2 – Encontro 5; Módulo 3; Módulo 4 – Atividade de Abertura)
Unidade de Comunicação
Gerente
Maria Cândida Bittencourt
Gerente Adjunto
Henrique Nabuco
Núcleo de Editoração
L864d Lopes, Mauro Pedro.
Lorena Ortale
Paula Stefanini Disciplina de empreendedorismo: manual do professor. / Mauro Pedro
Lopes, Maria Augusta Orofino – Brasília : Sebrae, 2016.
Revisão Ortográfica
622 p. il.
Discovery – Formação Profissional Ltda. – ME
ISBN 978-85-7333-773-0
Diagramação
1. Empreendedorismo 2. Educação empreendedora I. Sebrae II. Orofino,
Grupo Informe Comunicação Integrada Ltda. Maria Augusta III. Título
CDU – 658
Disciplina de Empreendedorismo
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Disciplina de Empreendedorismo
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1
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O EMPREENDEDOR
Apresentação disciplina de
empreendedorismo
Caro(a) professor(a),
A educação vista como uma forma de intervenção no mundo define-se como uma Educa-
ção Empreendedora. Argumentando que toda educação é empreendedora, pois objetiva
transformar pessoas e realidades, está posto que não é possível desvinculá-la dos proces-
sos de comunicação, da busca de informações, da criatividade, da inovação e da busca de
oportunidades.
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Dessa maneira, o empreendedorismo vai além da visão de negócios, ampliando sua atuação
para o desenvolvimento de comportamentos empreendedores, tais como iniciativa, metas,
persuasão, busca de informação, riscos calculados, exigência de qualidade, autoconfiança,
monitoramento, comprometimento e persistência. Tais comportamentos são compreendi-
dos como essenciais do desenvolvimento de qualquer atividade a que se proponha um
indivíduo na busca da realização pessoal e profissional, e não somente para o contexto
empresarial.
✪✪ COMPETÊNCIAS
Disciplina de Empreendedorismo
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Entende-se que toda a situação educacional exige, em maior ou menor intensidade, o de-
senvolvimento de competências cognitivas, atitudinais e técnicas/operacionais. Não há uma
hierarquização entre elas e uma não é considerada mais importante do que outra.
✪✪ Cognitiva
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✪✪ Operacional
A disciplina está estruturada em quatro Módulos, com duração de 20 horas-aula cada, tota-
lizando 80 horas de aplicação com os alunos.
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Módulo 1 – O Empreendedor
❖❖ Metodologia
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1. VIVÊNCIA
5. APLICAÇÃO 2. RELATO
4. GENERALIZAÇÃO 3. PROCESSAMENTO
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Disciplina de Empreendedorismo
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Apresentação
Caro(a) professor(a),
O objetivo deste Módulo é apresentar aos alunos uma contextualização sobre o tema em-
preendedorismo e sensibilizá-los para o desenvolvimento de características do comporta-
mento empreendedor. Espera-se tornar possível aos alunos o reconhecimento de seu po-
tencial empreendedor, ou seja, da possibilidade de agirem como empreendedores na busca
de seus objetivos.
5 4 horas 20 horas
✓✓ Histórico do empreendedorismo;
✓✓ Definição de metas;
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Bom trabalho!
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ENCONTRO 1
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
mpo r
I
s atividades
ap re nd iza ge m e os recursos utilizados na -
As estratégias de za do s e co m ple mentados conforme pla
contex tu ali
propostas devem ser Co m o ob jet ivo de promover e am
pliar
r e da IE S.
nejamento do professo ss íve l ag regar outros textos, ou
tras ativi-
alu no s, é po
a aprendizagem dos tra s opções, tendo como fo
co atender
film es , en tre ou
dades, trechos de
s para o Encontro.
aos objetivos proposto
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Disciplina de Empreendedorismo
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Atividade de abertura
❖❖ Vídeo
Sugerimos a apresentação de um vídeo que faça relação com o processo de evolução das
pessoas e o que se espera alcançar ao longo da vida, de forma geral, promovendo reflexão
sobre resultados alcançados em função de ações realizadas (passado ou futuro).
Após a apresentação do vídeo escolhido, solicitar que os alunos expressem suas opiniões
e percepções sobre a cena em questão, de forma a promover reflexão sobre o que se quer
alcançar ao longo da vida, considerando seus diversos estágios e o quanto as ações de cada
um interferem nessas conquistas.
Vídeo sugerido:
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Disciplina de Empreendedorismo
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ATIVIDADE PROPOSTA
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Disciplina de Empreendedorismo
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ATIVIDADE PROPOSTA
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32
a ç ã o
Ob serv
o o
es so r e da IE S so br e como será organizad
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O planejamento do pr ipl ina de Empreendedorism
o deve ser
lus ão da Di sc
evento para a conc elh or orientação aos alu
nos. Algumas
ce dê nc ia pa ra m
feito com ante
ir.
ideias constam a segu
Disciplina de Empreendedorismo
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✓✓ Os planos serão apresentados e avaliados por uma banca formada para análise;
❍❍ Potencial de mercado;
❍❍ Grau de inovação;
❍❍ Impacto socioambiental;
✪✪ Banca de investidores
✓✓ Os planos serão apresentados e avaliados por uma banca formada para análise,
considerando que o foco dos convidados deve ser analisar se investiriam nas ideias
apresentadas ou não;
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✓✓ A feira pode contar com momentos de exposição (pequenas palestras) dos alunos,
contando sobre a experiência empreendedora;
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ATIVIDADE PROPOSTA
Dicas:
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A proposta é criar um contexto desafiador para os alunos, de forma que possam vivenciar e
debater sobre alguns elementos característicos do dia a dia do empreendedor: planejamen-
to, trabalho em equipe, definição de metas, exigência de qualidade, entre outros.
t a n t e
Im por
te confor-
ad ap ta çõ es na s qu es tões listadas para deba
Promova as devidas vista a sequência das
etapas do CAV.
re ali za da , te nd o em
me a atividade
Disciplina de Empreendedorismo
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ATIVIDADE PROPOSTA
Diversão para todos
Esta atividade é uma adaptação livre das dinâmicas Oficina de Máscaras e Oficina de
Pipas, do livro Jogos de Empresas (GRAMIGNA, 2007).
✓✓ Explique que todos trabalharão em conjunto nesta atividade, ou seja, a tur-
ma inteira configura-se em um único grupo. Convide os alunos para “levar”
alegria e diversão para muitas crianças, criando um clima de interesse con-
forme o cenário que representa o contexto da atividade;
✓✓ Previamente organize o espaço que será chamado de “estoque”, com revis-
tas que possam ser recortadas, jornais, tesoura, cola, régua, alguns itens de
sucata (caixas de papelão, embalagens em geral), pincéis atômicos de cores
variadas, fita-crepe, folhas de papel sulfite, folhas de flip-chart, e outros.
Uma dica é não exagerar na quantidade de material disponibilizado; é preferí-
vel que o grupo trabalhe com recursos escassos ou controlados;
✓✓ Explique o cenário e as regras da atividade conforme texto a ser reproduzido
e entregue para cada aluno (Anexo 1);
✓✓ Esclareça que o fator tempo, expresso em dias nas regras da atividade, cor-
responde aos minutos disponíveis para a atividade solicitada;
✓✓ Ao terminar de apresentar o cenário e explicar as regras, reforce que o
tempo para cumprir o que se pede é de 50 minutos, correspondente aos 50
dias informados. Explique que você fará um retiro durante estes mesmos 50
dias, em uma viagem que está programada e não pode ser adiada;
✓✓ Pergunte sobre dúvidas, esclareça-as e “saia” para sua viagem, informando
que, ao retornar, será preciso que lhe apresentem, no tempo máximo de 15
minutos (anote tais itens em uma folha de flip-chart ou projete em um slide):
❍❍ Brinquedos produzidos – modelos e quantidades;
❍❍ Cartaz com nome, logomarca e slogan;
❍❍ Apresentação do jingle elaborado;
❍❍ Prévia da estratégia que será utilizada para distribuição dos brinquedos
às crianças.
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e s t ã o
Sug
para essa
fiq ue à vo nt ad e pa ra propor outra dinâmica
Caro(a) professor(a), idos em uma
em plo : pr od uz ir re cic láveis para serem vend an-
atividade. Por ex
So lte a su a im ag ina ção! O importante é alc
ária.
feira de economia solid
para a atividade.
çar o objetivo proposto
✪✪ Cenário e regras
Diversão é um direito de todos, ainda mais das crianças. Nossa empresa está desenvol-
vendo um projeto para ampliar o acesso de crianças das regiões mais pobres da cidade à
diversão: vamos criar brinquedos que possam ser oferecidos a estas crianças!
Para que este projeto se viabilize, utilizaremos toda a criatividade e o potencial da nossa
equipe de trabalho.
✓✓ Os produtos devem ter qualidade – lembrem-se que são crianças que os manusea-
rão;
Disciplina de Empreendedorismo
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Caso os alunos perguntem algo a você durante o tempo de 50 minutos (correspondente aos
50 dias de trabalho da equipe), lembre a eles que está “viajando e inacessível”.
Após os 50 minutos e sem prorrogação, retorne de sua viagem e solicite as devidas apre-
sentações, conforme orientado previamente:
✓✓ Prévia da estratégia que será utilizada para distribuição dos brinquedos às crianças.
Ao final da apresentação, convide o grupo para uma conversa e avaliação sobre a atividade
realizada.
Avalie, inicialmente, se tudo que foi solicitado foi realizado e cumprindo as regras.
✓✓ Definiram alguma meta específica? Atingiram-na ou não e a que atribuem tal resul-
tado?
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✓✓ Quais relações podem ser feitas da atividade vivenciada com o dia a dia e a realida-
de de um empreendedor?
Ouça os argumentos dos alunos e, ao final, faça também seus comentários sobre o resulta-
do final alcançado pelo grupo, não no sentido de avaliar a atividade, mas de contribuir com
suas observações.
Conforme os comentários da turma, argumente que com esta atividade é possível vivenciar
diversos elementos relacionados ao dia a dia do empreendedor, seja qual for sua atuação,
entre eles:
✓✓ Trabalhar em equipe;
✓✓ Organizar os recursos;
Conclua a atividade com a leitura do texto “Ser Empreendedor” no Manual do Aluno e so-
licite que os alunos comentem sobre informações/aspectos que tenham se destacado em
suas percepções nesta leitura.
Disciplina de Empreendedorismo
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Preste atenção em uma palavra que se repetiu três vezes no trecho acima:
pessoas. Colocando no singular: pessoa. Este é o ponto de partida desta cha-
rada ou questão que gera tanto debate: antes de tudo, o empreendedor é
uma pessoa. Parece óbvio ou piada, mas não é.
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Disciplina de Empreendedorismo
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Empreendedores não esperam a vida passar observando-a pela janela; eles fazem
parte do cenário como agentes de transformação e realização.
Empreender é buscar, é uma ação cíclica; não é chegar e parar. Como se percebe,
para ser empreendedor é preciso predispor-se a isso, predispor-se a se desenvolver
como tal.
Este texto não traz respostas, mas lhe convida para a prática: “seja”, “saiba”, “faça”.
Busque, aja, alcance e continue.
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✓✓ Richard Cantillon;
✓✓ Francis Walker;
✓✓ Joseph Schumpeter;
✓✓ David McClelland;
✓✓ Peter Drucker;
✓✓ Albert Shapiro;
✓✓ Karl Vésper;
✓✓ Gilford Pinchot;
✓✓ Robert Hisrich;
✓✓ Jeffry Timmons;
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e s t õ es
Sug
ssível solicitar
ias pa ra at ivi da de s de encerramento, é po s
✓✓ Como ide
em po st -it s, so lic ita r que criem frases curta
avaliação por escrito nt em uma música que se re
lacio-
av ali aç ão , qu e ca
que traduzam a o Encontro, que cada
um expresse
rc ep çã o ge ra l so br e i-
ne com a pe rm a a co ns truir uma história colet
en te , de fo
sua avaliação verbalm
outras opções;
va do Encontro, entre
da turma
íve l so lic ita r qu e os alunos criem um blog
✓✓ Também é po ss tros comentá-
pa rti lha m en to de ide ias, aprendizados e ou
para com
a.
rios relativos à disciplin
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Professor(a),
Guie-se pelas informações deste texto para ampliar e complementar sua argumen-
tação nas discussões iniciais sobre comportamento empreendedor. Este texto não
consta no Manual do Aluno.
✓✓ Na área de negócios;
✓✓ Na área social;
✓✓ Na área cultural;
✓✓ No desenvolvimento de carreiras.
Disciplina de Empreendedorismo
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Muitas pessoas dizem que não se pode formar empreendedores; alguns afirmam que
eles têm seu diferencial comportamental trazido na herança genética; outros profis-
sionais entendem que é na vivência da infância e da adolescência que se formam tais
diferenças, vinculadas a certos estímulos oferecidos pelo meio. Há também quem
sustente a ideia do surgimento aleatório de empreendedores. Atualmente, a prática
mais comum está na vertente que é possível desenvolver programas de estímulo ao
aprendizado empreendedor.
É importante termos consciência de que não se pode estabelecer uma relação ab-
soluta de causa e efeito. Ou seja, se uma pessoa apresenta tais traços ou padrão de
conduta, não se pode afirmar de forma absoluta que certamente vai obter sucesso.
O que se pode dizer é que, se determinada pessoa possui as características e apti-
dões mais comumente encontradas nos empreendedores, mais chances terá de ser
bem-sucedida.
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Na verdade e como já argumentado, não é possível afirmar que o sucesso será con-
sequência inequívoca das características do comportamento empreendedor, mas
certamente pode-se dizer que estas são vistas como aspectos favorecedores ou
potencializadores da chance de sucesso.
1 Psicólogo americano, reconhecido por seu trabalho em motivação do sucesso e comportamento empreendedor.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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✓✓ Para ele, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz;
✓✓ Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utili-
zar tais informações para o seu aprimoramento;
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✓✓ É proativo diante daquilo que deve saber: primeiramente define o que quer,
aonde quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o
objetivo;
✓✓ Preocupa-se em aprender a aprender, pois sabe que no seu dia a dia será
submetido a situações que exigem constante aprendizado de conhecimen-
tos que não estão nos livros. O empreendedor é um fixador de metas;
✓✓ Aprende indefinidamente;
✓✓ É inovador e criativo;
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ENCONTRO 2
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdo do Encontro
✓✓ Histórico do empreendedorismo;
t a n t e
Im por
ividades
nd iza ge m e os re cu rsos utilizados nas at
As estratégias de apre za do s e complementados conf
orme pla-
r co nt ex tu ali a
propostas devem se Co m o ob jet ivo de promover e ampliar
r e da IE S.
nejamento do professo íve l ag re ga r ou tros textos, outras ativi
da-
nos, é po ss
aprendizagem dos alu s op çõ es , tendo como foco aten
der aos
, en tre ou tra
des, trechos de filmes
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
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Disciplina de Empreendedorismo
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Atividade de abertura
Promover uma troca de ideias iniciais para relembrar pontos principais do Encontro anterior
e apresentar objetivos do Encontro atual.
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Dica
or local
vo cê po de su ge rir que um empreended
Caro(a) professor(a ), lato, os alunos
a co nt ar su a his tó ria. A partir do seu re o-
seja convidado
tre o ca so ap re se nt ado e as principais te
es en
poderão fazer conexõ
s.
rias que serão estudada
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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✓✓ Indicar para cada grupo o nome de um ou dois dos pensadores sobre empreende-
dorismo solicitados como objeto de conteúdo da pesquisa;
✓✓ Entregar duas fichas de papel para que os grupos escrevam as perguntas a serem
elaboradas, separadamente, em cada uma delas;
✓✓ Informar aos grupos que as perguntas que elaboraram são as perguntas do quiz
Histórico e Pensadores do Empreendedorismo, que acontecerá neste momento:
❍❍ Cada grupo vai sortear uma ficha com uma pergunta e passará as demais para
o próximo grupo fazer o mesmo, e assim sucessivamente, até todas as per-
guntas terem sido retiradas pelos grupos, mesmo que seja necessário reiniciar
o ciclo entre os grupos;
❍❍ Das perguntas sorteadas, o grupo decidirá qual delas prefere responder e qual
delas fará para outro grupo responder;
❍❍ Conceda um tempo para que analisem as perguntas e decidam qual será res-
pondida por eles e qual será indicada a outro grupo;
❍❍ Inverta a ordem definida entre os grupos para o sorteio das perguntas e inicie
o ciclo de respostas;
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❍❍ Qual a importância de estudar sobre este tema hoje em dia (é válido ou não
estudar sobre o tema e por quê)?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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Dica
ividade, especialmente da primeira etapa.
Controle o tempo da at
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Inicie a atividade com a leitura compartilhada do texto “O papel dos empreendedores na so-
ciedade” e solicite que os alunos comentem sobre aspectos e informações que merecem
destaque, em suas opiniões, no texto estudado.
Peça que os alunos, organizados em grupos, expressem, de forma objetiva e clara, uma
mensagem sobre como percebem o papel dos empreendedores na sociedade, pensando
também na cidade e na região em que estão. Para isso, propomos a realização da atividade
“Jogo da mensagem”, descrita na sequência.
Após os grupos apresentarem suas mensagens sobre o papel dos empreendedores na so-
ciedade, apresentar vídeo com exemplo(s) de ação(ões) empreendedora(s).
Promova um breve debate sobre as percepções dos alunos quanto ao vídeo apresentado e
conclua com a argumentação sobre o papel dos empreendedores como agentes de trans-
formação e que buscam realização pessoal e profissional. É importante salientar que por
mais que empreendedorismo ou ser empreendedor esteja em evidência, o que move o
empreendedor é a busca da sua realização pessoal e profissional, sendo reconhecido como
agente que fomenta transformações em seu meio social, pois busca alcançar resultados
individuais e também coletivos.
Também, peça que imaginem como poderá estar a cidade e a região com uma ampliação
da atuação empreendedora em diferentes tipos de atividades.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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outras possíveis situações. Neste caso, argumente que isso realmente pode acontecer,
afinal todas as pessoas estão sujeitas a cometer falhas e isso reforça a necessidade de
que o empreendedor tenha clareza de seu papel na sociedade, bem como das práticas de
princípio ético e de deveres legais como qualquer cidadão.
ATIVIDADE PROPOSTA
Jogo da mensagem
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Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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✓✓ China in Box:
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Mas não é somente à área empresarial que os empreendedores restringem sua atu-
ação. Pessoas empreendedoras podem se dedicar a conduzir projetos sociais e cola-
boradores de empresas podem agir de forma empreendedora (intraempreendedoris-
mo), por exemplo.
Cada pessoa pode escolher a sua forma de empreender ou ainda realizar ações em-
preendedoras em diferentes áreas. É possível que um empreendedor da área empre-
sarial dedique-se a atuar em causas sociais, por exemplo.
É claro que para cada forma de empreender será necessário um tipo de conhecimen-
to ou imposta a necessidade de aprendizados inerentes àquela demanda. Assim,
quem pretende abrir uma empresa deve se preparar para tal, buscando conhecer
sobre o mercado em que vai atuar. Da mesma forma, deve se preparar para bem de-
sempenhar suas tarefas e identificar oportunidades de crescimento contínuo para si
e para a organização à qual pertence: os intraempreendedores.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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O contexto social e cultural é fonte de inspiração àqueles que nesta sociedade vivem.
Das ações dos empreendedores espera-se, também, influência e inspiração a outras
ações empreendedoras.
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São muitas as demandas do século XXI, tanto no contexto nacional quanto mundial.
Espera-se promover a inclusão social, reduzir a pobreza, gerar e melhor distribuir a
riqueza dos países, oferecer melhores condições de vida às pessoas, promover o
desenvolvimento sustentável, ampliar o acesso à saúde e à educação de qualidade,
gerar empregos, desenvolver atividades econômicas locais competitivas, viáveis e
sustentáveis, entre outras questões.
Muito longe, distante e sem qualquer relação com a falsa ideia de heroísmo, no con-
texto de ter poderes sobre-humanos ou de ser um super-herói como os de filme de
ficção, os empreendedores mobilizam seus conhecimentos e suas habilidades na
busca de soluções inovadoras, respeitando valores e culturas locais em diferentes
contextos. Buscam oportunidades, determinam objetivos claros e agem de forma
planejada e determinada para alcançá-los. E acredite: isso não é poder sobrenatural,
é fruto de uma prática social empreendedora estimulada, valorizada e exercitada no
dia a dia de forma individual e coletiva.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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Empreendedores em ação na
disciplina
Para estimular o desenvolvimento de características do comportamento empreendedor, é
necessário estimular a prática delas, o que é proposto de forma mais direta nesta atividade.
Serão formados grupos para os alunos como gestores da disciplina, tendo para si respon-
sabilidades definidas.
✓✓ Explicar aos alunos que a turma será organizada em grupos de trabalho para agi-
rem como responsáveis em contribuir com a realização da Disciplina de Empreen-
dedorismo, de forma que esta seja interessante, agradável a todos e atenda seus
objetivos. Serão formados três grupos:
❍❍ Grupo gestor do blog: grupo responsável por gerenciar o blog da turma parti-
cipante da Disciplina de Empreendedorismo.
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✓✓ Solicitar que os grupos apresentem seus integrantes para que todos os conheçam:
✓✓ Explicar aos alunos que desde já cada grupo gestor começa a desempenhar suas
funções;
❍❍ Quem será convidado para compor a banca de avaliação dos Planos de Negó-
cios?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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❍❍ Convidaremos imprensa?
❍❍ Tais grupos podem ser os grupos gestores ou cada grupo pode ser formado
por membros dos diferentes grupos gestores.
✓✓ Informar aos alunos que o planejamento do evento está começando e será monito-
rado ao longo da disciplina. Alertar que será necessário que se organizem paralela-
mente ao período de realização da disciplina;
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ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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Resultados esperados:
70
s t õ e s
S uge
ssível solicitar
ias pa ra at ivi da de s de encerramento, é po s
✓✓ Como ide
em po st -it s, so lic ita r que criem frases curta
avaliação por escrito nt em uma música que se re
lacio-
av ali aç ão , qu e ca
que traduzam a o Encontro, que cada
um expres-
rc ep çã o ge ra l so br e
ne com a pe ir uma história
av ali aç ão ve rb alm en te, de forma a constru
se sua
entre outras opções;
coletiva do Encontro,
da
íve l so lic ita r qu e os alunos criem um blog
✓✓ Também é po ss s e outros
ra co m pa rti lha m en to de ideias, aprendizado
turma pa
à disciplina.
comentários relativos
Disciplina de Empreendedorismo
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Professor(a),
Guie-se pelas informações deste texto para ampliar e complementar sua argumen-
tação sobre o histórico do empreendedorismo. Este texto não consta no Manual do
Aluno.
✪✪ Desenvolvimento do empreendedorismo
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✪✪ Idade Média
Na Idade Média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um partici-
pante quanto um administrador de grandes projetos de produção. Em tais projetos,
esse indivíduo não corria riscos, simplesmente administrava o projeto usando os
recursos fornecidos, geralmente pelo governo do país. Um típico empreendedor da
Idade Média era o clérigo, ou seja, a pessoa encarregada das obras arquitetônicas,
como castelos e fortificações, prédios públicos, abadias e catedrais.
✪✪ Século XVII
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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✪✪ Século XVIII
Finalmente, no século XVIII, a pessoa com capital foi diferenciada daquela que preci-
sava de capital. Em outras palavras, o empreendedor foi diferenciado do fornecedor
de capital (o investidor de risco1 da atualidade). Uma das causas para tal diferencia-
ção foi a industrialização. Muitas das invenções desenvolvidas durante esse período
eram reações às mudanças no mundo, como foi o caso das invenções de Eli Whitney
e de Thomas Edison. Tanto Whitney quanto Edison estavam desenvolvendo novas
tecnologias e eram incapazes de financiar suas invenções. Enquanto Whitney finan-
ciava seu descaroçador de algodão com propriedade expropriada da coroa britânica,
Edison levantava capital de fontes particulares para desenvolver e fazer experimentos
nos campos da eletricidade e da química. Os dois eram usuários de capital (empreen-
dedores) e não fornecedores dele (investidores de risco).
✪✪ Séculos XIX e XX
No final do século XIX e início do século XX, não se distinguia empreendedor de ge-
rentes, sendo aqueles vistos a partir de uma perspectiva econômica.
Dito de modo breve, o empreendedor é visto como alguém que organiza e opera
uma empresa para lucro pessoal. Paga os preços atuais pelos materiais consumidos
no negócio, pelo uso da terra, pelos serviços de pessoas que emprega e pelo capital
de que necessita. Contribui com sua própria iniciativa, habilidade e engenhosidade
no planejamento, na organização e na administração da empresa. Também assume a
possibilidade de prejuízo e de lucro em consequência de circunstâncias imprevistas
e incontroláveis. O resíduo líquido das receitas anuais do empreendimento, após o
pagamento de todos os custos, é retido pelo empreendedor.
1. Um investidor de risco é um administrador profissional de dinheiro que faz investimentos de risco a partir de um montante de capital
próprio para obter uma alta taxa de retorno sobre os investimentos."
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✪✪ Século XXI
Disciplina de Empreendedorismo
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O lucro que esperava em suas ações certamente não era um lucro financeiro. Isso
não a faz ser considerada uma pessoa menos empreendedora no trabalho que de-
senvolveu e resultados que alcançou; pelo contrário. Seu trabalho foi árduo, constan-
temente enfrentou os muitos desafios e seguiu com comprometimento e persistên-
cia seus propósitos.
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Foi Cantillon quem introduziu primeiro o termo empreendedor em “Essai”, obra escri-
ta por volta de 1730. Cantillon dividiu a sociedade em duas principais classes: rece-
bedores de salários fixos e recebedores de renda não fixa. Os empreendedores, de
acordo com Cantillon, não são recebedores de renda não fixa que pagam custos de
produção conhecidos, mas sim ganham rendas incertas, devido à natureza especula-
tiva de favorecer uma demanda desconhecida por seu produto.
Segundo Say (1803), um empreendedor, para ter sucesso, deve ter capacidade para
julgar, perseverança diante dos obstáculos e um conhecimento do mundo tanto
quanto do negócio. Ele deve possuir “a arte de superintendência e administração”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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O empreendedor foi definido por McClelland (1961) como alguém que exercita con-
trole sobre os meios de produção e produtos, e produz mais do que consome, a fim
de vender tais itens (ou trocá-los) mediante pagamento ou renda. O foco do signifi-
cado de empreendedorismo recai sobre o que o pesquisador denominou “comporta-
mento empreendedor”, cujos componentes principais são:
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✓✓ Requer, em terceiro lugar, construir um alto time de gerência bem antes que
o novo empreendimento necessite dele e bem antes que realmente possa
ter condições de pagá-lo;
✪✪ Albert Shapiro
a) Tomada de iniciativa;
Disciplina de Empreendedorismo
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Para ele, o empreendedor é a pessoa que tem iniciativa, toma decisões, organiza
alguns mecanismos sociais e econômicos, e age conforme planejando, aceitando
riscos de fracasso (SHAPIRO, 1975).
✪✪ Karl Vésper
✪✪ Gifford Pinchot
Para ele, o termo intrapreneur pode ser entendido como “qualquer sonhador que
realiza”. São vistos como aqueles que têm a responsabilidade de criar e promover
inovação de todo o tipo dentro de uma organização. O intrapreneur pode ser o criador
ou o inventor, mas é sempre um sonhador que busca como transformar uma ideia
em uma realidade lucrativa.
80
✪✪ Jeffry A. Timmons
Empreendedorismo envolve a definição, a criação e a distribuição de valor e benefí-
cios para indivíduos, grupo, organizações e a sociedade.
Para Filion (2000, p. 22), “[...] além de definir visões, uma das particularidades do em-
preendedor é sua habilidade de gerar relacionamentos (o famoso network) – o que
exige dele um bom domínio da comunicação”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
81
✓✓ Século XVII: pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contra-
to de valor fixo com o governo;
✓✓ 1725: Richard Cantillon – pessoa que assume riscos é diferente da que for-
nece capital;
82
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
atividades
re nd iza ge m e os re cursos utilizados nas
As estratégias de ap conforme pla-
se r co nt ex tu ali za do s e complementados a
propostas devem
IE S. Co m o ob jet ivo de promover e ampliar
r e da
nejamento do professo íve l ag re ga r outros textos, outras
ativida-
no s, é po ss
aprendizagem dos alu atender aos
es , en tre ou tra s op ções, tendo como foco
des, trechos de film
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
83
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de abertura Integrar os alunos e iniciar Atividade em grupo.
as atividades do Encontro. 10’
Motivação pessoal Sensibilizar os alunos para Dinâmica “Meus Manual do Aluno,
identificar suas motivações sonhos”. folhas de papel A4, 100’
e refletir sobre planos de Atividade individual revistas, tesouras,
vida. – questionário de cola, fita-crepe.
motivação.
Estudo de texto.
Intervalo 10’
Características do Apresentar aos alunos Atividade em grupo. Manual do Aluno.
comportamento as características 110’
empreendedor do comportamento
empreendedor.
Encerramento do Finalizar as atividades do Atividade em grupo.
Encontro Encontro. 10’
Total 240’
84
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
85
Motivação pessoal
A intenção, ao falar de motivação pessoal, é propiciar que os alunos reflitam sobre o que
os impulsiona a agir em determinada direção e também iniciem uma reflexão sobre planos
de vida.
✓✓ Falando com voz pausada e tranquila, estimular uma reflexão pessoal solicitando
que os alunos pensem em suas vidas, nos sonhos que pretendem realizar, nas
conquistas e vitórias que esperam alcançar (criar cenário emocional). Conduzir esta
reflexão por aproximadamente 5 minutos;
✓✓ Após a elaboração, solicitar que apreciem o painel elaborado por alguns segundos.
Na sequência, solicitar enfática e seriamente para que rasguem seus painéis elabo-
rados. Este momento pode gerar certo mal-estar na turma e questionamentos de
por que rasgar o painel; caso ocorram situações deste tipo, mantenha a tranquilida-
de e a firmeza para reforçar a solicitação de rasgarem seus painéis;
86
❍❍ Alguém teve vontade de não rasgar? Não o fez ou fez, por quê?
❍❍ Qual a importância de refletir e ter clareza sobre aquilo que se pretende alcan-
çar, sobre o que nos move?
✓✓ Argumentar que muitas pessoas não sabem o querem, simplesmente saem “to-
cando a vida”; outros muitos sabem o querem e mesmo assim não alcançam
seus objetivos ou não realizam seus sonhos. Embora não haja fórmula mágica para
alcançar as conquistas que se deseja, empreender é um caminho de realização;
empreendedores são motivados pela realização de seus sonhos.
LUZ VIOLETA
Luz violeta que brota do coração, preenche internamente todo o corpo, expande-se,
preenche toda a sala e tem o poder de contribuir com as outras pessoas.
Visualize um momento de sua vida em que você era criança e que realizou ou con-
quistou algo que desejava. Veja sua luz violeta brotando em seu coração.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
87
Você cresceu, aprendeu muito e aprende a cada dia. Assim, a sua luz violeta tem se
tornado cada vez mais forte, ou seja, seu potencial de realização expande-se a cada
dia.
Visualize um momento recente de sua vida em que realizou ou conquistou algo que
desejava. Veja sua luz violeta brotando em seu coração.
Imagine a luz violeta que brota do seu coração, preenchendo novamente toda a sala,
interagindo com outras pessoas.
Imagine a luz violeta que brota do seu coração expandindo-se para o bairro e para
a cidade e observe quanto você pode realizar, ainda mais contando com o apoio de
outras pessoas.
Imagine a luz violeta brotando do seu coração e expandindo-se para o estado, para o
Brasil todo e observe o quanto você pode realizar, ainda mais contando com o apoio
de outras pessoas.
Sinta o poder que brota do seu coração. Aí está o seu reduto mais poderoso e trans-
formador. Sinta o tamanho da sua importância neste universo e reconheça seu po
tencial realizador.
88
✓✓ O propósito desta atividade é propiciar aos alunos reflexão e percepção sobre ten-
dências de comportamento que podem motivar suas ações. Não se trata de um
teste, e sim de uma ferramenta de autoconhecimento;
✓✓ Enfatizar que não se trata de um teste, pois quando se fala de comportamento, po-
demos analisar tendências de ação. O questionário mostra a tendência da ação em
uma determinada direção e o resultado certamente será diferente se for realizado
em diferentes momentos da vida;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
89
A partir da teoria e das pesquisas de David McClelland e sua equipe, é possível considerar
que para um agir empreendedor, assim como para qualquer pessoa, as três necessidades
representam fonte legítima de motivação: empreendedores são movidos pela necessidade
de realização, de planejar e executar; esta necessidade de realização equilibra-se com a bus-
ca por relacionamentos afetuosos e a promoção de um clima de convívio agradável com as
pessoas envolvidas em uma determinada atividade; a busca pela realização e a necessidade
de estabelecer laços amigáveis e produtivos com as pessoas relacionam-se com a necessi-
dade de ser autônomo e confiante para influenciar e persuadir pessoas, tendendo a liderar
e coordenar equipes. As necessidades de realização, poder e afiliação raramente manifes-
tam-se de forma igualitária no comportamento das pessoas, mesmo nos empreendedores;
uma delas possivelmente se destacará na forma como a pessoa age e estabelece suas
relações na busca de seus objetivos. A importância de conhecer como tais necessidades
manifestam-se em nosso comportamento é ter consciência de como tendemos a buscar o
estabelecimento de nossas relações cotidianas no ambiente de trabalho e reconhecer, de
certa forma, alguns dos aspectos que norteiam nossas ações na busca de nossos sonhos
e metas.
90
Concluir a atividade com a leitura do texto “O que te move?”, que consta no Manual do Alu-
no. Como complementos ao texto, são apresentados dois outros:
✓✓ Uma metáfora que destaca como a forma como enxergamos uma determinada
situação determina nossa forma de encará-la e realizar o que se propõe, ou seja,
como influencia nossa forma de agir;
Dica
l soli-
tu do e o de ba te so bre motivação pessoa
É possível ampliar o es bre o que
so br e o te m a, ap re sentações pessoais so
citando pesquisas te sobre o tema valores,
entre outras
no , es tu do e de ba
motiva cada alu
propostas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
91
ATIVIDADE PROPOSTA
Questionário de motivações
Você deverá escolher apenas uma das três alternativas propostas em cada uma das
dez questões apresentas na sequência (marque um X).
2) Se fosse possível moldar os filhos ao nosso gosto, como gostaria que fos-
sem os seus?
92
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
93
8) Imagine três mesas, cada uma com três convidados. De qual delas gostaria
de participar?
10) Sem considerar o preço, qual o presente que mais lhe agradaria receber?
94
MOTIVO DE REALIZAÇÃO MOTIVO DE AFILIAÇÃO MOTIVO DE PODER
1 2 3
4 5 6
7 8 9
12 10 11
13 15 14
16 18 17
21 19 20
22 24 23
25 26 27
29 30 28
Total = Total = Total =
e n ç ã o
A t
nte
elhor ou pior; existe a motivação predomina
Não existe resultado m
em suas ações.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
95
✪✪ Motivo de realização
Desejo de alcançar algo difícil. As pessoas se interessam pelo seu próprio desenvolvimen-
to, por destacarem-se aceitando responsabilidades pessoais e, também, por tentarem fazer
bem as coisas, terem sucesso, inclusive acima dos prêmios. Exigem um padrão de suces-
so, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam de assumir responsabili-
dades, de correr riscos calculados, querem retorno concreto sobre seu desempenho, dese-
jam influenciar seus resultados utilizando sua capacidade e não são motivadas pelo dinheiro
em si). Os indivíduos com esse tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso
individual, obter feedback concreto do seu grau de desempenho no grupo, pois buscam
fazer melhor as coisas. Procuram encarar os problemas, retroalimentar-se para saber os
resultados e enfrentar o fracasso.
✪✪ Motivo de afiliação
96
Desejo de ser responsável pelos demais e ter autoridade sobre outros. Preferem o confron-
to, a concorrência e se preocupam muito com seu prestígio, reputação e com a influência
que possam exercer sobre as outras pessoas, inclusive mais do que com os seus resulta-
dos. Procuram posições de liderança e possuem elevada tendência ao poder associado a
atividades competitivas. As pessoas desejam ter uma elevada valorização de si mesmas,
solidamente firmada na realidade do momento, manifestada pelo reconhecimento e respei-
to dos outros.
David McClelland é o autor da Teoria das Necessidades Adquiridas, que embasa este ques-
tionário e preconiza que as pessoas são impulsionadas a agirem motivadas pelas suas ne-
cessidades de realização, afiliação e poder, adquiridas com seu desenvolvimento natural.
Ele argumenta, em sua teoria, que todas as pessoas possuem um pouco destas necessi-
dades, em graus diferentes; contudo, uma delas será característica destacada da pessoa.
Motivos O indivíduo
Realização 99 Procura alcançar sucesso perante uma norma de excelência;
99 Aspira alcançar metas elevadas e realistas;
99 Responde positivamente à competição;
99 Toma iniciativa;
99 Prefere tarefas em que possa ser diretamente responsável pelos resultados;
99 Assume riscos moderados;
99 Relaciona-se preferencialmente com peritos.
Afiliação 99 Procura relações interpessoais fortes;
99 Faz esforços para conquistar amizades e restaurar relações;
99 Atribui mais importância às pessoas que às tarefas;
99 Procura aprovação dos outros para as suas opiniões e atividades;
99 Procura pessoas com as mesmas ideias ou situação do momento.
Poder 99 Procura controlar ou influenciar outras pessoas e dominar os meios que lhe permitam
exercer essa influência;
99 Tenta assumir posições de liderança espontaneamente;
99 Necessita/gosta de provocar impacto;
99 Preocupa-se com o prestígio;
99 Assume riscos elevados.
Fonte: Manual Empretec (SEBRAE, 2009).
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
97
Atividade elaborada com base na Teoria das Necessidades Adquiridas, de David McClelland.
Questionário adaptado do modelo extraído de desenvolvimento organizacional (SOUZA, 1975).
Você já parou para pensar em responder à pergunta que intitula este texto?
Propomos que faça um exercício de expandir suas ideias e imaginar algo além de
um simples movimento físico em uma determinada direção. Imagine e busque com-
preender o que te move, em essência, em uma determinada direção. Será a própria
direção que te move? Será que os desafios do caminho te movem? Será a obrigação
quase imposta a todos de ser bem-sucedido e o desejo unânime de ser feliz? Será
tudo isso e mais um pouco até? O que te move a tudo isso que deseja, afinal? E por
que tudo isso te move?
Os motivos que nos movem pela vida certamente são diferentes, e fato é que cada
um de nós tem seus motivos e suas necessidades para agir em uma determinada
direção.
Motivos para agir, motivos para ação, motivação – assunto comumente discutido e
para o qual existem muitas receitas e fórmulas propagadas. Você já deve ter ouvido
ou lido coisa do tipo “faça isso e seja mais feliz”, “tenha mais motivação fazendo
assim”. Será que funciona? Pode até ser, afinal só você pode responder “o que te
move”? Quais são os motivos que te levam a agir?
98
Três pedreiros estavam construindo uma catedral na França, quando alguém chega até o
primeiro pedreiro e pergunta:
E ele responde:
Finalmente, a pessoa chega ao terceiro pedreiro que fazia seu trabalho de forma entusiásti-
ca, e repete a pergunta que havia feito aos outros dois:
— Estou construindo uma catedral onde os homens poderão encontrar Deus e que perma-
necerá pela eternidade.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
99
O serviço era o mesmo para cada um dos pedreiros, diferente era a forma como eles en-
xergavam aquilo que estavam fazendo. Aquilo em que acreditamos e a forma como enxer-
gamos uma determinada situação são aspectos que interferem na maneira como agiremos.
❖❖ Comida
A gente quer saída para qualquer parte A gente não quer só comida,
Comida é pasto
A gente quer comer e quer fazer amor A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor A gente não quer só dinheiro,
Fonte: <http://letras.terra.com.br>.
100
Solicitar que os alunos escolham, cada um à sua vez e estando sentados preferencialmente
em círculo, um colega da turma e digam sobre ele um elemento que reconhecem em seu
padrão de comportamento e que considerem que seja relacionado ao perfil de um empre-
endedor, argumentando como “enxergam” isso na pessoa:
Ao final dos comentários dos alunos, questionar se existe um único perfil de empreendedor
e uma única forma para descrever como agem os empreendedores, relacionando com os
tópicos registrados.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
101
t a n t e
Im por
r característi-
ao víd eo es co lhi do previamente e registra
Atenção para assistir pliar a eficácia
en to em pr ee nd ed or identificadas, para am
cas do comportam em plo empreendedor apre
sentados.
e a situa çã o e o ex
do debate sobr
Após ouvir os comentários dos alunos sobre o vídeo apresentado, questionar se acreditam
que tal exemplo mostra um empreendedor perfeito, pronto e acabado para os vários desa-
fios do dia a dia.
Ouça as contribuições dos alunos e enfatize que os empreendedores são seres sociais, ou
seja, as pessoas se desenvolvem empreendedoras considerando o contexto em que estão,
seus sonhos e suas metas, aproveitando as oportunidades e aprendendo continuadamente
para ter condições de acompanhar as constantes mudanças pelas quais o mundo passa.
Concluir com um convite à participação ativa nas atividades da disciplina como forma de
aproveitarem a oportunidade para exercitar e fortalecer comportamentos empreendedores.
102
❍❍ Disponível em:
• Parte 1: <http://www.youtube.com/watch?v=oOHf9KhxfFQ>;
• Parte 2: <http://www.youtube.com/watch?v=DYfLTuuKJOM&featu-
re=relmfu>.
Entre quaisquer outros vídeos, é possível optar por apresentar outros exemplos
de empreendedores entrevistados por Pedro Mello no Programa Fiz do Zero.
❍❍ Disponível em:
• Parte 2: <http://www.youtube.com/watch?v=TpAkItsdsVU>;
• Parte 3: <http://www.youtube.com/watch?v=_I7IZg0LkWg>.
Entre quaisquer outros vídeos, é possível optar por apresentar outros exemplos
de empreendedores entrevistados por Pedro Mello no Programa Fiz do Zero.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
103
104
A partir de pesquisas realizadas por David McClelland e outros estudiosos, sendo que
pesquisas foram realizadas em diferentes países, foram elencados diversos aspectos
comuns no padrão de comportamentos relacionados às pessoas que obtinham su-
cesso e realização em suas atividades.
Persistência.
Comprometimento.
Estabelecimento de metas.
Busca de informação.
Independência e autoconfiança.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
105
106
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
107
Encerramento do Encontro
Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar os horários do
próximo Encontro.
s t õ e s
S uge
ssível solicitar
ias pa ra at ivi da de s de encerramento, é po s
✓✓ Como ide
em po st -it s, so lic ita r que criem frases curta
avaliação por escrito nt em uma música que se re
lacio-
av ali aç ão , qu e ca
que traduzam a o Encontro, que cada
um expres-
rc ep çã o ge ra l so br e
ne com a pe uma história
ali aç ão ve rb alm en te , de forma a construir
se sua av
entre outras opções;
coletiva do Encontro,
da turma
íve l so lic ita r qu e os alunos criem um blog
✓✓ Também é po ss tros comentá-
pa rti lha m en to de ide ias, aprendizados e ou
para com
a.
rios relativos à disciplin
108
Professor(a),
Guie-se pelas informações destes textos para ampliar e complementar sua argumen-
tação sobre necessidades e motivação e sobre as características do comportamento
empreendedor. Estes textos não constam no Manual do Aluno.
❖❖ Necessidades e Motivação
Novamente, fica registrado que não se pretende esgotar o assunto neste texto e res-
salta-se que não são aqui apresentadas todas as teorias que falam sobre motivação
humana, por não ser este nosso foco de trabalho na Disciplina de Empreendedoris-
mo.
Este texto apresenta um referencial conceitual sobre algumas das principais teorias
sobre necessidades e motivação, considerando o enfoque que nos interessa neste
momento: poder refletir sobre necessidades dominantes no padrão de comporta-
mento de um indivíduo.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
109
Maslow pretendia “desenvolver uma teoria que pudesse servir de base para a com-
preensão do homem inserido na sociedade” (SAMPAIO, 2005).
Maslow diferencia impulso e necessidade e inclui nisto o desejo. Ele percebe que o
ser humano é capaz de empregar determinados meios para atingir certos fins; por
exemplo, quando se tem a ideia de conseguir dinheiro para adquirir um carro e, ao ad-
quiri-lo, visar ao prestígio que essa aquisição irá gerar no seu meio social. “Em outras
palavras, portanto, o estudo da motivação deve ser, em parte, o estudo dos objetivos
últimos ou desejos ou necessidades humanas” (MASLOW, 1954, p. 66).
110
Para Maslow, a motivação está associada a um propósito que incomoda até a pessoa
atingi-lo. É algo interno à pessoa e que pela falta/privação a mobiliza.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
111
Em sua teoria, Maslow aceita a ideia da múltipla motivação, isto é, de que diferentes
motivos atuam simultaneamente influenciando a pessoa, também de forma diferente
e ao mesmo tempo. Os seres humanos, considerando sua natureza e dinâmica de
desenvolvimento fisiológico, cultural e social, sempre sentem necessidades de vá-
rios e diferentes tipos.
Portanto, o homem possui uma vida interior muito mais forte do que a influência da
cultura ou da sociedade, mas, ao mesmo tempo, é integrado a ela. O homem é capaz
de escolher e de dar significados à sua realidade.
a) Necessidades fisiológicas
112
b) A necessidade de segurança
A privação de vida organizada, em paz, com harmonia, com cuidados e hábitos sau-
dáveis gera e amplia a necessidade de segurança.
Pela necessidade de se relacionar, o ser humano vive em grupos. É o único ser vivo
que estabelece laços com os seus semelhantes e os nomeia.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
113
d) As necessidades de estima
São a imagem de si mesmo e o desejo de obter a estima das demais pessoas. Estão
relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Estas necessida-
des são divididas em dois conjuntos:
Maslow considera que tais necessidades são sujeitas a gratificações (a serem aten-
didas), como as demais que postulou em sua teoria.
114
Essas duas últimas necessidades comumente são negligenciadas nos livros e textos
que expõem sobre a teoria de Maslow.
Disciplina de Empreendedorismo
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115
✓✓ Necessidades básicas são inconscientes, mas sua dinâmica pode ser revela-
da a partir dos desejos que as pessoas expressam;
116
Alderfer também acreditava que é possível uma pessoa sentir-se motivada por ne-
cessidades de diferentes níveis. Por outro lado, a frustração de necessidades de um
nível elevado conduz ao retorno das necessidades do nível inferior, mesmo que estas
já tenham sido satisfeitas anteriormente. Por exemplo, alguém frustrado nas suas ne-
cessidades de crescimento pode ser motivado a buscar satisfação das necessidades
de relacionamento (de nível inferior).
Em resumo, esta teoria apresenta-se mais flexível e menos orientada para a autorre-
alização em comparação com a teoria de Maslow.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
117
118
a) Necessidades de realização
Desejo de alcançar algo difícil. As pessoas se interessam pelo seu próprio desenvol-
vimento, por destacarem-se aceitando responsabilidades pessoais e, também, por
tentarem fazer bem as coisas, terem sucesso, inclusive acima dos prêmios. Exigem
um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam
de assumir responsabilidades, de correr riscos calculados, querem retorno concreto
sobre seu desempenho, desejam influenciar seus resultados utilizando sua capacida-
de e não são motivadas pelo dinheiro em si). Os indivíduos com esse tipo de necessi-
dade pretendem, mais que obter sucesso individual, obter feedback concreto do seu
grau de desempenho no grupo, pois buscam fazer melhor as coisas. Procuram enca-
rar os problemas, retroalimentar-se para saber os resultados e enfrentar o fracasso.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
119
c) Necessidades de poder
Desejo de ser responsável pelos demais e ter autoridade sobre outros. Preferem a
luta, a concorrência e preocupam-se muito com seu prestígio, sua reputação e com
a influência que possam exercer sobre as outras pessoas, inclusive mais do que com
os seus resultados. Procuram posições de liderança e possuem elevada tendência ao
poder associado a atividades competitivas. As pessoas desejam ter uma elevada va-
lorização de si mesmas, solidamente firmada na realidade do momento, manifestada
pelo reconhecimento e respeito dos outros.
Na tabela seguinte são apresentadas características dos indivíduos para cada um dos
motivos elencados.
120
Motivos O indivíduo
Realização pessoal 99 Procura alcançar sucesso perante uma norma de excelência;
99 Aspira alcançar metas elevadas, mas realistas;
99 Responde positivamente à competição;
99 Toma iniciativa;
99 Prefere tarefas em que possa ser diretamente responsável pelos resultados;
99 Assume riscos moderados;
99 Relaciona-se preferencialmente com peritos.
Afiliação 99 Procura relações interpessoais fortes;
99 Faz esforços para conquistar amizades e restaurar relações;
99 Atribui mais importância às pessoas do que às tarefas;
99 Procura aprovação dos outros para as suas opiniões e atividades;
99 Procura pessoas com as mesmas ideias ou situação do momento.
Poder 99 Procura controlar ou influenciar outras pessoas e dominar os meios que lhe permitam
exercer essa influência;
99 Tenta assumir posições de liderança espontaneamente;
99 Necessita/gosta de provocar impacto;
99 Preocupa-se com o prestígio;
99 Assume riscos elevados.
Disciplina de Empreendedorismo
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121
❖❖ A necessidade de realização
Pessoas com alto motivo de realização revelam confiança em si, preferem assu-
mir responsabilidades individuais, gostam de ver os resultados concretos de seus
trabalhos, obtêm boas notas, participam de atividades estudantis e comunitárias,
escolhem técnicos, de preferência amigos, para compor suas equipes, resistem a
pressões sociais e incentivos externos, gostam de aceitar riscos moderados em situ-
ações que dependem de suas habilidades.
122
As mães cujos filhos tinham baixo motivo de realização eram restritivas, não estimu-
lavam a autoconfiança, cultivando, assim, a dependência.
Os resultados revelaram uma coleção positiva entre o grau de motivação para realizar
(segundo as leituras infantis de 1925) e o crescimento econômico (em termos de
produção de energia elétrica) durante o período de 1929 a 1950. Exemplificando: a
Grã-Bretanha, que apresentou o maior aumento em energia elétrica, revelou ênfase
na motivação para a realização em 1925, enquanto o contrário ocorria na Bélgica,
onde não houve incremento.
Mais ainda: não foi encontrada correlação entre as leituras motivadoras de 1950 e o
aumento elétrico dessa época, fato que revela que os temas de realização não são
consequências da expansão econômica, mas esta, sim, é o resultado da motivação
de uma geração anterior.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
123
A motivação, neste caso, caracteriza-se pelo desejo de “fazer melhor” ou pela impor-
tância atribuída ao melhor desempenho. São exemplos:
c) Procuram feedback de suas ações (isto é, saber dos efeitos e das consequên-
cias);
❖❖ A necessidade de afiliação
Como desejam demais ser benquistos, prestam atenção aos sentimentos alheios.
Ao participarem de grupos, tentam estabelecer um clima de amizade, concordando
com os outros e dando-lhes apoio.
124
Pessoas com forte necessidade de afiliação procuram empregos que são oportuni-
dade de intercâmbios amistosos. Preferem manter boas relações a tomar decisões.
Pouco se conhece quanto à formação do motivo de afiliação. Parece que está vin-
culado a uma educação familiar paternalista, que cultiva a dependência e os laços
familiares.
O motivo de afiliação é revelado pelo desejo de estar com alguém e pela satisfação
na amizade recíproca (não é indicado pelo desejo de fazer algo por alguém). São indi-
cadores dessa busca de amigos:
a) Menção feita sobre alguém que deseja estabelecer, restaurar ou manter uma
amizade íntima com outro ou outros;
b) Preocupação emocional com separação de outra pessoa, indicando desejo de
restabelecer uma relação íntima;
c) Desejo de participar ou considerações em torno da participação em atividades
de convívio amistoso, tais como reuniões de clubes.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
125
❖❖ A necessidade do poder
Tal fato é lamentável, pois na realidade temos necessidade de líderes, de pessoas que
exerçam influência sobre os outros para que se obtenha deles um maior rendimento
e um trabalho coordenado. No entanto, muitos reprimem sua necessidade de poder.
É preciso conhecer melhor a necessidade de poder, seu mecanismo, seus atributos e
suas técnicas, para que se possa aproveitar melhor tal tendência de comportamento.
126
Eis, desse modo, a face mais primitiva que se estabelece mais cedo na vida, quando
a criança ainda não aprendeu maneiras mais socializadas de agir. As fantasias giram
em torno de conquistarem oponentes. Na vida real, essas pessoas costumam se
revelar bastante agressivas, normalmente gostam de beber, jogar, preferem ostentar
carros potentes e gostam de velocidade, envolvendo-se mais, por probabilidade, em
acidentes e lutas.
Uma pessoa cuja necessidade de poder ficou fixada nesse nível infantil trata os ou-
tros como se fossem peões ou escravos. Estes, por sua vez, tendem a ser passivos
e inúteis.
Uma pessoa cuja necessidade de poder é socializada faz com que os membros de
seu grupo sintam-se fortes e poderosos – e não submissos e dominados. Este é o
paradoxo da liderança: para ser um líder verdadeiro, é necessário transformar os se-
guidores em líderes também.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
127
Para o líder e sua equipe, há um sério perigo no que se refere ao processo todo: pode
ocorrer que tanto ele quanto o grupo acabem convencidos de que o líder realmente
“sabe mais e melhor” e, imperceptivelmente, a liderança deixe de ser democrática
para se tornar autocrática.
Um líder não nasce feito. Ele se educa e se aprimora, superando deficiências e trau-
mas da infância por meio de treinamento e conscientização dos mecanismos que
regem a dinâmica da liderança.
O motivo de poder revela-se quando alguém deseja ter impacto sobre outro ou ou-
tros. Exemplos:
b) Dar ajuda, assistência, conselhos ou apoio, se isso não foi solicitado pelo ou-
tro;
128
É a partir da abordagem que McClelland nos traz que abordamos, de forma mais
direta, o tema motivação na Disciplina de Empreendedorismo. Em suas pesquisas,
McClelland identificou a motivação para a realização como um elemento psicológico
crítico nos empreendedores de sucesso. Assim, com a abordagem ao tema sob a
perspectiva da teoria das três necessidades pretende-se promover reflexão quanto
ao grau de influência de cada uma delas e/ou da preponderância de uma delas na
ação realizadora de cada um.
Não se trata de realizar nenhum teste ou avaliação definitiva, e sim de propiciar uma
forma de identificar tendências de comportamento a partir das necessidades de rea-
lização pessoal, afiliação ou poder. Isso ocorre, na Disciplina de Empreendedorismo,
com a reflexão a partir da realização do questionário de motivações.
Não há melhor ou pior resultado; trata-se de conhecer um pouco mais sobre os tipos
de motivos impulsionadores das ações de cada um e como isso reflete nas ações
desenvolvidas e nas conquistas alcançadas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
129
Três linhas de ação foram, então, desenvolvidas sucessivamente: em uma primeira fase,
a de fomentar as atividades de Pequenos Negócios e o seu potencial para a geração de
benefícios econômicos e sociais, por meio da concessão de linhas de financiamento espe-
cialmente adaptadas às necessidades e características do setor; a segunda, a de se agregar
capacitação técnica a esse processo e, finalmente, a de se trabalhar o próprio comporta-
mento do empreendedor, não apenas na melhoria das condições de trabalho dos Pequenos
Negócios, mas também no apoio ao surgimento de novas empresas e à sua posterior so-
brevivência.
✓✓ Iniciativa;
✓✓ Procura de oportunidade;
✓✓ Persistência;
✓✓ Procura de informações;
130
✓✓ Planejamento sistemático;
✓✓ Resolução de problemas;
✓✓ Autoconfiança;
✓✓ Perícia;
✓✓ Persuasão;
✓✓ Decisão;
✓✓ Monitoramento;
✓✓ Fixação de metas;
✓✓ Independência.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
131
132
❖❖ Conjunto da realização
✪✪ Persistência
✪✪ Comprometimento
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
133
✓✓ Encontra maneiras de fazer as coisas da melhor forma, mais rápida ou mais barata;
❖❖ Conjunto de planejamento
✪✪ Estabelecimento de metas
✓✓ Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
134
❖❖ Conjunto de poder
✪✪ Independência e autoconfiança
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
135
Esta matriz é adotada como base de referência para as soluções educacionais do Sebrae.
❖❖ Conjunto da realização
✓✓ Desenvolvo novas ideias e projetos além das atuais soluções ou propostas estabe-
lecidas;
✪✪ Persistência
✪✪ Comprometimento
136
✓✓ Encontro maneiras de fazer as coisas da melhor forma, mais rápida ou mais barata;
✓✓ Asseguro que o trabalho seja terminado a tempo e que atenda aos padrões de
qualidade previamente combinados.
❖❖ Conjunto de planejamento
✪✪ Estabelecimento de metas
✓✓ Estabeleço metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
✓✓ Tenho visão de longo prazo do que espero alcançar, de forma clara e específica;
✪✪ Busca de informação
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
137
✓✓ Mantenho registros dos meus ganhos e gastos e utilizo-os para tomar decisões
sobre compras ou investimentos.
❖❖ Conjunto de poder
✓✓ Utilizo minha rede de contatos como estratégia para atingir meus objetivos;
✓✓ Tenho boas relações com as pessoas com vistas a manter e ampliar minha rede de
contatos.
✪✪ Independência e autoconfiança
138
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
nas atividades
de ap re nd iza ge m e os recursos utilizados me
As estratégias za do s e co mplementados confor
co nt ex tu ali
propostas devem ser IE S. Co m o objetivo de promover
e am-
es so r e da
planejamento do prof é po ssível agregar outros
textos, ou-
m do s alu no s,
pliar a aprendizage , en tre outras opções, tend
o como foco
tre ch os de film es
tras atividades, ntro.
propostos para o Enco
atender aos objetivos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
139
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Integrar os alunos e Atividade em grupo.
abertura iniciar as atividades do 10’
Encontro.
Visão prática das Favorecer o Atividade em grupo. Manual do Aluno,
características do conhecimento de uma cópia das fichas 50’
comportamento exemplos de ações das características
empreendedor empreendedoras no dos comportamentos
contexto em que os empreendedores
alunos convivem. (Anexo 3).
Perfil Estimular a reflexão Atividade individual. Manual do Aluno.
empreendedor sobre o perfil 50’
empreendedor dos alunos
(parte 1).
Intervalo 10’
Perfil Estimular a reflexão Atividade individual e em Manual do Aluno.
empreendedor sobre o perfil grupo. 55’
empreendedor dos alunos
(parte 2).
Plano de Sensibilizar os Debate com apoio de Manual do Aluno,
Desenvolvimento alunos para a ação vídeo. tarjetas ou folhas de 55’
Pessoal empreendedora foca em Atividade individual. papel A4, pincéis
resultado. atômicos de cores
variadas, fita-crepe,
kit multimídia, vídeo,
slides.
Encerramento do Finalizar as atividades do Atividade em grupo.
Encontro Encontro. 10’
Total 240’
140
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
141
Visão prática das características
do comportamento empreendedor
Nesta atividade espera-se retomar e reforçar os conceitos das características do comporta-
mento empreendedor, promovendo debate a partir de exemplos de ações empreendedoras
reais e próximas da realidade dos alunos.
✓✓ Oriente que deverão realizar um brainstorming, uma troca de ideias sobre o signifi-
cado da característica apresentada na respectiva ficha recebida e elaborar um con-
ceito que permita defini-la. Para isso, devem pensar no que entendem significar
tal característica e o conceito deve ser o mais prático e simples possível – como
se tivessem que explicar para alguém que nunca ouviu ou pouco conhece sobre o
assunto. O conceito formado pelo grupo deve ser anotado na ficha recebida. Além
disso, devem apresentar um relato real que exemplifique a característica em ques-
tão, de preferência exemplos locais ou de pessoas conhecidas pelos integrantes
do grupo;
✓✓ Oriente que o grupo terá 3 minutos (no máximo) para apresentar e argumentar o
conceito elaborado e apresentar o exemplo real que lembrarem;
✓✓ Ao final dos 5 minutos, solicite que os grupos apresentem suas conclusões cha-
mando pelas características do comportamento empreendedor, sem ordem prede-
142
✓✓ Solicite que os grupos colem as fichas com as definições elaboradas assim que
finalizarem suas apresentações, formando um painel;
✓✓ Conclua a atividade argumentando que, para propiciar maior reflexão sobre o com-
portamento empreendedor de cada um e identificar possibilidades de fortalecer
tais características, será realizada uma atividade de autoavaliação.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
143
Perfil empreendedor
Orientar os alunos a responderem individualmente a autoavaliação das características do
comportamento empreendedor, apurar os resultados e analisar o gráfico gerado.
Critérios
1 Nunca pratico este comportamento.
144
✓✓ Solicitar que transcrevam a pontuação que indicaram para as tabelas que constam
na 2ª etapa da atividade, conforme a organização apresentada no Manual do Aluno;
✓✓ Orientar para que façam as somas indicadas para cada uma das características do
comportamento empreendedor e para os agrupamentos dos conjuntos de realiza-
ção, planejamento e poder;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
145
❍❍ Orientar os alunos para não alterar configurações das planilhas, não inserir ou
excluir linhas e colunas.
❍❍ Para fazer o gráfico médio, é possível formar grupos de cinco a seis alunos, so-
licitar que elaborem um gráfico médio deste subgrupo e, a partir destes dados,
elaborar um gráfico médio da turma. É possível utilizar as planilhas 5 e 6 do
arquivo da autoavaliação (professor) para estes cálculos.
146
❍❍ É possível inferir que alguém com uma avaliação mais equilibrada entre as
características tende a alcançar resultados pela constância e relação de apoio
da prática das características quando comparado com alguém que apresenta
pontuação máxima em algumas das características e mínima em outras. Da
mesma forma, dependendo da avaliação, tal equilíbrio pode não representar
diferenciais e características marcantes que impulsionem a ação empreende-
dora. Obviamente isso não representa uma regra, afinal os resultados alcança-
dos dependem de cada contexto e desafios propostos;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
147
ATIVIDADE PROPOSTA
Esta atividade consta no Manual do Aluno (a atividade deverá ser realizada pelo Manu-
al ou pelo arquivo de planilhas em Excel).
Não há melhor ou pior resposta; o que importa é a resposta verdadeira. Seja honesto
consigo! Lembre-se de que ninguém é perfeito em tudo e estamos em constante de-
senvolvimento dos comportamentos empreendedores.
1ª etapa – autoavaliação
Para preencher a autoavaliação, reflita e escolha o número que melhor descreva a sua
prática no dia a dia, conforme cada comportamento listado.
Critérios
148
8) Encontro maneiras de fazer as coisas da melhor forma, mais rápida ou mais barata.
9) Assumo responsabilidade pessoal por solucionar problemas que possam prejudicar a conclusão de
um trabalho nas condições estipuladas.
10) Busco soluções diante de um obstáculo significativo.
11) Desenvolvo novas ideias e projetos além das atuais soluções ou propostas estabeleci-
das.
12) Mantenho meu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente
desanimadores.
13) Utilizo minha rede de contatos como estratégia para atingir meus objetivos.
14) Constantemente reviso meus planos, levando em conta os resultados obtidos e as mudanças que
possam ter ocorrido.
15) Pesquiso como realizar determinada atividade ou projeto, antes de sua execução.
16) Tenho visão de longo prazo do que espero alcançar, de forma clara e específica.
17) Analiso informações e tomo decisões para reduzir riscos ou controlar resultados.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
149
Prática no
Comportamentos
dia a dia
23) 9Esforço-me para atender ou superar as expectativas das pessoas que me demandam
tarefas e atividades diversas.
24) Asseguro que o trabalho seja terminado a tempo e que atenda aos padrões de quali-
dade previamente combinados.
25) Coloco-me em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
CONJUNTO DE REALIZAÇÃO
11) Desenvolvo novas ideias e projetos além das atuais soluções ou propostas
estabelecidas.
21) Aproveito oportunidades fora do comum para iniciar um novo projeto ou atividade,
estabelecer parcerias, ampliar aprendizados.
20) Ajo repetidamente ou mudo para uma estratégia alternativa, a fim de enfrentar um
desafio ou superar um obstáculo.
22) Faço um sacrifício pessoal ou um esforço extraordinário para completar uma tarefa.
Persistência Soma =
150
CONJUNTO DE REALIZAÇÃO
19) Colaboro com a equipe de trabalho ou me coloco no lugar deles, se necessário, para
terminar uma atividade ou tarefa.
23) Esforço-me para atender ou superar as expectativas das pessoas que me demandam
tarefas e atividades diversas.
Comprometimento Soma =
8) Encontro maneiras de fazer as coisas da melhor forma, mais rápida ou mais barata.
Comportamento
24) Asseguro que o trabalho seja terminado a tempo e que atenda aos padrões de
qualidade previamente combinados.
17) Analiso informações e tomo decisões para reduzir riscos ou controlar resultados.
(Total das somas de cada uma das características do comportamento empreendedor do conjunto de realização).
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
151
Prática no
Características do comportamento empreendedor
dia a dia
CONJUNTO DE PLANEJAMENTO
6) Estabeleço metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal.
Comportamento
16) Tenho visão de longo prazo do que espero alcançar, de forma clara e específica.
15) Pesquiso como realizar determinada atividade ou projeto, antes de sua execução.
152
CONJUNTO DE PODER
13) Utilizo minha rede de contatos como estratégia para atingir meus objetivos.
29) Tenho boas relações com as pessoas com vistas a manter e ampliar minha rede de
contatos.
3ª etapa – gráfico
Transcreva para a tabela indicada os resultados da soma da autoavaliação de cada ca-
racterística do comportamento empreendedor.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
153
CARACTERÍSTICAS DO PRÁTICA NO
COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR DIA A DIA
Busca de oportunidades e iniciativa 6
Persistência 10
Comprometimento 12
Estabelecimento de metas 6
Busca de informação 10
Independência e autoconfiança 7
154
CARACTERÍSTICAS DO PRÁTICA NO
COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR DIA A DIA
Busca de oportunidades e iniciativa
Persistência
Comprometimento
Estabelecimento de metas
Busca de informação
Independência e autoconfiança
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
155
Plano de desenvolvimento pessoal:
comportamento empreendedor e
características mobilizadoras
Sugerimos realizar esta atividade com apoio de slides, conforme sua descrição. Opcional-
mente, é possível não os utilizar apresentando a mesma argumentação e conteúdo, utilizan-
do outra estratégia, e realizando o Plano de Desenvolvimento Pessoal.
156
✓✓ A partir das respostas dos alunos, argumentar que realmente não existe importân-
cia maior ou menor entre as dez características do comportamento empreendedor,
pois elas são inter-relacionadas: uma demanda a outra na prática de uma ação
empreendedora;
✓✓ Explicar que entre as dez características, quatro delas são consideradas caracte-
rísticas mobilizadoras, pois impulsionam a ação dos empreendedores e passam a
demandar as demais características;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
157
✓✓ Pedir que troquem ideias sobre quais seriam as quatro características consideradas
mobilizadoras e solicitar que escrevam uma em cada folha ou tarjeta;
158
✓✓ Enfatizar e reforçar que essas quatro características não são mais importantes do
que as outras, pois as dez são importantes de serem praticadas. Elas sustentam e
mobilizam a prática empreendedora orientada para resultados;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
159
✓✓ Após o vídeo, solicitar que comentem sobre que relação é possível fazer da men-
sagem/situação apresentada (conforme vídeo escolhido) com a atividade de auto-
avaliação realizada anteriormente e com a abordagem das quatro características
mobilizadoras do comportamento empreendedor;
✓✓ Indicar aos alunos que podem elaborar o Plano de Desenvolvimento Pessoal para
cada uma das dez características do comportamento empreendedor, se assim
acharem adequado;
160
Letra e áudio da música Seja Feliz – Marisa Monte; CD “O que você quer sa-
ber de verdade” (2011).
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
161
ATIVIDADE PROPOSTA
1)
2)
162
4)
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
163
Como você já sabe, para agir como empreendedor é preciso exercitar-se nessa dire-
ção, ou seja, praticar comportamentos que caracterizam uma conduta empreendedo-
ra. E essa história tem um detalhe importante: colocar comportamentos empreende-
dores em prática só depende de você!
Em seu dia a dia, dedique um tempo para refletir sobre suas ações e os resultados
alcançados, analise as situações de dificuldade ou fracasso, vibre com suas conquis-
tas; enfim, aprenda praticando, aprenda a empreender, empreendendo.
164
✓✓ Analiso as razões do fracasso para aprender coisas novas e agir com mais
eficiência em situações futuras?
Utilize sua motivação interna para transformar alguma fraqueza porventura identifica-
da em fortaleza que impulsione suas ações para o êxito.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
165
Encerramento do Encontro
Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar os horários do
próximo Encontro.
s t õ e s
S uge
r
ivi da de s de en ce rra m ento, é possível solicita
at
✓✓ Como ideias para -it s e qu e criem frases curtas
que tra-
cr ito em po st
avaliação por es lacione com
ali aç ão , qu e ca nt em uma música que se re
duzam a av presse sua
çã o ge ra l so br e o En contro, que cada um ex iva
a percep a co ns truir uma história colet
te , de fo rm a
avaliação verbalmen
tras opções;
do Encontro, entre ou
blog da turma
é po ss íve l so lic ita r qu e os alunos criem um tá-
✓✓ Também
to de ide ias , ap re nd izados e outros comen
para compartilhamen
a.
rios relativos à disciplin
166
❖❖ Conteúdos do Encontro
✓✓ Definição de metas;
t a n t e
Im por
s atividades
ap re nd iza ge m e os recursos utilizados na
As estratégias de dos conforme
m se r co nt ex tu ali zados e complementa -
propostas de ve
r e da IE S. Co m o ob jetivo de promover e am
so
planejamento do profes é po ss ível agregar outros te
xtos, ou-
do s alu no s,
pliar a aprendizagem , en tre outras opções, tendo co
mo foco
ch os de film es
tras atividades, tre ntro.
propostos para o Enco
atender aos objetivos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
167
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Integrar os Atividade em grupo. 10’
abertura. alunos e iniciar
as atividades do
Encontro.
Visão de futuro Sensibilizar para Estudo de caso e Manual do Aluno, kit 100’
e estabelecimento a importância da atividade em grupo. multimídia, vídeo, cópias do
de metas definição de metas. estudo
Exercitar a definição de caso “Sorveteria
de metas. Sonho de Sorvete”
(Anexo 4), conforme
número de alunos.
Intervalo 10’
Meta Estimular a ação Atividade em grupo. Manual do Aluno, folhas de 100’
empreendedora empreendedora papel A4, fita-crepe, pincéis
focada em atômicos.
resultados.
Encerramento Finalizar as Atividade em grupo.
do Encontro e do atividades do 20’
Módulo 1 Encontro e do
Módulo 1.
Total 240’
168
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
169
Visão de futuro e estabelecimento
de metas
O propósito desta atividade é trabalhar com os alunos a importância da definição de metas
para orientar a ação empreendedora.
Propomos um debate inicial sobre valores e visão de futuro, com o apoio de exemplos em
vídeo, com posterior estudo de caso e exercício para definição de metas.
✓✓ Iniciar com debate sobre valores e visão de futuro, isto é, como estes elementos
interferem na prática empreendedora. Questões propostas:
✓✓ Argumentar que os valores são balizadores das nossas ações e a visão de futuro
pode inspirar nossas ações diárias;
170
✓✓ Indicar o tempo da realização da atividade para os grupos e, assim que tal tempo
tenha sido cumprido, solicitar que os grupos apresentem suas conclusões, suas
respostas e seus comentários sobre o caso (se utilizar outro estudo de caso, ade-
quar os questionamentos):
❍❍ Será possível alguém com valores tão presentes de união e felicidade para a
família também empreender em um negócio? Como isso pode acontecer?
❍❍ Se vocês tivessem a chance de conversar com Aurora, o que diriam a ela (di-
cas e orientações)?
✓✓ Promover debate sobre o que são metas e a importância da definição clara delas;
• Specific (específicas);
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
171
• Measurable (mensuráveis);
✓✓ Orientar que os alunos realizem exercício de definição de metas para curto, médio
e longo prazos. Devem definir metas para um ano, cinco anos e dez anos, e fazer o
planejamento de algumas ações para alcançar a meta programada para alcance no
prazo de um ano;
✓✓ Argumentar que este exercício deve ser uma constante na prática de cada um:
definir suas metas com clareza, planejar ações para alcançá-las e, claro, agir com
comprometimento e persistência na busca de tais objetivos. Há diferentes tipos de
metas, de diferentes escalas de tempo. É necessária uma constante avaliação dos
objetivos em face das diferentes circunstâncias e condições.
172
Essa animação conta a história de Soichiro Honda, criador da marca que leva
seu sobrenome. Sua vida foi construída baseada em criatividade, inspiração e
sonhos. Apesar de todos os fracassos iniciais, ele jamais deixou de acreditar
nos sonhos que tinha.
É possível pesquisar outros vídeos que relatem a história de João Carlos Mar-
tins.
Joel Barker procura demonstrar por que devemos dedicar boa parte de nosso
tempo a pensar sobre o futuro. Em concordância com as observações de vá-
rios autores, Barker nos revela que quase todos os indivíduos e organizações
de sucesso têm um ponto em comum: a visão profundamente positiva de
seu próprio futuro. Mostra, ainda, o quanto esta regra tem sido válida em vá-
rias épocas e em diversas partes do mundo. Este filme irá ajudá-lo a perceber
que as atitudes que tomamos no presente e o empenho com que nos dedi-
camos a realizar nossos projetos estão diretamente ligados à força de nossas
convicções sobre o futuro (SIAMAR, [s.d.]).
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
173
❍❍ Anos 1970. Aos 6 anos, Roberto Carlos Ramos (Marco Ribeiro) foi
escolhido por sua mãe (Jú Colombo) para ser internado em uma institui-
ção oficial que, segundo apregoava a propaganda, visava à formação de
crianças em médicos, advogados e engenheiros. Entretanto, a realidade
era bem diferente, o que fez com que Roberto aprendesse as regras de
sobrevivência no local. Pouco depois de completar 7 anos ele é trans-
ferido, passando a conviver com crianças de até 14 anos. Aos 13 anos,
ainda analfabeto, Roberto tem contato com as drogas e já acumula mais
de 100 tentativas de fuga. Considerado irrecuperável por muitos, Rober-
to recebe a visita da psicóloga francesa Margherit Duvas (Maria de Me-
deiros). Tratando-o com respeito, ela inicia o processo de recuperação e
aprendizagem de Roberto (ADORO CINEMA, 2009b).
174
❍❍ Quem será convidado para compor a banca de avaliação dos planos de negó-
cios?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
175
❍❍ Convidaremos imprensa?
ATIVIDADE PROPOSTA
Bom trabalho!
Responsabilidades do grupo:
176
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
177
Encerramento do Encontro e do
Módulo 1
Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar horários do pró-
ximo Encontro.
s t õ e s
S uge
ível solici-
pa ra at ivi da de s de encerramento, é poss
✓✓ Como ideias iem frases
aç ão po r es cr ito em post-its, solicitar que cr
tar avali
m a av ali aç ão , qu e ca ntem uma música que
curtas que traduza ra l sobre o Encontro, qu
e cada
m a pe rc ep çã o ge
se relacione co nstruir
se su a av ali aç ão ve rb almente, de forma a co
um expres ções;
tó ria co let iva do En contro, entre outras op
uma his
da
íve l so lic ita r qu e os alunos criem um blog
✓✓ Também é poss de ideias, aprendizados e
outros
co m pa rti lha m en to
turma para
à disciplina.
comentários relativos
178
ALDERFER, Clayton. Existence, relatedness & growth. New York: Free Press, 1972.
ANDRADE, Renato Fonseca. Conexões empreendedoras. São Paulo: Editora Gente, 2010.
DELORS, Jacques (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1997.
DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo, uma forma de ser: saiba o que são empre-
endedores individuais e coletivos. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento,
2003.
FERNANDES, Flávia. Educação para a sustentabilidade. In: SANTOS, Carlos Alberto. (Org.).
Pequenos Negócios – Desafios e Perspectivas – Desenvolvimento Sustentável. Brasília:
Sebrae, 2012. v. 2.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
179
FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? Plano de Negócio, o
caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Editora de Cultura, 2000.
FILION, Louis Jacques; LAFERTÉ, Sylvie. Carte routière pour un Québec entrepreneurial.
Québec: Rapport remis au Gouvernement du Québec, 2003.
GRAMIGNA, Maria Rita. Jogos de empresas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P. Empreendedorismo. Tradução de Lene Belon Ri-
beiro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
LOPES, Rose Mary (Org.). Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio
de Janeiro; São Paulo: Elsevier; Sebrae, 2010.
MASLOW, Abraham Harold. Higher needs and personality. Liege: University of Liege,
1951.
______. Motivation and personality. New York: Harper & Brothers, 1954.
MCCLELLAND, David Clarence. The achiviement motive. New York: Appleton Century
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______. O Maslow desconhecido: uma revisão de seus principais trabalhos sobre motiva-
ção. Revista de Administração USP, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 5-16, jan./fev./mar. 2009.
180
TEDGLOBAL. Talks: William Kamkwamba – como eu dominei o vento. [s.l.], 2009. Dispo-
nível em: <http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/william_kamkwamba_how_i_har- nessed_
the_wind.html>.
______. Talks: Bunker Roy – aprendendo com um movimento de pés-descalços. [s.l.], 2011.
Disponível em: <http://www.ted.com/talks/ lang/pt/bunker_roy.html>.
WICKERT, Maria Lúcia Scarpini. Referenciais Educacionais do Sebrae: versão 2006. Bra-
sília: Sebrae, 2006.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
181
ANEXOS
❖❖ ANEXO 1 – Encontro 1
Diversão é um direito de todos, ainda mais das crianças. Nossa empresa está desenvol-
vendo um projeto para ampliar o acesso de crianças das regiões mais pobres da cidade à
diversão: vamos criar brinquedos que possam ser oferecidos a estas crianças!
Para que este projeto se viabilize, utilizaremos toda a criatividade e o potencial da nossa
equipe de trabalho.
✓✓ Os produtos devem ter qualidade – lembrem-se que são crianças que os manusea-
rão;
182
EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDORES
Foi Cantillon quem introduziu primeiro o termo empreendedor em “Essai”, obra escrita por
volta de 1730. Cantillon dividiu a sociedade em duas principais classes: recebedores de sa-
lários fixos e recebedores de renda não fixa. Os empreendedores, de acordo com Cantillon,
não são recebedores de renda não fixa que pagam custos de produção conhecidos, mas
sim ganham rendas incertas, devido à natureza especulativa de favorecer uma demanda
desconhecida por seu produto.
Para Richard Cantillon, em 1725, o empreendedor é a pessoa que toma decisões em condi-
ções de incerteza e de risco elevado.
Say fazia distinção entre empreendedores e capitalistas e entre os lucros de cada um. Ao
fazê-lo, associou os empreendedores à inovação e via-os como os agentes da mudança. Ele
contribuiu para o pensamento econômico também ao enfatizar o empreendedorismo como
o quarto fator de produção, junto aos fatores mais tradicionais: terra, trabalho e capital.
Segundo Say (1803), um empreendedor, para ter sucesso, deve ter capacidade para julgar,
perseverança diante dos obstáculos e um conhecimento do mundo tanto quanto do negó-
cio. Ele deve possuir “a arte de superintendência e administração”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
183
Como economista e pesquisador, em 1876, Walker distinguiu entre os que forneciam fun-
dos e recebiam juros e aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas, consi-
derados então como empreendedores.
O empreendedor foi definido por McClelland (1961) como alguém que exercita controle
sobre os meios de produção e produtos, e produz mais do que consome, a fim de vender
tais itens (ou trocá-los) mediante pagamento ou renda. O foco do significado de empreen-
dedorismo recai sobre o que o pesquisador denominou “comportamento empreendedor”,
cujos componentes principais são:
184
✓✓ Requer, em terceiro lugar, construir um alto time de gerência bem antes que o
novo empreendimento necessite dele e bem antes que realmente possa ter condi-
ções de pagá-lo;
✪✪ Albert Shapiro
a) Tomada de iniciativa;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
185
Para ele, o empreendedor é a pessoa que tem iniciativa, toma decisões, organiza alguns
mecanismos sociais e econômicos, e age conforme planejando, aceitando riscos de fracas-
so (SHAPIRO, 1975).
✪✪ Karl Vésper
Para Vésper (1980), o papel do empreendedor pode ser percebido e reconhecido de várias
formas e tende a se caracterizar por diferentes perspectivas. Para um economista, empre-
endedor é aquele que traz recursos, trabalho, materiais e outros itens, promovendo combi-
nações que fazem o valor deles maior que antes; é também aquele que introduz mudanças
e inovações. Para um psicólogo, ele é uma pessoa tipicamente dirigida por certas forças,
sejam necessidades de obter ou cumprir algo, experimentar novas situações, realizar proje-
tos estabelecidos ou talvez desvencilhar a autoridade de outros.
✪✪ Gifford Pinchot
Para ele, o termo intrapreneur pode ser entendido como “qualquer sonhador que realiza”.
São vistos como aqueles que têm a responsabilidade de criar e promover inovação de todo
o tipo dentro de uma organização. O intrapreneur pode ser o criador ou o inventor, mas é
sempre um sonhador que busca como transformar uma ideia em uma realidade lucrativa.
✪✪ Robert Hisrich
186
Para Timmons (1994), o empreendedor é alguém capaz de identificar, tomar para si (agarrar)
e aproveitar uma oportunidade, buscando e gerenciando recursos para que tal oportunidade
concretize-se em negócios de sucesso.
Filion (1986) defende que um empreendedor é uma pessoa imaginativa, caracterizada por
uma capacidade de fixar alvos e objetivos. Caracteriza-se pela perspicácia, ou seja, pela
capacidade de perceber e detectar as oportunidades. Para ele, o empreendedor é alguém
que continua a atingir oportunidades por longo período e continua a tomar decisões relati-
vamente moderadas.
Para Filion (2000, p. 22), “[...] além de definir visões, uma das particularidades do empreen-
dedor é sua habilidade de gerar relacionamentos (o famoso network) – o que exige dele um
bom domínio da comunicação”.
✓✓ Origina-se a partir do termo francês entrepreneur, que significa aquele que está
entre ou estar entre;
✓✓ Século XVII: pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de
valor fixo com o governo;
✓✓ 1725: Richard Cantillon – pessoa que assume riscos é diferente da que fornece
capital;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
187
✓✓ 1876: Francis Walker – distinguiu entre os que forneciam fundos e recebiam juros e
aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas;
188
BUSCA DE INFORMAÇÃO
BUSCA DE OPORTUNIDADES
E INICIATIVA
ESTABELECIMENTO
DE METAS
PERSISTÊNCIA
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
189
COMPROMETIMENTO
PLANEJAMENTO E
MONITORAMENTO SISTEMÁTICO
EXIGÊNCIA DE QUALIDADE
E EFICIÊNCIA
PERSUASÃO E
REDE DE CONTATOS
INDEPENDÊNCIA E AUTOCONFIANÇA
190
Em uma cidade interiorana, Aurora vivia feliz com seu marido e suas duas filhas, de 8 e 15
anos. Sempre foi uma mãe dedicada e dona de casa exemplar, motivos de orgulho para ela.
Esperando ampliar o rendimento da família, o marido de Aurora resolveu abrir uma sorve-
teria no bairro em que a família morava. Como ele não podia parar de trabalhar, convenceu
Aurora de que este seria um bom negócio e o que o seu jeito de gostar de conversar e ser
simpática com todos seria algo muito importante para a sorveteria.
Entre ter a ideia, buscar os recursos, organizar o espaço e inaugurar a sorveteria não se pas-
saram mais de 45 dias. Neste período, o salão escolhido ficou sempre de portas fechadas,
exceto quando era momento de receber algum equipamento ou alguma mercadoria. As
pessoas do bairro sabiam que ali abriria uma sorveteria, porém não tinham ideia de quando
isso aconteceria.
Em uma bela tarde de terça-feira, a sorveteria Sonho de Sorvete abriu suas portas aos
clientes. O movimento neste primeiro dia não foi dos maiores, afinal as pessoas não sabiam
se a sorveteria já estava de fato aberta ao público ou apenas aberta para receber alguma
mercadoria.
Aurora sempre tratava os clientes com grande simpatia, conhecia muitos deles pelos nomes
e os assuntos sobre filhos, marido, cuidados com a casa, serviços domésticos, cardápio do
almoço e jantar do final de semana e novidades das novelas estavam sempre presentes nas
conversas e eram os seus preferidos. Ela podia ficar horas falando das filhas e do orgulho
que tinha pela dedicação que as meninas tinham ao esporte.
Sempre amiga e disposta a colaborar com os outros, Aurora tinha um sonho de vida: manter
a família cada vez mais unida e feliz. Também sempre falava da importância e do sonho de
formar suas filhas no Ensino Superior como algo que a motivava diariamente.
Com a proximidade do inverno, Aurora foi questionada por uma amiga sobre ideias e es-
tratégias que adotaria para enfrentar a queda das vendas, natural nesta época do ano pela
falta de costume dos brasileiros em consumir sorvete com o tempo mais frio. Diante deste
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
191
questionamento, ela confessou que não havia pensado nisso ainda. Sua amiga deu algumas
ideias, como também oferecer doces e sobremesas variadas.
Depois de alguns dias, Aurora procurou a amiga contando que conversou com o marido e
decidiram passar a vender cachorro-quente, além dos sorvetes. Assim como era a venda
dos sorvetes, a ideia era montar uma bancada self-service para que os clientes pudessem
montar o seu próprio cachorro-quente, agregando ingredientes variados que seriam ofere-
cidos.
No início da semana seguinte, Aurora abriu a sorveteria como de costume, quando imedia-
tamente adentrou sua amiga:
— Aurora, ajude-me! Estou faminta! Não tive tempo de almoçar e estamos numa correria
só lá na empresa. Você me ajuda a preparar uns oito cachorros-quentes, por favor? Estava
esperando você abrir para correr e comprar os lanches.
Séria e um tanto resignada, Aurora pediu que a amiga se acalmasse e prestasse atenção no
balcão ao seu lado: não estavam mais vendendo cachorro-quente.
Aurora explicou à amiga que a decisão de parar de vender cachorro-quente foi tomada de-
vido às sobras de mercadoria do fim de semana. Não venderam nem um quarto do que
tinham comprado de pães, houve prejuízo com molho e outros ingredientes que tiveram
que ser jogados fora.
A amiga buscou compreender a situação e procurando dar forças para Aurora, perguntou:
–– E quais são as metas para a sorveteria daqui para frente? Você e seu marido já planeja-
ram como alcançar os resultados que esperam?
Sincera e simpática, como sempre, Aurora respondeu que para a sorveteria nada haviam
definido, estava tudo caminhando calma e tranquilamente, e que seguiriam tocando em
frente. E completou:
–– Mas para a família, novidade: definimos programar uma viagem internacional para daqui
dois anos. Ainda definiremos o destino e o roteiro exato. Nada melhor do que ver a família
192
A amiga agradeceu e dispensou a gentileza de Aurora “para não dar trabalho”. Ao sair de lá,
ficou pensando sobre os rumos da sorveteria Sonho de Sorvete e se percebeu sorrindo ao
lembrar-se da dedicação de Aurora aos amigos e à família.
2) Pela história apresentada, como definir qual a visão de futuro de Aurora e seu marido
para a empresa que juntos abriram?
4) Se você tivesse a chance de conversar com Aurora, o que diria a ela (dicas e orientações)?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
193
2
professor_disciplina_empreendedora_completo.indd 194 24/08/16 16:07
O EMPREENDEDOR E
AS OPORTUNIDADES
DE MERCADO
Apresentação
Caro(a) professor(a),
O objetivo deste Módulo é apresentar aos alunos uma contextualização sobre a atuação do
empreendedor na identificação de oportunidades de mercado, sensibilizando-os para esta
prática empreendedora. Neste Módulo os alunos vivenciam o processo de identificação de
oportunidades na prática e considerando seu contexto local.
5 4 horas 20 horas
196
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
197
ENCONTRO 1
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdos do Encontro
t a n t e
Im por
atividades
re nd iza ge m e os re cursos utilizados nas
As estratégias de ap do s e complementados co
nforme pla-
se r co nt ex tu ali za
propostas devem over e ampliar
pr ofes so r e da IE S. Com o objetivo de prom ati-
nejamento do
s, é po ss íve l ag re ga r outros textos, outras
no
a aprendizagem dos alu ou tra s op ções, tendo como foco
aten-
es , en tre
vidades, trechos de film .
ostos para o Encontro
der aos objetivos prop
198
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
199
Atividade de abertura
Para a atividade de abertura do Módulo 2, sugerimos apresentar slide com o nome do Mó-
dulo e informar sobre tópicos de conteúdo que serão trabalhados.
Slide proposto:
200
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
201
Ideias e oportunidades
O propósito desta atividade é apresentar conceitos sobre ideias e oportunidades de merca-
do, iniciando estudo sobre identificação de oportunidades.
Slides propostos:
202
✓✓ Questionar os alunos se consideram que o computador pessoal foi uma boa ideia
de produto e representou/representa uma oportunidade de mercado;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
203
✓✓ Argumentar que o tempo será o melhor critério para esse julgamento, mas nem
por isso toda e qualquer ideia deve ser colocada em prática sem uma análise inicial
de sua viabilidade;
✓✓ Pedir aos alunos que abram o seu Manual nos artigos “Como saber se uma ideia é
maluca ou genial?” e “Uma pequena fábula sobre como empreendedores perce-
bem oportunidades” (Anexo 1), e promover a leitura compartilhada deles.
204
A história do americano Jim Poss pode ser um exemplo de como nascem as boas
ideias. Residente em Boston, ele chamou a atenção de estudiosos de uma universi-
dade situada na sua cidade: nada mais nada menos do que a prestigiosa Harvard Uni-
versity. Poss é o fundador da BigBelly Solar, uma empresa que faturou US$ 4 milhões
produzindo compactadores de lixo movidos à energia solar. A tecnologia bombou
– ele já vendeu seu produto a empresas e cidades de 30 estados americanos e 17
países. Agora Poss está colhendo os frutos de sua inovação e figura entre os empre-
endedores sociais mais proeminentes dos Estados Unidos. Mais que seu sucesso,
porém, o que ele gosta de celebrar é a trajetória percorrida entre a concepção da ideia
e a transformação em um produto.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
205
Em um dia de 2003, Poss andava pelas ruas de Boston quando notou um caminhão
de lixo bloqueando o tráfego. Espalhando detritos pelo chão e soltando fumaça como
um charuto, o veículo não era um exemplo de eficiência e sustentabilidade. Intrigado
com o que vira, Poss estudou melhor o problema. Descobriu que os caminhões de
lixo consumiam mais de 3,5 bilhões de litros de diesel por ano nos Estados Unidos.
Pior ainda, só rodavam 5 km com um galão de combustível, o equivalente a 3,7 litros.
Na época, havia um debate entre os municípios sobre a viabilidade de adquirir veícu-
los mais eficientes e traçar rotas de coleta mais inteligentes.
Não era a melhor opção, na visão de Poss. Mais viável e barato do que organizar um
processo de coleta mais eficiente, por que não reduzir a frequência das viagens?
Se as lixeiras comportassem mais lixo, não precisariam ser esvaziadas tão constan-
temente. Se o lixo não precisasse ser coletado tão frequentemente, os custos e a
poluição seriam reduzidos. E, se as lixeiras não transbordassem, não haveria muitos
detritos nas ruas.
Jim Poss usou três práticas comuns a empreendedores de sucesso, afirmam os es-
tudiosos H. James Wilson, Danna Greenberg e Kate McKone-Sweet. Eles estudaram
1.500 empresas, atrás de padrões para identificar o nascimento de boas ideias. Con-
fira a seguir as descobertas.
206
O que os pesquisadores querem dizer é que Poss foi capaz de oscilar entre a previ-
são e a criação no que diz respeito a seus pensamentos e a suas ações. A previsão
é baseada na análise usando informações disponíveis, que funciona melhor em con-
dições com baixos níveis de incerteza. Já a criação refere-se ao esforço para gerar
informações que não existem ou não estão acessíveis. Poss usou a previsão quando
analisou as informações financeiras e operacionais sobre o consumo de combustível
pelos caminhões. Quando as informações não estavam disponíveis, ele as criou por
meio de conversas e protótipos.
Em um esforço consciente, uma dessas maneiras de pensar pode ser usada para
informar e ampliar a outra, com abordagens complementares. Ao intercalar previsão
e criação, os empreendedores são capazes de criar mais valor do que usando apenas
uma das formas de pensar.
Essa visão holística é capaz de analisar todo o escopo de impactos que os empre-
endedores precisam levar em consideração. Poss foi capaz de considerar, simulta-
neamente, os benefícios para os clientes (redução de custos para os municípios) e
o impacto ambiental (menos emissões de poluentes), sem desprezar a busca pelo
lucro ou privilegiar um aspecto mais do que o outro.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
207
O primeiro passo é avaliar a ideia segundo dois critérios: impacto e viabilidade. Para
medir o impacto, imagine que você tem na mão uma varinha mágica, capaz de concre-
tizar qualquer ideia em questão de segundos. Então, reúna todas as ideias apresen-
tadas por seus sócios e funcionários e responda às questões a seguir. Qual dessas
ideias teria mais impacto sobre os lucros da empresa? Qual delas ajudaria o negócio
a crescer? Usando esse critério, classifique as ideias em alto impacto, impacto médio
e baixo impacto.
Depois, passe para a viabilidade. Avalie o grau de dificuldade de cada proposta. Quan-
to custa colocar a ideia em prática? Com que rapidez isso pode ser feito? Sua empre-
sa tem capacidade e conhecimento para implementá-la? Qual a complexidade da sua
execução? Usando esses critérios, classifique as ideias em alta viabilidade, viabilida-
de média ou baixa viabilidade. Juntando as duas avaliações, você poderá classificar
as ideias em quatro tipos.
1. Revista americana com foco editorial em inovação e tecnologia, ethonomics (economia ética), liderança e design – disponível em:
<http://fastcompany.com>.
208
São as que têm alto impacto e alta viabilidade. Coloque esses projetos na rua ime-
diatamente.
Corretas
São ideias fáceis de executar, mas que não terão alto impacto sobre a situação da
empresa. Você pode até colocar em prática, mas não deve ser sua prioridade.
Nocivas
São ideias de baixo impacto e baixa viabilidade, ou seja, difíceis de realizar. Jogue fora
imediatamente, para evitar o desperdício de recursos.
Malucas
Apresentam baixa viabilidade, mas teriam um alto impacto sobre os lucros e o cres-
cimento da empresa. A maioria dos empreendedores tende a descartar esse tipo de
projeto, pois acha que são uma perda de tempo. Já os mais ousados se debruçam
sobre essas ideias, investindo tempo e recursos para torná-las realidade. Eles desco-
briram que a verdadeira fórmula da inovação está em transformar ideias “malucas”
em ideias “vencedoras”.
✓✓ Solicitar que os alunos comentem impressões sobre os artigos lidos e como defi-
niriam qual seria o caminho ideal para colocar ideias em prática verificando se são
oportunidades.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
209
e s t õ es
Sug
da-
ca nu do s. A es tru tu ra de realização da ativi
ou
Blocos de post-its, clips ep en de ntemente do material
que será
qu ên cia , ind
de segue a mesma se
nos.
disponibilizado aos alu
✓✓ Explicar aos alunos que o trabalho dos grupos deverá ser realizado considerando
dois momentos fundamentais: geração de ideias e execução da ideia escolhida
pelo grupo;
✓✓ Orientar que receberão um volume de material (indicar qual material será utilizado
e a quantidade disponibilizada por grupo). Com este material e sem utilizar nenhum
outro recurso, deverão criar algo, um novo produto, algo interessante e que tenha
uma utilidade observável:
210
✓✓ 20 clips; ou
r outro material esco lhido pelo professor.
✓✓ 15 canudos, ou qualque
✓✓ Solicitar que os alunos avaliem e decidam qual das criações apresentadas atende
melhor aos critérios solicitados (debate, votação, outras opções):
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
211
cados: o produto deve ser algo novo e interessante, ter uma utilidade observá-
vel e ter sido elaborado com os recursos que podiam ser utilizados.
✓✓ Assim que todos os grupos apresentarem seus trabalhos, converse com os partici-
pantes sobre:
❍❍ Como foi o processo de escolha da ideia para execução? Quais critérios foram
utilizados e por quê?
❍❍ Que benefícios e valores agregados tais pessoas poderão perceber nas cria-
ções/produtos?
❍❍ Quais aspectos levaram à escolha do produto mais adequado aos critérios es-
pecificados para sua criação? Que relação podemos fazer desta situação com
a prática do dia a dia de um empreendedor?
212
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
213
Mercado
Nesta atividade pretende-se apresentar conceitos relacionados ao tema mercado, amplian-
do as discussões e as vivências sobre identificação de oportunidades.
❍❍ O que cada empresa que os produz/realiza tem de fazer com excelência para
bem atender ao seu mercado?
❍❍ Por quais mudanças será que já passaram após entrar no mercado? O que foi
preciso observar para promover mudanças e melhorias em tais produtos/servi-
ços?
❍❍ O que é mercado?
214
Apresentação de slides.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
215
✓✓ Argumentar que o mercado pode ser entendido pelo conjunto das relações em um
espaço em que agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) procedem à troca
de bens e/ou serviços por unidades monetárias ou por outros bens e/ou serviços,
por isso se caracteriza pela relação entre a oferta e a demanda de bens ou serviços;
216
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
217
218
✓✓ Um empreendedor não pode sair fazendo o que bem entende (ou pelo menos
não deveria), sem avaliar suas condições e riscos para a tomada de decisões. Tais
decisões devem ser tomadas a partir de uma análise combinada das variáveis do
ambiente interno e do ambiente externo, que influenciam direta ou indiretamente
o desenvolvimento de qualquer atividade empreendedora;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
219
220
❍❍ Características do setor:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
221
❍❍ Aspectos estruturais;
❍❍ Aspectos de organização;
❍❍ Pessoas envolvidas;
❍❍ Definição de processos;
❍❍ Gestão do negócio.
222
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
223
224
✓✓ Informar que essa pesquisa deverá ser apresentada no Encontro 3 e orientar que
devem elaborar as perguntas a serem feitas.
t a n t e
Im por
identificar
s pa ra qu e ta m bé m iniciem um processo de
Estimular os aluno esentam opor-
Pe ça qu e an ot em ide ias que, para eles, repr dos
oportunidades .
co nt ex to loc al. In clu sive, este pode ser um
no
tunidades de mercado en tre vis ta com o empreendedor.
da do s na
assuntos a serem abor
✓✓ Orientar que contam com um texto de apoio sobre os assuntos estudados neste
Encontro – texto “O empreendedor e o caminho das ideias às oportunidades”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
225
Este texto consta no Manual do Aluno – os conceitos descritos no texto são os mes-
mos dos slides propostos para apresentação do tema.
Mercado fornecedor:
Mercado concorrente:
226
✓✓ Clientes; ✓✓ Processos;
✓✓ Legislação;
✓✓ Gestão;
✓✓ Características do setor de atuação:
cadeia de suprimentos, tendências, ✓✓ Outros
inovação;
✓✓ Sustentabilidade;
✓✓ Acesso a linhas de financiamento;
✓✓ Aspectos naturais e geográficos;
✓✓ Outros.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
227
Competitividade
Valor agregado
Agregar valor ao produto ou serviço é exceder a sua finalidade básica, sendo que tal
valor é determinado pela percepção do cliente.
228
✓✓ Um projeto, plano;
Ideias são sempre bem recebidas, são bem-vindas a qualquer momento. É normal-
mente da combinação de várias ideias ou da adaptação e evolução de uma ideia que
as oportunidades começam a ganhar vida.
As ideias precisam ser valorizadas e tratadas com a importância que têm. Algumas
dicas:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
229
✓✓ Seja flexível e tenha abertura para ser receptivo aos fatos e acontecimentos
ao seu redor;
✓✓ Mude a rotina;
Diante de tantas ideias, como saber aquelas que representam oportunidades? Pri-
meiramente é preciso ficar claro que não existe nenhuma forma que garanta 100%
de sucesso nesse processo de avaliar ideias e identificar oportunidades. Isso porque
as oportunidades de mercado, como o próprio nome diz, concretizam-se no dinamis-
mo do mercado, o que confere naturalmente certo grau de risco à situação.
230
Outro aspecto é refletir sobre seus conhecimentos e suas habilidades: quais são
seus pontos fortes? O que você sabe fazer, já conhece, tem experiência, cursos na
área ou formação específica? Quais são os aspectos que representam em você um
diferencial competitivo?
Esses aspectos podem ser alinhados em uma tabela que facilite a visualização de
informações, por exemplo:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
231
✓✓ Quantas pessoas e com qual perfil precisarei junto comigo? Qual a estrutura
mínima para tal atividade?
232
Encerramento do Encontro
✓✓ Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar os ho-
rários do próximo Encontro;
t a n t e
Im por
to final
ini cia da no M ód ulo 1, organização do even
Conforme atividade anos de Negó-
Em pr ee nd ed or ism o (apresentação dos Pl de
da Disciplina de
s alu no s, qu es tio na ndo-os sobre tal ativida
s do
cios), monitorar as açõe
e for necessário.
e orientando sobre o qu
ódulo 1 (go-
gr up os ge st or es ta mbém formados no M s
Estimular que os ão e co nh ec im ento, blog, entre outro
, infor m aç
vernança, organização en çã o às su as responsabilidades,
lem-
te nh am at
grupos formados) man de re ve zar os papéis entre os
grupos.
po ss ibi lid ad e
brando aos alunos a
234
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
235
ENCONTRO 2
❖❖ Objetivo do Encontro
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
m e os re cu rs os ut ilizados nas atividades
ndizage
As estratégias de apre za do s e co m ple mentados conforme pla
-
cont ex tu ali
propostas devem ser Co m o ob jetivo de promover e am
pliar a
r e da IE S.
nejamento do professo íve l ag regar outros textos, ou
tras ativida-
alu no s, é po ss s
aprendizagem dos s op çõ es , te nd o como foco atender ao
, entre ou tra
des, trechos de filmes
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
236
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
237
Atividade de abertura
Relembrar os pontos principais do Encontro anterior e apresentar os objetivos do Encontro
atual.
238
✓✓ Solicite que os alunos organizem-se e decidam qual ação será monitorada. A deci-
são deve ser comum, ou seja, todos deverão seguir o que for decidido. A partir da
decisão dos alunos, solicitar que se organizem nos devidos grupos para o trabalho
de monitoramento decidido como prioritário neste momento;
✓✓ Questionar os alunos sobre como consideram que foi o processo de decisão para
esta atividade;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
239
Negociação
✓✓ Argumentar, junto aos alunos, que no dia a dia do empreendedor a negociação
entra em cena como habilidade de realizar acordos, resolver conflitos, entre outras
situações;
ATIVIDADE PROPOSTA
O exercício da laranja Ugli é uma atividade vivencial que estimula uma situação de
conflito e a necessidade de negociação para sua solução:
✓✓ Solicitar que leiam as informações, sem que o outro colega tenha acesso a
elas;
✓✓ Explicar que você assume, a partir de agora, o papel do sr. Pinheiro, proprie-
tário da Ugli Laranjas, com quem os compradores irão negociar:
240
t a n t e
Im por
ou-
go cia do re s po de as sumir que não existem
Cada par de ne ada seja
sa do s na s lar an jas . Caso a estratégia utiliz
tros interes poderá ad-
e so m en te um a da s duplas de compradores
a de qu
mar aos participantes.
quirir as laranjas, infor
✓✓ Durante a atividade, manter particular atenção aos grupos que não chega-
rem a um acordo (por que isso aconteceu? Eles estavam escondendo ou
compartilhando informações? Qual era o nível de confiança entre os compra-
dores para negociar com você?);
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
241
✓✓ Parar o exercício depois que metade dos grupos tiverem encontrado uma
solução;
242
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
243
TEXTO “NEGOCIAÇÃO”
A toda hora estamos negociando na nossa vida. Negociamos até com nós mesmos.
Negociar é escolher entre diferentes alternativas, buscando a harmonia nos diferen-
tes interesses de todas as partes envolvidas.
Cada vez que você tiver uma negociação para fazer, defina tais parâmetros:
O que quero?
O que eu posso?
O que eu devo?
244
Em uma negociação, você deve tomar alguns cuidados. Procure, sempre que possível:
✓✓ Evitar ser inflexível em coisas que não têm importância e podem ser ade-
quadas;
✓✓ Separar o que está sendo negociado das pessoas que estão negociando;
✓✓ Negociação não é uma disputa que exige um vencedor. Não acuse a pessoa
durante a negociação; exponha fatos e argumentos relacionados ao objetivo
dela;
✓✓ Persistir em resolver a situação com base nos fatos. Não traga para o espa-
ço de negociação antigos ressentimentos ou mágoas;
1º desafio: percepção
Dicas:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
245
2º desafio: emoção
Dicas:
✓✓ Utilize gestos simbólicos e também cuide para sua postura não demonstrar
irritação ou incredulidade.
3º desafio: comunicação
Dicas:
✓✓ Ouça ativamente;
✓✓ Fale sobre você mesmo, seus argumentos e pontos de vista, não sobre os
outros;
246
Evite quatro obstáculos principais que inibem a criação de opções durante uma ne-
gociação:
1) O julgamento prematuro;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
247
Crie opções:
❍❍ Raciocine e esteja aberto aos raciocínios sobre quais padrões são mais
apropriados e como deveriam ser aplicados.
248
ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
249
✓✓ Orientar que os grupos escolham algumas das ideias listadas que podem
potencializar a comunicação ou que pensem em aspectos neste sentido.
Devem criar uma dramatização com dicas e orientações de como fortalecer
tais aspectos na comunicação (tempo de 15 minutos para preparação e tem-
po máximo de 3 minutos por apresentação dos grupos);
250
Ela pode ser verbal ou não verbal. Estudiosos afirmam que é impossível não se co-
municar; até o silêncio é uma forma de comunicar que não se quer comunicar, por
exemplo. A comunicação não só transmite informação, mas, ao mesmo tempo, re-
presenta um comportamento.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
251
Lembre-se de que a comunicação é o resultado que você obtém dela. Isto significa
que transmitir uma informação pura simplesmente não significa que tenha sido en-
tendida pelo outro: preste atenção no “feedback” (retorno) que esta pessoa lhe dá
como consequência do que você quis transmitir.
Diante de interlocutores (seja um ou sejam dois, dez, 20, 100, 500 ou mais), evite:
✓✓ A mania de colocar a mão no bolso, mexer nos botões da roupa, lápis, folha
de papel ou no fio do microfone;
✓✓ Roer unhas;
✓✓ Tossir, pigarrear;
✓✓ Olhar através das pessoas, para um ponto no infinito, para o chão, ou fechar
os olhos constantemente;
✓✓ Gesticular em demasia;
252
✓✓ Evite gírias, a não ser que você esteja falando a um grupo para o qual esta
seja a melhor forma de comunicação;
✓✓ Evite frases dúbias e vagas, como: “talvez sim”, “pode ser”, “quem sabe”.
Argumente suas colocações;
❍❍ Trocar o “l” pelo “u” ou omitir sílabas. Por exemplo: “Brasiu”, “pcisa”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
253
Na comunicação interpessoal:
Na comunicação escrita:
✓✓ Evite abreviamentos;
Emílio Odebrecht
254
✓✓ Ainda, lembrar aos alunos que continuem exercitando um olhar atento às oportuni-
dades que visualizam para o contexto local, anotando tais ideias;
t a n t e
Im por
do evento
ivi da de ini cia da no Módulo 1, organização
✓✓ Conform e at anos
Em pr ee nd ed or ism o (apresentação dos Pl
final da Disciplina de s dos alunos, questiona
ndo-os
m on ito ra r as aç õe
de Negócios), ário;
ivi da de e or ien ta nd o sobre o que for necess
sobre tal at
1
up os ge st or es ta m bé m formados no Módulo
✓✓ Estimular que os gr or m aç ão e conhecimento, blo
g, entre
ga niz aç ão , inf
(governança, or am atenção às suas re
sponsabili-
fo rm ad os ) m an te nh
outros grupos vezar os papéis
br an do ao s alu no s da possibilidade de re
dades, lem
entre os grupos.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
255
e s t õ es
Sug
licitar
ra at ivi da de s de en ce rramento, é possível so
✓✓ Como ideias pa -it s, solicitar que criem fra
ses curtas
r es cr ito em po st
avaliação po ica que se relacio-
du za m a av ali aç ão , que cantem uma mús es-
que tra
o ge ra l so br e o En co ntro, que cada um expr
ne com a percepçã forma a construir uma
história
ão ve rb alm en te , de
se sua avaliaç
entre outras opções;
coletiva do Encontro,
turma
l so lic ita r qu e os alu nos criem um blog da
✓✓ Também é possíve ias , ap rendizados e outros co
mentá-
m en to de ide
para compartilha
a.
rios relativos à disciplin
Professor(a),
Guie-se pelas informações deste texto para ampliar e complementar sua argumenta-
ção sobre negociação.
Obs.: algumas das informações deste texto estão presentes no texto “Negociação”,
que consta no Manual do Aluno.
256
Eles acreditam que o método de negociação consiga ser avaliado segundo três cri-
térios:
Um acordo inteligente pode ser definido como sendo aquele que respeita, ao máxi-
mo possível, os legítimos interesses de cada lado, que resolva os interesses confli-
tantes de uma maneira justa e que leve em conta os interesses da comunidade.
O tipo de negociação mais comum é “a barganha de posição”. Cada lado toma uma
posição, luta por ela e faz concessões de modo a alcançar um acordo. A barganha de
posição falha em respeitar os critérios básicos de se produzir um acordo inteligente
e amigável.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
257
258
Existe uma alternativa para a barganha de posição: mudar o jogo. O jogo da ne-
gociação acontece em dois níveis:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
259
Negociadores são, em princípio, pessoas. Todo negociador possui dois tipos de inte-
resses: a substância e o relacionamento. O relacionamento tende a se tornar emara-
nhado com o problema. A barganha de posição coloca o relacionamento e a substân-
cia em conflito. Separe o relacionamento da substância; os participantes devem se
ver como se estivessem trabalhando lado a lado, atacando o problema, e não um ao
outro. Lide diretamente com o “problema da pessoa”.
a) Percepção
Compreender as ideias do outro lado simplesmente não é uma atividade útil que o
ajudará a solucionar o seu problema. As ideias dele são o problema.
b) Emoção
260
✓✓ Utilize gestos simbólicos e também cuide para sua postura não demonstrar
irritação ou incredulidade.
c) Comunicação
✓✓ Os negociadores podem não estar falando entre si ou, pelo menos, não de
uma maneira que possa ser compreendida. Frequentemente, cada lado já
se descomprometeu com o outro e já não está mais tentando manter uma
comunicação séria com ele. Em vez disso, meramente falam para impressio-
nar terceiros ou a si mesmos;
✓✓ Fale com o outro lado. Trate seu número oposto como um juiz amigo com
quem está tentando encontrar uma opinião conjunta. Nesse contexto, é cla-
ramente prejudicial à persuasão culpar a outra parte pelo problema, atirar-se
em nomear culpado ou aumentar o tom de voz;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
261
Uma maneira mais eficiente para as partes pensarem sobre si mesmas é a de serem
parceiros racionais e compromissados na busca de um acordo justo que traga van-
tagens a ambos. Isso ajuda a, literalmente, sentarem-se ao mesmo lado da mesa,
tendo à frente de vocês o contrato, o mapa, o bloco de anotações ou seja lá o que
for, que descreva o problema.
O problema básico em uma negociação não está em posições conflitantes, mas sim
no conflito entre as necessidades de cada lado, desejos, preocupações e medos. Tais
desejos e preocupações são interesses. Os interesses motivam as pessoas; eles são
as forças motrizes por trás dos murmurinhos presentes nas posições. Sua posição
é aquilo que você decidiu. Seus interesses são o que fomentaram a sua tomada de
decisão.
262
❍❍ Raciocine e esteja aberto aos raciocínios sobre quais padrões são mais
apropriados e como deveriam ser aplicados.
Mudando o jogo
BARGANHA DE POSIÇÃO:
MUDE O JOGO – QUAL
PROBLEMA SOLUÇÃO
JOGO VOCÊ DEVE JOGAR?
NEGOCIE POR MÉRITOS
Os participantes são
Os participantes são amigos. Os participantes são adversários.
solucionadores de problemas.
Seja amigável com as pessoas e Seja duro com o problema e as Seja amigável com as pessoas e
com o problema. pessoas. duro com o problema.
Haja independentemente da
Confie nas pessoas. Não confie nas pessoas.
confiança.
Faça ofertas. Revele sua oferta Faça ameaças. Disfarce sua Explore os interesses. Evite ter
mínima. oferta mínima. uma oferta mínima.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
263
BARGANHA DE POSIÇÃO:
MUDE O JOGO – QUAL
PROBLEMA SOLUÇÃO
JOGO VOCÊ DEVE JOGAR?
NEGOCIE POR MÉRITOS
AMIGÁVEL DURO PRINCÍPIOS
Procure uma resposta única: uma Procure por uma resposta única: Desenvolva várias opções de
que irão aceitar. uma que você aceite. escolha;
decida posteriormente.
264
❖❖ Conteúdos do Encontro
t a n t e
mpo r
I
s atividades
ap re nd iza ge m e os recursos utilizados na -
As estratégias de za do s e co m ple mentados conforme pla
contex tu ali
propostas devem ser Co m o ob jet ivo de promover e am
pliar
r e da IE S.
nejamento do professo ss íve l ag re gar outros textos, outra
s ativi-
no s, é po
a aprendizagem dos alu tra s opções, tendo como fo
co atender
film es , en tre ou
dades, trechos de
s para o Encontro.
aos objetivos proposto
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
265
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Integrar os Atividade em grupo. 10’
abertura participantes e iniciar
as atividades do
Encontro.
Empreendedores e Promover a Atividade em grupo. Manual d o A l u n o , 60’
oportunidades apresentação folhas de flip-chart,
das pesquisas pincéis atômicos, fita-
realizadas pelos crepe.
alunos, ampliando o
conhecimento sobre
a identificação de
oportunidades.
Inovação, Refletir sobre Atividade em grupo. Manual do Aluno, kit 60’
cooperação, demandas e multimídia, slides,
sustentabilidade, tendências do vídeo, folhas de flip-
outras demandas e mercado que geram chart, pincéis atômicos,
tendências oportunidades. fita-crepe.
Intervalo 10’
Identificando Propiciar aos Atividade em grupo. Manual do Aluno, 80’
oportunidades na alunos o exercício material atualizado
prática da identificação de para consulta: revistas,
oportunidades em jornais, acesso à
suas diferentes internet.
etapas.
Encerramento do Finalizar as atividades Atividade em grupo. 20’
Encontro do Encontro.
Total 240’
266
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
267
Empreendedores e oportunidades
Promover a apresentação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos grupos, indicando o
tempo de referência para a apresentação deles.
Lembrar aos alunos que pratiquem as dicas e informações, estudadas no Encontro anterior,
para uma comunicação eficaz.
268
✓✓ Informar que cada grupo terá 10 minutos para responder sobre o seu tema:
Slides propostos:
Professor(a), comente sobre os slides a partir das informações dos textos de apoio ao pro-
fessor deste Encontro e, claro, de sua experiência e conhecimento sobre os assuntos.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
269
270
272
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
273
Vídeos sugeridos:
Sugerimos escolher uma ou duas das ideias para apresentação nesta ativida-
de, podendo utilizar os demais exemplos em outros momentos da disciplina.
274
INOVAÇÃO
Mas a inovação não acontece do nada. Para inovar é preciso entender o que é inovação.
É importante sempre se lembrar de que uma ideia criativa nem sempre é uma inova-
ção. Pode acontecer que a ideia não esteja coerente com o perfil do seu cliente ou
até mesmo pode não ser o momento ideal para aplicá-la.
Somente se considera que houve inovação quando as ações trazem resultados im-
pactantes em relação ao crescimento e aos resultados para a atividade empreende-
dora. Avalie sempre este aspecto.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
275
Tipos de inovação
1) Inovação de produto
2) Inovação de marketing
Inovações de marketing são voltadas para melhor atender às necessidades dos con-
sumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma empresa
no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas.
276
3) Inovação de processo
4) Inovação organizacional
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
277
COOPERAÇÃO
As respostas não são simples e exigem cada vez mais criatividade e inovação para
serem encontradas, quer no campo gerencial e tecnológico, quer na relação das em-
presas com o mercado.
278
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
279
✓✓ Compartilhar recursos;
✓✓ Combinar competências;
Trabalhar junto significa lidar com tempos e práticas muitas vezes diferentes entre as
pessoas. Interagir com necessidades e interesses diferentes. Acomodar essas ques-
tões contemplando todas as pessoas exige diálogo, habilidade pouco necessária em
uma sociedade amplamente competitiva.
280
Abrir-se ao novo é ampliar a relação com o mundo. A cooperação é tão antiga como
a humanidade e sua prática como diferencial competitivo é uma das grandes novi-
dades do nosso tempo.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
281
[...]
Há uma consciência maior, principalmente dos consumidores, que buscam mais qua-
lidade e eficiência em produtos e serviços, provenientes de práticas sustentáveis, e
atendimento satisfatório.
282
Desafios e oportunidades
Trata-se, portanto, não de uma moda passageira, mas de uma nova realidade que
veio para ficar. Compreender que sustentabilidade é pressuposto para competitivi-
dade implica acesso ao conhecimento técnico necessário à adequação do negócio,
o que envolve ecoeficiência nos processos, avaliação do ciclo de vida dos produtos,
gerenciamento de resíduos, relação com clientes, avaliação sistemática de fornece-
dores, desenvolvimento e utilização de indicadores de sustentabilidade.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
283
Torna-se imperativo imprimir mais eficiência em tudo que se faz, de modo a manter
as fontes de riqueza e a sua sustentação socioeconômica. Esse não é um desafio
trivial; pelo contrário, requer profundas mudanças culturais, políticas e econômicas
em escala global. As oportunidades de novos negócios em virtude dessas tendências
são as mais diversas e ao alcance das MPE.
TENDÊNCIAS
284
✓✓ Sentimento de brasilidade;
✓✓ Responsabilidade social;
✓✓ Ecossoluções;
✓✓ Prioridade à saúde;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
285
Identificando oportunidades na
prática
Providenciar acesso à internet e outras fontes de pesquisa para os alunos (jornais, revistas).
Os grupos formados permanecerão os mesmos até o final da disciplina, uma vez que se
inicia aqui o processo de identificação de oportunidades. No Módulo 3, os alunos elaborarão
um Modelo de Negócios, e, no Módulo 4, um Plano de Negócios.
✓✓ Alertar os alunos para que não se preocupem em encontrar respostas certas e per-
feitas; devem responder com suas percepções e seus conhecimentos, conforme
cada etapa de questionamentos.
286
✓✓ Como o grupo será mantido até o final da disciplina, sugira que anotem o nome
dos integrantes da equipe, como indicado nesta etapa da atividade;
✓✓ Orientar que devem, após compartilhar e debater sobre as ideias dos participantes
do grupo, escolher de três a cinco ideias que consideram as mais viáveis, aquelas
que representam as melhores oportunidades na visão do grupo:
✓✓ Pedir que os alunos se organizem para fazer uma pesquisa mais detalhada sobre
as ideias de negócios que escolheram:
❍❍ Outras opções.
❍❍ Concorrentes;
❍❍ Disponibilidade de tecnologia/equipamento;
❍❍ Fonte de recursos;
❍❍ Parcerias possíveis;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
287
✓✓ Orientar que o resultado desta pesquisa será subsídio para as próximas atividades
na disciplina:
ATIVIDADE PROPOSTA
Tenha sempre em mente, como um dos objetivos desta atividade, exercitar e fortalecer
comportamentos empreendedores no seu dia a dia.
✓✓ Persistência;
✓✓ Comprometimento;
✓✓ Estabelecimento de metas;
288
Disciplina de Empreendedorismo
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289
Análise: quem poderiam ser meus clientes? Há mercado para tais ideias?
290
Problemas existentes
Recursos subutilizados
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
291
Análise: quem poderiam ser meus clientes? Há mercado para tais ideias?
292
O que eu já tenho (hoje) para começar uma atividade empreendedora? Quais as pos-
síveis fontes de recurso? Como pretendo dispor de recursos como tempo, motivação,
energia para tal atividade? Quais as possíveis parcerias?
Disciplina de Empreendedorismo
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293
Escolham de três a cinco ideias de negócio vistas como oportunidades. As ideias sele-
cionadas serão utilizadas em atividades futuras:
Ideia de negócio:
✓✓ Concorrentes;
✓✓ Disponibilidade de tecnologia/equipamento;
✓✓ Fonte de recursos;
✓✓ Parcerias possíveis;
294
t a n t e
Im por
ão do
m e at ivi da de ini cia da no Módulo 1, organizaç
✓✓ Confor o (apresenta-
fin al da Di sc ipl ina de Empreendedorism
even to nos,
de Ne gó cio s), m on itorar as ações dos alu
ção dos Planos e o que
nd o- os so br e ta l at ivi dade e orientando sobr
questiona
for necessário;
Mó-
os gr up os ge st or es também formados no
✓✓ Estimular que ão , informação e conhec
imento,
er na nç a, or ga niz aç
dulo 1 (gov enção às
tre ou tro s gr up os fo rmados) mantenham at e
blog, en do ao s alunos da possibilidad
de s, lem br an
suas responsabilida
tre os grupos.
de revezar os papéis en
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
295
e s t õ es
Sug
ível solicitar
pa ra at ivi da de s de encerramento, é poss
✓✓ Como ideias
po st -it s, so lic ita r qu e criem frases curtas
avaliação por escrito em nt em uma música que se re
lacio-
ali aç ão , qu e ca
que traduzam a av o Encontro, que cada um
expres-
ep çã o ge ra l so br e
ne com a perc forma a construir uma
história
aç ão ve rb alm en te , de
se sua avali
entre outras opções;
coletiva do Encontro,
da
íve l so lic ita r qu e os alunos criem um blog
✓✓ Também é poss de ideias, aprendizados e
outros
co m pa rti lha m en to
turma para
à disciplina.
comentários relativos
Professor(a),
Guie-se pelas informações deste texto para ampliar e complementar sua argumentação
sobre inovação, cooperação, sustentabilidade e tendências.
Obs.: parte deste texto representa o texto “Inovação, cooperação, sustentabilidade, outras
demandas e tendências”, que consta no Manual do Aluno.
296
✪✪ INOVAÇÃO
O Manual de Oslo divide a inovação em quatro áreas – produto, processo, marketing e or-
ganização:
[...]
1) Inovação de produto
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
297
Novos produtos são bens ou serviços que diferem significativamente em suas caracterís-
ticas ou usos previstos dos produtos previamente produzidos pela empresa. Os primeiros
microprocessadores e câmeras digitais foram exemplos de novos produtos usando novas
tecnologias. O primeiro tocador de MP3 portátil, que combinou padrões de softwares exis-
tentes com a tecnologia de disco rígido miniaturizado, foi uma nova combinação de tecno-
logias existentes.
O desenvolvimento de um novo uso para um produto com apenas algumas pequenas mo-
dificações para suas especificações técnicas é uma inovação de produto. Um exemplo é a
introdução de um novo detergente com uma composição química que já tinha sido previa-
mente utilizada como um insumo apenas para a produção de revestimentos.
Melhoramentos significativos para produtos existentes podem ocorrer por meio de mudan-
ças em materiais, componentes e outras características que aprimoram seu desempenho.
A introdução dos freios ABS, dos sistemas de navegação GPS (global positioning system),
ou outras melhorias em subsistemas de automóveis são exemplos de inovações de produto
baseadas em mudanças parciais ou na adição de um subsistema em vários subsistemas
técnicos integrados. O uso de tecidos respiráveis em vestuário é um exemplo de uma inova-
ção de produto que utiliza novos materiais, capazes de melhorar o desempenho do produto.
significativa nas características funcionais do produto ou em seus usos previstos não são
inovações de produto. Ainda assim, elas podem ser inovações de marketing, como será
discutido a seguir. Atualizações de rotina ou mudanças sazonais também não configuram
inovações de produto.
2) Inovação de processo
298
3) Inovação de marketing
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
299
Inovações de marketing são voltadas para melhor atender às necessidades dos consumi-
dores, abrindo novos mercados ou reposicionando o produto de uma empresa no mercado,
com o objetivo de aumentar as vendas.
300
4) Inovação organizacional
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
301
302
✪✪ COOPERAÇÃO
O cenário atual reserva muitas oportunidades para os empresários em nosso país: aumento
de renda da população, em especial das classes C e D, e estabilidade e crescimento econô-
mico, o que gera condições favoráveis para o desenvolvimento das empresas. Ao lado das
oportunidades residem inúmeros desafios que exigem muito cuidado: a alta carga tributária,
a informalidade em vários setores e a carência em infraestrutura. De todos esses, o mais
estimulante está no próprio cerne do ambiente empresarial: a competitividade entre as
empresas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
303
As respostas não são simples e exigem cada vez mais criatividade e inovação para serem
encontradas, quer no campo gerencial e tecnológico, quer na relação das empresas com o
mercado.
Nesse contexto, a cooperação entre as empresas tem se destacado como um meio ca-
paz de torná-las mais competitivas. Fortalecer o poder de compras, compartilhar recursos,
combinar competências, dividir o ônus de realizar pesquisas tecnológicas, partilhar riscos
e custos para explorar novas oportunidades, oferecer produtos com qualidade superior e
diversificada são estratégias cooperativas que têm sido utilizadas com mais frequência,
anunciando novas possibilidades de atuação no mercado.
Cultura da cooperação
É o grande caldo que afeta todas as nossas relações e, portanto, definidora do modo
como estas relações acontecem, se estabelecem, se perpetuam ou se renovam.
Cooperação
✓✓ Colaborar;
✓✓ Trabalhar em comum;
✓✓ Ajudar;
✓✓ Participar.
304
Considerem que mais eficaz não significa necessariamente mais fácil, mas sim que o resul-
tado final obtido por todos coletivamente beneficiará cada um individualmente melhor do
que o conseguiriam sozinhos.
Ao trazer cooperação como uma nova cultura, há um contraponto com a cultura que preva-
lece no ambiente dos negócios e na sociedade em geral, tradicionalmente dominados por
valores e práticas que têm a competição como elemento preponderante.
Competição
✓✓ Busca simultânea, por dois ou mais indivíduos, de uma vantagem, uma vitória, um
prêmio etc.;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
305
Uma sociedade em que prevalecem valores e práticas de competição tende a educar seus
membros para atuarem nessa perspectiva, perpetuando um processo cujos desdobramen-
tos podem distorcer até as relações sociais mais humanizadas.
Nesse contexto, a cooperação aparece como uma forma de melhor competir em um ce-
nário em que ganhar mercado, reduzir custos, exportar e importar, divulgar marcas, desen-
volver tecnologias, enfim, aumentar a lucratividade está cada vez mais difícil de alcançar de
forma isolada.
Guardadas as proporções, o ambiente hoje é tão hostil para os empresários em geral, como
era para os antepassados. Empresas gigantes impondo padrões de produtos e relações
com o mercado nem sempre acessíveis às MPE, legislações e tributações restritivas e com-
plexas, consumidores mais exigentes a cada dia, recursos escassos, concorrentes vorazes,
enfim, um mundo selvagem e cheio de oportunidades. Como então sobreviver? Como pros-
perar?
Com um ambiente assim, a motivação para trabalhar junto aparece quase como uma
consequência natural e as possibilidades para fazê-lo são muitas. No meio empresarial a
cooperação pode ser utilizada para aumentar a eficácia operacional das empresas.
Por isso, a seguir são apresentadas algumas possibilidades da cooperação como meio para
ampliar a capacidade operacional das empresas nas suas relações com mercados cada vez
mais competitivos.
306
Compartilhá-los, nesse caso, criando uma forma de seu uso cooperativo, aumentaria a efi-
cácia operacional de todos os envolvidos.
2) Combinar competências
Essa prática ocorre mais frequentemente dentro das empresas como parte da necessidade
de desenvolver o trabalho já previamente definido do que entre empreendedores autôno-
mos.
Essa prática é mais comum com vários modelos já organizados formalmente, como as
centrais de compras e de negócios e as redes empresariais. É uma forma que, em muitos
casos, inaugura a experiência cooperativa em vários segmentos, por expressar mais cla-
ramente os ganhos da cooperação medidos em compras mais baratas ou negócios mais
facilitados.
Essa modalidade pode ser confundida com as ações de representação política, mas em se
tratando de cooperação, refere-se a poder de barganha ou poder de mobilização decorrente
do trabalho conjunto de todos os envolvidos.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
307
Pode-se alcançá-la, por exemplo, com um trabalho conjunto para alterar uma legislação,
melhorar uma condição de fiscalização, uma estrada, uma sensibilização ao mercado.
Empresas trabalhando juntas podem dividir o investimento financeiro necessário para via-
bilizar pesquisas tecnológicas e também a competência técnica para viabilizá-las, conquis-
tando vantagem competitiva. É também um modo cooperativo de aumentar a eficácia ope-
racional.
Com uma visão mais ampliada sobre o conceito de concorrência, o trabalho cooperativo
das empresas pode oferecer melhores produtos por meio de sinergia de marcas, estrutura,
além de recursos financeiros.
Os ganhos que as empresas buscam por meio de fusões, em geral, podem ser obtidos via
negociação e acordos cooperativos entre elas, sem a necessidade de abrir mão de sua iden-
tidade. Isto é também aumento da eficácia operacional. É a cooperação como estratégia de
trabalho.
308
A experiência tem demonstrado que a maioria dos empresários quer os benefícios que o
trabalho cooperativo pode gerar, mas não o trabalho que ele exige. Trabalhar junto significa
lidar com tempos e práticas muitas vezes diferentes entre as pessoas, interagir com neces-
sidades e interesses diferentes. Acomodar essas questões contemplando todas as pessoas
exige diálogo, habilidade pouco necessária em uma sociedade amplamente competitiva.
Superar esse desafio tem sido conquista de muitas pessoas que já descobriram e multi-
plicam a cooperação como prática cotidiana. Como disse Einstein, “a mente que se abre a
uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Abrir-se ao novo é ampliar a relação com o mundo. A cooperação é tão antiga como a hu-
manidade, e sua prática como diferencial competitivo é uma das grandes novidades do
nosso tempo.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
309
[...]
Mas sua superação é necessária e urgente em que pese alguns estarem muito aquém das
expectativas geradas com os acordos firmados, principalmente a partir da ECO 92, a Con-
ferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 1992, no Rio de Janeiro. Um olhar
sobre o passado recente permite constatar que houve evolução.
Desde a ECO 92, observa-se uma preocupação crescente com a não agressão ao meio am-
biente, o desenvolvimento de tecnologias limpas e o uso responsável dos recursos naturais.
Nesse período, porém, todos os esforços foram insuficientes para reduzir substancialmente
os impactos dramáticos das atividades produtivas associados às adversidades climáticas e
aos efeitos e prejuízos delas decorrentes. Neste ano, duas décadas depois, quando chefes
de Estado voltam a se debruçar sobre o futuro do planeta, é visível a necessidade de mu-
danças e as possibilidades rumo a um desenvolvimento sustentável em escala planetária.
1 Em seu artigo, Ricardo Abramovay destaca: “o potencial de valorização dos Micro e Pequenos Negócios com base no melhor aprovei-
tamento dos recursos sociais são imensos e não se restringem ao uso direto de diferentes biomas. Mas esses potenciais dependem
de uma orientação pública e privada que está distante da estratégia mais geral das iniciativas das Grandes Empresas e das políticas
governamentais”.
310
Há uma consciência maior, principalmente dos consumidores, que buscam mais qualidade
e eficiência em produtos e serviços, provenientes de práticas sustentáveis, e atendimento
satisfatório.
Pesquisas confirmam a disposição dos consumidores de pagar mais por produtos e servi-
ços que não agridam o meio ambiente.
Um processo intenso de mudanças está em curso no Brasil nos últimos anos, em função do
aquecimento da demanda interna, impulsionada pelo consumo das famílias, e pelo crédito,
em maior quantidade e mais barato, facilitando o acesso pelos empresários do segmento
de Pequeno Porte e pelos consumidores, cada vez mais bem informados e seletivos. Esse
processo já repercutiu no crescimento do comércio e do setor de serviços.
2 Roberto Smeraldi, em seu artigo neste livro, aponta para uma nova dinâmica nas relações de consumo e produção: “a sociedade evolui
para o abandono do conceito de vida útil e a criação de modelos circulares, com fases de uso e de transformação dos recursos. Tais
modelos se baseiam na logística reversa e na progressiva substituição da compra de produtos pelo fornecimento de serviços: tendem
assim a transformar o resíduo, qualquer que seja, em insumo que fertiliza novas cadeias”.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
311
A convergência desses fatores vem desenhando novos rumos nos negócios, de modo a
atender à demanda ascendente por produtos e serviços sustentáveis. Um contexto muito
diferente daquele de duas décadas atrás, quando o meio ambiente era o foco do debate na
ECO 92. Hoje, a economia e a sociedade brasileira passam por um longo e intenso processo
de mudanças.3 Abrem-se muitas possibilidades, e novas oportunidades surgirão. Os acon-
tecimentos nos próximos anos também colocam o país na perspectiva de um ritmo cres-
cente de atividade. No ambiente empresarial, há uma tendência de compromisso crescente
de todos os elos da sociedade com o objetivo de negócio sustentável. A transição para um
Modelo de Negócio compatível com as exigências desse recente conceito de desenvolvi-
mento, no âmbito das empresas, somente ocorre à medida que esses valores são absorvi-
dos pelo mercado. Observa-se também que a consolidação da sustentabilidade como valor
de mercado vem ocorrendo em ritmo acelerado, porém ainda em nível superficial.4
Desafios e oportunidades
Trata-se, portanto, não de uma moda passageira, mas de uma nova realidade que veio
para ficar. Compreender que sustentabilidade é pressuposto para competitividade implica o
acesso ao conhecimento técnico necessário à adequação do negócio, o que envolve ecoefi-
ciência nos processos, avaliação do ciclo de vida dos produtos, gerenciamento de resíduos,
relação com clientes, avaliação sistemática de fornecedores, desenvolvimento e utilização
de indicadores de sustentabilidade.
3 Suênia Maria Cordeiro de Sousa, em artigo neste livro, explicita essa mudança para uma nova economia: “vale dizer que os conceitos
que alicerçam a gestão dos negócios sustentáveis vão além dos que abarcam a gestão empresarial tradicional, sendo essencial a sen-
sibilização e a convicção dos líderes, no sentido de cultivar e disseminar essa nova visão de empreendedorismo, baseada na inovação
e com foco em sustentabilidade”.
4 Em artigo neste livro, Jorge Abrahão ressalta: “embora as principais empresas do país possuam hoje procedimentos definidos e estru-
turados de gestão da responsabilidade corporativa e da sustentabilidade, verifica-se que eles são muitas vezes periféricos e têm pouca
relevância para os grandes processos decisórios, apresentando baixa materialidade nas estratégias centrais da produção e da gestão”.
312
Torna-se imperativo imprimir mais eficiência em tudo que se faz, de modo a manter as
fontes de riqueza e a sua sustentação socioeconômica. Esse não é um desafio trivial; pelo
contrário, requer profundas mudanças culturais, políticas e econômicas em escala global.
As oportunidades de novos negócios em virtude dessas tendências são as mais diversas e
ao alcance das MPE. Uma possibilidade promissora está na proposta de lei que o governo
federal pretende a aprovação do Congresso Nacional: ampliar as compras governamentais
a produtos provenientes de práticas sustentáveis, por meio de cotas para aqueles ambien-
talmente corretos, o que certamente impulsionará os Pequenos Negócios nesse novo mer-
cado que vai emergir no país.
✪✪ TENDÊNCIAS
Tendência é todo movimento social, espontâneo ou induzido, que aglutina um grupo signi-
ficativo de pessoas em torno de comportamentos ou características semelhantes, identifi-
cáveis em uma série de tempo determinada.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
313
Para que se tenha ideia do potencial desse mercado, basta ver o número de casais sem
filhos nas principais regiões metropolitanas do país. Na grande Porto Alegre, eles somam
235 mil casais; na região metropolitana de Curitiba, são 143 mil; no grande Rio, são mais
de 650 mil casais sem filhos; e, em São Paulo, esse número chega à incrível marca de 820
mil. Há que se considerar que, desse contingente todo, há os casais novos, que ainda não
tiveram tempo ou condições financeiras de ter ou planejar seus filhos, os casais que, mes-
mo querendo, não conseguem ter filhos por questões de infertilidade e ainda um grupo
formado por aqueles casais que, mesmo tendo condições financeiras e orgânicas de ter
filhos, optam por não os ter.
As demandas da sociedade exigem que muitas pessoas fiquem distantes de seus núcleos
familiares por algum período de tempo. Muitos passam a semana em uma cidade e retor-
nam ao final desta semana para suas casas – seja para trabalhar ou estudar. Além disso,
muitas pessoas primam pela independência de morar sozinha.
As pessoas têm procurado, cada vez mais, manter sua qualidade de vida e os animais de
estimação representam uma via de relacionamento e de afeto. É possível doar carinho aos
animais de estimação e receber deles atenção correspondente às suas características in-
trínsecas (se é um cachorro, um gato, um pássaro etc.).
O engajamento em causas sociais tem tido crescente atuação das pessoas, que, em boa
parte, passaram a reconhecer a importância de suas contribuições e atuação social, visando
ao desenvolvimento e ao bem-estar da sociedade como um todo.
Tendência: ecossoluções
314
Ao longo do tempo, essa preocupação foi assumindo novas formas, com o desenvolvi-
mento de toda uma indústria da beleza, cirurgias plásticas, revoluções na maneira de se
vestir, criação de grandes marcas e uma infinidade de produtos e serviços para homens e
mulheres se sentirem mais bonitos, jovens e sedutores. A mudança é na extensão dessa
preocupação com a estética e a aparência e os recursos disponíveis para atender às neces-
sidades e aos desejos de cada pessoa. Quanto mais itens são oferecidos para melhorar a
apresentação da pessoa, mais esta pessoa se preocupa em estar melhor fisicamente.
Existe uma tendência muito forte nos últimos anos, no mundo inteiro, de os filhos morarem
mais tempo com os pais. Uma das coisas que caracterizam essa tendência é o fato de que
boa parte dos filhos adultos que moram com os pais até teriam condições financeiras para
sair de casa (claro que teriam de abrir mão de alguns itens de consumo e facilidades, mas
nada que os impedisse) e não saem porque não querem, porque lhes é mais conveniente
ficar.
Entre as regiões metropolitanas, São Paulo, obviamente, tem o maior número absoluto de
idosos, com mais de 1,8 milhão de pessoas, seguido de perto pelo grande Rio, que regis-
trava, em 2004, cerca de 1,5 milhão de pessoas na “melhor idade”. A grande Porto Alegre
registrava 420 mil pessoas com mais de 60 anos, seguida pela região metropolitana de
Salvador, com 232 mil, e pela grande Belo Horizonte, com cerca de 196 mil idosos. A renda
média dessas pessoas cresceu na última década, destacando a dos idosos paulistas e cario-
cas que, respectivamente, chegou em médias de R$ 893,00 e R$ 1.018,00 mensais. Assim,
fica claro que essa é uma tendência muito forte em nosso país.
Uma tendência que se observa já algum tempo, mas que vem crescendo bastante nos úl-
timos anos, é a opção que muita gente está fazendo por ficar em casa, em detrimento de
atividades externas. A maioria das pessoas está restringindo suas atividades fora de casa
aos compromissos profissionais, de estudo e ao extremamente necessário.
Outro dado que demonstra essa tendência é o crescimento do número de pessoas que tra-
balham em casa, nos chamados home-offices. Ou são pessoas que têm sua MPE em casa
mesmo, ou profissionais especializados que prestam serviços para grandes companhias de
forma remota.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
315
Não há como fechar os olhos para a realidade de que vivemos em um mundo digital, no qual
as informações, o conhecimento, as transações comerciais e mesmo os relacionamentos
pessoais estão cada vez mais ligados e interligados em um universo de bites. A tendência
é de que essa interseção do mundo off-line com o mundo on-line seja cada vez maior, che-
gando, em muitos casos, à situação de dependência.
O ser humano sempre foi preocupado com a sua saúde. Estar bem e se sentir bem é uma
das preocupações básicas de todos nós em todos os tempos. No entanto, algo que vem
surgindo como forte tendência comportamental nos últimos anos, no Brasil e na maioria
dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, é o fato de esta preocupação em ter e
manter uma vida saudável passar a ser algo prioritário para muita gente. Há uma parcela
crescente da população disposta a investir grande parte do seu tempo e de seus recursos
para viver mais e melhor.
Essa maior busca pelo metafísico não deságua apenas nas religiões, mas igualmente na
filosofia, na literatura, no cinema e em quase todos os ramos da atividade humana. Daí o
sucesso de autores como Paulo Coelho e Dan Brown, de filmes como Cidade dos Anjos,
Harry Potter e Senhor dos Anéis. Daí também o crescente interesse por bruxas e anjos.
316
O que se percebe é que existe um certo movimento, que pode caracterizar uma tendência,
no sentido de se resgatar alguns desses valores e, inclusive, alguns ícones do passado.
Em um artigo de janeiro de 2012 publicado na revista Pequenas Empresas & Grandes Negó-
cios foram apresentadas 50 tendências para desenvolvimento de negócios.
É possível disponibilizar o artigo aos alunos para consultas e discussão se tais tendências
ainda podem se viabilizar como oportunidades.
Confira as pesquisas que antecipam os movimentos dos consumidores e fature alto com
as novas demandas.
Ambiente
1) B2B sustentável
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
317
2) Logística reversa
Alguns setores da indústria (pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e ele-
troeletrônicos) terão de se responsabilizar pelo descarte final de seus produtos. A partir de
2014, os fabricantes vão gerenciar a retirada dos itens que o consumidor descartar e dar
a esses produtos o destino correto, em parceria com governos e com o varejo. É aí que
entram transportadoras e empresas de reciclagem e de destruição certificada. Segundo o
Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), o setor movimenta R$ 18 bilhões anuais e
deve crescer até 2015, data-limite para os fabricantes se enquadrarem.
Colaboração
3) Cliente falante
4) Social commerce
Transformar as redes sociais na versão digital da divulgação boca a boca é a principal ten-
dência do comércio eletrônico em 2012, já vislumbrada em 2011. As empresas começam a
abrir lojas no Facebook para que seus seguidores compartilhem com os conhecidos o que
está na vitrine. Mas, para estimular as vendas por meio da recomendação social, é preciso
engajar o público. O Magazine Luiza, por exemplo, permite que alguns seguidores no Face-
book e no Orkut montem uma vitrine com os seus produtos e façam sugestões de compras
a seus amigos, em troca de uma comissão de até 4,5% do valor vendido.
Comportamento
A união formal de pessoas do mesmo sexo ganhou impulso no Brasil no ano passado
(2011), quando o Supremo Tribunal Federal autorizou o primeiro matrimônio gay do país. Os
casais começam a planejar festas, mas faltam organizadores especializados. Em New York
318
6) Beleza masculina
O Brasil já é o segundo maior mercado de cosméticos para homens – só perde para os Es-
tados Unidos. Em 2011, esse segmento especializado faturou US$ 3,73 bilhões no Brasil,
um crescimento de 14% sobre 2010, aponta estudo da consultoria Euromonitor. Apostando
no interesse deles pela estética, a fabricante de cosméticos Fiorucci investiu R$ 2 milhões
em 2011 para desenvolver novos produtos, como xampus com silicone e com ingredientes
fortalecedores. A paranaense Feito Brasil lançou, no ano passado (2011), a linha Homem
Urbano, que tem desde hidratante até sabonete “com pegada refrescante”.
Há quem diga que os 60 são os novos 40. A geração dos baby boomers, nascida entre
1946 e 1964, passa longe do sofá: com boa saúde e dinheiro guardado, eles querem mais
é consumir, viajar e se divertir. Mas faltam serviços e produtos para atender bem a esse
consumidor, sem tratá-lo como avô. Alguns segmentos pouco explorados são turismo, ali-
mentos para manter a boa saúde e roupas. “Há poucas marcas com boas coleções para
quem tem mais de 60 anos. É um mercado promissor, inclusive na nova classe C”, diz An-
drea Bisker, diretora da consultoria WGSN na América Latina.
8) Baixinhos consumistas
Homens e mulheres que trabalham e passam pouco tempo com os filhos procuram cada
vez mais agradá-los com experiências enriquecedoras em centros de lazer, cursos e bons
livros e brinquedos. Outros fazem um reembolso afetivo por meio do consumo, diz Sabi-
na Deweik, diretora da consultoria Future Concept Lab no Brasil. Na prática, os pequenos
ditam as compras dos pais. “Essa é a ponte para a criança crescer de forma mais rápida.
Antes da adolescência, elas já estão ansiosas para entrar no universo adulto e das celebri-
dades, e isso define seu padrão de escolhas.”
9) Espírito retrô
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
319
consultorias WGSN e Brain Reserve. No mundo da moda, o vintage está em alta. Neste ano
(2011), as referências aos anos 1960 e 1970 vão aparecer no estilo, nas cores e nas propa-
gandas de roupas e de acessórios. Até as curvas, como as das pin-ups, serão valorizadas.
Por devoção ou diversão, donos de cães e gatos investem cada vez mais em mimos para
eles. Tanto que roupas, acessórios e produtos de beleza para esses pets já respondem por
75% do valor de vendas de produtos para animais no Brasil, de acordo com a consultoria
Euromonitor. As projeções para o setor são de um crescimento médio de 8% ao ano até
2016. E é um bom nicho para Pequenas e Médias Empresas, aponta o Sebrae, já que as
multinacionais do setor estão concentradas em cuidados com a saúde.
Nada de jaulinhas no pet shop ou hotéis veterinários. Quando viajam, os donos de cães e
gatos querem que os bichinhos se sintam em casa – e fiquem por lá mesmo, com todos os
cuidados necessários. Assim, cresce o interesse pelo serviço de pet sitter, um profissional
que visita os animais todos os dias para dar comida, limpar os sanitários e brincar com eles.
E, claro, mandar notícias para os donos, que estão longe. Nos Estados Unidos, já existe até
um aplicativo de geolocalização, o Stayhound, para encontrar um pet sitter que esteja por
perto e checar as opiniões de quem já utilizou os seus serviços.
Para aliviar as pressões do dia a dia, as pessoas tentam se recompensar de alguma forma.
A mais comum é se presentear com um pequeno mimo, não muito caro – como uma xícara
de café especial ou um chocolate importado. Mas há quem radicalize e decida se libertar da
tensão se deliciando com prazeres como jantar uma bela picanha durante a semana sem
nem ligar para o colesterol. A chave para servir bem a esse consumidor de maior poder
aquisitivo é oferecer uma experiência libertadora – um produto ou serviço cuja fruição dê a
sensação de quebrar a rotina.
320
A mistura de preocupação com a saúde e a busca de atividades que deem prazer favorece
os cuidados com a alimentação. Isso significa que as pessoas não só estão examinando
cardápios em busca de ingredientes orgânicos e nutritivos, mas também se aventurando
mais na cozinha. Com isso, abre-se um leque de oportunidades no mercado gourmet, como
nas áreas de utensílios sofisticados para a cozinha, ingredientes premium e fornecimento
ou catering especializado – em culinária vegetariana, por exemplo.
Nas grandes cidades, o medo de ser assaltado ou chegar em casa e ter uma surpresa de-
sagradável leva as pessoas a reforçar seus gastos com segurança pessoal. Mas isso não
significa apenas blindar o carro ou equipar a casa toda com câmeras e sistema de
monitoramento remoto. Ainda há uma grande carência de serviços de “leva e traz”, para
minimizar deslocamentos, como o de levar o carro à oficina, aponta o Sebrae SP.
Consumo esperto
A velha prática de doar roupas, berços e brinquedos que os filhos não usam mais foi re-
paginada. Formando uma rede que vai além de amigos e parentes, alguns sites permitem
vender itens ou alugá-los temporariamente, para não desperdiçar dinheiro com artigos que
serão usados por pouco tempo. Pioneiro na área, o reCrib, dos Estados Unidos, entrou no ar
em 2011, comprando e vendendo berços e acessórios de marcas desejadas. Na sequência,
o StorkBrokers também virou referência para revenda de itens infantis. Por aqui, o Clube do
Brinquedo oferece planos para locação de brinquedos – dependendo da assinatura, os pais
alugam de dois a sete produtos por mês. Existe a opção de trocá-los ou renovar a locação.
A premissa é distribuir lucro de maneira equilibrada, gerando mais renda para produtores
de alimentos e de artesanato. Os consumidores valorizam o esforço: 79% acham que as
empresas têm papel importante na redução da pobreza e 85% se preocupam com a re-
muneração justa de fazendeiros e trabalhadores, segundo pesquisa mundial da consultoria
GlobeScan. Por aqui, Walmart, Tok&Stok e Lojas Renner são algumas das empresas que
têm em suas prateleiras itens que seguem esses princípios.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
321
A febre das compras coletivas causou uma avalanche de ofertas de descontos em 2011.
Resultado: os consumidores aderiram à prática de caçar o melhor preço, não só para eco-
nomizar, mas também pela satisfação de ter feito uma compra esperta. Hoje, a pechincha
compartilhada com amigos nas redes sociais é motivo de orgulho, e não de embaraço,
diz a consultoria internacional Trendwatching.com. Com uma mãozinha da tecnologia, fica
mais fácil compartilhar ofertas, recomendá-las aos amigos e consultar avaliações para se
certificar de que está fazendo um bom negócio. Uma pesquisa do Google & Ipsos em 2011
mostrou que 48% dos americanos que têm um smartphone usam o aparelho para procurar
descontos; 77% deles recorrem ao mobile quando estão dentro de uma loja.
Tanto no Brasil quanto no exterior, a preocupação socioambiental influencia cada vez mais
a decisão de compra. Assim, aumenta a preferência por produtos de empresas que adotam
iniciativas de responsabilidade social, compra de créditos de carbono ou comércio justo. “É
o processo, e não apenas o item em si, que importa. A comunicação das ações realizadas
deve ser lúdica e suave, não em tom de patrulha”, diz Sabina Deweik, diretora do Future
Concept Lab no Brasil. Mas não basta ser bonzinho: os produtos devem ser esteticamente
atraentes e de boa qualidade, pois a generosidade do consumidor tem limite.
A mania de querer sempre o último modelo tem inspirado algumas lojas a darem descontos
para quem apresentar um produto usado na hora da compra. Nos Estados Unidos, grandes
lojas de eletrônicos (como a Best Buy e a Radio Shack) e operadoras de telefonia celular
(como a AT&T e a Verizon) implantaram programas para que os clientes possam trocar seus
artigos usados por outros novos. A sensação do momento é o site Gazelle, que compra
eletrônicos usados para revender com desconto. A empresa já arrematou itens de mais
de 175 mil clientes e fez parcerias com grandes redes, como o Walmart. Depois de faturar
US$ 21 milhões em 2010, recebeu aporte de US$ 22 milhões em 2011 para expandir suas
atividades.
322
Na loja, as peças podem custar até US$ 7 mil. Por aqui, a Zazcar aposta no público que
precisa de um carro apenas por algumas horas – o veículo pode ser retirado em diversos
pontos de São Paulo, que ficam abertos 24 horas.
Experiências à venda
22) Viagem-surpresa
Agências de viagem nos Estados Unidos lançaram a moda: você compra um pacote sem
saber muito sobre o destino, o hotel e as atrações locais. A ideia é conquistar o turista com
a promessa de mistério e diversão. A Luxury Link faz sucesso com leilões de viagens-sur-
presa em que os descontos chegam a 50%. A American Express cria pacotes de acordo
com as preferências do cliente e usa o celular para avisá-lo sobre cada etapa do passeio. O
público-alvo são adultos na faixa de 20 a 34 anos – games e redes sociais são boas iscas
para atraí-los.
A crescente valorização da experiência de consumo, aliada à falta de tempo, faz com que
haja uma demanda cada vez maior por produtos e serviços que sejam convenientes e prá-
ticos, mas sem perder a qualidade. Entre os exemplos de sucesso no mundo está uma
vending machine de água Perrier. Para fidelizar o consumidor, a dica é pensar em produtos
simples e eficazes, ou então em lojas que ultrapassem a mera relação de compra e venda,
oferecendo aos seus clientes aromas, sons ou ainda orientação para fazer a melhor compra
sem perder tempo.
O raciocínio é simples: já que comprar pela internet é tão rápido e prático, é preciso criar um
diferencial para fazer o cliente ir até a sua loja. O grande trunfo das vendas físicas é permitir
que os clientes testem e aprendam a usar o produto na hora. Para isso, é importante ter
vendedores que gostem do que estão oferecendo e sejam prestativos, dispostos a sanar
as dúvidas do consumidor. Depois, é necessário proporcionar uma experiência real com o
produto. No Japão, a Shiseido tem simuladores que permitem testar o efeito da maquiagem
sem passá-la no rosto.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
323
Se não quiser perder público para o comércio eletrônico, ofereça ao cliente o que ele mais
valoriza no mundo on-line: conveniência, comparação de preços e acesso à opinião de quem
já comprou. A rede de supermercados Walmart (Estados Unidos) lançou, em 2011, um ser-
viço para que o cliente compre on-line, quando está em trânsito, e retire os produtos na
loja. A Canon coloca tags nos equipamentos de fotografia que produz para que os clientes
acessem as avaliações de quem já comprou.
Seja para descansar ou trabalhar, as pessoas ficam cada vez mais tempo em casa. Por
isso, passaram a consumir mais sistemas e serviços que facilitam o funcionamento dos
aparelhos domésticos – como automação de luz, comandos e sistemas sem fio para home
theater e rede interna. Só que ninguém tem paciência para ficar horas configurando os
eletrônicos – esse público valoriza os equipamentos que funcionam intuitivamente, do tipo
“plugue e use”.
Mobilidade
28) Geolocalização
324
No Brasil, já é comum ter acesso à internet por Wi-Fi em cafeterias e restaurantes. Mas
esse tipo de conexão ainda não chegou às lojas. O comércio deve se preparar, pois nos
Estados Unidos e na Europa os consumidores estão adorando a mania de usar o smar-
tphone durante as compras, para fazer consultas na hora e saber mais sobre seus objetos
de desejo. Usando ferramentas como aplicativos, realidade aumentada e códigos QR, eles
conseguem ter acesso a informações mais aprofundadas sobre o produto, como histórias
de quem já o utilizou, comparações de preço e avaliações de especialistas.
Novas demografias
Engana-se quem pensa que os mais velhos se preocupam apenas com a saúde. Esse grupo
adora comprar presentes para filhos e netos – e não mede gastos. Mas, para ganhar esses
clientes, é preciso oferecer um serviço diferenciado. No Japão, a loja de departamentos
Keio facilita a experiência de compra com prateleiras mais baixas, letras maiores e cadeiras
para descanso. Já na Finlândia, os idosos aprovaram o caixa do supermercado K Citymarket.
Além de bater um papo com o funcionário e ganhar ajuda para empacotar as compras, eles
esperam, literalmente, sentados, já que existem poltronas à disposição.
A classe que reúne famílias com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854 já representa mais da me-
tade da população brasileira (55%). Foi o único estrato que cresceu no ano passado (2011):
ganhou 3,6 milhões de integrantes entre maio de 2010 e o mesmo mês de 2011, segundo
estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE). Esses consumidores priorizam qualidade e não preço, pesquisam
na internet antes de comprar e concentram sua atenção na educação – para 66% deles,
essa é a prioridade do orçamento, segundo o instituto de pesquisas Data Popular.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
325
As brasileiras querem ficar bonitas, especialmente as que estão chegando agora ao merca-
do de trabalho. Entre as mulheres da classe C, 69% investem na aparência para crescer na
carreira, segundo dados do Data Popular. De 2003 a 2010, a venda de esmaltes para essa
fatia do mercado passou de 40% para 53% do total. Salões de beleza também estão fatu-
rando mais com famílias da classe B (renda de R$ 4.854 a R$ 6.329), as que mais gastam
com esse serviço – R$ 281 milhões mensais, segundo a Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).
O número de pessoas que moram sozinhas subiu de 8,6% da população do país, em 2000,
para 12,1%, em 2009, segundo o IBGE. De acordo com o instituto, Porto Alegre é a capital
dos solitários, que representam 21,6% da população. Vale a pena investir nesse público de
solteiros, idosos e divorciados, que procura serviços domésticos especializados, como os
de reparo e limpeza, e produtos feitos para consumo unitário, especialmente os alimentí-
cios.
As cidades de médio porte, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, já concentram 25%
da população brasileira. São as que mais crescem, de acordo com dados do IBGE. O aque-
cimento econômico dessas regiões aumenta o poder de compra de um público que anseia
por produtos e serviços mais sofisticados. “É uma boa oportunidade para comércio eletrô-
nico em segmentos como o de bebês, vinhos, pet e moda”, diz Anibal Messa, investidor em
startups ligadas à tecnologia e à internet, como o BuscaPé.
326
37) Microartesanato
Quem faz ou vende acessórios deve ficar atento a uma nova tendência do artesanato: joias,
presentes e acessórios com miniaturas divertidas, com aparência de que foram feitas em
casa. O público-alvo aqui são os adultos, mas quem quiser cativar também os adolescentes
pode extrapolar a tendência para pingentes de corrente e de celular, broches e chaveiros
com motivos como frutas, docinhos, flores e animais fofinhos.
A legislação brasileira prevê que 2% dos assentos de um estádio sejam destinados a quem
usa cadeira de rodas; outros 2% devem atender a deficientes visuais, pessoas obesas e
com pouca mobilidade. A Federação Internacional de Futebol (Fifa) usa como referência um
guia que recomenda separar ao menos 266 cadeiras para essa parcela do público. Mesmo
com os lugares reservados, esses consumidores não têm todas as suas necessidades aten-
didas: faltam por todo o país serviços em áreas como transporte, alimentação e segurança.
No universo da moda, uma boa tática para escapar da concorrência com megalojas de de-
partamentos é apostar em roupas para nichos muito pouco explorados no Brasil – pessoas
que estão acima do peso, que usam sapatos com numeração diferente da convencional, ou
ainda o público da terceira idade. Quem decidiu explorar um segmento bem restrito foram
os americanos da Downs Designs, pioneiros em fabricar roupas sob medida para quem tem
Síndrome de Down, levando em conta sua estrutura óssea e o formato de seu corpo.
40) Exclusividade
Para o público da classe A, a nova faceta do luxo é consumir em menor quantidade, mas
com maior exigência de exclusividade. O excesso de sacolas sai de cena para dar lugar a
peças únicas, artesanais e de altíssimo valor agregado. “O cliente tem consciência de que
o item é caro devido ao longo tempo de produção, e isso vale tanto para um vinho envelhe-
cido quanto para uma bolsa incrível, com materiais únicos”, afirma Andrea Bisker, fundadora
da consultoria de tendências Mindset e diretora da WGSN na América Latina.
41) Customização
O consumidor não quer ser tratado como mais um na multidão. Por isso, está trocando as
marcas genéricas por produtos e alimentos customizados, mais adequados ao seu estilo
de vida. A indústria já desenvolve tecnologias que permitem fazer essa personalização com
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
327
baixo custo. Em 2010, a Nike aumentou seu faturamento em 25%, após colocar em seu
site um aplicativo que permite aos consumidores montar seu próprio tênis. A customização
em massa deve ser responsável por 30% das vendas no varejo em 2017, prevê a consultoria
Tech Cast.
O brasileiro está tomando gosto por experimentar cervejas diferentes – o que inclui tanto as
artesanais quanto as importadas. O câmbio favorável à importação contribuiu para aquecer
esse mercado: nos últimos três anos, a venda de cervejas premium cresceu mais do que a
das tradicionais. Sua participação de mercado, atualmente na casa dos 5%, pode alcançar
20% até 2020. Bares, lojas e serviços especializados podem aproveitar essa mudança no
nicho da bebida, que movimenta R$ 300 milhões anuais no país.
Cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física ou intelectual.
São 45,6 milhões de pessoas, segundo o IBGE. Atendê-las é uma das prioridades do go-
verno federal: até 2014, R$ 7,6 bilhões devem ser investidos no programa Viver Sem Limite,
que inclui projetos relacionados à educação, à saúde e à acessibilidade. O governo vai ainda
abastecer a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com R$ 150 milhões para pesquisa
e desenvolvimento de tecnologias assistivas. Mais uma razão para prestar atenção nesse
mercado.
Negócios globais
Como a tendência é que os cenários econômicos dos Estados Unidos e na Europa per-
maneçam complicados em 2012, muitos estrangeiros já começam a procurar emprego no
Brasil. E estão conseguindo – o número de autorizações do Ministério do Trabalho e Empre-
go (MTE) para que eles possam atuar aqui cresceu 19,4% no primeiro semestre de 2011,
em relação ao mesmo período de 2010. Quem quiser cativar esse público deve pensar em
outras línguas. Assim, também poderá tirar proveito do fluxo de turistas que visitarão as
cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
328
Qualidade de vida
A preocupação crescente com a saúde tem ampliado o mercado para aplicativos e apare-
lhos que permitam monitorar desde as características de uma pinta no rosto até a evolução
de uma dieta. O mercado ligado a esse tipo de ferramenta deve movimentar US$ 4 bilhões
no mundo até 2014, segundo a consultoria Technavio. Uma startup que se deu muito bem
em 2011 foi a americana HealthTap, que recebeu aporte de US$ 11,5 milhões para turbinar
sua operação: qualquer usuário pode fazer perguntas a uma rede de 6 mil médicos, usando
um computador ou celular.
A crescente correria diária em grandes centros urbanos faz com que as pessoas valorizem
cada vez mais os momentos de pausa e reflexão. Algumas aprendem a praticar meditação,
outras fazem retiros em lugares em que não é permitido falar, e há quem decida comparecer
a cursos ou palestras para desenvolver a sua espiritualidade. São muitas as possibilidades
de negócios para atender a esse público: lojas, editoras, livrarias, espaços para meditação e
palestras, produtoras de vídeos etc.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
329
49) Nutriméticos
O consumo desses dois tipos de bebida está começando a decolar no Brasil. Tanto que
grandes fabricantes de energéticos estão fugindo dos já saturados mercados nos Estados
Unidos, na Austrália e na Europa ocidental para apostar na expansão na América Latina
– essa região registrou um crescimento de 22% do segmento em 2010. Outro ramo rela-
cionado à qualidade de vida, o de bebidas funcionais, que trazem benefício à saúde, segue
aquecido: faturou US$ 24 bilhões no mundo em 2010 e tem crescido acima da média do
mercado de alimentação.
A americana Faith Popcorn trabalha para detectar tendências de consumo e vender essas
informações para empresas. Sócia de uma das empresas de tendências mais bem-concei-
tuadas do mundo, a BrainReserve, ela defende que a definição de uma tendência vem da
sedimentação do conhecimento de diferentes especialistas.
Vingança/revanche do prazer
330
Os consumidores, tomados pela ansiedade e pelo caos, ao mesmo tempo social, econômi-
co, político e ético, encontram-se além de suas habilidades em lidar com o hoje ou imaginar
o amanhã.
Pequenas gratificações
Consumidores muito estressados querem gratificar-se com luxos acessíveis e buscam ca-
minhos de premiar a si mesmos.
Ancoragem
Uma regressão às nossas raízes espirituais, buscando o que era seguro no passado para se
preparar para o futuro.
O país (as pessoas) redescobre uma consciência social de ética, paixão e compaixão.
Encasular
Desacelerando o envelhecimento
“Baby boomers” nostálgicos por sua infância despreocupada encontram conforto em ocu-
pações familiares e produtos de sua juventude.
99 vidas
Um passo muito acelerado e muito pouco tempo causam esquizofrenia social e nos força
a assumir múltiplos papéis.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
331
Formando um clã
Busca por pertencer a um grupo que representa sentimentos, causas e ideais comuns, va-
lidando o próprio sistema de crenças pessoais.
EGOnomia
EVAlução
AtmosMEDO
Aventura de fantasia
Consumidor vigilante/justiceiro
Estar vivo
A consciência de que boa saúde estende a longevidade e leva a um novo estilo de vida.
332
❖❖ Conteúdos do Encontro
t a n t e
Im por
dades
iza ge m e os re cu rs os utilizados nas ativi
rend orme pla-
As estratégias de ap za do s e complementados conf
r co nt ex tu ali e ampliar a
propostas devem se Co m o objetivo de promover
es so r e da IE S. -
nejamento do prof
ss íve l ag re ga r ou tro s textos, outras ativida
nos, é po r aos
aprendizagem dos alu s op çõ es , te ndo como foco atende
, en tre ou tra
des, trechos de filmes
pa ra o Encontro.
objetivos propostos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
333
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Integrar os participantes Atividade em grupo. 30’
abertura e iniciar as atividades do
Encontro.
Avaliação de Exercitar comportamentos Atividade em grupo. Manual do Aluno, 80’
oportunidades de empreendedores na resultado da
negócio avaliação e definição de pesquisa realizada
oportunidades de negócio. pelos grupos.
Intervalo 10’
Análise dos Sensibilizar os participantes Atividade em grupo. Manual do Aluno, kit 80’
ambientes interno e para a importância da multimídia, vídeos,
externo análise dos ambientes folhas de flip-chart,
interno e pincéis atômicos
externo. em cores variadas,
fita-crepe, folhas de
papel A4.
Comunicação Estimular o Atividade em grupo. Manual do Aluno. 30’
empreendedora desenvolvimento
de habilidades de
comunicação em grupo.
Encerramento do Finalizar as atividades do Atividade em grupo. 10’
Encontro Encontro.
Total 240’
334
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
335
Avaliação de oportunidades de
negócio
✓✓ Orientar que os alunos continuem trabalhando nos mesmos grupos formados no
Encontro anterior;
5 Extremamente alto
4 Alto
3 Médio
2 Regular
1 Fraco
0 Nulo
t a n t e
Im por
-
ntes” deve ser subtraída (to
po ntua çã o at rib uíd a ao aspecto “concorre
A
adas).
das as demais são som
336
✓✓ Após a avaliação proposta pela atividade, o grupo deve selecionar duas ideias de
negócio consideradas com maior potencial de oportunidade e viabilidade, desta-
cando-as na própria tabela de avaliação;
✓✓ Orientar que os alunos contam com um texto de apoio para realização desta ativi-
dade.
ATIVIDADE PROPOSTA
IDEIAS DE NEGÓCIOS
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO
Demanda de
+
clientes
Disponibilidade de
+
matéria- prima
Disponibilidade
de tecnologia/ +
equipamento
Disponibilidade de
+
pessoal necessário
Recursos
+
necessários
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
337
IDEIAS DE NEGÓCIOS
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO
Fonte de recursos +
Parcerias possíveis
+
Legislação
específica do
+
setor e apoio
governamental
Concorrentes -
Total =
Fatores críticos de
sucesso (escreva um
texto)
Sistema de pontuação:
5 Extremamente alto
4 Alto
3 Médio
2 Regular
1 Fraco
0 Nulo
338
✪✪ Demanda
✪✪ Disponibilidade de matéria-prima
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
339
✪✪ Disponibilidade de tecnologia/equipamentos
340
Considerando o aspecto de investimento financeiro, tal critério pode ser avaliado le-
vando-se em consideração que o investimento necessário pode ou não ser bancado
pelo próprio empreendedor ou por meio de ajuda financeira externa. Critérios propos-
tos conforme sistema de pontuação:
✓✓ 5 – totalmente autofinanciado;
✪✪ Parcerias possíveis
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
341
✪✪ Concorrentes
Análise mais refinada de exclusão e inclusão das variáveis centrais que afetam o su-
cesso ou o fracasso da ideia de projeto, o que é chamado de fator crítico de sucesso.
Este fator é um determinado fator particular do projeto identificado que é muito im-
portante para o sucesso daquele projeto específico. Se este fator determinado esti-
ver faltando, for inadequado ou não tiver sido levado propriamente em consideração,
pode indicar que o projeto não será viável em sua execução.
342
Adequação estratégica
Facilidade de implementação
Disciplina de Empreendedorismo
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343
Exposição ao risco
Custo/benefício
344
✓✓ Apresentar um vídeo com exemplo de empresa ou projeto para que os alunos rea-
lizem a Análise 360º a partir da história conhecida:
✓✓ Solicitar que os alunos façam, nos seus grupos de trabalho, a Análise 360º do caso
apresentado;
✓✓ Após o tempo indicado, solicitar que os alunos comentem sobre as avaliações rea-
lizadas, em especial sobre dificuldades e facilidades no uso da ferramenta;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
345
✓✓ Na sequência, orientar que os grupos façam a Análise 360º para as duas ideias
de negócio selecionadas como as duas melhores oportunidades na percepção do
grupo;
✓✓ Informar que os alunos contam com textos de apoio nos seus manuais sobre a
ferramenta de análise para a realização das atividades.
346
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
347
Marque os pontos correspondentes à sua resposta para cada uma das questões da
Análise 360º, conforme o exemplo de negócio apresentado:
Observações:
348
A B
A B
Marque os pontos correspondentes à sua resposta para cada uma das questões da
Vocês podem realizar a Análise 360º preenchendo dois gráficos, um para cada ideia
de negócio.
Seja qual for a decisão do grupo, analisem com atenção os aspectos abordados na
atividade.
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
349
Observações:
350
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
351
Em seguida, é preciso avaliar o alcance de sua ideia de negócio. Ela, do jeito que foi
proposta, resolve um problema pontual, regional, nacional ou global?
A análise dos aspectos externos também implica a avaliação de quatro critérios pro-
postos pela McKinsey a respeito da avaliação de uma oportunidade de negócio. As-
sim, o problema que a sua ideia resolve tem:
352
Mesmo que você avalie com as maiores notas os aspectos externos de sua ideia de
negócio, ela pode não ser a melhor oportunidade para o seu perfil empreendedor.
Tina Seelig, professora de empreendedorismo da Universidade Stanford, destaca
que as melhores oportunidades de negócios para uma pessoa estão na interseção
de suas paixões pessoais com seus conhecimentos e com aquilo que o mercado
quer pagar. Nesse contexto, a ideia escolhida precisa ser avaliada de acordo com os
critérios pessoais a seguir. O problema que a ideia resolve:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
353
Depois de responder às questões, volte e reflita como poderia melhorar sua nota de
avaliação. Com algum esforço mental, sua ideia inicial que atingiria milhares poderia
atingir milhões, se você pensasse em criar um sistema de franquia ou comércio pela
internet, por exemplo. O tamanho potencial de sua ideia pode ser ampliado drastica-
mente se você souber posicioná-la em um tipo de problema muito maior. Alexandre
Tadeu da Costa acreditou que o problema de as pessoas darem presentes era muito
maior do que o de comer chocolate.
Por isso, posicionou a Cacau Show como uma opção inteligente e criativa de presen-
tes. Assim, atingiu tanto as pessoas que querem comer chocolates quanto as que
querem dar bons presentes sem gastar muito.
354
Por mais que você encontre a melhor oportunidade de negócio considerando os as-
pectos internos e externos, se isso não estiver fortemente associado a suas paixões
pessoais, a suas motivações intelectuais e à sua capacidade de realização, a ideia
tende a não representar a melhor ideia para o seu perfil empreendedor. Várias boas
oportunidades não deram certo não em função da ideia em si, mas de quem estava
empreendendo. Trabalhar muito por algo que não o inspire e motive não o levará mui-
to longe.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
355
Infelizmente (ou felizmente), esta ferramenta não é uma bola de cristal. Aliás, nenhu-
ma ferramenta de análise de oportunidades é uma bola de cristal. A melhor maneira
para prever seu futuro, é você mesmo criá-lo!
356
• Motivo da escolha;
• Oportunidades visualizadas;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
357
Encerramento do Encontro
✓✓ Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar os ho-
rários do próximo Encontro;
✓✓ Sugerir aos alunos que realizem uma leitura extraclasse do texto “Empreendedo-
rismo por necessidade e por oportunidade”, que consta no seu Manual, para com-
plementar o tema do Módulo;
❍❍ Copos plásticos;
❍❍ Revistas e jornais;
❍❍ Caixas de papelão.
358
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
359
e s t õ es
Sug
lici-
ra at ivi da de s de en ce rramento, é possível so
✓✓ Como ideias pa st -its, solicitar que criem
frases
po r es cr ito em po
tar avaliação a música que
qu e tra du za m a av ali ação, que cantem um da
curtas ra l so bre o Encontro, que ca
a pe rc ep çã o ge
se relacione com ente, de forma a cons
truir
a av ali aç ão ve rb alm
um expresse su , entre outras opções;
co let iva do En co nt ro
uma história
um blog da
bé m é po ss íve l so lic itar que os alunos criem tros
✓✓ Tam de ide ias, aprendizados e ou
pa rti lha m en to
turma para com
à disciplina.
comentários relativos
360
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
atividades
re nd iza ge m e os re cursos utilizados nas
As estratégias de ap -
ali za do s e co m ple m entados conforme pla
contextu
propostas devem ser Co m o ob jet ivo de promover e ampliar
a
r e da IE S.
nejamento do professo íve l ag re ga r outros textos, outras
ativida-
no s, é po ss
aprendizagem dos alu atender aos
es , en tre ou tra s op ções, tendo como foco
des, trechos de film
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
361
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Resumir os principais Discussão. Computador, projetor
abertura aprendizados obtidos multimídia, slides, 15’
no Encontro 4. Manual do Aluno.
Design thinking Promover o Exposição com Computador, projetor 45’
entendimento do que slides. multimídia, slides,
é design thinking e da Manual do Aluno.
sua importância para
a geração de ideias.
inovadoras.
Vivência de design Proporcionar aos Exercício em Computador,
thinking alunos a vivência do duplas. projetor 60’
processo de design
thinking.
multimídia, slides,
Manual do Aluno,
flip-chart, folhas
para flip-chart,
post-its coloridos
(3,5 cm x 5 cm),
fita-crepe, cinco
réguas.
Intervalo 10’
Vivência de design Proporcionar aos Exercício em Computador, projetor
thinking alunos a vivência do duplas. multimídia, slides, 30’
processo de design Manual do Aluno,
thinking. flip-chart, folhas para
flip-chart, post-its
coloridos (3,5 cm x 5
cm).
Compartilhamento Promover o Discussão. Trabalhos realizados 60’
das descobertas e compartilhamento pelas duplas.
aprendizagens das descobertas e
aprendizagens obtidas
pelos alunos na
realização da vivência
de design thinking.
Encerramento do Finalizar as atividades Exposição 20’
Encontro 5 e do do Encontro 5 e do dialogada.
Módulo 2 Módulo 2.
Total 240’
362
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
363
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Para o desenvolvimento desta atividade, indicamos que você realize uma exposi-
ção, com os slides sugeridos e os comentários relacionados, conforme o que se
segue:
364
366
❍❍ Fale menos e mostre mais: comunicar a sua visão de uma forma impac-
tante e significativa, por meio da criação de experiências, utilizando recursos
visuais ilustrativos e contando boas histórias;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
367
368
Essa área tem se expandido, evoluído e auxiliado como pensar melhor um projeto,
como obter contribuições concretas a partir de situações reais, fazendo experiências
de forma mais inteligente, significativa e gratificante na tomada de decisão. O design
é um processo de raciocínio que resulta na construção de uma ponte entre os espa-
ços problema e solução.
A prática do design thinking estimula olhar para alguma coisa que não esteja na cena,
deslocando o olhar do cenário convencional para vislumbrar cenários futuros. É um
processo exploratório que pode conduzir a descobertas inesperadas e inovadoras ao
longo da sua trajetória. Visa atender às necessidades das pessoas com aquilo que é
tecnologicamente viável e que, por uma adequada estratégia de negócios, transfor-
ma tais necessidades em valor para o cliente e em uma oportunidade de mercado.
O design thinking agrega métodos e técnicas que permitem criar novos conhecimen-
tos dentro da organização, além de auxiliar as empresas a identificarem novas opor-
tunidades para inovar em seus negócios pela compreensão dos desejos das pessoas,
gerando valor.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
369
1) Descobrir
Momento em que se ajustam os olhares sobre o tema proposto. Via de regra, define-
-se um tema ou uma palavra para que o grupo discorra sobre todos os conceitos e as
ideias que lhes vêm à mente, mantendo sempre no pensamento as pessoas. Lem-
bre-se que é um momento de divergência, de colher opiniões contrárias e diferentes.
É a quantidade que importa. Quanto mais ideias, mais rico será o exercício.
370
2) Definir
c) Mapa de empatia: uma vez que se identifica o problema, o grupo definirá quem
tem o problema, criando um arquétipo ou uma persona, que represente o segmento
de pessoas com os mesmos problemas. Neste momento, identificam-se detalhes
do potencial cliente, descrevendo o que ele pensa, como ele observa o seu entorno,
o que ele escuta da família, no trabalho e dos amigos, como ele se comporta, quais
são as necessidades e as dores etc.
3) Desenvolver
Disciplina de Empreendedorismo
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371
4) Entrega
Destaca-se que, enquanto uma ideia não é colocada no mercado e alguém pague por
ela, tem-se apenas uma invenção. Para ser inovação, tem que fazer sentido para as
pessoas e ter um valor comercial. A inovação exige que as empresas adotem a ex-
periência real de seus clientes e estimulem o pensamento divergente entre os seus
colaboradores. É preciso haver uma disposição de se relacionar com os problemas e
de se identificar uma grande variedade de soluções com base nas necessidades do
consumidor.
Um dos maiores desafios das pessoas na definição de uma cultura de inovação é re-
conhecer o fracasso que geralmente vem associado à punição. Porém, para o design
thinking, fracasso é reconhecer que uma ideia não deu certo, aprender rapidamente
com as falhas e seguir em frente, para desenvolver, o quanto antes, novas ideias,
colocá-las em prática por protótipos ágeis e testá-las novamente até acertar. O gran-
de desafio dos gestores é reconhecer quando um fracasso pode ser um ponto de
sucesso.
372
Eles trabalharam para uma pequena empresa situada em Boulder, no Colorado, Es-
tados Unidos, que fabrica produtos para o corpo com o apelo ambiental. Empresa
pequena, orçamento restrito. Quem não se deparou com esta situação?
A partir das técnicas do design thinking, vistas neste texto, o grupo de pesquisa da
IDEO chegou à solução de transformar as caixas dos sabonetes e dos demais pro-
dutos em caixas biodegradáveis, porém com sementes de flores selvagens que, ao
serem lançadas, são incorporadas aos aterros sanitários, embebem-se de água e, em
poucos dias, começam a florir.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
373
Este exemplo simples é apenas uma amostra do que este método permite descobrir,
partindo de um ambiente-problema e chegando, pela experimentação e prototipa-
gem, a soluções antes não imaginadas.
Problemas complexos exigem soluções simples e que façam sentido para as pessoas!
374
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Pedir aos alunos que organizem, em uma mesa central, o material solicitado
ao final do Encontro 4:
❍❍ Copos plásticos;
❍❍ Revistas e jornais;
❍❍ Caixas de papelão.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
375
✓✓ Informar aos alunos que os materiais ficarão expostos, para que, de modo
colaborativo, todos possam usá-los durante uma das etapas da elaboração
dos protótipos.
❖❖ Desenvolvimento da atividade
Entrevista: peça para seu parceiro se apresentar, descrevendo o problema que ele
tem para levar o material de estudo às aulas do curso de empreendedorismo.
Anote tudo, registre as suas descobertas e aquilo que mais chamou a sua atenção.
Após transcorridos 5 minutos, inverta os papéis e o seu colega de dupla passará a ser
o entrevistador e você o entrevistado.
376
Sintetize o que você aprendeu. Faça um texto descrevendo seu colega, dizendo
seu nome, que características pessoais ele possui, que necessidades ele precisa
resolver, o que ele gosta e o que o fará se sentir muito bem.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
377
378
✓✓ Para saber mais sobre como elaborar um protótipo, assista aos vídeos que
se seguem:
Disciplina de Empreendedorismo
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379
Compartilhamento das descobertas
e aprendizagens
Nesta atividade, você coordenará uma discussão sobre as descobertas e aprendizagens
obtidas pelos alunos na realização da vivência de design thinking.
ATIVIDADE PROPOSTA
❍❍ O que funcionou?
380
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
381
Encerramento do Encontro e do
Módulo 2
✓✓ Solicitar que cada participante responda oralmente às questões: como cheguei ao
Módulo 2 e quais aprendizados foram mais relevantes?
t a n t e
Im por
ivi da de ini cia da no M ódulo 1, organização do
✓✓ Conforme at resenta-
fin al da Di sc ipl ina de Empreendedorismo (ap
evento s dos alunos,
do s Pl an os de Ne gó cios), monitorar as açõe e
ção
so br e ta l at ivi da de e orientando sobre o qu
questionando-os
for necessário;
ados no Mó-
ula r qu e os grup os gestores também form to,
✓✓ Estim
nç a, or ga niz aç ão , informação e conhecimen
dulo 1 (governa os) mantenham atençã
o às
tro s gr up os fo rm ad
blog, entre ou ssibilidade
on sa bil ida de s, lem br ando aos alunos da po
suas resp
tre os grupos.
de revezar os papéis en
382
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Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
383
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Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
385
______. O negócio é acreditar. Eles acreditam – Miguel Rieth. Brasília: Sebrae, 2012. Dis-
ponível em: <http://www.onegocioeacreditar.com.br/eles-acreditam-tab03.html>.
______. TV Sebrae. Inovação/faça diferente – energia suína. Brasília: Sebrae, [s.d.]a. Dis-
ponível em: <http://tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/program/723/energia-suina>.
386
Deu na Fast Company5: uma empresa japonesa está trabalhando na criação de um elevador
espacial, capaz de levar passageiros até o espaço sideral, a uma velocidade de 200 km/h.
De acordo com os executivos da Obayahi, o elevador, que utilizará energia magnética, deve
ficar pronto até 2050. Maluquice ou inovação? Somente o tempo dirá. A verdade é que o
mundo empreendedor está repleto de ideias tão ou mais malucas do que essa. Só que, na
maioria das vezes, estas ficam abandonadas em uma gaveta – quando poderiam se trans-
formar em produtos originais e lucrativos. A grande questão é: como saber se uma ideia é
genial ou simplesmente maluca?
O primeiro passo é avaliar a ideia segundo dois critérios: impacto e viabilidade. Para medir o
5 Revista americana com foco editorial em inovação e tecnologia, ethonomics (economia ética), liderança e design – disponível em:
<http://fastcompany.com>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
387
impacto, imagine que você tem na mão uma varinha mágica, capaz de concretizar qualquer
ideia em questão de segundos. Então, reúna todas as ideias apresentadas por seus sócios
e funcionários e responda às questões a seguir. Qual dessas ideias teria mais impacto so-
bre os lucros da empresa? Qual delas ajudaria o negócio a crescer? Usando esse critério,
classifique as ideias em alto impacto, impacto médio e baixo impacto.
Depois, passe para a viabilidade. Avalie o grau de dificuldade de cada proposta. Quanto
custa colocar a ideia em prática? Com que rapidez isso pode ser feito? Sua empresa tem
capacidade e conhecimento para implementá-la? Qual a complexidade da sua execução?
Usando esses critérios, classifique as ideias em alta viabilidade, viabilidade média ou baixa
viabilidade. Juntando as duas avaliações, você poderá classificar as ideias em quatro tipos.
Vencedoras
São as que têm alto impacto e alta viabilidade. Coloque esses projetos na rua imediatamen-
te.
Corretas
São ideias fáceis de executar, mas que não terão alto impacto sobre a situação da empresa.
Você pode até colocar em prática, mas não deve ser sua prioridade.
Nocivas
São ideias de baixo impacto e baixa viabilidade, ou seja, difíceis de realizar. Jogue fora ime-
diatamente, para evitar o desperdício de recursos.
Malucas
Apresentam baixa viabilidade, mas teriam um alto impacto sobre os lucros e o crescimento
da empresa. A maioria dos empreendedores tende a descartar esse tipo de projeto, pois
acha que são uma perda de tempo. Já os mais ousados se debruçam sobre essas ideias,
investindo tempo e recursos para torná-las realidade. Eles descobriram que a verdadeira
fórmula da inovação está em transformar ideias “malucas” em ideias “vencedoras”.
388
Você é o dr. Jones, um cientista pesquisador, biólogo, funcionário de uma empresa far-
macêutica. Recentemente desenvolveu um composto sintético útil para curar e prevenir
Rudosen, que é uma doença adquirida por mulheres grávidas. Se for adquirida durante as
quatro primeiras semanas de gravidez, ela causa sérios danos ao cérebro, olhos e ouvidos
do feto. Recentemente, houve um grande número de casos de Rudosen em seu estado e
milhares de mulheres a contraíram. Você descobriu, por meio de pacientes voluntários, que
o seu soro sintético, recentemente desenvolvido, cura a Rudosen em seus estágios iniciais.
Infelizmente, o soro é feito a partir do suco da laranja Ugli, que é uma fruta rara. Somente
uma pequena quantidade dessas laranjas foi produzida durante a última estação (aproxima-
damente 4.000). Nenhuma laranja Ugli adicional estará disponível até a próxima estação, o
que seria muito tarde para a cura dos pacientes que atualmente contraíram Rudosen.
Você demonstrou que seu soro sintético é inofensivo às mulheres grávidas. Consequente-
mente, não há nenhum efeito colateral. Os órgãos fiscalizadores responsáveis aprovaram a
produção e a distribuição do soro para a cura da Rudosen.
Infelizmente, este surto era inesperado e a empresa não tinha planejado conseguir o com-
posto disponível dentro dos próximos seis meses. A empresa detém a patente do soro
sintético e espera que seja um produto altamente lucrativo no momento em que estiver
disponível ao público.
Recentemente, você foi informado, com grande chance de ser verdade, de que o sr. Pinhei-
ros, um exportador de frutas da América do Sul, possui 3.000 laranjas Ugli em boas condi-
ções. Se pudesse obter o suco das 3.000 laranjas, você seria capaz de curar os pacientes
atuais e inocular todas as mulheres grávidas remanescentes do estado. Nenhum outro
estado atualmente está ameaçado pela Rudosen.
Você foi notificado de que o dr. Roland está desesperadamente procurando comprar as
laranjas Ugli e de que também sabe que o sr. Pinheiros tem em seu poder 3.000 laranjas
disponíveis. O dr. Roland é funcionário de uma companhia farmacêutica rival. Ele vem traba-
lhando, nos últimos anos, na pesquisa de guerra biológica. Existe uma grande quantidade
de espionagem industrial no ramo farmacêutico. Durante vários anos, a sua empresa e a do
Disciplina de Empreendedorismo
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389
Você foi autorizado pela empresa a se aproximar do sr. Pinheiros a fim de comprar 3.000
laranjas Ugli. Foi informado de que as venderá pela maior oferta. A empresa o autorizou a
oferecer, no máximo, R$ 250.000,00 para obter o suco das 3.000 laranjas disponíveis.
Antes de se aproximar do sr. Pinheiros você decidiu falar com o dr. Roland.
Você é o dr. Roland, e trabalha como biologista pesquisador para uma empresa farmacêuti-
ca. Tal empresa possui um contrato com o governo com a finalidade de pesquisar métodos
defensivos contra a guerra biológica.
Você desenvolveu um vapor sintético que neutraliza tal gás paralisante do sistema nervoso,
se injetado dentro da câmara da bomba antes que ele vaze. O vapor é feito a partir de um
composto químico da laranja Ugli, uma fruta muito rara. Infelizmente, somente 4.000 delas
foram produzidas nesta estação.
Você foi informado, com forte evidência, de que o sr. Pinheiros, um exportador de frutas da
América do Sul, possui 3.000 laranjas Ugli. Os compostos químicos gerados a partir da cas-
ca de tal quantidade de laranjas seriam suficientes para neutralizar o gás, caso o vapor seja
desenvolvido e injetado de maneira eficiente. Você também foi notificado de que as cascas
das referidas laranjas encontram-se em boas condições.
Você soube, ainda, que o dr. Jones está desesperadamente procurando comprar as laran-
jas Ugli e também está ciente da disponibilidade de 3.000 delas com o sr. Pinheiros. O dr.
Jones trabalha para uma empresa que é extremamente competitiva e forte concorrente da
empresa para a qual você trabalha. Existe uma grande quantidade de espionagem industrial
390
O governo federal solicitou o auxílio de sua empresa. Você foi autorizado por ela a se apro-
ximar do sr. Pinheiros, a fim de comprar as 3.000 laranjas Ugli. Foi informado de que ele as
irá vender pela melhor oferta. A empresa o autorizou a oferecer, no máximo, R$ 250.000,00
para obter as cascas das laranjas.
Antes de se aproximar do sr. Pinheiros, você decidiu falar com o dr. Jones.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
391
❖❖ ANEXO 3 (Encontro 2)
392
A motivação para iniciar um negócio é um dos temas mais importantes em pesquisas so-
bre empreendedorismo porque demonstra o grau de maturidade e desenvolvimento de
um país. Existem dois tipos de empreendedorismo: aquele buscado por necessidade e o
motivado por oportunidade.
Já os empreendedores por oportunidade optam por iniciar um novo negócio, mesmo quan-
do possuem alternativas de emprego. Eles têm níveis de capacitação e escolaridade mais
altos e empreendem para aumentar sua renda ou pelo desejo de independência no trabalho.
Pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2010, percebe-se que nos países
com maior desenvolvimento econômico, a razão entre oportunidade e necessidade é supe-
rior à razão dos demais. Na Islândia, por exemplo, para cada empreendedor por necessidade
há outros 11,2 por oportunidade. Já países com menor desenvolvimento econômico apre-
sentam razões menores entre os empreendedores por oportunidade e necessidade.
No Brasil, os empreendedores por oportunidade são maioria, sendo que a relação oportuni-
dade x necessidade tem sido superior a 1,4 desde o ano de 2007. Em 2010, para cada em-
preendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidade. Esse
valor é semelhante à média dos países que participaram da pesquisa, que foi de 2,2. Nos
Estados Unidos, essa razão está um pouco acima da brasileira, de 2,4.
Entre os empreendedores por oportunidade, a pesquisa aponta que 43% o fizeram pela
busca de maior independência e liberdade na vida profissional; 35,2% pelo aumento da
renda pessoal; 18,5% apenas para a manutenção de sua renda pessoal; enquanto 3,3%
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
393
citaram outros motivos. Agrupando os dois primeiros perfis, 78,2% vislumbram uma opor-
tunidade de aprimorar a vida com o negócio que estão abrindo.
394
3
professor_disciplina_empreendedora_completo.indd 396 24/08/16 16:07
MODELO DE NEGÓCIOS
Apresentação
Caro(a) professor (a),
✓✓ Modelo de Negócios:
❍❍ Identificação de oportunidades;
Este Manual foi desenvolvido com a seguinte lógica: primeiramente, apresenta a visão geral
do Quadro de Modelo de Negócios, semelhante ao mapa de um território, para promover a
compreensão do todo, e, em um segundo momento, o seu detalhamento em partes, apro-
fundando o conhecimento do uso adequado da metodologia.
398
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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ENCONTRO 1
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdos do Encontro
✓✓ Modelo de Negócios;
t a n t e
Im por
s de-
cu rs os ut iliz ad os na s atividades proposta
As estratégias e os re ple m en tados conforme plane
jamento
za do s e co m
vem ser contextuali jet ivo de promover e am
pliar a apren-
da IE S. Co m o ob
do professor e
íve l ag re ga r ou tro s textos, outras atividades,
poss
dizagem dos alunos é çõ es , tendo como foco aten
der aos
tre ou tra s op
trechos de filmes, en
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
400
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
401
Atividade de abertura
Para a atividade de abertura do Módulo 3, sugerimos apresentar os slides com o nome do
Módulo e com os tópicos do conteúdo que serão trabalhados.
402
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
403
404
✓✓ Após algumas respostas, dialogar com eles sobre a construção histórica do concei-
to de Modelo de Negócios, tendo como base o texto “O que é Modelo de Negó-
cios”, do Manual do Aluno;
Antes dos anos 1990, raramente o termo Modelo de Negócios era encontrado na
literatura acadêmica, e, até hoje, notamos que isto ainda é muito escasso.
Este termo surgiu em decorrência do comércio eletrônico, basicamente o e-com-
merce. Na medida em que as empresas realizavam as suas transações comerciais
neste ambiente, de modo diferente do convencional, começou-se a dizer que o seu
Modelo de Negócio era digital.
Aos poucos, observou-se que Modelos de Negócios sempre existiram. Empresas
sempre tiveram formas de negociar e ter seus modelos de remuneração ou de
ofertas de valor. Por exemplo, o Brasil é precursor de um Modelo de Negócios em
alimentação: o buffet a quilo.
Assim, o tema começou a ser estudado em universidades e pouco a pouco foi in-
corporado no ambiente organizacional.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
405
✓✓ Solicitar aos alunos que abram o seu Manual no texto “Quadro de Modelo de Ne-
gócios”, promovendo a sua leitura compartilhada. Durante a leitura, faça questiona-
mentos e esclareça possíveis dúvidas dos alunos;
✓✓ Projetar o slide que se segue, quando forem comentados os nove blocos, infor-
mando que a sequência numérica apresentada é sugerida considerando que um
406
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
407
1) Segmento de clientes
Procure identificar uma categoria de clientes pelos seus hábitos ou costumes. Evite
segmentar por faixa etária ou classe social. Agrupe-os pelos gostos ou pelas neces-
sidades em comum.
408
2) Proposta de valor
A proposta de valor descreve o pacote de produtos e serviços que criam valor para
um segmento de clientes específicos. É o motivo pelo qual os clientes mudam de
uma empresa em detrimento de outra. Deve resolver necessidades ou dores dos
segmentos de clientes atendidos.
Exemplo: oferecer alimento de forma variada e diversifica, por meio de pizzas sabo-
rosas e diferenciadas.
3) Canais
O bloco dos canais descreve como uma organização interage com o segmento de
cliente para a entrega da proposta de valor. Identifica os principais meios físicos de
contato com os clientes, seja na fase de aquisição, seja na de manutenção ou no
pós-venda.
Este bloco descreve os tipos de relacionamentos que cada empresa pretende esta-
belecer com segmentos específicos de clientes. O tipo de relacionamento pretendi-
do deve ficar definido, podendo variar entre um sistema automatizado até o contato
pessoal.
5) Fontes de receita
O fluxo de receita representa o dinheiro que uma empresa gera a partir de cada seg-
mento de cliente. Compete à organização questionar qual o valor que cada segmento
de clientes está disposto a pagar. Pode ser por diferentes maneiras: taxa de uso,
leasing, venda de produtos, assinatura, aluguel, publicidade e propaganda, licencia-
mento, comissão etc.
Disciplina de Empreendedorismo
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409
6) Recursos principais
7) Atividades-chave
As atividades principais são aquelas que são necessárias e imprescindíveis para uma
adequada entrega da proposta de valor. Normalmente começam com um verbo de
ação, conforme o que se segue.
Resolução de problemas
O negócio relaciona-se à solução de problemas vinculados a algum serviço.
Produção
Desenvolvimento, fabricação e entrega de produtos.
Plataformas ou redes
Solução de relacionamento ou de comunicação para redes.
Tarefa a ser executada para a efetivação do negócio
Atividades relacionadas ao dia a dia da organização e que sejam fundamentais
para o seu funcionamento.
8) Parcerias principais
410
A ferramenta exige respostas integradas. Por isso, o que é escrito em uma parte
deve fazer sentido com as demais. Isto obriga o empreendedor a visualizar seu negó-
cio de forma sistêmica e integrada. Por ser mais visual, permite que outras pessoas
– especialistas, mentores, investidores – comentem as respostas dos empreendedo-
res de forma mais abrangente.
Disciplina de Empreendedorismo
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411
❍❍ Site do Sebrae com a ferramenta Canvas, que auxilia a criação de novos Mode-
los de Negócios: <https://www.sebraecanvas.com/#/>;
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❍❍ Site com ferramentas para geração de ideias e planejamento com modelo Can-
vas: <http://canvanizer.com/>.
Disciplina de Empreendedorismo
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Vivência no quadro de modelo de
negócios
Nesta atividade, pretende-se proporcionar aos alunos a vivência no preenchimento do Qua-
dro do Modelo de Negócios.
ATIVIDADE PROPOSTA
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Disciplina de Empreendedorismo
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415
Compartilhamento dos resultados
da vivência
Nesta atividade, você coordenará as apresentações dos Quadros de Modelo de Negócios
elaborados pelas duplas, na atividade anterior.
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Disciplina de Empreendedorismo
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1. VIVÊNCIA
5. APLICAÇÃO 2. RELATO
4. GENERALIZAÇÃO 3. PROCESSAMENTO
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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✓✓ Para saber mais sobre o CAV, realize uma leitura complementar do texto
que está no Anexo 1.
Atenção!
420
ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
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Disciplina de Empreendedorismo
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Encerramento do Encontro
✓✓ Incentivar os alunos a continuar exercitando a identificação de Modelos de Negó-
cios no seu dia a dia;
✓✓ Pedir aos alunos que avaliem o Encontro em uma palavra, anotando-as em uma
folha de flip-chart com o título “Avaliação do Encontro 1”, para que você planeje o
próximo Encontro. Se desejarem, também poderão compartilhar observações e/ou
indagações relacionadas ao primeiro Encontro do Módulo 3;
424
❖❖ Conteúdos do Encontro
Modelo de Negócios:
✓✓ Identificação de oportunidades;
Disciplina de Empreendedorismo
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t a n t e
Im por
tas devem ser
re cu rs os ut iliz ad os nas atividades propos re
As estratégias e os
ta do s co nf or m e pla nejamento do professo
plemen
contextualizados e com ov er e am pli ar a aprendizagem dos alu
nos,
de pr om
da IES. Com o objetivo , ou tra s at ivi dades, trechos de film
es, entre
s text os
é possível agregar outro at en de r aos objetivos propos
tos para o En-
o co m o fo co
outras opções, tend
contro.
426
Disciplina de Empreendedorismo
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427
Atividade de abertura
✓✓ Solicitar que os participantes resgatem os principais itens estudados no Encontro
anterior, realizando uma sessão dialogada em que os alunos compartilhem seus
aprendizados;
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ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
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Segmento de clientes
Canais
✓✓ Assessoria de imprensa.
430
✓✓ Patrocinadores;
Recursos principais
✓✓ Logística de entrega;
✓✓ Plataforma do site;
✓✓ Equipe do projeto.
Atividades-chave
✓✓ Produção da bola;
✓✓ Divulgação;
Parceiros principais
✓✓ Cantor Sting;
✓✓ Empresas patrocinadoras.
Estrutura de custo
✓✓ Produção da bola;
✓✓ Divulgação;
✓✓ Logística.
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✓✓ Para saber mais sobre o tema, sugerir os vídeos que se seguem, para que os alu-
nos exercitem o uso do Quadro de Modelo de Negócios, percebendo a sua utilida-
de no cotidiano:
❍❍ Hand Talk: startup brasileira que está conectando pessoas surdas por meio
do uso de Libras – linguagem para surdos e mudos. Endereço: <https://www.
youtube.com/watch?v=GL4rZhtF9VY>;
432
ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
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433
✓✓ Dividir a turma em grupos com até cinco integrantes, explicando que esta
formação permanecerá a mesma até a elaboração do Modelo de Negócios
e, na sequência, do Plano de Negócios, no Módulo 4;
❍❍ Cada aluno pode contribuir com até cinco ideias de potenciais negócios
ou problemas que consideram que possam ser resolvidos pela iniciativa
privada;
434
r tan te
Im p o
lemas
en te , ne ss e tip o de atividade, surgem prob
Normalm o, questões de
se re m re so lvi do s, co mo saneamento básic idente
a
al de ce lul ar, trâ ns ito ou segurança. É ev
saúde, sin la iniciativa
es te s pr ob lem as po dem ser resolvidos pe n-
que
nã o ha ve rá te m po hábil para serem dese
privada, poré m
la.
volvidos em sala de au
as esco-
ós ito aq ui nã o é de se stimular boas ideias, m
O prop
ss a cr es ce r e evolu ir com o grupo que a
lher a ideia que po ódulo,
. Iss o é im po rta nt e porque, no próximo M
selecionou e será apre-
ide ia av an ça rá pa ra um Plano de Negócios
essa
sentada a uma banca.
✓✓ Uma vez escolhidos os temas, solicitar que cada grupo eleja uma ideia, que
será trabalhada nas próximas atividades.
1 Para conhecer definições detalhadas desses públicos do Sebrae e estudos e pesquisas relacionadas a eles, acesse <https://www.
sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/estudos_pesquisas/Quem-são-os-pequenos-negócios%3F,destaque,5>.
Disciplina de Empreendedorismo
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435
Modelo de negócios: definição do
problema
Por meio desta atividade, você proporcionará aos alunos a compreensão de como definir o
problema para a criação de um novo negócio.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Solicitar aos alunos que abram o seu Manual no texto sobre o tema, promo-
vendo a sua leitura compartilhada. Durante a leitura, faça questionamentos e
esclareça possíveis dúvidas dos alunos:
TEXTO
Para Vinod Khosla, empresário e investidor americano, todo grande problema pode
ser uma grande oportunidade de negócio, e toda oportunidade de negócio deve
resolver um problema (SEBRAE, 2013c).
A partir dessa fala, podemos afirmar que as pessoas não querem uma furadeira,
mas sim o resultado que este equipamento pode apresentar para a solução dos
seus problemas.
436
Para descrever essa função – o desejo das pessoas em adquirir um produto ou con-
tratar um serviço que resolva o seu problema, pois sozinhas não poderiam solucioná-
-lo –, Clayton M. Christensen, professor da Harvard Business School, cunhou o termo
em inglês the job to be done, que, traduzido para o português, significa o trabalho
a ser realizado.
Isto quer dizer que quando um cliente adquire um produto ou um serviço, não es-
tamos vendendo tal produto ou serviço, mas sim o resultado que ele proporciona a
esta pessoa.
Disciplina de Empreendedorismo
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437
Vamos imaginar um serviço de van para levar e buscar crianças em atividades ex-
traclasses, tais como: aula de natação, ballet ou inglês. Normalmente, os pais es-
tão ocupados em seus compromissos profissionais e não dispõem de tempo para
transportar seus filhos. Contratar um motorista particular pode ficar muito caro e
dispendioso, impedindo que as crianças participem destas atividades. Assim, os
pais ou responsáveis preferem comprar ou contratar o serviço oferecido por uma
empresa de van, pois ele resolve melhor as suas necessidades do que um moto-
rista particular.
Assim, the job to be done, ou o serviço a ser realizado neste exemplo, é transportar
crianças em segurança entre a sua residência até o local das atividades, por meio de
um serviço de van, liberando os pais ou responsáveis para os seus compromissos
profissionais. O resultado que estamos adquirindo é a tranquilidade dos pais, a satis-
fação das crianças e a segurança que o serviço proporciona.
438
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
439
Modelo de negócios: definição do
segmento de clientes
O objetivo desta atividade é proporcionar aos alunos uma vivência para a definição do seg-
mento de clientes, por meio do Canvas da proposta de valor.
ATIVIDADE PROPOSTA
440
1) Tarefas do cliente
São as tarefas que o cliente executa sem a solução proposta por você – produto e/
ou serviço –, que descrevem como ele se resolve no seu dia a dia.
Para entender melhor esse aspecto, é preciso se colocar no lugar do cliente, ob-
servando os itens que se seguem:
✓✓ Tarefas funcionais: são as relacionadas à realização de alguma atividade
operacional, como cortar grama, elaborar uma refeição, pegar um filho na
escola;
✓✓ Tarefas sociais: são as tarefas que descrevem como os clientes querem ser
reconhecidos pelos seus pares, colegas de trabalho ou familiares. Exemplos:
ser reconhecido como bom profissional ou como um bom amigo;
Disciplina de Empreendedorismo
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441
2) Dores
✓✓ Que dores o cliente tem ao resolver sozinho suas tarefas?
3) Ganhos
✓✓ Que ganhos o cliente tem por atingir suas metas?
✓✓ Explicar que cada grupo, a partir da ideia eleita na atividade anterior – Mode-
lo de Negócios: identificação de oportunidades –, deverá definir o problema
e o segmento de clientes;
✓✓ Solicitar que cada grupo desenhe, em uma folha de flip-chart, o lado direito
do Canvas da proposta de valor, e o preencha, descrevendo como o seg-
mento de clientes selecionado resolve as suas tarefas, que dores apresenta
por resolver estas tarefas, e quais os ganhos que obtém com isto.
442
❍❍ A gravidade das dores – iniciando pela mais dolorida e finalizando pela me-
nos dolorida;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
443
444
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
445
ATIVIDADE PROPOSTA
TEXTO
446
3) Criadores de ganhos
✓✓ Pedir que cada grupo desenhe, em uma folha de flip-chart, o lado esquerdo
do Canvas da proposta de valor, e o preencha, descrevendo os produtos
e serviços que podem ser oferecidos para atender às necessidades e aos
desejos do segmento de clientes selecionado, quais os criadores de ganhos
e quais analgésicos atenuarão as dores dos clientes;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
447
Dica
nhos sejam
en da do qu e as ta re fas, as dores e os ga
É recom cores distintas,
nchid os em po st -it s (3,5 cm x 5 cm), em
pree
st-it.
com uma palavra por po
448
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
449
Encerramento do Encontro
✓✓ Orientar os alunos para testarem a proposta de valor identificada, junto ao seg-
mento de clientes selecionado;
Ir para a rua é muito mais do que sair perguntando para o cliente o que ele quer e
assim validar uma ideia.
✓✓ Apresentar aos alunos o Anexo 3 – Roteiro para entrevistas, solicitando que abram
o Manual do Aluno no Anexo 2;
❍❍ Copos plásticos;
❍❍ Revistas e jornais;
450
❍❍ Caixa de papelão.
✓✓ Pedir aos alunos que avaliem o Encontro em uma palavra, anotando-as em uma
folha de flip-chart com o título “Avaliação do Encontro 2”, para que você planeje o
próximo Encontro. Se desejarem, também poderão compartilhar observações e/ou
indagações relacionadas ao segundo Encontro do Módulo 3;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
451
ENCONTRO 3
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdos do Encontro
✓✓ Modelo de Negócios:
452
t a n t e
Im por
m
os ut iliz ad os na s at ivi dades propostas deve
curs
As estratégias e os re ta do s co nforme planejamento
do pro-
co m ple m en
ser contextualizados e de pr om over e ampliar a aprend
izagem
m o ob jet ivo
fessor e da IES. Co tro s textos, outras ativida
des, trechos
ss íve l ag re ga r ou s
dos alunos, é po nd o co m o fo co atender aos objetivo
s op çõ es , te
de filmes, entre outra
ntro.
propostos para o Enco
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
453
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Resumir os principais Discussão. Computador, 15’
abertura aprendizados obtidos projetor multimídia,
no Encontro 2. slides,
Manual do Aluno.
Compartilhamento Coordenar as Apresentação Trabalhos elaborados 60’
dos Modelos de apresentações dos dos trabalhos pelos grupos.
Negócios grupos sobre a realizados
definição do problema, pelos grupos,
do segmento de com oferta de
clientes e da proposta feedbacks do
de valor, itens em fase professor.
de elaboração para
os seus Modelos de
Negócios.
Ofertar feedbacks aos
grupos.
Padrões de Apresentar diferentes Leitura Computador, 15’
Modelos de padrões de Modelo de compartilhada. projetor multimídia,
Negócios Negócios. Manual do Aluno.
Produto Apresentar a Exposição com Computador, 15’
mínimo viável: importância da slides. projetor multimídia,
prototipagem prototipagem. slides,
Manual do Aluno.
Intervalo 10’
Prática de Proporcionar aos Exercício em Manual do Aluno 60’
prototipagem alunos a vivência de grupos. flip-chart,
um exercício prático de folhas para flip-chart,
prototipagem. materiais diversos
ofertados pelos alunos,
fita-crepe,
cinco réguas.
Compartilhamento Coordenar as Apresentação Protótipos elaborados 55’
dos protótipos apresentações dos trabalhos pelos grupos.
dos grupos sobre realizados
a prototipagem pelos grupos,
exercitada. com oferta de
Ofertar feedbacks aos feedbacks do
grupos. professor.
Encerramento do Orientar os alunos para Exposição Flip-chart, 10’
Encontro a atividade de campo – dialogada. folhas para flip-chart.
validação do protótipo.
Finalizar as atividades
do Encontro 3.
Total 240’
454
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
455
Compartilhamento dos modelos de
negócios
Nesta atividade, você coordenará e ofertará feedbacks às apresentações dos grupos sobre
a definição do problema, do segmento de clientes e da proposta de valor, itens em fase de
elaboração para os seus Modelos de Negócios.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Avisar que, após cada uma das apresentações, você ofertará feedback para
o aprimoramento da definição do problema, do segmento de clientes e da
proposta de valor dos Modelos de Negócios em fase de elaboração.
456
feedback!
Dicas para a oferta de
s pautado pelo Anexo 3 – Roteiro
✓✓ Oferte os feedback
para entrevistas;
eficaz quando é:
✓✓ O feedback é mais
ne ralizado;
• Específico e não ge
o;
• Imediato e apropriad
i-
m cuidado e responsabil
• Dado e recebido co
dade;
ilo
ou seja, baseado naqu
• Comportamental,
o.
que pode ser observad
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
457
458
ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
459
✓✓ Solicitar aos alunos que abram o seu Manual no texto sobre o tema, promo-
vendo a sua leitura compartilhada;
TEXTO
Observe que adotar alguns padrões nos auxilia a entender as dinâmicas dos Mode-
los de Negócios, bem como estes padrões servem como fonte de inspiração para a
criação de um novo Modelo de Negócios.
Publicidade e propaganda
De um lado o modelo é projetado para atrair usuários com conteúdo, produtos e ser-
viços gratuitos. De outro, a geração de receita é proveniente da venda de espaços de
publicidade.
460
Uma junção das palavras em inglês free – que significa gratuito – e premium – que
significa especial –, o modelo freemiun apresenta um conjunto de produtos básicos
gratuitos com serviços pagos. É caracterizado por uma grande base de usuários que
se beneficiam do uso gratuito, e cerca de 10% de usuários que pagam pelos serviços.
Plataformas multilaterais
São Modelos de Negócios baseados em plataformas múltiplas que têm como fim
reunir dois ou mais grupos interdependentes e distintos de clientes, em que um
acontece somente se o outro existir. A plataforma proporciona valor, ao facilitar a
interação entre os diferentes grupos de usuários.
Cauda longa
O padrão cauda longa – expressão criada por Chris Anderson (2006) – representa a
força de segmentos de clientes altamente identificados, ou seja, um grande público
que deseja produtos muitos específicos e em pequenas quantidades, gerando um
grande volume no todo. Este Modelo de Negócio exige como recurso-chave uma
plataforma de sistema muito robusta, para receber todas as transações comerciais
inerentes ao padrão.
Modelo aberto
Este termo teve origem a partir do conceito de inovação aberta, criado por Henry
Chesbrough (2012) – escritor, professor e diretor executivo do Centro de Inovação
Aberta, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos.
Os Modelos de Negócios abertos são aplicados pelas empresas para criar e capturar
valor a partir da colaboração com os clientes e sócios externos.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
461
Esse processo pode acontecer tanto de dentro para fora da empresa, explorando no-
vas ideias propostas por ela em conjunto com os clientes e parceiros, como de fora
para dentro, aplicando as sugestões recebidas dos clientes.
O autor afirma que a inovação aberta é fundamentalmente reconhecer que se opera
em um mundo de conhecimento abundante, e que nem todas as pessoas que pos-
suem os conhecimentos necessários para inovar trabalham na empresa em questão.
Deste modo, é melhor encontrá-las, conectar-se com elas e se inspirar naquilo que
cada uma sabe fazer em particular.
Exemplo: a Natura, empresa brasileira de produtos de beleza, que criou uma rede
de pessoas interessadas em contribuir com sugestões e participar de sessões de
cocriação organizadas por ela.
462
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Para o desenvolvimento desta atividade, indicamos que você realize uma ex-
posição, com os slides sugeridos e os comentários relacionados, conforme
o que se segue:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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468
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
469
Prática de prototipagem
Nesta atividade, você proporcionará aos alunos a vivência de um exercício prático de proto-
tipagem.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Solicitar aos alunos que se organizem nos mesmos grupos da atividade an-
terior, pegando os materiais elaborados nas atividades relativas ao segmento
de clientes e à proposta de valor do seu Modelo de Negócios;
❍❍ Copos plásticos;
❍❍ Revistas e jornais;
❍❍ Caixa de papelão.
470
✓✓ De forma livre e criativa, cada equipe terá 50 minutos para pensar, criar e
elaborar a melhor representação do seu negócio ou serviço em forma de um
protótipo.
Dicas
rtado
m en dá ve l qu e o pr ot ótipo possa ser transpo
✓✓ É reco testados
té rm ino da at ivi da de , pois serão novamente
ao ntro 4. Caso
Encontro 3 e do Enco
durante o inter valo do o
ss íve l, su ge re -se qu e os alunos fotografem
não seja po
resultado obtido;
otótipo, assis-
Pa ra sa be r m ais so br e como elaborar um pr
✓✓
guem:
ta aos vídeos que se se
el em:
ot ót ipo e pr od ut o m ínimo viável – disponív
❍❍ Pr ratui-
usta.com.br/materiais-g
<http://www.mariaaug
tos>;
: <ht-
qu e é pr od ut o m íni m o viável? – disponível em
❍❍ O N8>;
m/watch?v=no_ez95_B
tps://www.youtube.co
e.
y 1.0 – dis po nív el em : <https://www.youtub
❍❍ Woofy
6VHfgk>.
com/watch?v=mgLaL
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
471
Compartilhamento dos protótipos
Nesta atividade, você coordenará e ofertará feedbacks às apresentações dos grupos sobre
a prototipagem exercitada anteriormente.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Informar que os grupos terão 5 minutos para eleger um relator, que realizará
a exposição do protótipo para a turma, também em 5 minutos;
✓✓ Avisar que, após cada uma das apresentações, você ofertará feedback para
o aprimoramento dos protótipos dos grupos;
Dica
feedback!
Dica para a oferta de
Eu
os qu e vo cê ap liq ue a técnica “Eu gostei –
✓✓ Sugerim mento dos
st aria ,
” de sc rit a na atividade “Compartilha
go
deste Encontro.
Modelos de Negócios”
472
✓✓ Pedir aos alunos que avaliem o Encontro em uma palavra, anotando-as em uma
folha de flip-chart com o título “Avaliação do Encontro 3”, para que você planeje o
próximo Encontro. Se desejarem, também poderão compartilhar observações e/ou
indagações relacionadas ao terceiro Encontro do Módulo 3;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
473
ENCONTRO 4
❖❖ Objetivos do Encontro
✓✓ Proporcionar aos alunos a vivência de uma avaliação sobre os canais mais adequa-
dos para levar o seu Modelo de Negócios ao cliente certo.
❖❖ Conteúdos do Encontro
✓✓ Modelo de Negócios;
474
t a n t e
Im por
tas devem
re cu rs os ut iliz ad os nas atividades propos
As estratégias e os to do pro-
s e co m ple m en ta do s conforme planejamen
ser contextualizado m
ivo de pr om ov er e ampliar a aprendizage
o objet
fessor e da IES. Com tro s text os , outras atividades, tre
chos
l ag re ga r ou
dos alunos, é possíve te nd o co mo foco atender aos
objetivos
s op çõ es ,
de filmes, entre outra
ntro.
propostos para o Enco
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
475
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Resumir os principais Discussão. Computador, 15’
abertura aprendizados obtidos no projetor multimídia,
Encontro 3. slides,
Manual do Aluno.
Validação do Coordenar as apresentações Apresentação Trabalhos elaborados pelos 60’
protótipo dos grupos sobre a dos trabalhos grupos.
validação do produto realizados
mínimo viável. pelos grupos,
Ofertar feedbacks aos com oferta de
grupos. feedbacks do
professor.
Construção Proporcionar aos alunos a Exercício em Computador, 45’
do Quadro de vivência de elaboração do grupos. projetor multimídia,
Modelo de Quadro do Modelo dos seus Manual do Aluno,
Negócios Negócios. post-its coloridos,
folhas para flip-chart,
pincéis atômicos,
fita-crepe,
cinco réguas.
Intervalo 10’
Canais para Apresentar diferentes tipos Exposição com Computador, 30’
o Modelo de de canais para o Modelo de slides. projetor multimídia,
Negócios Negócios. slides,
Manual do Aluno.
Prática para Proporcionar aos alunos a Exercício em Manual do Aluno, 70’
a escolha de vivência de uma avaliação grupos. Quadros dos Modelos de
canais sobre os canais mais Negócios desenhados pelos
adequados para levar o seu grupos,
Modelo de Negócios ao folhas para flip-chart,
cliente certo. fita-crepe,
cinco réguas.
Encerramento Orientar os alunos para Exposição Flip-chart, 10’
do Encontro a atividade de campo – dialogada. folhas para flip-chart.
validação do Modelo de
Negócios.
Finalizar as atividades do
Encontro 4.
Total 240’
476
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
477
Validação do protótipo
Nesta atividade, você coordenará e ofertará feedbacks às apresentações dos grupos sobre
a validação do produto mínimo viável.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Avisar que, após cada uma das apresentações, você ofertará feedback para
o aprimoramento do protótipo;
Dica
feedback!
Dica para a oferta de
u gostei – Eu
✓ Su ge rim os qu e vo cê aplique a técnica “E
✓
Encontro 3.
gostaria”, descrita no
478
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Pedir que cada grupo desenhe, em uma folha de flip-chart, o Quadro de Mo-
delo de Negócios, a partir da técnica 1T2H, identificando os nove blocos;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
479
✓✓ Lembrar aos alunos que, caso haja mais de um segmento de clientes com
propostas de valor diferentes, eles precisam mudar as cores dos post-its;
480
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
481
Canais para o modelo de negócios
Nesta atividade, os alunos conhecerão diferentes tipos de canais para o Modelo de Negó-
cios, modo como os produtos e serviços identificados chegará aos clientes.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Para o desenvolvimento desta atividade, indicamos que você realize uma ex-
posição, com os slides sugeridos e os comentários relacionados, conforme
o que se segue:
482
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
483
✓✓ Explicar que atualmente os produtos chegam aos clientes por meio de dois
canais básicos: físicos e digitais:
484
❍❍ Visitas técnicas: são visitas realizadas ao cliente final, com hora mar-
cada e com uma pauta de trabalho específica, com o objetivo de gerar
negócios;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
485
486
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
487
Prática para a escolha de canais
Nesta atividade, você proporcionará aos alunos a vivência de uma avaliação sobre os canais
mais adequados para levar o seu Modelo de Negócios ao cliente certo.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Pedir que, com base nos Modelos de seus Negócios desenhados nos En-
contros anteriores, identifiquem quais canais serão mais apropriados para a
captura de clientes e a entrega da proposta de valor;
488
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
489
Encerramento do Encontro
✓✓ Pedir aos alunos que avaliem o Encontro em uma palavra, anotando-a em uma
folha de flip-chart com o título “Avaliação do Encontro 4”. Se desejarem, também
poderão compartilhar observações e/ou indagações relacionadas ao quarto Encon-
tro do Módulo 3;
490
❖❖ Conteúdos do Encontro
✓✓ Modelo de Negócios;
t a n t e
Im por
m
ut iliz ad os na s at ivi dades propostas deve
cursos
As estratégias e os re en ta do s co nf orme planejamento do
pro-
co m ple m
ser contextualizados e de pr om over e ampliar a apre
ndizagem
o ob jet ivo
fessor e da IES. Com ou tro s textos, outras ativida
des, trechos
íve l ag re ga r
dos alunos, é po ss
, te nd o co m o fo co atender aos objetivos
s opçõ es
de filmes, entre outra
ntro.
propostos para o Enco
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
491
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Resumir os principais Discussão. Computador, 15’
abertura aprendizados obtidos no projetor multimídia,
Encontro 4. slides,
Manual do Aluno.
Validação do Coordenar as Apresentação Trabalhos elaborados 60’
Modelo de apresentações dos grupos dos trabalhos pelos grupos.
Negócios sobre a validação dos seus realizados pelos
Modelos de Negócios. grupos, com oferta
Ofertar feedbacks aos de feedbacks do
grupos. professor.
Técnica de Apresentar o passo a Leitura Computador, 30’
apresentação passo da técnica pitch. compartilhada. projetor multimídia,
do Modelo de slides,
Negócios – 1ª Manual do Aluno.
etapa
Intervalo 10’
Técnica de Apresentar o passo a Exibição e Computador, 35’
apresentação passo da técnica pitch. discussão de projetor multimídia,
do Modelo de vídeos. slides,
Negócios – 2ª Manual do Aluno.
etapa
Elaboração de Proporcionar aos alunos a Exercício em Manual do Aluno, 30’
um pitch vivência de elaboração de grupos. computador,
um pitch. projetor multimídia,
slides,
folhas para flip-chart,
Quadros dos
Modelos de Negócios
desenhados pelos
grupos,
fita-crepe.
Apresentação Coordenar as Apresentação Computador, 40’
do Modelo de apresentações dos grupos, dos trabalhos projetor multimídia,
Negócios utilizando a técnica pitch realizados pelos slides,
sobre o Modelo de seus grupos, com oferta folhas para flip-chart,
Negócios. de feedbacks do Quadros dos
Ofertar feedbacks aos professor. Modelos de Negócios
grupos. desenhados pelos
grupos.
Encerramento Finalizar as atividades do Exposição Flip-chart, 20’
do Encontro Encontro 5 e do Módulo 3. dialogada. folhas para flip-chart.
Total 240’
492
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
493
Validação do modelo de negócios
Nesta atividade, você coordenará e ofertará feedbacks às apresentações dos grupos sobre
a validação do Modelo de Negócio.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Avisar que, após cada uma das apresentações, você ofertará feedback para
o aprimoramento do Modelo de Negócios;
Dica
feedback!
Dica para a oferta de
ei – Eu gosta-
rim os qu e vo cê ap liq ue a técnica “Eu gost
✓✓ Suge
ro 3.
ria”, descrita no Encont
494
ATIVIDADE PROPOSTA
TEXTO
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
495
Neste contexto, resgata-se a velha forma de narrativa ou a antiga arte de contar his-
tórias, para compartilhar conhecimentos de uma forma mais significativa e estimular
a curiosidade de quem recebe a informação.
Este roteiro deve ser ajustado e adaptado em função do público ouvinte, das carac-
terísticas do evento em que será apresentado, do tempo disponível e do estágio em
que seu negócio se encontra. Ajuste-o às necessidades específicas de cada momen-
to e situação.
Lembre-se que seu pitch não precisa ter todas as informações do seu negócio. O mais
importante é despertar o interesse do ouvinte para que ele tenha o desejo de conhecer
mais sobre o seu negócio.
✓✓ Faça uma breve descrição sobre você, dizendo o seu nome e o nome do
negócio que apresentará em seguida;
496
Dicas
tch
ca s im po rta nt es pa ra a montagem do pi
Di in-
ub ra qu em é a au diê ncia, quais são seus
1) Audiência: desc o e o interesse dela.
Conheça
m an te nh a a at en çã
teresses e e/ou banca
m o pú bli co e ge re empatia com a plateia
muito be pitch e com a
am ina do re s. O qu e você pretende com o o-
de ex
or te fin an ce iro , ind icação a outros investid
apresentação? Ap muito
m po pa ra ex pli ca r o projeto? O pedido diz
res, mais te ele tem
ca pa cid ad e do em pr eendedor, indicando se
sobre a grenar. Estude
o de qu an to é ne ce ss ário para o negócio en
noçã erecer;
te s a au diê nc ia e o que eles podem lhe of
an
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
497
Dicas
r-
re o se u pit ch co m o se elaborasse uma na
3) Narrativa: estrutu fa ça sentido para quem es
tá ou-
um a his tó ria qu e
rativa. Conte
vindo;
staque os pon-
de vo z: co m o qu em conta uma história, de pon-
3) Tom ce da voz e enfatizando os
m ud an do a nu an
tos relevantes, s contagiantes – uma
retórica,
pr op os ta . Us e fra se
tos fortes da uma informa-
ag em , um a his tó ria , um bom exemplo ou
uma im
ção excitante;
represen-
e fig ur as de lin gu agem: use exemplos
4) Exemplos ções para
fig ur as de lin gu ag em , metáforas e compara
tativos, ia;
r po sit iva m en te su a conexão com a audiênc
ativa
dên-
ie o te m po dis po nib ilizado. Veja com antece
5) Tempo: gere nc controle;
te m po de st ina do pa ra a apresentação e o
cia qual o
i-
an te s co m am igo s e em outros locais. Tre
6) Preparação: treine ta a sua própria apresent
ação,
ine . Gr av e e as sis
ne, treine, tre
antes do evento;
-
ja co m pr ee nd ido . Nã o adianta gastar o tem
7) Entendimento: se ém en tenda. Seja breve, evita
n-
rs o qu e nin gu
po em um discu essárias, siglas ou regio
nalis-
es vu lga re s e de sn ec
do expressõ uer pessoa,
bo m pit ch de ve se r entendido por qualq
mos. Um
oa leiga no assunto;
inclusive por uma pess
498
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
499
500
ATIVIDADE PROPOSTA
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
501
Apresentação do modelo de
negócios
Nesta atividade, você coordenará e ofertará feedbacks às apresentações dos grupos sobre
o Modelo de seus Negócios, realizadas utilizando a técnica pitch.
ATIVIDADE PROPOSTA
✓✓ Avisar que, após cada uma das apresentações de 5 minutos, você ofertará
feedback para o aprimoramento do Modelo de Negócios;
Dica
feedback!
Dica para a oferta de
u gostei – Eu
cê aplique a técnica “E
✓✓ Sugerimos que vo
Encontro 3.
gostaria”, descrita no
Outra sugestão
502
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
503
Encerramento do Encontro e do
Módulo 3
✓✓ Orientar os alunos para a validação permanente do Modelo de Negócios até que
encontrem clientes dispostos a pagar pelos produtos e serviços de forma constan-
te;
✓✓ Informar aos alunos que o seu Modelo de Negócios poderá ser utilizado no Módu-
lo 4, para a elaboração do Plano de Negócios;
504
ANJOS DO BRASIL. Como elaborar um pitch de sucesso. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em:
<http://www.anjosdobrasil.net/pitch.html>.
BLANK, Steve; DORF, Bob. Startup: Manual do Empreendedor – o guia passo a passo para
construir uma grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
CHRISTENSEN, Clayton. The job to be done. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=f84LymEs67Y>.
CHRISTENSEN, Clayton; COOK, Scott; HALL, Taddy. What customers want from your
products. [s.l.]: [s.n.], 2015. Disponível em: <http://hbswk.hbs.edu/item/5170.html>.
EXAME ON-LINE. 7 dicas para fazer um pitch de sucesso. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/pme/noticias/7-dicar-para-fazer-um-pitch-de-sucesso>.
HOY, Amy. How do you create a product who people want to buy. [s.l.]: [s.d.]. Disponível
em: <https://unicornfree.com/2013/how-do-you-create-a-product-people-want-to-buy>.
IDEIA DE MARKETING. A teoria jobs to be done. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://
www.ideiademarketing.com.br/2014/07/11/a-teoria-jobs-to-be-done-e-como-ela-pode-mu-
dar-a-maneira-como-voce-enxerga-sua-vida/>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
505
KNOWLES, Malcolm S.; HOLTON III, Elwood F.; SWANSON, Richard A. Aprendizagem de
resultados: uma abordagem prática para aumentar a efetividade da educação corporativa.
Tradução de Sabine Alexandra Holler. Rio de Janeiro: Campus, 2009.
KOLB, David Allen. Experiential learning: experience as the source of learning and develo-
pment. New Jersey: Prentice Hall, 1984.
MARTINS, Antonio Castilho. Como validar seu Modelo de Negócios para começar bem:
Manual do Participante. Brasília: Sebrae, 2014.
MATOS, Felipe. Prototipagem: como avaliar se sua ideia resultará em um produto ou serviço
com potencial de mercado? In: GRANDO, Nei. Empreendedorismo inovador: como criar
startups de tecnologia no Brasil. São Paulo: Évora, 2012.
OSTERWARLDER, Alexander et al. Value proposition design. São Paulo: HSM do Brasil,
2014.
506
RIES, Eric. A startup enxuta: como empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
______. Negócio certo. Brasília: Sebrae SC, [s.d.]. Disponível em: <http://www.negociocer-
tosebrae.com.br/>.
SPINA, Cassio. Como encontrar e abordar um investidor-anjo? In: GRANDO, Nei. (Org.).
Empreendedorismo inovador: como criar startups de tecnologia no Brasil. São Paulo: Évo-
ra, 2012.
____. O pitch (quase) perfeito – (mais) um guia prático de como conquistar investi-
dores e clientes para seu negócio. Versão Beta 2012. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://
www.anjosdobrasil.net/pitch.html>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
507
ANEXOS
❖❖ ANEXO 1
O CAV tem sua origem nos estudos do psicólogo americano David Kolb.
508
Às vezes, quando as peças não encaixam, ideias antigas precisam ser analisadas
e reformuladas. A compreensão aumenta por meio do diálogo com os outros, na
medida em que se validam teorias por meio da resolução ativa de problemas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
509
✓✓ CAV2
2 O texto referente a esse tópico foi adaptado de Sebrae (2011, p. 60, 62).
510
Nessa fase serão gerados os subsídios, ou seja, os conceitos e as técnicas a serem traba-
lhados nas fases seguintes.
Uma característica da aprendizagem vivencial é seu caráter indutivo, isto é, aprende-se por
meio da descoberta. Assim, nesse momento, o que importa é estabelecer uma base co-
mum de informações e de experiências para serem exploradas posteriormente.
2ª fase: relato
Após a vivência de uma atividade, o facilitador realiza a fase de relato.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
511
litar o compartilhamento das reações individuais nos níveis cognitivo e emocional. Envolve
a descoberta pelo grupo do que ocorreu individualmente com cada participante durante a
atividade.
Não conduzir o momento por meio da discussão livre pode facilitar o trabalho. Como as pes-
soas estão em estágios diferentes de aprendizagem e, por conta disso, experimentam de
maneiras distintas a vivência, a discussão livre dificulta a troca espontânea e autêntica, prin-
cipalmente dos sentimentos, os quais normalmente se tem mais dificuldade de expressar.
Se a fase da vivência gera o conteúdo a ser trabalhado no CAV, a fase do relato é o momento
em que o conteúdo vivido será compartilhado com o grupo.
3ª fase: processamento
Na perspectiva do CAV, o processamento é o momento central do trabalho. Nessa fase, o
facilitador promove uma discussão com o grupo, em que as experiências relatadas na fase
anterior serão analisadas de maneira crítica.
Essa fase deve ser planejada de modo a possibilitar o aprendizado do grupo, pois,
além de organizada e focada nos objetivos de aprendizagem, ela deve ser dirigida
para que a fase de generalização seja bem-sucedida.
512
4ª fase: generalização
A generalização representa um salto inferencial para a realidade cotidiana, visando estabe-
lecer relações diretas sobre o que foi discutido no processamento com a vida pessoal e
profissional dos participantes, buscando similaridades entre uma e outra.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
513
5ª fase: aplicação
Nessa fase, os participantes devem descobrir o que de prático pode ser feito com o que foi
aprendido: vivemos, compartilhamos, analisamos, comparamos e, agora, o que faremos?
RESUMINDO
✓✓ Cada fase do ciclo tem um objetivo específico e elas não são estanques
nem estáticas. Elas compõem um processo dinâmico, complementar e
interdependente, que deve ser planejado como um conjunto, e não como
fases separadas;
Para Fela Moscovici (1995), não se pode afirmar que o processo vivencial é o
melhor caminho para desenvolver a aprendizagem. Mas as probabilidades de se
chegar a mudanças nas áreas cognitiva e comportamental tendem a ser maiores,
tendo em vista a abordagem conjunta de ideias, sentimentos e atitudes.
514
Você vai descobrir agora como o inventor americano conseguiu transformar a vida de meio
milhão de crianças no mundo por meio do futebol. Esse inventor é um iluminado. Por meio
de uma bola, uma simples bola preparada para enfrentar os mais precários campos de fute-
bol do planeta. Uma bola indestrutível.
Diz o inventor: “eu acompanhava uma reportagem sobre um campo de refugiados na África
e fiquei chocado com uma cena em que crianças chutavam uma bola feita de lixo amarrado
com plástico. Aquilo me devastou. Foi como se tivesse tomado um tapa na cara”.
A primeira reação de Tim foi querer doar bolas convencionais para que as crianças jogassem
futebol. Ele conversou com sua esposa Lisa Jahhnigen e resolveram contatar os responsá-
veis pelo local. Eles descobriram que os campos eram tão ruins que as bolas furavam ou
estouravam com dois dias de uso.
Lisa afirma: “quando uma criança vive em uma situação daquelas de tanta dor, de tantas
perdas, ver uma bola estourar significa mais um desapontamento, mais uma frustração.
Não poderíamos fazer isso com elas”.
E não fizeram. Tim preferiu buscar uma solução definitiva para o problema: projetar uma
bola indestrutível. Projetou uma bola feita com plástico flexível e muito resistente, que co-
3 Resenha baseada no texto “Histórias de uma bola”, de Guilherme Roseguini, disponível em: <http://especial.globoesporte.globo.com/
historias-de-uma-bola/>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
515
Foi aí que um astro da música passou a fazer parte dessa história. Durante os preparati-
vos para um Festival na Califórnia, Tim conheceu Sting, que tem no currículo mais de 100
milhões de discos vendidos. O inventor sabia do envolvimento daquele artista em causas
humanitárias e aproveitou a chance para descrever o projeto da bola.
Diz Tim: “o Sting interrompeu a conversa e disse: espera ai, você está me dizendo que sabe
como fazer uma bola que nunca estoura?”.
Tim disse que sim e Sting disse que era uma ideia importante para ajudar muita gente pobre
no planeta e se ofereceu para pagar.
Com o dinheiro o projeto decolou. As bolas viraram realidade em 2009 e rolaram perfeiti-
nhas primeiro nas instalações desportivas de um colégio na cidade de Oakland, nos Estados
Unidos. Ali funciona o projeto Futebol Sem Fronteiras, destinado a ajudar refugiados a se
integrarem na comunidade. Um deles é Yohannes Harish. Ao tomar contato com a novida-
de, ele imediatamente se lembrou do passado. Yohannes cresceu na Eritreia, país do leste
da África. Ali viveu até os 16 anos, quando migrou para a América com os pais em busca
de uma vida mais digna. Futebol sempre foi uma paixão de garoto, mas não havia bola que
sobrevivesse a campos tão castigados.
Diz Yohannes: “depois de duas semanas de uso elas sempre estouravam. Então enchíamos
as nossas meias com folhas e terra, amarrávamos com cadarço e fazíamos uma bola que
não estourava. Eu gostaria de ver se uma bola dessa sobreviveria naquelas condições”.
Era essa a questão. Submeter a bola a condições realmente difíceis. O problema nesse
caso é que os campos aqui são muito bons, planos, bem cuidados e não apresentavam
um desafio algum para a nova bola. Para testá-la de verdade, Tim precisava de algo muito
mais agressivo. Ele então entregou o produto recém-criado para os cachorros de o vizinho
brincarem. E tome dentadas.
Tim fala: “essa bola passou dois anos sendo mordida por dois cães e ela ficou com cente-
nas, milhares de furos e ainda está ótima, apta para o jogo. Cada furo desse representa uma
bola que não está no lixo”.
Já parecia suficiente, mas o inventor foi além e atropelou-a com um carro que pesa 1.600
quilos e a bola voltou ao normal. Tim também esfaqueou a pobrezinha.
516
Pronto, agora ele sabia que a bola aguentava o tranco. Tim então criou, com sua mulher,
o projeto chamado Um Mundo do Futebol, e passou a buscar financiamento para produzir
bolas em grande quantidade e assim distribui-las pelo mundo, especialmente em zonas de
guerra, em comunidades carentes e em campos de refugiados.
Hoje o projeto já alcança 500 mil crianças em 158 países, sendo 45 na África, 42 na Europa,
33 na Ásia, quatro na Oceania e 35 nas Américas.
São locais como a comunidade de Santa Gertrudes em El Salvador, onde 60% da população
vive em situação de pobreza extrema. O campinho é cercado por arames farpados e a mole-
cada de lá já tinha até desistido de jogar futebol, tamanha a quantidade de bolas destruídas.
Quando Lisa visitou o local, foi logo fazendo testes para mostrar que tinha algo diferente. A
bola se encheu de ar e o ambiente de sorrisos.
Diz Lisa: “ter uma bola com a qual eles possam brincar em qualquer condição, muda total-
mente as perspectivas dessas crianças. Elas vão saber que aquilo é algo duradouro. Não
podemos subestimar o valor do ato de brincar, especialmente para quem vive em condições
tão desumanas”.
A ideia principal é justamente esta. Permitir que as crianças brinquem e pelo menos por
alguns instantes se esqueçam das dificuldades da vida. O foco não é o esporte profissional,
já que a bola não tem peso e nem dimensões oficiais. Mesmo assim, em alguns casos ela
chegou a ajudar atletas.
É o caso da experiência em Serra Leoa, na África. Lá, uma guerra civil iniciada em 1991 di-
zimou a população. Os conflitos cessaram só em 2002 e as cicatrizes ficaram. O país tem
milhares de amputados, gente que, apesar das dificuldades, não deixa de lado a vontade de
jogar futebol. O problema é que os campos da periferia da capital Freetown nem sempre
oferecem boas condições. Em uma das comunidades, a bola representou uma mudança de
expectativas.
Lisa diz: “a bola simplesmente permitiu que o time treinasse mais vezes. Eles melhoraram
e venceram campeonatos e chegaram até a excursionar pelo exterior”.
Na maioria dos países, a bola chegou por meio de parcerias com ONG locais. Foi o que
ocorreu no Zanzibar, um arquipélago na costa da Tanzânia, na margem leste da África. Uma
região de contrastes: natureza rica e gente pobre. Mais da metade da população vive com
o equivalente a R$ 2,00 por dia. Eles adoram futebol e jogam com qualquer coisa que corra
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
517
nos campinhos maltratados e claro, se oferecer algo melhor eles trocam na hora. Por causa
de um pedido de uma ONG chamada Salve as Crianças, Zanzibar recebeu uma grande re-
messa: 20.000 bolas de uma só vez. O suficiente para fazer quase todas as crianças do país
terem a chance de brincar. Em pouco tempo foi possível até organizar um campeonato com
direito a festa, dança e estádio cheio.
Cada bola custa o equivalente a R$ 80,00. Elas são vendidas apenas no site da organização
de Tim. Para cada bola comprada, uma bola é doada para uma instituição voltada para crian-
ças carentes.
Tim diz: “nós fazemos uma bola. Simples assim. Não temos nenhum envolvimento com
política. Não nos metemos em outras questões. Não sou especialista em nada. Eu só quero
fazer cada vez mais bola, nada mais”.
Um pensamento simples, como a bola que ele criou. Porque as soluções muitas vezes não
precisam ser complexas. No fim das contas, Tim ajuda crianças a serem crianças. Não pa-
rece nada, mas é tudo.
518
Segmentos de clientes4
Objetivo
Desenvolver uma hipótese de quem são os clientes e quais problemas deles que serão
solucionados por seu produto ou serviço.
✓✓ Que dores – medos, frustrações, obstáculos – o cliente tem por executar determi-
nada tarefa para ter as suas necessidades atendidas?
✓✓ Quem serão os usuários do produto, para quem você pretende vender no dia a
dia?
✓✓ Quem é o comprador que paga para ter o produto ou serviço que você pretende
entregar?
✓✓ Quem é o cliente que toma a decisão para ter o produto ou serviço? Exemplo: o
produto pode ser para o uso de crianças, mas quem decide a compra são os pais;
✓✓ O problema do cliente é importante para que ele adquira seu produto ou serviço?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
519
Definir uma persona significa identificar pontos em comum de potenciais clientes, visando
criar grupos que possam ter características similares, para que você possa apresentar solu-
ções adequadas ao atendimento de suas necessidades.
5 Para mais informações sobre a definição de uma persona, leia o texto “Persona: como e por que criar uma para sua empresa”, dispo-
nível em: <http://resultadosdigitais.com.br/blog/como-e-por-que-criar-uma-persona-para-sua-empresa/>.
520
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
521
❖❖ ANEXO 4
VALIDAÇÃO DO PROTÓTIPO6
Objetivo
522
4
professor_disciplina_empreendedora_completo.indd 524 24/08/16 16:08
PLANO DE NEGÓCIOS
Apresentação
Caro(a) professor(a),
✓✓ Etapas de elaboração:
❍❍ Análise de mercado;
❍❍ Planejamento de marketing;
❍❍ Planejamento operacional;
❍❍ Planejamento financeiro;
❍❍ Construção de cenários;
❍❍ Avaliação estratégica;
526
Neste Manual, você encontrará sugestões e orientações sobre a organização deste evento
e, também, das demais atividades propostas para este Módulo.
Reconhecemos a importância de sua atuação nesta disciplina, cientes de que suas expe-
riências, seus conhecimentos e suas competências agregarão valor substancial ao con-
textualizar o conteúdo e as atividades propostas para a realidade da Instituição de Ensino
Superior (IES) e da turma.
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
527
ENCONTRO 1
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdos do Encontro
528
t a n t e
Im por
dades
iza ge m e os re cu rs os utilizados nas ativi
nd
As estratégias de apre za do s e co mplementados confor
me pla-
co nt ex tu ali
propostas devem ser Co m o objetivo de promover
e ampliar
es so r e da IE S. -
nejamento do prof ss íve l ag re ga r ou tros textos, outras ativi
nos, é po
a aprendizagem dos alu tra s op çõ es , tendo como foco aten
der
es , en tre ou
dades, trechos de film
to s para o Encontro.
aos objetivos propos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
529
Estratégia de Tempo
Tema Objetivo da atividade Recursos
aprendizagem previsto
Atividade de Dialogar sobre o Leitura Manual do Aluno. 40’
abertura aperfeiçoamento de uma compartilhada.
ideia ou iniciativa de
negócio.
Apresentação do Apresentar o Módulo 4 Apresentação com Kit multimídia, 15’
Módulo 4 e o conteúdo que será apoio de slide. slides,
trabalhado. Manual do Participante.
Plano de Negócios: o Apresentar agrupamento Apresentação com Kit multimídia, 30’
que é, por que fazer e conceitual sobre o que é, apoio de slides. slides,
principais etapas importância e principais etapas Manual do Participante,
de um Plano de Negócios. folhas de flip-chart,
pincéis atômicos em
cores variadas.
Elaboração de um Plano Proporcionar aos alunos a Atividade em grupo Manual do Participante, 25’
de Negócios: etapa vivência da elaboração de um (parte 1). kit multimídia,
2 – análise de Plano de Negócios, slides, computadores.
mercado e etapa considerando as etapas análise
3 – planejamento de de mercado e planejamento de
marketing marketing.
Intervalo 10’
Elaboração de um Plano Proporcionar aos alunos a Atividade em grupo Manual do Participante, 70’
de Negócios: etapa vivência da elaboração de um (parte 2). kit multimídia,
2 – análise de Plano de Negócios, slides,
mercado e etapa considerando as etapas análise computadores.
3 – planejamento de de mercado e planejamento de
marketing marketing.
Rede de Promover troca de informações Atividade em grupo. Manual do Participante. 25’
conhecimento sobre entre os alunos sobre
Plano de Negócios elaboração do Plano de Negócios,
favorecendo a aprendizagem
colaborativa.
Arquivo de bordo Incentivar que os Atividade individual. Manual do Participante. 15’
alunos autoavaliem suas ações
empreendedoras.
Encerramento do Finalizar as atividades do Atividade em grupo. Manual do Participante. 10’
Encontro Encontro.
Total 240’
530
Por meio deste diálogo, você traçará uma ponte entre o momento atual, em que o aluno
está ampliando seus horizontes sobre empreendedorismo, e um possível futuro, em que
planejará efetivamente criar um negócio próprio.
✓✓ Solicitar aos alunos que abram o seu Manual no texto “Ciclo de desenvolvimento
do cliente”, promovendo a sua leitura compartilhada. Durante a leitura, faça questio-
namentos e esclareça possíveis dúvidas dos alunos.
Para os autores Eric Ries (2012) e Steve Blank (2014), uma startup é uma organização
formada por um grupo de pessoas à procura de um Modelo de Negócios repetível e
escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
Assim, uma startup não é uma empresa pequena imitando uma grande empresa,
tendo em vista que possui como uma de suas principais características o desco-
nhecimento do seu mercado, pois trabalha com um produto ou serviço inovador e,
portanto, precisa testá-lo até encontrar clientes que o compre.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
531
✓✓ Baixo investimento;
✓✓ Capacidade de crescimento;
✓✓ Escalabilidade;
✓✓ Estrutura enxuta;
✓✓ Flexibilidade;
Regra 1 – nada acontece dentro do escritório, mas na rua: pela imprevisão do negó-
cio que está sendo estruturado, é fundamental que os empreendedores saiam da
sua zona de conforto e conversem com os potenciais usuários da solução em estru-
turação.
Regra 3 – falhar é parte integrante da busca: como uma startup está em busca de um
Modelo de Negócios, falhas são aceitas, devem ser momentos de aprendizagens e
não devem ser temidas.
532
Regra 7 – agir de acordo com o tipo de mercado: nem todas as startups são iguais.
Os mercados podem ser diferentes, tais como um produto novo para um mercado
existente ou um produto novo para um novo mercado.
Regra 11 – em uma startup, o perfil dos colaboradores é diferente das grandes corpo-
rações: diferentemente de uma grande empresa, em uma startup o perfil profissional
exige pessoas altamente curiosas, questionadoras e criativas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
533
534
Esta etapa responderá à questão “os clientes identificados, na fase anterior, efeti-
vamente pagarão pelos serviços ou produtos apresentados?”. É o momento de se
preparar uma página na web para divulgar os produtos ou serviços, segmentar o mer-
cado, ajustar o produto ou serviço ao mercado potencial e definir um Plano de Vendas
inicial. Cadastram-se os primeiros clientes, efetuam-se as primeiras vendas e se inicia
o processo de recebimento de recursos. É preciso compreender que ainda se está
em uma fase de testes, que ajustará o produto ou serviço ao mercado pretendido.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
535
Nesta fase, o objetivo é consolidar a entrega para o cliente, por meio dos canais
de venda, baseada nas vendas iniciais da fase dois.
Busca-se identificar os seguintes tipos de mercados:
✓✓ Entrar em um mercado existente, um mercado bem definido pela concor-
rência, em que o produto é a base para competição;
✓✓ Criar um novo mercado, sem produto ou serviço similar como base da com-
petição.
536
Coluna 1 Coluna 2
✓✓ Como dica, sugira que assistam posteriormente aos vídeos das “10 dicas
para começar bem”, disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/Portal-
Sebrae/artigos/10-dicas-para-come%C3%A7ar-bem>, que também consta
no Manual do Aluno.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
537
Apresentação do Módulo 4
✓✓ Para a apresentação do Módulo 4, sugerimos apresentar slide com nome do Mó-
dulo e informar sobre tópicos de conteúdo que serão trabalhados;
✓✓ Slide proposto:
538
❖❖ Etapas de elaboração:
❍❍ Análise de mercado;
❍❍ Planejamento de marketing;
❍❍ Planejamento operacional;
❍❍ Planejamento financeiro;
❍❍ Construção de cenários;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
539
❍❍ Avaliação estratégica;
540
✓✓ Informar que o Plano de Negócios será elaborado a partir dos Modelos de Negó-
cios originados no Módulo 3;
Slides propostos:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
541
✓✓ Questionar aos alunos se acreditam que elaborar um Plano de Negócios pode aju-
dar os empreendedores a alcançar melhores resultados em suas atividades e por
que pode ajudar;
542
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
543
544
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
545
546
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
547
❍❍ Avaliar que marca ou nome será utilizado para a comunicação com o mercado;
548
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
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550
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
551
552
Vídeos sugeridos:
❍❍ Parte 1: <http://tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/program/762/>;
❍❍ Parte 2: <http://tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/program/763/>;
❍❍ Parte 3: <http://tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/program/764/>;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
553
Elaboração de um plano de negócio
A partir deste momento, será apresentada a estrutura de realização da atividade de elabo-
ração do Plano de Negócio durante os Encontros do Módulo 4, bem como o modelo pro-
posto a ser utilizado (software). Sugerimos a utilização de slides para apresentação desta
estrutura.
t a n t e
Im por
S
ad as pe lo s pr of es so res responsáveis e IE
rem tom
Decisões prévias a se od elo de Plano de Negócio
s pro-
ja nã o ut iliz ar o m
✓✓ Caso a decisão se nd edorismo, será necess
ário escolher
ipl ina de Em pr ee
posto na Disc
gó cio a se r ut iliz ad o e, neste caso, dimen-
Ne
o modelo de Plano de ev ist as no modelo escolhido dura
nte
s et ap as pr
sionar a realização da nd o as demais atividade
s a serem
cu rs o, co ns ide ra
os Encontros do
s;
realizadas com os aluno ssa su-
ão do m od elo pr op os to, o que configura no
✓✓ No caso da utilizaç iso de cidir sobre a utilização
de recur-
çã o, se rá pr ec
gestão e orienta
ber:
sos de informática, a sa elabo-
os to co nt em pla um software que instrui a
❍❍ O modelo prop
cios etapa por etapa;
ração do Plano de Negó stro de Pessoa
ins ta lar o so ftw ar e, será necessário o Cada grupo
❍❍ Ao
ra su a ut iliz aç ão . As sim, um dos alunos do
Física (CPF) pa dos os
po nib iliz ar se us da do s para cadastro. Em to -
deverá dis
a pa ra ela bo ra r o Pl an o de Negócio, os mes
acessos ao program
r inseridos;
mos dados deverão se rem utiliza-
de cid ir qu ais se rã o os computadores a se
❍❍ É preciso alunos durante
po is es te s de ve rã o estar disponíveis aos
dos,
todo o Módulo 4.
554
❍❍ Tal arquivo está disponível para acesso na opção “Tutorial” do programa para
elaboração de Plano de Negócios;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
555
✓✓ O tempo de apresentação de cada grupo deve considerar o tempo que será dis-
ponibilizado para realização do evento, o número de grupos formados e o tempo
de comentários e questionamento dos profissionais que formarão a comissão de
análise. Exemplo:
✓✓ Abertura: 15 minutos;
❍❍ Apresentação: 10 minutos;
✓✓ Encerramento: 10 minutos.
556
✓✓ Sugerimos que se trabalhe com o nível 1 somente nos casos em que seja com-
pletamente inviável ou impossível a exigência conforme os níveis 2 ou 3 especifi-
cados. Tal sugestão se fundamenta no fato de que propomos, com a Disciplina de
Empreendedorismo, seus conteúdos e atividades, a vivência mais completa possí-
vel de uma ação empreendedora focada em resultados esperados. Assim, quanto
mais os alunos dedicarem-se a tornarem reais suas ideias e seu Plano de Negócio,
acreditamos que mais significativa tende a ser tal experiência;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
557
Os mesmos links podem ser disponibilizados aos alunos ou podem ser disponibiliza-
dos os arquivos já baixados.
✓✓ Explicar aos alunos que os grupos de trabalho para elaboração do Plano de Negó-
cios se mantêm os mesmos com os quais trabalham desde o Módulo 3 – Modelo
de Negócios;
558
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
559
✓✓ Para que o Plano de Negócios seja elaborado, não se devem desconsiderar quais-
quer trabalhos prévios de busca de informações e análises dos grupos. Assim,
basicamente o plano será elaborado somando o que os grupos já realizaram a uma
ferramenta para elaboração do Plano de Negócio e ampliação do planejamento.
Esta ferramenta contempla um software a ser utilizado e um Manual com orienta-
ções passo a passo de como elaborar um Plano de Negócios;
560
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
561
562
✓✓ Lembrar aos alunos que contam com espaços para anotações em seus manuais
do Módulo 4;
✓✓ Orientar que devem ler o conteúdo de apoio no Manual de orientação passo a pas-
so para elaboração do Plano de Negócios e também no programa utilizado, confor-
me cada etapa a ser realizada;
✓✓ Explicar que a etapa 1 – sumário executivo, por se tratar do resumo das informa-
ções do Plano de Negócios, será realizada posteriormente;
✓✓ Alertar aos alunos que devem não apenas elaborar o Plano de Negócio, como tam-
bém deverão providenciar protótipos da ideia de negócio, seus produtos e servi-
ços, caso esta seja a decisão tomada:
✓✓ Argumentar com os alunos sobre o papel do professor como facilitador neste pro-
cesso, apoiando e orientando os grupos na elaboração dos planos;
✓✓ Lembrar que a cada Encontro um grupo será convidado a expor suas conclusões e
ações realizadas do Plano de Negócios até aquele momento;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
563
✓✓ Indicar o tempo disponível para que os grupos trabalhem na elaboração das etapas
2 e 3, análise de mercado e planejamento de marketing;
564
✓✓ A cada Encontro, um grupo será solicitado a compartilhar seu relato de como estão
ocorrendo as atividades de elaboração do Plano de Negócio:
✓✓ Solicitar que um dos grupos faça sua apresentação sobre a elaboração do Plano de
Negócios, considerando as etapas desenvolvidas até o momento. O grupo deve
comentar sobre:
✓✓ Indicar o tempo disponível para apresentação do grupo, não sendo necessário pre-
parar nenhum material específico para esta apresentação. Sugestão: 15 minutos;
✓✓ Abrir espaço para comentários da turma sobre a apresentação dos grupos, contro-
lando o tempo com relação às demais atividades do Encontro;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
565
Arquivo de bordo
✓✓ Solicitar que os alunos abram seus manuais indicando a página correspondente à
atividade arquivo de bordo;
✓✓ Alertar que esta é uma atividade individual e que, a cada Encontro, os alunos terão
um tempo disponível para seu preenchimento, o que não impede que eles regis-
trem informações em outros momentos, caso sintam tal necessidade;
566
Arquivo de bordo
Nesta atividade você registrará sua autoavaliação sobre suas ações empreendedo-
ras durante os Encontros do Módulo 4 e a elaboração do Plano de Negócios. A cada
Encontro do Módulo você deverá retomar esta atividade para continuar sua avaliação
pessoal. Aproveite os momentos de reflexão para ampliar seu potencial empreende-
dor!
Persistência
Comprometimento
Estabelecimento de metas
Busca de informação
Independência e autoconfiança
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
567
Faça, nas próximas tabelas, sua autoavaliação, conforme a realização de cada Encon-
tro do Módulo 4 da Disciplina de Empreendedorismo.
568
t a n t e
Im por
to final
ini cia da no M ód ulo 1, organização do even
Conforme atividade o (apresentação dos Pl
anos de Negó-
Em pr ee nd ed or ism -
da Disciplina de
s alu no s, qu es tio na ndo-os sobre tal ativida
s do
cios), monitorar as açõe
o que for necessário.
de e orientando sobre
ódulo 1 (go-
grup os ge st or es ta mbém formados no M
Estimular que os entre outros
aç ão , infor m aç ão e conhecimento, blog,
vernança, orga niz lem-
nh am at en çã o às su as responsabilidades,
te
grupos formados) man e de reve zar os papéis entre os
grupos.
po ss ibi lid ad
brando aos alunos da
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
569
e s t õ es
Sug
lici-
ra at ivi da de s de en ce rramento, é possível so
✓✓ Como ideias pa st -its, solicitar que criem
frases
po r es cr ito em po
tar avaliação úsica que se
e tra du za m a av ali aç ão, que cantem uma m
curtas qu um
rc ep çã o ge ra l so br e o Encontro, que cada
relacione com a pe te , de forma a construir
uma
ali aç ão ve rb alm en
expresse sua av ções;
contro, entre outras op
história coletiva do En
um blog da
é po ss íve l so lic ita r que os alunos criem
✓✓ També m tros
pa rti lha m en to de ide ias, aprendizados e ou
turma para com
à disciplina.
comentários relativos
570
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
nas atividades
de ap re nd iza ge m e os recursos utilizados -
As estratégias
tu ali za do s e co m ple mentados conforme pla
cont ex
propostas devem ser Co m o ob jetivo de promover e am
pliar
r e da IE S.
nejamento do professo ss íve l agregar outros textos,
outras ativi-
s alu no s, é po
a aprendizagem do mo foco atender
de film es , en tre ou tras opções, tendo co
dades, trechos
s para o Encontro.
aos objetivos proposto
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
571
572
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
573
Monitoramento empreendedor:
evento de apresentação de plano
de negócios na disciplina de
empreendedorismo
t a n t e
Im por
essores res-
s se gu nd o de cis õe s tomadas pelos prof -
Orientar os aluno
à es tru tu ra de ap lic aç ão do Módulo 4 e à re
anto
ponsáveis e pela IES qu ão do s Pl an os de Negócios – conf
orme
ap re se nt aç
alização do evento de ulo.
ta çõ es de sc rit as no Encontro 1 deste Mód
orien
574
Bom trabalho!
Responsabilidades do grupo:
Prazo de
Tarefas/atividades a serem realizadas Responsáveis
execução
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
575
576
t a n t e
Im por
s res-
gu nd o de cis õe s to m adas pelos professore
Orientar os alunos se tru tu ra de aplicação do Módulo
4 e à re-
S qu an to à es
ponsáveis e pela IE ão dos Planos de Negócio
s – conforme
en to de ap re se nt aç
alização do ev ódulo.
no Encontro 1 deste M
orientações descritas
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
577
✓✓ Reforçar aos alunos que devem não apenas elaborar o Plano de Negócio, como
também deverão providenciar protótipos da ideia de negócio, seus produtos e ser-
viços, caso esta seja a decisão tomada;
✓✓ Indicar o tempo disponível para que os grupos trabalhem na elaboração das etapas
4 e 5, planejamento operacional e planejamento financeiro;
578
✓✓ Solicitar que um dos grupos faça sua apresentação sobre a elaboração do Plano de
Negócios, considerando as etapas desenvolvidas até o momento. O grupo deve
comentar sobre:
✓✓ Indicar o tempo disponível para apresentação do grupo, não sendo necessário pre-
parar nenhum material específico para esta apresentação. Sugestão: 15 minutos;
✓✓ Abrir espaço para comentários da turma sobre a apresentação dos grupos, contro-
lando o tempo com relação às demais atividades do Encontro;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
579
Arquivo de bordo
✓✓ Solicitar que os alunos abram seus manuais indicando a página correspondente à
atividade arquivo de bordo. Eles devem retomar a atividade do Encontro 1;
✓✓ Relembrar que esta é uma atividade individual e que, a cada Encontro, os alunos
terão um tempo disponível para seu preenchimento, o que não impede que eles
registrem informações em outros momentos, caso sintam tal necessidade;
580
t a n t e
Im por
evento final da
de ini cia da no M ód ulo 1, organização do s),
Conforme ativida (ap re se nt aç ão dos Planos de Negócio
edor ism o
Disciplina de Empreend qu es tio na ndo-os sobre tal ativi
dade e
s alu no s,
monitorar as ações do
e for necessário.
orientando sobre o qu
er-
st or es ta m bé m fo rm ados no Módulo 1 (gov
os ge
Estimular que os grup e co nh ec im en to, blog, entre outros
gru-
or m aç ão
nança, organização, inf o às su as responsabilidades,
lembrando
nh am at en çã
pos formados) mante ve za r os papéis entre os gr
upos.
ss ibi lid ad e de re
aos alunos da po
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
581
e s t õ es
Sug
itar
at ivi da de s de en ce rra mento, é possível solic
✓✓ Como ideias para -it s, so licitar que criem frase
s curtas
es cr ito em po st
avaliação por ntem uma música que
se relacio-
m a av ali aç ão , qu e ca -
que traduza o En co nt ro, que cada um expres
ge ra l so br e
ne com a percepção fo rma a construir uma his
tória
ve rb alm en te , de
se sua avaliação
entre outras opções;
coletiva do Encontro,
a
lic ita r qu e os alu no s criem um blog da turm
l so
✓✓ Também é possíve ias , ap re ndizados e outros com
entá-
en to de ide
para compartilham
a.
rios relativos à disciplin
582
❖❖ Conteúdo do Encontro
t a n t e
Im por
s atividades
ap re nd iza ge m e os recursos utilizados na -
As estratégias de za do s e co m ple mentados conforme pla
contex tu ali
propostas devem ser Co m o ob jet ivo de promover e am
pliar
r e da IE S.
nejamento do professo ss íve l ag regar outros textos, ou
tras ativi-
alu no s, é po
a aprendizagem dos tra s opções, tendo como
foco atender
film es , en tre ou
dades, trechos de
s para o Encontro.
aos objetivos proposto
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
583
584
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
585
Elaboração de um plano de
negócios: etapas 6 e 7
t a n t e
Im por
s respon-
gu nd o de cis õe s to m adas pelos professore
Orientar os alunos se 4 e à reali-
qu an to à es tru tu ra de aplicação do Módulo me
sáveis e pela IES ão do s Pl an os de Negócios – confor
rese nt aç
zação do evento de ap ódulo.
no Encontro 1 deste M
orientações descritas
✓✓ Orientar que devem ler o conteúdo de apoio no Manual de orientação passo a pas-
so para elaboração do Plano de Negócios e também no programa utilizado, confor-
me cada etapa a ser realizada;
586
✓✓ Reforçar aos alunos que devem não apenas elaborar o Plano de Negócio, como
também deverão providenciar protótipos da ideia de negócio, seus produtos e ser-
viços, caso esta seja a decisão tomada;
✓✓ Indicar o tempo disponível para que os grupos trabalhem na elaboração das etapas
6 e 7, construção de cenários e avaliação estratégica;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
587
Rede de conhecimento sobre plano
de negócios
✓✓ Recordando, nesta atividade os alunos terão a oportunidade de aprender com a
experiência dos outros colegas durante a elaboração do Plano de Negócios. A cada
Encontro, um grupo será solicitado a compartilhar seu relato de como estão ocor-
rendo as atividades de elaboração do Plano de Negócio:
✓✓ Solicitar que um dos grupos faça sua apresentação sobre a elaboração do Plano de
Negócios, considerando as etapas desenvolvidas até o momento. O grupo deve
comentar sobre:
✓✓ Indicar o tempo disponível para apresentação do grupo, não sendo necessário pre-
parar nenhum material específico para esta apresentação. Sugestão: 15 minutos;
✓✓ Abrir espaço para comentários da turma sobre a apresentação dos grupos, contro-
lando o tempo com relação às demais atividades do Encontro;
588
✓✓ Relembrar que esta é uma atividade individual e que, a cada Encontro, os alunos
terão um tempo disponível para seu preenchimento, o que não impede que eles
registrem informações em outros momentos, caso sintam tal necessidade;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
589
Encerramento do Encontro
✓✓ Questionar sobre a avaliação do Encontro e as dúvidas, bem como reforçar os ho-
rários do próximo Encontro;
t a n t e
Im por
to final da
ini cia da no M ód ulo 1, organização do even
Conforme atividade de Negócios),
pr ee nd ed or ism o (ap resentação dos Planos ien-
Disciplina de Em
s, qu es tio na nd o- os sobre tal atividade e or
s aluno
monitorar as ações do
necessário.
tando sobre o que for
ódulo 1 (gover-
gr up os ge st or es ta mbém formados no M upos
Estimular que os co nh ec im en to , blog, entre outros gr
ormaç ão e do aos
nança, organização, inf às su as re sp onsabilidades, lembran
at en çã o
formados) mantenham os grupos.
po ss ibi lid ad e de re vezar os papéis entre
alunos da
590
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
591
ENCONTRO 4
❖❖ Objetivos do Encontro
❖❖ Conteúdo do Encontro
a n t e
Im port
s
ge m e os re cu rs os utilizados nas atividade
ndiza
As estratégias de apre za do s e co mplementados confor
me pla-
co nt ex tu ali
propostas devem ser Co m o objetivo de promover
e ampliar a
so r e da IE S.
nejamento do profes outras ativida-
s alu no s, é po ss íve l agregar outros textos, s
aprendizagem do
ou tra s op çõ es , te nd o como foco atender ao
, entre
des, trechos de filmes
ra o Encontro.
objetivos propostos pa
592
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
593
Atividade de abertura
Relembrar os pontos principais do Encontro anterior e apresentar os objetivos do Encontro
atual.
594
t a n t e
Im por
res respon-
se gu nd o de cis õe s to madas pelos professo -
Orientar os alunos
tru tu ra de ap lic aç ão do Módulo 4 e à realiza
to à es
sáveis e pela IES quan s Pl an os de Negócios – conforme
orien-
sent aç ão do
ção do evento de apre .
contro 1 deste Módulo
tações descritas no En
✓✓ Orientar que devem ler o conteúdo de apoio no Manual de orientação passo a pas-
so para elaboração do Plano de Negócios e também no programa utilizado, confor-
me cada etapa a ser realizada;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
595
✓✓ Reforçar aos alunos que devem não apenas elaborar o Plano de Negócio, como
também deverão providenciar protótipos da ideia de negócio, seus produtos e ser-
viços para a apresentação no próximo Encontro, caso esta seja a decisão tomada;
✓✓ Indicar o tempo disponível para que os grupos trabalhem na elaboração das etapas
8 e 1, avaliação do Plano de Negócios e sumário executivo;
596
✓✓ Solicitar que um dos grupos faça sua apresentação sobre a elaboração do Plano de
Negócios, considerando as etapas desenvolvidas até o momento e sua conclusão.
O grupo deve comentar sobre:
✓✓ Indicar o tempo disponível para apresentação do grupo, não sendo necessário pre-
parar nenhum material específico para esta apresentação. Sugestão: 15 minutos;
✓✓ Abrir espaço para comentários da turma sobre a apresentação dos grupos, contro-
lando o tempo com relação às demais atividades do Encontro;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
597
Preparação para apresentação dos
planos de negócios
t a n t e
Im por
-
cis õe s to m ad as pe los professores respon
gundo de realiza-
Orientar os alunos se tu ra de ap lic ação do Módulo 4 e à
to à es tru
sáveis e pela IES quan s Pl an os de Negócios – conform
e orien-
se nt aç ão do
ção do evento de apre .
contro 1 deste Módulo
tações descritas no En
✓✓ Informar aos alunos que nesta atividade eles cuidarão dos últimos preparativos
para a apresentação dos Planos de Negócios;
✓✓ Lembrar aos grupos o tempo que terão disponível para suas respectivas apresen-
tações, incentivando-os a elaborar apresentações criativas, que vendam, de forma
clara e entusiástica, a oportunidade em questão;
598
✓✓ Conferir com os alunos o que for necessário checar para que tudo corra dentro do
esperado no evento de apresentação dos Planos de Negócios.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
599
Arquivo de bordo
✓✓ Solicitar que os alunos abram seus manuais, indicando a página correspondente à
atividade arquivo de bordo. Eles devem retomar a atividade do Encontro 1, agora já
preenchida quanto aos Encontros 1, 2 e 3;
✓✓ Relembrar que esta é uma atividade individual e que, a cada Encontro, os alunos
terão um tempo disponível para seu preenchimento, o que não impede que eles
registrem informações em outros momentos, caso sintam tal necessidade;
600
t a n t e
Im por
Módulo 1 (go-
os grup os ge st or es também formados no tros
Estimular que
or m aç ão e co nh ec imento, blog, entre ou
, inf
vernança, organização en çã o às suas responsabilidade
s, lem-
te nh am at
grupos formados) man e de revezar os papéis entre
os grupos.
da po ss ibi lid ad
brando aos alunos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
601
e s t õ es
Sug
lici-
ra at ivi da de s de en ce rramento, é possível so
✓✓ Como ideias pa st-its, solicitar que criem
frases
ão po r es cr ito em po
tar avaliaç a música que se
qu e tra du za m a av ali ação, que cantem um um
curtas so br e o Encontro, que cada
rc ep çã o ge ra l
relacione com a pe te, de forma a constru
ir uma
av ali aç ão ve rb alm en
expresse sua ções;
contro, entre outras op
história coletiva do En
um blog da
bé m é po ss íve l so lic itar que os alunos criem tros
✓✓ Tam de ide ias, aprendizados e ou
pa rti lha m en to
turma para com
à disciplina.
comentários relativos
602
❖❖ Conteúdos do Encontro
t a n t e
Im por
des
iza ge m e os re cu rs os utilizados nas ativida
nd
As estratégias de apre za do s e complementados co
nforme
r co nt ex tu ali
propostas devem se S. Com o objetivo de prom
over e am-
pr ofes so r e da IE s
planejamento do é po ss íve l ag re gar outros textos, outra
s alu no s,
pliar a aprendizagem do tre ou tra s opções, tendo com
o foco
film es , en
atividades, trechos de .
r ao s ob jet ivo s pr op ostos para o Encontro
atende
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Professor
603
604
Caso o tempo de duração do evento tenha sido planejado para mais de 120 minutos, com-
binar com os alunos o momento de realização dos 120 minutos finais do Módulo para en-
cerramento da disciplina.
D i c a s
Algumas dicas:
análi-
ien ta r os co nv ida do s a formar a comissão de
✓✓ Receber e or bre critérios de análise
dos planos
an os de Ne gó cio s so
se dos Pl
os:
que serão apresentad
para a
am os su ge st ão de fe rramenta, no Anexo 1,
❍❍ Apresent ra tal análise
iss ão de an áli se ou banca a ser formada pa
com nos.
s pla no s qu e se rã o apresentados pelos alu
do
do
int eg ra nt es da co m issão de análise antes
✓✓ Apresentar os
s;
início das apresentaçõe
de apresenta-
ar pr ev iam en te co m os grupos a ordem
✓✓ Com bin , con-
o te m po dis po nív el para cada apresentação
ção e reforçar rmados e os questiona
mentos
nú m er o de gr up os fo
siderando o álise.
tá rio s do s int eg ra nt es da comissão de an
e comen
Disciplina de Empreendedorismo
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605
Avaliação disciplina de
empreendedorismo
✓✓ Solicitar que os alunos reúnam-se nos grupos de elaboração do Plano de Negócios;
✓✓ Explicar que nesta atividade farão uma avaliação geral da Disciplina de Empreen-
dedorismo e antes devem pensar no Encontro 5, que até o momento envolve a
atividade de apresentação dos Planos de Negócios;
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Disciplina de Empreendedorismo
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ATIVIDADE PROPOSTA
Após conversar com seu grupo de trabalho na elaboração do Plano de Negócio, res-
pondam:
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✓✓ Embora a atividade seja individual, os alunos que quiserem podem se agrupar para
trocar ideias;
✓✓ Incentivar que os alunos pensem no seu dia a dia e no seu futuro; pensem no hoje
e no amanhã;
Disciplina de Empreendedorismo
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ATIVIDADE PROPOSTA
Este mesmo modelo tem sido aplicado para as pessoas, para os profissionais. Como
profissional, o que você oferece ou pretende oferecer aos seus clientes? Qual sua
proposta de valor? Como pretende fazer com que isso alcance e chegue aos clientes?
E quem são seus parceiros?
610
Por onde começar? Você decide! Depois de iniciar, não pare! Aja como um empreen-
dedor na busca dos seus objetivos e das suas metas.
Sucesso!
Quem ajuda e O que você faz? Como você os Como vocês Quem você “ajuda”?
colabora com você (atividades-chave) “ajuda”? interagem? (clientes)
(parceiros-chave) (proposta de valor (relacionamento com
oferecida aos clientes) clientes)
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Encerramento da disciplina de
empreendedorismo
✓✓ Convidar os alunos a ficarem em pé e repetirem o grito de celebração definido no
Encontro anterior, para renovar as energias de todos da turma;
✓✓ Verificar se alguém quer fazer algum comentário neste momento final da Disciplina
de Empreendedorismo;
✓✓ Agradecer a participação dos alunos e lembrá-los que este estudo conclui-se aqui,
mas a prática empreendedora pode e deve continuar presente no dia a dia de cada
um;
❍❍ É possível realizar avaliações formais sobre a opinião dos alunos quanto à Dis-
ciplina de Empreendedorismo, conforme padrões e procedimentos da IES.
612
BLANK, Steve; DORF, Bob. Startup: Manual do Empreendedor – o guia passo a passo para
construir uma grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
CLARK, Tim. Business model you – a one-page method for reinventing your career.
New Jersey: John Wiley & Sons, 2012.
FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? Plano de Negócio, o
caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Editora de Cultura, 2000.
RIES, Eric. A startup enxuta: como empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
ROSA, Cláudio Afrânio Como elaborar um Plano de Negócio. Brasília: Sebrae, 2007.
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614
Esta ferramenta está disponível em arquivo do Excel para ajustes e adaptações conforme
a necessidade.
Obs.: estas questões não precisam ser necessariamente respondidas, pois servem de nor-
teadoras para análise das informações que serão apresentadas pelos grupos. Opcionalmen-
te, anotações e respostas sobre elas podem ser registradas.
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✓✓ A demanda foi estimada? Como isso foi feito (fontes de informações e critérios de
análise – houve busca de informação concretamente ou percebe-se apenas uma
decisão baseada em critérios pessoais?)?
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✓✓ O nome da empresa e/ou dos produtos e serviços, bem como sua apresentação
visual (logotipo, embalagens, cartões etc.) podem ser considerados criativos, atrati-
vos e condizentes com o tipo de negócio?
✓✓ Está planejado como será o aporte de capital para o investimento (fontes de recur-
so)? É factível?
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✓✓ Os custos estão estimados de forma factível e são condizentes com o tipo de ne-
gócio e a estrutura descrita?
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Avaliador:
Grupo:
Negócio:
QUESITOS 1 2 3 4 5
Identificação da oportunidade de negócio
Caminho percorrido para decidir pela oportunidade de negócio. Motivação pessoal
dos envolvidos, análise de tendências de mercado, busca de informações iniciais
no mercado e critérios de análise.
Análise de mercado
Busca de informações sobre mercado consumidor, concorrentes, fornecedor
e como as informações foram analisadas para tomada de decisão. Definição
do público-alvo e seu perfil, pontos fortes e fracos da concorrência, análise de
fornecedores e condições de fornecimento.
Planejamento de marketing
Definição de estratégias de atuação no mercado, considerando definição dos
produtos e serviços, localização, nome/marca, preços, estratégias promocionais e
estratégias para venda e distribuição.
Planejamento operacional
Definição do layout, da capacidade produtiva (produção, comercialização,
prestação de serviço), dos processos de trabalho (passo a passo de como fazer,
equipamentos e recursos necessários), da necessidade de pessoal.
Planejamento financeiro
Planejamento dos investimentos, estimativa e cálculo dos custos, cálculo do preço
de venda, estimativa de vendas, projeção de resultados e análise dos mesmos.
Indicadores de viabilidade
Ponto de equilíbrio
Rentabilidade
Lucratividade
Prazo de retorno do investimento
Cenários
Foram projetados diferentes cenários para o negócio (realista, pessimista e
otimista) e elaboradas ações preventivas e/ou corretivas? As ações planejadas
atendem às situações apresentadas?
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Análise estratégica
Foi elaborada uma análise estratégica do negócio, considerando pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças, bem como ações estratégias para minimizar
riscos e potencializar oportunidades? A análise estratégica e as ações planejadas
estão pensadas de forma a possibilitar a implantação e a continuidade do negócio,
bem como sua competitividade?
Motivação dos empreendedores
Os empreendedores mostram-se comprometidos e motivados com a proposta
apresentada?
Apresentação do Plano de Negócio
A apresentação realizada foi clara, organizada, segura e entusiasmada?
Inovação e diferenciação
A inovação apresenta-se como um eixo norteador do negócio planejado (tipo
de negócio, produtos/serviços, estratégias, processos)? São apresentados
diferenciais de mercado?
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Parecer final
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