2 - Racioc Nio L Gico 17

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RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO LÓGICO
Temos as seguintes proposições:
VISA AVALIAR A HABILIDADE DO
CANDIDATO EM ENTENDER A ESTRUTURA O Pão é barato. O Queijo não é bom.
LÓGICA DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS A letra p representa a primeira proposição e a letra q, a
ENTRE PESSOAS, LUGARES, COISAS, segunda. Assim, temos:
EVENTOS FICTÍCIOS; DEDUZIR NOVAS p: O Pão é barato.
INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES q: O Queijo não é bom.
FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES
USADAS PARA ESTABELECER A Negação (símbolo ~): Quando usamos a negação de uma
ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES. AS proposição invertemos a afirmação que está sendo dada. Veja os
exemplos:
QUESTÕES DESTA PROVA PODERÃO
TRATAR DAS SEGUINTES ÁREAS:
~p (não p): O Pão não é barato. (É a negação lógica de p)
ESTRUTURAS LÓGICAS, LÓGICAS DE
~q (não q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de q)
ARGUMENTAÇÃO, DIAGRAMAS LÓGICOS. Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a negação
vira falsa.
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vira
verdadeira.
Estruturas Lógicas – Verdade ou Mentira
Regrinha para o conectivo de negação (~):
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é um
objeto que dá significado semântico ou interpretação aos símbolos
P ~P
definidos pela assinatura de uma linguagem. Uma estrutura possui
diferentes configurações, seja em lógicas de primeira ordem, V F
seja em linguagens lógicas poli-sortidas ou de ordem superior. F V
As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser compostas por
proposições que provam, dão suporte, dão razão a algo, ou seja, são Conjunção (símbolo Λ): Este conectivo é utilizado para unir
afirmações que expressam um pensamento de sentindo completo. duas proposições formando uma terceira. O resultado dessa união
Essas proposições podem ter um sentindo positivo ou negativo. somente será verdadeiro se as duas proposições (p e q) forem
verdadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado será
Exemplo 1: João anda de bicicleta. falso. Ex.: p Λ q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom). Λ = “e”.
Exemplo 2: Maria não gosta de banana. Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirmação/
proposição. P Q PΛQ
A base das Estruturas Lógicas é saber o que é Verdade ou V V V
Mentira (verdadeiro/falso). Os resultados das proposições sempre V F F
tem que dar verdadeiro. Há alguns princípios básicos: F V F
Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e F F F
falsa ao mesmo tempo.
Disjunção (símbolo V): Este conectivo também serve para
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas unir duas proposições. O resultado será verdadeiro se pelo menos
contraditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição uma das proposições for verdadeira. Ex: p v q. (Ou o Pão é barato
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico (“mais ou o Queijo não é bom.) V = “ou”. Regrinha para o conectivo de
ou menos”, meio verdade ou meio mentira). Ex. Estudar é fácil. disjunção (V):
(o contrário seria: “Estudar é difícil”. Não existe meio termo, ou
estudar é fácil ou estudar é difícil). P Q PVQ
V V V
Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-
V F V
se os conectivos lógicos, que são símbolos que comprovam a
veracidade das informações e unem as proposições uma a outra ou F V V
as transformam numa terceira proposição. Veja: F F F
(~) “não”: negação
(Λ) “e”: conjunção Condicional (símbolo →): Este conectivo dá a ideia de
(V) “ou”: disjunção condição para que a outra proposição exista. “P” será condição
(→) “se...então”: condicional suficiente para “Q” e “Q” é condição necessária para “P”. Ex: P →
(↔) “se e somente se”: bicondicional Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é bom.) → = “se...então”.
Regrinha para o conectivo condicional (→):

Didatismo e Conhecimento 1
RACIOCÍNIO LÓGICO

P Q P→Q (CESPE – TRE-RJ – Técnico Judiciário)


V V V Texto para as questões de 04 a 07.
V F F
F V V O cenário político de uma pequena cidade tem sido
movimentado por denúncias a respeito da existência de um
F F V esquema de compra de votos dos vereadores. A dúvida quanto
a esse esquema persiste em três pontos, correspondentes às
Bicondicional (símbolo ↔): O resultado dessas proposições proposições P, Q e R:
será verdadeiro se e somente se as duas forem iguais (as duas
verdadeiras ou as duas falsas). “P” será condição suficiente P: O vereador Vitor não participou do esquema;
e necessária para “Q”. Exemplo: P ↔ Q. (O Pão é barato se e Q: O Prefeito Pérsio sabia do esquema;
somente se o Queijo não é bom.) ↔ = “se e somente se”. Regrinha R: O chefe de gabinete do Prefeito foi o mentor do esquema.
para o conectivo bicondicional (↔):
Os trabalhos de investigação de uma CPI da Câmara Municipal
P Q P↔Q conduziram às premissas P1, P2 e P3 seguintes:
V V V
P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o
V F F Prefeito Pérsio não sabia do esquema.
F V F P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o
F F V Prefeito Pérsio sabia do esquema, mas não ambos.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o
QUESTÕES chefe de gabinete não foi o mentor do esquema.

01. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) A afirmação “A Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
menina tem olhos azuis ou o menino é loiro” tem como sentença seguintes, acerca de proposições lógicas.
logicamente equivalente:
(A) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis. 04. Das premissas P1, P2 e P3, é correto afirmar que “O chefe de
(B) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro. gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador Vitor participou
(C) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro. do esquema”.
(D) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o
menino é loiro. ( ) Certo ( ) Errado
(E) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem
olhos azuis. 05. Parte superior do formulário
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
02. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) Se Anamara é seguintes, acerca de proposições lógicas. A premissa P2 pode ser
médica, então Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta, então corretamente representada por R ∨ Q.
Angélica ou Andrea são médicas. Se Andrea é arquiteta, então
Angélica é arquiteta. Se Andrea é médica, então Anamara é ( ) Certo ( ) Errado
médica. Considerando que as afirmações são verdadeiras, segue-
se, portanto, que: 06. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
(A) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas. seguintes, acerca de proposições lógicas. A premissa P3 é
(B) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas. logicamente equivalente à proposição “O vereador Vitor participou
(C) Anamara, Angélica e Andrea são médicas. do esquema ou o chefe de gabinete não foi o mentor do esquema”.
(D) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
(E) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta. ( ) Certo ( ) Errado

03. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) Se Ana é 07. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
pianista, então Beatriz é violinista. Se Ana é violinista, então seguintes, acerca de proposições lógicas. A partir das premissas
Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é violinista. Se Ana P1, P2 e P3, é correto inferir que o prefeito Pérsio não sabia do
é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista, então esquema.
Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca mais de um
instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam, respectivamente: ( ) Certo ( ) Errado
(A) piano, piano, piano.
(B) violino, piano, piano. 08. (CESPE - TRE-ES - Técnico) Entende-se por proposição
(C) violino, piano, violino. todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um
(D) violino, violino, piano. pensamento de sentido completo, isto é, que afirmam fatos ou
(E) piano, piano, violino. exprimam juízos a respeito de determinados entes. Na lógica
bivalente, esse juízo, que é conhecido como valor lógico da

Didatismo e Conhecimento 2
RACIOCÍNIO LÓGICO
proposição, pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), sendo objeto A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro.
de estudo desse ramo da lógica apenas as proposições que atendam (~P) (∨ ) (Q)
ao princípio da não contradição, em que uma proposição não pode
ser simultaneamente verdadeira e falsa; e ao princípio do terceiro Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.
excluído, em que os únicos valores lógicos possíveis para uma (~P) (→) (Q)
proposição são verdadeiro e falso. Com base nessas informações,
julgue os itens a seguir. Segundo os princípios da não contradição Sintetizando: Basta negar a primeira, manter a segunda e
e do terceiro excluído, a uma proposição pode ser atribuído um e trocar o “ou” pelo “se então”. “A menina tem olhos azuis (M) ou
somente um valor lógico. o menino é loiro (L)”.

( ) Certo ( ) Errado Está assim: M v L


Fica assim: ~M → L
(CESPE - TRT-ES – Técnico Judiciário) Proposição
Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.
Texto para as questões 09 e 10.
02. Parte inferior do formulário
Proposições são frases que podem ser julgadas como Resposta “C”.
verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não como V e F simultaneamente.
As proposições simples são aquelas que não contêm nenhuma Anamara médica → Angélica médica. (verdadeira →
outra proposição como parte delas. As proposições compostas são verdadeira)
construídas a partir de outras proposições, usando-se símbolos Anamara arquiteta → Angélica médica ∨ Andrea médica.
lógicos, parênteses e colchetes para que se evitem ambiguidades. (falsa → verdadeira ∨ verdadeira)
As proposições são usualmente simbolizadas por letras maiúsculas Andrea arquiteta → Angélica arquiteta. (falsa → falsa)
do alfabeto: A, B, C, etc. Uma proposição composta da forma A ∨ Andrea médica → Anamara médica. (verdadeira →
verdadeira)
B, chamada disjunção, deve ser lida como “A ou B” e tem o valor

lógico F, se A e B são F, e V, nos demais casos. Uma proposição
Como na questão não existe uma proposição simples, temos
composta da forma A B, chamada conjunção, deve ser lida como
que escolher entre as existentes, uma proposição composta e supor
“A e B” e tem valor lógico V, se A e B são V, e F, nos demais casos.
se é verdadeira ou falsa. Nesta questão analise as proposições à
Além disso, A, que simboliza a negação da proposição A, é V, se
medida que aparecem na questão, daí a primeira proposição sobre
A for F, e F, se A for V. Considere que cada uma das proposições
a pessoa assume o valor de verdade, as seguintes serão, em regra,
seguintes tenha valor lógico V.
falsas. Embora nada impeça que uma pessoa tenha mais de uma
I- Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade
profissão, o que não deve ser levado em consideração. Importante
II- Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla lembrar que todas as proposições devem ter valor lógico verdadeiro.
não pagou o condomínio. Para encontrar a resposta temos que testar algumas hipóteses até
III- Jorge não foi ao centro da cidade. encontrar a que preencha todos os requisitos da regra.
09. A partir dessas proposições, é correto afirmar que a - Se Anamara é médica, então Angélica é médica. (verdadeiro)
proposição “Manuel declarou o imposto de renda na data correta e 1. V V
Jorge foi ao centro da cidade” tem valor lógico V. 2. F F
( ) Certo ( ) Errado 3. F V

10. A partir dessas proposições, é correto afirmar que a - Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são
proposição. “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F. médicas. (verdadeiro)
1. F V V - Para ser falso Todos devem ser falsos.
( ) Certo ( ) Errado 2. V F V - A segunda sentença deu falso e a VF apareceu,
então descarta essa hipótese.
Respostas 3. V V F - Aqui também ocorreu o mesmo problema da 2º
hipótese, também devemos descartá-la.
01. Resposta “C”.
- Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. (verdadeiro)
Proposição Equivalente 1. F F
2.
P→Q ~Q → ~P 3.
P→Q ~P ∨ Q
P→Q P é suficiente para Q - Se Andrea é médica, então Anamara é médica. (verdadeiro)
1. V V
P→Q Q é necessário para P 2.
3.

Didatismo e Conhecimento 3
RACIOCÍNIO LÓGICO
03. Resposta “B”. No 2º caso, os dois não podem ser verdade ao mesmo tempo.

Ana pianista → Beatriz violinista. (F → F) Disjunção exclusiva (Ou... ou)


Ana violinista → Beatriz pianista. (V → V) Representado pelo v, ou ainda ou.
Ana pianista → Denise violinista. (F → F) Pode aparecer assim também: p v q, mas não ambos.
Ana violinista → Denise pianista. (V → V)
Beatriz violinista → Denise pianista. (F → V) Regra: Só será verdadeira se houver uma das sentenças
verdadeira e outra falsa.
Proposições Simples quando aparecem na questão,
suponhamos que sejam verdadeiras (V). Como na questão não
Hipótese 1:
há proposições simples, escolhemos outra proposição composta e
supomos que seja verdadeira ou falsa.
P1: F → V = V (Não poderá aparecer VF).
1º Passo: qual regra eu tenho que saber? Condicional (Se... então). P2: V F = V (Apenas um tem que ser verdadeiro).
2º Passo: Fazer o teste com as hipóteses possíveis até encontrar P3: F → F = V
a resposta.
Conclusões:
Hipótese 1 Vereador participou do esquema.
Prefeito não sabia.
- Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. (verdade) Chefe do gabinete foi o mentor.
V V - Como já sabemos, se a (verdade) aparecer primeiro, a
(falso) não poderá. Então:
O chefe de gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador
- Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. (verdade) Vitor participou do esquema.
F F - Já sabemos que Ana é pianista e Bia é violinista, então V V = verdade, pois sabemos que para ser falso, todos devem
falso nelas. ser falsos.
- Se Ana é pianista, Denise é violinista. (verdade)
Hipótese 2:
VV
P1: F → F = V
- Se Ana é violinista, então Denise é pianista. (verdade) P2: F V = V
FF P3: F →V = V

- Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. (verdade) Conclusões:


V F - Apareceu a temida V F, logo a nossa proposição será Vereador participou do esquema.
falsa. Então descarte essa hipótese. Prefeito sabia.
Chefe de gabinete não era o mentor.
Hipótese 2
Então:
- Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. (verdade) O chefe de gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador
FV Vitor participou do esquema.
F V = verdade.
- Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. (verdade)
V F - A VF apareceu, então já podemos descartá-la, pois a 05. Resposta “Errado”.
nossa proposição será falsa. Não se trata de uma Disjunção, trata-se de uma Disjunção
Exclusiva, cujo símbolo é . Também chamado de “Ou Exclusivo”.
04. Resposta “Certo”.
É o famoso “um ou outro mas não ambos”. Só vai assumir valor
É só aplicar a tabela verdade do “ou” (v). verdade, quando somente uma das proposições forem verdadeiras,
V v F será verdadeiro, sendo falso apenas quando as duas pois quando as duas forem verdadeiras a proposição será falsa. Da
forem falsas. mesma forma se as duas forem falsas, a proposição toda será falsa.

A tabela verdade do “ou”. Vejam: Tabela verdade do “Ou Exclusivo”.

p q p∨q p q p∨q
V V F V V F
V F V V F V
F V V F V V
F F F F F F

Didatismo e Conhecimento 4
RACIOCÍNIO LÓGICO
Com a frase em P2 “mas não ambos” deixa claro que as duas premissa: Se Q é verdadeira, R será obrigatoriamente falsa, pois
premissas não podem ser verdadeiras, logo não é uma Disjunção, na disjunção exclusiva só vai ser verdade quando apenas um dos
mas sim uma Disjunção Exclusiva, onde apenas uma das premissas argumentos for verdadeiro. E se R é falso, significa dizer que ~R é
pode ser verdadeira para que P2 seja verdadeira. verdadeiro. Fazendo as substituições:

06. Resposta “Certo”. P1: P → ~Q Verdade


Duas premissas são logicamente equivalentes quando elas F→FV
possuem a mesma tabela verdade:
Por que P é falso? Na condicional só vai ser falso se a primeira
P R ¬P ¬R P→R ¬R → P ¬P ∨ R for verdadeira e a segunda for falsa. Como “sabemos” que a
premissa toda é verdadeira e que ~Q é falso, P só pode assumir
V V F F V V V valor F.
V F F V F F F
F V V F V V V P2: R (ou exclusivo) Q Verdade
F (ou exclusivo) V V
F F V V V V V
Possuem a mesma tabela verdade, logo são equivalentes. Lembrando que na disjunção exclusiva, só vai ser verdade
quando uma das proposições forem verdadeiras. Como sei que Q é
Representando simbolicamente as equivalências, temos o verdadeiro, R só pode ser falso.
seguinte:
(P → R) = (¬P ∨ R) = (¬R → ¬P) P3: P → ~R Verdade
F→VV
As proposições dadas na questão:
P = O vereador Vitor não participou do esquema. Se deduz que R é falso, logo ~R é verdadeiro. Consideramos
R = O chefe de gabinete do Prefeito foi o mentor do esquema. inicialmente o argumento sendo não válido (premissas verdadeiras
e conclusão falsa). Significa dizer que a questão está errada. Não
Premissa dada na questão: P3 = Se o vereador Vitor não é correto inferir que o Prefeito Pérsio não sabia do esquema. Foi
participou do esquema, então o chefe do gabinete não foi o mentor comprovado que ele sabia do esquema.
do esquema. Em linguagem simbólica, a premissa P3 fica assim:
(P → ¬R). 08. Resposta “Certo”.
A questão quer saber se (P → ¬R) é logicamente equivalente a
proposição: “O vereador Vitor participou do esquema ou o chefe de Princípio da Não Contradição = Uma preposição será

gabinete não foi o mentor do esquema”, que pode ser representada V ou F não podendo assumir os 2 valores simultaneamente.
da seguinte forma: (¬P ∨ ¬R). Vemos que P3 tem a seguinte Representação: ¬(P ¬P). Exemplo: Não (“a terra é redonda” e
equivalente lógica: (P → ¬R) = (¬P ∨ ¬R). Negamos a primeira “a terra não é redonda”).
sentença, mudamos o conectivo “→” para “∨ ”, e depois mantemos Princípio do Terceiro Excluído = Uma preposição será V ou F,
a segunda sentença do mesmo jeito. Assim sendo, a questão está não podendo assumir um 3o valor lógico. Representação: P ∨ ¬P.
correta. As duas sentenças são “logicamente equivalentes”. Exemplo: Ou este homem é José ou não é José.
Uma proposição só poderá ser julgada verdadeira ou falsa,
07. Resposta “Errado”. nunca poderá ser as duas coisas ao mesmo tempo.
A questão quer saber se o argumento “o Prefeito Pérsio não
sabia do esquema” é um argumento válido. Quando o argumento 09. Resposta “Errado”.
é válido? Quando as premissas forem verdadeiras e a conclusão Da proposição III “Jorge não foi ao centro da cidade” que é
obrigatoriamente verdadeira ou quando as premissas forem falsas verdadeira e a questão diz “Manuel declarou o imposto de renda na
e a conclusão falsa. Quando o argumento não é válido? Quando as data correta e Jorge foi ao centro da cidade” a segunda parte é falsa
premissas forem verdadeiras e a conclusão for falsa. Pra resolver como o conectivo é “e” as duas teriam que ser verdadeiras (o que
essas questões de validade de argumento é melhor começar de não acontece). Vamos analisar cada proposição de cada premissa,
forma contrária ao comando da questão. Como a questão quer tendo em mente que as premissas tem valor lógico (V), daí tiramos
saber se o argumento é válido, vamos partir do princípio (hipótese) um importante dado, sabemos que a premissa III é (V), portanto
que é inválido. Fica assim: vamos atribuir o valor lógico (V) a proposição “e” e o valor lógico
(F) a proposição “B”, agora vamos separar:
P1: P → ~Q verdade A: Tânia estava no escritório (V)
P2: R (ou exclusivo) Q verdade B: Jorge foi ao centro da cidade (F)
P3: P → ~R verdade
Conclusão: O prefeito Pérsio não sabia do esquema. falso Diante das análises iniciais temos que a premissa A v B, tem
valor lógico (V), mas que a proposição “B” tem valor lógico (F),
Se é falso que o Prefeito Pérsio não sabia, significa dizer que ou seja, A v (valor lógico F), para que essa premissa tenha o valor
ele sabia do esquema. Então, pode-se deduzir que as proposições lógico (V), “A” tem que ter um valor lógico (V).
~Q e Q são, respectivamente, falsa e verdadeira. Na segunda

Didatismo e Conhecimento 5
RACIOCÍNIO LÓGICO
C: Manuel declarou o imposto de renda na data correta (V) 03.
D: Carla não pagou o condomínio (V) Todos os brasileiros são humanos.


Todos os paulistas são brasileiros.
O enunciado fala para considerar todas as premissas com __________________________
valor lógico (V), logo, a premissa C D para ter valor lógico (V), ∴ Todos os paulistas são humanos.
ambas proposições devem ter valor lógico (V).
04.

∨ ∨
E: Jorge não foi ao centro da cidade (V) Se o Palmeiras ganhar o jogo, todos os jogadores receberão
o bicho.
Diante das explicações, C B = (V) (F) = (F). Se o Palmeiras não ganhar o jogo, todos os jogadores
receberão o bicho.
10. Resposta “Certo”. __________________________
Considere que cada uma das proposições seguintes tenha ∴ Todos os jogadores receberão o bicho.
valor lógico V. Logo o que contraria essa verdade é falso.
I- V + F = V
Observação: No caso geral representamos os argumentos
II- V + V = V
III- V escrevendo as premissas e separando por uma barra horizontal
seguida da conclusão com três pontos antes. Veja exemplo:
Portanto se no item II diz que Carla não pagou o condomínio
é verdadeiro, então o fato dela ter pago o condomínio é falso, pois Premissa: Todos os sais de sódio são substâncias solúveis
está contradizendo o dito no item II. Os valores lógicos da segunda em água.
proposição não são deduzíveis, mas sim informados no enunciado. Todos os sabões são sais de sódio.
____________________________________
II- Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla Conclusão: ∴ Todos os sabões são substâncias solúveis

não pagou o condomínio V e V. Portanto, se Carla não pagou o em água.


condomínio é Verdadeiro. Carla pagou o condomínio é Falso.
Enunciado correto. Os argumentos, em lógica, possuem dois componentes
básicos: suas premissas e sua conclusão. Por exemplo, em: “Todos
Argumentos os times brasileiros são bons e estão entre os melhores times do
mundo. O Brasiliense é um time brasileiro. Logo, o Brasiliense
Um argumento é “uma série concatenada de afirmações com está entre os melhores times do mundo”, temos um argumento com
o fim de estabelecer uma proposição definida”. É um conjunto de duas premissas e a conclusão.
proposições com uma estrutura lógica de maneira tal que algumas Evidentemente, pode-se construir um argumento válido a
delas acarretam ou tem como consequência outra proposição. Isto partir de premissas verdadeiras, chegando a uma conclusão também
é, o conjunto de proposições p1,...,pn que tem como consequência verdadeira. Mas também é possível construir argumentos válidos a
outra proposição q. Chamaremos as proposições p1,p2,p3,...,pn partir de premissas falsas, chegando a conclusões falsas. O detalhe
de premissas do argumento, e a proposição q de conclusão do é que podemos partir de premissas falsas, proceder por meio de
argumento. Podemos representar por: uma inferência válida e chegar a uma conclusão verdadeira. Por
exemplo:
p1 Premissa: Todos os peixes vivem no oceano.
p2
Premissa: Lontras são peixes.
p3
Conclusão: Logo, focas vivem no oceano.
.
.
. Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: a partir de
pn premissas verdadeiras, inferirem de modo correto e chegar a uma
∴ q conclusão falsa. Podemos resumir esses resultados numa tabela
de regras de implicação. O símbolo A denota implicação; A é a
Exemplos: premissa, B é a conclusão.

01. Regras de Implicação


Se eu passar no concurso, então irei trabalhar.
Premissas Conclusão Inferência
Passei no concurso
________________________ A B AàB
∴ Irei trabalhar
Falsas Falsa Verdadeira
02. Falsas Verdadeira Verdadeira
Se ele me ama então casa comigo. Verdadeiras Falsa Falsa
Ele me ama. Verdadeiras Verdadeira Verdadeira
__________________________

∴ Ele casa comigo.

Didatismo e Conhecimento 6
RACIOCÍNIO LÓGICO
- Se as premissas são falsas e a inferência é válida, a conclusão A proposição do item 4 foi inferida dos itens 2 e 3. O item 1,
pode ser verdadeira ou falsa (linhas 1 e 2). então, é usado em conjunto com proposição 4 para inferir uma
- Se as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, a nova proposição (item 5). O resultado dessa inferência é reafirmado
inferência é inválida (linha 3). (numa forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.
- Se as premissas e a inferência são válidas, a conclusão é
verdadeira (linha 4). Validade de um Argumento

Desse modo, o fato de um argumento ser válido não significa Conforme citamos anteriormente, uma proposição é verdadeira
necessariamente que sua conclusão seja verdadeira, pois pode ter ou falsa. No caso de um argumento diremos que ele é válido ou não
partido de premissas falsas. Um argumento válido que foi derivado válido. A validade de uma propriedade dos argumentos dedutivos
de premissas verdadeiras é chamado de argumento consistente. que depende da forma (estrutura) lógica das suas proposições
Esses, obrigatoriamente, chegam a conclusões verdadeiras. (premissas e conclusões) e não do conteúdo delas. Sendo assim
podemos ter as seguintes combinações para os argumentos válidos
Premissas: Argumentos dedutíveis sempre requerem certo dedutivos:
número de “assunções-base”. São as chamadas premissas. É a
partir delas que os argumentos são construídos ou, dizendo de outro a) Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. Exemplo:
modo, é as razões para se aceitar o argumento. Entretanto, algo que
é uma premissa no contexto de um argumento em particular pode Todos os apartamentos são pequenos. (V)
ser a conclusão de outro, por exemplo. As premissas do argumento Todos os apartamentos são residências. (V)
sempre devem ser explicitadas. A omissão das premissas é __________________________________
∴ Algumas residências são pequenas. (V)
comumente encarada como algo suspeito, e provavelmente
reduzirá as chances de aceitação do argumento.
A apresentação das premissas de um argumento geralmente b) Algumas ou todas as premissas falsas e uma conclusão
é precedida pelas palavras “admitindo que...”, “já que...”, verdadeira. Exemplo:
“obviamente se...” e “porque...”. É imprescindível que seu oponente
Todos os peixes têm asas. (F)
concorde com suas premissas antes de proceder à argumentação.
Todos os pássaros são peixes. (F)
Usar a palavra “obviamente” pode gerar desconfiança. Ela
__________________________________
ocasionalmente faz algumas pessoas aceitarem afirmações falsas ∴ Todos os pássaros têm asas. (V)
em vez de admitir que não entenda por que algo é “óbvio”. Não
se deve hesitar em questionar afirmações supostamente “óbvias”.
c) Algumas ou todas as premissas falsas e uma conclusão
falsa. Exemplo:
Inferência: Uma vez que haja concordância sobre as
premissas, o argumento procede passo a passo por meio do Todos os peixes têm asas. (F)
processo chamado “inferência”. Na inferência, parte-se de uma ou Todos os cães são peixes. (F)
mais proposições aceitas (premissas) para chegar a outras novas. __________________________________
Se a inferência for válida, a nova proposição também deverá ser ∴ Todos os cães têm asas. (F)
aceita. Posteriormente, essa proposição poderá ser empregada em
novas inferências. Assim, inicialmente, apenas se pode inferir algo Todos os argumentos acima são válidos, pois se suas premissas
a partir das premissas do argumento; ao longo da argumentação, fossem verdadeiras então as conclusões também as seriam.
entretanto, o número de afirmações que podem ser utilizadas Podemos dizer que um argumento é válido quando todas as suas
aumenta. Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns premissas são verdadeiras, acarreta que sua conclusão também é
inválidos. O processo de inferência é comumente identificado verdadeira. Portanto, um argumento será não válido se existir a
pelas frases “Consequentemente...” ou “isso implica que...”. possibilidade de suas premissas serem verdadeiras e sua conclusão
falsa. Observe que a validade do argumento depende apenas da
Conclusão: Finalmente se chegará a uma proposição que estrutura dos enunciados. Exemplo:
consiste na conclusão, ou seja, no que se está tentando provar.
Ela é o resultado final do processo de inferência e só pode ser Todas as mulheres são bonitas.
classificada como conclusão no contexto de um argumento em Todas as princesas são mulheres.
particular. A conclusão respalda-se nas premissas e é inferida a __________________________
partir delas. ∴ Todas as princesas são bonitas.

A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que Observe que não precisamos de nenhum conhecimento
pode ou não ser “consistente”. aprofundado sobre o assunto para concluir que o argumento é
1. Premissa: Todo evento tem uma causa. válido. Vamos substituir mulheres bonitas e princesas por A, B e C
2. Premissa: O universo teve um começo. respectivamente e teremos:
3. Premissa: Começar envolve um evento.
4. Inferência: Isso implica que o começo do universo envolveu Todos os A são B.
um evento. Todos os C são A.
5. Inferência: Logo, o começo do universo teve uma causa. ________________
6. Conclusão: O universo teve uma causa. ∴ Todos os C são B.

Didatismo e Conhecimento 7
RACIOCÍNIO LÓGICO
Logo, o que é importante é a forma do argumento e não o Outro argumento dedutivo válido é a “negação do
conhecimento de A, B e C, isto é, este argumento é válido para consequente” (também conhecido como modus tollens). Obs.:
quaisquer A, B e C, portanto, a validade é consequência da forma ( ) ( )
p → q é equivalente a ¬q → ¬p . Esta equivalência é
do argumento. O atributo validade aplica-se apenas aos argumentos chamada de contra positiva. Exemplo:
dedutivos.
“Se ele me ama, então casa comigo” é equivalente a “Se ele
Argumentos Dedutivos e Indutivos não casa comigo, então ele não me ama”;

O argumento será dedutivo quando suas premissas fornecerem Então vejamos o exemplo do modus tollens. Exemplo:
prova conclusiva da veracidade da conclusão, isto é, o argumento
é dedutivo quando a conclusão é completamente derivada das Se aumentarmos os meios de pagamentos, então haverá
premissas. Exemplo: inflação.
Não há inflação.
______________________________
Todo ser humano tem mãe.
∴ Não aumentamos os meios de pagamentos.
Todos os homens são humanos.
__________________________ Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser
∴ Todos os homens têm mãe.
escrita da seguinte maneira:
O argumento será indutivo quando suas premissas não
Se p, então q, p→q
fornecerem o apoio completo para retificar as conclusões.
Exemplo: ou ¬q
Não q.
∴ Não p. ∴ ¬p
O Flamengo é um bom time de futebol.
O Palmeiras é um bom time de futebol.
O Vasco é um bom time de futebol.
O Cruzeiro é um bom time de futebol. Existe também um tipo de argumento válido conhecido pelo
______________________________ nome de dilena. Geralmente este argumento ocorre quando alguém
∴ Todos os times brasileiros de futebol são bons. é forçado a escolher entre duas alternativas indesejáveis. Exemplo:

Portanto, nos argumentos indutivos a conclusão possui João se inscreve no concurso de MS, porém não gostaria de
informações que ultrapassam as fornecidas nas premissas. Sendo sair de São Paulo, e seus colegas de trabalho estão torcendo por
assim, não se aplica, então, a definição de argumentos válidos ou ele.Eis o dilema de João:
não válidos para argumentos indutivos.
Ou João passa ou não passa no concurso.
Argumentos Dedutivos Válidos Se João passar no concurso vai ter que ir embora de São Paulo.
Se João não passar no concurso ficará com vergonha diante
Vimos então que a noção de argumentos válidos ou não dos colegas de trabalho.
válidos aplica-se apenas aos argumentos dedutivos, e também _________________________
∴ Ou João vai embora de São Paulo ou João ficará com
que a validade depende apenas da forma do argumento e não dos
vergonha dos colegas de trabalho.
respectivos valores verdades das premissas. Vimos também que
não podemos ter um argumento válido com premissas verdadeiras Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser
e conclusão falsa. A seguir exemplificaremos alguns argumentos escrita da seguinte maneira:
dedutivos válidos importantes.
p ou q. p∨ q
Afirmação do Antecedente: O primeiro argumento dedutivo
Se p então r p→ r
válido que discutiremos chama-se “afirmação do antecedente”, ou
também conhecido como modus ponens. Exemplo: q→s
Se p então s. ∴r ∨ s
Se José for reprovado no concurso, então será demitido do ∴ r ou s
serviço.
José foi aprovado no concurso.
___________________________ Argumentos Dedutivos Não Válidos
∴ José será demitido do serviço.
Existe certa quantidade de artimanhas que devem ser evitadas
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser quando se está construindo um argumento dedutivo. Elas são
escrita da seguinte forma: conhecidas como falácias. Na linguagem do dia a dia, nós
denominamos muitas crenças equivocadas como falácias, mas, na
Se p, então q, p→q lógica, o termo possui significado mais específico: falácia é uma
ou p falha técnica que torna o argumento inconsistente ou inválido
p. (além da consistência do argumento, também se podem criticar as
∴ q. ∴q
intenções por detrás da argumentação).

Didatismo e Conhecimento 8
RACIOCÍNIO LÓGICO
Argumentos contentores de falácias são denominados Todos os A são B.
falaciosos. Frequentemente, parecem válidos e convincentes, Todos os C são B.
às vezes, apenas uma análise pormenorizada é capaz de revelar _____________________
a falha lógica. Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsa ∴ Todos os C são A.
nunca teremos um argumento válido, então este argumento é não
válido, chamaremos os argumentos não válidos de falácias. A Podemos facilmente mostrar que esse argumento é não válido,
seguir, examinaremos algumas falácias conhecidas que ocorrem pois as premissas não sustentam a conclusão, e veremos então que
com muita frequência. O primeiro caso de argumento dedutivo não podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa, nesta
válido que veremos é o que chamamos de “falácia da afirmação do forma, bastando substituir A por mamífero, B por mortais e C por
consequente”. Exemplo: cobra.

Se ele me ama então ele casa comigo. Todos os mamíferos são mortais. (V)
Ele casa comigo. Todas as cobras são mortais. (V)
_______________________ __________________________
∴ Ele me ama.
∴ Todas as cobras são mamíferas. (F)

Podemos escrever esse argumento como: Podemos usar as tabelas-verdade, definidas nas estruturas
lógicas, para demonstrarmos se um argumento é válido ou falso.
Se p, então q, p→ q Outra maneira de verificar se um dado argumento P1, P2, P3,
...Pn é válido ou não, por meio das tabelas-verdade, é construir
q ou q
a condicional associada: (P1 ∧ P2 ∧ P3 ...Pn) e reconhecer se
∴p ∴p essa condicional é ou não uma tautologia. Se essa condicional
associada é tautologia, o argumento é válido. Não sendo tautologia,
o argumento dado é um sofisma (ou uma falácia).
Tautologia: Quando uma proposição composta é
Este argumento é uma falácia, podemos ter as premissas
sempre verdadeira, então teremos uma tautologia. Ex:
verdadeiras e a conclusão falsa.
P (p,q) = ( p ∧ q) ↔ (p V q) . Numa tautologia,
o valor lógico da proposição composta P (p,q,s) =
Outra falácia que corre com frequência é a conhecida por
“falácia da negação do antecedente”. Exemplo: {(p ∧ q) V (p V s) V [p ∧ (q ∧ s)]} → p será sempre verdadeiro.

Há argumentos válidos com conclusões falsas, da mesma


Se João parar de fumar ele engordará.
João não parou de fumar. forma que há argumentos não válidos com conclusões verdadeiras.
________________________ Logo, a verdade ou falsidade de sua conclusão não determinam a
∴ João não engordará.
validade ou não validade de um argumento. O reconhecimento de
argumentos é mais difícil que o das premissas ou da conclusão.
Observe que temos a forma: Muitas pessoas abarrotam textos de asserções sem sequer
produzirem algo que possa ser chamado de argumento. Às vezes,
os argumentos não seguem os padrões descritos acima. Por
Se p, então q, p→q exemplo, alguém pode dizer quais são suas conclusões e depois
ou ¬p justificá-las. Isso é válido, mas pode ser um pouco confuso.
Não p.
∴ ¬q Para complicar, algumas afirmações parecem argumentos,
∴ Não q.
mas não são. Por exemplo: “Se a Bíblia é verdadeira, Jesus foi
ou um louco, ou um mentiroso, ou o Filho de Deus”. Isso não
Este argumento é uma falácia, pois podemos ter as premissas é um argumento, é uma afirmação condicional. Não explicita as
verdadeiras e a conclusão falsa. premissas necessárias para embasar as conclusões, sem mencionar
que possui outras falhas.
Os argumentos dedutivos não válidos podem combinar Um argumento não equivale a uma explicação. Suponha
verdade ou falsidade das premissas de qualquer maneira com a que, tentando provar que Albert Einstein cria em Deus, alguém
verdade ou falsidade da conclusão. Assim, podemos ter, por dissesse: “Einstein afirmou que ‘Deus não joga dados’ porque
exemplo, argumentos não válidos com premissas e conclusões acreditava em Deus”. Isso pode parecer um argumento relevante,
verdadeiras, porém, as premissas não sustentam a conclusão. mas não é. Trata-se de uma explicação da afirmação de Einstein.
Exemplo: Para perceber isso, deve-se lembrar que uma afirmação da forma
“X porque Y” pode ser reescrita na forma “Y logo X”. O que
Todos os mamíferos são mortais. (V) resultaria em: “Einstein acreditava em Deus, por isso afirmou que
Todos os gatos são mortais. (V) ‘Deus não joga dados’”. Agora fica claro que a afirmação, que
___________________________ parecia um argumento, está admitindo a conclusão que deveria
∴ Todos os gatos são mamíferos. (V) estar provando. Ademais, Einstein não cria num Deus pessoal
preocupado com assuntos humanos.
Este argumento tem a forma:

Didatismo e Conhecimento 9
RACIOCÍNIO LÓGICO
QUESTÕES 05. O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair
do castelo, e é condição suficiente para a duquesa ir ao jardim.
01. Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala Por outro lado, o conde encontrar a princesa é condição necessária
italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. e suficiente para o barão sorrir e é condição necessária para a
Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala duquesa ir ao jardim. O barão não sorriu. Logo:
espanhol se e somente se não for verdade que Francisco não fala a) A duquesa foi ao jardim ou o conde encontrou a princesa.
francês. Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês.
b) Se o duque não saiu do castelo, então o conde encontrou a
Logo,
princesa.
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês.
b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês. c) O rei não foi à caça e o conde não encontrou a princesa.
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol. d) O rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim.
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano. e) O duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês.
06. (FUNIVERSA - 2012 - PC-DF - Perito Criminal)
02. Sabe-se que todo o número inteiro n maior do que 1 Cinco amigos encontraram-se em um bar e, depois de algumas
admite pelo menos um divisor (ou fator) primo.Se n é primo, então horas de muita conversa, dividiram igualmente a conta, a qual
tem somente dois divisores, a saber, 1 e n. Se n é uma potência fora de, exatos, R$ 200,00, já com a gorjeta incluída. Como se
de um primo p, ou seja, é da forma ps, então 1, p, p2, ..., ps são os encontravam ligeiramente alterados pelo álcool ingerido, ocorreu
divisores positivos de n. Segue-se daí que a soma dos números uma dificuldade no fechamento da conta. Depois que todos
inteiros positivos menores do que 100, que têm exatamente três julgaram ter contribuído com sua parte na despesa, o total colocado
divisores positivos, é igual a: sobre a mesa era de R$ 160,00, apenas, formados por uma nota de
a) 25
R$ 100,00, uma de R$ 20,00 e quatro de R$ 10,00. Seguiram-se,
b) 87
então, as seguintes declarações, todas verdadeiras:
c) 112
d) 121
e) 169 Antônio: — Basílio pagou. Eu vi quando ele pagou.
Danton: — Carlos também pagou, mas do Basílio não sei
03. Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica. Por outro dizer.
lado, se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Daí segue-se Eduardo: — Só sei que alguém pagou com quatro notas de
que, se Artur gosta de Lógica, então: R$ 10,00.
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. Basílio: — Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio quem
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. colocou, eu vi quando ele pegou seus R$ 60,00 de troco.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. Carlos: — Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil. de R$ 50,00 que o Eduardo colocou na mesa.
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.
Imediatamente após essas falas, o garçom, que ouvira
04. Três suspeitos de haver roubado o colar da rainha foram
atentamente o que fora dito e conhecia todos do grupo, dirigiu-se
levados à presença de um velho e sábio professor de Lógica. Um
exatamente àquele que ainda não havia contribuído para a despesa
dos suspeitos estava de camisa azul, outro de camisa branca e o
outro de camisa preta. Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é e disse: — O senhor pretende usar seu cartão e ficar com o troco
culpado e que o culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. em espécie? Com base nas informações do texto, o garçom fez a
Sabe-se, também, que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que pergunta a
são inocentes), um sempre diz a verdade e o outro sempre mente. (A) Antônio.
O velho e sábio professor perguntou, a cada um dos suspeitos, (B) Basílio.
qual entre eles era o culpado. Disse o de camisa azul: “Eu sou o (C) Carlos.
culpado”. Disse o de camisa branca, apontando para o de camisa (D) Danton.
azul: “Sim, ele é o culpado”. Disse, por fim, o de camisa preta: (E) Eduardo.
“Eu roubei o colar da rainha; o culpado sou eu”. O velho e sábio
professor de Lógica, então, sorriu e concluiu corretamente que: 07. (ESAF - 2012 - Auditor Fiscal da Receita Federal)
a) O culpado é o de camisa azul e o de camisa preta sempre Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar
mente. em Passárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar
b) O culpado é o de camisa branca e o de camisa preta sempre
em Passárgada. Assim,
mente.
(A) não viajo e caso.
c) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre
mente. (B) viajo e caso.
d) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre (C) não vou morar em Passárgada e não viajo.
diz a verdade. (D) compro uma bicicleta e não viajo.
e) O culpado é o de camisa azul e o de camisa azul sempre (E) compro uma bicicleta e viajo.
diz a verdade.

Didatismo e Conhecimento 10
RACIOCÍNIO LÓGICO
08. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) Ao todo são cinco premissas, formadas pelos mais diversos
A declaração abaixo foi feita pelo gerente de recursos humanos conectivos (Se então, Ou, Se e somente se, E). Mas o que importa
da empresa X durante uma feira de recrutamento em uma faculdade: para resolver este tipo de argumento lógico é que ele só será válido
“Todo funcionário de nossa empresa possui plano de saúde e quando todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão também
ganha mais de R$ 3.000,00 por mês”. Mais tarde, consultando for verdadeira. Uma boa dica é sempre começar pela premissa
formada com o conectivo e.
seus arquivos, o diretor percebeu que havia se enganado em sua
declaração. Dessa forma, conclui-se que, necessariamente, Na premissa 5 tem-se: Francisco não fala francês e Ching não
(A) dentre todos os funcionários da empresa X, há um grupo fala chinês. Logo para esta proposição composta pelo conectivo
que não possui plano de saúde. e ser verdadeira as premissas simples que a compõe deverão ser
(B) o funcionário com o maior salário da empresa X ganha, no verdadeiras, ou seja, sabemos que:
máximo, R$ 3.000,00 por mês.
(C) um funcionário da empresa X não tem plano de saúde ou Francisco não fala francês
ganha até R$ 3.000,00 por mês. Ching não fala chinês
(D) nenhum funcionário da empresa X tem plano de saúde ou
todos ganham até R$ 3.000,00 por mês. Na premissa 4 temos: Elton fala espanhol se e somente se não
(E) alguns funcionários da empresa X não têm plano de saúde for verdade que Francisco não fala francês. Temos uma proposição
composta formada pelo se e somente se, neste caso, esta premissa
e ganham, no máximo, R$ 3.000,00 por mês.
será verdadeira se as proposições que a formarem forem de mesmo
valor lógico, ou ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou seja, como
09. (CESGRANRIO - 2012 - Chesf - Analista de Sistemas) se deseja que não seja verdade que Francisco não fala francês e ele
Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro terá fala, isto já é falso e o antecedente do se e somente se também terá
aula de futebol ou natação. Quando Pedro tem aula de futebol ou que ser falso, ou seja: Elton não fala espanhol.
natação, Jane o leva até a escolinha esportiva. Ao levar Pedro até
a escolinha, Jane deixa de fazer o almoço e, se Jane não faz o Da premissa 3 tem-se: Se Débora fala dinamarquês, Elton
almoço, Carlos não almoça em casa. Considerando-se a sequência fala espanhol. Uma premissa composta formada por outras duas
de implicações lógicas acima apresentadas textualmente, se Carlos simples conectadas pelo se então (veja que a vírgula subentende
almoçou em casa hoje, então hoje que existe o então), pois é, a regra do se então é que ele só vai ser
falso se o seu antecedente for verdadeiro e o seu consequente for
(A) é terça, ou quinta ou sexta-feira, ou Jane não fez o almoço.
falso, da premissa 4 sabemos que Elton não fala espanhol, logo,
(B) Pedro não teve aula de natação e não é segunda-feira. para que a premissa seja verdadeira só poderemos aceitar um valor
(C) Carlos levou Pedro até a escolinha para Jane fazer o lógico possível para o antecedente, ou seja, ele deverá ser falso,
almoço. pois F Î F = V, logo: Débora não fala dinamarquês.
(D) não é segunda, nem quarta, mas Pedro teve aula de apenas
uma das modalidades esportivas. Da premissa 2 temos: Se Iara fala italiano, então ou Ching fala
(E) não é segunda, Pedro não teve aulas, e Jane não fez o chinês ou Débora fala dinamarquês. Vamos analisar o consequente
almoço. do se então, observe: ou Ching fala chinês ou Débora fala
dinamarquês. (temos um ou exclusivo, cuja regra é, o ou exclusivo,
10. (VUNESP - 2011 - TJM-SP) só vai ser falso se ambas forem verdadeiras, ou ambas falsas), no
caso como Ching não fala chinês e Débora não fala dinamarquês,
Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. Se o
temos: F ou exclusivo F = F. Se o consequente deu falso, então
instrumento soa bem, então toco muito bem. Ou não toco muito o antecedente também deverá ser falso para que a premissa seja
bem ou sonho acordado. Afirmo ser verdadeira a frase: não sonho verdadeira, logo: Iara não fala italiano.
acordado. Dessa forma, conclui-se que
(A) sonho dormindo. Da premissa 1 tem-se: Se Iara não fala italiano, então Ana
(B) o instrumento afinado não soa bem. fala alemão. Ora ocorreu o antecedente, vamos reparar no
(C) as cordas não foram afinadas. consequente... Só será verdadeiro quando V Î V = V pois se o
(D) mesmo afinado o instrumento não soa bem. primeiro ocorrer e o segundo não teremos o Falso na premissa que
(E) toco bem acordado e dormindo. é indesejado, desse modo: Ana fala alemão.

Respostas Observe que ao analisar todas as premissas, e tornarmos todas


verdadeiras obtivemos as seguintes afirmações:
01. Francisco não fala francês
(P1) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Ching não fala chinês
(P2) Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou Elton não fala espanhol
Débora fala dinamarquês. Débora não fala dinamarquês
(P3) Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Iara não fala italiano
(P4) Mas Elton fala espanhol se e somente se não for verdade Ana fala alemão.
que Francisco não fala francês.
(P5) Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. A única conclusão verdadeira quando todas as premissas
foram verdadeiras é a da alternativa (A), resposta do problema.

Didatismo e Conhecimento 11
RACIOCÍNIO LÓGICO
02. Resposta “B”. Observe que ao unir as premissas, a conclusão sempre se
O número que não é primo é denominado número composto. verifica. Toda vez que fizermos as premissas serem verdadeiras,
O número 4 é um número composto. Todo número composto pode a conclusão também for verdadeira, estaremos diante de um
ser escrito como uma combinação de números primos, veja: 70 é argumento válido. Observe:
um número composto formado pela combinação: 2 x 5 x 7, onde 2,
5 e 7 são números primos. O problema informou que um número
primo tem com certeza 3 divisores quando puder ser escrito da
forma: 1 p p2, onde p é um número primo.

Observe os seguintes números:


1 2 22 (4) Desse modo, o conjunto de cavalos é subconjunto do conjunto
1 3 3² (9) dos animais de 4 patas e este por sua vez é subconjunto dos
1 5 5² (25) animais que tem asas. Dessa forma, a conclusão se verifica, ou
1 7 7² (49) seja, todo cavalo tem asas. Agora na questão temos duas premissas
1 11 11² (121) e a conclusão é uma das alternativas, logo temos um argumento.
O que se pergunta é qual das conclusões possíveis sempre será
Veja que 4 têm apenas três divisores (1, 2 e ele mesmo) e o verdadeira dadas as premissas sendo verdadeiras, ou seja, qual a
mesmo ocorre com os demais números 9, 25, 49 e 121 (mas este conclusão que torna o argumento válido. Vejamos:
último já é maior que 100) portanto a soma dos números inteiros Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)
positivos menores do que 100, que têm exatamente três divisores Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. (P2)
positivos é dada por: 4 + 9 + 25 + 49 = 87. Artur gosta de Lógica (P3)

03. Resposta “B”. Observe que deveremos fazer as três premissas serem
O Argumento é uma sequência finita de proposições lógicas verdadeiras, inicie sua análise pela premissa mais fácil, ou seja,
aquela que já vai lhe informar algo que deseja, observe a premissa
iniciais (Premissas) e uma proposição final (conclusão). A validade
três, veja que para ela ser verdadeira, Artur gosta de Lógica. Com
de um argumento independe se a premissa é verdadeira ou falsa,
esta informação vamos até a premissa um, onde temos a presença
observe a seguir:
do “ou exclusivo” um ou especial que não aceita ao mesmo tempo
que as duas premissas sejam verdadeiras ou falsas. Observe a
Todo cavalo tem 4 patas (P1)
tabela verdade do “ou exclusivo” abaixo:
Todo animal de 4 patas tem asas (P2)
Logo: Todo cavalo tem asas (C)
p q pVq
Observe que se tem um argumento com duas premissas, V V F
P1 (verdadeira) e P2 (falsa) e uma conclusão C. Veja que este
V F V
argumento é válido, pois se as premissas se verificarem a conclusão
também se verifica: (P1) Todo cavalo tem 4 patas. Indica que se F V V
é cavalo então tem 4 patas, ou seja, posso afirmar que o conjunto F F F
dos cavalos é um subconjunto do conjunto de animais de 4 patas.
Sendo as proposições:
p: Lógica é fácil
q: Artur não gosta de Lógica
p v q = Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)

(P2) Todo animal de 4 patas tem asas. Indica que se tem 4 patas Observe que só nos interessa os resultados que possam tornar
então o animal tem asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto dos a premissa verdadeira, ou seja, as linhas 2 e 3 da tabela verdade.
animais de 4 patas é um subconjunto do conjunto de animais que Mas já sabemos que Artur gosta de Lógica, ou seja, a premissa
tem asas. q é falsa, só nos restando a linha 2, quer dizer que para P1 ser
verdadeira, p também será verdadeira, ou seja, Lógica é fácil.
Sabendo que Lógica é fácil, vamos para a P2, temos um se então.

Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Do se então


já sabemos que:
(C) Todo cavalo tem asas. Indica que se é cavalo então tem Geografia não é difícil - é o antecedente do se então.
asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto de cavalos é um Lógica é difícil - é o consequente do se então.
subconjunto do conjunto de animais que tem asas.
Chamando:
r: Geografia é difícil
~r: Geografia não é difícil (ou Geografia é fácil)
p: Lógica é fácil
(não p) ~p: Lógica é difícil

Didatismo e Conhecimento 12
RACIOCÍNIO LÓGICO
~r → ~p (lê-se se não r então não p) sempre que se verificar 05. Resposta “C”.
o se então tem-se também que a negação do consequente gera a Uma questão de lógica argumentativa, que trata do uso do
negação do antecedente, ou seja: ~(~p) → ~(~r), ou seja, p → r ou conectivo “se então” também representado por “→”. Vamos a um
Se Lógica é fácil então Geografia é difícil. exemplo:
Se o duque sair do castelo então o rei foi à caça. Aqui estamos
De todo o encadeamento lógico (dada as premissas tratando de uma proposição composta (Se o duque sair do castelo
verdadeiras) sabemos que: então o rei foi à caça) formada por duas proposições simples (duque
Artur gosta de Lógica sair do castelo) (rei ir à caça), ligadas pela presença do conectivo
Lógica é fácil (→) “se então”. O conectivo “se então” liga duas proposições
Geografia é difícil simples da seguinte forma: Se p então q, ou seja:
→ p será uma proposição simples que por estar antes do então
Vamos agora analisar as alternativas, em qual delas a é também conhecida como antecedente.
conclusão é verdadeira: → q será uma proposição simples que por estar depois do
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. (V → F = F) a então é também conhecida como consequente.
regra do “se então” é só ser falso se o antecedente for verdadeiro e → Se p então q também pode ser lido como p implica em q.
o consequente for falso, nas demais possibilidades ele será sempre → p é conhecida como condição suficiente para que q ocorra,
verdadeiro. ou seja, basta que p ocorra para q ocorrer.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. (V ^ V = V) a regra do → q é conhecida como condição necessária para que p ocorra,
“e” é que só será verdadeiro se as proposições que o formarem ou seja, se q não ocorrer então p também não irá ocorrer.
forem verdadeiras.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. (V ^ F = F) Vamos às informações do problema:
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil. (F ^ V = F) 1) O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil. (F v F = F) a regra castelo. Chamando A (proposição rei ir à caça) e B (proposição
do “ou” é que só é falso quando as proposições que o formarem duque sair do castelo) podemos escrever que se B então A ou B →
forem falsas.
A. Lembre-se de que ser condição necessária é ser consequente no
“se então”.
04. Alternativa “A”.
2) O rei ir à caça é condição suficiente para a duquesa ir ao
Com os dados fazemos a tabela:
jardim. Chamando A (proposição rei ir à caça) e C (proposição
duquesa ir ao jardim) podemos escrever que se A então C ou A →
Camisa azul Camisa Branca Camisa Preta C. Lembre-se de que ser condição suficiente é ser antecedente no
“se então”.
“Eu roubei o colar 3) O conde encontrar a princesa é condição necessária e
“sim, ele (de camiza
“eu sou culpado” da rainha; o culpado suficiente para o barão sorrir. Chamando D (proposição conde
azul) é o culpado”
sou eu”
encontrar a princesa) e E (proposição barão sorrir) podemos
escrever que D se e somente se E ou D ↔ E (conhecemos este
Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é culpado e que o conectivo como um bicondicional, um conectivo onde tanto o
culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. Sabe-se, também, antecedente quanto o consequente são condição necessária e
que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que são inocentes), um suficiente ao mesmo tempo), onde poderíamos também escrever E
sempre diz a verdade e o outro sempre mente. se e somente se D ou E → D.
4) O conde encontrar a princesa é condição necessária para a
I) Primeira hipótese: Se o inocente que fala verdade é o de duquesa ir ao jardim. Chamando D (proposição conde encontrar a
camisa azul, não teríamos resposta, pois o de azul fala que é princesa) e C (proposição duquesa ir ao jardim) podemos escrever
culpado e então estaria mentindo. que se C então D ou C → D. Lembre-se de que ser condição
necessária é ser consequente no “se então”.
II) Segunda hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o de A única informação claramente dada é que o barão não sorriu,
camisa preta, também não teríamos resposta, observem: Se ele fala ora chamamos de E (proposição barão sorriu). Logo barão não
a verdade e declara que roubou ele é o culpado e não inocente. sorriu = ~E (lê-se não E).
Dado que ~E se verifica e D ↔ E, ao negar a condição
III) Terceira hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o necessária nego a condição suficiente: esse modo ~E → ~D (então
de camisa branca achamos a resposta, observem: Ele é inocente o conde não encontrou a princesa).
e afirma que o de camisa branca é culpado, ele é o inocente que Se ~D se verifica e C → D, ao negar a condição necessária
sempre fala a verdade. O de camisa branca é o culpado que ora fala nego a condição suficiente: ~D → ~C (a duquesa não foi ao jardim).
a verdade e ora mente (no problema ele está dizendo a verdade). Se ~C se verifica e A → C, ao negar a condição necessária
O de camisa preta é inocente e afirma que roubou, logo ele é o nego a condição suficiente: ~C → ~A (então o rei não foi à caça).
inocente que está sempre mentindo. Se ~A se verifica e B → A, ao negar a condição necessária
nego a condição suficiente: ~A → ~B (então o duque não saiu do
O resultado obtido pelo sábio aluno deverá ser: O culpado é o castelo).
de camisa azul e o de camisa preta sempre mente (Alternativa A).

Didatismo e Conhecimento 13
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe entre as alternativas, que a única que afirma uma Transformando em implicações:
proposição logicamente correta é a alternativa C, pois realmente ~c → b = ~b → c
deduziu-se que o rei não foi à caça e o conde não encontrou a ~v → ~c = c → v
princesa. ~p → ~b

06. Resposta “D”. Assim:


Como todas as informações dadas são verdadeiras, então ~p → ~b
podemos concluir que: ~b → c
1 - Basílio pagou;
c→v
2 - Carlos pagou;
3 - Antônio pagou, justamente, com os R$ 100,00 e pegou
os R$ 60,00 de troco que, segundo Carlos, estavam os R$ 50,00 Por transitividade:
pagos por Eduardo, então... ~p → c
4 - Eduardo pagou com a nota de R$ 50,00. ~p → v

O único que escapa das afirmações é o Danton. Não morar em passárgada implica casar. Não morar em
passárgada implica viajar.
Outra forma: 5 amigos: A,B,C,D, e E.
08. Resposta “C”.
Antônio: - Basílio pagou. Restam A, D, C e E.
Danton: - Carlos também pagou. Restam A, D, e E. A declaração dizia:
Eduardo: - Só sei que alguém pagou com quatro notas de R$ “Todo funcionário de nossa empresa possui plano de saúde e
10,00. Restam A, D, e E. ganha mais de R$ 3.000,00 por mês”. Porém, o diretor percebeu
Basílio: - Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio. Restam que havia se enganado, portanto, basta que um funcionário não
D, e E. tenha plano de saúde ou ganhe até R$ 3.000,00 para invalidar,
Carlos: - Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota negar a declaração, tornando-a desse modo FALSA. Logo,
de R$ 50,00 que o Eduardo colocou. Resta somente D (Dalton) a necessariamente, um funcionário da empresa X não tem plano de
pagar.
saúde ou ganha até R$ 3.000,00 por mês.
07. Resposta “B”.
Proposição composta no conectivo “e” - “Todo funcionário de
1°: separar a informação que a questão forneceu: “não vou nossa empresa possui plano de saúde e ganha mais de R$ 3.000,00
morar em passárgada”. por mês”. Logo: basta que uma das proposições seja falsa para a
2°: lembrando-se que a regra do ou diz que: para ser verdadeiro declaração ser falsa.
tem de haver pelo menos uma proposição verdadeira.
3°: destacando-se as informações seguintes: 1ª Proposição: Todo funcionário de nossa empresa possui
- caso ou compro uma bicicleta. plano de saúde.
- viajo ou não caso. 2ª Proposição: ganha mais de R$ 3.000,00 por mês.
- vou morar em passárgada ou não compro uma bicicleta.
Lembre-se que no enunciado não fala onde foi o erro da
Logo: declaração do gerente, ou seja, pode ser na primeira proposição e
- vou morar em pasárgada (F) não na segunda ou na segunda e não na primeira ou nas duas que
- não compro uma bicicleta (V) o resultado será falso.
- caso (V) Na alternativa C a banca fez a negação da primeira proposição
- compro uma bicicleta (F) e fez a da segunda e as ligaram no conectivo “ou”, pois no
- viajo (V) conectivo “ou” tanto faz a primeira ser verdadeira ou a segunda
- não caso (F)
ser verdadeira, desde que haja uma verdadeira para o resultado ser
verdadeiro.
Conclusão: viajo, caso, não compro uma bicicleta.
Atenção: A alternativa “E” está igualzinha, só muda o
Outra forma: conectivo que é o “e”, que obrigaria que o erro da declaração fosse
nas duas.
c = casar
b = comprar bicicleta A questão pede a negação da afirmação: Todo funcionário
v = viajar de nossa empresa possui plano de saúde “e” ganha mais de R$
p = morar em Passárgada 3.000,00 por mês.
Essa fica assim ~(p ^ q).
Temos as verdades: A negação dela ~pv~q
c ou b
v ou ~c ~(p^q) ↔ ~pv~q (negação todas “e” vira “ou”)
p ou ~b

Didatismo e Conhecimento 14
RACIOCÍNIO LÓGICO
A 1ª proposição tem um Todo que é quantificador universal, Je → ~Ja
para negá-lo utilizamos um quantificador existencial. Pode ser: F F
um, existe um, pelo menos, existem...
No caso da questão ficou assim: Um funcionário da empresa ~Ja → ~C
não possui plano de saúde “ou” ganha até R$ 3.000,00 por mês. A F F
negação de ganha mais de 3.000,00 por mês, é ganha até 3.000,00.
Conclusão: Carlos almoçou em casa hoje, Jane fez o almoço
09. Resposta “B”. e não levou Pedro à escolinha esportiva, Pedro não teve aula de
futebol nem de natação e também não é segunda nem quarta. Agora
Sendo: é só marcar a questão cuja alternativa se encaixa nesse esquema.
Segunda = S e Quarta = Q,
Pedro tem aula de Natação = PN e 10. Resposta “C”.
Pedro tem aula de Futebol = PF.
Dê nome:
V = conectivo ou e → = conectivo Se, ... então, temos: A = AFINO as cordas;
S V Q → PF V PN I = INSTRUMENTO soa bem;
T = TOCO bem;
Sendo Je = Jane leva Pedro para a escolinha e ~Je = a negação, S = SONHO acordado.
ou seja Jane não leva Pedro a escolinha. Ainda temos que ~Ja =
Jane deixa de fazer o almoço e C = Carlos almoça em Casa e ~C = Montando as proposições:
Carlos não almoça em casa, temos: 1° - A → I
2° - I → T
PF V PN → Je 3° - ~T V S (ou exclusivo)
Je → ~Ja
~Ja → ~C Como S = FALSO; ~T = VERDADEIRO, pois um dos termos
deve ser verdadeiro (equivale ao nosso “ou isso ou aquilo, escolha
Em questões de raciocínio lógico devemos admitir que todas UM”).
as proposições compostas são verdadeiras. Ora, o enunciado diz ~T = V
que Carlos almoçou em casa, logo a proposição ~C é Falsa. T=F
I→T
~Ja → ~C (F)

Para a proposição composta ~Ja → ~C ser verdadeira, então Em muitos casos, é um macete que funciona nos exercícios
~Ja também é falsa. “lotados de condicionais”, sendo assim o F passa para trás.
~Ja → ~C Assim: I = F
Novamente: A → I
Na proposição acima desta temos que Je → ~Ja, contudo (F)
já sabemos que ~Ja é falsa. Pela mesma regra do conectivo Se,
... então, temos que admitir que Je também é falsa para que a O FALSO passa para trás. Com isso, A = FALSO. ~A =
proposição composta seja verdadeira. Verdadeiro = As cordas não foram afinadas.
Na proposição acima temos que PF V PN → Je, tratando PF
V PN como uma proposição individual e sabendo que Je é falsa, Outra forma: partimos da premissa afirmativa ou de conclusão;
para esta proposição composta ser verdadeira PF V PN tem que última frase:
ser falsa. Não sonho acordado será VERDADE
Ora, na primeira proposição composta da questão, temos Admita todas as frases como VERDADE
que S V Q → PF V PN e pela mesma regra já citada, para esta Ficando assim de baixo para cima
ser verdadeira S V Q tem que ser falsa. Bem, agora analisando
individualmente S V Q como falsa, esta só pode ser falsa se as duas Ou não toco muito bem (V) ou sonho acordado (F) = V
premissas simples forem falsas. E da mesma maneira tratamos PF Se o instrumento soa bem (F) então toco muito bem (F) = V
V PN. Se afino as cordas (F), então o instrumento soa bem (F) = V

Representação lógica de todas as proposições: A dica é trabalhar com as exceções: na condicional só dá


falso quando a primeira V e a segunda F. Na disjunção exclusiva
S V Q → PF V PN (ou... ou) as divergentes se atraem o que dá verdade. Extraindo as
(f) (f) (f) (f) conclusões temos que:
F F Não toco muito bem, não sonho acordado como verdade.
Se afino as corda deu falso, então não afino as cordas.
PF V PN → Je Se o instrumento soa bem deu falso, então o instrumento não
F F soa bem.

Didatismo e Conhecimento 15
RACIOCÍNIO LÓGICO
Joga nas alternativas: a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
(A) sonho dormindo (você não tem garantia de que sonha b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
dormindo, só temos como verdade que não sonho acordado, pode c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
ser que você nem sonhe).
(B) o instrumento afinado não soa bem deu que: Não afino as No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
cordas. quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a seguinte
tabela:
(C) Verdadeira: as cordas não foram afinadas.
(D) mesmo afinado (Falso deu que não afino as cordas) o
instrumento não soa bem. Jornais Leitores
(E) toco bem acordado e dormindo, absurdo. Deu não toco A 300
muito bem e não sonho acordado.
B 250
Diagramas Lógicos C 200
AeB 70
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
AeC 65
problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser usados,
é na determinação da quantidade de elementos que apresentam BeC 105
uma determinada característica. A, B e C 40
Nenhum 150

Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente


montar os diagramas que representam cada conjunto. A colocação
dos valores começará pela intersecção dos três conjuntos e depois
para as intersecções duas a duas e por último às regiões que
representam cada conjunto individualmente. Representaremos
esses conjuntos dentro de um retângulo que indicará o conjunto
universo da pesquisa.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18


que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-se
nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas
pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda
quantas dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar os
diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de motos e
motoristas de carros. Começaremos marcando quantos elementos
tem a intersecção e depois completaremos os outros espaços.
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes
valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A partir dos elementos:
valores reais, é que poderemos responder as perguntas feitas.

Didatismo e Conhecimento 16
RACIOCÍNIO LÓGICO
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem Diagramas de Venn
apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o jornal
C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que 700 Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em
pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas
115 + 65 + 70 + 150. e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respectivos
diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas
Diagrama de Euler sobre um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir
a representação das relações de pertença entre conjuntos e seus
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas
não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida como elementos (por exemplo, 4 ∉ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e
a área de intersecção entre dois ou mais contornos). Assim, um relações de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo,
diagrama de Euler pode definir um universo de discurso, isto é, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e
ele pode definir um sistema no qual certas intersecções não são estão uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que
possíveis ou consideradas. Assim, um diagrama de Venn contendo possuem continência; ao passo que o ponto interno a uma curva
os atributos para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter representa um elemento pertencente ao conjunto.
intersecções onde alguns estão em ambos animal, mineral e de Os diagramas de Venn são construídos com coleções de curvas
quatro patas. Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas representa,
todas as possíveis combinações ou conjunções. simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. De acordo
com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses diagramas é
que classes (ou conjuntos) sejam representadas por regiões,
com tal relação entre si que todas as relações lógicas possíveis
entre as classes possam ser indicadas no mesmo diagrama. Isto
é, o diagrama deixa espaço para qualquer relação possível entre
as classes, e a relação dada ou existente pode então ser definida
indicando se alguma região em específico é vazia ou não-vazia”.
Pode-se escrever uma definição mais formal do seguinte modo:
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os desenhadas em um plano. C é uma família independente se a região
tamanhos e formas das curvas não são importantes: a significância formada por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada
do diagrama está na forma como eles se sobrepõem. As Xi é o interior ou o exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras,
relações espaciais entre as regiões delimitadas por cada curva se todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis.
(sobreposição, contenção ou nenhuma) correspondem relações Se, além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas um
teóricas (subconjunto interseção e disjunção). Cada curva de Euler número finito de pontos de interseção entre as curvas, então C é
divide o plano em duas regiões ou zonas estão: o interior, que um diagrama de Venn para n conjuntos.
representa simbolicamente os elementos do conjunto, e o exterior,
Nos casos mais simples, os diagramas são representados
o que representa todos os elementos que não são membros do
por círculos que se encobrem parcialmente. As partes referidas
conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam representam
conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores se interceptam em um enunciado específico são marcadas com uma cor
representam conjuntos que têm elementos comuns, a zona dentro diferente. Eventualmente, os círculos são representados como
de ambas as curvas representa o conjunto de elementos comuns completamente inseridos dentro de um retângulo, que representa
a ambos os conjuntos (intersecção dos conjuntos). Uma curva o conjunto universo daquele particular contexto (já se buscou a
que está contido completamente dentro da zona interior de outro existência de um conjunto universo que pudesse abranger todos os
representa um subconjunto do mesmo. conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell mostrou que tal tarefa
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de era impossível). A ideia de conjunto universo é normalmente
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas as atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo modo, espaços internos
possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, representando comuns a dois ou mais conjuntos representam a sua intersecção,
todas as combinações de inclusão / exclusão de seus conjuntos ao passo que a totalidade dos espaços pertencentes a um ou outro
constituintes, mas em um diagrama de Euler algumas zonas podem conjunto indistintamente representa sua união.
estar faltando. Essa falta foi o que motivou Venn a desenvolver
John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
seus diagramas. Existia a necessidade de criar diagramas em
ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de Leibniz
que pudessem ser observadas, por meio de suposição, quaisquer
relações entre as zonas não apenas as que são “verdadeiras”. e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados ao currículo
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são escolar de matemática. Embora seja simples construir diagramas
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no campo de Venn para dois ou três conjuntos, surgem dificuldades quando
da matemática ou lógica matemática no campo da lógica. Eles se tenta usá-los para um número maior. Algumas construções
também podem ser utilizados para representar relacionamentos possíveis são devidas ao próprio John Venn e a outros matemáticos
complexos com mais clareza, já que representa apenas as relações como Anthony W. F. Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith.
válidas. Em estudos mais aplicados esses diagramas podem ser Além disso, encontram-se em uso outros diagramas similares aos
utilizados para provar / analisar silogismos que são argumentos de Venn, entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
lógicos para que se possa deduzir uma conclusão.

Didatismo e Conhecimento 17
RACIOCÍNIO LÓGICO
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-
se que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto B
representa os animais capazes de voar. A área onde os dois círculos
se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou intersecção
A-B, conteria todas as criaturas que ao mesmo tempo podem voar
e têm apenas duas pernas motoras.
Intersecção de dois conjuntos: AB

Considere-se agora que cada espécie viva está representada Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)
por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os humanos e
os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na parte dele que Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de
não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos são bípedes mas 16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre
não podem voar. Os mosquitos, que voam mas têm seis pernas, os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
seriam representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. características); tal conjunto seria representado pela união de A
Os canários, por sua vez, seriam representados na intersecção e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais os
A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não que não voam e possuem duas patas, seriam representados pela
fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes, seria diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados nas
marcado por pontos fora dos dois círculos. imagens a seguir, que incluem também outros dois casos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro áreas
distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de cada
círculo que pertence a ambos os círculos (onde há sobreposição),
e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão em um círculo
ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
sobreposição). União de dois conjuntos: A B
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco
- fora).

Essas configurações são representadas, respectivamente, pelas


operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença de B para
A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de A e B.
Cada uma delas pode ser representada como as seguintes áreas Diferença Simétrica de dois conjuntos: A B
(mais escuras) no diagrama:

Complementar de A em U: AC = U \ A
Diferença de A para B: A\B

Complementar de B em U: BC = U \ B
Diferença de B para A: B\A

Didatismo e Conhecimento 18
RACIOCÍNIO LÓGICO
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-se Proposições Categóricas
sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o exemplo
anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos animais que - Todo A é B
possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete áreas distintas, - Nenhum A é B
que podem combinar-se de 256 (28) maneiras diferentes, algumas - Algum A é B e
delas ilustradas nas imagens seguintes. - Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A


é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B
é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos
A e B são disjuntos, isto é, não tem elementos em comum. Atenção:
dizer que Nenhum A é B é logicamente equivalente a dizer que
Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções possíveis elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando dizemos
entre A, B e C. que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto,
no sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo que todos
eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente
a dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões são
equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um
A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
União de três conjuntos: A B C
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se também
as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais como é, são,
está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.

- Todo A é B = Todo A não é não B.


- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
Intersecção de três conjuntos: A B C - Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
versa).

Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas

Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das proposições


categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B, Algum A é B
A \ (B C) e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a verdade ou a
falsidade de algumas ou de todas as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as


duas representações possíveis:

1 2
B
A = B
A
(B C) \ A

Didatismo e Conhecimento 19
RACIOCÍNIO LÓGICO
Nenhum A é B. É falsa. QUESTÕES
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa. 01. Represente por diagrama de Venn-Euler
(A) Algum A é B
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos (B) Algum A não é B
somente a representação: (C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B

A B 02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)


Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
Todo A é B. É falsa. (B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
Algum A é B. É falsa. necessariamente verdadeira.
Algum A não é B. É verdadeira. (C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatro (D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
representações possíveis: ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.

03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam


instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta
Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?

04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que


“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
Nenhum A é B. É falsa. (A) algum A não é G;
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2). (B) algum A é G.
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em (C) nenhum A é G;
3 e 4) – é indeterminada. (D) algum G é A;
(E) nenhum G é A;
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
três representações possíveis: 05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas não
praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não praticam
futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17
alunos que não praticam futebol. O número de alunos da classe é:
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.
(D) 42.
(E) 44.
3
06. Um colégio oferece a seus alunos a prática de um ou mais
A B
dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei. Sabe-se que, no
atual semestre:
- 20 alunos praticam vôlei e basquete.
- 60 alunos praticam futebol e 55 praticam basquete.
Todo A é B. É falsa. - 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e - o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao
2 – é indeterminada). número de alunos que praticam só vôlei.
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e - 17 alunos praticam futebol e vôlei.
2 – é ideterminada). - 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não
praticam vôlei.

Didatismo e Conhecimento 20
RACIOCÍNIO LÓGICO
O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é
igual a:
(A) 93 (C)
(B) 110
(C) 103
(D) 99
(E) 114
(D)
07. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas entrevistadas,
100 liam o jornal X, 150 liam o jornal Y, 20 liam os dois jornais
e 110 não liam nenhum dos dois jornais. Quantas pessoas foram
entrevistadas?
(A) 220
02. Resposta “B”.
(B) 240
(C) 280
(D) 300
(E) 340

08. Em uma entrevista de mercado, verificou-se que 2.000


pessoas usam os produtos C ou D. O produto D é usado por 800
pessoas e 320 pessoas usam os dois produtos ao mesmo tempo.
Quantas pessoas usam o produto C? A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo”
(A) 1.430 implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a
(B) 1.450 situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Percebam
(C) 1.500 como todos os elementos do diagrama “livro” estão inseridos no
(D) 1.520 diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito que algum
(E) 1.600 livro é instrutivo.

09. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser classificado em 03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos
quatro tipos quanto a antígenos. Em uma pesquisa efetuada num de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
grupo de 120 pessoas de um hospital, constatou-se que 40 delas de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
têm o antígeno A, 35 têm o antígeno B e 14 têm o antígeno AB. tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar
Com base nesses dados, quantas pessoas possuem o antígeno O? o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro para
(A) 50 fora.
(B) 52
(C) 59 Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após
(D) 63 fazermos o diagrama, este número vai no meio.
(E) 65 Passo 2:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
10. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e B. tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
Exatamente 80% dos alunos leem o jornal A e 60% leem o jornal
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
B. Sabendo que todo aluno é leitor de pelo menos um dos jornais,
encontre o percentual que leem ambos os jornais.
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:
(A) 40%
(B) 45%
(C) 50%
(D) 60%
(E) 65% 100 60 180

Respostas

01.
(A) Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil achara
as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica tocam:
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
(B) 280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 = 160

Didatismo e Conhecimento 21
RACIOCÍNIO LÓGICO
04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os
categóricas: desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que
- Alguns A são R está mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem
- Nenhum G é R elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo a alternativa
“E” não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa “A”.
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por
círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos iniciar 05. Resposta “E”.
pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois círculos
separados, sem nenhum ponto em comum.

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única


para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente n = 20 + 7 + 8 + 9
a representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada n = 44
abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão.
06. Resposta “D”.

n(FeB) = 45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV) = 15


n(FeV) = 17 com n(FeBeV) = 15 → n(FeV - B) = 2
n(F) = n(só F) + n(FeB-V) + n(FeV -B) + n(FeBeV)
60 = n(só F) + 30 + 2 + 15 → n(só F) = 13
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições
categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como n(sóF) = n(sóV) = 13
a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G, n(B) = n(só B) + n(BeV) + n(BeF-V) → n(só B) = 65 - 20 –
então teremos diversas maneiras de representar graficamente os 30 = 15
três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela que n(nem F nem B nem V) = n(nem F nem V) - n(solo B) = 21-
é verdadeira para quaisquer dessas representações. Para facilitar a 15 = 6
solução da questão não faremos todas as representações gráficas
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas) Total = n(B) + n(só F) + n(só V) + n(Fe V - B) + n(nemF
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a nemB nemV) = 65 + 13 + 13 + 2 + 6 = 99.
alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se tivermos
somente uma alternativa que satisfaça, então já achamos a
resposta correta, senão, desenhamos mais outra representação
gráfica possível e passamos a testar somente as alternativas que
foram verdadeiras. Tomemos agora o seguinte desenho, em que
fazemos duas representações, uma em que o conjunto A intercepta
parcialmente o conjunto G, e outra em que não há intersecção entre
eles.

07. Resposta “E”.

A B

Teste das alternativas: 110


Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os 80 20 130 +
desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é verdadeira
para os dois desenhos de A, isto é, nas duas representações há
elementos em A que não estão em G. Passemos para o teste da
próxima alternativa. Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos gostam
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os de ler os dois.
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A Leem somente A: 100 – 20 = 80
que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é, Leem somente B: 150 – 20 = 130
tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo a Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas.
alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.

Didatismo e Conhecimento 22
RACIOCÍNIO LÓGICO
08. Resposta “D”. Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que a Regra
do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes
A B e as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer. O
acontecimento é formado por dois estágios caracterizados como
sucessivos e independentes:
1200 320 480
• O primeiro estágio pode ocorrer de m modos distintos.
• O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos.

Somente B: 800 – 320 = 480 Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente
Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520. que pode ocorrer em um acontecimento é igual ao produto m . n

Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e inicialmente


09. Resposta “C”.
ela quer se decidir qual o modelo e a cor do seu novo veículo. Na
A B concessionária onde Alice foi há 3 tipos de modelos que são do
interesse dela: Siena, Fox e Astra, sendo que para cada carro há
+ 5 opções de cores: preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o
26 14 21 59 número total de opções que Alice poderá fazer?

Resolução: Segundo o Principio Fundamental da Contagem,


Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela poderá optar por 15
Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A = 40 – 14 = carros diferentes. Vamos representar as 15 opções na árvore de
26 e somente B = 35 – 14 = 21. possibilidades:
Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 – 61 =
59 pessoas.

10. Resposta “A”.


- Jornal A → 0,8 – x
- Jornal B → 0,6 – x
- Intersecção → x

Então fica:

(0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
- x + 1,4 = 1
- x = - 0,4
x = 0,4.

Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”.

Análise Combinatória

Análise combinatória é uma parte da matemática que estuda,


ou melhor, calcula o número de possibilidades, e estuda os métodos
de contagem que existem em acertar algum número em jogos de
azar. Esse tipo de cálculo nasceu no século XVI, pelo matemático Generalizações: Um acontecimento é formado por k estágios
italiano Niccollo Fontana (1500-1557), chamado também de sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk possibilidades para
Tartaglia. Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601- cada. O total de maneiras distintas de ocorrer este acontecimento
1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve métodos é n1, n2, n3, … , nk
que permitem contar, indiretamente, o número de elementos de um
conjunto. Por exemplo, se quiser saber quantos números de quatro Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não importa
algarismos são formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é a ordem.
preciso aplicar as propriedades da análise combinatória. Veja quais
propriedades existem: Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por 10
elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
- Princípio fundamental da contagem
- Fatorial ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se diferenciam
- Arranjos simples pela natureza de um dos elemento.
- Permutação simples ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados
- Combinação distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela ordem
- Permutação com elementos repetidos dos elementos.

Didatismo e Conhecimento 23
RACIOCÍNIO LÓGICO
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem Cálculos do número de arranjos simples:
algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes algarismos
pretendemos obter números, neste caso, os agrupamentos de 13 Na formação de todos os arranjos simples dos n elementos de
e 31 são considerados distintos, pois indicam números diferentes. A, tomados k a k:

Quando os elementos de um determinado conjunto A n → possibilidades na escolha do 1º elemento.


forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois um
pontos pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos deles já foi usado.
são iguais, pois indicam a mesma reta. n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois dois
deles já foi usado.
Conclusão: Os agrupamentos... .
.
1. Em alguns problemas de contagem, quando os agrupamentos
.
se diferirem pela natureza de pelo menos um de seus elementos, os
n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento, pois
agrupamentos serão considerados distintos.
l-1 deles já foi usado.
ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados
combinações.
No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o número total
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o problema de arranjos simples dos n elementos de A (tomados k a k), temos:
é saber quantas retas esses pontos determinam.
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1)
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela ordem (é o produto de k fatores)

de seus elementos, os problemas de contagem serão agrupados e


considerados distintos. Multiplicando e dividindo por (n – k)!
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados arranjos.

Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos e o


problema é contar os números por eles determinados.

Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número natural n,


representado por n!, é o produto de todos os inteiros positivos Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n!
menores ou iguais a n. A notação n! foi introduzida por Christian
Kramp em 1808. A função fatorial é normalmente definida por: Podemos também escrever

Permutações: Considere A como um conjunto com n


elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, são
denominados permutações simples de n elementos. De acordo com
a definição, as permutações têm os mesmos elementos. São os n
Por exemplo, 5! = 1 . 2 . 3 . 4 . 5 = 120 elementos de A. As duas permutações diferem entre si somente
pela ordem de seus elementos.
Note que esta definição implica em particular que 0! = 1,
porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum número é 1.
Cálculo do número de permutação simples:
Deve-se prestar atenção neste valor, pois este faz com que a função
recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1) funcione para n = 0.
Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Por O número total de permutações simples de n elementos
exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar n objetos indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1) (n – 2)
distintos numa sequência. (Os arranjos são chamados permutações) . … . (n – k + 1), temos:
E o número de opções que podem ser escolhidos é dado pelo
coeficiente binomial. Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1) (n – 2)
. … .1 = n!

Portanto: Pn = n!

Combinações Simples: são agrupamentos formados com


Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições em que os elementos de um conjunto que se diferenciam somente pela
um grupo se torna diferente do outro pela ordem ou pela natureza natureza de seus elementos. Considere A como um conjunto com
dos elementos componentes. Seja A um conjunto com n elementos n elementos k um natural menor ou igual a n. Os agrupamentos
e k um natural menor ou igual a n. Os arranjos simples k a k dos de k elementos distintos cada um, que diferem entre si apenas
n elementos de A, são os agrupamentos, de k elementos distintos pela natureza de seus elementos são denominados combinações
cada, que diferem entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus simples k a k, dos n elementos de A.
elementos.

Didatismo e Conhecimento 24
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com deve-se levar em consideração os arranjos com elementos distintos
elementos distintos. Com os elementos de A podemos formar 4 (arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de arranjos
combinações de três elementos cada uma: abc – abd – acd – bcd completos de n elementos, de k a k, é indicado simbolicamente por
A*n,k dado por: A*n,k = nk
Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas:
Permutações com elementos repetidos
Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos.
Considerando:
abc abd acd bcd
α elementos iguais a a,
acb β elementos iguais a b,
bac γ elementos iguais a c, …,
λ elementos iguais a l,
bca
cab Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.
cba
Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λ o número
Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obtemos de permutações distintas que é possível formarmos com os n
todos os arranjos 3 a 3: elementos:

abc abd acd bcd


acb adb adc bdc
bac bad cad cbd
Combinações Completas: Combinações completas de
bca bda cda cdb n elementos, de k a k, são combinações de k elementos não
cab dab dac dbc necessariamente distintos. Em vista disso, quando vamos calcular
as combinações completas devemos levar em consideração as
cba dba dca dcb
combinações com elementos distintos (combinações simples) e
as combinações com elementos repetidos. O total de combinações
(4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos completas de n elementos, de k a k, indicado por C*n,k
Logo: C4,3 . P3 = A4,3

Cálculo do número de combinações simples: O número total


de combinações simples dos n elementos de A representados por C QUESTÕES
n,k
, tomados k a k, analogicamente ao exemplo apresentado, temos:
a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, obtemos 01. Quantos números de três algarismos distintos podem ser
Pk arranjos distintos. formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?
b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos distintos.
02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14 clubes,
Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada clube enfrente
o outro no seu campo e no campo deste. O número total de jogos
A a serem realizados é:
C n,k = n,k
Pk (A)182
(B) 91
Lembrando que: (C)169
(D)196
(E)160

03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um sistema,
Também pode ser escrito assim: começando por três letras escolhidas entre as cinco A, B, C, D e
E, seguidas de quatro algarismos escolhidos entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se
entre as letras puder haver repetição, mas se os algarismos forem
todos distintos, o número total de senhas possíveis é:
(A) 78.125
(B) 7.200
Arranjos Completos: Arranjos completos de n elementos, de k (C) 15.000
a k são os arranjos de k elementos não necessariamente distintos. (D) 6.420
Em vista disso, quando vamos calcular os arranjos completos, (E) 50

Didatismo e Conhecimento 25
RACIOCÍNIO LÓGICO
04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões com 09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes para
todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia executou concorrer a uma gincana. O número de maneiras diferentes de
a tarefa considerando as letras A e à como diferentes, contudo, formar duas equipes é
João queria que elas fossem consideradas como mesma letra. A (A) 10
diferença entre o número de cartões feitos por Cláudia e o número (B) 15
de cartões esperados por João é igual a (C) 20
(A) 720 (D) 25
(B) 1.680 (E) 30
(C) 2.420
(D) 3.360 10. Considere os números de quatro algarismos do sistema
(E) 4.320 decimal de numeração. Calcule:
a) quantos são no total;
b) quantos não possuem o algarismo 2;
05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra PROVA
c) em quantos deles o algarismo 2 aparece ao menos uma vez;
foram listadas em ordem alfabética, como se fossem palavras de
d) quantos têm os algarismos distintos;
cinco letras em um dicionário. A 73ª palavra nessa lista é
e) quantos têm pelo menos dois algarismos iguais.
(A) PROVA.
(B) VAPOR. Resoluções
(C) RAPOV.
(D) ROVAP. 01.
(E) RAOPV.

06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 diretores, 02. O número total de jogos a serem realizados é A14,2 = 14 .
dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para que se analisem 13 = 182.
as suspeitas, será formada uma comissão especial com 5 diretores,
na qual os suspeitos não sejam maioria. O número de possíveis 03.
comissões é:
(A) 66
(B) 72 Algarismos
(C) 90
(D) 120
(E) 124
Letras
07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola
possui um banco de questões de matemática composto de 5 As três letras poderão ser escolhidasde 5 . 5 . 5 =125 maneiras.
questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 sobre retas. Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 . 3 . 2 =
De quantas maneiras distintas a equipe pode montar uma prova 120 maneiras.
com 8 questões, sendo 3 de parábolas, 2 de circunferências e 3 de O número total de senhas distintas, portanto, é igual a 125 .
retas? 120 = 15.000.
(A) 80
(B) 96 04.
I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
(C) 240
(D) 640
(E) 1.280
II) O número de cartões esperados por João era
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre assistidas
por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para uma eventualidade
qualquer, dois particulares enfermeiros, por serem os mais
experientes, nunca são escalados para trabalharem juntos. Sabendo- Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
se que em todos os grupos participa um dos dois enfermeiros mais
experientes, quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA forem
formados? listadas em ordem alfabética, então teremos:
(A) 06 P4 = 24 que começam por A
(B) 10 P4 = 24 que começam por O
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que começa
por R. Ela é RAOPV.

Didatismo e Conhecimento 26
RACIOCÍNIO LÓGICO
06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de —————————————————————————
corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão de 5
diretores na qual os suspeitos não sejam maioria, podem ser —————————————————————————
escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o número de —————————————————————————
possíveis comissões é
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————

—————————————————————————

07. C5,3 . C4,2 . C4,3 = 10 . 6 . 4 = 240 —————————————————————————


—————————————————————————
08.
I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes e —————————————————————————
outros 3.
II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o —————————————————————————
enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes e 2
—————————————————————————
entre os 3 restantes.
III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre os 2 —————————————————————————
mais experientes é
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
IV) O número de possibilidades para se escolher 2 entre 3
restantes é —————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
V) Assim, o número total de grupos que podem ser formados —————————————————————————
é2.3=6
—————————————————————————
09. —————————————————————————
10. —————————————————————————
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000
b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832 —————————————————————————
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168 —————————————————————————
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464 —————————————————————————
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ANOTAÇÕES —————————————————————————
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RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 29
RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 30

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