Terminologia, Terminografia e Línguas de Sinais

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Revista

CORALINA

TERMINOLOGIA, TERMINOGRAFIA E LÍNGUAS DE SINAIS:


NOVOS RUMOS LINGUÍSTICOS

TERMINOLLOGY, TERMINOGRAPHY AND SINGS LANGUAGES: NEW


DIRECTIONS LINGUISTICS

Patricia Tuxi
Professora Adjunto I do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas -
LIP da Universidade de Brasília, na área de Língua Brasileira de Sinais - Libras.
Doutora em Linguística pela Universidade de Brasília – UnB. Desenvolve pesquisas na
área de Léxico e Terminologia da Língua de Sinais. Membro pesquisadora do Centro de
Estudos Lexicais e Terminológicos - Centro LexTerm da UnB e membro do Laboratório
de Linguística de Língua de Sinais - LabLibras da UnB.
Eduardo Felten
Professor Assistente II do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas -
LIP da Universidade de Brasília, na área de Língua Brasileira de Sinais - Libras. Mestre
em Linguística pela Universidade de Brasília – UnB. Desenvolve pesquisas na área de
Léxico e Terminologia da Língua de Sinais. Membro pesquisador do Centro de Estudos
Lexicais e Terminológicos - Centro LexTerm da UnB e membro do Laboratório de
Linguística de Língua de Sinais - LabLibras da UnB.

RESUMO :Este artigo tem como objetivo apresentar uma breve retrospectiva do
percurso da Terminologia apresentando os primeiros registros em dicionários até o
reconhecimento formal da área. Para tanto, dividimos a escrita em dois momentos:
primeiramente apresentamos um estado da arte da Terminologia sob o ponto de vista de
teóricos que foram e são os precursores da área. Em segundo lugar, elencamos as
pesquisas desenvolvidas na Terminologia da Língua de Sinais Brasileira por meio de
uma revisão bibliográfica de dissertações e teses que têm como centro a Lexicologia e a
Terminologia. A partir disso, é possível analisar os rumos linguísticos da área e o
conhecer dos pressupostos adotados pelos pesquisadores de forma a elucidar melhor as
questões alusivas aos estudos da Terminologia da Língua de Sinais Brasileira (LSB)
tanto na Linguística geral como na de Língua de Sinais (LS).

ABSTRACT: This paper aims at introducing a brief retrospective of the course of


Terminology by showing its first records in dictionaries until the moment it is formally
regarded as a subject area. Thus, we split the writing into two parts: we first show the

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LINGUÍSTICOS

state of the art in Terminology from the perspective of scholars who were or are
pioneers in the area. We then list researches developed in Brazilian Sign Language
Terminology through a bibliographic review of theses and dissertations related to
Lexicology and Terminology. Therefore, it is feasible to analyze the linguistic strands in
the area and the principles on which researchers rely so as to solve issues related to
Brazilian Sign Language (BSL) Terminology both in General Linguistics and Sign
Language (SL).

especializado e do seu uso em espaços

INTRODUÇÃO científicos, verifica-se o primeiro


registro histórico da palavra
A Terminologia tem seu registro na
terminologia em 1864 (TUXI, 2017).
história das línguas, muito antes de ser
Como espaço científico, o primeiro
reconhecida como disciplina no espaço
vocabulário publicado no Dictionnaire
acadêmico. Segundo Faulstich (1997, p.
des sciences, des letters et des arts
71), “[...] a terminologia tem origem e
define terminologia como: “palavra que
evolução desde o momento em que as
designa um conjunto de termos técnicos
línguas são organizadas em gramáticas e
de uma ciência ou de uma arte e das
dicionário”. Com essas palavras, a
ideias que elas representam1”
autora apresenta uma análise minuciosa
(BARROS, 2004, p. 32).
da Grammatica da Lingoagem
Segundo Tuxi (2017), o conceito
Portuguesa de Fernão de Oliveira (1553)
adotado tinha como objetivo identificar
e enfatiza a relevância dos vocábulos
a terminologia como uma área de
terminológicos registrados desde o
nomeação de objetos, elementos e ideias
século XVI.
de uma determinada área. O campo de
A conquista de novas áreas e com o
atuação desse conhecimento se amplia a
avanço conceitual na antiguidade, a
tal ponto que o objeto do estudo em
Terminologia se consolidou nas áreas
questão deixa de ser uma simples
das ciências como: Botânica, Zoologia e
nomeação de um léxico especializado e
Química em resposta a necessidade de
passa a ser uma disciplina de descrição
busca de novas classificações e
e análise de termos em contextos sociais
categorizações para as nomenclaturas
de diversas línguas.
criadas nas áreas de conhecimento, pois
Dessa forma, o termo Terminologia
havia uma preocupação de se
quando grafado em letra maiúscula
padronizar a linguagem de
identifica que o estudo entende a área
especialidade, principalmente a
tecnológica. Com a expansão do léxico
1
Dicionário de ciências, de letras e de artes
(tradução nossa).

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como um campo de estudo, isto é, uma especialidade, para desenvolver o seu


disciplina com objeto específico e trabalho.
distinto que pertence a um novo Apesar de ter sido uma teoria que
contexto e novo paradigma. Para mais, a marcou e divulgou grande parte dos
Terminologia descreve e analisa o trabalhos da área de Terminologia, a
léxico especializado em diversas áreas TGT passou a ser questionada pois
do conhecimento, dada a sua observava o termo a compreensão de
especificidade conceitual frente às um único sentido, sem perspectiva de
palavras. usos relacionados aos aspectos sociais,
Contudo, uma nova interpretação culturais e variacionistas, dada a sua
teórica conhecida como Teoria Geral da visão monorreferencial. Com isso,
Terminologia – TGT, formulada em novos teóricos apresentaram um olhar
1931 é publicada pelo engenheiro com maior atenção à natureza teórica e
Eugen Wuster (1998), particulariza prática da área.
ainda mais essa qualificação e descreve
o termo como uma unidade lexical 1.TERMINOLOGIA PÓS-WÜSTER:
UMA MUDANÇA DE
concisa que tinha como objetivo a
PARADIGMAS
padronização terminológica e assim
evitar a ambivalência dos termos. De acordo com Tuxi (2018) a partir da

A TGT tem por princípio a mudança conceitual de caráter

uniformidade da comunicação. Concebe padronizador das linguagens de

uma forma padrão universal para a especialidade, os estudos da

língua de especialidade. Para o autor, a Terminologia como disciplina começam

relação entre termo e conceito é baseada a se expandir dentro das universidades.

na abordagem onomasiológica Quem bem representa essa evolução é a

(conceito-termo), que objetiva a autora Faulstich (2012) que, em seu


definição tradicional, por meio da artigo intitulado “Terminologia,
rotulação e designação dos conceitos Socioterminologia, Dialetologia:
empregados na linguagem de afinidades e necessidades
interdisciplinares”, apresenta uma figura
intitulada que demonstra essa evolução.

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LINGUÍSTICOS

funcional da língua, com vistas a


compendiar a teoria de base linguística.
De acordo com Faulstich (2012, p. 35),
o autor não reconhecia a terminologia
como uma disciplina de atuação
meramente prescritiva, em virtude do
caráter inovador da Terminologia por
meio da Socioterminologia. Em relação
a esse pensamento inovador, Auger
(2001.p. 53) considera o seguinte
Figura 1: Um trajeto pela Terminologia
postulado:
Fonte: Faulstich (2012, p. 32)
Surge uma nova corrente
chamada socioterminologia,
Na Figura 1, Faulstich sistematiza os em reação às escolas
hipernormalizadoras
principais autores, que deram estrutura desconectadas de situações
aos estudos da Terminologia e seus linguísticas próprias a cada
país; essa corrente busca suas
respectivos países. origens no cruzamento da
sociologia da linguagem e
interação linguística (AUGER,
Os estudiosos listados deram à 2001, p. 53).
Terminologia a feição de
disciplina teórica e aplicada Para Tuxi (2018) esse reconhecimento é
porque expuseram, em
diversas obras, o caráter reflexo da organização linguística da
epistemológico do conteúdo,
segundo uma perspectiva Terminologia ocorrida no Canadá.
linguística e social de
aplicação do conhecimento Ademais, as pesquisas apresentadas
(FAULSTICH, 2012, p. 32).
pelo autor representam a política
Em ordem cronológica, apresentaremos linguística emergente e sistematizada
abaixo um pouco de cada pesquisador e em Quebec2.
seu trabalhos. Vale destacar estes estudos
possibilitaram a criação da La
Québec – Pierre Auges - 1976 2
Quebec é a única província canadense com
Possui uma base de pensamento. Auges uma maioria francófona (79%) e uma minoria
anglófona (8,3%). É também a província com a
desde 1976, rege-se pelo caráter maior porcentagem de bilinguismo (42,6% da
população). Possui ainda 61% dos jovens
transdisciplinar da Terminologia no francófonos. A forte influência francesa,
campo linguístico, assim como pela presente desde os primórdios da colonização,
torna a província de Québec sensivelmente
necessidade de se registrar o aspecto diferente do resto do Canadá, porque o
único idioma oficial é o francês
(www.quebec.fr).

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Commisioin de Terminologia de socioterminologie: des problèmes


L’Office de la Langue Française du sèmantiques aux pratiques
Québec (l’OLF) entre os anos de 1976 e institutionnelles”, publicada pela
1987. Universidade de Rouen, o autor registra
os fundamentos da nova vertente da
França – Alain Rey - 1980 Terminologia: a Socioterminologia e
O pesquisador e teórico Alain Rey define a Terminologia como um ramo
(1980), na obra “La terminologie, noms da Lexicologia não limitado à tradução,
et notions”, concebe a terminologia documentação e normalização, mas sim
como uma área de análise do nome, na uma disciplina propensa a estudar os
qual um sistema definido é capaz de termos que veiculam as significações já
registrar o conceito e sua definição. inseridas nas práticas sociais.
Para Rey, o sistema de nomeação e de De acordo com Tuxi (2017) este autor
definição dos termos corresponde à tem um significado especial pois aponta
caracterização desses vocábulos dentro o estatuto de signo linguístico do termo
do espaço social das especialidades, em seus trabalhos, tendo como base o
espaço este que dispõe de uma comportamento pragmático. O estudo
denominação própria e determinada. do termo na Socioterminologia se
Portanto, a formulação das palavras não baseia nas relações com os contextos
são apenas de categorização, mas sim sociais e culturais nos quais são
social, pois além de conceituar um aplicados, não sendo assim apenas a
termo requer uma sistematização nomeação de um conceito científico ou
eficiente e distinta, ou melhor, a técnico.
concepção de um signo próprio precisa
ser capaz de conter em si uma Espanha – Maria Tereza Cabré –
representação na língua e na cultura de 1992
uso.
O termo Terminologia, segundo Cabré
França - François Gaudin – 1991 (2005), contempla três noções: i) a
Fica claro nos estudos de Faulstich
disciplina; ii) a prática e iii) o produto
(1995) que Gaudin é quem discute com
gerado por essa prática. Como
mais propriedade a pertinência da
disciplina, a Terminologia é o de estudo
terminologia voltada ao âmbito social.
dos termos especializados; como prática,
Segundo Tuxi (2017) na obra “Pour une
tem confluência em uma mesma

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estrutura dos princípios comuns do linguística na interação social


(FAULSTICH, 1995. p. 1).
termo e, por fim, como produto dessa
No Brasil, os estudos da
prática, corresponde ao conjunto de
Socioterminologia continuam sendo
termos de uma determinada
foco de pesquisa de Faulstich que hoje
especialidade que pode ser constituída
conta com um Centro de Estudos
em espaços sociais diversos.
Lexicais e Terminológicos – Centro
Para Cabré (ibidem), a terminologia se
Lexterm na Universidade de Brasília
concentra no termo de maneira que seja
UnB e o Laboratório de Linguística de
uma unidade dotada de características
Línguas de Sinais – LabLibras também
linguísticas do campo de especialidade,
situado na mesma universidade. Ambos
a ponto de formar uma base
os espaços desenvolvem vários estudos
terminológica sistematizada por
de Terminologia e Terminografia nas
concepções, enfoques e práticas às quais
Línguas de Sinais. Que é o próximo
pertencem.
tópico desse artigo.

Brasil - Enilde Faulstich – 1995

2. LÍNGUAS DE SINAIS E
A Professora Dra Enilde Faulstich da TERMINOLOGIA: UM
MOVIMENTO EM CONSTRUÇÃO
Universidade de Brasília – UnB, é a
primeira pesquisadora no Brasil a
apresentar um estudo teórico e aplicado De acordo com Tuxi (2017), os estudos
sobre a Socioterminologia (TUXI, do Léxico e da Terminologia na Língua
2017). Em uma publicação intitulada de Sinais Brasileira configuram um
“Base metodológica para pesquisa em novo paradigma de cunho teórico e de
Socioterminologia, Termo e Variação” a organização linguística no meio
(1995), define a Socioterminologia em acadêmico. Essa mudança resulta da
dois aspectos: necessidade que a LSB tem em ocupar o
lugar de língua de comunicação e de
Socioterminologia, como
prática do trabalho interação. Como resultado as pesquisas
terminológico, fundamenta-se
em Terminologia das línguas de sinais
na análise das condições de
circulação do termo, assentada passam a existir e o número de
no funcionamento da
linguagem. produções acadêmicas cresceu
Socioterminologia, como
disciplina descritiva, estuda o substancialmente.
termo sob a perspectiva

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Com esse crescimento considerado Para localizar os trabalhos que


elementar, podemos dizer que o objetivo, sistematizam os assuntos alusivos ao
dentre outros, de obras lexicográficas de Léxico e à Terminologia, a autora
natureza terminológica “é fornecer buscou três plataformas online: i)
informações para a amplificação das Google3; ii) Google acadêmico4 – que
atividades essenciais à sociedade de têm a opção de busca em outras línguas
forma prática, a obter esclarecimentos e iii) banco de teses e dissertações da
sobre a linguagem por meio de termos
Capes5. As palavras-chave para a busca
utilizados em áreas específicas ou do
foram: i) terminologia e língua de sinais;
conhecimento científico” (FELTEN, 2016,
ii) léxico e língua de sinais; iii)
p. 114).
terminologia na Libras; iii) léxico na
Considerando as atividades essenciais à
Libras e iv) Libras, léxico e
sociedade de forma prática, esta
terminologia.
pesquisa se baseia no levantamento
O resultado com essas palavras de busca
feito por Tuxi no ano de 2017, em sua
foi infrutífera, poucos trabalhos
tese de doutorado, onde a autora faz um
acadêmicos foram localizados. A autora
levantamento de pesquisas em que o
então buscou novas palavras: i)
conceito de Terminologia é trabalhado
dicionário e língua de sinais; ii)
em línguas de sinais, em especial da
glossário e língua de sinais e iii)
LSB. Considerando o viés
vocabulário e língua de sinais. As novas
socioterminológico que considera a
consultas resultaram em um aumento
circulação dos termos e seu
significativo de trabalhos acadêmicos na
funcionamento na linguagem, a autora
área de Léxico e Terminologia da LSB.
faz um levantamento dos estudos feitos
Em seguida foi verificado o conteúdo
em Instituições de Ensino Superior (IES)
dos trabalhos e localizado 29 trabalhos
que versam sobre o tema Léxico e
acadêmicos na área com os temas
Terminologia das Línguas de Sinais
Lexicologia, Lexicografia e
com o objetivo de auxiliar pesquisas
Terminografia. Abaixo apresentamos o
que tenham foco nessa questão, como é
gráfico.
o caso desta. Nas subseções, a seguir,
apresentamos o recorte.
3
Site da Google: www.google.com.
2.1 Pesquisas centradas no Léxico e 4
Site da Google acadêmico:
na Terminologia da Língua de Sinais https://scholar.google.com.br/.
5
Site do banco de dissertações e teses da Capes:
http://bancodeteses.capes.gov.br/banco-teses/#/

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Gráfico 1: Estudos de Léxico e Terminologia da importante para toda a área da


LSB – Da Iniciação Científica à Pós-Graduação
Terminologia e da Língua de Sinais. Em
sua orientação de mestrado do Faulstich
(2012) surge o conceito de sinal-termo.

Cunhamos, em nossa pesquisa,


o termo “sinal-termo” para
designar um sinal que compõe
um termo específico da LSB,
no caso desta pesquisa, os
sinais-termos apresentados
referem-se a termos do Corpo
Fonte: Tuxi (2017) Humano apresentados em
LSB (COSTA, 2012, p. 33).
Neste artigo daremos destaque a cinco
Costa (2012) destaca o aspecto
trabalhos que consideramos
conceitual do sinal-termo, ou seja,
significativos e que apresentam
distingue o uso do sinal para o léxico
conceitos importantes para a área da
comum e do sinal-termo para o léxico
Terminologia, da Terminografia e das
especializado. Essa construção inovou
línguas de sinais, são eles: Costa (2012);
os conceitos de estudos existentes na
Prometi (2013); Douettes (2015);
área de Terminologia das línguas de
Nascimento (2016) e Felten (2016).
sinais. Desde então, o trabalho –
Iniciamos pela dissertação de mestrado
orientado pela Prof.ª Dr.ª Enilde
de Costa (2012), em que o autor aborda
Faulstich – é uma fonte científica
o campo semântico dos sinais-termo do
indispensável para aqueles que almejam
Corpo Humano. A metodologia
realizar pesquisas em Terminologia e
estabelecida foi a da pesquisa
língua de sinais, conforme a Figura 2.
qualitativa que consistia dos seguintes
procedimentos: a) criação de sinais em
Libras; b) validação dos sinais criados;
c) elaboração de proposta de material
didático com foco no aprendizado da
Língua de Sinais Brasileira e do
português e d) a criação de material
didático ilustrado. Como resultado, o
autor registrou 126 verbetes em LSB e, Figura 2: Sinal-termo CORAÇÃO
Fonte: Costa, 2012, p. 36
com eles, criou uma Enciclolibras. A
dissertação de Costa (Ibid., Id) é

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Outro quesito importante nessa A próxima pesquisa apresentada por


dissertação é o tópico Criação de sinais Tuxi (2017) no é de Daniela Prometi
específicos: expansão terminológica. (2013), cujo campo semântico refere-se
Segundo o autor, “para criar sinais em aos sinais-termo da Notação Musical. O
Libras, em vista da expansão objetivo da autora na obra permeia a
terminológica que a área do elaboração de um glossário bilíngue em
conhecimento exige, utilizamos as Língua Sinais Brasileira e Língua
palavras comuns da LSB como base Portuguesa com a finalidade de
para criar novos sinais-termo” (COSTA, desenvolver a compreensão musical nos
2012, p. 47). Surdos bilíngues, mediante a utilização
dos próprios sinais-termo da Língua de
Sinais Brasileira. A autora registra 52
verbetes no modelo bilíngue Língua
Portuguesa/Libras e Libras/Língua
Portuguesa. Para a área da Terminologia
Figura 3: Sinais-termo bebê, criança, o trabalho de prometi é importante, pois
adolescente e adulto. registra o termo e o sinal-termo em
Fonte: Costa (2012, p. 47) glossário semi-bilíngue baseada na
perspectiva teórica de Faulstich (2010).
De acordo com Tuxi (2017), a pesquisa
de Costa traz a proposta inédita do Os dicionários bilíngues
confrontam dois sistemas
conceito de sinal-termo em obras linguísticos e, notadamente,
dois sistemas lexicais. São
lexicográficas e terminográficas. geralmente, constituídos de
duas partes: uma em que a
Conforme a Figura 3, o autor apresenta língua-fonte é Língua 1, como
Libras para os surdos, e a
o ponto de partida para a criação de língua-alvo é a L2, como o
novos sinais-termo e evidencia a português para os surdos
(Faulstich, 2010, p. 175). Se o
necessidade de haver uma ruptura glossário ou dicionário for
bilíngue e reverso, deverá ser
conceitual de representação, isto é, de composto assim:  L2 → L1,
perceber a diferença entre o sinal como Português → LIBRAS e
 L1→ L2 como LIBRAS →
comum, que se refere ao léxico geral, e Português (PROMETI, 2013,
p. 49).
o novo sinal. No caso, o sinal-termo é
criado para representar o conceito Nesse sentido, ao considerar a estrutura
científico ou tecnológico de uma área acima apresentada, a pesquisadora
específica. chama atenção para os sistemas

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linguísticos envolvidos. Em sua visão, No que tange a criação de sinais-termo


não é possível uma língua ser traduzida e organização de glossários, a pesquisa
literalmente de uma para a outra, mas de Prometi (2013) se apresenta como
sim o entendimento da existência de um marco relevante, pois foi o pontapé
duas línguas com sistemas lexicais inicial de registro de glossários
distintos. A respeito do caráter envolvendo línguas de sinais, na
linguístico e político de uma estrutura perspectiva de estudos Terminográficos.
bilíngue, na qual uma das línguas é Outra pesquisa que também traz estudos
Língua de Sinais (LS), Faulstich (2013) significativos para a área e dissertação
tece a seguinte afirmativa: de Douettes (2015), que preconiza uma
nova proposta de organização e registro
Um elaborador de glossário
ou de dicionário bilíngue de glossários. O objetivo desse projeto
português-língua de sinais
brasileira e vice-versa foi o de apresentar um recurso
precisa conhecer as duas
línguas para,
semibilíngue com sinais-termo
necessariamente, representar religiosos e afins, compilados em uma
os léxicos de acordo com os
conceitos em harmonia. apresentação de verbetes tanto em
Harmonizar as línguas é
combinar seus sistemas, de Libras como em Língua Portuguesa aos
tal forma que, no léxico, o
resultado apareça no consulentes.
bilinguismo explícito em
conformidade conceitual
A pesquisa de Douettes é significativa,
entre os itens lexicais. Nesse visto que de forma crítica o autor
caso, não basta traduzir a
língua de sinais para o questiona como os glossários, em que
português ou o português
para a língua de sinais uma das línguas é a língua de sinais, é
porque poderá prevalecer, na
língua de sinais, palavras organizada. Segundo o autor
soletradas manualmente
(FAULSTICH, 2013, p. 5). É preciso refletir sobre até que
ponto os glossários de
Nessa perspectiva, o pensamento de Libras/Português são
realmente eficazes para o
Faulstich (ibidem) mostra que o consulente surdo, já que
glossário bilíngue não é apenas uma apresentam o significado do
léxico em Língua Portuguesa,
obra traduzida literalmente de uma uma língua que a maioria dos
sujeitos surdos não domina
língua para a outra, mas sim dois fluentemente. Essas e outras
são questões a se considerar
sistemas linguísticos que, apesar de nas futuras pesquisas nesta
área (DOUETTES, 2015, p.
terem o campo semântico semelhante, 219).
possuem constituições do termo e do
À vista disso, como forma de
sinal-termo diferenciadas.
organização, o autor propõem um

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modelo de glossário semibilíngue em de permitir diferenciar os elementos de


Libras com conceitos e exemplos dos constituição do verbete, possibilita ao
sinais-termo acessíveis ao consulente consulente surdo a visualização
surdo. Para tanto, o autor utilizou vídeos completa do vocábulo juntamente com
reunidos em uma mídia anexa ao as suas devidas descrições e referência,
glossário, como parte dos recursos desse dentro dos princípios da modalidade
projeto. No DVD encontram-se 93 linguística da LS.
sinais-termo ordenados sob a forma de O próximo trabalho apresentado por
menu. Além dos conceitos, cada dado Tuxi (2017) é o de Nascimento (2016).
possui também exemplos retirados das A autora se empenha em estudar as
obras analisadas. Outro ponto de questões relativas ao campo semântico
destaque nesse trabalho é a do Meio Ambiente. No contexto em
apresentação do glossário em ordem questão, o objetivo traçado no trabalho
alfabética a partir dos nomes dos foi o de desenvolver um glossário
personagens bíblicos e suas histórias. ilustrado semibilíngue da área de Meio
Outra característica importante Ambiente, com vistas à escolarização de
podemos observar na pesquisa surdos do Ensino Fundamental. A
desenvolvida pelo autor. No trabalho, o inovação é o processo de organização
autor utiliza janelas distintas, isto é, de obras lexicográficas e
uma para o sinal, outra para descrição, terminográficas em línguas de sinais. A
exemplo e variação. Assim, de acordo estrutura apresentada pela autora se
com Tuxi (2017) é possível visualizar o mostra de grande importância para a
contexto selecionado de modo área da Terminografia, uma vez que
diferenciado, tanto no verbete escrito, apresenta a escrita de sinais como
no nosso caso em língua portuguesa, mecanismo de busca, como podemos
quanto em outros moldes, tais quais a verificar na Figura 4, a seguir.
descrição de cada elemento que
constitui o verbete. Ao analisarmos o
trabalhado realizado por Douettes
(2015), reconhecemos como um grande
passo, pois a distinção mediante o uso
de janelas e cores configura uma
proposta muito sugestiva sob o ponto de Figura 4: Mecanismo de busca pela LSB
vista metodológico, uma vez que, além Fonte: Nascimento, 2016, p. 184

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LINGUÍSTICOS

Outra inovação apresentada pela autora A constituição morfológica


dos sinais-termo criados por
é o mecanismo de busca pela imagem, esta pesquisa segue a proposta
de Faria-Nascimento (2009)
como apresentamos a seguir. na construção das UTS, que
consiste na análise dos
parâmetros isoladamente e
combinados. Esse estudo é
orientado pelos parâmetros
fonológicos da Libras, a saber,
Configuração de Mão (CM),
Movimento (M) e Ponto de
Articulação (PA),
considerados primários. E dos
outros dois parâmetros
considerados secundários,
Orientação da Palma da Mão
(OP) e as Expressões Não
Manuais (Expressões Faciais e
Figura 5: Mecanismo de busca pelas ilustrações Corporais) (FELTEN, 2016, p.
Fonte: Nascimento, 2016, p. 184 95).

Felten apresenta uma proposta


Na Figura 5, observamos que a autora interessante de trabalho a partir do
oferecer imagens de um determinado estudo das unidades terminológicas
campo semântico ao consulente. Isso sinalizadas (UTS) e da análise da
mostra que Nascimento (2016) valoriza, constituição de unidades terminológicas
de forma concatenada e bem organizada, complexas sinalizadas (UTCS). O
o conceito dos sinais-termo com foco no estudo tem como base o pressuposto
visual. teórico de Faulstich acerca do
Por fim, apresentamos a pesquisa “Constructo F” (FAULSTICH, 2003). O
empreendida por Felten (2016), cujo autor vai além nas análises
campo semântico permeia os sinais- terminológicas e propõe um postulado
termo da História do Brasil. O objetivo sobre as Unidades Terminológicas
foi sistematizar os termos da História do Complexa Sinalizada (UTCS). O
Brasil no português e propor a criação postulado de Felten, por vez, contempla
de sinais-termo correspondentes na LSB. a língua de sinais – no caso, a Língua de
Segundo Tuxi (2017), a dissertação de Sinais Brasileira.
Felten mostra-se inovadora pelo aspecto A Figura 6 , a seguir, podemos observar
de criação e formação das unidades a representação imagética do sinal-
terminológicas. O autor aplica em sua termo SEGUNDO REINADO como
obra a construção de Unidade uma UTCS formada por três outras
Terminológica Sinalizada (UTS) unidades lexicais sinalizadas:
proposta por Faria-Nascimento (2009).

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Patricia Tuxi

SEGUNDO/DOIS (A), COROA (B), e Dado o histórico das pesquisas


PERÍODO (C). terminológicas nas línguas orais e nas
línguas sinais, é preciso reconhecer que,
como ocorrem pesquisas acadêmicas
nas línguas orais atualmente, é
importante que se tenha um registro
formal de publicações científicas, bem
como da organização de dicionários
especializados para usuários da LSB,
visto que as línguas de sinais estão
Figura 6: Sinal-termo SEGUNDO REINADO
presentes nos mais diversos espaços
Fonte: Felten, 2016, p. 110
sociais, graças às implementações das
A área de estudo das análises das
práticas de acessibilidade, pois
estruturas do sinal-termo, bem como a
conforme Felten (2016) todo o percurso
sua categorização quanto ao tipo de
das pesquisas em terminologia e
unidade terminológica é ainda, segundo
Terminografia das línguas de sinais
Tuxi (2017), uma temática conceitual
procuram contribuir para um diálogo
pouco pesquisada nos ambientes
provocativo interdisciplinar entre
acadêmicos atualmente. Esse exemplo
campos científicos.
mostra a possibilidade de se iniciarem
Pretende-se, ainda, com as pesquisas
novas pesquisas na área da
aqui apresentadas, revelar os brilhantes
Terminologia das línguas de sinais.
estudos e análises da Lexicografia e
Os trabalhos elencados neste artigo
Terminografia iniciadas em vários
demonstram a diversidade das pesquisas
campos científicos e em diferentes
realizadas na área da Terminologia na
Estados brasileiros. Há, ainda, tantos
LSB. Tal avanço indica a necessidade
outros estudos não menos importantes,
que os usuários de língua de sinais têm
entretanto, foi necessário selecionamos
em sistematizar o léxico e os termos de
alguns para que entendamos os
especialidade, a partir dos
processos da identificação das
conhecimentos já ordenados na Língua
estratégias lexicográficas da língua de
Portuguesa.
sinais e de fixação do léxico que

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
contribui para a história da identidade
do povo Surdo.

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TERMINOLOGIA, TERMINOGRAFIA E LÍNGUAS DE SINAIS: NOVOS RUMOS
LINGUÍSTICOS

Garantir o direito à acessibilidade tradução do português para a língua de


linguística, é ir além da visão sinais.
tradicionalista que ainda perdura em Ao refletir sobre o conteúdo
alguns imaginários humanos, bem como apresentado nos estudos selecionados,
desfazer a barreira ideológica que supõe percebemos a urgente necessidade de
que todo esse universo linguístico se continuação de pesquisas na linha que
resume a uma simples prática de sistematiza os sinais em obras de
referência.

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