MANUAL TECNICO BOMBAS ANFIBIAS - REV 10 (Red)

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REV 10

Este manual está sujeito a alterações sem prévio aviso. 03/10/07


ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.................................................................... 03

2 BOMBAS ANFÍBIAS......................................................................................... 04
2.1 Os Modelos e a Nomenclatura .................................................................... 05
2.2 Características Construtivas ....................................................................... 07
2.3 Sentido do Fluxo .......................................................................................... 08
2.4 Formas de Instalação ................................................................................... 08
2.5 Procedimentos para Instalação................................................................... 10
2.5.1 Fluido interno do motor................................................................................ 10
2.5.2 A Plaqueta de Identificação ......................................................................... 11
2.5.3 Ligação Elétrica ........................................................................................... 12
2.5.3.1 Emenda de Cabos Elétricos ..................................................................... 13
2.5.3.2 Aterramento ............................................................................................. 14
2.5.3.3 Tabela de Amperagens ............................................................................ 15
2.5.3.4 Proteção Térmica – Sensor PTC.............................................................. 17
2.5.4 Sentido de Giro............................................................................................ 19
2.5.5 Posicionamento e fixação da bomba........................................................... 19
2.5.6 Sucção......................................................................................................... 20
2.5.7 Escorva........................................................................................................ 21
2.5.8 Partida da Bomba ........................................................................................ 21
2.6 Vista Explodida............................................................................................. 22
2.7 Dimensionais ................................................................................................ 24
2.8 Tabela de Sólidos Máximos Admissíveis ................................................... 27

3 MOTOR ELÉTRICO .......................................................................................... 28


3.1 Tabela de Cabos Utilizados ......................................................................... 29
3.2 Dimensionamento de Cabos Elétricos ....................................................... 29
3.3 Classe de Isolação ....................................................................................... 31
3.4 Grau de proteção.......................................................................................... 31
3.5 Fator de Serviço ........................................................................................... 32
3.6 Proteções Elétricas ...................................................................................... 33
3.6.1 Protetores com resposta à corrente............................................................. 33
3.6.1.1 Fusíveis .................................................................................................... 33
3.6.1.2 Disjuntores................................................................................................ 34
3.6.1.3 Relés Térmicos......................................................................................... 34
3.6.2 Protetores com resposta à temperatura ...................................................... 34
3.6.2.1 Termorresistores (PT-100) ....................................................................... 34
3.6.2.2 Termistores (PTC e NTC)......................................................................... 35

1
3.6.2.3 Termostatos.............................................................................................. 35
3.6.2.1 Protetor Térmico ....................................................................................... 35
3.7 Tipos de Partida Elétrica.............................................................................. 35
3.7.1 Partida a Plena Carga ................................................................................. 36
3.7.1.1 Partida com Chave Manual ...................................................................... 36
3.7.1.2 Partida com Chave Magnética (contactora).............................................. 36
3.7.2 Partida com Carga Reduzida....................................................................... 36
3.7.2.1 Partida com Chave Compensadora.......................................................... 37
3.7.2.2 Partida com Chave Estrela-Triângulo ....................................................... 37
3.7.2.3 Partida com Chave Soft Starter ................................................................ 38

4 PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÃO.......................................................... 39


4.1 Perdas de Carga em Acessórios................................................................. 40

5 NPSH E CAVITAÇÃO ....................................................................................... 42

6 CURVAS DE PERFORMANCE ........................................................................ 45

7 TERMO DE GARANTIA.................................................................................... 56

2
1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A HIGRA é uma empresa do ramo metal a seus produtos, pelos conceitos inovadores
mecânico fundada em 30/10/2000 e que possui neles implantados e pela capacitação de seu
em sua diretoria mais de 30 anos de experiência corpo técnico. Além disso todos os
no segmento de bombeio de fluidos, trazendo equipamentos são protegidos por pedido de
para o mercado um novo paradigma com seus patente.
produtos pioneiros e inovadores, sempre
Os equipamentos HIGRA são produzidos com o
primando pela qualidade e confiabilidade.
que há de mais moderno no ramo metal
A cada ano que passa, a HIGRA apresenta mecânico, contando com o mais avançado
novos produtos e soluções para atender as software para projetos e uma moderna bancada
necessidades de seus clientes em todos os de testes eletrônica.
setores em que atua. São mais de 100 modelos
Para a HIGRA, qualidade não é apenas um
disponíveis nas linhas de Bombas Anfíbias e
diferencial competitivo, e sim uma obrigação.
Submersas Modulares e de Equipamentos para
Desta forma se gera o que de fato é qualidade:
Tratamento de Efluentes, sendo todos com
um produto confiável, com a melhor relação
características funcionais e operacionais
custo/benefício e com a estrutura da empresa
pioneiras.
fornecendo o suporte necessário ao cliente.
Responsável pelo projeto, produção e
Para saber mais sobre a HIGRA e seus
comercialização de soluções de bombeio e
equipamentos, consulte o nosso site:
tratamento de efluentes, nos setores de
www.higra.com.br ou entre em contato através
captação de água, irrigação, saneamento
do e-mail: vendas@higra.com.br, ou do
básico, mineração e indústrias, a HIGRA se
telefone: (51) 3778 2929.
destaca no setor pela alta tecnologia agregada

Figura 01 - Vista aérea da planta da HIGRA Industrial Ltda

3
2. BOMBAS ANFÍBIAS

Com o princípio de bombeamento centrífugo apresentadas pelas bombas anfíbias e de


através de rotores fechados de fluxo misto ou captação, permitem que se reduza ao mínimo a
radial, simples ou multiestágio, a bomba anfíbia intervenção nas APP’s (Áreas de Preservação
foi concebida para ter a capacidade de operar Permanente), reduzindo significativamente o
tanto dentro quanto fora da água, podendo impacto ambiental. A camada de água formada
montar as bombas tanto em série como em entre o motor da bomba e a carcaça externa
paralelo, somando-se assim as vazões e/ou durante a operação de bombeio funciona como
pressões. O anfibismo destas bombas é um isolamento acústico, reduzindo
conseqüência do design adotado, onde o fluxo significativamente a transmissão de som da
da água é admitido pela sucção axial flangeada, parte interna da bomba para o meio ambiente.
passando por um rotor centrífugo onde todo o
As características das bombas podem ser bem
volume de fluido bombeado passa ao longo do
exploradas através de um planejamento preciso
motor garantindo uma excelente troca térmica.
e de um dimensionamento correto do sistema
A refrigeração interna do motor é, da mesma de bombeio, culminando nas orientações dos
maneira, feita com água. Para tanto, o bobinado órgãos ambientais, que prevêem a redução de
deste é feito com espiras de fio encapado, que ruídos e de riscos de acidentes, evitando
garante a isolação e permite rebobinagem. Os desmatamentos, aterros e obras civis nas
mancais axiais e radiais de deslizamento margens dos mananciais. No presente manual
asseguram a centralização e absorção das estão detalhadas as características técnicas das
vibrações e esforços resultantes do movimento bombas Anfíbias HIGRA, com detalhes para
rotatório, empuxo e pressão hidráulicos instruir os usuários a instalar, operar, efetuar
atuantes no rotor centrífugo. As facilidades e manutenção básica e de segurança para o
simplicidades de instalação e manuseio trabalho das mesmas.

Figura 02 – Bomba Anfíbia em tanque Figura 03 – Bombas Anfíbias em sistema modular

4
2.1 Os Modelos e a Nomenclatura

A linha de bombas HIGRA se divide em dois grupos: Bombas Anfíbias (tipo booster) e Bombas
Submersas (tipo captação). Dentro da linha de Bombas Anfíbias, na qual este manual se refere, as
bombas se classificam em:

Bomba Anfíbia Radial Estágio Único:

Figura 04 – Bomba Anfíbia modelo R1-360/125B

Bomba Anfíbia Radial Multiestágio:

Figura 05 – Bomba Anfíbia modelo R5-265/125B

5
Bomba Anfíbia Mista Estágio Único:

Figura 06 – Bomba Anfíbia modelo M1-345/300B

Quanto à nomenclatura, as bombas HIGRA são identificadas de acordo com o tipo de rotor, quantidade
de estágios, diâmetro do rotor, potência do motor e tipo de bomba, conforme exemplos abaixo:

R 1 – 360 / 100 B
R 5 – 265 / 125 B
M 1 – 345 / 300 B
A 1 – 400 / 125 C

Tipo de Bomba:B = booster (anfíbia)


C = captação (submersa)
Potência do Motor (CV)
1
Diâmetro nominal do rotor (mm)
2
Quantidade de estágios
Tipo de Rotor: R = radial
M = misto
A = axial

1 – O nome do modelo da bomba contempla sempre o diâmetro nominal do rotor. O diâmetro do rotor rebaixado, quando aplicável,
poderá ser encontrado no relatório de teste de performance da bomba.

2 – Somente as bombas radias podem possuir mais de um estágio.

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2.2 Características Construtivas

Na tabela abaixo são apresentados os materiais de construção dos principais componentes das bombas
anfíbias, possuindo diferenciações conforme o modelo do equipamento:

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO MODELOS

Ferro Fundido - IV pólos, életrico, assíncrono, trifásico, tipo TODOS


submerso de gaiola de esquilo em curto circuito e (exceto R1-180)
rebobinável
MOTOR
Ferro Fundido - II pólos, életrico, assíncrono, trifásico, tipo
submerso de gaiola de esquilo em curto circuito e R1-180
CONJUNTO MOTOR

rebobinável
EIXO Aço Carbono revestido com Metal Duro TODOS
BOBINADO Fio encapado em PVC TODOS
MANCAL RADIAL Bronze X Metal Duro (deslizamento) TODOS
MANCAL AXIAL Aço Ferramenta X Grafite (deslizamento) TODOS
SELO MECÂNICO Faces de Carbeto de Tungstênio TODOS
CARCAÇAS Ferro Fundido Nodular TODOS
FILTRO EQUALIZADOR Bronze Sinterizado TODOS
a) Ferro Fundido Nodular (para água bruta)
OPÇÕES:

b) Aço Inoxidável (para fluidos corrosivos)


ROTOR TODOS
c) Aço ASTM (para fluidos abrasivos)
d) Bronze Naval (para água saloba)
a) Ferro Fundido Nodular (para água bruta) TODOS
OPÇÕES:

b) Aço Inoxidável (para fluidos corrosivos)


DIFUSOR TODOS
c) Aço ASTM (para fluidos abrasivos)
BOMBA

(exceto M1-290 e M1-345)


CONJUNTO EXTERNO

d) Bronze Naval (para água saloba)


a) Ferro Fundido Nodular (para água bruta)
OPÇÕES:

b) Aço Inoxidável (para fluidos corrosivos) R2-265, R3-265, R4-265,


CARCAÇA DO ESTÁGIO R5-265, R1-320, R2-320,
c) Aço ASTM (para fluidos abrasivos) R3-320, R2-360 e R3-360
d) Bronze Naval (para água saloba)
a) Ferro Fundido Nodular (para água bruta)
OPÇÕES:

b) Aço Inoxidável (para fluidos corrosivos) R2-265, R3-265, R4-265,


CARCAÇA DE ENTRADA R5-265, R1-320, R2-320,
c) Aço ASTM (para fluidos abrasivos) R3-320, R2-360 e R3-360
d) Bronze Naval (para água saloba)
CARCAÇA DE SAÍDA Ferro Fundido Nodular TODOS
ANÉIS DE DESGASTE Bronze TODOS
TUBO DE FLUXO Aço Carbono TODOS
a) Estrutura em Aço Carbono Galvanizado a Fogo e
TODOS
Tela Expandida em Aço Carbono Galvanizado a Fogo
b) Estrutura em Aço Carbono Galvanizado a Fogo e
OPÇÕES:

TODOS
OPCIONAIS

Tela Expandida em Aço Inoxidável


CRIVO
c) Estrutura em Aço Carbono Galvanizado a Fogo e
TODOS
Tela Perfurada em Aço Carbono Galvanizado a Fogo
d) Estrutura em Aço Carbono Galvanizado a Fogo e
TODOS
Tela Perfurada em Aço Inoxidável
PROTEÇÃO CATÓDICA Anodo de Sacrifício (para fluidos corrosivos) TODOS

Tabela 01 – Características construtivas das bombas anfíbias.

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2.3 Sentido de Fluxo

No desenho abaixo está indicado o sentido de fluxo do fluido bombeado para as bombas Anfíbias,
apresentando a hidrodinâmica do equipamento, a troca térmica e câmara acústica formada pelo fluido:

Figura 07 – Ilustração da passagem do fluido por dentro da bomba.

2.4 Formas de Instalação

Figura 08 – Forma de instalação com uma bomba instalada submersa e a outra na linha.

Figura 09 – Forma de instalação com uma bomba na linha e na vertical aumentando a pressão.

8
Figura 10 – Forma de instalação com uma bomba ora succionando e ora submersa.

Figura 11 – Forma de instalação com três bombas moduladas, sendo uma submersa.

Figura 12 – Forma de instalação com uma bomba na linha e na horizontal aumentando a pressão.

9
2.5 Procedimentos para Instalação

O procedimento de instalação que seguirá abaixo deverá ser seguido para qualquer uma das formas de
instalação apresentadas anteriormente, sob pena de ocorrerem danos à bomba e que
conseqüentemente não terão cobertura de garantia (conforme capítulo 7).

2.5.1 Fluido interno do motor

Após a retirada do equipamento da embalagem, posicione o mesmo na vertical com o flange de sucção
(onde está localizado o rotor) para baixo. Desta forma ficará acessível o sistema de equalização de
pressão das bombas Anfíbias, composto de filtros internos de bronze e de uma máscara de borracha
que evita vazamentos, permitindo apenas a equalização da pressão através da troca de gotículas de
água entre o motor e o ambiente externo.

ATENÇÃO: Não retirar, obstruir, perfurar ou danificar a máscara de borracha do filtro que possui
micro orifícios, pois a mesma é a responsável pelo sistema de equalização de pressão.

Para assegurar o total preenchimento interno da bomba com fluido é necessário (conforme figura
abaixo):

- Retirar o Filtro Equalizador de Pressão localizado na parte traseira da bomba;


- Verificar o nível de fluido interno e caso necessário completar com água limpa;
- Recolocar o filtro (com o anel o´ring de borracha) e fixá-lo novamente com os parafusos.

10
Figura 13 – Detalhe do Filtro Equalizador de Pressão

IMPORTANTE: É normal ocorrer pequenas trocas de fluido do interior da bomba com o meio
externo através da máscara de borracha, devido ao transporte e a possíveis mudanças de
temperatura que o equipamento venha a ficar exposto.

Os equipamentos HIGRA são preenchidos internamente com uma mistura de água e óleo na proporção
indicada na tabela abaixo. O óleo hidráulico utilizado é o ATF do tipo A (Automatic Transmission
Fluid), utilizado geralmente em transmissões automotivas (direção hidráulica).

VOLUME DE VOLUME DE VOLUME


POTÊNCIA CARCAÇA DO
ÓLEO ATF ÁGUA TOTAL
(CV) MOTOR
(litros) (litros) (litros)
10, 12, 15 e 20 132L 0,15 6,85 7,00
25, 30 e 40 160L 0,15 14,85 15,00
40, 50 e 60 200L 1,00 29,00 30,00
75, 100 e 125 225SM 1,50 33,50 35,00
150, 175, 200, 250 e 300 280SM 2,50 87,50 90,00
NOTA: Os volumes de água e total são valores aproximados.
Tabela 02 – Volume de fluidos para preenchimento das bombas.

ATENÇÃO: As bombas que trabalharão com água tratada (pronta para o consumo) não devem ser
preenchidas com a quantidade acima indicada de óleo, sendo a mesma substituída apenas por
água limpa. Desta forma o equipamento apenas será preenchido com água.

2.5.2 A Plaqueta de Identificação

As bombas HIGRA possuem uma plaqueta de identificação (figura abaixo) que detalha as especificações
do equipamento, conforme os itens que seguem:

11
Figura 14 – Plaqueta de Identificação

MOD.: Neste campo é apresentado o modelo da FP: Apresenta o Fator de Potência do motor
bomba, conforme exemplos do capítulo 2.1. que é a relação entre a potência ativa e a
potência aparente absorvidas pelo motor.
N° SÉRIE: Número de série de fabricação do
equipamento. η MOTOR (%): Apresenta o rendimento do
motor elétrico que é a eficiência do motor na
VAZÃO (m³/h): Apresenta a vazão que a
transformação de energia elétrica em mecânica.
bomba fornece e que foi solicitada.
FS: Apresenta o Fator de Serviço do motor, ou
PRESSÃO (mca): Apresenta a pressão total
seja, o multiplicador que quando aplicado à
que a bomba fornece e que foi solicitada.
potência nominal do motor, indica a sobrecarga
NOTA: Os campos vazão e pressão são
permissível que pode ser aplicada
dependentes entre si.
continuamente sob condições específicas sem
FLANGE: Apresenta a norma de fabricação do
aquecimento prejudicial ao motor, uma vez
flange, conforme detalhamento do capítulo 2.7.
mantida a tensão e a freqüência especificada.
PESO (kg): Apresenta o peso total do conjunto
FREQ.: Apresenta a freqüência da rede na qual
monobloco (excluso o peso do crivo).
o motor elétrico está projetado para trabalhar. A
POTÊNCIA (CV): Apresenta a potência nominal freqüência é o número de vezes por segundo
do motor elétrico da bomba. que a tensão muda de sentido e volta à
ROTAÇÃO (rpm): Apresenta a rotação nominal condição inicial (ciclos por segundo ou hertz).
do motor elétrico. PÓLOS: Apresenta a polaridade do motor. Os
Ip/In: Apresenta a relação entre a corrente de motores IV pólos trabalham em 1750rpm e os
partida e a corrente nominal do motor. motores II pólos trabalham em 3500rpm.

TENSÃO (V): Apresenta a tensão do motor ESQUEMA DE LIGAÇÃO: Apresenta as formas


elétrico fornecido. de fechamento dos cabos elétricos e as suas
Motores até 20CV apresentam somente uma respectivas correntes de trabalho. Para motores
tensão de operação. Ex: 220V ou 380V ou 440V de até 20CV é apresentada apenas uma tensão
Motores acima de 25CV apresentam duas de trabalho (fechamento interno em triângulo),
tensões de operação. Ex: 220/380V ou saindo um cabo com três fios. Para motores
380/660V ou 440/760V. acima de 25CV são apresentados dois tipos de
fechamento externos (estrela ou triângulo),
saindo seis cabos do motor elétrico.

2.5.3 Ligação Elétrica

Como visto anteriormente, os motores HIGRA podem apresentar duas configurações diferentes de
cabeamento de saída:

- Motores de até 20CV: saída de um cabo de três condutores, com fechamento na tensão escolhida
pelo cliente feita internamente no motor. Esta configuração não permite ligação em chave de partida
estrela triângulo, somente partida com chave compensadora ou partida direta.

12
- Motores acima de 25CV: saída do motor com seis cabos de um condutor cada. Os seis cabos podem
ser levados até o quadro de comando para partida com soft-starter ou com chave estrela triângulo, ou
em caso de partida em compensadora serem fechados conforme segue:

Fechamento em Triângulo: neste tipo de ligação através do fechamento dos cabos 1-6, 2-4 e 3-5, o
motor irá trabalhar na menor tensão. Exemplo: Um motor 380/660V com fechamento em triângulo irá
trabalhar em 380V (maiores informações no capítulo 3.7).

Fechamento em Estrela: neste tipo de ligação através do fechamento dos cabos 1-2-3 e da ligação no
quadro elétrico dos cabos 4, 5 e 6, o motor irá trabalhar na maior tensão. Exemplo: Um motor 220/380V
com fechamento em estrela irá trabalhar em 380V (maiores informações no capítulo 3.7).

2.5.3.1 Emenda de Cabos Elétricos

Segue abaixo as instruções para a emenda e isolação dos cabos elétricos, de equipamentos HIGRA,
para trabalho submerso. As fotos apresentam um cabo com três condutores, porém o procedimento deve
ser o mesmo para os equipamentos que apresentam seis cabos:

1 - Desencapar as pontas dos fios elétricos de maneira


defasada, para que não fiquem na mesma posição e
não deixem a emenda com uma seção muito maior
que a bitola do cabo.

2 - Usar emendas tubulares metálicas do mesmo


diâmetro do cabo elétrico para a união dos cabos,
prensando suas pontas com um alicate.

3 - Soldar com estanho os cabos elétricos com a


emenda tubular metálica.

13
4 - Usar fita elétrica auto-fusão de borracha (23BR
3
marca 3M) ao longo de toda a emenda. Deve-se
aplicar três vezes esta fita de maneira que esta fique
bem esticada.

5 - Aplicar fita isolante plástica (35+ marca 3M) sobre


a fita auto-fusão. Deve-se aplicar três vezes esta fita
de maneira que esta também fique bem esticada.

6 - Aproximar os cabos e aplicar duas vezes a fita


auto-fusão de borracha ao longo de todo o cabo
elétrico, de maneira a cobrir toda a emenda. Logo
após aplicar duas vezes a fita isolante plástica sobre
toda a emenda, de maneira a cobrir a fita auto-fusão.

NOTA: este método é usado para emenda e isolação dos cabos elétricos fora do motor submerso.
Dentro do motor submerso os cabos recebem ainda uma camada de adesivo epóxi bicomponente
(Araldite Hobby) entre as operações 3 e 4.

ATENÇÃO: Emendas expostas ao tempo e feitas sem o procedimento citado acima podem oxidar,
provocar falha em alguma fase e/ou entrar em curto, provocando danos ao equipamento.

2.5.3.2 Aterramento

O aterramento tem por função proteger os equipamentos através da criação de um caminho para a
corrente elétrica (curto entre fase-carcaça, por exemplo), atuando assim nos dispositivos de proteção,
além de proteger as pessoas contra eventuais choques elétricos.

As Bombas Anfíbias não possuem cabo de aterramento, visto que o mesmo pode ser feito a partir do
quadro elétrico de acionamento do motor, através da tubulação (quando esta for metálica e estiver em
contato com a terra) e através do próprio equipamento estando em contato direto com a terra. Caso se
deseje aterrar individualmente a bomba, o cabo de aterramento pode ser conectado em qualquer ponto
metálico externo do equipamento, como por exemplo, nos pés ou no flange do equipamento.

14
2.5.3.3 Tabela de Amperagens

Abaixo segue a tabela de amperagens dos motores HIGRA em 60Hz e as respectivas regulagens para a
proteção elétrica dos motores. As correntes nominais e a vazio podem ter variação de 5%. Em caso de
variação fora desta tolerância, o equipamento deverá ser desligado e a fábrica ou alguma Assistência
Técnica Autorizada deverá ser acionada.

Corrente Regulagem do Corrente


Potência Tensão Rend. FP
Nominal Relé de a vazio Ip / In
(CV) (V) (%) (cos Φ)
(A) Proteção (A) (A)

220 16,1 18,3 a 19,3 9,2 75 0,80 6,2


380 9,3 10,5 a 11,5 5,3 75 0,80 6,2
5
440 8,0 9,1 a 9,6 4,7 75 0,80 5,6
760 4,7 5,3 a 5,6 2,7 75 0,80 5,6
220 27,4 31,2 a 32,8 12,0 82 0,86 8,3
380 15,9 18,0 a 19,0 6,9 82 0,86 8,3
10
440 13,7 15,6 a 16,4 6,5 82 0,86 8,1
760 7,9 9,0 a 9,5 3,8 82 0,86 8,1
220 33,5 38,1 a 40,1 13,0 82 0,88 7,4
380 19,4 22,0 a 23,2 7,5 82 0,88 7,4
12,5
440 16,5 18,8 a 19,8 6,5 82 0,89 7,1
760 9,6 10,9 a 11,5 3,8 82 0,89 7,1
220 41,1 46,7 a 49,2 19,1 83 0,85 8,2
380 23,8 27,0 a 28,4 11,0 83 0,85 8,2
15
440 20,3 23,1 a 24,3 9,5 84 0,85 8,3
760 11,7 13,3 a 14,0 5,5 84 0,85 8,3
220 54,1 61,6 a 64,9 22,9 84 0,85 7,1
380 31,3 35,7 a 37,5 13,2 84 0,85 7,1
20
440 27,4 31,1 a 32,7 12,0 83 0,85 7,4
760 15,8 18,0 a 19,0 6,9 83 0,85 7,4
220 64,6 73,6 a 77,5 24,2 85 0,88 7,9
380 37,4 42,6 a 44,8 14,0 85 0,88 7,9
380 38,3 43,6 a 45,9 13,6 83 0,88 7,6
25
660 22,0 25,1 a 26,4 7,9 83 0,88 7,6
440 33,1 37,5 a 40,0 12,3 83 0,88 7,8
760 19,1 21,8 a 22,9 7,1 83 0,88 7,8
220 80,3 91,5 a 96,3 26,0 82 0,88 6,4
380 46,5 52,9 a 55,7 15,0 82 0,88 6,4
380 48,1 54,8 a 57,7 23,0 84 0,83 8,7
30
660 27,7 31,5 a 33,2 13,5 84 0,83 8,7
440 41,6 47,3 a 49,8 20,0 84 0,83 8,5
760 24,1 27,4 a 28,8 11,5 84 0,83 8,5
220 105,7 120,5 a 126,8 38,1 84 0,87 6,7
380 61,2 69,7 a 73,4 22,0 84 0,87 6,7
380 61,2 69,7 a 73,4 23,0 84 0,87 7,0
40
660 35,2 40,0 a 42,3 13,3 84 0,87 7,0
440 52,9 60,2 a 63,4 19,3 84 0,87 6,7
760 30,6 34,8 a 36,7 11,1 84 0,87 6,7

15
220 127,6 145,4 a 153,1 30,3 86,0 0,88 5,3
380 73,9 84,2 a 88,6 17,5 86,0 0,88 5,3
380 73,9 84,2 a 88,6 24,2 86,0 0,88 6,3
50
660 42,5 48,5 a 51,0 14,0 86,0 0,88 6,3
440 65,3 74,4 a 78,3 24,5 86,0 0,86 7,0
760 37,8 43,0 a 45,3 14,1 86,0 0,86 7,0
380 92,9 105,8 a 111,4 34,3 85,0 0,85 6,6
660 53,5 60,9 a 64,1 19,8 85,0 0,85 6,6
60
440 78,4 89,3 a 94,0 25,0 85,0 0,87 5,9
760 45,4 51,7 a 54,4 14,4 85,0 0,87 5,9
220 195,9 223,3 a 235,0 65,0 87,0 0,85 7,1
380 113,4 129,2 a 136,0 37,5 87,0 0,85 7,1
380 112,1 127,9 a 134,6 36,2 87,0 0,86 6,9
75
660 64,5 73,5 a 77,4 20,9 87,0 0,86 6,9
440 97,9 111,6 a 117,5 32,5 87,0 0,85 7,0
760 56,7 64,6 a 68,0 20,9 87,0 0,85 7,0
220 270,7 308,6 a 324,8 110,0 87,0 0,82 8,1
380 156,7 178,6 a 188,0 63,5 87,0 0,82 8,1
380 154,9 176,5 a 185,8 61,5 87,0 0,83 7,1
100
660 89,2 101,6 a 106,9 35,5 87,0 0,83 7,1
440 135,4 154,3 a 162,4 51,6 87,0 0,82 7,0
760 78,4 89,3 a 94,0 29,8 87,0 0,82 7,0
220 334,3 381,1 a 401,2 103 87,0 0,83 5,8
380 193,6 220,0 a 231,5 59,5 87,0 0,83 5,8
380 193,6 220,0 a 231,5 62 87,0 0,83 5,9
125
660 111,4 127,0 a 133,7 35,8 87,0 0,83 5,9
440 167,2 190,5 a 200,6 52 87,0 0,83 5,8
760 96,8 110,3 a 116,1 30,0 87,0 0,83 5,8
380 219,1 249,2 a 262,3 66,0 87,0 0,88 8,3
660 126,1 143,8 a 151,4 38,1 87,0 0,88 8,3
150
440 187,1 213,2 a 224,5 46,2 87,0 0,89 7,3
760 108,3 123,4 a 129,9 26,7 87,0 0,89 7,3
380 252,7 288,1 a 303,2 66,0 87,0 0,89 7,2
660 145,5 165,8 a 174,6 38,1 87,0 0,89 7,2
175
440 213,4 243,2 a 256,0 46,0 89,0 0,89 6,3
760 123,5 140,8 a 148,2 26,6 89,0 0,89 6,3
380 288,8 329,2 a 346,6 66,0 87,0 0,89 6,4
660 166,3 189,5 a 199,5 38,1 87,0 0,89 6,4
200
440 249,4 284,3 a 299,3 45,4 87,0 0,89 5,4
760 144,4 164,5 a 173,2 26,2 87,0 0,89 5,4
380 365,1 416,2 a 438,1 100,0 87,0 0,88 7,9
660 210,2 239,9 a 252,5 57,7 87,0 0,88 7,9
250
440 304,8 347,4 a 365,7 84,0 89,0 0,89 7,9
760 176,5 201,1 a 211,7 48,5 89,0 0,89 7,9
380 438,2 499,5 a 525,8 100,0 87,0 0,88 6,7
660 252,3 287,2 a 302,4 57,7 87,0 0,88 6,7
300
440 365,8 416,9 a 438,9 84,0 89,0 0,89 6,6
760 211,8 241,4 a 254,1 48,5 89,0 0,89 6,6

Tabela 03 – Tabela de Amperagens motores HIGRA em 60Hz.

16
2.5.3.4 Proteção Térmica – Sensor PTC

As bombas Anfíbias HIGRA possuem dentro de seus motores sensores para proteção térmica que são
acionados automaticamente quando a temperatura no interior das bobinas atingir 70°C. Estes três
sensores (um por fase dentro do bobinado) são conectados através de um cabo com dois condutores e
que fica localizado entre os cabos elétricos que saem do equipamento. Para que este sensor atue
desligando a bomba em caso de sobre aquecimento, é necessário que o mesmo seja ligado no Relé de
Proteção que é fornecido junto com o equipamento, conforme segue:

IMPORTANTE: É obrigatória a instalação do Relé de Proteção Térmica PTC 70°C. Caso o mesmo
não seja conectado, o equipamento perderá sua garantia (conforme capítulo 7).

DADOS TÉCNICOS DO RELÉ DE PROTEÇÃO TÉRMICA:

Marca: Samrello
Modelo: Série RPT-2C
Tensão de alimentação: 127 Vca ou 220 Vca 50/60 Hz (ver posição chave lateral)
Primeiro grupo de sensores: Sensor PTC, BR/AZ - Para alarme ( 140°C ± 5%)
Segundo grupo de sensores: Sensor PTC, PT/PT - Para desligamento ( 150°C ± 5%)
Saída de controle: 1 relé de alarme ON/OFF (250Vca/5A) e 1 relé de desligamento ON/OFF (250Vca/5A)
Tempo de retardo na energização: 3 segundos
Temperatura ambiente: 0 a 50 °C
Umidade máxima: 85% sem condensação
Consumo: 5 VA
Indicação de função: LEDS
Caixa: ABS Norma DIN 55 x 75 x 108 mm
Grau de proteção: IP 10

O relé de proteção térmica quando alimentado na tensão


especificada (127V ou 220V) aciona os relés de alarme (AL)
e de desligamento (DE) após 3 segundos, fechando os
contatos C com NA-1 e NA-2. O mesmo permanece neste
estado (com os leds acesos) até a operação de um dos
sensores que estão conectados dentro das bobinas do
motor elétrico. Os sensores internos atuam quando a Figura 15 – Relé Térmico PTC
temperatura atingir 70°C.

IMPORTANTE: O relé de proteção térmica deve ser ligado a uma contactora que aciona o motor
(conforme figuras 16 e 17) para que o desligamento da bomba, em caso de sobre aquecimento,
seja automático. Não se deve instalar o relé de proteção somente a um dispositivo de alarme
sonoro ou visual, pois este método exige a intervenção manual de desligamento do
equipamento e acarreta na perda de garantia sobre o mesmo.

17
Figura 16 - Diagrama de ligação dos sensores com o relé térmico.

Figura 17 - Diagrama de ligação do relé com a contactora.

18
2.5.4 Sentido de Giro

Depois de efetuada a ligação elétrica de emenda dos cabos e no quadro elétrico, deve-se fazer uma
verificação do sentido de giro do rotor com a bomba no chão (na horizontal).

ATENÇÃO: A verificação do sentido de giro deve ser feita ligando e desligando a bomba
rapidamente, sem permitir que o conjunto atinja sua rotação máxima de trabalho! Se este
procedimento não for seguido podem ocorrer danos à bomba.

Compare o sentido de giro do rotor com a plaqueta indicativa (flecha vermelha) fixada à carcaça da
bomba. Se estiver no sentido errado, deve-se inverter duas das fases diretamente no quadro de
comando para corrigir o problema.

IMPORTANTE: Caso a bomba tenha permanecido parada por um longo período antes de sua
instalação, pode ter ocorrido a oxidação dos anéis de desgaste com o rotor e consequentemente
o travamento do mesmo, não o deixando girar. Isto ocorrendo, deve-se girar manualmente o
rotor da bomba. Se for necessário, pode-se utilizar uma alavanca para ajudar a liberar o rotor.

2.5.5 Posicionamento e fixação da bomba

Todos os modelos de bomba HIGRA podem ser instalados tanto fixos nos pés da bomba e apoiados em
base preparada para receber a bomba (chassi metálico, trilhos, base de concreto, etc.), quanto
suspensas somente pelo(s) flange(s). Verifique a medida nominal, norma e dimensional dos flanges de
cada modelo de bomba no capítulo de dimensionais, neste mesmo manual. Neste capítulo também
podem ser encontradas as medidas dos pés da bomba para construção da base onde esta será
montada.

ATENÇÃO: Utilize sempre nas tubulações de bombeio flanges compatíveis com as pressões do
sistema. As extremidades conectadas diretamente à bomba devem utilizar flanges idênticos aos
da bomba para evitar vazamentos.

Para uma operação perfeita da bomba e do sistema de bombeio, preveja cuidadosamente no projeto do
sistema de bombeio, a instalação de:

- ventosas
- reduções excêntricas na sucção
- crivos
- válvulas de pé (somente quando a bomba operar succionando)
- manômetro (na tubulação de descarga)
- vacuômetro (na tubulação de sucção)

19
- válvulas de retenção
- medidor de vazão
- outros acessórios que se façam necessários.

Não necessariamente todos estes ítens serão utilizados em todas as situações de bombeio, porém sua
aplicabilidade deverá ser verificada antes de instalar a bomba. Durante a instalação e operação da
bomba deve ser verificado o perfeito funcionamento de todos acessórios do sistema.

CUIDADO 1: Em instalações que a bomba trabalhe fora da água na horizontal, não se deve apoiar
a tubulação de sucção e recalque somente sobre o flange da bomba, pois há o risco de
desalinhamento do conjunto monobloco e conseqüente dano ao equipamento.

CUIDADO 2: Em caso de instalação submersa em local arenoso e/ou com fundo natural (ex: rios,
lagos, açudes), a bomba deve obrigatoriamente operar com o crivo de proteção e distante do
fundo do mesmo, para evitar o bombeamento de materiais sólidos e/ou fluido de maior
densidade que a água.

CUIDADO 3: Para aplicação em água salgada, fluido com sólidos em suspensão ou com outras
características corrosivas e/ou abrasivas, os bombeadores devem ser fornecidos em material
especial, como bronze naval, aço inoxidável, ligas especiais de aço, etc. Para a especificação
destes materiais e dos níveis máximos permitidos para o fluido bombeado, entre em contato
com a fábrica.

2.5.6 Sucção

Para as aplicações onde a bomba irá trabalhar succionando, esta etapa deve ser atendida.

As bombas cinéticas, para operarem satisfatoriamente, requerem líquidos livres de vapor na linha de
sucção, à entrada do rotor. Se a pressão dentro da bomba cai abaixo da pressão de vapor do líquido,
haverá a formação de bolhas de vapor nesse local.

Por causa do rápido aumento da pressão dentro da bomba, as bolhas se fundem em uma dada zona
com ausência de líquido. Este fenômeno é chamado cavitação (de cavidades) e pode reduzir a eficiência
da bomba causando ruído, vibrações, fratura do rotor, da carcaça, etc.

Para evitar a cavitação as bombas necessitam de uma certa quantidade de energia no sistema de
sucção, conhecido como NPSH (Net Positive Sucion Head). O NPSH pode ser requerido (NPSHr) ou
disponível (NPSHd). Deve-se calcular o valor do NPSH disponível na instalação considerando todos os
fatores envolvidos, como: perda de carga na tubulação de sucção, perda de carga nos acessórios da
tubulação (válvula de pé, curvas, etc.), altura de sucção, temperatura da água, densidade da água e
altitude em relação ao nível do mar.

20
NOTA: Qualquer discussão de NPSH ou cavitação só é levada em conta no lado de sucção da
bomba. Quase sempre há bastante pressão para impedir a vaporização do fluido, no lado de
descarga da bomba.

Após o cálculo do NPSH disponível (conforme capítulo 5), deve-se comparar com o valor do NPSH
requerido pela bomba (conforme curva de performance) para a situação de bombeio desejada, onde
deve-se atender a seguinte condição:

NPSHd > NPSHr + 1,0

IMPORTANTE: O NPSHd deve ser maior que o NPSHr, de preferência com uma folga superior a
1m. Não operar a bomba se esta condição não for atendida.

2.5.7 Escorva

Quando a bomba for instalada na tubulação (fora da água), succionando ou como booster, deverá ser
feito o escorvamento antes do início da operação e instalada válvula de pé para manter a tubulação
cheia de fluido quando a bomba for desligada.

No caso de instalação submersa ou com sucção afogada, não é necessário escorva nem válvula de
retenção.

ATENÇÃO: A não escorva da bomba nas situações citadas acima acarreta em danos ao
equipamento.

2.5.8 Partida da Bomba

Ao ligar a bomba, monitorar os indicadores elétricos, como: corrente de partida, tensão durante a rampa
de partida, corrente de trabalho e tensão em regime. Observar que, se a tensão cair muito durante a
partida ou permanecer abaixo da nominal durante a operação, isto se refletirá em um aumento da
corrente de trabalho. Neste caso se deve providenciar junto à concessionária de energia elétrica a
correção da tensão ou do transformador.

Durante o período inicial de funcionamento, até que a tubulação esteja totalmente preenchida e a
pressão de trabalho seja atingida, a condição de trabalho da bomba será diferente daquela para a qual a
bomba foi dimensionada (pressão menor). Isto resulta no trabalho em um ponto diferente da curva da
bomba, usualmente com maior vazão e, conseqüentemente, maior consumo de potência. Para monitorar
esta condição é importante a utilização de um manômetro instalado próximo à descarga da bomba.

NOTA: Todas as bombas Anfíbias possuem em sua carcaça externa traseira (de saída) uma
espera para a conexão do manômetro (rosca 1/2” BSP)

21
Através da leitura no manômetro é possível determinar se o sistema de bombeio está operando nas
condições de pressão conforme projetado. Eventualmente podem ocorrer diferenças entre a pressão de
projeto e a pressão de trabalho em função de estimativas feitas, principalmente, no cálculo da perda de
carga.

ATENÇÃO: Caso a pressão resultante fique muito abaixo do solicitado no projeto, deve-se
atentar para a corrente de trabalho do equipamento, visto que a mesma irá aumentar e não pode
ultrapassar o limite do fator de serviço de 1,15. Entrar em contato com a Assistência Técnica da
HIGRA no caso de qualquer anormalidade deste tipo.

Em aplicações onde a altura manométrica total (pressão) for maior que 15mca, aconselha-se o uso de
um registro após a bomba. Neste caso o registro deve ser totalmente fechado no momento da partida da
bomba e aos poucos sendo aberto até sua abertura total. Desta forma a bomba encherá a extensa
tubulação de bombeio aos poucos e a corrente de trabalho ficará dentro da curva de trabalho para qual o
equipamento foi projetado.

Para a partida de bombas ligadas em série, aconselha-se ligar a primeira bomba da sucção e após o
tempo necessário para o preenchimento da tubulação até a próxima bomba, ligar então a segunda
bomba. Este procedimento deve ser seguido para a quantidade de bombas existentes na linha de
bombeio.

Caso o cliente deseje o acompanhamento da partida da bomba, deverá ser solicitado à fábrica um
orçamento para prestação deste serviço.

2.6 Vista Explodida


Abaixo segue a tabela com a nomenclatura das peças e a figura ilustrativa indicando as mesmas. A
nomenclatura das peças é comum para todas as bombas Anfíbias, sejam elas de um ou mais estágios.
COD. NOMENCLATURA COD. NOMENCLATURA
01 Bucha do Mancal de Entrada com Gaxetas 24 Carcaça de Estágio
02 Tirante do Estágio 25 Anel de Desgaste
03 Parafuso de Fixação do Difusor 26 Porca e Arruela do Tirante Externo
04 Olhal de Suspensão da Bomba 27 Carcaça Externa Dianteira
05 Selo Mecânico (corpo) 28 Acoplamento Centralizador
06 Selo Mecânico (anel) 29 Protetor do Selo Mecânico
07 Bucha do Mancal Dianteiro 30 Placa de Travamento do Selo Mecânico
08 Mancal Radial Dianteiro 31 Caixa Invertida do Selo Mecânico
09 Bucha Espaçadora 32 Suporte do Mancal Dianteiro
10 Eixo Motriz 33 Porca do Tirante Interno
11 Carcaça do Motor 34 Parafuso Allen de Fixação com o Motor
12 Bobinado 35 Porca do Rotor
13 Anel de Deslizamento 36 Rotor
14 Parafuso e Arruela de Fixação do Anel de Deslizamento 37 Tubo de Fluxo
15 Bucha do Mancal Traseiro 38 Tirante Externo
16 Mancal Radial Traseiro 39 Tirante Interno
17 Anel de Grafite 40 Suporte do Mancal Traseiro
18 Tampa Traseira 41 Anel O´ring
19 Conjunto Filtro Equalizador 42 Plaqueta de Identificação da Bomba
20 Carcaça de Entrada 43 Bujão
21 Porca e Arruela do Tirante do Estágio 44 Prensa Cabos da Carcaça Externa Traseira
22 Plaqueta Indicativa do Sentido de Giro 45 Carcaça Externa Traseira
23 Difusor 46 Olhal para Cabos Elétricos

Tabela 04 – Lista de peças da vista explodida.

22
Figura 18 – Vista explodida de uma bomba modelo R2-320/125B.

23
2.7 Dimensionais

Abaixo seguem os dimensionais das bombas anfíbias, divididas em bombas de estágio único e bombas
de múltiplos estágios. Ao final está o detalhamento dos dimensionais dos flanges.

Bombas Anfíbias de Estágio Único:

Modelo A B C D E F G H I J Peso
Bomba Sucção Descarga mm mm mm mm mm mm mm mm kg

R1-180/15B DN 80 PN40 DN 80 PN40 160 599 174 933 270 24 206 396 210
R1-180/20B DN 80 PN40 DN 80 PN40 160 599 174 933 270 24 206 396 210
R1-180/25B DN 80 PN40 DN 80 PN40 160 599 174 933 270 24 206 396 210
R1-260/25B DN 200 PN40 DN 200 PN40 266 421 311 998 340 27 283 543 420
R1-260/30B DN 200 PN40 DN 200 PN40 266 421 311 998 340 27 283 543 420
R1-260/40B DN 200 PN40 DN 200 PN40 266 421 311 998 340 27 283 543 420
R1-320/40B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 211 1254 380 30 325 625 620
R1-320/50B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 211 1254 380 30 325 625 620
R1-320/60B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 211 1254 380 30 325 625 620
R1-360/75B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 573 286 1244 380 30 325 625 750
R1-360/100B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 573 286 1244 380 30 325 625 750
R1-360/125B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 573 286 1244 380 30 325 625 750
M1-290/75B DN 300 PN10 DN 300 PN10 346 657 383 1386 376 30 322 642 850
M1-290/100B DN 300 PN10 DN 300 PN10 346 657 383 1386 376 30 322 642 850
M1-290/125B DN 300 PN10 DN 300 PN10 346 657 383 1386 376 30 322 642 850
M1-345/150B DN 350 PN10 DN 350 PN10 270 1214 340 1824 450 35 408 793 1450
M1-345/175B DN 350 PN10 DN 350 PN10 270 1214 340 1824 450 35 408 793 1450
M1-345/200B DN 350 PN10 DN 350 PN10 270 1214 340 1824 450 35 408 793 1450
M1-345/250B DN 350 PN10 DN 350 PN10 270 1214 340 1824 450 35 408 793 1450
M1-345/300B DN 350 PN10 DN 350 PN10 270 1214 340 1824 450 35 408 793 1450
R1-400/150B DN 300 PN25 DN 250 PN40 355 1215 270 1840 450 35 431 811 1300
R1-400/175B DN 300 PN25 DN 250 PN40 355 1215 270 1840 450 35 431 811 1300
R1-400/200B DN 300 PN25 DN 250 PN40 355 1215 270 1840 450 35 431 811 1300
R1-400/250B DN 300 PN25 DN 250 PN40 355 1215 270 1840 450 35 431 811 1300
R1-400/300B DN 300 PN25 DN 250 PN40 355 1215 270 1840 450 35 431 811 1300

Tabela 05 – Tabela de dimensionais bombas de estágio único.

24
Bombas Anfíbias de Múltiplos Estágios:

Modelo A B C D E F G H I J Peso
Bomba Sucção Descarga mm mm mm mm mm mm mm mm kg

R2-265/40B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 365 1406 380 30 325 625 730
R2-265/50B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 365 1406 380 30 325 625 730
R2-265/60B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 365 1406 380 30 325 625 730
R3-265/50B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 465 1506 380 30 325 625 780
R3-265/60B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 465 1506 380 30 325 625 780
R3-265/75B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 465 1506 380 30 325 625 780
R4-265/75B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 565 1606 380 30 325 625 830
R4-265/100B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 565 1606 380 30 325 625 830
R4-265/125B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 565 1606 380 30 325 625 830
R5-265/100B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 665 1706 380 30 325 625 890
R5-265/125B DN 150 PN40 DN 200 PN40 385 656 665 1706 380 30 325 625 890
R2-320/75B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 327 1370 380 30 325 625 800
R2-320/100B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 327 1370 380 30 325 625 800
R2-320/125B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 327 1370 380 30 325 625 800
R3-320/100B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 444 1487 380 30 325 625 840
R3-320/125B DN 200 PN40 DN 200 PN40 385 658 444 1487 380 30 325 625 840
R2-360/150B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 456 1891 450 35 431 810 1450
R2-360/175B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 456 1891 450 35 431 810 1450
R2-360/200B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 456 1891 450 35 431 810 1450
R2-360/250B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 456 1891 450 35 431 810 1450
R2-360/300B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 456 1891 450 35 431 810 1450
R3-360/300B DN 250 PN40 DN 250 PN40 355 1080 598 2033 450 35 431 810 1490

Tabela 06 – Tabela de dimensionais bombas de múltiplos estágios.

25
Dimensional de Flanges:

Diam Nominal Classe ØD Ød1 C b f1 ØK ØL2 Qt.Furos

150 PN10 285 211 19 16 3 240 23 8


200 PN10 340 266 20 17 3 295 23 8
250 PN10 400 319 22 19 3 350 23 12
300 PN10 455 370 24,5 20,5 4 400 23 12
350 PN10 505 429 24,5 20,5 4 460 23 16
400 PN10 565 480 24,5 20,5 4 515 28 16
500 PN10 670 582 26,5 22,5 4 620 28 10
300 PN25 485 389 27,5 23,5 4 430 31 16
80 PN40 200 132 19 16 3 160 19 8
150 PN40 300 211 26 23 3 250 28 8
200 PN40 375 284 30 27 3 320 31 12
250 PN40 450 345 34,5 31,5 3 385 34 12
1) Medidas em mm.
2) Alguns flanges da classe PN10 podem ter sua espessura reforçada em relação à norma.
3) Alguns flanges da classe PN10 podem ter quantidade de furo reduzida em relação à norma.

Tabela 07 – Tabela de dimensionais dos flanges.

26
2.8 Tabela de Sólidos Máximos Admissíveis

Abaixo são apresentados os valores de tamanho máximo de sólidos que podem ser bombeados pelos
diferentes modelos de rotores, considerando forma aproximadamente esférica e a abertura de passagem
nos diferentes crivos. Sólidos alongados podem travar o rotor ou obstruir a passagem de fluido na
bomba.

Sólidos alongados e maleáveis, como cordas, fios, fibras e pedaços de tecido podem impedir a
passagem de fluido, enrolar-se no eixo ou acumular-se em alguns pontos danificando o equipamento e
prejudicando sua performance.

Além dos sólidos citados acima, em captações de rios é comum o acúmulo de folhas de árvores nos
furos do crivo, chegando a causar cavitação no rotor por falta de alimentação. Para evitar este problema,
deve-se realizar periodicamente uma retrolavagem do crivo, através do retorno do fluido acumulado na
tubulação. Não é necessário esvaziar totalmente a tubulação. Um pequeno volume liberado é suficiente
para promover uma boa limpeza do crivo.

ROTOR TAMANHO PASSAGEM COM PASSAGEM COM


TIPO DE MODELO DO CRIVO
Ø NOMINAL MÁXIMO DE CHAPA EXPANDIDA CHAPA PERFURADA
ROTOR UTILIZADO
(mm) SÓLIDO (Ømm) (mm) (Ømm)
180 14 R1-180 12 x 25 10
260 24 R1-260 23 x 46 22
265 22 R4-265 12 x 25 22
RADIAL

320 24 R1-260 23 x 46 22
R1-260 (único estágio) 23 x 46 22
360 24
R2-360 (multi estágio) 23 x 46 22
400 24 R2-360 23 x 46 22
290 25 M1-290 23 x 46 22
MISTO

345 32 M1-345 23 x 46 22

Tabela 08 – Tabela de sólidos máximos admissíveis.

Figura 19 – Crivo com chapa expandida Figura 20 – Crivo com chapa perfurada

27
3 MOTOR ELÉTRICO

Motor elétrico é a máquina destinada a prática. Atualmente é possível controlar a


transformar energia elétrica em energia velocidade dos motores de indução com o
mecânica. O motor de indução é o mais auxílio de inversores de freqüência. O nome
utilizado de todos os tipos de motores, pois “motor de indução” se deriva do fato de que as
combina as vantagens da utilização de energia correntes que circulam no secundário (rotor) são
elétrica, baixo custo, facilidade de transporte, induzidas por correntes alternadas (efeito
limpeza e simplicidade de comando, com eletromagnético) que circulam no primário
grande versatilidade de adaptação às cargas (estator).
dos mais diversos tipos e rendimentos.

O motor de indução funciona normalmente com


NOTA: Os motores HIGRA são de indução
uma velocidade constante, que varia
(assíncronos) do tipo de gaiola de esquilo e
ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao
utilizam fios especiais para trabalho
eixo. Devido a sua grande simplicidade,
submersos. O enrolamento (bobinagem) do
robustez e baixo custo é o motor mais utilizado
mesmo é feito através de processo
de todos, sendo adequado para quase todos os
tecnológico da própria HIGRA.
tipos de máquinas acionadas, encontradas na

DADO CARACTERÍSTICA
Tipo IV ou II pólos, assíncrono, rebobinável e submerso
Carcaça Construída em Ferro Fundido Cinzento conforme NBR 5432, que segue a
padronização internacional IEC-72.
Estator É composto por chapas de aço com baixo teor de carbono (tratadas termicamente),
assegurando baixas perdas e elevada permeabilidade magnética
Rotor (pacote do eixo) É composto por chapas de aço com as mesmas características do estator e com anel
de curto-circuito (fundido em alumínio injetado sob pressão).
Bobinado Fio de cobre encapado com PVC
Grau de Proteção IPW 68 conforme NBR 6146
Classe de Isolação Y (90°C)
Fator de Serviço 1,15
Frequência 50HZ ou 60HZ
Tabela 10 - Dados Técnicos dos Motores Elétricos HIGRA

28
3.1 Tabela de Cabos Utilizados

Abaixo são apresentados os cabos utilizados nos motores HIGRA de acordo com a potência dos
mesmos. Os cabos utilizados são do tipo Vinilflex ou Sintenax Flex de 0,6/1KV, classe 5 de
encordoamento, com temperatura máxima para trabalho contínuo de 70°C, conforme NBR 7288.

ATENÇÃO: a utilização de uma metragem de cabo, acima do fornecido pela fábrica, requer o
dimensionamento da bitola do mesmo, conforme as tabelas do capítulo 3.2.

BITOLA PADRÃO DE CABO


POT. (CV) 3 5 10 12,5 15 20 25 30 40 50 60 75 100 125 150 200 250 300
CABO 6 6 6 6 10 10 16 16 16 25 25 25 25 25 50 50 50 50
(mm²) 3X 6X
Tabela 10 – Cabos utilizados nos motores HIGRA

Os cabos utilizados nas potências até 20 CV são tripolares, ou seja, um cabo com três condutores. Para
os motores de 25 CV a 300 CV são utilizados cabos singelos (unipolar), ou seja, seis cabos com um
condutor elétrico cada.

3.2 Dimensionamento de Cabos Elétricos

As tabelas abaixo apresentam o dimensionamento da seção de cabos elétricos, conforme a distância de


ligação entre o equipamento e o quadro elétrico e a corrente de trabalho do mesmo. As tabelas estão
divididas pela tensão de operação do equipamento e os valores foram estimados para uma queda de
tensão máxima de 4% e com a utilização de cabos tipo Vinilflex ou Sintenax Flex de 0,6/1KV.

DISTÂNCIA DO CIRCUITO (m) SEÇÃO DO


10 20 30 40 50 75 100 125 150 200 250 300 350 400 CABO (mm²)
150 75 50 37 30 20 15 12 10 7 6 5 6
249 124 83 62 50 33 25 20 17 12 10 8 7 6 10
CORRENTE (A) - 220 V

388 194 129 97 78 52 39 31 26 19 16 13 11 10 16


587 293 196 147 117 78 59 47 39 29 23 20 17 15 25
393 262 196 157 105 79 63 52 39 31 26 22 20 35
512 341 256 205 136 102 82 68 51 41 34 29 26 50
688 458 344 275 183 138 110 92 69 55 46 39 34 70
587 440 352 235 176 141 117 88 70 59 50 44 95
698 524 419 279 210 168 140 105 84 70 60 52 120
595 476 317 238 190 159 119 95 79 68 59 150
550 367 275 220 183 138 110 92 79 69 185
607 405 303 243 202 152 121 101 87 76 240
Tabela 11 – Dimensionamento de cabos elétricos para tensão de 220V.

29
DISTÂNCIA DO CIRCUITO (m) SEÇÃO DO
10 20 30 40 50 75 100 125 150 200 250 300 350 400 CABO (mm²)
259 129 86 65 52 35 26 21 17 13 10 9 7 6 6
429 215 143 107 86 57 43 34 29 21 17 14 12 11 10
CORRENTE (A) - 380 V

670 335 223 167 134 89 67 54 45 33 27 22 19 17 16


507 338 253 203 135 101 81 68 51 41 34 29 25 25
679 452 339 271 181 136 109 90 68 54 45 39 34 35
589 442 353 236 177 141 118 88 71 59 50 44 50
594 475 317 238 190 158 119 95 79 68 59 70
608 405 304 243 203 152 122 101 87 76 95
483 362 290 241 181 145 121 103 90 120
548 411 329 274 205 164 137 117 103 150
633 475 380 317 238 190 158 136 119 185
524 419 349 262 210 175 150 131 240
Tabela 12 – Dimensionamento de cabos elétricos para tensão de 380V.

DISTÂNCIA DO CIRCUITO (m) SEÇÃO DO


10 20 30 40 50 75 100 125 150 200 250 300 350 400 CABO (mm²)
300 150 100 75 60 40 30 24 20 15 12 10 9 7 6
497 249 166 124 99 66 50 40 33 25 20 17 14 12 10
CORRENTE (A) - 440 V

388 258 194 155 103 78 62 52 39 31 26 22 19 16


587 391 293 235 156 117 94 78 59 47 39 34 29 25
524 393 314 210 157 126 105 79 63 52 45 39 35
682 512 409 273 205 164 136 102 82 68 58 51 50
688 550 367 275 220 183 138 110 92 79 69 70
704 469 352 282 235 176 141 117 101 88 95
559 419 335 279 210 168 140 120 105 120
634 476 381 317 238 190 159 136 119 150
550 440 367 275 220 183 157 138 185
607 486 405 303 243 202 173 152 240
Tabela 13 – Dimensionamento de cabos elétricos para tensão de 440V.

Exemplo:

Dimensionar o cabo a ser utilizado para a instalação de uma bomba de 125 CV, que irá operar em 440 V
e em uma distância de 170m do quadro elétrico. Consultando a tabela de amperagens (capítulo 2.5.3.3)
se obtém a corrente de trabalho para o motor de 125 CV em 440 V = 166 A

Consultando a tabela acima (440 V), através da coluna de 200m de distância, visto que é a primeira
distância acima dos 170m solicitados, percorre-se até a corrente de trabalho do motor em questão, ou
então a primeira acima do valor especificado. Neste caso, onde a bomba opera em 166A, deve-se ir até
a célula que contém 176A e então horizontalmente ler o cabo especificado na coluna da direita, obtendo
o valor de 95mm².

Este valor é para cada fase do motor, ou seja, deve-se possuir 3 cabos de 95mm², sendo um para cada
fase do motor. Caso se deseje seguir com os 6 cabos elétricos que saem da bomba até o quadro
elétrico, os mesmos poderão ser de 50mm² cada (visto que não existe a bitola de 47,5mm²).

30
3.3 Classe de Isolação

As classes de isolação são definidas em função do limite de temperatura que o conjunto de materiais
que formam o isolamento pode suportar continuadamente sem que a sua vida útil seja afetada. A
combinação de dois ou mais materiais isolantes usados em um equipamento elétrico denomina-se
sistema isolante. Essa combinação num motor elétrico consiste do fio magnético, isolação do fundo de
ranhura, isolação de fechamento de ranhura, isolação entre fases, verniz ou capa de isolação dos fios,
isolação do cabo de ligação, isolação de solda, etc. Qualquer componente que esteja em contato direto
com a bobina é considerado parte do sistema de isolação.

Os limites de elevação de temperatura para cada classe de isolamento segundo a norma brasileira são
os seguintes:

CLASSE DE TEMPERATURA
TEMPERATURA MÁXIMA
IEC 85
90°C Y
105°C A
120°C E
130°C B
155°C F
180°C H
Tabela 14 – Classes de isolação dos motores.

IMPORTANTE: Os motores HIGRA se classificam na classe Y, ou seja, podem suportar


temperaturas resultantes de trabalho de até 90°C.

A vida útil de um motor depende fundamentalmente da isolação de seus enrolamentos. Ambientes


corrosivos, umidade, vibração, são alguns fatores que afetam a isolação destes, porém a temperatura de
operação dos materiais isolantes é sem dúvida o fator mais crítico. Ultrapassar em dez (10) graus a
temperatura da isolação significa reduzir praticamente a metade de sua vida útil.

3.4 Grau de proteção

Os invólucros das máquinas elétricas são construídos de acordo com o tipo de utilização, de modo a
atender especificações de proteção contra a penetração prejudicial de corpos sólidos e líquidos. A norma
brasileira NBR 6146 define os graus de proteção através das letras IP seguidas de dois numerais
característicos, com os seguintes significados:

Primeiro numeral característico: indica o grau de proteção contra contatos acidentais de pessoas e a
penetração prejudicial de corpos sólidos.

31
PRIMEIRO NUMERAL
NUMERAL INDICAÇÃO
0 Não protegido.
1 Protegido contra objetos sólidos maiores que 50mm.
2 Protegido contra objetos sólidos maiores que 12mm.
3 Protegido contra objetos sólidos maiores que 2,5mm.
4 Protegido contra objetos sólidos maiores que 1,0mm.
5 Protegido contra poeira prejudicial ao motor.
6 Totalmente protegido contra poeira.
Tabela 15 – Primeiro numeral característico do Grau de Proteção.

Segundo numeral característico: indica o grau de proteção contra a penetração prejudicial de água.

SEGUNDO NUMERAL
NUMERAL INDICAÇÃO
0 Não protegido.
1 Protegido contra quedas verticais de gotas de água.
2 Protegido contra a queda de gotas de água para uma inclinação máxima de 15°.
3 Protegido contra água aspergida de um ângulo de 60° da vertical (chuva).
4 Protegido contra projeção de água de qualquer direção.
5 Protegido contra jato de água de qualquer direção.
6 Protegido contra ondas do mar ou de água projetada em jatos potentes.
7 Protegido contra imersão em água, sob condições definidas de tempo e pressão.
8 Protegido para submersão continua em água nas condições especificadas para fabricação.
Tabela 16 – Segundo numeral característico do Grau de Proteção.

As normas de motores elétricos permitem a utilização de informações suplementares, através de letras


junto aos numerais característicos, que indicam procedimentos especiais durante os ensaios, ou
utilização sob condições atmosféricas especiais. As letras S, M ou W só devem ser utilizadas com os
seguintes significados:

W – Colocado entre as letras IP e os numerais característicos, indica que o equipamento é projetado


para utilização sob condições atmosféricas específicas e prevê medidas ou procedimentos
complementares de proteção previamente combinados entre fabricantes e usuários.

A letras S e M, colocadas após os numerais característicos, indicam condições especificas de ensaio.

S – Indica que o ensaio contra penetração de água deve ser efetuado com o equipamento em repouso.

M – Indica que o mesmo ensaio deve ser efetuado com o equipamento em funcionamento.

IMPORTANTE: Os motores HIGRA se classificam no grau IPW 68, conforme NBR 6146.

3.5 Fator de Serviço

O fator de serviço é o multiplicador que quando aplicado à potência nominal do motor, indica sobrecarga
permissível que pode ser aplicada continuamente sob condições específicas, sem aquecimento

32
prejudicial. Ou em outras palavras, significa que o motor pode fornecer mais potência que a especificada
na placa de identificação, uma vez mantida a tensão e a freqüência previstas.

Por exemplo: um motor de 10cv, 60Hz, 220V, com um fator de serviço (FS) 1,15 pode ser usado com
uma sobrecarga contínua de até 15% mantidos os 60Hz, 220V, isto é, 11,5cv sem aquecimento
prejudicial.

IMPORTANTE: Os motores HIGRA possuem fator de serviço de 1,15.

3.6 Proteções Elétricas

Os sistemas de proteção de motores elétricos destinam-se a impedir condições de operação perigosas


que possam causar danos pessoais e aos equipamentos. Os dispositivos atuais de proteção têm sua
atenção baseada num dos seguintes parâmetros:

a) Corrente de linha do motor;

b) Temperatura Interna do motor.

Normalmente sua atuação ocorre por somente um dos parâmetros acima, porém existem protetores que
utilizam as duas características. Convém informar que a seleção do protetor adequado requer um
criterioso estudo do regime de funcionamento do motor, o que evitará problemas futuros.

ATENÇÃO: Todo e qualquer equipamento HIGRA deve ser conectado a um quadro de comando
com as proteções elétricas compatíveis com a potência do motor elétrico, promovendo assim a
proteção completa do motor, visto que a queima do mesmo não está dentro dos termos de
garantia.

3.6.1 Protetores com resposta à corrente

Estes dispositivos devem ser instalados entre o motor e o seu sistema de controle. Seu princípio básico
de funcionamento reside no fato de que um aumento na corrente de linha provoca uma conseqüente
elevação da temperatura devido às perdas ocasionadas no material condutor do dispositivo. Os
protetores com resposta à corrente fornecem adequada segurança contra as mais comuns causas de
sobrecargas, onde o aumento da corrente de linha seja apreciável. Entretanto, estes dispositivos não
respondem a sobre temperaturas causadas por condições ambientais (temperatura ambiente acima de
40°C e por falhas de ventilação). A seguir são analisados alguns dos dispositivos mais comumente
utilizados em baixa tensão.

3.6.1.1 Fusíveis

São elementos ligados em série com as fases do circuito. Sua operação consiste na fusão de um
elemento condutor de pequena seção transversal que, devido a sua alta resistência, sofre um
aquecimento maior que os demais condutores. Para motores são utilizados fusíveis com retardo para

33
evitar a “queima” dos mesmos com as altas correntes originadas durante a sua partida. Os fusíveis
proporcionam a melhor proteção contra as correntes de curto-circuito, porém são inadequados como
proteção para sobrecargas, principalmente devido aos mesmos serem fabricados em calibres
padronizados (2, 4, 6, 10A, etc.). Além disso, para pequenas sobrecargas de 1,0 a 2,0 vezes a corrente
nominal, o tempo de fusão é demasiadamente longo, podendo danificar o isolamento do motor ou as
chaves e relés de proteção do quadro elétrico.

3.6.1.2 Disjuntores

São dispositivos de proteção que podem atuar como simples interruptores de corrente nas condições
normais do circuito e como proteção nas condições anormais do mesmo. Existem dois tipos básicos de
disjuntores: os abertos (ou “de força”) geralmente trifásicos e os caixa moldada que podem ser mono, bi
ou trifásicos. Os disjuntores mais comumente utilizados possuem disparadores térmicos para proteção
contra sobrecargas e disparadores eletromagnéticos para proteção contra curtocircuito (disjuntores
termomagnéticos).

A grande vantagem dos disjuntores em relação aos fusíveis é a capacidade de interrupção da corrente
nas três fases simultaneamente. Com fusíveis, há a possibilidade de ocorrer a “queima” de somente um,
deixando o motor ligado em duas fases. Além disso, os disjuntores oferecem proteção contra
sobrecargas. Entre as desvantagens dos disjuntores, podemos citar o custo elevado e a menor
velocidade de atuação em curto-circuitos.

3.6.1.3 Relés Térmicos

São dispositivos que utilizam o efeito térmico da corrente em um par bimetálico. O relé térmico entra em
ação ou por uma pequena sobrecarga de longa duração ou por uma forte sobrecarga ainda que de curta
duração. No caso de interrupção de uma das fases, nos motores trifásicos, haverá um aumento de
corrente nas outras duas fases o que forçará a atuação do relé, após algum tempo. Os relés térmicos
são largamente utilizados devido a sua versatilidade de instalação em contactoras e regulagem da
corrente de atuação. O conjunto relé + fusível oferece proteção total ao motor contra sobre aquecimento
gerado por corrente.

3.6.2 Protetores com resposta à temperatura

Estes protetores são colocados no interior dos motores (normalmente nas cabeceiras das bobinas) e
fornecem a proteção contra todos os tipos de falhas a que o equipamento está sujeito, pois sensoram
diretamente a temperatura dos enrolamentos. A seguir, uma breve análise destes dispositivos.

IMPORTANTE: Os motores HIGRA são fornecidos apenas e exclusivamente com o termistor PTC
e o mesmo deve ser instalado conforme o capítulo 2.5.3.3. A instalação de outro tipo de proteção
térmica dentro do motor deve ser estudada e autorizada pela fábrica.

3.6.2.1 Termorresistores (PT-100)

São elementos onde sua operação é baseada na característica de variação da resistência com a
temperatura, intrínseca a alguns materiais, geralmente platina, níquel ou cobre. Possuem resistência
calibrada, que varia linearmente com a temperatura, possibilitando um acompanhamento contínuo do
processo de aquecimento do motor pelo display do controlador, com alto grau de precisão e

34
sensibilidade de resposta. Como desvantagem, estes sensores e os circuitos de controle são de alto
custo.

3.6.2.2 Termistores (PTC e NTC)

O termistor é um semicondutor instalado nas cabeceiras das bobinas que varia sua resistência
bruscamente ao atingir uma determinada temperatura. Existem dois tipos básicos de termistores, que
são:

- PTC (coeficiente de temperatura positiva);

- NTC (coeficiente de temperatura negativa).

O termistor PTC, utilizado em motores, é alimentado por corrente contínua através de um circuito
auxiliar. Caso ocorra uma elevação da temperatura acima do valor limite do termistor, o mesmo sofre um
brusco aumento em sua resistência interna, passando de condutor a isolante. A interrupção da corrente
no circuito aciona um relé que desliga o circuito principal. Também pode ser utilizado para sistemas de
alarme ou alarme e desligamento.

O termistor NTC funciona de uma maneira inversa e normalmente não é utilizado em motores elétricos,
pois os circuitos eletrônicos de controle disponíveis geralmente são para o PTC.

Os termistores possuem uma resposta instantânea à elevação da temperatura e oferecem proteção total
ao motor. Não é adequada a sua utilização em motores sujeitos a pequenas sobrecargas temporárias,
em que o motor ultrapassa a temperatura limite brevemente e depois retorna ao normal, pois o termistor
atuará indevidamente. Os termistores possuem tamanho reduzido e não sofrem desgastes mecânicos,
porém não permitem o acompanhamento contínuo do processo de aquecimento do motor. Os
termistores com seus respectivos circuitos eletrônicos de controle oferecem proteção completa contra
sobre aquecimentos produzidos por falta de fase, sobrecarga, sub ou sobre tensões ou freqüentes
operações de reversão ou liga-desliga.

3.6.2.3 Termostatos

São detectores térmicos do tipo bimetálico com contatos de prata normalmente fechados, que se abrem
quando ocorre determinada elevação de temperatura. Quando a temperatura de atuação do bimetálico
baixar, este volta a sua forma original instantaneamente, permitindo o fechamento dos contatos
novamente. Os termostatos podem ser destinados para sistemas de alarme, desligamento ou ambos.

3.6.2.4 Protetor Térmico

O protetor térmico é um dispositivo do tipo bimetálico com contatos normalmente fechados. Utilizados,
principalmente, para proteção contra sobre aquecimento em motores de indução monofásicos,
provocado por sobrecargas, travamento do rotor, quedas de tensão, etc. O protetor térmico consiste
basicamente em um disco bimetálico que possui dois contatos móveis, uma resistência e um par de
contatos fixos. Os protetores térmicos podem ser utilizados como sensores que atuam sobre um sistema
de comando externo para motores trifásicos.

3.7 Tipos de Partida Elétrica


Os sistemas de acionamento têm como funções básicas a conexão e desconexão do motor à rede de
alimentação e o comando e o controle das características de desempenho durante a partida (velocidade,

35
conjugado, potência, corrente, etc). Os sistemas mais simples consistem em chaves liga/desliga e os
mais complexos condicionam a energia elétrica de excitação de forma a se obter as características de
desempenho desejadas.

Os valores de tensão padronizados no Brasil em redes industriais trifásicas são em baixa tensão: 220V,
380V e 440V e em média tensão: 2300V, 4160V e 6600V. Em redes monofásicas 115V (popularmente
conhecida como rede de 110V) e 220V.

A NBR-7094 especifica que os motores elétricos de indução devem funcionar de forma satisfatória, à
freqüência e potência nominais, sob variação ocasional da tensão dentro do limite de mais ou menos
10% do valor nominal. Existem dois padrões internacionais de freqüência para redes elétricas: 50 e 60
Hz. No Brasil, a freqüência padronizada é de 60 Hz. A freqüência de operação dos motores está
especificada em sua placa de identificação e a NBR 7094 prescreve que os mesmos devem funcionar de
modo satisfatório sob tensão e potências nominais, com variação de freqüência dentro de mais ou
menos 5% da nominal ou sob variação conjunta de tensão e freqüência de mais ou menos 10%, desde
que a última não supere os 5%.

Os dispositivos de acionamento dos motores podem ser classificados em dois grupos: Partidas a Plena
Carga e Partidas com Carga Reduzida.

3.7.1 - Partida a Plena Carga

3.71.1 – Partida com Chave Manual

É utilizado para pequenos motores. Consiste de um mecanismo operado manualmente que conecta e
desconecta o motor à rede. Neste tipo de partida são conectados apenas três cabos à chave.

3.7.1.2 – Partida com Chave Magnética (contactora)

Este dispositivo contém um mecanismo de abertura e fechamento de contatos no circuito do motor e


pode ter acoplado uma proteção térmica contra sobre aquecimento. Quando a bobina é energizada, o
circuito do motor é fechado através de contatos móveis. Desernegizando-se a bobina os contatos abrem
o circuito, através de uma mola. Estes dispositivos freqüentemente são controlados por botoeiras,
chaves fim de curso, temporizadores, relés, interruptores de pressão, chaves bóia, etc. Neste tipo de
partida são conectados apenas três cabos à chave e desta forma, para os equipamentos que são
fornecidos com seis cabos, deve-se fazer o fechamento dos seis cabos para a tensão de partida
desejada.

3.7.2 - Partida com Carga Reduzida

Determinadas cargas ou máquinas necessitam de partidas suaves e acelerações gradativas, não


suportando os altos valores de conjugado produzidos na partida do motor a plena tensão. Além disso,
em redes de distribuição em baixa tensão, a maioria das concessionárias de energia elétrica limitam a
potência de partida direta em 5 e 7,5cv (220 e 380V) devido aos altos picos da corrente de partida e
conseqüente flutuação de tensão ocasionada na rede de alimentação. Para limitar a corrente de partida
dos motores, são utilizados dispositivos redutores de tensão durante a partida, os quais são brevemente
descritos a seguir:

36
3.7.2.1 – Partida com Chave Compensadora

As chaves compensadoras foram desenvolvidas para diminuírem o pico de corrente proveniente da


partida de motores, porém deixando-os com conjugado suficiente para a partida e aceleração com carga.
Nas chaves compensadoras, a tensão é reduzida por meio de um autotransformador que possui,
normalmente, terminais de 65% a 80% da tensão nominal, afim de que os motores possam partir
satisfatoriamente. Na partida, a corrente e o conjugado ficam reduzidos a aproximadamente 42% e 64%
dos valores atingidos em partida direta, para os terminais de 65% e 80% respectivamente.

As vantagens desta chave estão na passagem de carga reduzida para a tensão da rede, onde o pico de
corrente é bastante reduzido, visto que o autotransformador por curto espaço de tempo torna-se uma
reatância. Este tipo de chave é bastante utilizada na partida de carga com alta inércia, como bombas,
ventiladores ou outras máquinas que demoram para atingir a velocidade nominal. Também podem ser
utilizadas com qualquer que seja a tensão nominal do motor.

Como desvantagens estão a redução da corrente que é ajustada conforme o TAP utilizado no
autotransformador, onde a determinação do autotransformador adequado requer que seja conhecida a
freqüência de manobras. Estes equipamentos são de grande volume, devido ao autotransformador, e de
maior custo.

Este tipo de chave utiliza a conexão de três cabos, ou seja, em equipamentos HIGRA de potência
superior a 25 CV, deve-se fazer o fechamento dos seis cabos conforme a tensão da rede:

- Fechamento em Triângulo: neste tipo de ligação através do fechamento dos cabos 1-6, 2-4 e 3-5, o
motor irá trabalhar na menor tensão. Exemplo: Um motor 380/660V com fechamento em triângulo irá
trabalhar em 380V.

- Fechamento em Estrela: neste tipo de ligação através do fechamento dos cabos 1-2-3 e da ligação no
quadro elétrico dos cabos 4, 5 e 6, o motor irá trabalhar na maior tensão. Exemplo: Um motor 220/380V
com fechamento em estrela irá trabalhar em 380V.

3.7.2.2 – Partida com Chave Estrela-Triângulo

As chaves estrela-triângulo foram desenvolvidas para diminuírem o pico de corrente proveniente da


partida de motores. Na ligação estrela, os motores podem partir, no máximo, com até 30% de sua carga
nominal, pois na partida a corrente se reduz a aproximadamente 1/3 dos valores atingidos em partida
direta. Para utilização desta chave a curva de conjugados dos motores deverá ser suficientemente
elevada para poder garantir a aceleração das máquinas de até, aproximadamente, 95% da rotação
nominal, com a corrente de partida. Os motores deverão permitir a ligação em dupla tensão (220/380V,
380/660V ou 440/760V), portanto com 6 cabos acessíveis.

Para exemplificar a partida deste tipo de chave em uma rede elétrica de 380 V, pode-se acionar apenas
motores bobinados em 380/660V e que possuem seis cabos. Se a rede for de 220 V, pode-se acionar
apenas motores bobinados em 220/380V e que possuem também seis cabos. Para a rede de 440V os
motores devem ser de 440/760V.

Como vantagens deste tipo de partida estão o menor custo, o pequeno espaço físico requerido e o fato
de não possuir limite em relação ao número de manobras. E como restrições estão o fato de que a
tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor, que a chave só pode ser aplicada a

37
motores que possuam seis terminais e que a comutação de estrela para triângulo antes do tempo
previsto, promoverá um pico de corrente muito elevado, o que invalida o uso do dispositivo.

3.7.2.3 – Partida com Chave Soft Starter

As Soft Starters são chaves de partida estática, destinadas à aceleração, desaceleração e proteção de
motores de indução trifásicos. O controle da tensão aplicada ao motor, mediante o ajuste do ângulo de
disparo dos tiristores (dispositivo semicondutor que permite o chavemaneto do estado de corte para o
estado de condução e vice-versa), permite obter partidas e paradas suaves. Com o ajuste adequado das
variáveis, o torque produzido é ajustado à necessidade da carga, garantindo, desta forma, que a corrente
solicitada seja a mínima necessária para a partida.

A Soft Starter é ideal no acionamento de bombas hidráulicas em geral, pois as correntes de partida
devem ser reduzidas de forma a evitar sobrecargas no sistema, durante a partida. Este tipo de chave
possui proteção de sobrecarga incorporada, de forma a reduzir espaço no painel e cabeamentos
adicionais. Com o uso deste tipo de chave as partidas e paradas destas bombas são controladas de
forma a minimizar os estresses mecânicos e picos de torque durante esses processos. Em aplicações
como bombas e compressores, a Soft Starter permite a eliminação definitiva das chaves estrela-
triângulo, trazendo benefícios mensuráveis na sua aplicação, como: relé de sobrecarga integrado, a
proteção para a chave, led’s de visualização de estado de operação e possíveis falhas, compactação do
painel, redução drástica da dissipação térmica, entre outras.

Soft starters limitam a corrente de partida e o torque inicial. A fadiga mecânica (stress mecânico), assim
como distúrbios de tensão na rede (queda de tensão, por exemplo), são evitados. A tensão do motor é
reduzida utilizando-se controle de fase e é aumentada até a tensão nominal do sistema dentro de um
tempo pré-determinado (tempo de rampa). Partida e parada suave em motores garantem o mínimo de
perdas mecânicas e elétricas nos sistemas.

Para soft starters básicos, o tempo de partida, tensão inicial de rampa e tempo de parada são facilmente
ajustados através de potenciômetros. Isto também se aplica aos soft starters com proteção de
sobrecarga incorporada: ajuste de sobrecarga do motor, ajuste de classe e limite de corrente podem ser
ajustados via potenciômetros. A ampla gama de funções das soft starters para aplicações severas (alta
funcionalidade) são facilmente ajustadas, utilizando-se um display LCD, permitindo extrema facilidade de
comissionamento do equipamento.

As vantagens deste tipo de chave são:

- Volume pequeno, com grande redução de espaço em painéis

- Proteção de sobrecarga do motor incorporada

- Redução de picos de corrente através do ajuste de limite de corrente

- Ajuste da classe de disparo (Classes 10, 15, 20 e OFF)

- Rearme automático ou manual dos disparos

- LED’s de sinalização de estado

- Redução de perdas, devido aos contatos de by-pass já integrados

- Ajustes precisos de tensão e corrente, garantindo uma melhor performance a bomba.

38
4. PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÃO

Para o cálculo da perda de carga total em uma instalação, deve-se estimar a perda de carga ao longo da
tubulação de bombeio. A tabela abaixo mostra as perdas de carga em tubulações de aço galvanizado,
conforme a vazão desejada e o diâmetro da tubulação a ser utilizada.

PERDAS DE CARGA (m/m)


DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO
VAZÃO VAZÃO 4" 5" 6" 8" 10" 12" 13.3/4" 15.3/4" 17.11/16" 19.5/8" 21.5/8" 23.5/8" 25.3/16" 27.1/2" 30" 31.1/2" 40"
(l/s) (m³/h) 100mm 125mm 150mm 200mm 250mm 300mm 350mm 400mm 450mm 500mm 550mm 600mm 640mm 700mm 760mm 800mm 1000mm
5,56 20 0,0065 0,0022 0,0009
6,94 25 0,0098 0,0033 0,0014
8,33 30 0,0137 0,0046 0,0019
9,72 35 0,0183 0,0062 0,0025
11,11 40 0,0234 0,0079 0,0032
12,50 45 0,0291 0,0098 0,0040 0,0010
13,89 50 0,0353 0,0119 0,0049 0,0012
15,28 55 0,0421 0,0142 0,0058 0,0014 A tabela foi calculada através da equação
16,67 60 0,0495 0,0167 0,0069 0,0017
18,06 65 0,0574 0,0194 0,0080 0,0020
de Hasen Willians:
19,44 70 0,0658 0,0222 0,0091 0,0023
20,83 75 0,0748 0,0252 0,0104 0,0026 J = (10,643 x Q1,85) / (1251,85 x D4,87)
22,22 80 0,0842 0,0284 0,0117 0,0029 0,0010
23,61 85 0,0942 0,0318 0,0131 0,0032 0,0011
25,00 90 0,1047 0,0353 0,0145 0,0036 0,0012 Onde: J = Perda de carga (m/m)
26,39 95 0,1158 0,0390 0,0161 0,0040 0,0013 Q = Vazão (m³/s)
27,78 100 0,1273 0,0429 0,0177 0,0044 0,0015 D = Diâmetro (m)
33,33 120 0,1783 0,0602 0,0248 0,0061 0,0021 0,0008
41,67 150 0,2695 0,0909 0,0374 0,0092 0,0031 0,0013
55,56 200 0,4589 0,1548 0,0637 0,0157 0,0053 0,0022 0,0010
69,44 250 0,6934 0,2339 0,0963 0,0237 0,0080 0,0033 0,0016
83,33 300 0,9715 0,3277 0,1349 0,0332 0,0112 0,0046 0,0022 0,0011
97,22 350 0,4359 0,1794 0,0442 0,0149 0,0061 0,0029 0,0015
111,11 400 0,5580 0,2296 0,0566 0,0191 0,0079 0,0037 0,0019 0,0011
125,00 450 0,6939 0,2855 0,0703 0,0237 0,0098 0,0046 0,0024 0,0014
138,89 500 0,8432 0,3470 0,0855 0,0288 0,0119 0,0056 0,0029 0,0016
152,78 550 0,4139 0,1020 0,0344 0,0142 0,0067 0,0035 0,0020 0,0012
166,67 600 0,4862 0,1198 0,0404 0,0166 0,0078 0,0041 0,0023 0,0014
180,56 650 0,5638 0,1389 0,0468 0,0193 0,0091 0,0047 0,0027 0,0016 0,0010
194,44 700 0,6466 0,1593 0,0537 0,0221 0,0104 0,0054 0,0031 0,0018 0,0012
208,33 750 0,7347 0,1810 0,0610 0,0251 0,0119 0,0062 0,0035 0,0021 0,0013
222,22 800 0,8278 0,2039 0,0688 0,0283 0,0134 0,0070 0,0039 0,0024 0,0015 0,0010
236,11 850 0,9261 0,2281 0,0770 0,0317 0,0149 0,0078 0,0044 0,0026 0,0017 0,0011
250,00 900 0,2536 0,0855 0,0352 0,0166 0,0087 0,0049 0,0029 0,0018 0,0012
263,89 950 0,2803 0,0945 0,0389 0,0184 0,0096 0,0054 0,0032 0,0020 0,0013 0,0010
277,78 1000 0,3082 0,1039 0,0428 0,0202 0,0105 0,0059 0,0036 0,0022 0,0015 0,0011
333,33 1200 0,4318 0,1456 0,0599 0,0283 0,0148 0,0083 0,0050 0,0031 0,0020 0,0015 0,0010
388,89 1400 0,5743 0,1937 0,0797 0,0376 0,0196 0,0111 0,0066 0,0042 0,0027 0,0020 0,0013 0,0009 0,0007 0,0002
444,44 1600 0,7352 0,2480 0,1021 0,0482 0,0251 0,0142 0,0085 0,0053 0,0035 0,0025 0,0016 0,0011 0,0009 0,0003
500,00 1800 0,9142 0,3084 0,1269 0,0599 0,0313 0,0176 0,0105 0,0066 0,0043 0,0032 0,0020 0,0014 0,0011 0,0004
555,56 2000 0,3747 0,1542 0,0728 0,0380 0,0214 0,0128 0,0081 0,0053 0,0039 0,0025 0,0017 0,0013 0,0004
694,44 2500 0,5662 0,2330 0,1100 0,0574 0,0323 0,0194 0,0122 0,0080 0,0058 0,0038 0,0025 0,0020 0,0007
833,33 3000 0,7934 0,3265 0,1541 0,0804 0,0453 0,0271 0,0171 0,0112 0,0082 0,0053 0,0035 0,0028 0,0009

Tabela 17 – Perda de carga em tubulações.

Exemplo:

Calcular a perda de carga em uma instalação com desnível geométrico de 20m, utilizando-se 300m de
tubo de aço galvanizado de Ø40cm e considerando uma vazão de bombeio de 800m³/h.

Através da tabela acima, seguindo a coluna da tubulação de Ø400mm, obtém-se através da linha de
800m³/h a seguinte perda de carga: 0,007m/m

Considerando os 300m de tubo e sabendo que:

Perda de carga total na tubulação = Perda de carga (m/m) x Comprimento Total


Perda de carga total na tubulação = 0,007 x 300
Perda de carga total na tubulação = 2,1mca

Sendo assim, a perda total nesta instalação sem considerar acessórios (curvas, válvulas, flanges, etc.) é:

39
Perda de carga total = Perda de carga total na tubulação + Desnível Geométrico
Perda de carga total = 2,1 + 20
Perda de carga total = 22,1mca

OBSERVAÇÃO: Para o cálculo de perdas de carga em tubulações de PVC, utiliza-se


aproximadamente 80% das perdas de cargas apresentadas anteriormente. Para a estimativa em
tubulações de aço ou ferro envelhecidas, deve-se acrescentar aproximadamente 3% sobre os
valores da tabela.

4.1 Perdas de Carga em Acessórios

Além das perdas de carga existentes ao longo das tubulações, devem-se considerar os acessórios no
cálculo de perda de carga total. Nestes acessórios estão os flanges, as curvas, cotovelos, válvulas,
derivações, barriletes, etc.

Abaixo segue uma tabela da metragem correspondente que cada acessório adicionado a uma instalação
representa. Este valor tabelado deve ser somado a metragem linear da tubulação e então compor o
cálculo de perda de carga.

COMPRIMENTOS EQUIVALENTES A PERDAS LOCALIZADAS (EM METROS DE TUBO EQUIVALENTE)


DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO
4" 5" 6" 8" 10" 12" 13.3/4" 15.3/4" 17.11/16" 19.5/8" 21.5/8" 23.5/8" 25.3/16" 27.1/2" 30" 31.1/2" 40"
100mm 125mm 150mm 200mm 250mm 300mm 350mm 400mm 450mm 500mm 550mm 600mm 640mm 700mm 760mm 800mm 1000mm
COTOVELO 90° RAIO
LONGO
2,20 2,75 3,30 4,40 5,50 6,60 7,70 8,80 9,90 11,00 12,10 13,20 14,08 15,40 16,72 17,60 22,00
COTOVELO 90° RAIO
MÉDIO
2,85 3,56 4,28 5,70 7,13 8,55 9,98 11,40 12,83 14,25 15,68 17,10 18,24 19,95 21,66 22,80 28,50
COTOVELO 90° RAIO
CURTO
3,40 4,25 5,10 6,80 8,50 10,20 11,90 13,60 15,30 17,00 18,70 20,40 21,76 23,80 25,84 27,20 34,00

COTOVELO 45° 1,54 1,93 2,31 3,08 3,85 4,62 5,39 6,16 6,93 7,70 8,47 9,24 9,86 10,78 11,70 12,32 15,40

CURVA 90° R/D=1,5 1,28 1,60 1,92 2,56 3,20 3,84 4,48 5,12 5,76 6,40 7,04 7,68 8,19 8,96 9,73 10,24 12,80

CURVA 90° R/D=1,5 1,75 2,19 2,63 3,50 4,38 5,25 6,13 7,00 7,88 8,75 9,63 10,50 11,20 12,25 13,30 14,00 17,50

CURVA 45° 0,78 0,98 1,17 1,56 1,95 2,34 2,73 3,12 3,51 3,90 4,29 4,68 4,99 5,46 5,93 6,24 7,80
REGISTRO DE GAVETA
ABERTO
0,70 0,88 1,05 1,40 1,75 2,10 2,45 2,80 3,15 3,50 3,85 4,20 4,48 4,90 5,32 5,60 7,00
REGISTRO DE GLOBO
ABERTO
34,20 42,75 51,30 68,40 85,50 102,60 119,70 136,80 153,90 171,00 188,10 205,20 218,88 239,40 259,92 273,60 342,00
REGISTRO DE ÂNGULO
ABERTO
17,15 21,44 25,73 34,30 42,88 51,45 60,03 68,60 77,18 85,75 94,33 102,90 109,76 120,05 130,34 137,20 171,50
TÊ 90° PASSAGEM
DIRETA
2,18 2,73 3,27 4,36 5,45 6,54 7,63 8,72 9,81 10,90 11,99 13,08 13,95 15,26 16,57 17,44 21,80

TÊ 90° SAÍDA LATERAL 6,90 8,63 10,35 13,80 17,25 20,70 24,15 27,60 31,05 34,50 37,95 41,40 44,16 48,30 52,44 55,20 69,00

TÊ 90° SAÍDA BILATERAL 6,90 8,63 10,35 13,80 17,25 20,70 24,15 27,60 31,05 34,50 37,95 41,40 44,16 48,30 52,44 55,20 69,00
VÁLVULA DE PÉ COM
CRIVO
26,50 33,13 39,75 53,00 66,25 79,50 92,75 106,00 119,25 132,50 145,75 159,00 169,60 185,50 201,40 212,00 265,00
VÁLVULA DE RETENÇÃO
TIPO LEVE
8,36 10,45 12,54 16,72 20,90 25,08 29,26 33,44 37,62 41,80 45,98 50,16 53,50 58,52 63,54 66,88 83,60
VÁLVULA DE RETENÇÃO
TIPO PESADO
13,00 16,25 19,50 26,00 32,50 39,00 45,50 52,00 58,50 65,00 71,50 78,00 83,20 91,00 98,80 104,00 130,00

Tabela 18 – Perda de carga em acessórios.

Exemplo:

Calcular a perda de carga em uma instalação com desnível geométrico de 20m, utilizando-se 500m de
tubo de aço galvanizado de Ø300mm e considerando uma vazão de bombeio de 600m³/h. Nesta
instalação serão utilizados 2 cotovelos de 90° com raio longo e 1 válvula de retenção do tipo leve.

40
Os acessórios devem ser somados ao comprimento da tubulação, então:

Comprimento Total = Comprimento da Tubulação + Comprimento dos Acessórios


Comprimento Total = 500 + 2 x Cotovelos de 90° raio longo + 1 x Válvula de Retenção leve

Através da tabela 18 os valores dos acessórios são lidos na coluna da tubulação de Ø300mm, então:

Comprimento Total = 500 + 2 x 6,6 + 1 x 25,08


Comprimento Total = 538,28m

Através da tabela 16, seguindo a coluna da tubulação de Ø300mm, obtém-se através da linha de
600m³/h a seguinte perda de carga: 0,0166m/m, então:

Perda de carga total na tubulação = Perda de carga (m/m) x Comprimento Total


Perda de carga total na tubulação = 0,0166 x 538,28
Perda de carga total na tubulação = 8,93mca

Sendo assim, a perda total nesta instalação considerando os acessórios é:

Perda de carga total = Perda de carga total na tubulação + Desnível Geométrico


Perda de carga total = 8,93 + 20
Perda de carga total = 28,93mca

41
5. NPSH E CAVITAÇÃO

É de vital importância para fabricantes e usuários de bombas o conhecimento do comportamento desta


variável (NPSH), para que a bomba tenha um desempenho satisfatório, principalmente em sistemas
onde coexistam as duas situações: bomba trabalhando no início da faixa, com baixa pressão e alta
vazão e a existência de altura negativa de sucção.

Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção negativa, maior será a possibilidade da bomba
cavitar em função do NPSH. Em termos técnicos, o NPSH define-se como a altura total de sucção
referida a pressão atmosférica local existente no centro da conexão de sucção, menos a pressão de
vapor do líquido.

NPSH = (Ho - h - hs - R) – Hv

Onde:
Ho = Pressão atmosférica local, em mca (tabela 19);
h = Altura de sucção, em metros (dado da instalação);
hs = Perdas de carga no escoamento pela tubulação de sucção, em metros;
R = Perdas de carga no escoamento interno da bomba, em metros (dados do fabricante);
Hv = Pressão de vapor do fluído escoado, em metros (tabela 20);

Para que o NPSH proporcione uma sucção satisfatória à bomba, é necessário que a pressão em
qualquer ponto da linha nunca venha reduzir-se à pressão de vapor do fluído bombeado. Isto é evitado
tomando-se providências na instalação de sucção para que a pressão realmente útil para a
movimentação do fluído, seja sempre maior que a soma das perdas de carga na tubulação com a altura
de sucção, mais as perdas internas na bomba, portanto:

Ho - Hv > hs + h + R

NPSH DA BOMBA E NPSH DA INSTALAÇÃO: Para que se possa estabelecer, comparar e alterar os
dados da instalação, se necessário, é usual desmembrar os termos da fórmula anterior, a fim de obter-se
os dois valores característicos (instalação e bomba), sendo:

Ho - Hv - h - hs = NPSHd (disponível), que é uma característica da instalação hidráulica. É a energia que


o fluído possui, num ponto imediatamente anterior ao flange de sucção da bomba, acima da sua pressão
de vapor. Esta variável deve ser calculada por quem dimensionar o sistema, utilizando-se de coeficientes
tabelados e dados da instalação;

R = NPSHr (requerido), é uma característica da bomba, determinada em seu projeto de fábrica, através
de cálculos e ensaios de laboratório. Tecnicamente, é a energia necessária para vencer as perdas de
carga entre a conexão de sucção da bomba e as pás do rotor, bem como criar a velocidade desejada no
fluído nessas pás. Este dado é fornecido pelo fabricante através das curvas características das bombas

42
(curva de NPSH); Assim, para uma boa performance da bomba, deve-se sempre garantir a seguinte
situação:

NPSHd > NPSHr + 1,0

ALTITUDE (m) 0 150 300 450 600 750 1000 1250 1500 2000

PRESSÃO ATMOSFÉRICA (mca) 10,33 10,16 9,98 9,79 9,58 9,35 9,12 8,83 8,64 8,08

Tabela 19 – Dados de pressão atmosférica conforme altitudes locais.

TEMPERATURA DA ÁGUA (°C) 0 4 10 20 30 40 50 60 80 100

PRESSÃO DE VAPOR DA ÁGUA (mca) 0,06 0,08 0,12 0,23 0,43 0,75 1,25 2,03 4,83 10,33

Tabela 20 – Dados de pressão de vapor da água conforme temperatura.

EXEMPLO: Suponhamos que uma bomba seja colocada para operar com 35 mca de AMT, com vazão
de 325 m3/h e que o NPSHr informado em sua curva seja de 4,5. A altura de sucção na instalação será
de 2,0 metros e a perda de carga na sucção de 1,5 mca (perda de carga no tubo, nas válulas, curvas,
etc.). A altura em relação ao nível do mar onde a mesma será instalada é de aproximadamente 600
metros, e a temperatura da água a ser bombeada é de 30ºC.

Sabendo-se que:

NPSHd = Ho - Hv – h - hs

Onde:
Ho = 9,58 (Pressão atmosférica local - tabela xxx)
Hv = 0,433 (Pressão de vapor d’água - tabela xxx)
h = 2,0 metros (Altura sucção)
hs = 1,50 metros (Perda calculada para o atrito na sucção)

Temos que:
NPSHd = 9,58 - 0,433 - 2,0 - 1,50
NPSHd = 5,64 mca

Se NPSHd > NPSHr + 1,0, então a bomba poderá trabalhar succionando normalmente.

Como esta condição se satisfaz, visto que: 5,64 > 4,5 + 1,0, a bomba poderá operar nas condições pré
estabelecidas.

IMPORTANTE: O NPSHd deve ser maior que o NPSHr, de preferência com uma folga superior a
1m. Não operar a bomba se esta condição não for satisfeita.

43
Havendo alteração destas variáveis, o NPSHd poderá igualar-se ou adquirir valores inferiores ao NPSHr,
ocorrendo assim a CAVITAÇÃO. Quando a condição NPSHd > NPSHr + 1,0 não é garantida pelo
sistema, ocorre o fenômeno denominado cavitação. Este fenômeno dá-se quando a pressão do fluído na
linha de sucção adquire valores inferiores ao da pressão de vapor do mesmo, formando-se bolhas de ar,
isto é, a rarefação do fluído (quebra da coluna de água) causada pelo deslocamento das pás do rotor,
natureza do escoamento e/ou pelo próprio movimento de impulsão do fluído. Estas bolhas de ar são
arrastadas pelo fluxo e condensam-se voltando ao estado líquido bruscamente quando passam pelo
interior do rotor e alcançam zonas de alta pressão. No momento desta troca de estado, o fluído já está
em alta velocidade dentro do rotor, o que provoca ondas de pressão de tal intensidade que superam a
resistência à tração do material do rotor, podendo arrancar partículas do corpo, das pás e das paredes
da bomba, inutilizando-a com pouco tempo de uso, por conseqüente queda de rendimento da mesma. O
ruído de uma bomba cavitando é diferente do ruído de operação normal da mesma, pois dá a impressão
de que ela está bombeando areia, pedregulhos ou outro material que cause impacto. Na verdade, são as
bolhas de ar “implodindo” dentro do rotor. Para evitar-se a cavitação de uma bomba, dependendo da
situação, devem-se adotar as seguintes providências:

- Reduzir a altura de sucção e o comprimento desta tubulação, aproximando-se ao máximo a bomba da


captação;

- Reduzir as perdas de carga na sucção, com o aumento do diâmetro dos tubos e conexões;

- Refazer todo o cálculo do sistema e a verificação do modelo da bomba;

- Quando possível, sem prejudicar a vazão e/ou a pressão final requeridas no sistema, pode-se eliminar
a cavitação trabalhando com registro na saída da bomba ”estrangulado”, ou, alterando o(s) diâmetro(s)
do(s) rotor(es) da bomba. Porém estas são providências que só devem ser adotadas em último caso,
pois podem alterar substancialmente o rendimento hidráulico do conjunto.

44
6. CURVAS DE PERFORMANCE

As curvas de performance das Bombas Anfíbias são dividas pelo diâmetro nominal do rotor e
apresentam graficamente a pressão e a potência para apenas um estágio (rotor), porém alguns modelos
podem ter mais de um estágio, conforme segue:

QUANTIDADE DE ESTÁGIOS POTÊNCIAS DISPONÍVEIS


MODELO
MÍNIMA MÁXIMA (CV)
R1-180 1 1 15, 20 e 25
R1-260 1 1 25, 30 e 40
R1-265 2 5 40, 50, 60, 75, 100 e 125
R1-270 1 1 125
R1-320 1 3 40, 50, 60, 75, 100 e 125
R1-360 1 3 75, 100, 125, 150, 175, 200, 250 e 300
R1-400 1 1 150, 175, 200, 250 e 300
M1-290 1 1 75, 100 e 125
M1-345 1 1 150, 175, 200, 250 e 300
Tabela 21 – Tabela dos modelos de bombas por curva de performance.

Os gráficos, além de apresentarem a potência e a pressão em função de uma vazão pré-estabelecida,


mostram também o rendimento e o NPSH requerido para o ponto de trabalho em questão.

Para a especificação de Bombas Anfíbias de um ou mais de um estágio é necessária a consulta das


curvas que estão disponibilizadas nas próximas páginas deste manual.

A seguir segue um exemplo de como ler as curvas e especificar a melhor opção dentre os diversos
modelos de Bombas Anfíbias existentes:

- Especificar vazão e pressão de trabalho, onde a pressão deve ser calculada através do somatório do
desnível geométrico, das perdas de carga na tubulação, das perdas de carga em válvulas, curvas e
outros acessórios, etc. Para o exemplo em questão se utilizará a vazão de 350m³/h e uma perda de
carga total de 92mca.

- Com a vazão especificada, deve-se procurar, entre as curvas existentes, aquelas que atendam a
mesma. Neste caso, encontrar-se-ão as curvas R1-260, R1-320, R1-360, R1-400 e M1-290 que atendem
a vazão de 350m³/h.

- Com estas curvas selecionadas se deve verificar o atendimento da pressão desejada. Como as
bombas modelo R1-260, R1-400 e M1-290 podem ter apenas um estágio, as mesmas são descartadas.
Analisando a curva da bomba R1-320, que pode possuir até 3 estágios, verifica-se que a mesma não
atenderá a pressão de 92mca, restando com isso a curva da bomba R1-360, que com 2 estágios atinge
a pressão desejada, conforme a figura 21 onde as linhas e os círculos vermelhos representam o caminho
de leitura detalhado a seguir.

45
- Para iniciar a especificação dentro da curva R1-360, deve-se selecionar a vazão de 350m³/h na parte
inferior da curva (“A”) e seguir verticalmente até o ponto de maior pressão deste modelo (‘B”). Desta
forma se obtém a pressão máxima de 64mca com um estágio.

- Como este modelo de bomba pode ter 1, 2 ou 3 estágios, tentar-se-á, primeiramente, a configuração
com 2 estágios. Para isto a pressão desejada deve ser dividida por 2, obtendo-se assim a pressão de
46mca por estágio. Seguindo a linha vertical a partir da vazão (“A”) até o ponto de intersecção (“D”) com
a pressão de 46mca (“E”), se obtém o valor aproximado de rebaixamento do rotor, neste caso igual a
330mm.

Pressão por Estágio = Pressão Total / Quantidade de Estágios


Pressão por Estágio = 92 / 2
Pressão por Estágio = 46 mca

- Com a especificação da curva intermediária de 330mm, que atenderá a vazão e a pressão especificada
com uma bomba de 2 estágios, pode-se especificar a potência consumida no eixo, seguindo
verticalmente até o ponto “F” e posteriormente lendo o valor na coluna horizontal, no ponto “G”. Desta
forma a potência por estágio fica em 84CV, resultando em uma potência final no eixo de 168CV.
Consultando a tabela da página anterior, visualiza-se que o primeiro motor que atende a este consumo é
o de 175CV, tendo-se assim a especificação da nomenclatura da bomba como R2-360/175B (maiores
explicações sobre o nome no capítulo 2.1).

Potência total no eixo = Potência no eixo por estágio x Quantidade de Estágios


Potência total no eixo = 84 x 2
Potência total no eixo = 168 CV

- Para a especificação do rendimento da bomba, deve-se verificar o ponto que a linha de vazão cruza a
curva do rotor de 330mm (“H”) e fazer a leitura no valor no ponto “I”, obtendo o valor de 71% de
rendimento para o conjunto de bombeio. Este valor de rendimento também pode ser confirmado através
da fórmula:

Rendimento = (Vazão x Pressão) / (2,7 x Potência total no eixo)


Rendimento = (350 x 92) / (2,7 x 168)
Rendimento = 32.200 / 453,60
Rendimento = 71%

- Em caso de bomba que trabalhará succionando, é fornecido o NPSH requerido pelo equipamento,
através do pontos “J” e “L”, onde neste caso é 5m.

46
Figura 21 – Gráfico de Performance da curva R1-360 (explicativo).

Nas próximas páginas são apresentadas os gráficos de performance da linha de bombas anfíbias:

47
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-180
Modelos disponíveis: R1-180/15B, R1-180/20B e R1-180/25B

48
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-260
Modelos disponíveis: R1-260/25B, R1-260/30B e R1-260/40B

49
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-265
Modelos disponíveis: R2-265/40B, R2-265/50B, R2-265/60B, R3-265/50B, R3-265/60B, R3-265/75B,
R4-265/75B, R4-265/100B, R4-265/125B, R5-265/100B e R5-265/125B

50
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-320
Modelos disponíveis: R1-320/40B, R1-320/50B, R1-320/60B, R2-320/75B, R2-320/100B, R2-320/125B,
R3-320/100B e R3-320/125B

51
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-360
Modelos disponíveis: R1-360/75B, R1-360/100B, R1-360/125B, R2-360/150B, R2-360/175B,
R2-360/200B, R2-360/250B, R2-360/300B e R3-360/300B

52
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO R1-400
Modelos disponíveis: R1-400/150B, R1-400/175B, R1-400/200B, R1-400/250B e R1-400/300B

53
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO M1-290
Modelos disponíveis: M1-290/75B, M1-290/100B e M1-290/125B

54
CURVA DE PERFORMANCE BOMBA MODELO M1-345
Modelos disponíveis: M1-345/150B, M1-345/175B, M1-345/200B, M1-345/250B e M1-345/300B

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7. TERMO DE GARANTIA

Agradecemos a sua preferência por ter adquirido um produto 5.1. Manutenção periódica, reparação ou substituição de
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durante o período de garantia, entre em contato com a produto relativamente as características que possuía
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autorizado da nossa rede de assistência técnica, cujos sem o consentimento prévio por escrito da HIGRA;
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