Comunicações Móveis
Comunicações Móveis
Comunicações Móveis
e-Tec
Brasil
Comunicações
Móveis
Carlos Wesley da Mota Bastos
Marcelo de Andrade
Brasília - DF
2014
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Inclui bibliografia
Rede e-Tec Brasil. Curso Técnico em Telecomunicações.
CDU: 621.395
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
3 e-Tec Brasil
Ícones
Atenção
Indica pontos de maior relevância no texto ou que servem de in-
tegração ou remissão a vários aspectos de um tema.
Descubra Mais
Oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curio-
sidades” e notícias recentes relacionadas ao tema em estudo. Ser-
vindo também de fio condutor para alguma situação de aprendi-
zagem que possa pertencer à integração dos cursos, a integração
dos eixos ou a especificidade do curso.
Glossário
Indica a definição de termos, palavras ou expressões utilizadas na
unidade temática.
Multimídia
Incentiva o desenvolvimento de atividades de aprendizagem a
partir de diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA
e outras, estabelecendo uma ponte transversal entre os conheci-
mentos estudados e a realidade do estudante.
Hipertextualidade/Integração
Propõe situações de aprendizagem que estabelecem ligações entre
os temas, as habilidades, as competências, e as bases tecnológicas.
Transversalidade/Contexto
Orienta o estudante a perceber os temas estudados no seu con-
texto tornando-o capaz de ampliar o conceitual a partir da obser-
vação da realidade e vice-versa.
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
7 e-Tec Brasil
Unidade 5 - Caminhos para a evolução dos sistemas móveis 89
Evolução dos sistemas celulares 91
Sistemas 4G 92
Referências 120
Sem dúvidas, estamos em uma nova era das Telecomunicações, onde os con-
ceitos e valores foram totalmente revisados e ampliados. O reflexo disto é uma
maior agilidade e visibilidade das informações e comunicações a todos. São tan-
tos os serviços e as aplicabilidades neste mundo fantástico das Telecomunica-
ções, que às vezes fica difícil enumerá-los. Você concorda comigo?
É diante desta realidade que você e nós estaremos inseridos a partir de agora,
que faremos nossa caminhada pedagógica juntos, aperfeiçoando nossa relação
de ensino-aprendizagem. Creio que você terá uma grande oportunidade de de-
senvolver algumas competências e habilidades que ajudarão no aprimoramento
de seu perfil técnico-profissional-relacional, oportunizando sua inserção neste
mercado de trabalho altamente promissor em suas várias nuances.
Fique ciente de que você é uma pessoa muito especial e privilegiada em estar
participando deste processo. Nosso desejo é que você seja protagonista de seu
ato educativo. Para tal, é imprescindível que você organize seu plano de estudos,
que aprendeu na ambientação, pois aprender nesta modalidade requer muita
disciplina e dedicação, e é preciso reservar um tempo para o seu contínuo cres-
cimento profissional. Sinta-se acolhido (a) nesta caminhada e nossa expectativa
é que possamos desenvolver uma relação mútua de confiança, compromisso e
predisposição para que consigamos atingir os objetivos e resultados esperados.
9 e-Tec Brasil
Apresentação
do componente curricular
O componente curricular de “Comunicações Móveis” é extremamente relevan-
te para o Curso Técnico em Telecomunicações, pois irá propiciar a você habi-
lidades e competências na análise neste campo do saber, bem como ampliar
sua visão e domínio no processo de aplicabilidade prática em diversas áreas
das telecomunicações. Este componente curricular está articulado com outros
componentes curriculares do eixo de Informação e Comunicação, bem como
com outros eixos tecnológicos, como por exemplo, Controle de Processos Indus-
triais e de Infraestrutura e seus respectivos cursos e áreas técnicas correlatas, tais
como: eletrotécnica, eletrônica, mecânica, automação, biomedicina, etc.
Na unidade temática 2, vamos estudar o principal sistema sem fio que mais
cresce em números de usuários na atualidade: o sistema móvel celular, os
elementos que fazem parte desse sistema, suas funcionalidades e as técnicas
de acessos múltiplos utilizadas.
11 e-Tec Brasil
Na unidade temática 4, resumidamente, vamos abordar o tema comunica-
ção móvel pessoal e o histórico das principais tecnologias.
Princípios
fundamentais das
comunicações móveis
Unidade 1
O receptor, por sua vez, tem a função de entender o sinal recebido do canal
de comunicação e entregar ao destino. Podemos citar como exemplo de
comunicação uma ligação telefônica utilizando a rede de telefonia móvel.
Bluetooth
O Bluetooth é um sistema de comunicação sem fio de curto alcance, utili-
zado para transmissão de voz e dados entre dispositivos que possuem esta
tecnologia, conforme mostrado na Figura 1.3, na qual se percebe a transfe-
rência de dados entre dispositivos de comunicação.
As redes sem fio são soluções normalmente aplicadas onde uma infraes-
trutura de cabeamento convencional (cobre ou fibra óptica) não pode ser
utilizada. Permitem plena conectividade e atendem aos padrões e normas
dos organismos internacionais. Isso significa que, uma vez utilizando equi-
pamentos padronizados, as redes sem fio podem ser interconectadas com as
redes de cabeamento convencional.
Sistemas celulares
São sistemas de grande cobertura que oferecem ao usuário mobilidade local,
regional, nacional e internacional.
Central de
comutação móvel
Estação
Base
Estação
Móvel
Rede de
Rádio-Frequência
Célula
–– Simplex
–– Half duplex
–– Full duplex
Antena de Antena de
Transmissão Transmissão
Portadora Eletromagnética
Transmissor Receptor
Portadora
Espectro do
sinal modulado
Espectro de frequências
fa fp fb eletromagnéticas (Hz)
Largura de banda
do canal de RF
fp - frequência de portadora
B = fb - fa
Figura 1.10 – Canal de radiofrequência
Fonte: Elaborada pelos autores
Sinal
Podemos conceituar “sinal” como uma representação de uma quantidade
ou qualidade física que porta uma informação. Os sinais podem ter diferen-
tes origens (ex.: mecânica, física, biológica, etc.) e são representados através
de funções de uma ou mais variáveis.
Valor Valor
Tempo Tempo
Sinal analógico
O sinal analógico simples pode ser representado por uma onda senoidal que
possui os seguintes parâmetros: amplitude, frequência e fase.
Amplitude Amplitude
Nas formas de onda da Figura 1.12 mostramos sinais com mesma frequên-
cia, porém, com amplitudes diferentes; já as formas de onda da Figura 1.13
mostram sinais com frequências diferentes e mesma amplitude.
1s
...
Tempo
1 s
Período: 12
1s
...
Tempo
Período: 1 s
6
...
0 Tempo
a. 0 graus
...
1
4
T 0 Tempo
b. 90 graus
Sinal digital
O Sinal digital possui valores discretos (descontínuos) no tempo e amplitude.
1 0 1 0 1 1 1
0 t
Figura 1.15: Exemplo de sinal digital
Fonte: Elaborada pelos autores
Capacidade do canal
De acordo com Sverzut (2011), a capacidade máxima de um canal é repre-
sentada pelo limite máximo de transmissão imposto por suas características
físicas, tais como: largura de banda (banda passante) do canal, potência do
sinal e potência do ruído.
Onde:
CN: capacidade do canal dada em bits/s;
Esta fórmula pode ser deduzida B: largura de banda ou banda passante medida em Hz;
sabendo-se que B=Rs/2 (B é a L: a quantidade de níveis de tensão.
largura de banda e Rs a taxa
de símbolos transmitida), como
Rs=Rb/log2L; então fica fácil
verificar que Rb=2xBxlog2L, que Em 1947, o matemático e engenheiro americano Claude Shannon (1916-
é a taxa de bit! Esta fórmula é 2001), partindo do princípio de que não existem canais sem ruídos, publicou
deduzida impondo a condição de
interferência intersimbólica nula uma nova relação, conhecida como “Teorema de Shannon”
à transmissão.
Amplificador
Ponto 1 Meio de Transmissão Ponto 2 Ponto 3
Modulação
Theodore S. Rappaport, em seu livro Comunicações sem fio: princípios e prá-
ticas, da Editora Pearson (2012), conceitua a modulação, da seguinte forma:
Sinal Modulado
Figura 1.18: Exemplo de modulação em frequência (FM)
Pesquise nas bibliografias Fonte: http://www.img.lx.it.pt/~mpq/st04/ano2002_03/trabalhos_pesquisa/T_8/3_ficheiros/image004.jpg
recomendadas ou em sites
de buscas sobre as possíveis
referências sobre o uso de
antenas no processo de
modulação, em especial para a Tipos de modulação
transmissão de sinais de áudio,
levando-se em consideração Podemos identificar dois tipos de modulação, de acordo com o tratamento
a translação de baixa para
alta frequência, de maneira
da portadora pelo sinal modulante: modulação analógica e digital.
a justificar a construção de
antenas. Aproveite o resultado
de suas pesquisas e compartilhe Na modulação analógica, a portadora é uma onda cosenoide e o sinal
com seus colegas ou até mesmo modulante é um sinal analógico ou contínuo. Existem três formas básicas
abra um Fórum de discussão
sobre estes temas no AVEA. de modulação, conforme as formas de ondas representadas na Figura 1.19.
A modulação digital utiliza uma portadora analógica que tem uma ou mais
características alteradas de acordo com uma informação digital. As técnicas
de modulação para sinais digitais mais utilizadas são:
Sinal
Mensagem
Sinal modulado
em amplitude
(variação da amplitude)
t Sinal Modulante
∆f
Variação de frequência
da portadora
∆f
Frequência sem
modulação (fp)
t Sinal modulada
correspondente
Portadora
Pura
t
Sinal
Modulante
t
Onda modulada
em fase PM t
Sinal Digital
Onda Portadora
Sinal ASK
Sinal Digital
Onda Portadora
Sinal FSK
PSK
Codificação em linha
Em uma transmissão binária os bits ‘1’ e ‘0’ são transmitidos utilizando-se
sinais de pulso. Estes sinais são conhecidos popularmente como “Códigos de
Linha”. O objetivo da codificação de linha é, essencialmente, a adequação da
forma de onda às características do canal de comunicação que é utilizado,
embora também devam procurar uma ocupação mínima de largura de banda.
A Figura 1.26-a mostra o método unipolar NRZ e a Figura 1.26-b o unipolar RZ.
Amplitude
1 0 1 1 0
V
0
Tb 2Tb 3Tb 4Tb 5Tb Tempo
Figura 1.26-a: Método unipolar NRZ
Fonte: Elaborada pelos autores
Amplitude
1 0 1 1 0
V
0
Tb 2Tb 3Tb 4Tb 5Tb Tempo
Figura 1.26-b: Método unipolar RZ
Fonte: Elaborada pelos autores
Na codificação polar NRZ, podemos ter duas versões: polar NRZ-L (NRZ Le-
vel) e NRZ-I (NRZ Invert), conforme pode ser visto na Figura 1.27.
0 1 0 0 1 1 1 0
NRZ-L
Tempo
NRZ-I
Tempo
A ocorrência do primeiro “1” binário pode ser representada por um nível de ten-
são positiva, por exemplo, e o “1” binário seguinte será representado por uma
tensão negativa. Esta alternância de polaridade ocorre durante toda a transmis-
Visando aprofundar um pouco
mais esta unidade temática, são da sequência binária. Dessa maneira, a ocorrência de um terceiro “1” binário
sugerimos que você faça na sequência mostrada na Figura 1.28, será representada por um pulso positivo.
pesquisas em artigos e links
de vídeos da seguinte forma:
“Modulação Analógica e Amplitude
Modulação Digital”. Após a
análise desses materiais, poste 0 1 0 0 1 0
no AVEA com suas palavras
o que você entendeu sobre
a diferença entre os tipos AM1
de modulação, os melhores Tempo
métodos e os principais objetivos
e compartilhe com a turma o
melhor vídeo que encontrou Figura 1.28: Método bipolar ou AMI
sobre esse conteúdo. Fonte: Elaborada pelos autores
Sistema
móvel celular
Unidade 2
Cidade A
Estação
Rádio Base
(ERB)
Células setorizadas
A setorização consiste na divisão da célula em setores, na qual cada um des-
ses setores será coberto por um conjunto de antenas. A divisão pode ser em
três ou seis setores. Podemos observar na Figura 2.5 a divisão em três setores
e na Figura 2.6 a divisão em seis setores.
1 2
3
1 2
3
Figura 2.5: Setorização de 120º
Fonte: Elaborada pelos autores
1 2
6 3
5 4
1 2
6 3
5 4
N=i2+i .j+ j2
onde:
i e j são inteiros positivos e N o número de células por cluster.
Reutilização de frequências
O sistema móvel celular trabalha com reutilização de frequências. Os canais
de frequência utilizados para uma célula podem ser usados em outra célula.
A distância entre essas células que utilizam a mesma frequência é limitada
pela interferência entre canais permitida pelo sistema.
D E
Distância Média
de Reuso
C A F
B G D E
C A F
B G
D/R= 3N .
Onde:
D é a distância entre uma ERB e outra.
R é o raio da célula.
Por exemplo, para um fator de reuso N=1, todas as células do sistema ce-
lular contêm todos os canais; dessa maneira, todas as células vizinhas serão
cocanais. Assim, o sistema terá a maior capacidade possível (maior número
de canais por km2), porém a pior situação em termos de qualidade do sinal,
pois os cocanais estarão o mais próximo possível uns dos outros (pior situa-
ção em termos de interferência cocanal).
Fazendo uma análise superficial, podemos observar que à medida que au-
mentamos o fator de reuso, ou seja, o número de células por cluster, estare-
mos diminuindo o número de canais por célula, diminuindo o tráfego ofereci-
Qual o principal objetivo da
reutilização de frequências no do por célula. Por outro lado, estaremos aumentando a relação D/R (podemos
sistema celular? Participe do
Fórum de Discussão do Ambiente
entender que estamos aumentando a distância de reuso ou que estamos
Virtual de Ensino Aprendizagem diminuindo o raio das células). Isso implica a diminuição da interferência entre
(AVEA) aberto sobre este tema e
poste seu comentário. cocélulas, uma vez que a potência transmitida decresce com a distância.
Estação
Móvel (EM)
Estação Rádio
Estação Rádio Base (ERB)
Base (ERB)
Estação Estação
E
Estação
Móvel (EM) Central de comutação e controle (CCC) Móvel (EM)
Características da ERB:
Estação
Rádio Base
(ERB)
Handoff
Handoff é o procedimento da transição de um terminal móvel de uma de-
terminada célula para outra de forma transparente ao utilizador.
Durante uma chamada, existe uma conexão entre o terminal móvel e a ERB 1
de sua localidade. À medida que o terminal se afasta da ERB 1, o respectivo
sinal vai diminuindo e o nível de sinal da ERB 2, aumentando. De acordo com
os níveis especificados pelo sistema, ou seja, a partir de determinado valor
ERB 2
ERB
ERB1
Nível
de sinal 2
Nível
de sinal 1
t1 t2
Roaming
Todo terminal móvel é registrado em uma área local correspondente a um
município, cidade ou estado, conforme demonstrado na Figura 2.14.
Quando este terminal móvel desloca-se para fora de sua área local, ele passa
a estar em roaming.
Central de comutação
omutação
Área Local 1 e controlee CC2
D1 E1
E2
F1 D2
C1 A1 F2
A2
2
C2
B1 G1
G2
B2
Área Local 2
Central de comutação
e controle CC1
a) FDMA
Na técnica FDMA (Acesso múltiplo por divisão de frequência), a largura de
banda é dividida em canais, conforme Figura 2.15. A alocação da frequ-
ência dos canais é fixa dentro da largura de banda, ou seja, cada canal é
dedicado a uma chamada. A técnica do FDMA, no sistema móvel celular é
utilizada nos sistemas analógicos AMPS (Advanced Mobile Phone Systems).
FDMA
Nível
po
Sinal
Tem
Frequência
Figura 2.15: Técnica FDMA– Acesso múltiplo por divisão de frequência
Fonte: Elaborada pelos autores
TDMA
Nível
Sinal
po
Tem
Frequência
c) CDMA
CDMA é uma forma de tecnologia de transmissão de espalhamento es-
pectral (spread spectrum).
Tempo 1.25MHz
Frequência
N usuários por banda
Canal 1
Estação Base Canal 2
...
Canal 3
Code 1 Code 2 Code N .. Frequência
Link Direto Canal N
um sinal composto que é
transmitido para todos os
usuários e diferenciado Estações Móveis Tempo
através de códigos.
No CDMA para cada canal é atribuíbuido
um código único que é ortogonal aos códigos
usados pelos outros usuários
Figura 2.17b: Técnica CDMA– Acesso múltiplo de dados espalhados através da utili-
zação de códigos
Fonte: http://www.ustudy.in/node/4793
Visando aprofundar um pouco Os sistemas 2G já utilizavam tanto a divisão por frequência como a divisão no
mais sobre esta unidade
temática, sugerimos que você tempo. Por exemplo, o sistema IS-54 compartilhava o canal de 30kHz (aloca-
faça pesquisas em artigos e do a único usuário no sistema AMPS) com no mínimo três usuários devido à
links de vídeos da seguinte
forma: “sistemas móvel celular multiplexagem no tempo (TDMA). Porém, a divisão do espectro para alocação
e técnicas de acesso múltiplo”. de diferentes usuários continuou. Esses sistemas utilizavam FDD (frequency
Poste os resultados desta
pesquisa no AVEA. division duplexing), tópico que vamos abordar em nossas próximas unidades.
Canais de 30 KHz
para IS-54 TDMA
1 2 3 4
Tempo 30 KHz
Frequência
Diante disso, cremos que poderemos agora aplicar todo este conhecimento
para nos aprofundarmos um pouco mais nos diversos padrões existentes de
sistemas celulares e suas respectivas categorias.
Estrutura dos
padrões usados nos
sistemas celulares
Unidade 3
Sistemas celulares 1G
Os sistemas celulares de primeira geração, 1G, foram utilizados no mundo
entre 1981 e 1994. São sistemas que trabalharam com transmissão ana-
lógica de sinais e operaram em três faixas de frequências: 450, 800 e 900
MHz. O sistema AMPS (Advanced Mobile Phone Service) foi desenvolvido
pela AT&T em 1971 nos Estados Unidos. Outros sistemas analógicos tam-
bém surgiram pelo mundo:
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 59 e-Tec Brasil
AMPS
O sistema AMPS é totalmente analógico voltado para o tráfego de voz que
as portadoras dos canais modulam em FM. A tecnologia de múltiplo acesso
utilizada é o FDMA, e os canais de voz e sinalização ocupam uma largura de
faixa de 30 kHz, conforme a Figura 3.1.
Portadora
Canal 1 2 N
A? A?
(ERB) (ERB)
Canais de
Controle
A? A?
(ERB) (ERB)
Central de comutaçã
comutação
ão e controle (CCC)
Canal de
voz
(ERB) (ERB)
(ERB) (ERB)
Central
Centra
al de comutaçã
comutação
ão e contro
controle
le (CCC)
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 61 e-Tec Brasil
No sistema AMPS as ERBs transmitiam continuamente dados digitais mo-
dulados em FSK sobre o canal de controle direto de forma que os telefones
móveis estivessem sempre alocados à ERB com sinal mais forte!
Sistemas celulares 2G
Com o crescimento do número de usuários do sistema móvel celular, surge
também a necessidade de ampliação da capacidade das redes móveis. Esse
aumento foi possível devido ao desenvolvimento das técnicas de transmis-
são digitais de sinais.
Nos EUA, três padrões foram criados para atender ao aumento da demanda
de usuários: IS-54, IS-136 e IS-95.
Amplitude Tempo
TS3 TS3
TS2 TS2
TS1 TS1
Frequência
30kHz 30kHz
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 63 e-Tec Brasil
Modulador
Sinal
Original Sinal
Espalhado
Gerenciador de Chips
A
1/T
Espectro
1/Tc f
Dados do usuário
Sinal transmitido
T
Chip
código Tc
No IS-95 cada célula possui dois links de dados, um para canais diretos (trans-
missão da ERB para a EM) e outro para os canais reversos (transmissão da EM
para a ERB). Esse tipo de comunicação utilizando dois canais, um direto e um
reverso, é que define a tecnologia FDD (frequency division duplexing). São
quatro os tipos de canais diretos definidos no padrão IS-95, a saber:
96 bits (20ms)
Quadro
4800 bps 80 8 8
bits de informação F T
48 bits (20ms)
Quadro
2400 bps 40 8 8
bits de informação F T
24 bits (20ms)
Quadro
1200 bps 16 8 8
bits de informação F T
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 65 e-Tec Brasil
Vantagens do CDMA:
Imagine uma festa, onde cada conversa é realizada em uma língua diferente.
Devido ao grande número de pessoas, existe um grande ruído de fundo.
Apesar do ruído, duas pessoas podem conversar sem grandes dificuldades.
O ouvido das pessoas está treinado para escutar a língua nativa.
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 67 e-Tec Brasil
BTS
BTS BSC
HLR VLR AUC
BTS
MS PSTN
BTS
BTS BSC MSC ISDN
BTS Rede de Dados
OSS
Sistema de suporte
e operação
MS
• Black Listv (lista negra) – Possui os IMEIs que não estão autorizados a
utilizar o sistema.
• Gray List (lista cinza) – Possui os IMEIs com algum tipo de problema,
por exemplo, falha de hardware ou de software.
HLR AuC
Figura 3.9: Estrutura do sistema NSS
Fonte: Elaborada pelos autores
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 69 e-Tec Brasil
b) Sistema de suporte e operação (OSS)
BTS
MS
BSC BTS
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 71 e-Tec Brasil
Caro estudante, descubra qual o
IMEI de seu aparelho. Anote esse
número em um lugar seguro,
pois em casos de furto/roubo de
seu aparelho, com o IMEI você
terá condições de bloqueá-lo.
Se você achou esta informação
importante, que tal compartilhá-
la com seus colegas através do
Ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem (AVEA)?
Figura 3.11: SIM card da estação móvel
Fonte: http://image.shutterstock.com/display_pic_with_logo/180313/180313,1313409008,1/stock-photo-inserting-a-
-sim-card-into-the-back-of-a-mobile-phone-82832002.jpg
–– MS-BTS: Um
–– BTS-BSC: Abis
–– BSC-MSC: R
–– MSC-VLR: B
CM CM
MM MM MAP
BSSAP BSSAP
RR RR BSSAP
RR BTSM BTSM SCCP SCCP SCCP
Um Abis A
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 73 e-Tec Brasil
MM – É um protocolo para gerenciar a mobilidade do terminal móvel. Pro-
cedimentos MM necessitam de uma ligação RR preestabelecida que consiste
de um canal lógico e uma conexão LAPDm.
O principal elemento da rede GPRS é o GSN (GPRS Support Node), que troca
pacotes de dados da internet ou de outra rede GPRS com as BSCs, conforme
Figura 3.13.
MS MS
Outras redes
GPRS
BTS
GGSN MS
Internet
VLR MSC EIR
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 75 e-Tec Brasil
A arquitetura da rede EDGE é idêntica ao do GPRS. O que muda é a interface aé-
rea entre a MS e a BTS. A tecnologia EDGE utiliza as modulações GMSK e 8-PSK.
2 Mbps
384 Kbps
115 Kbps
UMTS
GSM
Sistemas celulares 3G
A evolução dos sistemas GSM, GPRS e EDGE para uma rede de terceira ge-
ração (3G) é chamado de UMTS (Universal Mobile Telecommunications Sys-
tems), totalmente compatível com as redes GPRS e EDGE, conforme mostra
a Figura 3.14.
O padrão UMTS utiliza a tecnologia WCDMA (Wideband CDMA), que é uma das
tecnologias de interface aérea escolhidas pelo ITU para prover os serviços de 3G.
UTRAN
MS MS
Outras redes
GPRS
Node B
MS
GGSN
Internet
VLR MSC EIR
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 77 e-Tec Brasil
Node B
O Node B (Nó B) é o elemento da rede UMTS responsável pela interconexão
aérea com a MS.
Para conhecer mais sobre a
tecnologia WCDMA e dados
como realizar um projeto de As principais funções são:
dimensionamento, consulte
mais uma vez, o site http://
www.mundoitec.com. • controle dos sinais da interface aérea;
br/2.0/modelagem-para- • espalhamento espectral dos códigos WCDMA;
dimensionamento-de-rede-3g-
w-cdma • controle dos canais.
Síntese da unidade
Parabéns!
Avançamos mais um passo com esta unidade temática, certo?
Unidade 3 – Estrutura dos padrões usados nos sistemas celulares 79 e-Tec Brasil
Vimos ainda as seguintes gerações: 2.5G (GPRS) e 2.75G (EDGE) com o au-
mento significativo de capacidade, velocidade e aplicações.
Por fim, abordamos sobre a 3ª geração (com padrão UMTS e tecnologia de acesso
WCDMA) e seus elementos de rede, totalmente compatíveis com a 2ª geração.
Nossa expectativa é que você continue avançando cada vez mais e aprofundan-
do seus conhecimentos sobre esse mundo fantástico das comunicações móveis.
Sistemas de
comunicação pessoal
Unidade 4
Os sistemas sem fio de terceira geração fornecem uma ampla gama de ser-
viços multimídia, como: voz, vídeo e dados com altas taxas de transmissão.
Para o PCS banda estreita foi alocado um total de 3 MHz de espectro nas faixas
901-902, 930-931 e 940-941 MHz para utilização de serviços de mensagens.
O PCS não licenciado está alocado na faixa de 1910 a 1930 MHz e opera
com baixa potência e limite de duração nas transmissões.
CDMA2000
Faz parte de uma família da terceira geração de celulares que tem como base
o padrão de comunicação CDMA. É uma marca registrada da TIA (Telecom-
munications Industry Association) nos Estados Unidos. A primeira versão des-
ta família é o CDMA2000 1xRTT (1x Radio Transmission Technology). Tem ca-
pacidade de trabalhar com taxas de transferências de dados de até 144 Kbps.
HLR
PSIN
MSC
Cellphones BSC
34
IS-6
IWF
R-P AAA
Server
Smartphones PDSN
and PDA’s
Internet
WCDMA
O WCDMA é uma das principais interfaces de acesso ao sistema UMTS, que
tem se popularizado como principal tecnologia empregada nas redes celulares
de terceira geração no Brasil. WCDMA é uma tecnologia de Acesso Múltiplo por
Divisão de Código em Sequência Direta de banda larga, a qual emprega técnicas
de espalhamento espectral, onde a informação do usuário é multiplicada por
códigos pseudo aleatórios (chamados chips) derivados da ideia do CDMA.
Essa tecnologia é baseada na técnica de acesso por rádio proposta pela ETSI
Alpha Group, com especificações finalizadas em 1999. Projetada para ser
uma rede de multisserviços capaz de prover tanto serviços de telecomuni-
cações tradicionais quanto novos serviços baseados em internet, sobre essa
mesma rede, agora capaz de oferecer altas taxas de transferência de dados.
Sendo assim, temos a possibilidade de acomodar o crescente número de
interconexões entre uma variedade de redes e serviços, com comutação por
circuito e pacotes, serviços de conexão discada e de banda larga, serviços de
voz, dados, telefonia fixa e móvel.
EM ERB
RNC SGSN GGSN Internet
ERB
Redes
UE ULTRAN CN Externas
Síntese da unidade
Aprendemos nesta unidade as principais características de um sistema de
comunicação pessoal (PCS) e suas funcionalidades.
Caminhos para
a evolução dos
sistemas móveis
Unidade 5
Com a segunda geração começou a transmissão digital de voz e para isso ela
utilizou a técnica de múltiplo acesso TDMA (Time Division Multiplex Access
ou Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) e operava com duas faixas de
frequência nos 800 e 1900 MHz. Utilizando banda estreita, o sinal de voz
era convertido para digital e comprimido, assim ocupando menos banda e
permitindo um número três vezes maior de usuários do que o antigo AMPS.
Sistemas TDMA foram muito utilizados a partir da década de 1990.
Outro padrão utilizado no 3G, o HSPA é uma evolução dos padrões GPRS e
EDGE e possui uma tecnologia de acesso que teoricamente pode alcançar
velocidade de 7 Mbps.
WCDMA
EDGE
TDMA IS-136 Fase II
2G 2.5G 2.75G 3G
Sistemas 4G
Com a necessidade de haver acessos cada vez mais rápidos a partir dos ce-
lulares, surge o 4G, com o padrão de tecnologia LTE e WiMax. No sistema
celular 4G a tecnologia adotada foi o LTE (Long Term Evolution ou evolução
delongo prazo). Uma característica marcante no LTE são as velocidades que
podem atingir taxas de transmissão de até 300Mbps.
O SC-FDMA resolve esse problema pelo simples fato de ser uma técnica de
portadora única, onde a PAPR é inerentemente baixa, diferente da técnica
OFDM que produz diversas subportadoras que se somam (daí vem o fato de
essa técnica possuir alta PAPR). Uma baixa PAPR também melhora a cobertu-
ra e o desempenho na borda da célula.
WiMax – Worldwide Interoper-
Uma grande variedade de celulares, notebooks, câmeras irão incorporar mó- ability for Microwave Access
Traduzindo, Interoperabilidade Mun-
dulos LTE que poderão funcionar nas redes 3G na falta de cobertura LTE dial para Acesso de Micro-ondas,
proporcionando alta disponibilidade e cobertura. isto é, padrão oriundo dos padrões
IEEE 802.16 utilizado no WMAN e
IEEE 802.11 utilizado no wi-fi. Esta-
belece conexão de última milha de
Outro padrão considerado 4G é o WiMax (Worldwide Interoperability conectividade para uso doméstico,
for Microwave Access), usado por algumas operadoras nos Estados Uni- industrial e em hot spots.
dos e em outros países.
f f
Espectro FDM Espectro OFDM
convencional
.......................... ..........................
Considere, por exemplo, o sistema SIMO, que possui uma antena transmis-
sora e diversas antenas receptoras. Assim, o sinal transmitido é único e segue
diferentes caminhos até chegar às antenas do receptor. Considere, ainda,
que as antenas estejam suficientemente separadas de maneira que os sinais
em cada antena não são correlacionados, ou seja, os caminhos percorridos
pelo sinal são tais que a atenuação do sinal recebido por uma determinada
antena nada tem a ver com a atenuação em outra antena. Dessa maneira,
as diversas antenas no receptor podem ser utilizadas, por exemplo, para
selecionar o sinal com menor atenuação ou, então, combinar os sinais re-
cebidos pelas diferentes antenas com o intuito de aumentar a potência do
sinal recebido. Pode-se mostrar que para uma separação entre as antenas
maior do que meio comprimento de onda ( λ ⁄ 2 ), a correlação entre os sinais
nas antenas é desprezível. Assim, para uma frequência da portadora de 900
MHz (λ =1/3m), uma separação de 20 cm entre as antenas já seria suficiente!
Este exemplo é, apenas, uma das diversas aplicações de sistemas MIMOs!
Tx Rx Tx0 Rx
Tx1
Arquitetura do 4G
O SAE (System Architecture Evolution) é uma nova arquitetura projetada
para otimizar o desempenho de rede, reduzir os custos e facilitar a captura
de serviços baseados em IP.É uma evolução das redes WCDMA para redes de
taxas de transferência maiores, com baixa latência.
Redes IP
HSS
PCRF
SAEGW
HSS
SGSN PDSN
WiMAX
WiMAX é o nome popular dado ao padrão IEEE 802.16 para redes metropoli-
tanas sem fio, também conhecido como IEEE Wireless MAN ou ainda “Air In-
terface for Fixed Broadband Wireless Access Systems”. Esse padrão tem como
proposta inicial disponibilizar o acesso banda larga sem fio para novas loca-
lizações, cobrindo distâncias maiores sem a necessidade de investimento em
uma infraestrutura de alto custo (como ocorre com uma rede de acesso banda
larga cabeada) e sem as limitações de distância das tecnologias DSL. Entre as
promessas associadas ao padrão IEEE 802.16 figura a solução para o proble-
ma da última milha, através da redução do custo de implantação e do tempo
necessário para se conectar residências e escritórios aos troncos das linhas de
comunicação. A Figura 5.6 apresenta a arquitetura de uma rede WiMax.
Por fim, a 4ª geração (LTE/WiMAX) visando sempre a acessos cada vez mais
rápidos, da qual pudemos nos aprofundar um pouco mais sobre essas duas
tecnologias.
O LTE (evolução a longo prazo), como uma evolução dos padrões de redes
móveis do GSM, utilizando a modulação OFDM, isto é, multiplexação por
divisão de frequências ortogonais, melhorando as taxas de transmissão de
downlink e uplink, além das múltiplas antenas (MIMO) no transmissor e re-
ceptor, visando melhorar o desempenho da comunicação.
Entendemos que, com o fechamento desta unidade temática, você está bem
preparado para continuar sua caminhada pedagógica em busca do conheci-
mento de novas tecnologias para os sistemas de comunicações móveis.
Parabéns!
Unidade 5 – Caminhos para a evolução dos sistemas móveis 101 e-Tec Brasil
Unidade6n
Unidade
Sistemas auxiliares
de energia para as
comunicações móveis
Unidade 6
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 105 e-Tec Brasil
Por fim, os sistemas de pressurização para eliminar a umidade nos guia de
onda e possíveis danos aos cabos primários bem como a proteção contra
descargas elétricas, sendo necessário um plano de bloqueio e equipotencia-
lização através dos sistemas de aterramento e inserção de para-raios.
Sala de retificadores
Sala de baterias
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 107 e-Tec Brasil
falta de energia AC comercial, ocorra o processo de comutação automática
das cargas para o grupo motor gerador (GMG) ou para o banco de baterias.
O sistema CC, por sua vez, irá alimentar os consumidores e o banco de bate-
rias (que ficam em stand by, em caso de falta de energia comercial).
Unidade Quadro de
Supervisão Distribuição
Baterias
Sinalizações Locais
ou Interface para
Gerenciamento Remoto
Unidade de supervisão
de corrente alternada (USCA)
A unidade de supervisão de corrente alternada (USCA) tem a função primor-
dial de supervisionar a tensão de alimentação AC comercial, para todos os
equipamentos da planta (essenciais, não essenciais e de emergência) no que
tange à falta de energia AC comercial. Cabe à USCA o processo de recep-
ção, controle, proteção e transferência automática das cargas para o GMG,
acionando-o. É óbvio que essa transferência ocorre apenas quando a USCA
fizer a conferência de todos os dados da rede (tensão, corrente, frequência,
sincronismo, etc.), bem como do grupo motor gerador (GMG). Após o retor-
no da energia AC comercial, a USCA desliga o GMG.
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 109 e-Tec Brasil
Retificadores
Os retificadores ou unidades retificadoras (URs) são fontes de alimentação
que convertem a energia CA em CC, com o objetivo de fornecer energia
elétrica para o banco de baterias do prédio de telecomunicações, que por
sua vez, auxilia na alimentação dos sistemas de telecomunicações.
Sala de baterias
Tendo em vista o fato de que num sistema de telecomunicações exige-se
uma grande autonomia das baterias, usa-se um conjunto enorme de bate-
rias em cascata com essa finalidade.
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 111 e-Tec Brasil
Figura 6.6: Banco de baterias na horizontal
Fonte: http://megoequipos.com/wp-content/uploads/2013/12/FAP12_011140-p-copy_zps9a778a5e.jpg
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 113 e-Tec Brasil
Figura 6.8a: Sistema de ar-condicionado I
Fonte: Shutterstock (2014)
Sistemas de detecção de
alarmes e combate a incêndio
Na realidade são sistemas de detecção e alarmes que protegem a sala de te-
lecomunicações de qualquer anormalidade que venha comprometer o fun-
cionamento dos equipamentos em telecomunicações.
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 115 e-Tec Brasil
Sistemas de alimentação para ERB/BTS
As estações rádio base do sistema celular também necessitam de alimenta-
ção para o seu funcionamento. Essa alimentação pode ser fornecida pela
UPS – Uninterruptible
Power Supplies rede comercial AC da localidade, painéis solares, energia eólica, entre outros.
Traduzindo, fonte de alimentação
ininterrupta, ou no-break, ou
seja, trata-se de um sistema Como podem ocorrer falhas no sistema comercial de fornecimento de ener-
de alimentação secundário de
energia elétrica que entra em ação, gia, torna-se necessária uma maior garantia de operacionalidade da ERB com
alimentando os dispositivos a ele a utilização de bancos de baterias, grupo motor gerador (GMG) e no-breaks
ligados, quando há interrupção no
fornecimento de energia primária. ou Uninterruptible Power Supplies (UPS).
• não deixe o aparelho celular exposto à umidade (no banheiro, na sauna, etc.);
• caso o aparelho celular caia na água, não o ligue; leve-o a uma loja autorizada;
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 117 e-Tec Brasil
As situações de aprendizagem seguintes se referem aos conceitos in-
fraestrutura para os sistemas móveis abordados.
1. Pelo que foi abordado nesta unidade temática, fale sobre qual o pa-
pel do QGD para o prédio de telecomunicações?
Síntese da unidade
Nesta unidade temática tivemos a oportunidade de conhecer a composição
mínima necessária para uma boa infraestrutura de um sistema de teleco-
municações. Iniciamos com o conceito de uma sala de telecomunicações e
aprendemos que sua estrutura deve ser composta por uma sala de retifica-
dores, baterias, unidades de supervisão em corrente contínua e alternada e
quadro geral de distribuição.
Por fim, trouxemos algumas dicas da Anatel sobre as principais baterias uti-
lizadas nos aparelhos celulares atualmente.
Nossa expectativa é que você possa ter absorvido ao máximo cada unidade
temática apresentada e continue cada vez mais buscando aprimorar e aper-
feiçoar seus conhecimentos, pois no mundo das telecomunicações, em espe-
cial, das comunicações móveis, não existem os termos: “limites”, “esgota-
dos”, “finitos”, ou seja, é algo que se descobre a cada dia e a cada momento.
Unidade 6 – Sistemas auxiliares de energia para as comunicações móveis 119 e-Tec Brasil
Referências
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policy innovation. Disponível em: http://www.4gamericas.org/documents/2013_4G%20
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1998.
BIENAIMÉ, Jean Pierre. GSM to UMTS: global evolution. Disponível em: http://www.
umts-forum.org/servlet/dycon/ztumts/umts/Live/en/umts/MultiMedia.Acesso em: 12 jan.
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www.gsma.com/newsroom/wp-content/uploads/2012/06/
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MIMO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2014. Disponível
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LTE and LTE-Advanced.3G Americas. 2009. 178 p. Disponível em: http://www.3gpp.
org/LTE. Acesso em: 12 jan. 2014.
SVERZUT, José Umberto. Redes GSM, GPRS, EDGE e UMTS: evolução a caminho da
quarta geração (4G). São Paulo: Editora Érica, 2011.
Contato: carloswesleymb@gmail.com
Currículo na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/3943893242542936
Contato: mceloandrade@gmail.com