13/05/2019 Disciplina Portal

Teoria da avaliação
morfofuncional

Aula 5 - Pontos de reparo e avaliação dos

perímetros
INTRODUÇÃO

Nesta aula, daremos continuidade com o tópico de avaliação antropométrico abordando o estudo de padronização
para a coleta das medidas dos perímetros corporais.

Falaremos sobre os perímetros de pescoço, tórax, cintura, abdome, quadril, braço relaxado e contraído, antebraço,
punho, coxa proximal, coxa média, panturrilha e tornozelo.

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OBJETIVOS

Reconhecer os pontos de reparos para medida dos perímetros.

Identi car os cuidados ao se medir os perímetros.

Medir os perímetros corporais.

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PONTOS DE REPARO
Relembrando a aula anterior sobre padronização de medidas, os pontos de reparo são utilizados como referência para
a medida das diversas características corporais.

Tais pontos possibilitam que medidas coletadas de maneira consecutiva possam ser realizadas no mesmo local (ou
muito próximo) e assim minimizar o erro intra-avaliador.

Material utilizado para medida dos perímetros corporais

Para a coleta das medidas é utilizada a trena antropométrica, devendo ser de material inextensível, de preferência
metálica.

Ao se realizar as medidas deve-se se atentar que:

  Para determinação do ponto médio entre estruturas ósseas, a trena deve ser posicionada alinhada às
estruturas de forma que não que junto à superfície corporal e sim reta, como se fosse uma régua, para não haver
superestimação da distância.

  No momento do ajuste da trena à superfície corporal, para leitura da medida, não ocorra espaço entre a pele
e a trena nem o estrangulamento do segmento.

  Nas medidas in uenciadas pela respiração (tórax, cintura e abdome) a leitura do valor deve ser realizada ao
nal de uma expiração normal.

PROTOCOLOS UTILIZADOS
Para padronização das medidas dos perímetros corporais será adotado o protocolo ISAK (STEWART, 2011) para as
medidas de pescoço, tórax, cintura, abdome, quadril, braço relaxado e contraído, antebraço, punho, coxa proximal, coxa
média, panturrilha e tornozelo.

Já para a circunferência de abdome o protocolo utilizado será o estabelecido pelo CDC (Centers for Disease Control
and Prevention).

Pontos de Reparo para os perímetros corporais

Podemos ver, na Tabela 1, os pontos de reparo utilizados para a perimetria corporal e o local para a coleta das
medidas.

Dobra
Pontos de reparo Localização
cutânea

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Braço
Acromiale / Radiale Mid-acromiale-radiale
relaxado

Tórax Mesoesternale Mesoesternale

Trochanterion / Tibiale Mid-trochanterion-tibiale

Coxa média
laterale laterale

Tabela 1. Pontos de reparo para perímetros.

     
Perímetro de pescoço

É a circunferência do pescoço imediatamente superior à cartilagem tireoide e perpendicular ao eixo longitudinal no

pescoço.

O avaliado poderá estar sentado ou de pé com os braços ao longo do corpo e a cabeça no plano de Frankfurt.

Figura 1. Circunferência de pescoço. Fonte: Ferreira (2017).

A trena é posicionada perpendicularmente ao eixo longitudinal do pescoço e ajustada para que que em contato
com a superfície do pescoço;

A trena não necessariamente estará paralela ao plano horizontal e devemos nos certi car que, em caso de cabelos
longos, estes não estejam entre a trena e a pele do avaliado.

     
Perímetro de braço relaxado

É a circunferência do braço no nível do ponto mid-acromiale-radiale, perpendicular ao eixo longitudinal do braço.

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Figura 2. Circunferência de braço relaxado (A) Identi cação do ponto mid-acromiale-radiale. (B) Medida e leitura. Fonte:
Ferreira (2017).

O avaliado deverá estar de pé com os membros superiores ao longo do corpo e o braço direito em ligeira abdução
para permitir a colocação da trena;

O avaliador permanece ao lado do avaliado, posiciona a trena antropométrica rodeando o braço, ajusta a trena de
forma que que em contato com a superfície do braço e realiza a leitura da medida.

     
Perímetro de braço contraído

É a circunferência do braço perpendicular ao seu eixo longitudinal, no nível de maior contração do m. bíceps braquial,
quando o braço é elevado a 90° (paralelo ao solo).

Figura 3. Circunferência de braço contraído. (A) Posicionamento da trena antropométrica. (B) Localização da região de
maior volume de contração. (C) Leitura da medida com contração máxima. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado permanece de pé com o membro superior esquerdo ao longo do corpo e com o direito elevado
anteriormente, na horizontal, e antebraço supinado e etido a 90º;

O avaliador se posiciona ao lado do avaliado, segura a trena antropométrica com a mão direita e com a esquerda
traciona a ta rodeando o braço;

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Solicita a contração do m. bíceps braquial e posiciona a trena no ponto de maior contração visível e então pede ao
avaliado para realizar a maior força que é capaz. Nesse momento, ajusta a trena para que que em contato com a
superfície do braço e realiza a leitura.

     
Perímetro de antebraço

É a circunferência máxima do antebraço perpendicular ao seu eixo longitudinal, distal aos epicôndilos do úmero.

Figura 4. Circunferência de antebraço. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado deve estar de pé com o membro superior esquerdo ao longo do corpo e com o direito com ombro
ligeiramente etido, cotovelo extendido e antebraço supinado;

O avaliador se posiciona de frente para o avaliado, segura a trena antropométrica com a mão direita e com a
esquerda traciona a ta rodeando o antebraço no ponto de maior volume para que que em contato com a superfície
do antebraço e realiza a leitura.

     
Perímetro de punho

É a circunferência mínima do punho perpendicular ao eixo longitudinal do antebraço, distal aos processos estiloides.

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Figura 5. Circunferência de punho. Fonte: Próprio autor.

O avaliado ca de pé com o membro superior esquerdo ao longo do corpo e com o direito com ombro ligeiramente
etido, cotovelo extendido, antebraço supinado e mão relaxada;

O avaliador permanece de frente para o avaliado, segura a trena antropométrica com a mão direita e com a
esquerda traciona a ta rodeando o punho para que que em contato com a superfície do mesmo e realiza a leitura.

     
Perímetro de tórax

É a circunferência do tórax no nível do ponto mesoesternale, perpendicular ao eixo longitudinal do tórax.

Figura 6. Circunferência de tórax. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado permanece de pé com os membros superiores relaxados ao longo do corpo levemente abduzidos;

O avaliador se posiciona de frente para o avaliado, segura a trena antropométrica com a mão direita e com a
esquerda traciona a ta rodeando o tórax no ponto mesoesternale de forma que que em contato com a superfície do
mesmo e realiza a leitura no nal da expiração normal.

     
Perímetro de cintura

É a circunferência do tronco na região de menor dimensão, entre o bordo inferior do arcabouço costal (10ª costela) e o
bordo superior da crista ilíaca, perpendicular ao eixo longitudinal do tronco.

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Figura 7. Circunferência de cintura. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado ca de pé com os membros superiores ao longo do corpo;

O avaliador permanece de frente para o avaliado e coloca a ta em volta do tronco (cintura);

O avaliado faz uma ligeira abdução dos braços para permitir a colocação da trena. A leitura é feita no nal de uma
expiração normal.

     
Perímetro de quadril

É a circunferência do quadril na região de maior protuberância posterior, perpendicular ao eixo longitudinal do tronco.

Figura 8. Circunferência de quadril. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado deverá estar de pé com os membros superiores cruzados sobre o tórax e membros inferiores juntos;

O avaliador permanece ao lado do sujeito coloca a ta à volta do quadril e realiza a leitura.

     
Perímetro de coxa proximal

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É a circunferência da coxa 1 cm distal à prega glútea, perpendicular ao eixo longitudinal da coxa.

Figura 9. Circunferência de coxa proximal. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado permanece de pé com os membros superiores cruzados sobre o tórax e membros inferiores ligeiramente
separados;

O avaliador ca ao lado do avaliado, coloca a ta em volta da coxa e realiza a leitura.

     
Perímetro de coxa média

É a circunferência da coxa no nível do ponto mid-trochanterion-tibiale laterale, perpendicular ao eixo longitudinal da

coxa.

Figura 10. Circunferência de coxa média. (A) Identi cação e marcação do ponto mid-trochanterion-tibiale laterale. (B)
Posicionamento da trena antropométrica. (C) Leitura da medida. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado deve car de pé com os membros superiores cruzados sobre o tórax e membros inferiores ligeiramente
separados;

O avaliador ca ao lado do avaliado, coloca a ta à volta da coxa e realiza a leitura.

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Perimetria de panturrilha

É a circunferência da panturrilha na região de maior dimensão da perna (mesmo ponto da dobra panturrilha medial),
perpendicular ao eixo longitudinal da perna.

Figura 11. Circunferência de panturrilha. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado permanece de pé com os membros superiores ao longo do corpo e membros inferiores ligeiramente
separados com peso do corpo adequadamente distribuído nos dois pés;

O avaliador ca ao lado do avaliado, coloca a ta em volta da perna e realiza a leitura.

     
Perimetria de tornozelo

É a circunferência do tornozelo superiormente ao maléolo medial, perpendicular ao eixo longitudinal da perna.

Figura 12. Circunferência de tornozelo. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado ca de pé com os membros superiores ao longo do corpo e membros inferiores ligeiramente separados;

O avaliador se posiciona ao lado do avaliado, coloca a ta em volta do tornozelo e realiza a leitura.

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Perimetria de abdome

De acordo com o CDC, é a circunferência do tronco na região do ponto mais alto da crista ilíaca.

Figura 13. Circunferência de abdome. Fonte: Ferreira (2017).

O avaliado deverá estar de pé com os membros superiores cruzados sobre o tórax;

O avaliador permanece de frente para o avaliado, coloca a ta em volta do tronco (abdome);

A leitura é feita no nal de uma expiração normal.

ATIVIDADE PROPOSTA
1 - O ponto de localização correto para a medida do perímetro de tórax de homens e mulheres é:

homens na linha do mamilo e mulheres abaixo das mamas.

homens na linha do mamilo e mulheres no ponto mesoesternal.
homens e mulheres no ponto mesoesternal.
homens no ponto mesoesternal e mulheres abaixo das mamas.
homens e mulheres abaixo da linha mamilar.

Justi cativa

2 - Para se encontrar o ponto mesobraquial, tomamos como referência o ponto de localização do acrômio e da cabeça
do rádio e, com o auxílio de uma trena medimos a distância entre eles e o ponto médio.

Qual o principal cuidado que se deve ter ao se utilizar a trena para se realizar esta medida?

Resposta Correta

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3 - Um erro padrão apresentado na literatura é a medida do perímetro de abdome tomado como referência o ponto da
cicatriz umbilical.

Sendo este um ponto móvel que ao haver qualquer mudança signi cativa, na morfologia do avaliado com relação ao
seu abdome, este ponto sofrerá modi cações em sua localização.

Com base neste princípio qual o ponto correto a ser utilizado como referência para a medida de abdome?

Resposta Correta

Glossário

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