Ética No Serviço Público - Focus

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Ética 


Prof. Luciano Franco 

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Buenas meu povo, vamos iniciar o estudo dessa matéria fenomenal que é Ética e
Conduta Profissional, que apesar de não representar uma pontuação expressiva na sua
prova, serve para manter uma base de acerto alta, para que tu possas fazer a diferença nas
outras matérias específicas, ok!

Bom, apesar de o edital não trazer a parte geral da Ética, ou seja, conceitos,
princípios, origem histórica e etc., vou te mostrar uma diferença básica entre ÉTICA,
MORAL e DIREITO, a qual julgo importante para que você entenda todo o desenrolar da
matéria, ou seja, antes de entrarmos no estudo dos decretos 1171/94 e 6029/07, iremos
aprender a base de tudo.

ÉTICA- É um conceito teórico, entre certo ou errado, bom ou


Observe o círculo abaixo: ruim, justo ou injusto, que o ser humano adquire logo nos
primeiros anos de vida e carrega consigo até final, servindo de
base para suas atitudes. Reflete, pois, uma tradição ou um
DIREITO costume de uma sociedade como um todo.

MORAL MORAL- É a aplicação prática dos princípios éticos


adquiridos, é pessoal, temporal e depende do ambiente onde se
ÉTICA vive, sendo literalmente uma conveniência da pessoa, em fazer
só o que é certo e não o que é errado (exteriorização da ética).

DIREITO- É a ultima ratio, última tentativa de se regular uma


sociedade, quando se normatiza por LEIS, o que é certo ou
errado, OBRIGANDO a todos a seguirem esses ditames.

Ou seja, estamos diante de esferas diferentes, com características diferentes e com


níveis de aplicações diferentes. Diante disso, podemos seguir as seguintes afirmações:

- A ética é um primado ou uma base, e a moral são aspectos exteriores de condutas;


- A ética é permanente, e a moral é temporal;
- A ética é teórica, e a moral é prática, daí porque a moral é o objeto da ética;
- A ética é costume ou tradição de uma sociedade, a moral é a exteriorização da ética;
- A moral é uma faculdade, uma consciência individual, o direito é coercitivo, obrigatório;
- Uma atitude cem porcento legal, pode ser imoral ou antiética, pois são esferas diferentes.

O Decreto 1171/94 é aplicado a todos os servidores públicos civis do PODER


EXECUTIVO FEDERAL, Tal como está na descrição do referido decreto. Porém, devemos
fazer uma interpretação lato sensu, e aplicar essas regras também para os chamados
EMPREGADOS PÚBLICOS, os quais compõem a Administração Pública INDIRETA
FEDERAL.

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Regras Deontológicas

São primados maiores, princípios norteadores, bases de um ensinamento ético que


deverá ser levado em consideração, mesmo antes de se entrar no serviço público federal,
pois não são necessariamente um dever ou uma vedação, são mais que isso!

O estudo dessas regras passa pela leitura atenta do decreto, não há outra forma de
memoriza-las, faremos então, alguns comentários naquelas que mais são cobradas em
provas de concurso, ei-las:

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais


são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da
tradição dos serviços públicos.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.

Lembre-se que são cinco paralelos, que você, como servidor público deve levar em
consideração, toda vez que irá praticar um ato, ou seja: deve analisar se o ato é: o legal e
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto. Caso a banca “esqueça” de algum
desses cinco, marque a questão como errada, pois primados maiores que norteiam nossas
atitudes no setor público, e não podem ser desconsideradas, certo!

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o


mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre
a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que
a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

Um dos primados mais interessantes do código de ética, o qual te mostra que sua
remuneração vem de TODOS, inclusive de você mesmo! Então valorize as horas
empenhadas no serviço público.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser


entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se


integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.
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A questão que mais cai em prova, sem dúvida alguma, é sobre esse princípio. Atente
que o código sempre busca filiar a vida funcional à vida privada do servidor. Logo, o
conceito de serviço público estende e atinge sua vida particular. Isso é importante, pois não
basta para o código, você ser um ótimo servidor, se todo o dia ao sair do trabalho, vai
beber no bar, frequentar lugares não condizentes com sua posição social, ser visto com
pessoas que andam à margem da lei, ou seja, como o próprio inciso afirma, a conduta do
dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse


superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação.

Incrivelmente, mas já vi candidatos errarem questões do tipo: O servidor não pode


omitir ou falsear a verdade, salvo para beneficiar o governo. Por favor meu povo, é claro
que o servidor ÑAO PODE OMITIR A VERDADE, NEM FALSEÁ-LA, NEM EM PROL DO
CIDADÃO, NEM PARA O GOVERNO OU PARA SI MESMO, OK!

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta
ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os
homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao


setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer
outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a
ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos.

Outra questão que cai muito em prova, atenção quando o assunto for FILA, anote:

É ATITUDE ANTIÉTICA

LONGAS FILAS É ATO DE DESUMANIDADE

E CAUSA GRAVE DANO MORAL

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XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de


desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,


respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração,
pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento
da Nação.

DEVERES E VEDAÇÕES

Antes de estudarmos esse paralelo, aprenda uma coisa: tanto os deveres quanto as
vedações são tidas como OBRIGAÇÕES, a diferença entre ambas é que os DEVERES são
OBRIGAÇÕES DE FAZER ao passo que as VEDAÇÕES são OBRIGAÇÕES DE NÃO
FAZER!

Observe o quadro abaixo e tente assimilar o máximo possível, caso sinta uma
dificuldade na prova, em distinguir se o caso ali postado é dever ou vedação, aplique a regra
acima, e verá que a solução está em enquadrar a situação em obrigação de fazer ou não
fazer, para definir se é dever ou vedação, respectivamente.

DEVERES VEDAÇÕES
desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, o uso do cargo ou função, facilidades,
função ou emprego público de que seja titular amizades, tempo, posição e influências,
para obter qualquer favorecimento, para si
ou para outrem
exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e prejudicar deliberadamente a reputação de
rendimento, pondo fim ou procurando outros servidores ou de cidadãos que deles
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, dependam
principalmente diante de filas ou de qualquer outra
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor
em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar
dano moral ao usuário
ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a ser, em função de seu espírito de
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, solidariedade, conivente com erro ou
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a infração a este Código de Ética ou ao
mais vantajosa para o bem comum Código de Ética de sua profissão
jamais retardar qualquer prestação de contas, usar de artifícios para procrastinar ou
condição essencial da gestão dos bens, direitos e dificultar o exercício regular de direito por
serviços da coletividade a seu cargo qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
ou material
tratar cuidadosamente os usuários dos serviços deixar de utilizar os avanços técnicos e
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato científicos ao seu alcance ou do seu

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com o público conhecimento para atendimento do seu


mister
ter consciência de que seu trabalho é regido por permitir que perseguições, simpatias,
princípios éticos que se materializam na adequada antipatias, caprichos, paixões ou interesses
prestação dos serviços públicos de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores
ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou
respeitando a capacidade e as limitações individuais receber qualquer tipo de ajuda financeira,
de todos os usuários do serviço público, sem gratificação, prêmio, comissão, doação ou
qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, vantagem de qualquer espécie, para si,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho familiares ou qualquer pessoa, para o
político e posição social, abstendo-se, dessa forma, cumprimento da sua missão ou para
de causar-lhes dano moral influenciar outro servidor para o mesmo
fim
ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor alterar ou deturpar o teor de documentos
de representar contra qualquer comprometimento que deva encaminhar para providências
indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal
resistir a todas as pressões de superiores iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros necessite do atendimento em serviços
que visem obter quaisquer favores, benesses ou públicos
vantagens indevidas em decorrência de ações
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las
zelar, no exercício do direito de greve, pelas desviar servidor público para atendimento a
exigências específicas da defesa da vida e da interesse particular
segurança coletiva
ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que retirar da repartição pública, sem estar
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, legalmente autorizado, qualquer
refletindo negativamente em todo o sistema documento, livro ou bem pertencente ao
patrimônio público
comunicar imediatamente a seus superiores todo e fazer uso de informações privilegiadas
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, obtidas no âmbito interno de seu serviço,
exigindo as providências cabíveis em benefício próprio, de parentes, de
amigos ou de terceiros
manter limpo e em perfeita ordem o local de apresentar-se embriagado no serviço ou
trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua fora dele habitualmente
organização e distribuição
participar dos movimentos e estudos que se dar o seu concurso a qualquer instituição
relacionem com a melhoria do exercício de suas que atente contra a moral, a honestidade ou
funções, tendo por escopo a realização do bem a dignidade da pessoa humana
comum
apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas exercer atividade profissional aética ou
ao exercício da função ligar o seu nome a empreendimentos de
cunho duvidoso
manter-se atualizado com as instruções, as normas de
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde
exerce suas funções
cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou
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função, tanto quanto possível, com critério,


segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem
facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por
quem de direito

exercer com estrita moderação as prerrogativas


funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos

abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,


poder ou autoridade com finalidade estranha ao
interesse público, mesmo que observando as
formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei

divulgar e informar a todos os integrantes da sua


classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumprimento.

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