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DOUTRINA DE
LOGÍSTICA MILITAR
2002
MINISTÉRIO DA DEFESA
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E MOBILIZAÇÃO
DOUTRINA DE
LOGÍSTICA MILITAR
2a Edição
2002
MINISTÉRIO DA DEFESA
GABINETE DO MINISTRO
Pág.
Glossário ............................................................................................................... 43
Índice Remissivo....................................................................................................... 53
LISTA DE DISTRIBUIÇÃO
INTERNA
ÓRGÃOS EXEMPLARES
MINISTRO 01
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DE DEFESA 01
VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DE DEFESA 01
SPEAI 01
SELOM 01
SEORI 01
DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO 01
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 01
DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA 01
DIVISÃO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO LOGÍSTICA 04
DIVISÃO DE APOIO LOGÍSTICO 01
DIVISÃO DE MATERIAL DE EMPREGO MILITAR 01
1a SUBCHEFIA DO EMD 01
2a SUBCHEFIA DO EMD 01
3a SUBCHEFIA DO EMD 01
4a SUBCHEFIA DO EMD 01
BIBLIOTECA 01
GABMIN 01
SUBTOTAL 21
EXTERNA
ÓRGÃOS EXEMPLARES
CECAFA 01
ESG 01
HFA 01
COMANDO DA MARINHA 04
COMANDO DO EXÉRCITO 04
COMANDO DA AERONÁUTICA 04
SUBTOTAL 15
TOTAL 36
“A Logística é tudo ou quase
tudo, no campo das
atividades militares, exceto
o combate”.
Barão de Jomini
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Seção 1
Finalidade
1.1. A presente publicação tem por finalidade apresentar a Doutrina da Logística Militar e
servir de base para o planejamento e a execução das atividades logísticas das Forças
Armadas, no cumprimento das suas missões.
Seção 2
Referências
Seção 3
Antecedentes
3.1. Manual de Logística Militar para Uso nas Forças Armadas (FA-M-04), aprovado e
mandado pôr em execução pela Portaria no 886/FA-41, de 8 de março de 1991.
3.2. Doutrina de Logística Militar (MD 42–M–02), aprovada e colocada em vigor pela
Portaria Normativa No 0549/MD, de 4 de setembro de 2001.
Seção 4
Aplicação
13
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
CAPÍTULO II
14
Seção 1
Conceitos
Seção 2
Considerações
2.1. A provisão dos recursos deve ser equacionada em quantidade, qualidade, momento
e local adequados.
2.2. Para a execução das atividades logísticas é pressuposto que os recursos financeiros
sejam alocados conforme as necessidades. Se insuficientes, ajustes à realidade deverão
ser introduzidos.
15
Seção 3
Princípios
16
3.2.8. Objetividade - é a identificação clara das ações que devem ser realizadas e
a determinação precisa dos meios necessários à sua concretização.
Seção 4
Fases da Logística
4.1.1. Essas fases estão relacionadas entre si e devem ser sempre consideradas,
quanto à sua aplicabilidade, nas funções, atividades e tarefas da logística militar.
17
4.2.1. A Logística visa, essencialmente, ao atendimento das necessidades.
Quando se evidencia uma impossibilidade desse atendimento, no prazo solicitado, torna-
se necessária uma reformulação dos planos. Daí decorre que a determinação das
necessidades deverá ser considerada desde as fases iniciais de planejamento e
constantemente revista, corrigida e reavaliada, para caracterizar a exeqüibilidade das
ações ou operações a empreender, compatibilizando a estratégia e a tática à capacidade
logística disponível e aos recursos mobilizáveis.
4.3. Obtenção - é a fase em que são identificadas as fontes e tomadas as medidas para
a aquisição e a obtenção dos recursos necessários.
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b. compra, que é o processo de aquisição de bens, cedidos voluntariamente
pelo proprietário, mediante pagamento de importância ajustada, à vista ou a prazo, sendo
o processo mais aconselhável e normal;
c. contratação de serviço, que é o processo indenizável utilizado para a
formalização da prestação de um determinado serviço;
d. confisco, que é a apropriação sumária e de forma controlada, em caráter
punitivo, sem pagamento, para utilização militar;
e. contribuição, que é um tributo, periódico ou eventual, voluntário ou
compulsório, visando a um determinado fim militar, podendo ou não comportar
ressarcimento posterior;
f. pedido, que é a solicitação formal a um órgão de suprimento ou prestador
de serviços, segundo normas específicas;
g. requisição, que é a imposição do fornecimento de materiais, animais e
serviços, mediante ordem escrita e assinada por autoridade competente, sendo o
pagamento, normalmente, realizado posteriormente;
h. desenvolvimento, que é o processo de especificação, projeto, teste e
produção dirigido ao atendimento de uma necessidade específica;
i. troca, que é o processo de aquisição de bens e serviços, cedidos
voluntariamente, mediante ressarcimento em outros bens e serviços;
j. empréstimo, que é o processo de aquisição de bens, cedidos
voluntariamente pelo proprietário, sem ônus para o utilizador, que deverão ser restituídos
ao mesmo, após cessadas as necessidades de sua utilização, no mínimo, no estado em
que se encontravam ao serem emprestados;
k. arrendamento mercantil, que é a operação na qual uma das partes cede o
uso de um ou mais bens mediante o pagamento pela outra de prestações periódicas,
sendo usual que, ao final do contrato, o arrendatário tenha opção de compra dos bens; e
l. transferência, que é o processo para realizar o remanejamento de
materiais ou animais entre organizações militares.
4.3.5. Entende-se como padronização o uso mais eficiente possível dos meios de
catalogação, pesquisa, desenvolvimento, produção e gerenciamento de modo a
assegurar a interoperabilidade, através de:
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a. equipamentos, armamentos, componentes e suprimentos comuns,
compatíveis ou intercambiáveis;
b. procedimentos operacionais, administrativos e logísticos comuns ou
compatíveis; e
c. critérios e procedimentos técnicos comuns ou compatíveis.
20
CAPÍTULO III
FUNÇÕES LOGÍSTICAS
Seção 1
Conceitos
Seção 2
21
2.2.3.2. O treinamento desenvolve, no elemento já formado, habilidades
destinadas ao exercício de atividades específicas.
2.3. Disciplina, justiça militar, prisioneiros de guerra e civis internados, não fazem parte
da Função Logística Recursos Humanos.
Seção 3
22
3.2.1. O levantamento das necessidades visa à determinação das necessidades
de instalações, de pessoal e de material para o apoio de saúde em uma situação
específica. Uma vez quantificadas as necessidades de pessoal e de material, cabe às
funções logísticas recursos humanos e suprimento, respectivamente, obter e prover os
meios necessários.
23
restabelecer a normalidade do ambiente, ou as ações para a proteção dos recursos
humanos; e
j. apoio de veterinária – conjunto de ações relacionadas à
assistência veterinária, à inspeção de alimentos e ao controle de zoonoses.
Seção 4
24
disponíveis para o atendimento de uma organização ou força militar em um certo período,
para uma determinada finalidade. Inclui preceitos técnicos, podendo envolver pesquisa e
desenvolvimento, avaliação e orientação técnica.
4.3 Para fins de administração e controle dos suprimentos, são utilizados dois sistemas
para classificá-los:
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4.4.1 Distribuição em instalação de suprimento - é o processo em que a
organização apoiada vai, com seus próprios meios de transporte, receber o suprimento na
instalação de suprimento do escalão que a apóia.
4.4.2 Distribuição na unidade - é o processo no qual o escalão que apóia faz, com
seus meios de transporte, a entrega do suprimento na organização apoiada.
26
d. máximo.
Seção 5
5.2. Considerações
27
5.2.1. Todo equipamento possui associado a ele um ciclo de vida que estabelece,
baseado em condições técnicas e/ou econômicas, o tempo de utilização do mesmo.
5.2.7. A manutenção deve ser tratada como uma função logística estratégica, pois,
o seu desempenho afetará diretamente o desempenho das Forças.
28
5.3.2.2 A determinação do ponto preditivo, a partir do qual uma queda de
desempenho e/ou a probabilidade de o equipamento falhar assumem valores
indesejáveis, tanto no aspecto técnico, quanto no econômico, provocará uma intervenção
de manutenção corretiva planejada, com o objetivo de eliminar a causa do problema
identificado.
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5.6.3. Manutenção de 3º escalão - compreende as ações de manutenção que
exigem recursos superiores aos escalões anteriores, em função do grau de complexidade.
5.7. Cabe ressaltar, que não existe a obrigatoriedade de vinculação entre as atividades
logísticas da Função Manutenção e os escalões de manutenção.
Seção 6
6.2. Considerações
30
j. desobstrução;
k. montagem; e
l. avaliação.
6.3.9. A remoção consiste nos trabalhos para transferir determinado recurso físico
de um local para outro.
Seção 7
31
7.2. Considerações.
7.2.5. Transporte Militar é aquele realizado sob a direção militar, para atender às
necessidades das Forças Armadas.
32
7.4.3.2. buscar a obtenção do máximo rendimento dos meios disponíveis, a
redução ao mínimo das baldeações, a utilização dos meios de transporte mais flexíveis e
a obtenção de rapidez, segurança e flexibilidade nas operações logísticas; e
Seção 8
33
8.2.6. O desencalhe ou reflutuação de meios consiste nas ações realizadas para
liberar um meio flutuante que se encontra impossibilitado de locomoção, por encalhe ou
afundamento.
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CAPÍTULO IV
Seção 1
Conceito
Seção 2
Considerações
2.1. Cada Força Armada estabelece o seu sistema de apoio logístico. Todavia,
determinadas funções ou atividades poderão ser centralizadas ou integradas para um
apoio comum.
Seção 3
Estrutura de Apoio
3.2. Vale considerar que o incremento da interoperabilidade entre os meios das Forças
Armadas contribuirá sobremaneira para a simplificação da estrutura do apoio logístico.
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Seção 4
36
CAPÍTULO V
PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
Seção 1
Considerações
1.1. O planejamento logístico, parte integrante do planejamento militar, tem por finalidade
criar condições para que o apoio seja realizado de forma oportuna e adequada, desde a
situação de normalidade. É um processo racional, metodologicamente organizado, que
deve considerar a situação em curso e sua provável evolução.
Seção 2
2.1. O planejamento logístico militar no nível estratégico deve considerar, entre outros
aspectos, a necessária ampliação da nacionalização dos produtos de defesa, o que
garante a redução da dependência na obtenção dos recursos necessários ao
cumprimento das missões constitucionais das Forças Armadas.
2.3. O PDELM, elaborado pelo MD, além dos meios de emprego militar, envolve
necessariamente outros aspectos, como a capacidade da indústria de defesa nacional, de
desenvolvimento científico-tecnológico, e as disposições pertinentes ao Plano de
Mobilização Nacional.
Seção 3
37
Etapas do Planejamento Logístico
3.3. O Exame de Situação de Logística contém fatores e aspectos que devem ser
apreciados pelo Chefe da Seção de Logística, visando a assessorar o comandante na
tomada de decisão e prestar informações seguras aos demais membros do estado-maior.
Esse documento permite ao Chefe da Seção tomar decisões setoriais quanto à
organização do apoio logístico a ser prestado.
3.6. O Plano Logístico é elaborado tendo como base um plano ou uma diretriz superior.
Na ausência de um plano ou diretriz, o escalão considerado assumirá sua missão e, em
função desta, realizará o consentâneo planejamento.
Seção 4
38
Seção 5
Seção 6
39
6.1 O planejamento logístico permite a formulação de linhas de ação setoriais para
solucionar o(s) problema(s) existente(s), em coordenação com os planejamentos
estratégicos, operacionais e táticos.
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CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
1.2. Os Comandos das Forças subordinadas deverão rever suas orientações logísticas,
normas e currículos escolares de forma a adequá-las a esta Doutrina.
41
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
GLOSSÁRIO
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Parte I – Abreviaturas, siglas e símbolos
Apoio logístico militar - é a estrutura sistêmica destinada a prover uma força dos
recursos humanos, materiais e animais e dos serviços destinados a atender às suas
necessidades, visando ao cumprimento da missão das Forças Armadas.
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Apoio suplementar - é aquele proporcionado por um elemento de apoio logístico a outro
elemento de apoio logístico com a finalidade de aumentar a sua capacidade de apoio.
Capacidade logística militar atual - somatório dos meios logísticos disponíveis para
emprego pelas Forças Armadas, considerados em quantidade e qualidade, influenciados
pelo seu valor relativo de contribuição para o poder militar.
Capacidade logística mínima de defesa imediata - somatório dos meios logísticos para
emprego pelas Forças Armadas, considerados em quantidade e qualidade, influenciados
pelo seu valor relativo de contribuição para o poder militar, e suficientes para permitir o
cumprimento de tarefas de defesa imediata.
Construção - consiste nos trabalhos para obtenção de um recurso físico novo, isolado ou
em conjunto com outros.
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Contratação de serviço - é o processo indenizável utilizado para a formalização da
prestação de um determinado serviço.
Controle de avarias - consiste nas ações desencadeadas para limitar os efeitos das
avarias sofridas por um meio ou instalação a fim de que possa continuar sendo utilizada
até que seja possível realizar os reparos necessários para o seu retorno ao estado normal
de funcionamento ou utilização.
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Distribuição em instalação de suprimento - é o processo em que a organização
apoiada vai, com seus próprios meios de transporte, receber o suprimento na instalação
de suprimento do escalão que a apóia.
Distribuição na unidade - é o processo no qual o escalão que apóia faz, com seus meios
de transporte, a entrega do suprimento na organização apoiada.
Evacuação médica - remoção de pessoal doente ou ferido, sob cuidados especiais, para
uma instalação de saúde capacitada ao atendimento médico de maior complexidade e
que não deve ultrapassar a primeira instalação apta a atender e reter o paciente.
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Função Logística Saúde - é o conjunto de atividades relacionadas com a conservação
do pessoal, nas condições adequadas de aptidão física e psíquica, por intermédio de
medidas sanitárias de prevenção e de recuperação.
47
Manutenção de 3º escalão - compreende as ações de manutenção que exigem recursos
superiores aos escalões anteriores, em função do grau de complexidade.
Material salvado - é todo material, utilizado pelas nossas forças ou por forças aliadas,
encontrado em situação de abandono no campo de batalha, suscetível de ser utilizado
para suas finalidades (com ou sem reparação prévia), ou ser aproveitado como sucata.
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Necessidades para fins especiais - são as que não constam das dotações normais,
mas que são imprescindíveis para o cumprimento de determinadas missões especiais,
tais como: apoio à população civil, apoio a forças em trânsito, apoio a outras forças e
forças aliadas e apoio a operações especiais ou sob condições especiais.
49
Princípio da economia de meios – é a busca do máximo rendimento, por intermédio do
emprego eficiente, racional e judicioso dos meios disponíveis. Não implica na economia
excessiva, mas na distribuição adequada dos meios disponíveis, elegendo-se como
prioritário o apoio na área da ação principal.
Princípio da objetividade - é a identificação clara das ações que devem ser realizadas e
a determinação precisa dos meios necessários à sua concretização.
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Reboque - consiste nas ações realizadas para locomover um meio que está
impossibilitado de fazê-lo por seus próprios recursos, tracionando-o ou empurrando-o.
Reparação - consiste nos trabalhos corretivos para eliminar danos de pequeno vulto
ocorridos em um recurso físico, restabelecendo sua condição de utilização.
51
Troca - é o processo de aquisição de bens e serviços, cedidos voluntariamente, mediante
ressarcimento em outros bens e serviços.
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ÍNDICE REMISSIVO
-a-
fator de consumo ..................................... 27
apoio logístico militar............................... 35-36 fator de reposição .................................... 27
atividade logística .........................................15 finalidade do planejamento logístico ........ 37
atividades da função logística engenharia formas de apoio logístico ......................... 36
............................................. 31-32 função logística engenharia ................ 30-32
atividades da função logística suprimento função logística manutenção .............. 28-30
................................................... 25
função logística recursos humanos..... 21-22
atividades da função logística manutenção
função logística salvamento ............... 33-34
............................................ 28-30
função logística saúde ........................ 22-24
atividades da função logística
pessoal.................................................... 21-22 função logística suprimento ................ 24-27
atividades da função logística função logística transporte .................. 32-33
salvamento.............................................. 33-34 função logística......................................... 15
atividades da função logística saúde ..... 22-24 funções logísticas................................ 21-34
atividades da função logística transporte..... 33 fundamentos da logística militar ......... 15-20
-c- -g-
-d-
logística militar.......................................... 15
determinação de necessidades .................. 18
disposições finais ....................................... 41 -m-
distribuição ................................................. 20
métodos de obtenção................................ 19
-e-
modalidades de transporte .................. 32-33
escalão de manutenção ......................... 29-30
estruturas de apoio ..................................... 35 -n-
etapas do planejamento logístico ................ 38
exame de situação de logística ....................38 necessidades iniciais ............................... 18
-f- necessidades para a reserva ................... 18
necessidades para fins especiais .............18
fases da logística militar ......................... 17-20
53
níveis de estoque ................................... 26-27
-o-
-p-
-s-
-t-
54
Elaborado por
Departamento de Logística
Secretaria de Logística e Mobilização
MINISTÉRIO DA DEFESA
Esplanada dos Ministérios - Bloco Q
Brasília/DF - Cep 70.049-900
http:// www.defesa.gov.br