Caminhos Acre

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Caminhos do Acre • Escolhas que transformam cidades e vidas

O nosso governo recebeu o No governo do Acre, a nossa estratégia propõe a resolução de O Estado do Acre inicia em (2011-2014) olhar para o horizonte e enxergar de maneira clara
legado de um projeto político todas essas contradições no contexto de uma economia de mercado 1999 uma gestão inovadora, oportunidades para ampliar a oferta de alimentos e consolidar as
que, após um período longo em desenvolvimento. Ou seja, o caminho para expandir a riqueza criativa e responsável, que principais cadeias produtivas do Estado. A mecanização, a açudagem
de lutas na defesa do bioma sem necessariamente produzir a pobreza. Estamos num processo o projeta para o futuro e e a criação de estruturas de armazenagem (silos), agroindústrias,
amazônico e dos caminhos do de produção de crescimento econômico, com distribuição de o coloca em evidência no polos de desenvolvimento e ZPE ( Zonas de Processamento de
desenvolvimento sustentável renda, inclusão social, tendência de queda do desflorestamento e cenário geopolítico nacional. Exportação) são exemplos claros desse esforço.
do Acre, preconizava reformas preservação da cultura própria do povo acreano. Isto é construção do Cria-se um ambiente Alinhado aos objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) os
profundas no modelo desenvolvimento sustentável. Com o complemento indispensável de favorável à governança e à investimentos em Saneamento Integrado e Pavimentação (Ruas do
de desenvolvimento, nas diversificação do manejo de recursos e produtos. estabilidade das políticas Povo) dão nova vida as cidades do Acre e representam o primeiro passo
estruturas institucionais, O modelo para superação dos efeitos da expansão da produção de desenvolvimento local, na meta de universalização do acesso a água e a coleta e ao tratamento
inclusive no aparelho de Estado e nos pressupostos éticos da política sobre a agricultura familiar recorre à formação de parcerias construindo bases sólidas para sustentação de uma economia verde de esgoto. Por fim, a infraestrutura da cidade do povo assenta o maior
da gestão pública. Públicas-Privadas-Comunitárias (PPC), o que inclui os agricultores inclusiva e de baixas emissões. empreendimento habitacional da história do Acre. Um marco na
Em 1999 iniciamos esta grandiosa tarefa com o restabelecimento familiares e atrai investidores. Empresários e agricultores Nessa trajetória de 16 anos o Estado foi praticamente reconstruído, política nacional de habitação pelo conceito de sustentabilidade do
do estado de direito, do fortalecimento da identidade, da autoestima familiares organizados em cooperativas tornam-se parceiros. Ao resgatando um sentimento de pertencimento no povo do Acre. projeto. Qualidade de vida que floresce no coração do povo do Acre.
do povo acreano, bem como os ajustes e as normas que regulam a mesmo tempo, o método de trabalhar com o desenvolvimento de Atitudes e lições aprendidas marcam os Caminhos do Acre, O governo do Acre crê que um caminho não se constrói sozinho e
ação do Estado. Além da transformação na superestrutura social, cadeias produtivas inclui a industrialização e a agricultura familiar incorporando às obras e ações de governo, elementos pitorescos da credita o sucesso desta caminhada a muitos atores importantes que
temos trabalhado uma nova infraestrutura para o desenvolvimento numa rede integrada de produção, o que facilita a negociação cultura popular de homens e mulheres que habitam os meandros da acreditam no futuro do Acre.
que tem como base a economia florestal por meio do manejo mais justa de interesses. floresta e as sinuosas curvas de nossos rios e igarapés. Nesse aspecto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
produtivo e sustentável da floresta. A queda do desflorestamento resulta da intensificação Assim surgem avenidas, fachadas, estádios, praças, teatros, museus e Social – BNDES é o principal parceiro do Estado na trajetória de
No período 2011-2014, o novo governo, sob a nossa gestão, do uso agrícola e pecuário do solo em áreas abertas, o que e bibliotecas. Traços arquitetônicos que revelam a grandeza de construir um modelo de gestão diferenciado que conseguiu, em
com ampla e efetiva participação do povo acreano, organizado em aumenta substancialmente a produtividade e, portanto, a nossa história. Símbolos como o hino e a bandeira, promovendo um pouco mais de uma década, mostrar ser possível crescer sem destruir
oficinas de elaboração do Plano de Governo, se propôs o desafio rentabilidade. Este procedimento poupa terra e renuncia ao profundo resgate da autoestima e do orgulho de ser acreano. a natureza ou dizimar as populações tradicionais, como muitas
de promover o salto decisivo no desenvolvimento econômico do desmatamento. O impacto do desenvolvimento na urbanização Um estado isolado que se liga e conecta, seja pela construção culturas fizeram ao longo da história do mundo.
Acre. Temos a convicção de que as premissas do crescimento precoce e desordenada é reduzido pelo aumento da renda de portos e aeródromos, seja pela implantação de um sistema de E aí se vão anos de dedicação, trabalho e entrega de produtos
da economia e da elevação das condições de bem-estar social familiar, melhoria do ambiente rural com infraestrutura de comunicação de rádio e TV em todos os municípios. Chega-se às importantes, somente o BNDES alocou mais de 65% do total da
é um novo tempo de prosperidade por meio do aumento da transporte, serviços de educação e saúde, entre outros. comunidades indígenas com o etnoturismo e atividades produtivas. Plataforma de Investimentos (1999-2014) por meio de operações de
produtividade da economia, da diversificação produtiva, da As culturas tradicionais são protegidas com políticas públicas O Acre que queremos, forte e competitivo, requer um sistema crédito, financiando projetos multissetoriais e integrados que inclusive
distribuição da riqueza, da afirmação da igualdade e dos direitos especiais para as populações tradicionais do Acre: indígenas, de transporte planejado e normatizado por meio de um Plano influenciaram a própria política interna do Banco.
sociais e, sobretudo, da diversificação no manejo sustentável dos seringueiros e ribeirinhos. Diretor que oriente o crescimento das cidades. As vias estruturantes, O Acre acorda, cresce e se expande em direção aos Andes,
recursos e produtos. São diversos os recursos manejados, assim Nesta publicação, mostra-se o enfrentamento desses desafios e secundárias e os parques dão uma nova dinâmica a circulação de ao Pacífico e à Ásia. Com a logística de transporte (rodoviário)
como os produtos resultantes do processo de produção. os avanços substantivos e significativos já alcançados. veículos e pedestres, com a duplicação e alargamento, implantação consolidada dá os primeiros passos para fortalecer as relações
O Acre, como parte do bioma amazônico, tem uma abordagem de ciclovias, canais de drenagem e incorporação de áreas verdes. comerciais com o Peru, a Bolívia e a China. O Acre é fruto dessa
específica do desenvolvimento sustentável: elevar a produtividade O avanço das políticas governamentais no Estado exige um textura que o faz único, imenso e diverso de oportunidades para
e a escala da economia sem destruir a produção familiar na rápido processo de modernização dos mecanismos de controle e todos cidadãos, senhores e senhoras moradores do Acre – das vilas,
agricultura, abrindo espaço, ao mesmo tempo, para o investimento transparência nas contas públicas, com a implantação de sistemas colônias e cidades.
empresarial. Não há desenvolvimento econômico sem aumento e estruturas apropriadas para atendimento e oferta de serviços à
da produtividade. E alta produtividade depende de inovação população, como é o caso das Centrais de Atendimento ao Público –
tecnológica e industrialização. Esta, nas regiões ainda não OCA de Rio Branco e Xapuri. O aparelhamento da máquina estatal
desenvolvidas, acontece com êxodo rural-urbano, “modernidade”, foi ampla e decisiva para garantir serviços básicos e fundamentais à
urbanização precoce e desordenada; e com destruição dos valores, sociedade, como saúde, educação, segurança e moradia popular.
identidade e culturas tradicionais. Tião Viana O legado desse trabalho, permitiu ao Governo Tião Viana Márcio Veríssimo
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Caminhos do Acre • Escolhas que transformam cidades e vidas Caminhos do Acre • Escolhas que transformam cidades e vidas
Povos da Floresta:
ribeirinhos,
indígenas e
moradores
da floresta,
convivendo
com a mistura
do moderno e
o tradicional; a
sustentabilidade e
o desenvolvimento.
6 7
Capítulo 1 Capítulo 3
SE ESTA RUA FOSSE MINHA Viva a economia verde! ��111 A HERANÇA DOS VARADOUROS
Manejo comunitário �� 112
Uma rua para chamar de sua �� 19 Viveiro Florestal �� 114 Nossa história, nossas cidades �� 199
Ruas do Povo ��20 Vias para o manejo ��116 Um pedaço do Oriente ��204
Projetos habitacionais no Acre �� 27 A força rural dos pequenos negócios �� 121 Nos tempos do Éden �� 205
Cidade do Povo: o sonho da casa própria ��29 Estímulos à produção rural �� 122 O poeta da boemia ��206
Emprego e renda na cidade �� 32 Apoio para quem precisa ��124 A árvore centenária �� 207
Cidade do Povo �� 34 Produção de café aquecida �� 126 As fachadas da Princesinha do Acre ��209
Pode entrar que a casa é sua �� 38 A cadeia do mel �� 128 As casas da Rua do Comércio ��210
Novas vias nas cidades �� 43 Autonomistas, sim senhor! �� 213
4ª Ponte e Amadeo Barbosa �� 46 Capítulo 2 Movimento Autonomista ��216
Parques Urbanos Ambientais �� 52 Nosso Chico �� 217
Infraestrutura para integrar e crescer �� 55 O HORIZONTE É LOGO ALI Theatro Hélio Melo ��218
O desafio de vencer as distâncias �� 56 Centro de Atendimento aos Turistas (CAT) ��219
Abertura de ramais impulsiona economia ��61 Piscicultura: um caminho de muitas águas �� 137 Dois mercados e muitas histórias �� 223
Obras nos aeródromos ��62 Indústria do peixe �� 138 Obras de contenção da encosta �� 224
Alicerces da modernidade �� 67 Pescado do Juruá ��147 Pontes que unem �� 232
Qualidade no atendimento �� 72 Investir para alimentar �� 151 Vida nova a teatros e museus �� 235
Saúde com qualidade ��75 A economia do futuro �� 159 E da castanha surge a arte �� 243
Aprovação popular �� 76 E o Acre cresce! �� 161 Homenagem ao músico acreano ��246
Médicos 24 horas �� 78 A força produtiva nos Parques Florestais �� 165 Um jornal das selvas �� 247
Novo hospital no Juruá ��80 Gestão compartilhada �� 166 Um pedaço de nossas riquezas ��251
Educação cada vez melhor �� 85 Movelarias recebem apoio �� 168 Memória dos Movimentos Socioambientais do Acre �� 254
Inclusão Digital ��86 Polo naval: barcos com feitio da terra ��170 História e cultura na floresta �� 257
Centro de Educação de Jovens e Adultos ��88 Eco.florestal: crescer e desenvolver com sabedoria ��175 Apostando no Turismo ��258
Escola Acreana de Música ��90 Saberes tradicionais aliados à técnica ��176 Bom atendimento, conforto e comida farta ��260
Estrutura para a segurança �� 95 GEB e suas aplicações ��178 Programa para as aldeias �� 267
Mais viaturas ��96 Sabor Made in Acre �� 183 Terras Indígenas no Acre ��268
Água nas torneiras �� 101 Guardar os grãos ��187 Escolas nas aldeias �� 270
Reforço na 2ª maior cidade acreana �� 102 Mais grãos �� 190 Alô, dona Maria! �� 275
Máquinas para que te quero ��107 Agroindústrias crescem �� 192 Rádio Difusora Acreana �� 276
H
á mais de uma década, o Acre vem experimentando mudanças
significativas em sua economia, na infraestrutura de suas
cidades e, sobretudo, nos serviços de saúde, educação e
segurança que oferece à população. Frutos de um projeto político
iniciado em 1999 , os avanços alcançados pelo Estado nos últimos
anos estão expressos em números, como os que mostram o aumento
da arrecadação própria (A arrecadação do ICMS passou de R$ 76,2
milhões em 1999 para R$ 896,9 milhões em 2014), e o aquecimento
da economia local. Mas podem ser sentidos, também, ao olharmos
as paisagens urbanas de cidades como Rio Branco, Cruzeiro do Sul
e Xapuri; ou, ainda, ao ouvirmos a fala mansa de quem sempre viveu
na floresta e hoje tem orgulho de poder manter-se nela com mais
dignidade e qualidade de vida.
Mas que caminhos precisaram ser trilhados para chegarmos ao
que hoje é o Acre? Para responder a esta pergunta é necessário,
antes, lembrar que até 1998 a população acreana sofria com a
falta de serviços básicos, a estagnação da economia e a ausência
do Estado na valorização das riquezas naturais e culturais que,
historicamente, fazem deste pedaço da Amazônia um lugar
especial para viver.
De costas para a floresta, principal meio de sobrevivência de
populações tradicionais como índios, seringueiros e ribeirinhos,
além de apresentar uma receita própria inferior a 16,6%, a
economia e o desenvolvimento do Estado desconsideravam a rica
biodiversidade que o Acre abriga, bem como a vocação natural de
boa parte de seu povo.
Em 1999, o orçamento anual do Estado era de apenas R$ 536
milhões – dos quais 83,4% eram recursos do Governo Federal.
O novo governo teve que enfrentar a inadimplência das contas
públicas, uma herança que se traduzia no atraso de pagamentos
do funcionalismo público e na incapacidade do Estado de contrair
empréstimos para investir em obras e serviços essenciais à
população.
• Foram criados mais
Escolhas
empregos formais do que em • Os registros de casos de
toda história. Os postos de malária passaram de 93.864
trabalho formais passaram • Redução na dependência casos em 2006 para 27.419
de 58.074 em 1999 para de recursos do Governo casos em 2012, uma das
que deram
129.232 em 2013 (um Federal de 83,4% em 1999 maiores reduções de um Estado
crescimento de 122,5%). para 68,0% em 2014. Brasileiro nos últimos 40 anos.
certo • O orçamento cresceu

963% em 15 anos, passando de
R$ 536 milhões em 1999 para
R$ 5,69 bilhões em 2015. • A Taxa de analfabetismo
da população de 15 anos
ou mais, no Acre reduziu de
23,7% em 2000 para 14,6%
em 2013.
• Redução sistemática
na taxa de desmatamento
do Estado do Acre de 441 • Importante melhoria
km²/ano em 1999 para 312 do IDHM do Estado que
• O Produto Interno Bruto km²/ano em 2014. (taxa • A captação de recursos • A taxa de mortalidade saiu de baixo para médio
(PIB) do Acre - passou de R$ média anual em 1999 era passou de R$ 18,3 milhões em infantil caiu 55% em 14 desenvolvimento (0,52 em • A proporção de pessoas
1,87 bilhões em 1999 para de 0,27% e em 2014 a taxa 1998 para patamares acima anos. Em 2013, a taxa de 2000 para 0,66 em 2010), extremamente pobres reduziu
R$ 9,6 bilhões em 2012, foi de 0,19%), tornando-se de R$ 1, 1 bilhão em 2012, 13,86 é a menor registrada com 75,6% da população dos de 26,6% em 2004 para 11,1%
com um crescimento real atualmente referência nacional garantindo elevados níveis de e a meta agora é baixar para municípios de médio e alto em 2013, uma queda de 58,1%
acumulado de 100,2% nos e internacional em políticas investimentos no Estado. apenas um dígito. desenvolvimento em 2010. nesse período.
últimos 14 anos. ambientais.
Se essa rua
fosse minha
O
governo do Acre avançou no caminho da modernização e
melhoria da infraestrutura urbana, no desafio de diminuir o
déficit habitacional e na garantia de mais qualidade na educação
pública, na segurança e nos serviços de saúde em todo o estado.
Isso só foi possível graças ao equilíbrio das contas públicas e a
conquista da credibilidade do governo junto à agências financiadoras,
o que resultou no aumento do orçamento anual – de R$ 536
milhões em 1999 para mais de R$ 5,7 bilhões em 2015 – e refletiu
na economia do estado: de 2002 a 2012, a taxa acumulada de
crescimento do PIB no Acre foi de 77,5%, a terceira maior do Brasil.
Com as contas públicas em dia, o governo se debruçou em
projetos que mudaram para melhor os bairros, as cidades do Acre e a
qualidade de vida do povo acreano.
17
Uma rua
para chamar
de sua
O
compromisso com a qualidade de vida nas cidades do Acre resultou
na criação do Programa Ruas do Povo, um investimento de R$ 888
milhões, e está transformando locais antes intrafegáveis em ruas
bonitas, e mudando para melhor o cotidiano de milhares de acreanos em
todo o estado.
Até dezembro de 2014, foram entregues 2.346 ruas pavimentadas, com
redes de distribuição de água, esgotamento sanitário (apenas na capital),
drenagem pluvial e pavimentação. O programa já foi concluído em Assis Brasil,
Brasileia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Marechal
Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Senador Guiomard e Xapuri.
A última etapa do Programa Ruas do Povo tem como foco principal Rio Branco,
a capital acreana, a maior demanda de vias a ser contempladas: 1.851 vias.
Ruas do Povo
O Programa vai
proporcionar saneamento
básico e pavimentação
em todos os municípios
acreanos, deixando as
cidades com 100% de ruas
pavimentadas, num total
de 3.551 ruas.
20 21
O programa
Ruas do Povo
é sinônimo de
melhoria na vida
de pessoas que
conviviam com a
lama no período
das chuvas e
a poeira no
período seco.
Ruas do Povo em Xapuri Ruas do Povo em Brasileia
22 23
As obras de
infraestrutura
do Programa
Ruas do Povo
permitem dar
acesso a quem
antes não tinha
condição de
sair de casa
devido à lama,
melhorando a
qualidade de
vida das famílias
e, ainda,
valorizando a
comunidade.
24 25
Projetos
habitacionais
no Acre
N
a capital e em outras cidades, o sonho da casa própria virou realidade
para milhares de acreanos. Para atender as necessidades de famílias
em situação de déficit habitacional, especialmente aquelas em situação
de vulnerabilidade social, entre 2011 e 2015, foram entregues 10.584
unidades habitacionais, das quais 2.300 foram na Cidade do Povo; 7.965
distribuídas em loteamentos, residenciais, vilas e conjuntos habitacionais
urbanos; e 319 em áreas rurais e indígenas.
Hoje, quem passeia por bairros grandes da capital, encontra novas
áreas residenciais construídas pelo governo. São casas feitas em alvenaria
ou madeira, todas acompanhadas por obras de saneamento, esgoto e
pavimentação, construção de calçadas e rede de distribuição de energia.
26
Cidade do Povo:
o sonho da
casa própria
O
utro grande avanço no Programa Habitacional do governo do Acre foi
a implantação do projeto Cidade do Povo, maior obra de habitação da
história do Acre, cujo propósito é tornar residual o déficit habitacional
na capital acreana. Construído em etapas, o projeto é parte do programa
Minha Casa Minha Vida do governo federal.
Com investimentos de R$ 1,1 bilhão, serão construídas 10.518 unidades
habitacionais, atendendo 50 mil pessoas – mais que a população de Sena
Madureira, que é terceiro maior município do Acre. O projeto atenderá as
famílias em três faixa de renda: Faixa 1 - de zero a três salários mínimos; Faixa
2 - de três a seis; e Faixa 3 - de seis a dez salários mínimos.
As primeiras 6.300 casas são destinadas as famílias que vivem em áreas
de riscos. Dessas, já foram entregues 2.300 unidades habitacionais.
Ambientalmente sustentável, a Cidade do Povo é o primeiro bairro
planejado de Rio Branco, contemplando a implantação de infraestrutura de
áreas públicas com comércio, escola, postos de saúde e segurança, praças,
creches, estação de tratamento de esgoto, redes de distribuição de água e de
iluminação pública. Possui 28% da sua área total reservada para áreas verdes
e de preservação permanente. Nas casas foram instaladas placas solares para o
aquecimento da água do chuveiro, uma iniciativa que une a preocupação com
o conforto dos moradores ao uso de energias renováveis.
Casas no Interior
Nas cidades atingidas pela maior cheia dos Rios Acre e Tarauacá em 2015,
serão construídas 2200 unidades habitacionais.
Devido às enchentes que atingem algumas cidades do estado, a época
das chuvas preocupa os residentes de áreas de risco. Começar o ano
e não se preocupar com as cheias que se aproximam nesta época é o
sonho que muitas famílias puderam realizar ao serem contempladas
com casas na Cidade do Povo.
30 31
Emprego
e renda
na cidade
Além da infraestrutura
de habitação, a Cidade
do Povo contará com 95
unidade comerciais, 21 áreas
prioritárias de comércio
e serviços, 23 escolas do
ensino básico, quatro praças
da juventude, três Unidades
de Básicas de Saúde (UBS),
uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), uma
Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE), um mercado
municipal, uma área de
viveiro, um microterminal,
um centro sócio-educativo,
20 áreas para igrejas, um
centro profissionalizante,
uma Escola de Gastronomia,
uma área para o Tribunal
de Justiça e um Centro de
Referência à Assistência
Social (CRAS).
32 33
No processo de
construção da
Cidade do Povo
foram gerados
mais de 20
mil empregos
diretos e
indiretos.
Muitos dos
trabalhadores
da construção
são pessoas
que também
tiveram direito a
um novo lar na
Cidade do Povo.
34 35
36 37
Pode entrar
que a casa
é sua
Famílias que antes

ocupavam áreas da
capital passíveis de
desmoronamento, durante
as cheias do Rio Acre, foram
cadastradas pela Defesa
Civil no estado e, na Cidade
do Povo, terão direito a uma
casa nova, própria e mais:
não precisarão pagar o
imóvel.
38 39
Cidade do Povo:
a edificação do
sonho da casa
própria para
milhares de
acreanos.
41
Novas vias
nas cidades
A
postando no crescimento do estado, o governo do Acre desenvolveu
projetos que mudaram o sistema viário da capital, Rio Branco;
garantiram acesso e melhor infraestrutura em diversas cidades
acreanas.
A inauguração da Via Expressa em Rio Branco, no ano de 2003, marcou
o início das mudanças que transformaram a capital do estado em uma
cidade mais moderna, com avenidas largas e arborizadas. Importantes vias
da capital, como a Avenida Ceará, Nações Unidas, Estrada Dias Martins e Via
Parque Tucumã-Universitário passaram por obras de urbanização, duplicação,
pavimentação, drenagem e paisagismo. Também foram feitos investimentos
na abertura de novas avenidas, como a Antônio da Rocha Viana e a Amadeo
Barbosa.
Mais do que embelezar a cidade, os investimentos no sistema viário
da capital resultaram em qualidade de vida para moradores de bairros
prejudicados pela falta de infraestrutura. A inauguração em 2007 da Nova
Estrada do Calafate, por exemplo, beneficiou aproximadamente vinte bairros;
e a entrega das ruas Valdomiro Lopes e Otávio Rola, em 2008, representou
mudanças significativas para quem mora na Conquista e no Manoel Julião. Isso
sem falar na inauguração, em 2010, do Complexo Viário 4ª Ponte e Avenida
Amadeo Barbosa que alterou não apenas o trânsito no centro da cidade,
mas também a paisagem de bairros como a Cadeia Velha, 6 de Agosto e
Loteamento Cardoso.
Estrada Dias
Martins, Via
Parque Tucumã
- Universitário,
Rua Valdomiro
Lopes.
44 45
4ª Ponte
e Amadeo
Barbosa
A 4ª Ponte foi construída

sobre o Rio Acre e serve
como uma via opcional de
interligação entre os dois
distritos da cidade. Junto
com a Avenida Amadeo
Barbosa, ela representa um
novo eixo viário, integrando
diversos bairros nos dois
lados do rio. O complexo
inclui ciclovias, pista de
aeromodelismo, praças e
vias arborizadas. Mais de
41 milhões foram investidos
nessas obras.
46 47
Avenida Mâncio
Lima, em
Cruzeiro do Sul.
A
ssim como na capital, as principais vias dos municípios de
Cruzeiro do Sul, Plácido de Castro, Sena Madureira, Senador
Guiomard, Capixaba, Assis Brasil e Mâncio Lima foram
urbanizadas. Os projetos incluíram a implantação de ciclovias e
calçadas, paisagismo, revitalização e construção de praças. Em
algumas avenidas – como a Japiim (Mâncio Lima) e a Governador
Edmundo Pinto (Capixaba) – foram realizadas também obras de
alargamento e duplicação.
49
A nova Avenida
Ceará, via
expressa de
Rio Branco,
totalmente
reestruturada
com ciclovias,
espaços de
convivência,
sinalização
adequada
e pistas
ampliadas.
A avenida é
uma das mais
movimentadas
da capital
acreana.
50 51
Ambientes
públicos de
Parques lazer agora são

uma marca na
área urbana
Urbanos
de muitos
municípios
do Acre que
remontam a
Ambientais
identidade local.
As cidades de Sena
Madureira, Brasileia e Feijó
ganharam novas áreas
de lazer com os parques
ambientais urbanos,
entregues à população no
ano de 2010. O Parque
Centenário de Brasileia
ocupa uma área de
aproximadamente dez
hectares e conta com áreas
para a prática de esporte
e lazer; o de Feijó oferece
praças namoradeiras,
playground, espaços de
ginástica e quadras; e o de
Sena Madureira chama a
atenção por sua arquitetura
regional, com trilhas
ambientais e a Escola de
Meio Ambiente.
52 53
Infraestrutura
para integrar
e crescer
A
conclusão da BR-364 no trecho em território acreano
é a realização de um sonho de quatro décadas para as
comunidades que viviam isoladas e agora contam com
uma estrada trafegável o ano inteiro. Mais que isso: é a integração
terrestre do Vale do Acre ao Vale do Juruá, uma linha de 879,2
quilômetros que cruza o Estado de Leste a Oeste desde a divisa
com Rondônia até Boqueirão da Esperança, na fronteira com
o Peru. Seu traçado corta transversalmente os principais rios e
igarapés em cujas cabeceiras vivem centenas de comunidades
ribeirinhas, extrativistas e indígenas.
Antes, viajar de Rio Branco a Cruzeiro do Sul – os extremos -
durante o inverno amazônico somente era possível de barco ou
avião. Mesmo assim, desde a década de 1970, quando a BR - 364
começou a ser aberta pelo exército, surgiram em suas margens
importantes núcleos urbanos que sofriam penoso isolamento. Agora,
o fluxo contínuo de veículos transportando pessoas e produtos
transformam a geografia e a vida na região.
A obra exigiu a construção de 34 pontes somando 4,2 mil metros,
18 mil metros lineares de bueiros, enorme movimentação de terra e
compactação para escoar e conter as águas das chuvas e do lençol
freático. Graças a esse investimento, o projeto de industrialização do
Acre se consolida, porque a estrada representa o sonho da integração
não apenas das comunidades, mas também de polos logísticos,
industriais e moveleiros em toda a região.
Dificuldades
na travessia de
O desafio rios sem ponte,

e lama que
transformavam
de vencer as
a viagem de
poucas horas em
dias. Essa era a
rotina de quem
distâncias
se aventurava
a percorrer a
BR-364, única
via de acesso de
seis municípios
acreanos ao
restante do país.
As obras na BR 364
desafiaram a engenharia, a
logística e o planejamento
orçamentário. Brita, seixo,
cimento, aço e materiais
asfálticos, por exemplo,
foram alguns dos insumos
adquiridos em outras regiões
do país, que obrigaram
dinâmica especial de
transporte. A manutenção das
condições de trafegabilidade
também exige cuidados
especiais graças aos solos
com argilas expansivas e o
impacto do longo período
de chuvas, característico do
‘inverno’ amazônico. Mas
a boa notícia é que hoje,
mesmo com alguns trechos
em obras de recuperação, a
estrada está liberada para
tráfego de verão a inverno –
podendo ser percorrida em
seis horas, em média, entre
Rio Branco e Cruzeiro do
Sul. Para as comunidades da
região isso representa o fim
do isolamento.
56 57
A pavimentação da BR 364 significa o
fim do isolamento terrestre de milhares
de acreanos.
59
Abertura
de ramais
impulsiona
economia
E
m todo o Estado, o governo pavimentou estradas vicinais, fundamentais
para o escoamento da produção local; trabalhou na recuperação de
ramais em polos florestais e investiu nos aeródromos de municípios mais
isolados da região como Jordão e Santa Rosa do Purus.
A pavimentação de 22 ramais em importantes polos produtores nos
municípios de Rio Branco, Porto Acre, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Capixaba,
Plácido de Castro, Xapuri e Brasileia mudou a realidade de milhares de
famílias. As obras transformaram esses ramais em vias trafegáveis o ano todo,
garantindo o escoamento da produção e facilitando o acesso das comunidades
a serviços públicos.
Os investimentos fazem parte do Programa Ramais do Povo e já garantiram
a execução de 13,3 mil metros de bueiros; construção e/ou recuperação de
3,5 mil metros de pontes; realização de revestimento primário (piçarramento)
em 172 quilômetros; aplicação de proteção asfáltica/TSD e AAUQ em 52,5
quilômetros; melhoramento das condições de 5,2 mil quilômetros nas cinco
regionais do estado – com destaque para as áreas mais produtivas, entre as
quais a região do Baixo Acre, Alto Acre e Tarauacá/Envira.
Obras nos
aeródromos
Os aeródromos de
Feijó, Tarauacá, Jordão,
Porto Walter, Marechal
Thaumaturgo e Santa Rosa
do Purus passaram por obras
que resultaram em mais
segurança para a decolagem
e pouso de aeronaves.
As pistas receberam
serviços de terraplanagem,
pavimentação e revestimento.
Com a conclusão das obras,
moradores de lugares como
Jordão e Porto Walter, cujo
acesso é basicamente por
via fluvial, ganharam mais
rapidez no atendimento
a serviços essenciais de
saúde, como a entrega
de medicamentos e as
campanhas de vacinação.
62 63
O Programa Ramais do Povo garante o direito do trabalhador rural de
escoar seus produtos, plantar com confiança e, com isso, garantir o
sustento de sua família.
65
Alicerces da
modernidade
Os investimentos do governo
mudaram para melhor a
paisagem e a vida nas cidades
e florestas acreanas. Os
projetos contemplaram obras
de infraestrutura urbana e
regional; reforma e construção
de espaços nas áreas da saúde,
educação, segurança e gestão
pública; apoio a atividades
agroextrativistas e melhoria
nos serviços de saneamento.
Interior da OCA
de Xapuri.
A
precariedade dos espaços físicos, a burocracia e a ineficiência
dos serviços do estado são coisas do passado. A mudança
no antigo cenário foi alcançada com a construção, reforma e
ampliação de novas instalações; a compra de equipamentos, veículos
e mobiliário; a capacitação de servidores; e o desenvolvimento e
aquisição de programas modernos de planejamento e gestão.
A prestação de serviços ao cidadão atingiu excelência com a
Organização de Centrais de Atendimento (OCA) nas cidades de Xapuri
e Rio Branco. As OCAS primam pela qualidade no atendimento aos
usuários. A primeira delas foi inaugurada em 27 de maio de 2010 no
centro histórico de Xapuri. E a segunda, na capital em 27 de dezembro
do mesmo ano.
A OCA Xapuri oferece mais de 182 serviços, e a de Rio Branco
mais de 868. Com área de 8,8 mil metros quadrados e investimento
superior a R$ 25 milhões, a OCA Rio Branco realiza uma média de
oito mil atendimentos por dia, reunindo serviços de 28 órgãos dos
governos estadual e federal e municipal. Num só lugar, o cidadão
resolve a emissão de documentos pessoais e pagamento de taxas
com a mesma senha, tudo em um ambiente bonito e climatizado, com
espaço recreativo para crianças e um café.
Todos os funcionários que trabalham nas centrais passaram por
capacitação para garantir atendimento rápido e qualificado. Sempre
atenciosos, eles informam, tiram dúvidas e orientam as pessoas que
chegam ao local.
69
A Oca de Xapuri
foi a primeira
Central de
Serviço Público
instalada
no Acre, no
Centro Histórico
da cidade. Ocupa
antiga casa
comercial
responsável pelo
abastecimento
dos seringais da
região.
70 71
A Central
de Serviço
Qualidade no Público – OCA

Rio Branco é
um espaço da
cidadania que
atendimento facilita o acesso

do cidadão
aos serviços
públicos.
Pela estrutura
física e logística
O governo do Acre de trabalho que
oferece, é uma
criou em 2008, por meio das mais
modernas
do decreto de nº 3.357, a do Brasil.
Política de Atendimento
ao Cidadão. O documento
reflete o compromisso
com a excelência e traça
diretrizes para a melhoria do
atendimento em órgãos da
esfera estadual. Os resultados
desta política estão refletidos
nos números de pesquisa
realizada em 2012, quando
foram visitados 11.185
domicílios em todos os
municípios acreanos, nas
zonas rurais e urbanas para
avaliar projetos do governo:
o que obteve maior índice
de aprovação (88,8 %) foi a
OCA Rio Branco.
72 73
A Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia do Acre – Unacon (Hospital do Câncer),
inaugurado em 2007, reduziu drasticamente o Tratamento Fora do Domicílio (TFD) programa pelo qual o
governo do Estado gastava cerca de R$ 600 mil em passagens ao mês para levar pacientes em tratamento
para outros estados.
Saúde com
qualidade
P
ara poder oferecer serviços médicos com mais qualidade, o governo
construiu, ampliou e estruturou importantes unidades de Saúde no
estado. O resultado deste compromisso são as instalações modernas,
bem equipadas e com bom atendimento médico-hospitalar em lugares
como o Hospital Materno Infantil de Cruzeiro do Sul e a antiga Fundação
Hospitalar do Acre (Fundhacre), hoje Hospital das Clínicas. Este último foi
entregue à população acreana em 2010, após obras de reforma e ampliação
que garantiram 232 novos leitos e o atendimento em mais 52 especialidades
médicas, entre as quais nefrologia e oncologia. O lugar, que em 2006
funcionava com apenas 50 médicos e dez especialidades, é hoje referência no
atendimento especializado à população: são mais de 170 médicos, vários centros
cirúrgicos e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) reunidos em um local amplo,
bem organizado e com uma arquitetura que inclui áreas verdes.
Além do Hospital das Clínicas, os investimentos na rede de atendimento
à saúde na capital incluíram obras de ampliação da Maternidade Bárbara
Heliodora, que ganhou 104 novos leitos (dez de UTI pediátrica) e ficou mais
moderna; a reforma no Hospital da Criança, que hoje dispõem de serviços
como nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e residência médica em pediatria;
a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no 2º Distrito; e a
reforma do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB),
antigo Pronto Socorro.
O governo construiu ainda Unidades Mistas de Saúde em Rodrigues Alves
e em Assis Brasil, oferecendo aos moradores desses municípios atendimento
médico, exames, vacinas e estrutura para a realização de partos. Outros três
hospitais do estado passaram por reformas que ampliaram e melhoraram
a capacidade de atendimento: o de Senador Guiomard, Plácido de Castro e
Cruzeiro do Sul.
Aprovação
popular
Segundo dados do
Datasus (2011), 94,1% da
população do Acre é usuária
do Sistema Único de Saúde
(SUS) no estado, e os demais
utilizam o serviço de leitos
de UTI e tratamentos de
alto custo como os de
câncer, hemodiálise e
hemodinâmica, mesmo que
possuam plano de saúde. A
satisfação do público com os
serviços prestados na rede
de atendimento do Estado
foi medida em 2011 pela
Pesquisa de Satisfação com
Cidadãos Usuários e Não
Usuários do Sistema Único
de Saúde, elaborada pelo
Ministério da Saúde: o Acre
ficou em primeiro lugar, com
84,14%, apresentando maior
índice entre os usuários.
76 77
Médicos
24 horas
A Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) foi
inaugurada em 2009, no
2º Distrito de Rio Branco.
Ela funciona 24 Horas e
sua estrutura inclui 75
leitos, sala de isolamento,
laboratório, parque infantil,
brinquedoteca, área de
convivência, serviço social,
observação pediátrica,
consultórios clínico e
pediátrico, observação adulta
e emergências. O local
também dispõe de alas para
internações de curta duração
e estrutura para a realização
de exames laboratoriais.
O atendimento é feito por
triagem, priorizando os casos
de maior urgência.
78 79
Novo hospital
no Juruá
Em Cruzeiro do Sul, a
reforma do antigo Hospital
Regional do Juruá resultou
na inauguração, em 2010,
do Hospital da Mulher
e da Criança do Juruá. A
unidade reúne serviços de
ginecologia, obstetrícia,
neonatologia e pediatria.
Sua estrutura moderna e
bem equipada inclui salas
para parto diferenciado
– como o Na Rede, para
atender às mulheres
indígenas da região –,
banco de leite para garantir
o aleitamento exclusivo e
um lactário.
80 81
Na Amazônia, o Acre é o primeiro estado a fazer transplante de fígado.
Foi também um dos três primeiros estados brasileiros que conseguiu a
liberação do Ministério da Saúde para estruturação de uma Organização
de Procura de Órgãos (OPO).
83
Educação
cada vez
melhor
E
m 1999, o Acre encontrava-se nas últimas posições no ranking
nacional das avaliações do Ministério da Educação e a taxa
de analfabetismo era de 24,5%. Em 2013, o Estado ocupou
a 3ª posição no ranking de ensino, o número de analfabetos baixou
para 14,6% e o que se vê, na capital e no interior, são escolas amplas,
informatizadas, com novas salas de aula, laboratórios e bibliotecas.
A capital, Rio Branco, e os municípios de Plácido de Castro, Bujari,
Acrelândia, Senador Guiomard e Cruzeiro do Sul ganharam novas
escolas. Outras foram reformadas e a ampliação do número de salas
de aula beneficiou mais de 10 mil crianças e jovens.
Em Rio Branco, uma das prioridades foi garantir que os moradores
das cinco regionais tivessem vagas para os filhos (da educação infantil
ao ensino médio), sem precisar se deslocar a bairros mais distantes.
Isso foi possível com a construção de escolas como a Dr. João Aguiar,
no bairro Manoel Julião – que atende mais de 1.500 alunos e possui
laboratórios de informática e ciências, biblioteca, sala de vídeo,
auditório, gabinete odontológico e quadra esportiva.
O governo também investiu na construção de centros de ensino
especializado. É o caso do Centro Integrado de Educação Especial
Dom Bosco, escola que atende portadores de necessidades especiais
em Rio Branco; do Centro de Educação a Distância, em Cruzeiro do
Sul; e do Centro de Educação Profissional e Tecnológica João de Deus,
em Plácido de Castro. Este último foi inaugurado em 2010, e oferece
cursos profissionalizantes para jovens da região.
No mesmo ano, o governo reformou o prédio onde antes
funcionava o Arquivo Geral do Estado, no centro de Rio Branco –
restaurado e revitalizado, o local passou a abrigar a administração
do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) – e entregou à
população a Escola Acreana de Música.
A iniciativa
proporciona a
Inclusão inserção dos

estudantes
ao mundo da
Digital
informática,
incentivando
a utilização
das novas
tecnologias.
Em 2011, o governo comprou

e distribuiu seis mil netbooks
para alunos do terceiro
ano do ensino médio da
rede pública. A iniciativa
beneficiou jovens dos 22
municípios acreanos. Eles
receberam equipamentos
com software voltado para
área educacional e mais de
2.500 obras literárias de
domínio público, além de
vídeos da TV Escola.
86 87
O Ceja tem
como finalidade
Centro de atender as
demandas de
escolarização
Educação
de pessoas que
não tiveram a
oportunidade
de concluir seus
de Jovens e
estudos na idade
adequada.
Adultos
Ao lado da nova sede do

Ceja (Centro de Educação
de Jovens e Adultos), foi
construído um anexo com
nove salas de aula, espaço
multimeios, banheiros
adaptados para deficientes,
estacionamento, cantina,
almoxarifado e ambiente
para os professores. O lugar
atendeu mais de 25 mil
alunos desde a inauguração.
88 89
Escola
Acreana
de Música
A escola oferece cursos

gratuitos de música popular
e erudita a crianças, jovens
e adultos. Ela funciona
no antigo Centro Cultural
Tucumã, que foi totalmente
reformado para abrigar a
nova proposta.
90 91
O Centro de Estudo de Líguas (CEL) foi criado para dar aos alunos da
rede pública acesso gratuito ao ensino de outros idiomas como inglês,
espanhol, francês e italiano.
93
Estrutura
para a
segurança
O
Estado vive hoje uma situação bem diferente da enfrentada na década
de 1990, quando o crime organizado ameaçava a tranquilidade da
população e as polícias não tinham boa infraestrutura.
Para mudar esta realidade, o governo aparelhou e capacitou os agentes e
criou sistemas integrados de segurança, como o SIGO (Procedimentos Policiais
Integrados e Informação Única) – que permite, por exemplo, a localização de
viaturas em tempo real. Também melhorou as condições físicas de trabalho.
Hoje, as polícias Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros estão mais
equipados e tanto suas sedes quanto suas unidades funcionam em prédios
novos e modernos. A compra de equipamentos e veículos garantiu mais
segurança para a população e também para os policiais. Os profissionais
possuem coletes balísticos, as armas são de primeira linha, os batalhões
contam com viaturas novas, além de motos, quadriciclos, bicicletas, barcos
e um helicóptero.
Delegacias de Polícia do Estado foram reformadas e outras três foram
construídas: nos municípios de Feijó, Epitaciolândia e Rio Branco - Cidade
do Povo. Importantes órgãos de atendimento especializado passaram
também por obras de reforma e hoje atendem com mais qualidade à
população. É o caso das Delegacias Especializadas de Atendimento à
Mulher (DEAM), de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e a
criação da Delegacia do Idoso.
Em Abril de 2011, foi inaugurado a sede da Secretaria de Estado
de Polícia Civil. Na qual funcionam: Direção Geral da Polícia Civil,
Corregedoria, Departamentos de Inteligência da capital e do interior,
Departamento Técnico Policial, Instituto Médico Legal, Identificação,
Polícia Técnico-Científica e o Complexo de Perícia.
Mais viaturas
Em 1999, Rio Branco

contava com apenas seis
viaturas para fazer o
policiamento da cidade.
Este número subiu e hoje
tem 290 viaturas atuando
em bairros da capital. O
governo do Acre também
decidiu melhorar o piso
salarial dos profissionais
que atuam na área de
segurança no estado.
96 97
99
Água nas
torneiras
A
administração estadual assumiu, em maio de 2012, o Serviço de
Abastecimento de Água e Esgoto de Rio Branco. Com a mudança, os
serviços da capital passaram a ser coordenados pelo Departamento
Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), que tem trabalhado na
manutenção, melhoria e ampliação dos sistemas de saneamento.
Na capital, as obras de ampliação da capacidade da Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE) São Francisco representaram avanços na garantia do
saneamento urbano, assim como a ampliação em 78,32 km das redes
coletoras de esgoto em bairros como Placas, Chico Mendes, Vitória, 6 de
Agosto, Santa Inês, Aeroporto Velho, Bahia e adjacências, e a construção de
24 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE). Além disso, foram feitas ligações
domiciliares de esgoto em mais de 9.884 residências.
Além da execução de obras para a captação foram investidos recursos na
compra de equipamentos, o que resultou na instalação de hidrômetros em
mais de 40 mil residências em todo o estado.
Os recursos usados até agora resultaram no aumento dos índices de
hidrometração (de 13% para 59%) e atendimento urbano de coleta e
tratamento de esgoto; na garantia do fornecimento de água em regiões da
capital que antes sofriam com a falta de rotina, como o Segundo Distrito, e
também na redução no índice de perdas da rede.
Reforço na 2ª
maior cidade
acreana
Em Cruzeiro do Sul, os
investimentos na melhoria
do sistema de abastecimento
garantiu água nas torneiras
de 10 mil residências. Para
isso, o governo optou pela
captação subterrânea de
água, construindo 12 novos
poços na região, dos quais
atualmente oito já estão
em operação. Foi realizada
também a construção de
quatro reservatórios metálicos
de 60 mil litros cada.
102 103
Máquinas
para que
te quero
P
ara poder executar serviços de abertura e recuperação de ramais o
governo investiu na compra de tratores, caminhões e retroescavadeiras.
A aquisição desses equipamentos possibilitou o apoio mais direto
a produtores da região, que puderam contar com as máquinas para a
preparação, por exemplo, de áreas degradadas para a produção de grãos –
isso graças também à implantação de tecnologias como o uso de calcário,
fertilizantes e cultivares adaptadas.
No Acre, o projeto de mecanização tem orçamento inicial de R$ 37,8 milhôes.
A distribuição segue critérios definidos a partir de informações do Zoneamento
Ecológico-Econômico do Acre (ZEE/AC).
As ações beneficiam, atualmente, cinco mil famílias ao ano – aumentando a
capacidade de produção de alimentos para o consumo e geração de renda dos
produtores, sem desmatar e queimar novas áreas de floresta.
A iniciativa permitiu realizar, de 2011 a 2014, a mecanização agrícola de
aproximadamente 55 mil hectares de áreas para o plantio de culturas em
geral no estado.
Além disso, o uso das máquinas abriu novos postos de ocupação, com a
contratação de trabalhadores para operar os equipamentos no preparo de
áreas para plantio, tratos culturais e colheita.
Entrega de
maquinário
agrícola para
produtores
rurais.
Viva a
economia
verde!
R
espeitando a vocação extrativista de parte da população acreana, o
governo do Acre traçou projetos voltados para o desenvolvimento de
uma economia florestal. Uma das primeiras medidas tomadas foi a
organização de cadeias produtivas – como a da castanha e a da borracha –,
o que permitiu o aumento e a diversificação da produção, além de melhorar a
renda de famílias agroextrativistas.
Também apostou no manejo florestal como forma de usar, racionalmente,
os recursos naturais de suas florestas. Esta política garantiu a elaboração e a
execução de planos de manejo em mais de dez Projetos de Assentamentos
e Reservas Extrativistas do Acre, além de recursos para a assessoria técnica,
capacitação, infraestrutura de transporte e escoamento, aumento da produção
e a comercialização de produtos oriundos do manejo (madeireiro e não
madeireiro) em todo o estado.
Com recursos
do BNDES o
Manejo governo do
Estado elaborou
os Planos
comunitário
de Manejo
Comunitários em
cinco municípios:
Assentamento
Porto Dias em
Acrelândia;
Assentamento
O Acre possui atualmente São Luís do
Remanso em
mais de 100 mil hectares de Capixaba;
Assentamento
Planos de Manejo Florestais Santa Quitéria
em Brasiléia;
Sustentáveis – incluindo Assentamento
Cachoeira-
áreas certificadas pelo Chico Mendes
e São Miguel
FSC (Foreste Stewardship em Xapuri e
Assentamento
Council) – e mais de 90% Pedro Peixoto
da madeira produzida em Senador
Guiomard.
por empresas locais tem
origem em planos de
manejo. As atividades de
manejo na região vão de
encontro à criação da Lei
nº 1.426/2001, quando
o Estado estabeleceu
regras para a conservação,
preservação e o uso de suas
florestas.
112 113
Viveiro
Florestal
Desde 1999, o governo

do Acre desenvolve também
projetos para a recuperação
de áreas degradadas no
estado. Uma iniciativa que
ganhou reforço em 2005
com a instalação do Viveiro
da Floresta, em Rio Branco.
Fruto de um investimento
de R$ 1,5 milhão, o espaço é
responsável pela produção
de mudas nativas e frutíferas
para o reflorestamento e
a implantação de florestas
comerciais. Só em 2007 ele
forneceu aproximadamente
60 mil mudas de espécies
florestais e frutíferas para
associações de produtores e
instituições que trabalham
com fomento as atividades
de silvicultura, recuperação
de áreas alteradas, formação
de sistemas agroflorestais,
arborização urbana e
recuperação de nascentes e
bacias hidrográficas.
114 115
Vias para
o manejo
De 2005 a 2010, mais de

770 km de ramais receberam
serviços de manutenção
e outros 343 km foram
abertos para o escoamento
de produtos do manejo.
Também foram construídos
72 metros de pontes, além
da recuperação de 38 metros
entre as já existentes.
116 117
119
A força rural
dos pequenos
negócios
O
apoio às cadeias produtivas alcançou os pequenos produtores rurais
– aqueles que possuem as chamadas “colônias”, propriedade
de terra não muita extensa onde criam animais de pequeno porte
e cultivam frutas e grãos. Nesses núcleos, as famílias asseguram sua
subsistência e produzem um excedente que permite comercialização.
Incentivados pelo governo, esses pequenos produtores rurais conseguiram
fazer de suas colônias uma alternativa concreta de geração de renda. Para
isso, contam hoje com abatedouros artesanais de aves e suínos como o que foi
instalado em Mâncio Lima, no Vale do Juruá.
Outros sete abatedouros de aves e dois de suínos têm recebido
investimentos com padrões sanitários e tecnológicos adequados; e com
cadeias produtivas organizadas que tornam possível a expansão de
pequenos negócios.
Dois bons exemplos são os avanços da produção cafeeira e a implantação
do projeto de criação de abelhas sem ferrão. Comunidades que já produziam
café e desejavam ampliar a atividade foram contemplados com mudas em
Feijó, Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Acrelândia, Plácido de Castro, Bujari,
Senador Guiomard e Sena Madureira, abrangendo as regionais do Alto e
Baixo Acre e do Tarauacá/Envira.
Estímulos à
produção rural
O incentivo à agricultura
familiar visando o aumento
da produção local inclui
ações como a distribuição
de sementes e mudas; a
implantação de casas de
vegetação e farinha; e a
certificação da propriedade
rural, iniciativa do governo,
em parceria com a WWF
e a SKY (Reino Unido), que
está beneficiando mais de
10 mil pessoas no Acre. Este
programa de certificação
visa garantir a produção
rural aliada à preservação
ambiental e tem como meta
envolver quatro mil famílias
de agricultores em todo o
estado, garantindo a elas o
pagamento de bônus (no
valor de R$ 500 por ano) e o
fomento à criação de animais,
piscicultura, plantação de
frutíferas, grãos e recuperação
das matas ciliares.
Foram distribuídas
sementes selecionadas
de feijão a produtores da
agricultura familiar, e para
ampliar as áreas de cultivo
de frutíferas, também
foram entregues mudas de
maracujá, manga, banana,
coco, açaí e citrus.
122 123
O reconhecimento
da importância
Apoio para da produção local

vem em forma
de investimentos
quem precisa
e apoio, para
o crescimento
e aumento de
renda do pequeno
produtor rural.
Mais de 13.441 projetos

de créditos foram elaborados,
desde 2011, para que
pequenos empreendimentos
tivessem acesso facilitado ao
microcrédito. De lá para cá,
até o final de 2014, foram
aprovados mais de R$ 229
milhões em projetos para
o Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) e o apoio
a pequenos negócios que
beneficiou produtores
familiares dos 22 municípios
do Acre. Pequenos
produtores também foram
beneficiados com a entrega
de equipamentos (agrícolas e
industriais), em todo o estado.
124 125
Em dezembro de 2013
Produção de o governo entregou ainda
100 mil mudas para 58
café aquecida cafeicultores da regional do
Alto Acre, especialmente
de Brasileia, um dos
No município de Manoel municípios que junto com
Urbano, as comunidades Manuel Urbano já tem
receberam secador e experiência do plantio de
beneficiadora de grãos de café. Mais 400 mil mudas
café. Os produtores que geneticamente melhoradas
aderiram ao Programa de serão distribuídas para
Incentivo à Cafeicultura famílias de produtores de
foram contemplados outras regionais.
com 380 mil mudas e
se preparam para colher
a safra de 2014. Os
investimentos feitos em
maquinário melhoraram
o preço do produto: em
2012, uma saca de café
era vendida a R$ 80, e
no ano seguinte, o preço
de mercado chegou a R$
210. O beneficiamento
da produção de café
no ramal São João, por
exemplo, proporcionou
aos produtores um
incremento no valor da
produção de 28%.
126 127
A cadeia O programa
da cadeia
produtiva do mel
é desenvolvido
do mel com produtores

de 12 municípios
acreanos. O mel
das abelhas sem
ferrão é uma
das apostas de
Um dos projetos de alternativa de
renda para quem
fortalecimento da produção mora na floresta.
local do governo do Estado

está garantindo o fomento da
cadeia do mel, e beneficiando
centenas de pequenos
produtores rurais nas diversas
regiões do Acre. O projeto
visa atender as necessidades
e melhorar as condições de
vida das comunidades rurais
e indígenas, fortalecendo a
inclusão socioprodutiva do
estado do Acre.
Pelo menos um município
de cada uma das regionais do
estado vai receber caixas de
abelha (4.037 foram adquiridas
para distribuição). Desse total,
3.252 caixas são para abelhas
nativas Melípona (sem ferrão)
e 785 da abelha Ápis (com
ferrão). Até o final de 2014 foram
distribuídas 3.142 caixas para
criação de abelha. A confecção
das colmeias obedeceu ao
compromisso do estado com
a diversificação da economia
florestal: elas foram feitas com
madeira certificada, extraída de
manejo florestal, pela Central de
Cooperativas de Moveleiros e
Marceneiros do Acre, gerando
fluxo positivo entre duas cadeias
produtivas do estado.
128 129
Segundo dados do IBGE, o Acre
movimentou em 2013 mais de quatro
milhões e meio de reais com a produção
do café. Para 2017 é esperado R$ 15
milhões na área cafeeira.
131
O horizonte
é logo ali
E
leito em 2011 pela Greenovation Initiative como exemplo de
economia verde para o país, o Acre apresenta hoje importantes
avanços no que diz respeito à produção, ao beneficiamento
e a comercialização de produtos industrializados. Além de ser o
maior produtor de castanha-do-brasil, possui a única fábrica no
mundo que produz preservativos masculinos com látex de seringais
nativos, a Natex; exporta madeira certificada para outras regiões do
Brasil e países da Europa; e foi o primeiro estado brasileiro a receber
autorização do governo federal para a implantação de indústrias em
sua Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
A instalação de unidades produtivas no estado, como as
fábricas de beneficiamento de castanha, representou mais renda
para milhares de famílias acreanas, sobretudo agroextrativistas;
e a melhoria na qualidade de vida de populações que têm a
floresta como base de sustentação. O governo também investiu
na construção de silos graneleiros para aumentar a capacidade de
armazenamento e secagem de grãos; ampliou parques industriais
e criou um Programa de Piscicultura que promete aumentar a
produção de pescado no Acre.
Essas escolhas, aliadas a todos os investimentos e projetos que o
governo do Acre vem desenvolvendo nos últimos 15 anos, colocaram o
Estado em um novo e promissor patamar. Hoje, além de ser respeitado
pelas políticas públicas que valorizam a floresta e seus moradores,
o Acre está se destacando como um lugar de grande potencial para
a instalação de indústrias brasileiras e estrangeiras – algumas com
contratos já acertados.
135
Piscicultura:
um caminho de
muitas águas
O
Programa de Desenvolvimento da Piscicultura do Acre, lançado em
2011 pelo governo do Estado, tinha como meta alcançar a produção de
20 mil toneladas de pescado na safra de 2016. Já na safra 2014 mais
de 20 mil toneladas de pescado foram produzidos, gerando um aumento de
300% na produção, se comparados com dados de 2009 quando, segundo o
Ministério da Pesca e Aquicultura, o Estado produziu 4 mil toneladas de peixe.
Para atingir o objetivo de fazer do Acre uma referência na produção
do pescado na Amazônia, o governo do Estado criou, em parceria entre
empresários e cooperativas de pequenos e médios produtores a empresa
Peixes da Amazônia S/A, organizada em formato de Sociedade Anônima,
investiu até agora R$ 100 milhões entre recursos públicos e privados na
implantação do Complexo de Piscicultura do Acre, localizado em Senador
Guiomard. A Central de Cooperativas dos Piscicultores do Acre (Acrepeixe), que
representa 2,5 mil famílias de pequenos piscicultores, participa com 9,5% das
ações da empresa.
O fomento à atividade inclui o apoio em todas as etapas da cadeia
produtiva – da orientação para a abertura de açudes à comercialização do
pescado. Atualmente, 10 mil famílias investem em piscicultura no Acre,
com uma produção anual de 20 mil toneladas de pescado.
De 2011 a 2014, foram construídos mais de 5.147 estruturas aquícolas
(tanques e açudes) pelo governo, beneficiando milhares de famílias
em 20 municípios. Com a implantação do Complexo de Piscicultura,
foram gerados milhares de empregos diretos e indiretos. Apesar de estar
preparado para atender o mercado consumidor interno, o grande foco da
produção do complexo, que pode chegar a 25 mil toneladas de pescado por
ano, é o mercado nacional, na região Sudeste brasileira; e no exterior, nos
países da Europa e da Ásia, aproveitando a rota de escoamento proporcionada
pela Rodovia Interoceânica que liga o Acre aos portos do Pacífico.
Indústria
do peixe
O Complexo de
Piscicultura do Acre inclui
um centro tecnológico para a
reprodução de alevinos com
capacidade de produzir 10
milhões de alevinos ao ano;
e um frigorífico – com toda
a estrutura para a limpeza,
resfriamento, congelamento
e filetagem do pescado
produzido no estado, com
destaque para espécies como
o surubim e o pirarucu.
A estrutura abriga
também uma fábrica de
ração projetada para ser
uma das mais modernas do
país: a maior parte de seus
equipamentos, cerca de 70%,
foi foram comprados na
Dinamarca.
138 139
O Frigorífico de Processamento de Peixes possui capacidade para 20 mil
toneladas ao ano, vai gerar 345 empregos diretos, oportunizando, desde
pequeno ao grande criador de peixes, o aumento da renda familiar. Além de
atender o mercado interno e demais centros brasileiros, o pescado processado
deve ser exportado para países andinos, Europa e Estados Unidos.
141
A fábrica de
ração produzirá
diariamente
cerca de 30 mil
toneladas de
ração ao ano.
A agricultura
local será uma
das grandes
beneficiadas
com a estimativa
de compra de
120 toneladas
de grãos por dia.
142 143
Instalada em uma área de 63 hectares, a Peixes da Amazônia S.A. começou a ser construída
em 2011. Fábrica de ração, frigorífico e laboratório de produção de alevinos, com 40 hectares
de lâmina d’água, três indústrias modernas com alta capacidade de produção aliadas à
qualidade.
144 145
Pescado
do Juruá
A
exemplo do modelo desenvolvido para o negócio de pescado em
Senador Guiomard, cidade que concentra a produção de todo o Vale
do Acre, produtores da região do Vale do Juruá criaram a Juruá Peixes
S/A também com o formato de economia mista e gestão compartilhada entre
os setores público, privado e comunitário. A empresa conta atualmente com
12 acionistas. O grupo irá administrar o Centro de Alevinagem e o Frigorífico
de Peixes, em Cruzeiro do Sul. Juntas, as duas unidades devem produzir 13
milhões de alevinos e processar 25 mil toneladas de pescado ao ano.
Os produtores rurais pediam apoio para o desenvolvimento da
piscicultura e o Estado decidiu criar uma política socioeconômica
voltada para o setor. Através da elaboração de um zoneamento
para planejar o crescimento da piscicultura no estado, o governo
estabeleceu um programa com dois polos de produção, um no
Vale do Juruá e outro no Vale do Acre. Assim nascia a Juruá
Peixes S/A e a Peixes da Amazônia S/A.
149
Investir para
alimentar
N
o Acre, as cadeias produtiva de suínos e aves estão sendo incentivadas
por meio de projetos de fortalecimento econômico da produção rural
familiar. Os investimentos incluem a construção de abatedouros de
pequeno porte (suínos) em municípios como Mâncio Lima e Tarauacá – além
da aquisição de máquinas e equipamentos que garantam a infraestrutura
necessária para funcionamento dos estabelecimentos.
Outra iniciativa que está mudando a economia e a vida de centenas de
famílias acreanas é o investimento na ovinocultura. Em 2011, o governo traçou
como meta distribuir oito mil ovinos a produtores rurais até 2014. Mas a
entrega de 4.394 animais até o primeiro semestre de 2012 fez com que
a meta fosse ampliada: A segunda etapa do Programa de Ovinocultura vai
oferecer mais 12 mil ovelhas, beneficiando mais de duas mil famílias. A aposta
na atividade segue o compromisso com a diversificação da produção rural
para o abastecimento do mercado interno e a venda em mercados externos –
estados vizinhos, como o Amazonas, importam parte da carne que consomem
e outros países se interessam em comprar a produção brasileira. O próprio
governo está comprando parte da produção para a merenda escolar e hoje a
carne de carneiro é consumida por estudantes de 170 escolas da rede pública
do estado. A compra é feita através do Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA).
A cadeia produtiva da Ovinocultura no estado foi fortalecida com a
aquisição de animais e a construção de um frigorífico moderno. A atividade foi
valorizada com várias ações em todo o estado, como capacitação de técnicos,
realização de feiras e exposições, festivais gastronômicos e cursos culinários.
Com a introdução da Ovinocultura, a ideia é valorizar o produtor, diversificando a produção e
oferecendo alternativas de renda, que são complementares às atividades de cada propriedade.
Cada criador recebe um macho e 12 fêmeas, com o compromisso de, no prazo de dois anos,
devolverem ao Estado a mesma quantidade de animais que recebeu.
153
Com uma produção diária de abatimento de 15 mil frangos, o frigorífico Acreaves, localizado
em Brasileia, numa parceria público-privado-comunitária, gera renda e emprego na região
do Alto Acre. O frigorífico é abastecido por 92 agricultores familiares locais e gera um
faturamento de R$ 1,8 mil a R$ 8,5 mil mensais, de acordo com o tamanho de cada granjeiro.
155
O carneiro, o
suíno, o peixe
e o frango já
fazem parte
do cardápio da
merenda escolar
na rede pública
de ensino. A
compra é feita
através do
Programa de
Aquisição de
Alimentos (PAA).
156 157
A economia
do futuro
O
Acre foi o primeiro estado brasileiro a receber permissão do governo
federal para a instalação de indústrias em sua Zona de Processamento
de Exportação (ZPE). A liberação, ocorrida em abril de 2012, por meio
do Ato Declaratório de Alfandegamento, mostra que os esforços realizados até
agora, neste pedaço da Amazônia – em direção a uma economia que alia a
tradição de seu povo ao uso inteligente dos recursos naturais do estado, a força
produtiva –, valeram a pena.
A ZPE do Acre ocupa uma área de 130 hectares no município de Senador
Guiomard. Sua moderna estrutura inclui um centro administrativo com 1,3
mil metros quadrados onde funcionarão, além dos escritórios dos gestores
estaduais e da Receita Federal, postos do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e agências
dos Correios e da Caixa Econômica Federal.
Dividida em nove setores industriais, ela tem capacidade para receber
cerca de 70 indústrias. Mais de 30 empresas – de cosméticos, polpa de fruta,
colchões, montagem de bicicletas motorizadas, água mineral, transformadores
elétricos e produtos recicláveis – apresentaram carta de intenção para se
instalar no local. O volume de investimentos privados na ZPE do Acre gira em
torno de R$ 87,6 milhões e a previsão é de que 85 novos postos de trabalho
sejam criados inicialmente no local.
E isso é apenas o começo: com a chegada de novas empresas, o Acre não
apenas estará gerando mais empregos como também terá fortalecido seu
caminho rumo a uma industrialização que respeita as maiores riquezas do
estado, sua gente e heranças.
158
E o Acre
cresce!
P
ara garantir o crescimento econômico, o governo investiu em novos
parques industriais e na melhoria da infraestrutura dos já existentes
em Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Atualmente o Estado conta com 10
Parques Industriais em nove dos 22 municípios. O projeto de industrialização
alcançou todas as regionais: em 2014 foram concluídos parques nos municípios
de Sena Madureira, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Brasileia,
Acrelândia e Xapuri, o que fez o Acre produzir mais e melhor, gerando
empregos, renda e mais qualidade de vida.
Em Cruzeiro do Sul, importante polo produtivo do estado, o Parque
Industrial está totalmente concluído. Os investimentos privados chegam a R$
10,8 milhões e já foram autorizadas 25 concessões a empresas que geram,
aproximadamente, 250 empregos diretos. Em Xapuri, oito concessões foram
liberadas e o valor dos recursos privados investidos soma R$ 5 milhões. A
previsão é de que o projeto gere, inicialmente, 150 empregos diretos na terra
de Chico Mendes.
Na regional Tarauacá - Envira, o município de Tarauacá, localizado a 400
km de Rio Branco, será contemplado com Parque Industrial Florestal, com uma
indústria de perfil de madeira, 12 galpões, administrado em regime de gestão
compatilhada.
Outro exemplo de investimento, todavia para o setor de serviços, é o
Polo Logístico em Rio Branco. Os R$ 141 milhões de investimentos privados
aplicados no local devem gerar 1.219 postos de trabalho diretos e 4.200 de
indiretos.
O Parque Industrial Florestal de Cruzeiro do Sul, em seu
atual espaço, oferece um ambiente de trabalho limpo,
arejado e espaçoso, favorecendo trabalhadores e clientes.
162 163
A força produtiva
nos Parques
Florestais
O
setor madeireiro do estado tem mostrado que é possível usar
os recursos florestais com inteligência e respeito à floresta. Em
2011, o governo promoveu o primeiro encontro da história com
movelarias e marcenarias de todo estado. E criou, a partir das discussões
e compromissos firmados na ocasião, o Programa de Apoio ao Setor
Moveleiro/Marceneiro do Acre.
A iniciativa teve como primeiro resultado o licenciamento ambiental de
mais de 90% das marcenarias do estado. O segmento, hoje, cresce a passos
largos graças a incentivos como a construção de galpões dentro dos parques
industriais e a garantia de compra de móveis e artefatos de madeira, por meio
de credenciamento, no âmbito das ações de compras governamentais.
Duas indústrias madeireiras localizadas nos municípos de Cruzeiro do
Sul e Xapuri foram construídas, e uma terceira, em Tarauacá, está em fase de
conclusão, com previsão de funcionamento para 2016. Cada indústria tem
capacidade de processar cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira ao ano e
empregar cerca de 200 pessoas.
Em Cruzeiro do Sul, 16 galpões já foram entregues, um deles é comunitário.
Neste município, o programa de fortalecimento da economia florestal se
concretiza com a implantação do Polo Naval, indústria com base madeireira
que beneficiará inicialmente 50 cooperados de Cruzeiro do Sul e Tarauacá.
Às margens da BR-317, o Complexo Industrial Florestal de Xapuri foi
idealizado inicialmente para a fabricação de pisos de madeira: de 2009
a 2011, foram produzidos ali 480 mil metros quadrados de piso de alta
qualidade e 4,8 mil metros quadrados de deck, ambos com selo verde.
O incentivo à
organização em
Gestão cooperativa é
um dos critérios
de seleção para
compartilhada
a instalação
nos parques
industriais, o
que permite
futuramente
outros apoios,
como a
Nos complexos industriais negociação
para a aquisição
do Acre coexistem galpões de madeira
legalizada a
coletivos e individuais. Mas um preço mais
acessível e a
o perfil administrativo da participação em
licitações.
maioria das indústrias que
recebem incentivos do governo
é de gestão compartilhada.
Nesse modelo, cooperativas,
associações, iniciativa privada
e Estado se unem para
fortalecer a economia de base
florestal, agregando forças
em conhecimento técnico e
experiência de mercado para
gerar renda e trabalho de
forma igualitária, com foco
no baixo impacto ao meio
ambiente e no fortalecimento
da economia florestal.
166 167
Os parques
industriais são
Movelarias fundamentais,
pois agregam
valor e geram
recebem apoio
emprego. A
inclusão social
também é
trabalhada
quando a
De 2011 a 2012 o governo atividade de
marceneiro,
promoveu o licenciamento antes
marginalizada,
ambiental, sem custos para desenvolvida
nos fundos de
as empresas, de mais de 100 casa, começa
a ganhar um
marcenarias no Acre. A iniciativa, ambiente
saudável e com
aliada a orientação individual estrutura para
produzir móveis
oferecido pelo Estado, resultou de qualidade.
em 90% do total de marcenarias
do Acre com documentação
regularizadas. Licenciadas, elas
hoje podem fornecer mobiliário
ao governo – que no período
entre 2011 e 2014 adquiriu
em torno de R$ 7 milhões em
móveis da indústria local. A
iniciativa fomenta a produção de
11 cooperativas organizadas que
compõem a Central Estadual de
Cooperativas de Marceneiros do
Acre (Unimac).
Isso sem contar a
construção de 16 estufas em
oito municípios; a implantação
de novas máquinas e
equipamentos que garantem
maior segurança e rapidez
na produção de móveis e
artefatos de madeira; e a
entrega de ‘kits marceneiro’.
Iniciativas que valorizam
o trabalho de pelo menos
380 empreendimentos que
fizeram da arte de moldar a
madeira, sua profissão.
168 169
A estrutura, que
Polo naval: permitirá a produção das
típicas ‘bajolas’, barco de
barcos com pequeno porte fabricado
em madeira por artesãos
feitio da terra da região, foi entregue aos
membros da Cooperativa
de Bajolas de Cruzeiro do
Construído em Cruzeiro do Sul (Cooperbajolas) em
Sul, às margens do Rio Juruá, novembro de 2013 – com
o complexo industrial do Polo infraestrutura de maquinário
Naval mudou a paisagem do e equipamentos nas áreas
bairro da Lagoa, na região de mecânica, fundição e
central da cidade, e renovou tornearia. Pelo menos 100
a esperança de dezenas de empregos diretos serão
marceneiros artesãos. São utilizados para garantir a
quatro galpões em mais de produção no local.
cinco mil metros de área E outra boa notícia está
construída. A arquitetura do animando os construtores de
local valoriza as edificações bajolas: o governo do Estado
típicas do povo ribeirinho: as iniciou os trâmites para o
palafitas, ao mesmo tempo registro da marca ‘bajola’
em que se adéqua ao vai e junto ao Instituto Nacional de
vem das águas durante o Pesquisa Industrial (INPI) para
inverno amazônico. que somente os cooperados
de Cruzeiro do Sul usem este
nome. Nada mais justo, afinal,
as bajolas nasceram ali!
170 171
O investimento público no Parque Industrial Florestal de Cruzeiro do Sul, foi de R$ 23,8
milhões, incluídos a infraestrutura, área administrativa, galpões, indústria de perfil de
madeira e equipamentos.
173
Economia florestal:
crescer e desenvolver
com sabedoria
E
m todo o Acre, o fortalecimento da cadeia extrativista florestal inclui
projetos que viabilizam a compra de máquinas e equipamentos
atendendo, inicialmente, extrativistas e produtores organizados em
cooperativas das áreas de fruticultura e produção de grãos. Só em Tarauacá,
este número chega a 450 cooperados.
A atividade extrativista, herança que permanece viva em quem mora na
floresta, é hoje uma alternativa que garante melhores condições de vida a
centenas de famílias em todo o Acre.
Usinas de beneficiamento de castanha na capital e nos municípios de Xapuri
e Brasileia foram ampliadas e modernizadas. Só nesta última, a reforma e
a aquisição de novos equipamentos resultaram no aumento da capacidade
produtiva da fábrica, que passou para mais de 825 mil quilos ao ano.
Em Rio Branco, uma nova indústria de castanha promete ser a maior do
país: fruto de um empreendimento público privado e com capacidade para
processar 200 toneladas do produto ao mês, a iniciativa será gerida pela
Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre). Vai
criar, de início, 100 novos postos de trabalho.
Todas essas empresas estão aptas para processar a castanha in natura
produzida no estado e também iniciam um novo ciclo da Castanha do Brasil ao
comprar a matéria prima de Rondônia, Pará e Amazonas.
Além dos investimentos em infraestrutura e maquinário, as indústrias de
beneficiamento da castanha recebem do governo apoio logístico, técnico e
incentivo fiscal – o que fortalece a cadeia produtiva e valoriza o potencial
econômico das florestas acreanas.
Outra boa notícia é a instalação, em Sena Madureira, da Usina de
Beneficiamento de Borracha tipo GEB. A previsão é de que quatro mil famílias
envolvidas no projeto e a capacidade de produção pode atingir 180 toneladas
ao ano. Com a usina em funcionamento, pelo menos 60 novos empregos
diretos serão criados.
174
Saberes
tradicionais
aliados à
técnica
Pensando no
aprimoramento das atividades
tradicionais, o governo
investe na qualificação dos
moradores da floresta e de
municípios mais distantes. São
palestras, minicursos, cursos
e oficinas que buscam unir
ao conhecimento tradicional
da floresta e seus mistérios,
técnicas criadas e testadas por
pesquisadores de diferentes
áreas do conhecimento. Tudo
para proporcionar às famílias
trabalhadoras da floresta
ferramentas que ajudem na
melhoria dos processos de
produção e beneficiamento,
gerando mais renda – o que
significa a possibilidade de
viver bem no lugar onde se
quer estar.
176 177
A fábrica de
produção de
GEB e suas GEB no Acre

está em fase
de conclusão.
aplicações
Localizada
no município
de Sena
Madureira, se
torna mais uma
GEB é a sigla para alternativa de
aumento de
Granulado Escuro Brasileiro, renda para os
trabalhadores
um produto resultante do da floresta,
coletores de
beneficiamento da borracha látex nativo e
de seringais de
natural. Serve de matéria cultivo locais.
prima para indústrias de pneus

e de peças automotivas. Ao
investir em uma indústria
de beneficiamento de
GEB, o Acre promove a
autossustentabilidade das
comunidades extrativistas,
além de estimular o plantio de
seringueiras.
178 179
181
Sabor Made
in Acre
N
o Acre, o compromisso em fortalecer indústrias comunitárias vai
garantir, em breve, o selo de qualidade a um produto típico da região
do Juruá, e que é feito por mulheres de Cruzeiro do Sul: os deliciosos e
tradicionais biscoitos produzidos a partir da goma da mandioca.
Com a fábrica construída e a aquisição de equipamentos (como freezers,
batedeiras, entre outros), as trinta mulheres que participam do grupo chegam
a produzir 1,8 toneladas de biscoitos de goma por mês. A expectativa da
Cooperativa das Mulheres Produtoras de Biscoito de Vila Assis Brasil é dobrar
a produção. A capacidade total da indústria é de 22 toneladas ao mês. E o
melhor: com a identidade e sabor acreanos garantidos!
182
Situada na zona rural de Cruzeiro do Sul a fábrica de biscoitos é gerida
pelas associadas da cooperativa, todas elas tradicionais biscoiteiras da
região. O trabalho perto de casa, a garantia de uma renda mensal e o
prazer de fazer o que gostam determinam a satisfação das cooperadas.
Os biscoitinhos de goma são fabricados em quatro sabores: tradicional,
cupuaçu, limão e maracujá.
Guardar
os grãos
A
pós arar a terra, semear, cultivar e colher, ainda ter que percorrer
90 quilômetros, em média, para secar e armazenar o milho era
desanimador para centenas de produtores acreanos envolvidos com
a atividade. Além dos desgastes físicos e emocionais, eles reclamavam do
custo do frete e da perda de grãos durante as sucessivas viagens, até que toda
a produção fosse transportada. A dor de cabeça acabou quando o governo
construiu e ampliou silos graneleiros para a armazenagem dos grãos em
Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Rio Branco e
Brasileia. Os agricultores que historicamente trabalham nas regiões produtoras
de milho no estado contam hoje com excelente estrutura para guardar e
manter sua produção.
O benefício pôde ser comemorado já na safra 2012/2013, período
em que foram armazenadas 12,6 toneladas de milho de 191 produtores,
favorecendo indiretamente 1.140 pessoas ou 191 famílias dos municípios
de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Rio Branco
e Brasileia. A taxa de ocupação do silo de Senador Guiomard foi de 111%.
O rendimento gerado com apenas quatro dos seis silos em funcionamento
alcançou a média de R$ 6,3 milhões para os produtores. Atualmente, esses
municípios contam com todos os seis silos graneleiros em atividade. Os
silos representam, a cada safra, a criação de novos postos de trabalho: em
cada um deles é gerado, em média, 10 empregos diretos e 100 empregos
indiretos na região.
Estimulados, os produtores têm investido em técnicas para aumentar
e melhorar os níveis produtivos. A resposta tem sido rápida: a cada ano, a
produção de grãos cresce em torno de 30%, sem avançar em áreas novas –
mas aumentando a eficiência do uso do solo e incorporando áreas degradadas.
Esse modelo caminha lado a lado com o compromisso do governo do Acre de
cultivar e baixar, ao mesmo tempo, a pressão pelo desmatamento. Isso cria um
estado produtivo e em harmonia com as tradições e modo de vida dos povos
tradicionais – para os quais, o futuro depende da manutenção das florestas.
A produção de grãos teve um avanço significativo nos últimos anos, com a política de apoio
à produção agrícola familiar – que inclui principalmente mecanização, compra antecipada de
alimentos, armazenamento de produtos e o programa de piscicultura.
189
Mais grãos
Com os silos
graneleiros, a capacidade
de armazenamento, até
o final de 2014, subiu
de 7,8 mil para 25 mil
toneladas – um incremento
de 221%. No município
de Senador Guiomard, a
capacidade de secagem
do Silo Graneleiro será
ampliada, de 30 toneladas
hora para 60 toneladas
hora, e a capacidade de
recebimento de grãos passará
de 90 toneladas para 180
toneladas, diminuindo as filas
de caminhões.
190 191
Agroindústrias
crescem
No Acre, os investimentos
em cadeias produtivas têm
beneficiado a criação e a
ampliação de agroindústrias,
resultando na produção
e empacotamento de
produtos como rapadura,
óleo de murmuru e buriti,
laticínios, farinha e feijão. A
Cooperativa dos Produtores
da BR-317 (Cooperopção),
que produz rapadura
destinadas à merenda
escolar, recebeu apoio para
aquisição de maquinário,
reforma da sede e compra
de um caminhão. Os
investimentos resultaram
no aumento da capacidade
produtiva da agroindústria,
que passou de 200 mil
unidades/ano para 1,5
milhão. No Vale do Juruá,
cooperativas da região foram
equipadas, garantindo o
empacotamento de vinte
toneladas de farinha e duas
de feijão ao ano.
192 193
A herança dos
varadouros
O Acre tem em
seu histórico de
formação social
a constituição
de colônias
de produtores
rurais.
196 197
Nossa história,
nossas cidades
Além de alcançar o saneamento
das contas públicas, garantindo a
credibilidade de financiadores e
investidores externos, as políticas
públicas trabalhadas a partir de
1999 foram decisivas para devolver,
ao povo acreano, o orgulho de
pertencer a esta terra.
D
esde 2002, os moradores e visitantes da capital acreana
podem apreciar a beleza das fachadas da Rua Eduardo
Assmar, no 2º Distrito de Rio Branco. Restauradas e limpas,
elas ganharam cores alegres e hoje compõem um dos principais
cartões postais da cidade.
O antigo Cine Éden, atualmente chamado de Cine Teatro Recreio,
também foi restaurado e revitalizado. As primeiras intervenções
ficaram prontas em 2002. Mas ao longo dos últimos anos, outras
obras deram ao prédio uma nova sala para a exibição de filmes e
um charmoso hall que abriga imagens e objetos históricos além, é
claro, do palco original onde são encenadas peças teatrais e outras
apresentações artísticas.
Os investimentos no conjunto arquitetônico da mais antiga rua
de Rio Branco possibilitaram, ainda, a transferência da Fundação
de Cultura Elias Mansour (FEM) para um dos casarões da Eduardo
Assmar, em 2006. Hoje, a FEM, órgão do governo do Estado
responsável pela gestão cultural, funciona no antigo prédio do Hotel
Madrid. Seu interior é moderno e abriga um grande salão com
exposições permanentes de artistas locais. Na parte externa, uma
estátua do poeta Juvenal Antunes convida os transeuntes a sentarem-
se à mesa, relembrando, às margens do Rio Acre, os tempos áureos da
borracha e a boemia dos antigos frequentadores do lugar.
Para acompanhar a restauração e revitalização do conjunto
arquitetônico do 2º Distrito, foram feitas obras de urbanização na área
que o cerca. O resultado pode ser visto do outro lado da cidade – de
onde se enxerga o calçadão pontilhado com bancos e sombras de
árvores nativas –, e experimentado nos fins de tarde quando dezenas
de pessoas ocupam o Calçadão da Gameleira para a prática de
atividades físicas ao ar livre ou passeiam com suas crianças, amigos e
familiares.
201
Anos de descaso
ocasionaram a
deterioração
dos espaços
históricos de
Rio Branco. O
trabalho de
revitalização
do calçadão da
Gameleira não
trouxe só vida
nova ao local,
mas também
bem estar à
população de
Rio Branco.
202 203
Um pedaço Nos tempos
do Oriente do Éden
Os casarios da Rua O Cine Éden foi
Eduardo Assmar, no 2º inaugurado em 1924 e em
Distrito de Rio Branco, 1948 passou a funcionar no
representam o início da área atual Cine Tetro Recreio. Até
urbana da cidade. Foi ali que, a década de 1940, o local
a partir de 1882, em uma funcionou como uma casa
faixa de terras pertencentes de espetáculos onde eram
à Neutel Maia, surgiram promovidos recitais, concertos
o primeiro arruamento e e peças teatrais. O início
casas comerciais. Os hotéis, de cada sessão de cinema
restaurantes e lojas foram era avisado ao público por
erguidos em madeira e meio de um alto-falante,
voltados para o rio. que tocava o “Cisne Branco”.
A projeção dos filmes era
acompanhada, na época do
cinema mudo, por orquestra
regida por Plácido de Paiva
Melo e Hilda Leite.
204 205
O poeta A árvore
da boemia centenária
Juvenal Antunes nasceu Com mais de vinte metros
em 1883, no Rio Grande de altura e 2,5 metros de
do Norte, e chegou ao Acre diâmetro, a Gameleira foi
em 1912, para ser promotor considerada monumento
público. Dono de um estilo histórico de Rio Branco em
irreverente e anarquista, ele 1981. Localizada na margem
tinha o hábito de recitar suas direita do Rio Acre, a frondosa
poesias (vestido com um robe árvore pertencia ao antigo
de chambre) na calçada do seringal Volta da Empreza,
Hotel Madri, onde vivia. lugar que deu origem ao
primeiro povoado da atual
capital acreana.
206 207
As fachadas
da Princesinha
do Acre
C
onhecida como ‘Princesinha do Acre’, a cidade de Xapuri, a
174 km da capital, ganhou novos ares com a restauração de
44 fachadas de seu centro comercial. As obras contemplaram
edificações da antiga Rua do Comércio, hoje 17 de Novembro. As
intervenções no conjunto respeitaram a arquitetura original dos
prédios, que foram tombados pelo governo do Acre como Patrimônio
Histórico Cultural. Hoje, além de nova iluminação e calçamento
adequado, na frente de cada uma dessas construções, o visitante
encontra uma pequena placa de identificação.
Além da restauração deste conjunto histórico, foram feitas
obras de revitalização no antigo porto da cidade. As obras
incluíram a recuperação de calçadas e meio fio, tornando ainda
mais agradável a experiência de admirar as águas do rio que
banha a cidade e o ir e vir das pequenas embarcações que
transportam famílias ribeirinhas da região.
As casas
da Rua do
Comércio
Parte das fachadas
restauradas na antiga Rua
do Comércio, em Xapuri, é de
casas comerciais que, no auge
da economia da borracha,
vendiam suas mercadorias
para os seringalistas e
comercializavam o látex
proveniente dos seringais
da região. As maiores e
mais tradicionais (como
as casas Zaire e Kalume),
eram de propriedade de
grandes comerciantes. Nelas
se encontravam produtos
nacionais e importados,
como tecidos finos, vinhos,
presuntos e porcelanas
210 211
Autonomistas,
sim senhor!
E
m setembro de 2002, Rio Branco ganhou um novo e
importante espaço histórico-cultural: o Memorial dos
Autonomistas. Erguido em um antigo prédio no coração da
cidade, o Memorial é uma síntese do encontro entre o passado
– representado por documentos impressos e digitais que contam
a história do movimento – e o presente, estampado nas linhas
modernas de sua arquitetura. O lugar reúne um salão de exposição,
um pequeno auditório (onde funciona o Theatro Hélio Melo) e
um café. No local também estão depositados os restos mortais do
ex-governador e senador General José Guiomard Santos (autor do
projeto que elevou o Acre à categoria de estado), e sua esposa, Lydia
Hammes.
A inauguração do Memorial dos Autonomistas veio acompanhada
da revitalização da Praça dos Seringueiros e da reconstrução da
antiga Praça Eurico Dutra, ambas próximas ao novo espaço de
memória de Rio Branco. A revitalização da Praça dos Seringueiros,
bem ao lado do Memorial dos Autonomistas, fez parte da
programação do 40º aniversário de criação do Estado do Acre, em 13
de junho de 2002.
No ano seguinte, o governo inaugurou a Praça dos Povos da
Floresta, antes conhecida como Eurico Gaspar Dutra. Esta praça,
começa em frente ao Palácio Rio Branco, segue por toda uma quadra
e termina nos fundos do Mercado dos Colonos, localizado às margens
do Rio Acre. A área em frente ao Palácio ganhou novo calçamento,
iluminação, bancos e fonte luminosa. O Obelisco aos Heróis da
Revolução Acreana, construído em 1937, no mesmo lugar onde
estavam enterrados os soldados seringueiros de Plácido de Castro,
também foi restaurado.
Descendo alguns degraus, o visitante se depara com uma
paisagem mais regional: árvores típicas da flora local, coretos
enfeitados com paxiúba e cipó e uma estátua do líder seringueiro
Chico Mendes. Além das antigas bancas de revistas e dos tradicionais
engraxates, a Praça dos Povos da Floresta abriga um Centro de
Atendimento ao Turista (CAT). O local foi instalado no antigo Bar
Municipal, edificado em 1945, e reúne informações sobre roteiros
turísticos do estado.
A Praça Povos
da Floresta na
cidade de Rio
Branco é uma
homenagem ao
líder seringueiro
Chico Mendes,
representado por
uma estátua em
tamanho natural
confeccionada
em argila e
bronze.
214 215
Movimento Nosso Chico
Autonomista Francisco Alves Mendes
Filho, o Chico Mendes, nasceu
O movimento surgiu em 15 de dezembro de 1944,
após a criação do Território no Seringal Porto Rico, em
do Acre (1904) e refletia a Xapuri. Sua militância política
insatisfação do povo acreano e atuação em defesa da
com a submissão econômica floresta e de seus moradores
e política imposta pela União. começaram nos anos setenta,
Impedidos de escolher seus durante os conflitos de terra
próprios governantes e na região. Em 1987, ele
obrigados a enviar para o recebeu o Prêmio Global 500
governo federal o dinheiro da (ONU) e uma medalha da
extração da borracha local, Sociedade para um Mundo
os acreanos organizaram Melhor, em Nova York.
uma série de insurreições. A Quando foi assassinado, em
primeira delas foi a “Revolta 22 de dezembro de 1988,
dos Cem Dias” (1910), em Chico Mendes era presidente
Cruzeiro do Sul; seguida pelas do Conselho Nacional de
revoltas de Sena Madureira Seringueiros (CNS), consultor
(1912) e Rio Branco (1918). do Banco Mundial e do
O movimento perdeu força Banco Interamericano de
nas décadas 1920 e 1930, Desenvolvimento, e cidadão
mas foi retomado nos anos honorário do Rio de Janeiro.
cinquenta, quando o então
governador Guiomard Santos
saiu as ruas levantando a
bandeira da autonomia
acreana.
216 217
Theatro Centro de
Hélio Melo Atendimento
O nome dado a este aos Turistas
espaço é uma homenagem
ao ex-seringueiro e artista (CAT)
acreano Hélio Melo (1926-
2001). Autodidata, Hélio Na cidade de Rio Branco
Melo começou a desenhar foram criados quatro CAT´s
aos oito anos de idade, fixos e um móvel, que percorre
usando apenas lápis, papel o estado durante eventos
e uma tinta que ele mesmo festivos. As estruturas fixas
extraía de uma árvore contam com atendentes
nativa. Suas telas retratam preparados para informar
a floresta, os bichos e a os turistas e funcionam,
vida dos seringueiros. Seu diariamente, na Praça dos
Hélio, como era chamado Povos das Florestas, na OCA
carinhosamente, viveu no Rio Branco, na Rodoviária e
seringal até os 41 anos de no Aeroporto Internacional.
idade, mas em 1959 mudou- O governo também instalou
se com a família para Rio Centros de Atendimento
Branco, onde trabalhou aos Turistas em municípios
como catraieiro, barbeiro como Xapuri, Cruzeiro do Sul,
ambulante e vigia. Além de Plácido de Castro e Brasileia.
artista plástico, foi também
compositor, músico –
aprendeu a tocar violino
de ouvido quando ainda
morava no meio da floresta
– e escritor. Em 2006, sua
obra foi destaque na 27ª
Bienal Internacional de São
Paulo, um dos eventos mais
importantes do circuito das
artes no Brasil.
218 219
“A floresta é
o véu da terra
que sustenta o
oxigênio, além
disso, existe
um verde vivo
e outras cores
que ninguém
consegue definir.
Enfim, para
pintar uma mata
do jeito que ela
é, sem o sumo
das plantas é
impossível”.
Hélio Melo em
A experiência
do Caçador e
Os Mistérios da
Caça.
221
Dois mercados
e muitas
histórias
P
ara completar as mudanças na paisagem do centro de Rio Branco,
a partir da valorização de seus espaços históricos, o governo
inaugurou em 2006 a reforma do antigo Mercado Velho.
Construído originalmente em 1929, na margem esquerda do Rio Acre, o
local abrigava há décadas armarinhos, pensões e bancas de profissionais
como joalheiros, amoladores de facas, sapateiros e costureiras que
resistiam ao tempo e ao abandono do lugar. Com as obras de reforma,
restauração e revitalização do espaço, esses trabalhadores tiveram seus
pontos comerciais valorizados e a capital acreana ganhou mais um belo
cartão-postal: um local que mescla a beleza das linhas arquitetônicas
do antigo prédio com a valorização das raízes desta cidade que nasceu
voltada para o rio.
Hoje, além de conhecer e poder adquirir produtos genuinamente
regionais – como ervas e óleos da floresta, bombons de frutas típicas e
artesanato –, quem visita o Novo Mercado Velho pode apreciar, sentado
em um banco e com segurança, as águas do Rio Acre; conversar e
descobrir, com os comerciantes mais antigos, um pouco da história de
Rio Branco; se deliciar com a variedade do café acreano (tapioca, mingau
de banana, pão de milho, bolo de macaxeira e baixaria) ou saborear
pratos como a costela de tambaqui na chapa e a picanha na manteiga,
ambos servidos em pensões que funcionam no lugar. Outra opção são os
barzinhos do local que, nos finais de tarde e durante a noite, espalham
dezenas de mesas no largo calçadão construído.
Obras de
contenção
da encosta
Como forma de proteger as
construções históricas nas
duas margens do Rio Acre,
o governo realizou obras de
contenção das encostas no
Primeiro e Segundo Distritos
de Rio Branco. Os muros
de contenção, além de
evitar o desbarrancamento,
protegem o conjunto de
edificações restaurado e
revitalizado pelo governo,
entre os quais os casarios
da Eduardo Assmar, o Novo
Mercado Velho e o Mercado
dos Colonos.
224 225
Imagem
do descaso.
Estruturas que
comprometiam
a segurança dos
frequentadores
do antigo
Mercado Velho
era a realidade
de um espaço
de história e
memórias no
centro da capital
acreana.
226 227
Comércio, calçadão e Passarela Joaquim
Macedo, estrutura e paisagem que
compõem o Novo Mercado Velho.
229
A
s obras do Novo Mercado Velho alcançaram também as lojas
comerciais localizadas ao longo da Avenida Epaminondas
Jácome, no Primeiro Distrito. Elas tiveram suas fachadas
restauradas (todas mantiveram a arquitetura original) e pintadas com
cores como amarelo, rosa, azul, verde. E quatro anos depois, o Mercado
dos Colonos: um grande galpão, erguido na década de 1960, para a
comercialização de produtos como peixes, frutas e hortaliças. A reforma
e ampliação deste espaço resultaram não apenas na melhoria dos
boxes onde os produtores da região vendem produtos fresquinhos, mas
também em um novo ponto de lazer e visitação da cidade. Instalado
bem na beira do Rio Acre, em uma das ruas mais antigas do Primeiro
Distrito da cidade, o Mercado dos Colonos reúne hoje bons restaurantes,
todos com vista para o rio, área de circulação, banheiros e um mezanino
(com elevador de acesso para cadeirantes) que brinda os frequentadores
com a paisagem do rio, da Ponte Juscelino Kubitschek e Passarela
Joaquim Falcão Macedo.
231
Pontes que
unem
A Ponte Juscelino
Kubitschek, chamada
pelos acreanos de Ponte
Metálica, passou por
obras de restauração e foi
reinaugurada em 2010. Além
dos serviços que garantiram
maior segurança (reforço
dos pilares de concreto e
da estrutura metálica), a
restauração desta importante
via de acesso devolveu ao
local a mesma iluminação
que se via ali, nos anos
de 1960. Para isso, foram
adquiridas e instaladas
réplicas de luminárias
europeias.
232 233
Vida nova
a teatros
e museus
A
valorização da cultura e da arte acreana se tornou um dos principais
objetivos do governo a partir de 1999. O resultado foi a reforma,
em Rio Branco, do Teatro Municipal ou Teatrão, entregue ao público
em 2002 durante as comemorações do Centenário da Revolução Acreana.
Enfeitado com grandes painéis em marchetaria (obra do artista cruzeirense
Maqueson Pereira da Silva), a casa abriu suas portas com novos pisos, sistema
de refrigeração, iluminação, som e camarins. Com capacidade para 507
pessoas, o Teatrão abriga eventos culturais, seminários, shows e espetáculos
locais e nacionais.
Outra reforma significativa no Vale do Acre foi a realizada no Museu
do Xapury, em 2004. O museu reúne acervo sobre diferentes períodos da
economia da borracha: do auge da extração no início do século XX, durante
a 2ª Guerra Mundial, e da luta de seringueiros, índios e trabalhadores rurais
(1970/1980) pelo direito de viverem na floresta. Há também documentos e
imagens sobre o processo de povoamento da cidade.
Em 2006, durante as comemorações do primeiro centenário da cidade de
Cruzeiro do Sul, a segunda mais populosa do estado, foi inaugurado o Museu
de Cruzeiro do Sul. O novo espaço de memória foi instalado em um casarão
construído na década de 1940, na época em que Marechal Thaumaturgo
de Azevedo era prefeito da cidade. Com traços inspirados na arquitetura
portuguesa, o prédio, que já foi sede da Prefeitura Municipal, hoje abriga um
rico acervo histórico e etnográfico, com documentos, imagens, peças sacras,
moedas antigas e objetos que representam a cultura e o modo de vida de
povos indígenas que habitam a região do Juruá. No local também funciona o
Memorial José Augusto, cruzeirense e primeiro Governador do Estado do Acre
eleito através de voto direto (1962).
Em Tarauacá, outro município do Vale do Juruá, o prédio construído na década
de 30 para abrigar o Teatro Municipal foi restaurado. As obras mantiveram a
fachada original da casa e introduziram novos banheiros e camarim.
O Museu de
Xapury tem
a missão de
retratar a
história da
cidade, conta
com um acervo
de armas do
período da
Revolução
Acreana,
mobiliário e
objetos diversos
que representam
os trabalhadores
da floresta.
236 237
O imponente
Teatro dos Nauas
no município
de Cruzeiro
do Sul, cidade
conhecida como
a “Terra dos
Nauas”, nome da
tribo de índios
que habitam a
região.
238 239
Memorial
José Augusto
e o Museu de
Cruzeiro do
Sul, complexo
cultural
composto por
um espaço
de pesquisa
histórica
destinado à
estudantes
de todos os
níveis e pelo
Teatro José de
Alencar, agora
totalmente
revitalizado.
O Museu de
Cruzeiro do
Sul possui
arquitetura em
estilo português
da década de
40 do século
passado, e seu
prédio já serviu
de sede para a
Prefeitura local.
240 241
E da castanha
surge a arte
A
juventude acreana e a população em geral ganharam, em
2006, um espaço moderno e integralmente voltado para a
formação artística e a apresentação de eventos e atividades
culturais, a Usina de Artes João Donato. O que antes eram apenas
velhos galpões abandonados (depois de servirem, nos anos
1980, como uma usina para o beneficiamento de castanha) se
transformou em uma das mais ricas experiências culturais do Acre.
Ali, todos os detalhes da obra remetem ao compromisso com a
história acreana e as artes de maneira geral: dos grandes mosaicos
compostos pelo artista plástico Bab Franca ao maquinário de
antigos veículos da imprensa local, com destaque para a prensa
onde foi rodado o jornal Varadouro, ícone da imprensa alternativa
durante a ditadura militar no Brasil.
O lugar reúne estúdios de TV e Rádio, ilha de edição, estúdios
para ensaio musical (seis individuais e um com capacidade para
abrigar uma banda), salas de aula (onde ocorrem cursos, palestras e
oficinas nas áreas de cinema, música, artes visuais e vídeo), galeria
de artes, palcos a céu aberto e uma sala de teatro com capacidade
para 300 pessoas.
Da antiga Usina de Castanha ficaram as vigas de concreto, os
silos metálicos, as caldeiras onde era aquecida a água para lavar as
castanhas antes de serem descascadas e a invisível força que emana
deste povo que nasceu cercado pela grande floresta.
A Usina de Artes
João Donato é
uma fábrica de
cultura. Dispõem
de teatro, salas
de aula, salas
de exposição,
restaurantes,
biblioteca,
e nela são
oferecidas
oficinas de
música, artes
visuais, artes
cênicas e
cinema.
244 245
Homenagem Um jornal
ao músico das selvas
acreano O Varadouro foi publicado
no Acre entre maio de
1977 e dezembro de 1981,
O nome escolhido totalizando 24 edições.
para a Usina de Artes Editado pelos jornalistas
é uma homenagem ao Elson Martins e Sílvio
instrumentista, arranjador, Martinelo, o jornal estampou
cantor e compositor João em suas páginas matérias
Donato. Nascido em 1934, que denunciavam os conflitos
na cidade de Rio Branco, de terra, a expulsão de
João Donato mudou-se para famílias seringueiras da
o Rio de Janeiro em meados floresta e a perseguição às
da década de 40 e em etnias indígenas da região.
1949 começou a carreira Com uma tiragem média de
profissional como integrante 5 mil exemplares, Varadouro
do grupo Altamiro Carrilho e publicou, em 1978, a primeira
seu Regional. Um dos nomes entrevista com Chico Mendes.
de destaque da música Em 2011, o jornal foi escolhido
brasileira, suas composições pelo Instituto Vladimir Herzog
misturam influências do para compor o projeto Resistir
jazz, da bossa nova e de é Preciso, que reúne outras
ritmos caribenhos. Muitas 59 publicações de destaque
foram gravadas em parceria da imprensa alternativa nos
com outros grandes nomes anos da ditadura militar no
da MPB, como Amazonas Brasil.
(Lysias Ênio), A Rã (Caetano
Veloso), A Paz (Gilberto Gil),
Gaiolas Abertas (Martinho da
Vila) e Nasci Para Bailar.
246 247
Seis anos depois de inauguração da Usina de Artes, a segunda turma de artes formada realizou o espetáculo Inservíveis ou da
inutilidade das coisas deste mundo e de outros, que contou histórias que estão na lembrança de quem vive e de quem imigrou
para o Acre fugindo da seca do Nordeste. O espetáculo envolveu os alunos dos cursos de Artes Visuais, Música e Teatro,
contando com a participação do Grupo XIX de teatro, de São Paulo.
249
Um pedaço de
nossas riquezas
E
m outubro de 2007, o governo inaugurou a Biblioteca da Floresta,
única em toda a América Latina a reunir pesquisa e acervo (impresso,
digital e visual) acerca da Amazônia – especialmente o Acre e suas
populações tradicionais: índios, seringueiros, ribeirinhos e parteiras. Com um
desenho arrojado, que mescla traços da arquitetura moderna às construções
tipicamente amazônidas, o lugar tem como missão promover o diálogo entre
os saberes, valorizar os conhecimentos sobre a diversidade socioambiental da
Amazônia e subsidiar as políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.
Em seu acervo encontram-se documentos, jornais (incluindo a coleção
completa do Varadouro), revistas, vídeos e áudios que retratam as experiências
do governo e a luta dos movimentos sociais na região, com destaque para as
histórias de resistência de índios e seringueiros. Isso sem falar dos livros: são
títulos de autores da Amazônia e pesquisadores que elegeram a região como
tema para seus estudos.
Visitada diariamente por centenas de estudantes, além de pesquisadores e
o público em geral, a Biblioteca da Floresta abriga exposições permanentes e
temporárias; oferece espaço multimídia para acesso à internet; sala de estudo
e um auditório onde são promovidas palestras, oficinas, exibição de filmes e
apresentações culturais.
A Biblioteca
da Floresta,
idealizada
para ser uma
referência para
pesquisas sobre
a Amazônia,
possui
exposições
permanentes
e temporárias,
biblioteca com
um extenso
acervo de livros
e documentos
que contam
a história do
Estado do Acre.
252 253
Memória dos
Movimentos
Socioambientais
do Acre
No final de 2010, a
Biblioteca da Floresta incluiu
em seu acervo o resultado
do Projeto Memória dos
Movimentos Socioambientais
do Acre. Desenvolvido
pela própria instituição,
este projeto entrevistou
dezenas de lideranças
(indígenas, seringueiras e dos
trabalhadores rurais) e outras
pessoas que participaram
das lutas socioambientais
no estado. A pesquisa
temática, feita a partir de
relatos e levantamento
documental, incluiu o
processo de demarcação
das Terras Indígenas; a
luta contra a expropriação
promovida por fazendeiros
na época da expansão da
frente agropecuária na
Amazônia e os empates
contra as derrubadas na
floresta. O trabalho resultou
na publicação da revista
Memórias da Floresta e em
DVD´s com a íntegra de todas
as entrevistas realizadas.
Um rico material que está
disponível para a pesquisa na
Biblioteca da Floresta.
254 255
História e
cultura na
floresta
D
esde 2005, é possível pegar um barco em Porto Acre e após
trinta minutos de viagem, chegar à Pousada Ecológica do
Seringal Bom Destino. Foi ali, nas terras do Bom Destino, que
brasileiros e bolivianos travaram algumas das batalhas da Revolução
Acreana. Um passado que deixou importantes vestígios, como as
trincheiras construídas naquele período e o antigo Chalé. Esses
espaços, assim como os cemitérios e as estradas de seringa do local,
foram restaurados e revitalizados, e hoje estão abertos ao público.
Com a construção da Pousada Ecológica, quem visita o Seringal
Bom Destino tem a opção de se hospedar em meio à beleza e o
silêncio da floresta. São dois dormitórios comunitários e seis chalés,
com capacidade para atender mais de 50 hóspedes. O lugar reúne
trilhas, piscina natural, quiosques e espaços para prática de esportes e
recreação infantil.
Outros bons lugares para conhecer e experimentar a magia que
mora nas matas são as pousadas ecológicas do Seringal Cachoeira
(Xapuri) e da Aldeia Ashaninka (Marechal Thaumaturgo). Nesta última,
o acesso só é possível de barco ou avião. Mas a viagem vale a pena:
são oito chalés, com capacidade para quarenta pessoas e erguidos
com a arquitetura típica dos Ashaninka. A pousada é gerenciada pelas
lideranças indígenas e possibilita o contato direto com as riquezas
naturais do Vale do Juruá e a cultura milenar do povo Ashaninka.
Na Pousada Ecológica do Seringal Cachoeira, em Xapuri, o
contato com a floresta e a cultura seringueira atrai centenas de
visitantes desde 2008. Construída em 2007, a pousada é fruto de
uma parceria do governo com a comunidade local, que administra o
espaço.
O Sítio Histórico
do Quixadá é
Apostando uma antiga sede

de seringais
tradicionais
no Turismo
durante a
Revolução
Acreana e a Era
da Borracha.
No local onde
Desde 1999, o governo foi realizado as
filmagens da
destina recursos para minissérie global
“Amazônia”
organizar e melhorar suas foi revitalizado
e conta com
ofertas aos visitantes, infraestrutura
de Pousadas,
apostando no potencial da Restaurante,
Museu da
região para o ecoturismo história acreana,
Redário,
e o turismo de aventura; e Brinquedoteca e
Igreja.
na integração com países
vizinhos, como Peru e Bolívia.
Como resultados deste
esforço estão a organização
de rotas turísticas – Caminhos
das Aldeias; Caminhos de
Chico Mendes; Caminhos
da Revolução; Caminhos
do Pacífico; e Geoglifos
– e a implantação de um
parque temático no Seringal
Quixadá, a partir da cidade
cenográfica montada para
as gravações da minissérie
Amazônia: de Galvêz a
Chico Mendes. Além disso,
em 2010, os municípios de
Porto Acre, Plácido de Castro,
Rio Branco, Bujari, Xapuri,
Epitaciolândia, Brasileia, Assis
Brasil, Acrelândia e Capixaba
receberam sinalização
turística, o que resultou em
um aumento de 10% na
visitação a pontos turísticos
localizados nesses municípios.
258 259
O Circuito de
Aventura Chico
Bom Mendes possui

um percurso
de 623m e 16
atendimento,
obstáculos que
chegam até 25m
de altura, se
tornando um dos
conforto e
mais extensos e
altos arvorismo
da região Norte.
comida farta
A pousada do Seringal
Cachoeira reúne um conjunto
de charmosas construções
feitas em madeira, ao lado
de um lago e em meio às
árvores da floresta. São dois
belichários e três chalés.
Na casa maior
encontram-se uma sala
de estar, um mezanino e o
restaurante. Além disso, ao
redor da pousada há trilhas
que podem ser feitas com
acompanhamento de guias
como Nilson Mendes, primo
de Chico Mendes. No lago dá
para passear de barco, pescar
ou admirar os jacarés.
Em 2012, o lugar ganhou
mais um atrativo: o Circuito
de Aventura Chico Mendes.
Considerado o maior circuito
de arvorismo da região, ele
reúne tirolesa, arvorismos
acrobático e contemplativo,
rapel, ascensão em árvores,
caminhada e cicloturismo –
tudo com acompanhamento
de monitores qualificados
e equipamentos de alta
qualidade.
260 261
A Pousada
ecológica
do Seringal
Cachoeira, em
Xapuri, hoje é o
ponto de partida
para se conhecer
o legado de
Chico Mendes.
A pousada
conta com uma
infraestrutura
composta por
três chalés, dois
belichários,
restaurante,
salão de
eventos,
estacionamento,
piscina, lago
com passarela,
decks de
contemplação
e trilhas
ecológicas.
O visitante
também pode
conhecer o
circuito de
aventura Chico
Mendes, o
maior e mais
alto circuito de
Arvorismo da
Amazônia
262 263
265
Programa para
as aldeias
C
om a pavimentação das Rodovias BR-364 e BR-317, o governo
destinou recursos e envolveu técnicos de sua equipe para desenvolver,
junto com as comunidades indígenas que vivem em áreas próximas
a estas rodovias, alternativas sustentáveis para o uso dos recursos naturais
nas Terras Indígenas (TI´s) e melhorias de infraestrutura nas aldeias. Além
da construção de escolas e de açudes para a criação de peixes, o governo
repassou equipamentos e tecnologia que permitiram avanços nas áreas
de comunicação, transportes, abastecimento de água e o uso de energia
alternativa nessas comunidades.
Mas a relação de respeito e troca com as diferentes etnias teve um
resultado ainda maior, embora mais difícil de mensurar: o fortalecimento da
identidade dos diferentes povos indígenas que habitam a região.
O governo
do Estado
Terras implementou
vários programas
de estruturação
Indígenas
das aldeias,
como construção
de escadarias,
unidades
no Acre
habitacionais e
apoio à cultura
e identidade dos
Povos Indígenas,
visando aumento
No Acre há 36 Terras na qualidade
de vida das
Indígenas (TI´s) reconhecidas comunidades.
pelo governo federal.

Com mais de dois milhões
de hectares, estas terras
representam o equivalente a
14% do território do estado.
Elas são ocupadas por uma
população superior a 15 mil
indígenas de 14 povos (além
de isolados) falantes das
línguas Pano, Aruak e Arawa.
268 269
Escolas
nas aldeias
As escolas indígenas
possuem arquitetura
diferenciada e foram
construídas em seis aldeias
localizadas nas Terras
Indígenas Mamoadate,
Kaxinawá, Katukina,
Kaxinawá do Nova Olinda
e Kaxinawá da Praia do
Carapanã. Juntas, elas
atendem a mais de 390
alunos.
270 271
O Acre tem em sua composição territorial 36 terras
indígenas, pertencentes a 14 povos. Com exceção dos
povos isolados, todas essas comunidades receberam
incentivo do Estado para áreas de produção, saúde,
educação, habitação e turismo.
273
Alô, dona
Maria!
P
ara as famílias seringueiras, ribeirinhas, pequenos produtores e os
moradores das aldeias que vivem nesta imensa floresta, o rádio não
é apenas um importante canal de informação e entretenimento, mas
também um amigo. Foi pensando nisso, e calcado no compromisso de produzir
e democratizar programas culturais e de informação regional, que o governo
do Estado investiu na modernização da Rádio Difusora Acreana (AM), fundada
na década de 1940, e na criação do Sistema Público de Comunicação, projeto
que resultou na implantação de cinco Rádios FM (Educativa); na reestruturação
da TV Aldeia (Educativa) e na transmissão de sua programação para os 22
municípios do Acre. Hoje, os profissionais que atuam nas emissoras de Rádio e
TV do Sistema Público contam com equipamentos mais modernos e estrutura
física adequada para o desenvolvimento de suas funções. E a TV Aldeia passou
a ter unidades geradoras em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, o que garante a
produção de programas locais, que são retransmitidos para todo o Estado.
Com esse investimento, as distâncias diminuíram. Os meios de comunicação
de massa (Rádio e TV) do Sistema Público contribuem, hoje, com importantes
campanhas de mobilização social, ensino a distância e o fortalecimento da
identidade local. O rádio, amigo de todas as horas, continua sendo ouvido nos
lugares mais longínquos; e os acreanos passaram a se ver também na telinha.
Rádio Difusora
Acreana
A primeira transmissão,
em caráter experimental,
da Rádio Difusora Acreana
ocorreu no dia 7 de agosto
de 1944, com discurso de
abertura pronunciado pelo
então governador Silvestre
Coelho. No mesmo mês, a
emissora inaugurou sua
programação diária e, desde
então, “A Voz das Selvas”,
como é conhecida, cumpre a
tarefa de estar junto a seus
ouvintes: homens, mulheres,
jovens e crianças de cidades e
florestas do Acre. Atualmente,
sua programação também
pode ser acompanhada ao
vivo pela Internet.
276 277
279
GOVERNO FEDERAL Sebastião Fernando Ferreira Lima Maria Lídia Soares de Assis Mamed Dankar Neto
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE Secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e Procuradora Geral do Estado - PGE Diretor - Presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre – IDAF
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL dos Serviços Sustentáveis Fernando Morais de Souza Gemil Salim de Abreu Júnior
Glenilson Araújo Figueiredo Defensor Público Geral do Estado - DPE Diretor Geral do Departamento Estadual de Trânsito do Acre– DETRAN
Dilma Rousseff Secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e José de Lima Kaxinawa Martin Fillus Cavalcante Hessel
Presidente da República Produção Familiar Assessor Especial de Assuntos Indígena do Gabinete do Governador Diretor - Presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre -
Sebastião Afonso Viana Macedo José Carlos Reis da Silva Weverton Matias de Souza IAPEN
Governador Secretário de Estado de Agropecuária Assessor da Juventude do Gabinete do Governador Rafael Almeida de Souza
Maria de Nazareth Mello de Araújo Lambert Rachel Araújo Moreira Lopes Coelho Cel PM Júlio César dos Santos Diretor - Presidente do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre – ISE
Vice Governadora Secretária de Estado de Turismo e Lazer Comandante da Polícia Militar do Estado do Acre Idésio Luis Franke
Maria da Conceição Maia de Oliveira Cel. BM Antonio Carlos Marques Gundim Diretor Técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural-EMATER
EQUIPE DE GOVERNO Secretária de Estado de Políticas para Mulheres Comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre Karla Kristina Oliveira Martins
Nilson Moura Leite Mourão Carlos Alberto Santiago Melo Diretora - Presidente da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour –
Márcia Regina de Sousa Pereira Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos Diretor - Presidente da Companhia de Habitação do Acre FEM
Casa Civil do Gabinete do Governador Gabriel Maia Gelpke Diego Rodrigues de Oliveira Abib Alexandre de Araújo
Márcio Veríssimo Carvalho Dantas Secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Diretor - Presidente de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON Diretor - Presidente da Fundação de Tecnologia do Acre - FUNTAC
Secretário de Estado de Planejamento Presidente da Fundação do Bem-Estar Social Cristovam de Pontes Moura José de Anchieta Batista
Joaquim Manoel Mansour Macedo Gleycy Anne Maia da Costa Lamoglia Diretor - Presidente do Departamento Estadual de Rodagem, Infraestrutra Diretor - Presidente do Instituto de Previdência do Acre – Acreprevidência
Secretário de Estado da Fazenda Assessora Especial de Coordenação - Secretaria Executiva de Articulação Hidroviária e Aeroportuária – DERACRE Giordano Simplício Jordão
Sawana Leite de Sá Paulo Carvalho Nacional – Representação Brasília Edvaldo Soares de Magalhães Controlador Geral do Estado do Acre - CGE
Secretária de Estado de Gestão Administrativa Francisco Afonso Nepomuceno Diretor - Presidente do Departamento Estadual de Pavimentação e
Francisco Armando de Figueiredo Melo Secretário de Estado de Articulação Institucional Saneamento - DEPASA Produção Editorial
Secretário de Estado de Saúde Emylson Farias da Silva Maria Rita Paro de Lima Secretaria de Estado de Planejamento do Acre - SEPLAN
Andréa Laiana Coelho Zílio Secretário de Estado de Segurança Pública Diretora - Presidente do Instituto Estadual de Desenvolvimento de Educação
Secretária de Estado de Comunicação Carlos Flávio Gomes Portela Richard Profissional Dom Moacir Grechi – IDM Texto
Leonildo Rosas Rodrigues Secretário de Estado de Polícia Civil Pedro Luís Longo Vássia Silveira
Porta voz do governo do Estado Renata Silva e Souza Diretor - Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC Golby Pullig
Leonardo Neder de Faro Freire Secretária de Estado de Ciência e Tecnologia‪‬ Magaly da Fonseca e Silva Taveira Medeiros Fotografias
Secretário de Estado de Infraestrutura e Obras Públicas Carlos Edegard de Deus Diretora - Presidente do Instituto de Mudanças Climáticas do Acre – IMC
Henry Antônio Silva Nogueira Secretário de Estado de Meio Ambiente Felismar Mesquita Moreira Angela Peres, Arisson Jardim, Diego Gurgel, Elynalia Lima, Gleilson Miranda,
Secretário de Estado de Pequenos Negócios Marco Antônio Brandão Lopes Diretor - Presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Acre – IPM Mauro Maciel, Nayara Menezes, Pedro Devani, Sérgio Vale, Arquivo Secretaria de
Jamyl Asfury Martins Oliveira Secretário de Estado de Educação e Esporte Janaína Guedes Bezerra Dourado Turismo, Arquivo Secretaria de Comunicação, Patrimônio Histórico Cultural.
Secretário de Estado de Habitação de Interesse Social Diretora Geral do Instituto de Terras do Acre – ITERACRE
Projeto Gráfico e Diagramação: Mx Design | mx@agenciamx.com
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