Ebook Bolsa de Valores para Leigos
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Esse material tem conteúdo meramente informativo e não se caracteriza como oferta,
solicitação ou recomendação de compra ou venda de ação, ativo ou produto
financeiro.
O autor não tem nenhum vínculo com as pessoas, com as instituições financeiras e
com os produtos citados, utilizando-os apenas para ilustrações. Além disso, não
assume nenhuma responsabilidade por eventuais perdas de bens oriundas do uso
deste material. Toda e qualquer decisão tomada após a leitura deste livro digital é de
única e exclusiva responsabilidade do leitor.
Sobre o Autor
Em 2008, fundou o site GuiaInvest.com, atualmente com mais de 112 mil investidores
registrados. Hoje, o GuiaInvest é um dos sites de maior audiência na área de
investimentos em ações no Brasil, e tem o objetivo de levar informação sobre a Bolsa
de Valores e avaliação de ações para o público em geral, com uma linguagem simples,
informal e inteligente.
Para saber mais sobre esse trabalho, visite:
www.guiainvest.com.br
Introdução
Cassino, jogo de azar, clube de apostas, bolsa de valores. Para muitas pessoas
que não são investidoras, tudo isso está no mesmo “balaio”. O que diferencia a bolsa,
na visão dessas pessoas, é que é lá que os grandes empresários lançam suas ações
para tirar dinheiro de pessoas inocentes. Que tal?
Pois é, infelizmente, a imagem que muitos leigos têm sobre a bolsa não é a
melhor possível...
No entanto, como você verá ao longo deste livro, essa é uma visão totalmente
equivocada. As ações negociadas na bolsa de valores são pequenas partes do capital
de empresas reais que, ao invés de contratar empréstimos junto aos bancos, abrem
seu capital com o intuito de captar recursos para crescer e expandir seus negócios –
seja aumentando o maquinário ou contratando mais empregados, por exemplo.
Com isso, essas organizações têm o objetivo de gerar lucro para os acionistas e
valor para seus clientes, o que tende a refletir positivamente na sociedade de forma
geral, já que tal lucro é devolvido na valorização do preço das ações e na distribuição
de dividendos aos investidores (que se tornaram sócios da empresa e possuem
direitos sobre os resultados financeiros).
A realidade do mercado
A partir de 1994, com a estabilização da economia, o Brasil começou a atrair
muitos investimentos externos, e o cenário começou a mudar para melhor. Com a Lei
das Sociedades Anônimas e a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
os acionistas minoritários (investidores) passaram a ter uma maior proteção.
Além disso, a bolsa de valores criou o Novo Mercado, o mais alto nível de
governança corporativa, que identifica as empresas com critérios rigorosos de
respeito aos direitos dos acionistas. Dessa forma, a bolsa de valores se transformou
em um lugar ainda mais seguro para se investir.
Por tudo isso, apesar de nos últimos anos o Brasil ter atravessado diversas crises
financeiras, atualmente a BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) é o maior
local de compra e venda de ações da América Latina, e cada vez mais tem atraído o
pequeno investidor – seja de forma direta (através do investimento individual em
ações) ou indireta (através de clubes de investimento, fundos e planos de previdência
privada, por exemplo).
Mas não basta simplesmente “estar” na bolsa de valores para conseguir bons
resultados. Para isso, é necessário dominar os três principais pilares dos investimentos
em ações: conhecimento, estratégia e disciplina. Para iniciar com sucesso a sua
jornada de investidor, este livro vai lhe ajudar a dominar o primeiro e mais importante
desses pilares: o conhecimento.
Benjamin Franklin
Boa leitura!
Conhecendo os “Personagens” do
Mercado
A evolução dos instrumentos de investimento eletrônicos fez com que a dinâmica
do mercado de capitais e das bolsas de valores se modificasse drasticamente nas
últimas décadas. Hoje, cenas de ambientes apinhados de gente com papeizinhos de
compra e venda à mão não são mais uma realidade, mas a “confusão” e a gritaria
continuam nos bastidores, ao telefone e via web, em uma movimentação muito mais
acelerada e numerosa do que nos tempos dos negócios de balcão.
Como investidor, não importa seu tamanho, é essencial que você compreenda o
papel de cada um desses personagens na realização de negócios – suas
responsabilidades, mecanismos de ação e também comissões e taxas pagas. É isso
que explico a seguir.
BM&F Bovespa
Ainda conhecida como “Bovespa”, a principal bolsa de valores do Brasil hoje é
a BM&F Bovespa, surgida em 2008 a partir da fusão entre a Bolsa de Mercadorias
& Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
O antes e o depois
Negociando papéis
Em tese, ao comprar uma ação da Petrobras, por exemplo, você passa a ser um
sócio minoritário dessa empresa. No caso de títulos e outros derivativos, a bolsa
também lida com operações de compra e venda através de contratos padronizados
ou ainda de contratos customizados, no que chamamos de mercado de balcão.
Termômetro da economia
Por isso, em qualquer lugar do mundo, sempre há uma entidade reguladora das
atividades do mercado de capitais. A função dessa entidade é normatizar, disciplinar,
desenvolver e por vezes até punir pessoas e empresas que negociam de maneira
inadequada no mercado de valores mobiliários (não apenas nas bolsas, mas também
em seu entorno econômico).
Autoridade
Principais funções
A CBLC também efetua a compensação dos títulos que manuseia. Por essa
razão, ela é a responsável por enviar a você informações a respeito dos papéis que
estão em sua “custódia”. Isso ocorre porque a função prioritária da bolsa de valores é
efetuar a negociação dos títulos, não de administrá-los após adquiridos. Quem realiza
a transferência de créditos e valores para quem vende ações mediante a entrega dos
títulos ao comprador é a CBLC.
Liquidez garantida
Corretoras e Distribuidoras
Uma corretora de valores é, tão simplesmente, a empresa que faz a
intermediação entre o investidor e o mercado, efetuando as operações de compra e
venda e fazendo a ponte no fechamento de contratos e acordos.
Obrigatoriedade
As corretoras cobram taxas por seus serviços, mas muitas delas atrelam parte de
seus custos ao desempenho das aplicações que realizam para seus clientes – uma
forma competitiva e vantajosa de multiplicar seus ganhos e, ao mesmo tempo, garantir
uma melhor remuneração para corretores.
E os bancos?
Isso tudo faz seus olhos brilharem e você não vê a hora de começar a investir no
mercado de ações? Ótimo! No entanto, antes começar a fazer suas escolhas de
investimento nesse mercado é preciso entender alguns dos principais conceitos que o
regem para poder tomar as decisões de forma mais consciente possível. Vamos a eles.
Tipos de ação
As ações que encontramos no mercado de capitais brasileiro se restringem a
dois tipos principais: as ações preferenciais e as ações ordinárias.
Diferenças entre ON e PN
As ações ordinárias, ou ON, são aquelas que além de garantir sua “quota”
dentro da empresa, concedem aos donos delas o direito a voto em assembleias gerais
da companhia, nas quais são tomadas decisões em relação à destinação de lucros,
investimentos, alterações no estatuto social, emissão de novos papéis, ações ou
debêntures e muito mais.
Obviamente, se você possui poucas ações ON, sua “voz” dentro da empresa
será praticamente nula. Contudo, alguns investidores e proprietários de ações
ordinárias se unem em grupos e alianças para fazer valer algumas de suas posições
dentro de assembleias e votações.
Mas então qual é a grande vantagem das ações preferenciais? Bem, o acionista
que detém ações preferenciais não participa de votações e assembleias, mas recebe
uma compensação por isso. Ele sempre tem preferência no recebimento de
dividendos, ou seja, dos lucros distribuídos por algumas empresas de forma anual,
semestral ou até mesmo trimestral. Em muitos casos, além da prioridade, o detentor
da ação preferencial não apenas possui essa “preferência”, mas inclusive recebe um
maior valor em dividendos.
Podendo emitir ações, a empresa “X” decide colocar em bolsa 20% de seu
capital social, ou seja, o equivalente a R$ 2 milhões em ações. Esse total, então, é
dividido em 200 mil ações que serão comercializadas em bolsa como X ON, para
ações ordinárias, e X PN, para preferenciais.
Flutuação
Agora, para realmente fixar tudo isso, uma dica: ligue a TV e acesse sites que
possuam um acompanhamento em tempo real do pregão (sessão de negociações da
bolsa) e veja como os valores das ações sobem e descem durante o dia, conforme
investidores compram ou vendem seus papéis.
Nível de governança
Governança corporativa é o conjunto de instrumentos e mecanismos que uma
empresa de capital aberto cria ou dispõe para informar melhor seus acionistas e
garantir que eles tenham um bom retorno sobre o seu investimento.
Bovespa Mais
Bovespa Mais Nível 2
Novo Mercado
Nível 2
Nível 1
Obrigações e punições
Classe de ação
Existem alguns tipos específicos de ações em negociação no mercado de
capitais, mas antes de falarmos de cada um deles, é preciso entender o que é a
“classe” de uma ação.
Com base nisso, a ideia deste capítulo é lhe explicar um pouco mais sobre o que
são e como realmente funcionam os clubes de investimento, mostrando também por
que eles se diferenciam de outras opções indiretas de investimento – como os fundos
de ações, por exemplo. Preparado para entender?
Apesar de atingir grande popularidade nos anos 1970 e 1980 nos EUA e a
partir do final da década de 1990 no Brasil, os clubes de investimento surgiram antes
mesmo da Independência do Brasil, por volta de 1800! Na época, pequenos e
médios investidores nos Estados Unidos, em geral fazendeiros e comerciantes,
criaram espécies de “cooperativas”, nas quais vários deles eram depositários. Essas
cooperativas conseguiam juntar recursos suficientes para efetuar grandes
movimentações em bolsa.
A regra é clara
Em muitos países a ação desses clubes ainda é informal, mas no Brasil seu
funcionamento e pressupostos jurídicos de abertura de CNPJ são regulamentados
pela CVM. A BM&FBovespa, por sua vez, faz a fiscalização e normatização dos
clubes, determinando algumas regras, como por exemplo o número máximo de
quotistas em cada clube. O gestor (representante) dessa “cooperativa” não pode
receber remuneração, e obrigatoriamente deve ser um dos próprios cotistas, de modo
que não haja conflito de interesses.
Características
Como dito anteriormente, os clubes de investimento são geridos por de seus
próprios cotistas e não devem possuir mais de 50 pessoas com quotas associadas a
cada um deles. Até aí tudo bem, mas quais outras regras se aplicam aos clubes e
quais suas características e limitações?
Participantes
Cotas diferentes
Cada cotista pode possuir uma cota diferente dos demais. Assim, em um clube
no qual há 21 pessoas inscritas, é possível ter 20 quotistas com 4% das cotas do
clube, enquanto um único deles possui outros 20%.
Carteira e Operações
Tributação
Despesas
Os Clubes de Investimento precisam atuar em conjunto com corretoras de
valores – o clube geralmente define e indica qual a sociedade corretora que o
representará. Essa corretora cobrará uma taxa de administração que será
proporcionalmente rateada entre todos os membros do clube.
Vantagens e desvantagens
Agora chegamos ao momento crucial dessa lição. Tudo bem, você já entendeu por
alto o que é um clube de investimento, mas quais são as vantagens e desvantagens de
fazer parte de um? Algumas delas são visíveis e claras, mas é preciso analisar com
calma, como veremos a seguir.
Custo menor
Participação
Diversificação
Informação
Liquidez
Fundos x Clubes
Tanto fundos quanto clubes de investimento facilitam a vida do investidor
iniciante e menos capitalizado. A principal diferença é que, ao contrário do clube, o
fundo não possui um número máximo permitido de cotistas – ele pode crescer
indefinidamente.
3. Estatuto social
Após todos cotistas possuírem cadastro, chega a hora de escolher um deles para
ser o representante do clube.
6. Registrando
Aí, já é possível registrar o clube. Mais uma vez, a corretora de valores cuidará
de toda a papelada – que não é pouca! Para que o clube finalmente receba o aval
para iniciar suas operações, não basta possuir apenas um CNPJ, é preciso contar
com registros na bolsa, na CVM e também na Receita Federal.
7. Comece a investir
O principal motivo de uma empresa abrir capital na bolsa é para captar recursos
financeiros para financiar seus projetos de expansão. Tais recursos são obtidos por
meio da venda dessas novas ações, que são compradas pelos atuais ou por novos
acionistas.
A partir do momento em que uma empresa realiza uma IPO, ela passa a operar
como uma empresa de capital aberto. Isso quer dizer, basicamente, que parte de seu
capital foi fracionado em ações que qualquer um pode comprar e possuir, bastando,
para isso, pagar o preço dessas ações na cotação do dia.
Primária x secundária
A empresa que emite ações em IPOs possui algumas vantagens assim que abre
seu capital, mas também passa a trabalhar com algumas desvantagens.
No entanto, a partir do momento que realiza uma IPO, a empresa passa a ter
seu capital e negócios expostos diretamente ao mercado financeiro, que pode
constantemente afetar não apenas os ânimos de sócios e acionistas, mas também da
própria clientela e de fornecedores.
Voluntária ou obrigatória
É claro que não pode ser “qualquer” oferta. Existem critérios expressos para que
se possa realizar uma OPA de forma obrigatória, e todos eles devem ser atendidos,
sob o risco de a oferta ser indeferida ou cancelada.
Total e parcial
Hostil e amigável
Porém, há casos nos quais uma empresa ou pessoa pode fazer uma chamada
oferta “hostil”. Nessa modalidade, o conselho de administração da companhia
emissora das ações não é previamente avisado sobre a oferta.
Para a grande maioria das companhias abertas, as ações são uma alternativa
rápida e viável de resolver problemas de caixa, quitar dívidas de curto prazo e até
mesmo impulsionar projetos de investimento que necessitam de maiores aportes.
A bolsa, na verdade, circula muito mais dinheiro do que a mera somatória dos
valores dos papéis e ações ali disponibilizados. Ao longo de um mesmo dia, uma ação
pode ser comprada e vendida múltiplas vezes, para pessoas completamente
diferentes, provendo margens de lucro e também perdas, e variando totalmente sua
cotação durante um intervalo de poucas horas.
Direitos
Via de regra, acionistas que adquirem papéis de uma empresa em bolsa são
considerados acionistas minoritários de tal companhia. Os acionistas majoritários
operam dentro da esfera de controle do grupo, tomando decisões e até mesmo
realizando operações de compra e venda de participações à parte da negociação
corrente em bolsa, embora utilizando o valor de cotação das ações como base em
suas ofertas e transferências de controle.
São eles:
Participação nos lucros.
Fiscalização.
Informação.
Preferência em subscrições de ações que impliquem em aumento de capital.
Recesso.
Arbitragem na resolução de conflitos.
Direito ao voto, no caso de ações ordinárias.
Direito à indicação de membros para compor o conselho de administração da
sociedade em questão.
Direito a requerer a convocação ou o adiamento de assembleias gerais e
especiais.
Entre outros.
Apesar de alguns desses direitos soarem bastante óbvios, outros exigem alguma
explicação. O direito de recesso é um deles. Ele garante, em suma, que o acionista
minoritário possa, em condições previstas em lei, retirar-se da sociedade mediante o
recebimento do valor equivalente às suas cotas – a ocorrência de fusões ou
incorporações é um desses exemplos.
Além disso, a indicação de membros para o conselho também pode ser feita por
minoritários que detenham o equivalente a 10% do total do capital social, e
minoritários podem, conforme prevê a lei, associar-se entre si de modo a alcançar
esse mínimo quórum exigido para nomeação de conselheiro e respectivo suplente.
A lei das sociedades anônimas descreve com mais detalhes cada um desses
direitos, que muitas vezes também podem ser encontrados nos próprios prospectos
das companhias abertas com ações em negociação na bolsa.
Subscrição
Distribuição de dividendos
É provável que você já tenha ouvido falar dessa outra forma de remuneração de
acionistas. Na prática, para o acionista, a grande diferença é que esse valor não é
declarado como isento, e o detentor de ações precisa recolher uma alíquota de 15%
de imposto de renda sobre o montante.
Mas, calma, não comece a rir à toa! Nas bonificações, o preço das ações tende
a se ajustar ao valor patrimonial da companhia. Por exemplo, se uma empresa anuncia
uma bonificação de 100% (ou seja, para cada ação que você possui, você receberá
uma nova), seu número de ações em carteira irá dobrar, porém, o mesmo não
ocorrerá com o valor das ações. Se você tem R$ 1 milhão em ações, após a
bonificação, você terá o dobro de cotas, porém elas continuarão a valer os mesmos
R$ 1 milhão. Ou seja, cada ação terá se valor reduzido pela metade.
Esses eventos geralmente não modificam os valores que você possui em ações,
porém, dão indícios importantes a respeito do mercado futuro para esses papéis,
assim como em relação ao desempenho da empresa em si.
Desdobramento (split)
Grupamento (inplit)
Por exemplo, digamos que você tenha cotas de cem ações da companhia “Y”.
Cada uma dessas cotas atingiu o valor de R$ 1,00. A empresa decide, então, juntar
as cotas em grupos de dez, emitindo uma nova cota que passa a valer R$ 10,00.
Desse modo, se você antes possuía mil cotas dessa empresa, passará a deter apenas
cem delas, embora o valor de sua carteira permaneça inalterado.
Mecanismo de ressarcimento de prejuízos – MRP
Erros podem ocorrer em qualquer lugar e o mercado de ações não é uma
exceção. Algumas vezes, erros operacionais cometidos pelas corretoras que fazem a
gestão de valores, ou durante operações relacionadas à custódia desses papéis,
acabam gerando prejuízos ao acionista. O MRP é exatamente o instrumento de
indenização que garante ao acionista ressarcimento por esses equívocos sobre os
quais ele não tem poder. O MRP é acionado em diversas situações, mas geralmente
entra em ação nos seguintes casos:
O que pode-se afirmar, contudo, é que a bolsa como conhecemos teve sua
origem ainda no século XV, em Bruges, na Bélgica. Naquele tempo, empresários e
comerciantes da cidade passaram a se reunir para negociar não apenas a compra e a
venda de mercadorias, mas também de metais preciosos, moedas diversas e até letras
de câmbio.
Pregão presencial
Até o final da década de 1980, o nível de informatização em bolsa se limitava à
validação e ao controle das negociações pelos balcões, e as bolsas de valores eram
conhecidas como locais que abrigavam milhares de pessoas que passavam o horário
comercial em uma “bagunça organizada”, gritando ordens de compra e venda
atravessadas enquanto falavam com clientes e investidores ao telefone. À medida que
negociações eram concluídas, preços de ações e papéis eram atualizados em um
imenso painel, no qual valores oscilavam durante todo o dia até o horário do
fechamento.
Pregão eletrônico
Home broker
A evolução da bolsa até chegar à integração com meios online permitiu o
surgimento de um mecanismo que, sem dúvida, foi um dos grandes responsáveis pela
democratização do mercado de ações: o home broker.
A redução dos montantes mínimos para investimento em bolsa fez com que
todos os grandes bancos de varejo disponibilizassem sistemas de home broker para
seus clientes e correntistas, o que multiplicou consideravelmente o número de pessoas
que realmente participa do mercado de ações e outros mercados em bolsa, como os
de futuros e de opções.
Vantagens
A popularização do home broker, fora a facilidade de uso e operação, foi
conseguida graças a outra grande vantagem do sistema além de sua informatização: a
isenção do imposto de renda para operações de até R$ 20 mil por mês. Isso garantiu
ao pequeno investidor um incentivo para retirar suas aplicações da poupança e dos
fundos de renda fixa e passar a arriscar um ganho maior em bolsa.
Acima dos R$ 20 mil, o IR ainda incide com alíquota de 15%, mas geralmente
esse imposto apenas afeta pessoas que, mesmo antes da criação do home broker, já
operavam com frequência no mercado de capitais.
Horário de funcionamento
Em geral, a BM&FBovespa opera negociações das 10h00 às 16h55 em todos
os dias úteis – com exceção do mercado a termo, que negocia até 17h20. Antes
disso, no período da manhã, há 15 minutos de intervalo, entre 9h30 e 9h45, para o
cancelamento de oferta, além da chamada “pré-abertura”, que corre entre 9h45 e
10h00.
O after market
Na prática, não há nenhuma condição especial, a não ser servir como uma
“extensão” do período de negociações para acomodar esse tipo de investidor.
Durante o horário de verão, o after market ocorre uma hora mais tarde, das 18h30 às
19h00.
Horário de verão
Pregão Normal
After Market
Tipos de ordens
Uma ordem, no vocabulário do mercado de ações, nada mais é do que uma
solicitação de compra ou venda emitida pelo investidor ao intermediário contratado,
que pode ser uma corretora, financeira, banco ou qualquer outra instituição autorizada
a operar em bolsa.
Quem pode executar
Essas ordens precisam ser transmitidas ao intermediário por escrito, via telefone
ou sistema de transmissão de voz, ou ainda por conexões eletrônicas autorizadas, tal
como muitas das plataformas disponibilizadas por bancos. Todas as ordens precisam
ser registradas com seu horário de recebimento, autor da ordem ou cliente, e as
condições para sua execução.
Tipos
Há três tipos básicos de ordens que podem ser dadas ao intermediário, para que
o mesmo execute essa solicitação em bolsa.
Validade
Formas de negociação
O mercado de capitais não é uma coisa única – existem diversas formas de
negociar papéis, títulos e ações, e essas diferenças constituem verdadeiros
“submercados” dentro da bolsa de valores. A seguir, apresento os quatro tipos
distintos de mercado nos quais os valores mobiliários são negociados.
Mercado à vista
Mercado a termo
Mercado futuro
Para iniciantes, pode ser difícil detectar as diferenças entre o mercado a termo e
o mercado futuro. O mercado futuro também negocia contratos com execução em
uma data porvir, pré-determinada, e também exige depósito de garantia, por
cobertura ou margem. Entretanto, no mercado futuro, os papéis sofrem um ajuste
diário, negativo ou positivo, conforme o preço médio dos negócios realizados com
esses contratos durante o pregão. A diferença entre dois pregões diários
consecutivos, seja ela positiva ou negativa, é creditada ou debitada dos investidores
com posições em aberto, após o fechamento do contrato no dia.
A liquidação é feita por meio do cálculo do preço médio dos negócios realizados
com o ativo objeto no mercado à vista – por essa razão, os papéis futuros sempre
representam contratos de compra e venda futura de ativos existentes no mercado à
vista, como ações, commodities e outros.
Mercado de opções
Há, ainda, opções de venda, nas quais o portador possui o direito de vender
determinado ativo por um preço fixado e, caso venha a exercer tal opção, obriga
automaticamente a outra parte a comprar esse ativo conforme estabelecido. Essa
opção é conhecida como um PUT.
Estratégias diversas com múltiplas CALL e PUT são realizadas por investidores
como forma de reduzir perdas ou garantir mínimos ganhos – quer a bolsa esteja em
alta ou em baixa.
Circuit breaker
Alguns mecanismos impedem que a bolsa sofra quedas demasiadas,
preservando não apenas os interesses de alguns acionistas e investidores, mas a
própria integridade da bolsa em si e do sistema financeiro de um país (ou de vários,
no caso de bolsas de maior proeminência).
Como funciona
Leilões
Não são muitos que sabem dessa ocorrência diária na bolsa de valores, mas,
todos os dias, acontecem os chamados leilões de pré-abertura e encerramento.
Como funcionam
Aluguel de ações
Outro interessante mercado existente no âmbito da bolsa de valores é o
“aluguel” de ações e outros ativos, em um contrato conhecido como BTC. Essa
modalidade de investimento possui duas partes interessadas, o doador e o tomador.
Banco de Títulos
Como funciona
Duração
Custo
Modalidades
Reversível ao tomador, que permite que a pessoa que aluga as ações encerre
o contrato a qualquer momento, pagando uma taxa de empréstimo
proporcional ao tempo decorrido de permanência com os ativos.
Reversível ao doador, na qual o doador faz a chamada para encerramento do
contrato e dá ao tomador quatro dias para devolução dos ativos.
Vencimento fixo, em que tomador e doador acordam previamente uma data
de vencimento para o contrato, quando as ações serão devolvidas. Nesse
caso, a taxa de aluguel deve ser paga pelo tomador com antecedência.
Riscos
Fora os riscos de mercado tradicionais, vinculados às oscilações de um ativo, o
aluguel de ações sempre oferece o risco da parte tomadora não honrar a devolução
dos ativos alugados ou mesmo o pagamento da remuneração tratada na operação.
Nesses casos, o BTC atua reduzindo esses riscos por meio do recálculo em
base diária das necessidades de garantia, exigindo depósitos por parte do tomador. O
banco também pode executar as garantias do tomador, se necessário, além de emitir
ordens de compra sobre os ativos, beneficiando o doador, ou ainda aplicando multas
diárias de 0,2% no caso de atraso na entrega.
Como Avaliar Uma Ação
Ao investir em uma ação, você cria uma expectativa de ganhos decorrente desta
compra, ou seja, do investimento realizado. Esses ganhos podem vir de duas formas:
por meio do recebimento de dividendos ou pela valorização da ação. Para
potencializar seus ganhos, você precisa saber avaliar as ações em que pretende
investir. Para isso, deve observar três aspectos: rentabilidade, risco e liquidez.
Rentabilidade
Risco
Liquidez
Com base nesses três aspectos, você poderá fazer uma correta avaliação do
preço e qualidade de uma ação e assim decidir se deve ou não investir nela. Se
decidir investir, para tirar o melhor dela, você deve contar com o apoio da Análise de
Ações, em que poderá utilizar a escola que preferir, seja a Análise Gráfica ou Análise
Fundamentalista.
Análise fundamentalista
A análise fundamentalista é um estudo que envolve a situação financeira,
econômica e setorial de uma empresa, tanto olhando de forma individualista para o
desempenho e para os drivers dessa empresa, quanto olhando essa companhia em
relação ao contexto da economia e do mercado em geral.
Etapas da avaliação
Seguindo a “cartilha”, o investidor deve diariamente realizar uma trilha,
acumulando informações importantes para tomar decisões em relação à sua carteira.
Uma primeira boa olhada deve ser dada sempre nas perspectivas macroeconômicas.
O mercado espera uma aceleração da inflação? O dólar está sofrendo grandes
variações e as empresas nas quais você pretende investir são exportadoras? A
alíquota de impostos incidentes sobre o lucro foi modificada?
Fatores e riscos
Os riscos macroeconômicos
Inflação – Pode afetar o valor das ações caso os preços dos produtos
comercializados pela empresa estejam defasados, mas também pode refletir
positivamente caso eles sejam automaticamente corrigidos pelos índices de
inflação ou com base neles, como é o caso de tarifas de energia.
Juros – Têm particular influência sobre o grau de endividamento de uma
empresa, uma vez que os juros influenciam diretamente no custo de
empréstimos, linhas de crédito e financiamento que a empresa pode ter
contraído ao longo do tempo.
Câmbio – Pode ter influência favorável ou desfavorável, dependendo das
operações de cada empresa efetuadas em dólar e outras moedas. No caso do
dólar, muitas vezes influencia também o endividamento, já que muitos
empréstimos e linhas são atrelados ao dólar.
Petróleo – O petróleo é uma commodity que possui flutuações internacionais
em seus preços, e por sua natureza tem o poder de influenciar custos de todas
as empresas e setores.
Recessão mundial – Fatores macroeconômicos de outros países também têm
o poder de influenciar as ações em bolsa local. Muitas empresas possuem
negócios no exterior e esses índices também influenciam na macroeconomia
local.
Crescimento mundial – Produz os efeitos inversos da recessão, sob os
mesmos mecanismos.
Riscos microeconômicos
Métodos de avaliação
Preço/Lucro (PL)
Finalmente, muitos investidores utilizam o chamado P/L, que nada mais é do que
um índice de proporção que indica a relação entre o preço da ação e o lucro líquido
gerado durante determinado período de tempo.
O desempenho das empresas não é contabilizado com base nos ativos e bens
que elas acumulam, e sim na sua capacidade de gerar fluxo de caixa em exercícios
futuros, ou trocando em miúdos, sua capacidade de produzir dinheiro e receita.
Onde:
Análise gráfica
Mas não apenas de números e balanços vive o investidor. Às vezes, é preciso
ser mais objetivo e sucinto em avaliações, pois o mercado não espera por suas
decisões. Nesses casos, a análise de gráficos e diagramas é um dos instrumentos mais
amplamente utilizados por investidores e economistas que desejam tomar rápidas
decisões sobre a compra e venda de seus ativos e investimentos.
A Teoria de Dow
Henry Charles Dow pode ser considerado o pai da análise técnica no mercado
de capitais. Não por acaso um dos fundadores do aclamado Wall Street Journal, Dow
deixou como legado uma série de artigos e teorias que foram posteriormente
compilados por economistas e especialistas para criar uma série de regras básicas.
Destaco:
Tipos de gráficos
Gráficos de linhas
Gráfico de barras
Tipos de candles
O candlestick possui duas configurações: ele pode ser verde ou vermelho.
Candle verde indica preço de fechamento maior que o de abertura, portanto, uma
valorização, ao passo que os vermelhos indicam movimento contrário.
Tempos gráficos
O “stop loss” é uma ordem de venda com o objetivo de limitar perdas. Assim
sendo, imagine uma ação cujo valor atual é de R$ 100,00. O investidor autoriza um
stop loss no patamar de R$ 90,00. Assim, caso a ação desvalorize e atinja esse
patamar, a corretora automaticamente executa a ordem de venda e liquida a ação ao
valor de R$ 90,00.
Suportes e resistências
Porém, ao mesmo tempo em que pode criar enorme ingresso de capital, essa
alavancagem também eleva o risco, já que no caso de graus de alavancagem que
excedam muitas vezes o patrimônio real, as perdas também podem superar, inclusive,
o próprio valor total dos títulos-objeto negociados.
Mercado a termo
Mercado a termo é o local onde compradores e vendedores fixam o preço de
um determinado lote de ações para liquidação em uma data futura predeterminada. A
negociação no mercado a termo é muito semelhante à do mercado à vista. Nele, o
investidor compra ações financiadas por um terceiro, que, por sua vez, cobra uma
taxa do investidor financiado. Com isso, o investidor espera que a taxa paga no
financiamento seja menor do que a valorização do ativo comprado.
Todo contrato a termo, não importando seu período de execução – 30, 60, 90,
120 ou mais dias – possui uma ação ou commodity como título-objeto. Durante a
operação, o investidor passa a receber todos os direitos existentes sobre o papel à
vista, como juros e dividendos.
Mercado futuro
O mercado futuro envolve principalmente as commodities, papéis referentes a
insumos agrícolas, industriais e até ambientais. Apesar de seu funcionamento
semelhante ao do mercado a termo, o mercado futuro possui mecanismos ainda mais
sofisticados e um risco ainda maior – o ajuste diário dos compromissos. Valores de
oscilação entre os contratos executados são calculados diariamente, e os ganhos ou
perdas computados e liquidados, em base diária. Por essa razão, contratos futuros
são apenas negociados em bolsa.
Negociando commodities
Pode parecer um pouco estranho, mas o fato é que você já deve ter ouvido
falar, até por questões históricas, sobre bolsa do café, bolsa da soja, bolsa de metais
e muitas outras. Algumas dessas bolsas ainda perduram, mas o auge dessa variedade
aconteceu no século XIX e começo do século XX, quando diversos países possuíam
bolsas específicas, que lidavam com o comércio de títulos e direitos sobre
mercadorias, inclusive com caráter especializado.
Santos, por exemplo, ainda possui o prédio da histórica bolsa do café, embora
tais contratos sejam hoje negociados na BM&FBovespa. Ao redor do mundo, e
também no Brasil, essas pequenas bolsas foram sendo aos poucos integradas em
bolsas únicas de mercadorias e futuros, como ocorreu por aqui.
Alguns países ainda operam bolsas com maior grau de especialização, como é o
caso da Bolsa de Metais de Londres e a Baltic Exchange, também na Inglaterra, que
lida com commodities relacionadas ao transporte e a fretes.
Vantagens e desvantagens
Operações de hedge
Suponha, por exemplo, que uma empresa de massas tenha adquirido sacas de
trigo de 60 kg (unidade da commodity) a R$ 25,00 em dezembro de 2014,
totalizando seis toneladas, ou seja, R$ 2.500,00. O mercado entrou em colapso
devido a uma praga nas plantações e os preços do trigo subiram para cerca de R$
40,00 a saca. Caso venha a resgatar seus papéis em dinheiro, essa empresa terá
lucrado R$ 1.500,00 no período. Por outro lado, como usuária do insumo, ela pode
também resgatar o contrato em espécie, ou seja, em sacas. Com isso, estará
economizando os mesmos R$ 1.500,00 na compra de insumos, mantendo sua
produção mais competitiva e lucrando na alta dos produtos finais, como macarrão e
outros itens.
Mercado de opções
Muito utilizado por bancos e investidores que possuem alto grau de
conhecimento do mercado financeiro, o mercado de opções é ainda mais complexo e
intrincado.
Ele comercializa títulos e contratos que cedem direitos a quem paga por eles, e
impõe obrigações àqueles que recebem.
Vencimento
Exercício
Essa é uma operação muito utilizada por financeiras e mesmo corretoras para
garantir a manutenção de ganhos ou também reduzir riscos em suas próprias
operações.
Certificado de Depósito de Ações
(BDR)
BDR. Você sabe o que significa essa sigla? Não? Pois agora vai saber! É
Brazilian Depositary Receipt, um certificado de depósito de ações cuja função é
representar em território brasileiro títulos emitidos por empresas no exterior.
Entendendo os BDRs
BDRs patrocinados
Níveis II e III
Esses níveis exigem registro da companhia na CVM e podem ser admitidos para
negociações em balcão organizado ou mesmo em bolsa. O Nível III ainda
caracteriza-se pela possibilidade de distribuição pública simultânea no Brasil e no
exterior.
Vantagens e desvantagens
Os BDRs são possibilidades de investimento que trazem duas vantagens básicas
e uma desvantagem.
Vantagens
BDR vs ADR
Como já vimos, os BDRs acontecem quando empresas estrangeiras emitem
papéis no Brasil. Já as ADRs (American Depositary Receipts) representam
exatamente o contrário. São empresas brasileiras que desejam emitir suas ações na
bolsa norte-americana, onde o mercado possui muito mais liquidez, solidez e
confiança dos investidores.
As ADRs também possuem normas que devem ser respeitadas de acordo com
o nível da emissão de seu título:
Nível I
Não atende normas contábeis americanas, nem responde à SEC (órgão que
regula a bolsa norte-americana, como a CVM no Brasil).
Não ocorre o lançamento de novas ações.
As negociações são realizadas somente no mercado de balcão (fora da bolsa
de valores).
Nível II
Nível III
Atende todos os requisitos, normas e prestação de contas como se fosse uma
empresa americana.
Informações ao Investidor
Um bom investidor sobrevive basicamente de informações – tanto de dicas e
notícias que podem levá-lo a uma decisão em relação a um novo investimento, quanto
informações sobre sua carteira, a evolução dela e dados sobre cobranças, descontos
e rendimentos que permitam a ele calcular o quanto está ou não tendo de lucro sobre
suas posições.
Notas de corretagem
Como você já sabe, todo investimento é gerido por uma corretora de valores,
em nome de um investidor. Essas corretoras, por essa razão, precisam emitir de
tempos em tempos documentos que ofereçam um panorama detalhado de todas as
posições e investimentos de sua carteira – uma espécie de “resumo” dos seus
investimentos. Esse documento é genericamente chamado de nota de corretagem.
Extrato de custódia
Desde 2014, esse documento passou a se chamar Extrato BM&FBOVESPA, e
incorpora tanto as informações do ANA quanto avisos de movimentação de BTC
(AMB) relativas à primeira quinzena de cada mês.
Índices amplos
Os índices amplos, como o próprio nome sugere, são índices e indicadores que
representam um mercado como um todo, de modo mais genérico. Às vezes, eles
podem congregar todas as negociações realizadas dentro de um mesmo mercado,
outras vezes, limitam-se a um grupo ou amostragem que represente majoritariamente
o todo, como ocorre com a maioria dos índices amplos ligados as bolsa de valores.
O primeiro desse gênero no mundo é um índice que corre até hoje, embora com
sensíveis diferenças – o índice Dow Jones. Hoje conhecido como Dow Jones
Industrial Average, o índice monitora as 30 ações mais negociadas na bolsa
americana, e foi criado em 1896.
Ibovespa
Uma mesma empresa pode ter mais de uma ação distinta participando da
carteira, e empresas com menos de seis meses de listagem não integram o índice,
assim como empresas em administração judicial, processos de falência ou negociação
suspensa por longo período.
O índice Brasil possui a mesma lógica, mas envolve as 100 ações mais
negociadas dos últimos 12 meses, sendo que cada uma delas tem de ter sido
negociada em pelo menos 70% dos pregões realizados nesse período.
Índices setoriais
São diversas as empresas que lançam ações no mercado, e elas representam
quase todos os setores da economia. Alguns investidores têm interesse especial por
setores específicos, além do que o mercado pode utilizar várias ações de companhias
de um mesmo setor – como o elétrico, para avaliar o desempenho de investimentos
nessa área –, inclusive extrapolando o ambiente do mercado acionário.
A bolsa trabalha, por essa razão, com uma série de índices que representam o
desempenho de setores econômicos inteiros, representados por papéis de
companhias presentes em bolsa que atuam nesses mercados. Esses índices
proporcionam ao investidor uma visão mais global a respeito do desempenho de um
segmento, uma visão que não está contaminado pela performance de uma companhia
isolada. Do mesmo modo, oferecem ao investidor uma possibilidade de aposta no
desempenho de um setor como um todo, oferecendo mais segurança e paridade com
o real desempenho desse segmento na economia.
Índices de governança
O desempenho das empresas em termos de governança corporativa, outra
tendência da confiabilidade empresarial, também foi transformado em índices pela
bolsa de valores brasileira.
Índices de segmento
As ações listadas em bolsa podem ainda ser divididas em segmentos, que
representam o nível de capitalização das empresas listadas em grupos diferenciados.
Em cima dessa classificação, também foram criados índices distintos, para
acompanhar empresas de maior ou menor grau de capitalização. Atualmente, a
BM&FBovespa trabalha com quatro índices distintos dessa natureza:
Outros índices
Há, ainda, alguns índices movimentados pela bolsa que não se enquadram em
nenhuma das categorias anteriores. Eles podem congregar os BDRs não-patrocinados
de empresas, refletir o desempenho de fundos imobiliários ou ainda o desempenho de
empresas produtoras de commodities. São formas de classificação alternativas, que
permitem ao investidor uma grande customização de sua carteira. Atualmente, são três
os índices da BM&FBovespa que se enquadram nesta categoria:
Um dos índices mais antigos e usados em todo o mercado global, o Dow Jones
é composto de 30 ações de diferentes setores da economia norte-americana e que
são consideradas das mais importantes. Juntas, essas ações representam 1/5 de todas
ações negociadas no país. Empresas como Coca-Cola, Walt Disney, Intel, Microsoft,
etc., fazem parte deste índice.
Nasdaq (EUA)
Esse índice representa todas as ações que estão listadas no National Association
of Securities Dealers Automated Quotation System (Nasdaq) e é calculado de acordo
com o valor de mercado das empresas, multiplicando o preço de fechamento da ação
pela quantidade de ações. Dessa forma, cada ação influencia no índice na proporção
de seu valor de mercado.
Corretagem
Por lei, é preciso nomear um intermediário que atue como agente para investir
em qualquer ativo disponível em bolsa. Estamos falando de uma corretora de valores.
Emolumentos
Os emolumentos são tarifas cobradas pela bolsa na execução de ordens de
compra e venda em contratos, ou seja, a abertura ou encerramento de posições de
investimento antes do vencimento, o exercício de opções e também os procedimentos
de cessão de direitos.
Custódia
As corretoras ainda costumam cobrar taxas pelo “armazenamento” e gestão dos
títulos e papéis adquiridos por um investidor, a chamada taxa de custódia. Esse valor
pode ser fixo, a depender do banco ou corretora acionado pelo investidor, mas
também pode variar conforme o tipo de investimento e, inclusive, representar uma
porcentagem do montante investido ou retido em títulos.
Com o tempo, com a prática e com bastante estudo, você definirá seu próprio
perfil de investidor – tanto com base nos ganhos que conseguir produzir, quanto no
seu domínio de estratégias e táticas para ampliar ganhos e mitigar riscos.
Ao final de tudo, talvez você opte por um perfil mais conservador, investindo
parte de seu capital em ações relativamente seguras, de empresas públicas, por
exemplo, que também paguem um bom volume de dividendos.
Talvez você tenha um perfil mais moderado, e além de manter parte de seu
capital em ações “blue chip”, pode querer arriscar aqui e ali com ações de
companhias menores, ou até mesmo fazendo incursões no mercado futuro.
O que quero dizer é que “como” e “porque” você irá investir e desenvolver uma
metodologia dentro da bolsa de valores é algo que só depende de você, e agora que
você já tem uma bela ideia de como tudo isso funciona, talvez seja o momento de
correr atrás de mais.
Bons investimentos!
Agora que você já sabe tudo sobre como o mercado de ações funciona, está na hora de colocar
em prática os seus conhecimentos.
E se eu dissesse para você que existe um método muito simples que faz com que pessoas comuns
façam fortuna na bolsa, você acreditaria?
É o seguinte…
Não há forma mais simples, segura e rentável de se investir em ações do que comprar ações de
uma boa empresa e mantê-la por longos anos.
Warren Buffett ficou bilionário pois fez isso a vida toda: comprou ações de bons negócios com
regularidade e nunca vendeu.
Aqui no Brasil, Luiz Barsi se tornou bilionário investindo em ações de boas empresas.
Se há 10 anos você tivesse investido nas ações das Lojas Renner, você poderia ter R$
440.000,00…
Eu quero mostrar como você pode fazer fortuna na bolsa investindo em boas ações no mais novo
canal do GuiaInvest chamado Ações para Vida.
Esse canal é ministrado pelo meu sócio e especialista em ações Eduardo Voglino.
No entanto para que o preço não seja um empecilho para você comece a investir de forma rent-
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